Ivermectina (Comprimido 6 mg) (Bula do profissional de saúde)
BRAINFARMA INDÚSTRIA QUÍMICA E FARMACÊUTICA S.A
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
ivermectina
Comprimido 6 mg
Medicamento genérico Lei n° 9.787, de 1999
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Comprimido
Embalagens contendo 2 ou 4 comprimidos
VIA DE ADMINISTRAÇÃO: ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 5 ANOS OU ACIMA DE 15KG
COMPOSIÇÃO:
Cada comprimido contém:
ivermectina | 6 mg |
excipientes q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: butil-hidroxianisol, ácido cítrico, celulose microcristalina, lactose1, laurilsulfato de sódio, dióxido de silício e estearato de magnésio.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE2
INDICAÇÕES
Este medicamento é destinado ao tratamento de:
- Estrongiloidíase intestinal: infecção3 causada por parasita4 nematoide Strongyloides stercoralis.
- Oncocercose: infecção3 causada por parasita4 nematoide Onchocerca volvulus.
NOTA: a ivermectina não possui atividade contra parasitas Onchocerca volvulus adultos. Os parasitas adultos residem em nódulos subcutâneos, frequentemente não palpáveis. A retirada cirúrgica desses nódulos (nodulotomia) pode ser considerada no tratamento de pacientes com oncocercose, já que esse procedimento elimina os parasitas adultos que produzem microfilárias. - Filariose: infecção3 causada por parasita4 Wuchereria bancrofti. Ascaridíase: infecção3 causada por parasita4 Ascaris lumbricoides. Escabiose5: infestação6 da pele7 causada pelo ácaro Sarcoptes scabiei. Pediculose: dermatose8 causada pelo Pediculus humanus capitis.
RESULTADO DE EFICÁCIA
Estrongiloidíase
A estrongiloidíase é uma infecção3 parasitária que pode desenvolver quadros clínicos graves e que, além do comprometimento intestinal, pode causar lesões9 cutâneas10, broncopulmonares, hepáticas11, biliares, miocárdicas e mesentéricas12.
A eficácia da ivermectina no tratamento da estrongiloidíase tem sido demonstrada em vários estudos1–3.
Marty et al4 demonstraram eficácia superior da ivermectina em comparação com o albendazol no tratamento da estrongiloidíase e Torres et al5 demonstraram a eficácia da ivermectina no tratamento da estrongiloidíase em pacientes imunodeprimidos.
Oncocercose
A oncocercose é uma filariose que compromete a pele7 e o aparelho visual, causada por Onchocerca volvulus. É transmitida através de um vetor, o díptero simulídeo, conhecido popularmente como “pium” ou “borrachudo”.
A eficácia da ivermectina no tratamento da oncocercose tem sido demonstrada em vários estudos6–11, já tendo sido demonstrado que a ivermectina tem maior eficácia que a dietilcarbamazina no tratamento da oncocercose12.
Filariose
A filariose linfática humana, conhecida também como elefantíase no Brasil, é causada pelo helminto13 Wuchereria bancrofti e transmitida por mosquitos do gênero Culex, nos quais as microfilárias se desenvolvem e atingem o estágio infectante. Os vermes adultos vivem nos linfonodos14 e vasos linfáticos, e as microfilárias são encontradas no sangue15 periférico. No tratamento e controle da disseminação da filariose, a dietilcarbamazina apresenta resultados relativamente fracos, associados ao elevado índice de reações adversas em relação à ivermectina.
A eficácia da ivermectina no tratamento da filariose tem sido demonstrada por vários estudos13–18.
Ascaridíase
A ascaridíase é causada por um parasita4 helmíntico denominado Ascaris lumbricoides. A prevalência16 desta doença dá-se em regiões de ambiente quente com condições sanitárias precárias em que os parasitas encontrem-se presentes e, em casos de contaminação de alimentos e fontes de água.
A eficácia da ivermectina no tratamento da ascaridíase tem sido demonstrada por diversos estudos1,3,4,19,20,39,40.
Escabiose5
A escabiose5 ou sarna17 humana é uma dermatose8 de alta incidência18 no Brasil, produzida pelo ácaro Sarcoptes scabiei. A sarna17 crostosa ou norueguesa tem tido um aumento de incidência18, principalmente em pacientes imunodeprimidos.
A eficácia da ivermectina via oral no tratamento da escabiose5 foi demonstrada em vários estudos23–26.
Atualmente existe consenso na literatura científica sobre a importância da ivermectina no tratamento da escabiose526–28. Além disso, também foi demonstrada a eficácia da ivermectina via oral no tratamento da escabiose5 em imunodeprimidos29 e durante a ocorrência de surtos em instituições27.
A eficácia da ivermectina no tratamento da sarna17 norueguesa ou crostosa também foi demonstrada por diversos estudos30–34.
Pediculose
A pediculose é uma dermatose8 de alta incidência18 no Brasil, produzida pelo Pediculus humanus capitis, que pode ser tratada com dose única de ivermectina, cuja administração por via oral apresenta vantagens em relação aos tratamentos tópicos alternativos.
A eficácia da ivermectina via oral no tratamento da pediculose, incluindo os casos resistentes, foi demonstrada em vários estudos35–40.
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CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Este medicamento contém ivermectina, um antiparasitário de amplo espectro, derivado das avermectinas, uma classe isolada de produtos de fermentação do Streptomyces avermitilis.
A ivermectina é uma mistura que contém no mínimo 90% de 5-O-dimetil-22,23-diidroavermectina A1a e menos de 10% de 5-O-dimetil-25-di(1-metilpropil)-22,23-diidro-25-(1-metiletil)avermectina A1a, geralmente conhecidos como 22,23 diidroavermectina B1a e B1b ou H2B1a e H2B1b, respectivamente.
Farmacodinâmica
A ivermectina imobiliza os vermes induzindo uma paralisia20 tônica da musculatura.
A paralisia20 é mediada pela potencialização e/ou ativação direta dos canais de Cl- sensíveis às avermectinas, controlados pelo glutamato. Esses canais estão presentes somente nos nervos e células musculares21 dos invertebrados e uma vez potencializados, acarretam um aumento da permeabilidade22 da membrana celular23 aos íons24 cloreto, com hiperpolarização dos nervos ou células musculares21, resultando em paralisia20 e morte do parasita4. Os compostos desta classe podem também interagir com canais de Cl- mediados por outros neurotransmissores como o ácido gama-aminobutírico (GABA25).
Os canais de Cl- controlados pelo glutamato provavelmente servem como um dos locais de ação da ivermectina também nos insetos e crustáceos. A falta de receptores com alta afinidade para as avermectinas em cestodos e trematodos pode explicar porque estes helmintos26 não são sensíveis à ivermectina. Nos casos de infestações por Onchocerca, a ivermectina afeta as larvas em desenvolvimento e bloqueia a saída das microfilárias do útero27 dos vermes fêmeas adultos. Sua atividade contra Strongyloides stercoralis é limitada aos estágios intestinais. A atividade seletiva dos compostos desta classe pode ser atribuída ao fato de que nos mamíferos, os canais iônicos mediados pelo GABA25 só estão presentes no cérebro28 e a ivermectina não atravessa a barreira hematoencefálica em situações normais; além disso, os nervos e as células musculares21 dos mamíferos não apresentam canais de Cl- controlados por glutamato.
Farmacocinética
Após a administração oral da ivermectina, as concentrações plasmáticas são aproximadamente proporcionais à dose. A concentração plasmática máxima é atingida em aproximadamente quatro horas após a ingestão. A meia-vida plasmática é de 22 a 28 horas nos adultos, e o volume aparente de distribuição é de aproximadamente 47 litros. A metabolização é hepática29 e a maior concentração tissular30 é encontrada no fígado31 e no tecido adiposo32. Níveis extremamente baixos são encontrados no cérebro28, apesar da lipossolubilidade da droga. Isto se deve ao fato de a ivermectina não atravessar a barreira hematoencefálica dos mamíferos em situações normais.
A ivermectina e/ou os seus metabólitos33 são excretados quase exclusivamente nas fezes em um período estimado de 12 dias, sendo que menos de 1% da dose administrada é excretada na urina34 na forma conjugada ou inalterada. Os efeitos da alimentação na disponibilidade sistêmica da ivermectina não foram estudados.
CONTRAINDICAÇÕES
Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes com hipersensibilidade à ivermectina ou aos demais componentes deste medicamento.
Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes com meningite35 ou outras afecções36 do Sistema Nervoso Central37 que possam afetar a barreira hematoencefálica, devido aos seus efeitos nos receptores GABA25-érgicos do cérebro28.
Este medicamento é contraindicado para uso por crianças com menos de 15 kg ou menores de 5 anos.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Após o tratamento com drogas microfilaricidas, os pacientes com oncodermatite hiperreativa (sowda) podem apresentar maior probabilidade que outros de sofrer reações adversas severas, especialmente edemas38 e agravamento da oncodermatite.
Estrongiloidíase: o paciente deve ser lembrado da necessidade de submeter-se a exames de fezes repetidos para comprovar a ausência do parasita4 Strongyloides stercoralis.
Oncocercose: o paciente deve ser lembrado de que o tratamento com ivermectina não elimina os parasitas Onchocerca adultos e, portanto, normalmente é necessário repetir o acompanhamento, podendo ser requisitado um novo tratamento.
Filariose: o paciente deve ser advertido de que a medicação elimina apenas as microfilárias e, portanto, não haverá reversão das alterações clínicas já existentes decorrentes dos parasitas adultos.
Ascaridíase: o paciente deve ser lembrado da necessidade de submeter-se a exames de fezes para acompanhamento e certificação de cura.
Pediculose e Escabiose5: o paciente deverá ser reavaliado no intervalo de 1 a 2 semanas para certificar-se da cura. Nesses casos também devem ser tratados os contactantes infestados.
Dados históricos demonstram que as drogas microfilaricidas como citrato de dietilcarbamazina (DEC), podem causar reações cutâneas10 e/ou sistêmicas de variada gravidade (reações de Mazzotti) e reações oftálmicas em pacientes com oncocercose. Essas reações provavelmente se devem a respostas alérgicas e inflamatórias à morte das microfilárias. Pacientes com oncocercose tratados com a ivermectina podem sofrer essas reações, além de possíveis reações adversas relacionadas com a própria droga (veja Reações Adversas, Oncocercose).
O tratamento de severas reações de Mazzotti não foi submetido a estudos clínicos controlados. Hidratação oral, repouso, soluções salinas intravenosas e/ou corticosteroides parenterais foram usados no tratamento da hipotensão39 postural. Anti-histamínicos e/ou ácido acetilsalicílico foram usados na maioria dos casos leves a moderados.
Estrongiloidíase em hospedeiros imunocomprometidos: em pacientes imunocomprometidos (incluindo os portadores de HIV40) em tratamento de estrongiloidíase intestinal, pode ser necessário repetir a terapia. Estudos clínicos adequados e bem controlados não foram conduzidos nesses pacientes para a determinação da dosagem ótima. Vários tratamentos, com intervalos de duas semanas, podem ser necessários e a cura pode não ser conseguida. O controle de estrongiloidíase não intestinal nesses pacientes é difícil e pode ser útil a terapia supressiva, isto é, uma vez por mês.
Sarna17 crostosa em hospedeiros imunocomprometidos: em pacientes imunocomprometidos (incluindo os portadores de HIV40) em tratamento de sarna17 crostosa, pode ser necessário repetir a terapia.
Uso em idosos
As recomendações para pacientes41 idosos são semelhantes às destinadas aos pacientes adultos.
Uso em crianças
Como ainda não se dispõe de dados clínicos suficientes referentes ao tratamento de crianças menores de 5 anos ou com menos de 15 kg, o uso deste medicamento por pacientes desta faixa etária não deve ser realizado. Não foram estabelecidas a segurança e eficácia em crianças com menos de 15 kg ou menores de 5 anos.
Gravidez42 e Lactação43
Não há estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. A ivermectina está enquadrada na categoria de risco C.
Aivermectina é excretada no leite materno em baixas concentrações. O tratamento de mães que planejam amamentar somente deve ser feito quando o risco de retardar o tratamento da mãe superar o possível risco para o lactente44.
Carcinogenicidade, mutagenicidade e teratogenicidade
Não foram realizados estudos em longo prazo com animais para avaliar o potencial carcinogênico da ivermectina. A ivermectina não evidenciou sinais45 de genotoxicidade no ensaio de Ames para verificação de mutagenicidade microbiana in vitro com Salmonella typhimurium, variedades TA1535, TA1537, TA98 e TA100, com e sem ativação de sistema enzimático de fígado31 de rato, bem como em ensaios de citotoxicidade e mutagenicidade empregando linfoma46 de camundongo linhagem L5178Y e em ensaio de síntese de DNA com fibroblastos47 humanos.
A ivermectina demonstrou ser teratogênica48 em camundongos, ratos e coelhos quando administrada em doses repetidas de 0,2; 8,1 e 4,5 vezes a dose máxima recomendada para humanos, respectivamente (baseada em mg/m2/dia). A teratogenicidade foi caracterizada nas três espécies testadas por fissuras49 palatinas. Observou-se também deformação das patas dianteiras em coelhos. Esses efeitos foram obtidos somente com doses iguais ou próximas aos níveis tóxicos para as fêmeas prenhes. Portanto, a ivermectina não parece ser seletivamente tóxica para o feto50 em desenvolvimento. A ivermectina não teve efeitos adversos sobre a fertilidade de ratos em estudos com doses repetidas de até três vezes a dose máxima recomendada para humanos, de 200 mcg/kg (baseada em mg/m2/dia).
Para evitar futuras infestações por parasitas, orientar o paciente a adotar as seguintes medidas:
- Manter limpas as instalações sanitárias e lavar as mãos51 após utilizá-las.
- Evitar andar descalço.
- Cortar e manter limpas as unhas52.
- Beber água filtrada ou fervida.
- Lavar e cozinhar bem os alimentos.
- Manter os alimentos e depósitos de água cobertos.
- Combater os insetos.
- Lavar as mãos51 antes das refeições.
- Lavar os utensílios domésticos.
- De forma cuidadosa para se evitar queimaduras, ferver roupas íntimas, de cama e banho (lençóis, fronhas e toalhas) do paciente e troca-las diariamente. Utensílios e acessórios (escovas de cabelo53, pentes, presilhas de cabelo53 e bonés) devem ser higienizados da mesma forma Estas medidas se estendem a todos os membros da família.
- Não compartilhar objetos de uso pessoal, tais como pentes e bonés.
- Evitar contato direto com outras pessoas durante o tratamento (infectadas ou não).
- Todas as pessoas da família devem verificar se estão infestadas. Em caso positivo, procurar orientação médica para o correto tratamento simultâneo de todos os infestados para evitar-se a re- infestação6 cruzada entre os membros da família.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Não há relatos sobre interações medicamentosas com a ivermectina; no entanto, deve ser administrada com cautela a pacientes em uso de drogas que deprimem o Sistema Nervoso Central37.
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO
Cuidados de conservação
Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C). Proteger da luz e umidade. Prazo de validade: 24 meses
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas do produto
A ivermectina apresenta-se como comprimido circular, semiabaulado, sulcado de cor branca a branca amarelada, isento de partículas estranhas.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
POSOLOGIA E MODO DE USAR
Os comprimidos de ivermectina devem ser ingeridos com água.
Estrongiloidíase – Filariose – Ascaridíase – Escabiose5 – Pediculose
A dosagem recomendada de ivermectina para o tratamento destas afecções36 numa única dose oral visa fornecer aproximadamente 200 mcg de ivermectina por kg de peso corporal. Consulte a Tabela 1 para orientar-se em relação à dosagem. Em geral, não são necessárias outras doses. Contudo, devem ser feitos exames de fezes para acompanhamento (estrongiloidíase) e avaliações clínicas (demais afecções36), para verificar a eliminação da infecção3 (veja Advertências e Precauções).
Tabela 1: Orientação de dosagem de ivermectina para estrongiloidíase, filariose, ascaridíase, escabiose5 e pediculose.
PESO CORPORAL (kg) |
DOSE ORAL ÚNICA |
15 a 24 |
½ comprimido |
25 a 35 |
1 comprimido |
36 a 50 |
1 ½ comprimidos |
51 a 65 |
2 comprimidos |
66 a 79 |
2 ½ comprimidos |
≥ 80 |
200 mcg/kg |
Oncocercose
A dosagem recomendada de ivermectina para o tratamento da oncocercose é uma dose oral única que visa fornecer aproximadamente 150 mcg de ivermectina por quilo de peso corporal. Consulte a Tabela 2 para orientar-se em relação à dosagem. Em campanhas de distribuição em massa, inseridas em programas de tratamento internacional, o intervalo entre doses usado de forma mais comum foi de doze meses. No tratamento individual de pacientes, pode-se reconsiderar uma nova dosagem em intervalos de três meses.
Tabela 2: Orientação de dosagem de ivermectina para a oncocercose.
PESO CORPORAL (kg) |
DOSE ORAL ÚNICA |
15 a 25 |
½ comprimido |
26 a 44 |
1 comprimido |
45 a 64 |
1 ½ comprimidos |
65 a 84 |
2 comprimidos |
≥ 85 |
150 mcg/kg |
REAÇÕES ADVERSAS
As reações adversas são, em geral, de natureza leve e transitória. Durante o tratamento com ivermectina podem ocorrer raramente as seguintes reações: diarreia54 e náusea55, astenia56, dor abdominal, anorexia57, constipação58 e vômitos59.
Relacionadas ao sistema Nervoso Central37 podem ocorrer: tontura60, sonolência, vertigem61 e tremor. As reações epidérmicas incluem: prurido62, erupções e urticária63.
As reações do tipo Mazzotti e oftálmicas, associadas ao tratamento da oncocercose ou à própria doença, não devem ser esperadas em pacientes com estrongiloidíase tratados com ivermectina (veja Reações Adversas, Oncocercose).
Oncocercose
As reações de hipersensibilidade resultantes da morte das microfilárias após o tratamento com ivermectina provocam sintomas64 de reação do tipo Mazzotti: artralgia65/sinovite66, dor abdominal, aumento e sensibilidade dos nódulos linfáticos, principalmente os nódulos axilares, cervical e inguinal; prurido62, edema67, erupções, urticária63 e febre68.
Reações oftálmicas durante o tratamento da oncocercose são raras e podem estar ligadas à doença. Estes efeitos secundários após o tratamento com ivermectina, podem ser: sensação de anormalidades nos olhos69, edema67 de pálpebra, uveíte70 anterior, conjutivite, limbite, queratite e coriorretinite ou coroidite. Raramente elas podem tornar-se graves ou são associadas com perda de visão71 e, de forma geral, são resolvidas sem a necessidade de tratamento com corticosteroides.
Gerais
As seguintes reações adversas foram relatadas com o uso da droga:
Edema67 facial e periférico, hipotensão39 ortostática e taquicardia72. Cefaleia73 e mialgia74 relacionadas à droga ocorreram em menos de 1% dos pacientes.
A hipotensão39 (principalmente a hipotensão39 ortostática) e a exacerbação da asma75 brônquica foram relatadas desde a comercialização da droga em vários países.
Alterações em testes de laboratório
Foram relatadas as seguintes anormalidades em testes de laboratório durante as experiências com o medicamento: eosinofilia76 transitória, elevação das transaminases e aumento da hemoglobina77 (1%). Leucopenia78 e anemia79 foram verificadas em um paciente.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA ou à Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
SUPERDOSE
Foi observada letalidade significativa em camundongos e ratos após doses orais únicas de 25 a 50 mg/kg e de 40 a 50 mg/kg de ivermectina, respectivamente. Não foi observada letalidade significativa em cães após doses orais únicas de até 10 mg/kg. Nessas dosagens, observaram-se os seguintes sinais45 relacionados ao tratamento: ataxia80, bradipneia, tremores, ptose81, redução de atividade, vômitos59 e midríase82. Na intoxicação acidental ou na exposição significativa a quantidades desconhecidas de formulações veterinárias de ivermectina em humanos, seja por ingestão, inalação, injeção83 ou exposição de áreas do corpo, os seguintes efeitos adversos foram relatados com maior frequência: erupção84 cutânea85, edema67, dor de cabeça86, tontura60, astenia56, náusea55, vômito87 e diarreia54. Entre outros efeitos adversos relatados estão convulsões, ataxia80, dispneia88, dor abdominal, parestesia89 e urticária63. Massi, D. et al. publicaram um relato
de caso na literatura africana em 2017 com paciente que, após dosagem repetida 15 dias após a dosagem de 150 mcg/Kg, apresentou encefalopatia90, obnubilação e cegueira bilateral. Em casos de intoxicação acidental, a terapia de apoio, quando indicada, deve incluir a administração parenteral de fluidos e eletrólitos91, assistência respiratória (oxigênio e ventilação92 mecânica, quando necessário) e agentes hipertensores nos casos de hipotensão39 clinicamente significativa. Pode ser indicada a indução de vômitos59 e/ou lavagem gástrica93 o mais rápido possível, seguida de laxantes94 e outras medidas anti-envenenamento rotineiras, quando necessário, para evitar a absorção do produto ingerido.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
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