Cloridrato de Ticlopidina (Comprimidos 250 mg)
BIOSINTÉTICA FARMACÊUTICA LTDA
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
cloridrato de ticlopidina
Comprimidos 250 mg
Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999.
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Comprimido revestido
Embalagens com 30 comprimidos
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO:
Cada comprimido de cloridrato de ticlopidina contém:
cloridrato de ticlopidina | 250 mg |
excipiente q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: ácido cítrico, celulose microcristalina, amido, povidona, croscarmelose sódica, estearato de magnésio, álcool polivinílico, macrogol, talco, dióxido de titânio.
INFORMAÇÕES AO PACIENTE
PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?
Este medicamento é destinado ao tratamento de:
- Redução do risco de acidente vascular cerebral1 (AVC) (derrame2 cerebral) primário ou recorrente, em pacientes com história de pelo menos um dos seguintes eventos: AVC isquêmico3 completo, AVC menor, déficit neurológico isquêmico3 reversível ou ataque isquêmico3 transitório (inclusive amaurose monocular transitória – perda transitória total ou parcial da percepção visual de um olho4).
- Prevenção de acidentes isquêmicos extensos, especialmente coronarianos, em pacientes com arteriosclerose5 obliterante crônica (doença na parede das artérias6 levando à oclusão) dos membros inferiores, com sintomas7 de claudicação intermitente8 (suprimento sanguíneo insuficiente nos membros inferiores para caminhar).
- Prevenção e correção dos distúrbios plaquetários induzidos por circuitos extracorpóreos:
- cirurgia com circulação9 extracorpórea (circulação9 do sangue10 que ocorre fora do corpo do paciente, em um aparelho).
- hemodiálise11 crônica.
- Prevenção de oclusões subagudas após implante12 de “stent” (dispositivo metálico, utilizado com a finalidade de manter a artéria13 aberta) coronariano.
COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?
O cloridrato de ticlopidina é um medicamento que possui em sua fórmula uma substância chamada ticlopidina. O cloridrato de ticlopidina é prescrito pelo médico para evitar a formação de trombos14 (coágulos), prevenindo assim a ocorrência de infarto do miocárdio15, obstrução em um vaso sanguíneo no cérebro16 (acidente vascular cerebral1 isquêmico3) ou outras doenças decorrentes da obstrução dos vasos sanguíneos17 por trombose18 (formação, desenvolvimento ou presença de um trombo19 ou coágulo20 no interior de um vaso sanguíneo).
QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Você não deve utilizar cloridrato de ticlopidina nos casos de antecedentes de alergia21 a ticlopidina ou a qualquer outro componente da fórmula, problemas relacionados a alterações no sangue10 (como redução de glóbulos brancos ou de plaquetas22), síndromes com tendência a hemorragia23 por deficiência na coagulação24, lesões25 orgânicas susceptíveis a sangramento como: úlcera26 do estômago27 e hemorragia23 cerebral, discrasias sanguíneas (doenças do sangue10) com aumento do tempo de sangramento.
O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Você deve seguir as orientações de seu médico e fazer exames de sangue10 regularmente a cada duas semanas, nos primeiros três meses de tratamento. Informe ao seu médico sobre as doenças que já teve ou que tem atualmente. Informe-o também caso venha a ser submetido a qualquer cirurgia (inclusive dentária).
Foram observados efeitos adversos hematológicos (referente ao sangue10) e hemorrágicos28, com consequências usualmente graves e às vezes fatais (vide “8. Quais os males que este medicamento pode me causar?”).
Tais efeitos graves podem estar associados a:
- monitorização inadequada, diagnóstico29 tardio e medidas terapêuticas inadequadas quanto aos efeitos adversos;
- administração concomitante de anticoagulantes30 ou antiagregantes plaquetários tais como ácido acetilsalicílico ou anti-inflamatórios. Entretanto, no caso de implantação de “stent”, a ticlopidina pode ser associada ao ácido acetilsalicílico (100 a 325 mg diários) durante cerca de 1 mês, conforme orientação do seu médico.
Controle hematológico (do sangue10)
Durante os primeiros três meses de tratamento com cloridrato de ticlopidina o paciente deve realizar exame de sangue10 completo (inclusive contagem de plaquetas22) a partir do início do tratamento e a intervalos de duas semanas durante os três primeiros meses, e no decorrer de 15 dias após a suspensão do cloridrato de ticlopidina, caso o tratamento seja interrompido antes de três meses. Em caso de neutropenia31 (diminuição do número de neutrófilos32 no sangue10) confirmada (menos de 1500 neutrófilos32/mm3) ou de trombocitopenia33 (menos de 100.000 plaquetas22/mm3) o tratamento deve ser suspenso pelo seu médico e os parâmetros hematológicos controlados até o seu retorno aos valores normais.
Controle clínico
Todos os pacientes devem ser cuidadosamente acompanhados quanto a sinais34 e sintomas7 de reações adversas, especialmente nos três primeiros meses de tratamento. Os pacientes devem ser instruídos sobre sinais34 e sintomas7 possivelmente relacionados à quantidade de neutrófilos32 abaixo do normal (febre35, dor de garganta36, ulcerações37 na mucosa38 oral), a trombocitopenia33 (diminuição no número de plaquetas22 sanguíneas) ou alteração da hemostasia39 (sangramento prolongado ou inusitado, equimoses40, púrpura41, fezes escuras) e hepatite42 (incluindo icterícia43, urina44 escura e fezes claras).
Suspenda o tratamento e procure imediatamente o médico, caso surja algum destes sintomas7.
A decisão de reiniciar o tratamento dependerá do resultado dos exames clínicos, laboratoriais e da avaliação do médico.
O diagnóstico29 clínico de púrpura41 trombocitopênica trombótica45 (PTT) caracteriza-se pela presença de trombocitopenia33, anemia hemolítica46 (diminuição do número de glóbulos vermelhos do sangue10 em decorrência da destruição prematura dos mesmos), sintomas7 neurológicos, disfunção renal47 e febre35. O início pode ser súbito. Na maioria dos casos, a PTT foi detectada nas primeiras 8 semanas de tratamento. Tendo em vista o risco de óbito48, sugere-se acompanhamento por equipe de especialistas em caso de suspeita de PTT. O tratamento com plasmaferese pode melhorar o prognóstico49.
Sensibilidade cruzada entre tienopiridinas
Pacientes devem ser avaliados quanto à história de hipersensibilidade com outra tienopiridina (como clopidogrel, prasugrel), já que sensibilidade cruzada entre tienopiridinas tem sido reportada (vide “8. Quais os males que este medicamento pode me causar?”). As tienopiridinas podem causar reações alérgicas leves a severas, tais como rash50 (erupções cutâneas51), angioedema52 (inchaço53 em região subcutânea54 ou em mucosas55, geralmente de origem alérgica) ou reações hematológicas como trombocitopenia33 (diminuição no número de plaquetas22 sanguíneas) e neutropenia31. Pacientes que tenham desenvolvido reação alérgica56 anteriormente e/ou reação hematológica a uma tienopiridina, podem ter um risco aumentado de desenvolver a mesma ou outra reação para uma outra tienopiridina. É aconselhável o monitoramento de sensibilidade cruzada.
Hemostasia39
O uso do cloridrato de ticlopidina deve ser feito com prudência em pacientes com risco aumentado de sangramento. Em princípio, a ticlopidina não deve ser associada à heparina, anticoagulantes30 orais e a antiagregantes plaquetários (vide “Interações medicamentosas”). No caso excepcional de tratamento concomitante, o controle clínico e hematológico deverá ser cuidadoso, incluindo determinações do tempo de sangramento periodicamente.
Em caso de intervenção cirúrgica eletiva57, sempre que possível o tratamento com a ticlopidina deve ser suspenso pelo menos 10 dias antes da cirurgia.
Este medicamento deve ser utilizado com prudência em pacientes que recebem tratamento com inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS) (vide “Interações Medicamentosas”).
Em situação de emergência58 cirúrgica o risco de hemorragia23 e de tempo de sangramento prolongado pode ser diminuído pelas seguintes medidas, isoladas ou combinadas: administração de 0,5 a 1,0 mg/kg de metilprednisolona I.V., que pode ser repetida; desmopressina na dose de 0,2 a 0,4 mcg/kg I.V.; administração de concentrado de plaquetas22.
Sendo o cloridrato de ticlopidina extensamente metabolizado no fígado59, ele deve ser utilizado com cuidado nos pacientes com insuficiência hepática60 e, em casos de disfunção hepática61, testes da função hepática61 devem ser realizados. O tratamento deve ser descontinuado em caso de hepatite42 ou icterícia43.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas
As reações adversas da ticlopidina, como tontura62, podem prejudicar a habilidade de dirigir e operar máquinas.
Gravidez63 e amamentação64
A segurança de ticlopidina em mulheres grávidas não foi estabelecida. O cloridrato de ticlopidina não deve ser usado por mulheres grávidas a menos que seja absolutamente necessário.
Estudos em ratas mostram que a ticlopidina é excretada no leite. A segurança da ticlopidina em lactantes65 não foi estabelecida. A não ser em casos de indicação estrita, cloridrato de ticlopidina não deverá ser administrado a lactantes65.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Idosos
Os principais estudos clínicos incluíram uma amostragem com idade média de 64 anos. A farmacocinética (absorção e eliminação) da ticlopidina é modificada em pacientes idosos, mas as atividades farmacológicas (modo de ação) e terapêuticas de doses de 500 mg/dia não são afetadas pela idade do paciente.
Crianças
A segurança e eficácia na população pediátrica não foram estabelecidas.
Uso em pacientes com disfunção hepática61 (funcionamento anormal do fígado59)
A ticlopidina deve ser utilizada com cuidado em pacientes com disfunção hepática61, pois é extensivamente metabolizada pelo fígado59. O tratamento deve ser suspenso e testes da função hepática61 monitorados se o paciente desenvolver hepatite42 (inflamação66 do fígado59) ou icterícia43 (cor amarelada da pele67 e olhos68).
Uso em pacientes com disfunção renal47 (funcionamento anormal dos rins69)
A experiência em pacientes com disfunção renal47 é limitada. Em estudos clínicos controlados, não foram encontrados problemas inesperados em pacientes com disfunção renal47 leve e não há experiência com ajuste de dose em pacientes com disfunção renal47 mais severa. No entanto, pode ser necessária a redução da dose de ticlopidina em pacientes com disfunção renal47 ou ainda, a descontinuação do tratamento, se problemas hemorrágicos28 e hematopoiéticos (nos elementos do sangue10) ocorrerem.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Medicamento-medicamento
Associações que aumentam o risco hemorrágico70:
- Medicamentos associados com risco hemorrágico70: Aumento do risco de sangramento, devido ao efeito potencial aditivo. A administração concomitante de medicamentos associados ao risco de sangramento deve ser feita com cautela.
- Anti-inflamatórios não esteroidais: Aumento de risco hemorrágico70 pelo aumento da atividade antiagregante plaquetária e do efeito dos AINEs sobre a mucosa38 gastroduodenal. Caso o uso de anti-inflamatórios seja imprescindível, deve-se proceder a cuidadoso controle clínico e laboratorial.
- Antiagregantes plaquetários: Aumento do risco de hemorragias71 (sangramentos). Se a associação não puder ser evitada, é necessário um estrito controle clínico e laboratorial do paciente.
- Anticoagulantes30 orais: Aumento do risco hemorrágico70 pela combinação da ação anticoagulante72 com a atividade antiplaquetária da ticlopidina. Caso esses fármacos sejam necessários, deve-se realizar estrito controle clínico e biológico.
- Heparinas: Aumento do risco hemorrágico70 (combinação da ação anticoagulante72 com a atividade antiplaquetária). Caso a associação seja necessária deve-se realizar cuidadoso controle clínico e biológico (inclusive APTT).
- Pentoxifilina: Em razão do aumento do risco de hemorragia23, a administração concomitante de pentoxifilina com ticlopidina deve ser feita com cautela.
- Derivados salicilados (inclusive ácido acetilsalicílico): Aumento de risco hemorrágico70 pela soma do efeito antiplaquetário e da ação lesiva dos derivados salicilados sobre a mucosa38 gastroduodenal. É necessário um estrito controle clínico e laboratorial do paciente. No caso de implante12 de “stent” ver item “4. O que devo saber antes de usar este medicamento?”.
Associações que exigem precauções especiais:
- Teofilina: Possibilidade de aumento dos níveis plasmáticos (no sangue10) de teofilina com risco de superdose. Deve-se realizar controle clínico estrito e, se necessário, determinações do nível plasmático da teofilina. Adaptar a dose de teofilina durante e após o tratamento com a ticlopidina.
- Digoxina: Possibilidade de redução (aproximadamente 15%) no nível plasmático (no sangue10) de digoxina, sem, contudo, afetar sua eficácia terapêutica73.
- Fenobarbital: Estudos em voluntários sadios não mostraram efeito de administração crônica do fenobarbital sobre ação antiplaquetária da ticlopidina.
- Fenitoína: Existem raros relatos de aumento nos níveis de fenitoína e toxicidade74 de fenitoína quando ticlopidina é coprescrita. A administração conjunta deve ser feita com cautela, e o nível sérico (no sangue10) de fenitoína deve ser medido, ao se iniciar ou descontinuar a ticlopidina.
- S-cetamina: A administração concomitante de ticlopidina e S-cetamina pode aumentar os níveis plasmáticos de S-cetamina principalmente inibindo o seu metabolismo75 mediado pela CYP2B6.
- Inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS): Uma vez que os ISRS podem prejudicar a função hemostática das plaquetas22, o que pode aumentar o risco de sangramento, particularmente na presença de outros fármacos antiplaquetários, a administração concomitante de ISRS com ticlopidina deve ser realizada com precaução.
- Outros medicamentos: O cloridrato de ticlopidina foi utilizado concomitantemente com betabloqueadores, antagonistas dos canais de cálcio e diuréticos76, sem que fosse observada interação clinicamente significativa.
Em ocasiões muito raras, foi relatada redução dos níveis sanguíneos da ciclosporina. Portanto, os níveis de ciclosporina devem ser monitorizados se houver coadministração com ticlopidina.
Medicamento-alimento
Não há dados disponíveis até o momento sobre a interferência de alimentos na ação de cloridrato de ticlopidina.
Medicamento-exame laboratorial
Existe a possibilidade da ocorrência de alterações laboratoriais com o uso de cloridrato de ticlopidina. Por isso, recomenda-se monitoramento médico (vide “8. Quais os males que este medicamento pode me causar”).
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde77.
ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
Cuidados de conservação
O cloridrato de ticlopidina deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C). Proteger da luz e umidade.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas do produto
O cloridrato de ticlopidina é apresentado sob a forma de comprimido revestido de cor branca, oblongo, biconvexo e liso.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Você deve tomar o comprimido, sem mastigar, com líquido, por via oral.
Posologia
Uso em adultos: 2 comprimidos ao dia, durante as refeições.
Em caso de prevenção de oclusões subagudas seguido da implantação de “stent” coronariano, o tratamento pode iniciar logo antes ou após a implantação do “stent” e deve continuar por cerca de 1 mês (2 comprimidos ao dia) combinado com aspirina (ácido acetilsalicílico) de 100 a 325 mg diários.
Não há estudos dos efeitos de cloridrato de ticlopidina administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente pela via oral, conforme recomendado pelo médico.
População especial: vide “4. O que devo saber antes de usar este medicamento”.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu médico. Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.
O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Caso se esqueça de administrar uma dose, administre-a assim que possível. No entanto, se estiver próximo do horário da dose seguinte, espere por este horário, respeitando sempre o intervalo determinado pela posologia. Nunca devem ser administradas duas doses ao mesmo tempo.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico.
QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?
As reações podem ser classificadas em:
Categoria | Frequência |
Muito comum | ≥ 10% |
Comum | ≥ 1% e < 10% |
Incomum | ≥ 0,1% e < 1% |
Raro | ≥ 0,01% e < 0,1% |
Muito raro | < 0,01% |
Desconhecida | Não pode ser estimada pelos dados disponíveis |
Distúrbios do sangue10 e sistema linfático78
- Comuns: neutropenia31 incluindo neutropenia31 severa. A maioria dos casos de neutropenia31 severa ou agranulocitose79 (diminuição acentuada na contagem de células brancas do sangue80) manifestou-se nos primeiros três meses de tratamento com ticlopidina (necessária monitorização das células sanguíneas81). A medula óssea82 revelou redução dos precursores mieloides.
- Raros: púrpura41 trombocitopênica trombótica45 (doença caracterizada por número de plaquetas22 abaixo do normal, anemia hemolítica46, manifestações neurológicas, quantidades excessivas de ureia83 e creatinina84, febre35 e trombose18 nas arteríolas85 e capilares86 terminais) (vide “O que devo saber antes de usar este medicamento”), aplasia medular (disfunção da medula óssea82 que leva a alteração na formação de células sanguíneas81) ou pancitopenia87 (diminuição global de elementos celulares do sangue10 (glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas22)).
- Incomuns: trombocitopenia33 (diminuição no número de plaquetas22 sanguíneas) isolada ou excepcionalmente acompanhada de anemia hemolítica46 (diminuição do número de glóbulos vermelhos do sangue10 em decorrência da destruição prematura dos mesmos).
Distúrbios do sistema nervoso88: Dor de cabeça89, tontura62 e neuropatia periférica90 (doença que afeta um ou vários nervos) tem sido reportadas.
Distúrbios vasculares91: Complicações hemorrágicas92, principalmente, mas não limitado a, hematoma93 ou equimose94 (mancha na pele67 resultante do extravasamento de sangue10) e epistaxe95 (sangramento nasal) podem ocorrer durante o tratamento. Foram relatados casos de hemorragia23 pré e pós-operatória (vide “O que devo saber antes de usar este medicamento”). Hemorragia23 intracerebral, hematúria96 (sangue10 na urina44) e hemorragia23 da conjuntiva97 também foram reportadas.
Distúrbios gastrintestinais: Diarreia98 foi a reação mais comumente relatada seguida em frequência, pela náusea99. A diarreia98 é usualmente leve e transitória, ocorrendo principalmente durante os primeiros três meses de tratamento. Geralmente essas manifestações regridem em 1 a 2 semanas, mesmo na vigência do tratamento. Foram relatados muito raramente casos de diarreia98 grave com colite100 (inflamação66 do intestino), incluindo colite100 linfocítica. Se o efeito for severo e persistente, o tratamento deve ser descontinuado.
Úlcera26 gastroduodenal (lesão101 localizada no estômago27 ou duodeno102 com destruição da mucosa38 da parede destes órgãos) também foi reportada.
Distúrbios da pele67 e tecidos subcutâneos: Foram descritos casos de placas103 elevadas na pele67, particularmente maculopapulares (escamosas) ou urticariformes (que coçam e/ou ardem), frequentemente acompanhados com prurido104 (coceira e/ou ardência). Tais manifestações aparecem em geral nos primeiros três meses de tratamento (tempo médio de início: 11 dias), e podem ser generalizadas. Com a suspensão do tratamento as reações cutâneas51 regridem em poucos dias. Estas manifestações cutâneas51 podem ser generalizadas.
Têm sido relatados raros casos de eritema multiforme105 (distúrbio da pele67 resultante de uma reação alérgica56), Síndrome106 de Stevens Johnson (forma grave de reação alérgica56 caracterizada por bolhas em mucosas55 e grandes áreas do corpo) e Síndrome de Lyell107 (doença esfoliativa da pele67, encontrada principalmente em adultos e caracterizada por bolhas flácidas, de maneira que a pele67 tenha a aparência de ter sido queimada).
Dermatite108 esfoliativa (alteração da pele67 acompanhada de descamação109), eczema110 (inflamação66 da pele67 na qual ela fica vermelha, escamosa111 e algumas vezes com rachaduras ou pequenas bolhas)/dermatite108 (termo geral para inflamação66 da pele67) também foram reportadas.
Distúrbios hepatobiliares112
- O tratamento com ticlopidina foi acompanhado do aumento das enzimas hepáticas113 (do fígado59). O tratamento com ticlopidina também foi acompanhado de pequena elevação de bilirrubina114 (pigmento amarelo produto da degradação da hemoglobina115).
- Raros: hepatite42 nos primeiros três meses de tratamento. A evolução foi em geral favorável após suspensão do tratamento. No entanto foram relatados casos raríssimos de óbito48. Casos de hepatite fulminante116 também foram reportados.
Distúrbios do sistema imune117
- Muito raros: reações imunológicas incluindo: reações alérgicas, anafilaxia118 (reação de hipersensibilidade, conhecida popularmente como alérgica), artralgia119 (dor nas articulações120), pneumopatia alérgica (doença pulmonar de origem alérgica), vasculite121 (inflamação66 da parede do vaso sanguíneo), síndrome106 lúpica (lúpus122 eritematoso123 sistêmico124), edema125 de Quincke (tipo de urticária126), nefropatia127 (lesão101 ou doença no rim128) por hipersensibilidade (alergia21) resultando às vezes em falência dos rins69, eosinofilia129 (aumento de um tipo de leucócito do sangue10 chamado eosinófilo130).
- Desconhecidos: reação cruzada de hipersensibilidade à droga entre tienopiridinas (como clopidogrel, prasugrel) (vide “4. O que devo saber antes de usar este medicamento?”).
Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastinais
- Desconhecido: doença intersticial131 pulmonar (doença que afeta os pulmões132) causada por pneumonite133 alérgica (processo inflamatório dos pulmões132 de origem alérgica).
Distúrbios gerais
- Muito raro: febre35 isolada.
Alterações laboratoriais Hematológicas: Neutropenia31 e, mais raramente, pancitopenia87, assim como trombocitopenia33 isolada ou excepcionalmente associada à anemia hemolítica46, foram descritas durante o tratamento com a ticlopidina.
Hepáticas134 (do fígado59): O uso de ticlopidina pode ser acompanhado de elevação isolada ou não da fosfatase alcalina135, transaminases (mais que 2 vezes o limite de normalidade) e bilirrubina114 (pequeno aumento).
Investigações: Tratamento crônico136 com ticlopidina pode estar associado a um aumento de colesterol137 e triglicerídeos séricos. Os níveis de colesterol137 e triglicerídeos podem aumentar de 8 a 10% após 1 a 4 meses de tratamento, sem progressão posterior com a continuação da terapia. As relações das subfrações lipoproteicas (especialmente a relação HDL138-LDL139) permanecem inalteradas.
Resultados de ensaios clínicos140 demonstram que esse efeito é independente da idade, sexo, ingestão de álcool ou diabetes141, e não tem influência sobre o risco cardiovascular.
Informe ao seu médico ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também a empresa através do seu serviço de atendimento.
O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA DESTE MEDICAMENTO?
Se for ingerida uma quantidade acima da indicada de cloridrato de ticlopidina, existe o risco de sangramento. Neste caso, deve-se procurar, imediatamente, atendimento médico. Em caso de superdose acidental, recomenda-se, lavagem gástrica142 e medidas gerais de suporte.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível.
Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
MS - 1.1213.0225
Farmacêutico Responsável: Alberto Jorge Garcia Guimarães - CRF-SP n° 12.449
Biosintética Farmacêutica Ltda.
Av. das Nações Unidas, 22.428
São Paulo - SP
CNPJ 53.162.095/0001-06
Indústria Brasileira
SAC 0800 701 6900