Cloridrato de Epirrubicina (Injetável 2 mg/mL)
ACCORD FARMACÊUTICA LTDA
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
cloridrato de epirrubicina
Injetável 2 mg/mL
Medicamento Genérico – Lei nº. 9.787, de 1999.
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Solução injetável estéril
Embalagem contendo 1 frasco de vidro de 5 mL (10 mg), 10 mL (20 mg) ou 25 mL (50 mg)
USO INJETÁVEL POR VIA INTRAVENOSA OU INTRAVESICAL (vide item “6. Como devo usar este medicamento?”)
USO ADULTO
CUIDADO: AGENTE CITOTÓXICO1
COMPOSIÇÃO:
Cada frasco de 10 mg contém:
cloridrato de epirrubicina | 2 mg/mL |
excipiente q.s.p. | 5 mL |
Excipientes: ácido clorídrico2 37% (para ajuste de pH), cloreto de sódio, água para injetáveis.
Cada frasco de 20 mg contém:
cloridrato de epirrubicina | 2 mg/mL |
excipiente q.s.p. | 10 mL |
Excipientes: ácido clorídrico2 37% (para ajuste de pH), cloreto de sódio, água para injetáveis.
Cada frasco de 50 mg contém:
cloridrato de epirrubicina | 2 mg/mL |
excipiente q.s.p. | 25 mL |
Excipientes: ácido clorídrico2 37% (para ajuste de pH), cloreto de sódio, água para injetáveis.
INFORMAÇÕES AO PACIENTE
PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?
Cloridrato de epirrubicina é indicado para o tratamento de vários tipos de câncer3 (neoplasia4): câncer3 de mama5, linfomas (cânceres que se originam nos linfonodos6 (gânglios7)), sarcomas de partes moles (câncer3 dos músculos8, cartilagens9, gordura10, nervos e vasos sanguíneos11) câncer3 gástrico (do estômago12), câncer3 hepático (do fígado13), câncer3 do pâncreas14, câncer3 do reto15- sigmoide16 (intestino), carcinoma17 da região cérvico-facial (cabeça18 e pescoço19), câncer3 de pulmão20, câncer3 de ovário21 e leucemias (câncer3 da medula óssea22).
Cloridrato de epirrubicina por instilação intravesical (administração gota23 a gota23 dentro da bexiga24) é indicado no tratamento dos carcinomas superficiais da bexiga24 (câncer3 não invasivos) e na profilaxia (prevenção) das recidivas25 (retorno do câncer3) após ressecção transuretral26 (cirurgia de bexiga24 realizada pela uretra27).
COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?
Cloridrato de epirrubicina é um agente citotóxico1 (que causa destruição celular) antraciclínico (da família das antraciclinas, um tipo de classe de medicamentos). Embora se saiba que as antraciclinas podem interferir em várias funções bioquímicas e biológicas das células28 o mecanismo preciso das propriedades citotóxicas e/ou antiproliferativas (que inibem a proliferação celular) do cloridrato de epirrubicina ainda não foi completamente elucidado.
QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Cloridrato de epirrubicina é contraindicado a pacientes que apresentam hipersensibilidade (alergia29) à epirrubicina ou à qualquer outro componente da fórmula, outras antraciclinas ou antracenedionas.
Cloridrato de epirrubicina também é contraindicado nas seguintes situações:
- Uso intravenoso (dentro da veia): mielossupressão (mau funcionamento da medula óssea22) persistente, insuficiência hepática30 (do fígado13) grave, miocardiopatia31 (doença do músculo do coração32), arritmias33 (alteração no ritmo dos batimentos cardíacos) severas, infarto do miocárdio34 (infarto35 do coração32) recente, tratamentos prévios com doses cumulativas máximas de cloridrato de epirrubicina e/ou outras antraciclinas e antracenedionas (vide item “4. O que devo saber antes de usar este medicamento?”).
- Uso intravesical (dentro da bexiga24): infecções36 no trato urinário37 (uretra27, bexiga24, ureter38 e rins39), inflamação40 da bexiga24, hematúria41 (sangue42 na urina43).
O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Cloridrato de epirrubicina deve ser administrado apenas sob supervisão de médicos especialistas com experiência em terapia citotóxica.
Os pacientes devem recuperar-se das toxicidades agudas de tratamentos anteriores, como: estomatite44 (inflamação40 da mucosa45 da boca46), neutropenia47 (diminuição de um tipo de células28 de defesa do sangue42: neutrófilos48) trombocitopenia49 (diminuição das células28 de coagulação50 do sangue42: plaquetas51) e infecções36 generalizadas, antes de iniciar o tratamento com cloridrato de epirrubicina.
Embora o tratamento com altas doses de cloridrato de epirrubicina (por exemplo, ≥ 90 mg/m2 a cada 3 a 4 semanas) cause efeitos adversos geralmente semelhantes àqueles vistos com doses padrão (< 90 mg/m2 a cada 3 a 4 semanas), a gravidade da neutropenia47 e da estomatite44/mucosite52 (inflamação40 da mucosa45 dos órgãos do aparelho digestivo53) pode ser maior. O tratamento com altas doses de cloridrato de epirrubicina requer atenção especial para possíveis complicações clínicas devido à mielossupressão (mau funcionamento da medula óssea22) acentuada.
Função Cardíaca
A cardiotoxicidade (toxicidade54 ao coração32) durante o tratamento com antraciclinas pode ser evidenciada através de eventos precoces (agudos) e tardios.
Eventos precoces: cardiotoxicidade precoce de cloridrato de epirrubicina consiste principalmente em taquicardia55 sinusal (aceleração dos batimentos cardíacos, originada no nó sinusal56) e/ou anormalidades no eletrocardiograma57 (ECG) como alterações não específicas na onda ST-T. Também foram relatadas taquiarritmias58 (tipo de arritmia59), incluindo contração prematura ventricular (da câmara do coração32), taquicardia55 ventricular (aceleração dos batimentos cardíacos originada no ventrículo) e bradicardia60 (diminuição dos batimentos cardíacos), assim como bloqueio atrioventricular (região do coração32 responsável pela condução dos batimentos cardíacos) e bundle-branch (defeito na condução elétrica do coração32). Esses efeitos geralmente não predizem o desenvolvimento de cardiotoxicidade tardia; raramente têm importância clínica e em geral, não são considerados para descontinuação do tratamento com o cloridrato de epirrubicina.
Eventos tardios: cardiotoxicidade (toxicidade54 do coração32) tardia, geralmente surge no final do tratamento com cloridrato de epirrubicina ou 2 a 3 meses após o término do tratamento, porém, eventos tardios (muitos meses ou anos após o término do tratamento) também foram relatados. Cardiomiopatia (alteração no músculo do coração32) tardia manifesta-se pela redução da fração de ejeção ventricular esquerda (FVE – volume de sangue42 que sai do coração32) e/ou sinais61 e sintomas62 de insuficiência cardíaca congestiva63 (ICC – incapacidade do coração32 de bombear a quantidade adequada de sangue42) como dispneia64 (falta de ar), edema pulmonar65 (acúmulo de líquidos nos pulmões66), edema67 (inchaço68), cardiomegalia69 (aumento do coração32) e hepatomegalia70 (aumento do fígado13), oligúria71 (diminuição da produção de urina43), ascite72 (acúmulo de líquido dentro do abdome73), efusão74 pleural (líquido nas pleuras), e ritmo de galope (tipo de arritmia59). ICC com risco à vida é a forma mais grave de cardiomiopatia induzida por antraciclinas e representa a toxicidade54 dose limitante cumulativa do fármaco75.
O risco de desenvolvimento de insuficiência cardíaca congestiva63 aumenta rapidamente com dose cumulativa total acima de 900 mg/m2 de cloridrato de epirrubicina. Esta dose só deve ser excedida com extrema cautela.
A função cardíaca deve ser avaliada antes do tratamento e deve ser monitorada durante a terapia para minimizar o risco de ocorrência de insuficiência cardíaca76. O risco pode ser diminuído através do monitoramento regular da FVE durante o tratamento, com a interrupção imediata de epirrubicina no primeiro sinal77 de insuficiência78. O método quantitativo apropriado para a avaliação repetida da função cardíaca (avaliação da FVE) inclui angiografia79 com radionucleotídeo80 (AR) ou ecocardiograma81 (ECO). A avaliação cardiológica com ECG, uma varredura AR ou um ECO é recomendável, principalmente em pacientes com fatores de risco para cardiotoxicidade aumentado. Determinações repetidas por AR ou ECO de FVE devem ser realizadas, particularmente com mais altas, doses cumulativas de antraciclina. A técnica utilizada para a avaliação deve ser consistente ao longo do acompanhamento.
Dado o risco de cardiomiopatia, uma dose cumulativa de 900 mg/m2 de epirrubicina deve ser excedida apenas com extrema cautela.
Os fatores de risco para cardiotoxicidade (toxicidade54 do coração32) incluem doença cardiovascular (do coração32 e dos vasos sanguíneos11) ativa ou latente, radioterapia82 prévia ou concomitante da área mediastinal/pericárdica (no centro do tórax83 e ao redor do coração32), terapia prévia com outras antraciclinas ou antracenedionas, e uso concomitante com outras drogas que podem diminuir contratilidade cardíaca ou drogas cardiotóxicas (por ex.: trastuzumabe). As antraciclinas, incluindo o cloridrato de epirrubicina, não devem ser administradas em combinação com outros agentes cardiotóxicos sem monitoramento cuidadoso da função cardíaca (vide “Interações Medicamentosas”). Pacientes recebendo antraciclinas após interromperem o tratamento com
outros agentes cardiotóxicos, especialmente aqueles com longa meia-vida, como o trastuzumabe, podem também aumentar o risco de desenvolvimento de cardiotoxicidade. A meia-vida relatada do trastuzumabe é de aproximadamente 28 – 38 dias e pode persistir na circulação84 por até 27 semanas. Por isso, quando possível, os médicos devem evitar a terapia baseada em antraciclinas por até 27 semanas após interromperem o tratamento com trastuzumabe. Em caso de utilização de antraciclinas antes deste período, recomenda-se um cuidadoso monitoramento da função cardíaca.
O monitoramento da função cardíaca deve ser particularmente rigoroso em pacientes recebendo altas doses cumulativas e naqueles com fatores de risco. No entanto, a cardiotoxicidade com epirrubicina pode ocorrer em doses cumulativas mais baixas se fatores de risco cardíacos estão presentes ou não.
É provável que a toxicidade54 do cloridrato de epirrubicina e outras antraciclinas ou antracenedionas é aditiva.
Toxicidade54 Hematológica (do sangue42)
A exemplo do que ocorre com outros agentes citotóxicos85, o cloridrato de epirrubicina pode produzir mielossupressão. O perfil hematológico (exame completo do sangue42) deve ser avaliado antes e durante cada ciclo da terapia com cloridrato de epirrubicina, incluindo contagem diferencial dos glóbulos brancos. Leucopenia86 (redução de células28 de defesa no sangue42) reversível, dependente da dose e/ou granulocitopenia (neutropenia47) são as manifestações predominantes, constituindo a toxicidade54 aguda limitante da dose mais comum. A leucopenia86 e a neutropenia47 são, geralmente, mais graves com esquemas de altas doses, alcançando um nadir (ponto mais baixo), na maioria dos casos, entre o 10° e 14° dia após a administração do medicamento. Esses efeitos são, usualmente, transitórios, com a normalização da contagem de glóbulos brancos/ neutrófilos48, na maioria dos casos, até o 21° dia. Trombocitopenia49 e anemia87 também podem ocorrer. As consequências clínicas mais graves da mielossupressão incluem febre88, infecção89, sepse90/ septicemia91 (infecção89 generalizada), choque92 séptico (sepse90 grave), hemorragia93 (sangramento), hipóxia94 tecidual (diminuição de oxigênio aos tecidos) ou morte.
Leucemia95 secundária
Leucemia95 secundária (causada pelo medicamento), com ou sem fase pré-leucêmica, foi relatada em pacientes tratados com antraciclinas, incluindo o cloridrato de epirrubicina. A leucemia95 secundária é mais comum quando utilizados em combinação com outros agentes antineoplásicos, em caso de pacientes tratados previamente com citotóxicos85 ou quando utilizadas doses maiores de antraciclinas. Essas leucemias possuem um período de latência96 (período sem manifestação clínica) de 1 a 3 anos.
Gastrintestinal
O cloridrato de epirrubicina é emetogênica (causa náuseas97 e vômitos98). A mucosite52/ estomatite44 geralmente aparece no início do tratamento com o fármaco75 e, se grave, pode progredir em poucos dias para úlceras99 de mucosa45 (feridas que dão na camada que recobre internamente o sistema digestivo100, como boca46 e esôfago101). A maioria dos pacientes se recupera desse evento adverso até a terceira semana de terapia.
Função Hepática102
A principal via de eliminação do cloridrato de epirrubicina é o sistema hepatobiliar103 (relacionado à bile104). Os níveis de bilirrubina105 sérica total (níveis de bilirrubina105 no sangue42) e de aspartato transaminase (TGO – enzima106 do fígado13) devem ser avaliados antes e durante o tratamento com cloridrato de epirrubicina. Pacientes com bilirrubina105 ou TGO elevado podem apresentar clearance (excreção) mais lento do fármaco75, com um aumento da toxicidade54 geral. Doses mais baixas são recomendadas nesses pacientes (vide item “6. Como devo usar este medicamento?”). Pacientes com insuficiência hepática30 grave (prejuízo grave da função do fígado13) não devem receber cloridrato de epirrubicina (vide item “3. Quando não devo usar este medicamento?”).
Função Renal107 (dos rins39)
A creatinina108 sérica (no sangue42) deve ser avaliada antes e durante a terapia. O ajuste da dose é necessário em pacientes com creatinina108 sérica > 5 mg/dL109 (vide item “6. Como devo usar este medicamento?”).
Efeitos no Local de Infusão
Fleboesclerose (lesão110 da veia usada para administração do medicamento) pode resultar da infusão do fármaco75 em vaso de pequeno calibre ou de infusões repetidas na mesma veia. Para minimizar o risco de flebite111/tromboflebite112 (inflamação40 da veia, com ou sem o aparecimento de um coágulo113 dentro dela) no local de infusão, recomenda-se seguir os procedimentos descritos no item “6. Como devo usar este medicamento?”.
Extravasamento
O extravasamento de cloridrato de epirrubicina durante a administração IV (intravenosa) pode produzir dor local, lesões114 teciduais graves (vesicação – formação de bolhas na pele115, celulite116 – inflamação40 grave da pele115 e do tecido117 abaixo da pele115) e necrose118 (morte dos tecidos). Caso ocorram sinais61 ou sintomas62 de extravasamento durante a administração intravenosa de cloridrato de epirrubicina, a infusão do fármaco75 deve ser imediatamente interrompida.
Outros
Assim como ocorre com outros agentes citotóxicos85, tromboflebite112 e fenômenos tromboembólicos (formação de um coágulo113 dentro do vaso sanguíneo), incluindo embolia119 pulmonar (entupimento de um vaso sanguíneo no pulmão20 por um coágulo113), fatal em alguns casos, foram coincidentemente relatados com o uso de cloridrato de epirrubicina.
Síndrome120 da Lise121 Tumoral (sintomas62 provocados pela destruição das células28 do câncer3)
Cloridrato de epirrubicina pode induzir à hiperuricemia (aumento do ácido úrico no sangue42) devido ao extenso catabolismo122 (quebra) das purinas que acompanha a rápida destruição de células28 neoplásicas123 induzida pelo fármaco75 (síndrome120 da lise121 tumoral). Níveis séricos de ácido úrico, potássio, fosfato de cálcio e creatinina108 devem ser avaliados após o tratamento inicial. Hidratação, alcalinização urinária (diminuição da acidez da urina43) e profilaxia com alopurinol para prevenir a hiperuricemia podem minimizar as complicações potenciais da síndrome120 de lise121 tumoral.
Efeitos Imunossupressores/Aumento da Suscetibilidade a Infecções36
A administração de vacinas “vivas” ou vacinas “vivas-atenuadas” em pacientes imunocomprometidos (com diminuição da função do sistema de defesa do organismo) por agentes quimioterápicos (que combatem cânceres) incluindo cloridrato de epirrubicina podem resultar em infecções36 graves ou fatais. A utilização de vacina124 “viva” deve ser evitada em pacientes recebendo cloridrato de epirrubicina. Vacinas “mortas” ou “inativadas” podem ser administradas, contudo, a resposta a estas vacinas pode ser diminuída.
Advertências e Precauções Adicionais para Outras Vias de Administração
Via Intravesical (dentro da bexiga24): A administração de cloridrato de epirrubicina pode produzir sintomas62 de cistite125 química (tais como, disúria126 (dificuldade e dor para urinar), poliúria127 (aumento da quantidade de urina43), noctúria (aumento da frequência urinária à noite), estrangúria (constrição128 da uretra27 causando eliminação lenta e dolorosa da urina43), hematúria41 (sangue42 na urina43), desconforto vesical129 (na bexiga24), necrose118 da parede vesical129 e constrição128 da bexiga24. É necessária atenção especial para problemas de cateterização (quando se coloca um cateter) por ex., obstrução uretral130 devido a tumores intravesicais de grande volume.
Fertilidade, Gravidez131 e Lactação132
Prejuízo na Fertilidade: O cloridrato de epirrubicina pode induzir dano cromossômico em espermatozóides133 humanos. Homens submetidos a tratamento com cloridrato de epirrubicina devem utilizar métodos contraceptivos (para evitar gravidez131) efetivos. O cloridrato de epirrubicina pode causar amenorréia134 (ausência de menstruação135) ou menopausa136 prematura em mulheres pré- menopáusicas (antes da idade característica para o aparecimento da menopausa136).
Uso durante a Gravidez131: Mulheres em idade fértil devem ser aconselhadas a evitar engravidar durante o tratamento e devem utilizar métodos contraceptivos eficazes.
Dados experimentais em animais sugerem que o cloridrato de epirrubicina pode causar dano fetal quando administrada a mulheres grávidas. Caso o cloridrato de epirrubicina seja utilizado durante a gravidez131 ou se a paciente engravidar enquanto estiver utilizando esse fármaco75, ela deve ser comunicada quanto aos danos potenciais para o feto137. Não há estudos em mulheres grávidas, portanto o cloridrato de epirrubicina deve ser utilizado durante a gravidez131 apenas se os benefícios potenciais justificarem os riscos potenciais para o feto137.
Uso durante a Lactação132: Não se sabe se o cloridrato de epirrubicina é excretado no leite humano. Uma vez que muitos fármacos, incluindo outras antraciclinas, são excretados no leite humano e devido à possibilidade de reações adversas sérias em lactentes138 pelo cloridrato de epirrubicina, as mães devem interromper o aleitamento antes de receber esse medicamento.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez131.
Efeitos na habilidade de dirigir e usar máquinas
O efeito do cloridrato de epirrubicina na habilidade de dirigir e operar máquinas ainda não foi sistematicamente avaliado.
Interações Medicamentosas
Cloridrato de epirrubicina é utilizado, principalmente, em combinação com outros fármacos citotóxicos85. Toxicidade54 aditiva pode ocorrer especialmente em relação a efeitos medulares/hematológicos (no sangue42) e gastrintestinais (no estômago12 e no intestino) (vide item “4. O que devo saber antes de usar este medicamento?”). O uso de cloridrato de epirrubicina em combinação quimioterápica com outros fármacos potencialmente cardiotóxicos, assim como o uso concomitante de outros compostos cardioativos (por ex., bloqueadores do canal de cálcio, como a nifedipina e o verapamil), requer a monitoração da função cardíaca durante o tratamento. O cloridrato de epirrubicina é amplamente metabolizado pelo fígado13. Qualquer medicamento concomitante que possa afetar a função hepática102 também pode afetar o metabolismo139 ou a farmacocinética do cloridrato de epirrubicina e, como resultado, a eficácia e/ou a toxicidade54 (vide item “4. O que devo saber antes de usar este medicamento?”).
A cimetidina aumentou a área sob a curva (AUC140: quantidade do medicamento efetivamente disponível para atuação de acordo com o tempo de utilização) do cloridrato de epirrubicina em 50% e seu uso deve ser interrompido durante o tratamento com cloridrato de epirrubicina. Quando administrado antes do cloridrato de epirrubicina, o paclitaxel pode causar aumento das concentrações plasmáticas (no sangue42) do cloridrato de epirrubicina inalterada e de seus metabólitos141 (derivados), sendo que seus metabólitos141 não são tóxicos nem ativos. A administração concomitante do paclitaxel ou do docetaxel não alterou a farmacocinética do cloridrato de epirrubicina quando esta foi administrada antes do taxano.
Sempre avise ao seu médico todas as medicações que você toma quando ele for prescrever uma medicação nova. O médico precisa avaliar se as medicações reagem entre si alterando a sua ação, ou da outra; isso se chama interação medicamentosa.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento. Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde142.
ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
Cuidados de conservação
O cloridrato de epirrubicina deve ser conservado sob refrigeração (entre 2–8°C). Descartar devidamente qualquer solução não utilizada.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem. Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas do produto
Solução vermelha límpida.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Este produto é de uso restrito a hospitais ou ambulatórios especializados, com emprego específico em várias neoplasias143, e deve ser manipulado apenas por pessoal treinado. As informações ao paciente serão fornecidas pelo médico assistente, conforme necessário.
O cloridrato de epirrubicina é um medicamento citotóxico1 normalmente administrado por via intravenosa. No entanto, a administração intravesical (dentro da bexiga urinária144) mostrou-se benéfica no tratamento de câncer3 superficial de bexiga24, bem como na profilaxia de recidiva145 (retorno) de tumor146 após ressecção transuretral26 (vide item “4. O que devo saber antes de usar este medicamento?”).
Cloridrato de epirrubicina não é ativa quando administrada por via oral e não deve ser injetada por via intramuscular ou intratecal.
Administração intravenosa (IV)
A dose total de cloridrato de epirrubicina por ciclo a ser administrada pode variar de acordo com o uso, dentro de um esquema de tratamento específico (por exemplo, administrada como agente único ou em combinação com outros fármacos citotóxicos85) e de acordo com a indicação terapêutica147.
Cloridrato de epirrubicina deve ser administrado através de cateter de infusão intravenosa correndo livremente (solução fisiológica148 0,9% ou solução de glicose149 5%). Para minimizar o risco de trombose150 ou extravasamento perivenoso, os períodos de infusão usuais variam entre 3 e 20 minutos dependendo da dose e volume da solução de infusão. Não se recomenda uma injeção151 direta devido ao risco de extravasamento, o qual pode ocorrer mesmo na presença de retorno adequado de sangue42 mediante aspiração com a agulha (vide item “4. O que devo saber antes de usar este medicamento?”).
Regime de Dose Inicial Padrão
Como agente único a dose inicial padrão recomendada de cloridrato de epirrubicina, em adultos, por ciclo é 60 a 120 mg/m2 da área de superfície corpórea. A dose inicial padrão recomendada de cloridrato de epirrubicina quando usada como componente da terapia adjuvante em pacientes com câncer3 de mama5 linfonodo152 positivo (com comprometimento dos gânglios7 da axila) é 100 a 120 mg/m2. A dose total inicial padrão por ciclo deve ser administrada como dose única ou dividida em 2 a 3 dias sucessivos. Após recuperação das toxicidades induzidas pelo medicamento (particularmente depressão da medula óssea22 e estomatite44), os ciclos podem ser repetidos a cada 3 a 4 semanas. Caso o cloridrato de epirrubicina seja utilizado em combinação com outros medicamentos citotóxicos85 com toxicidade54 potencialmente somatória, a dose recomendada por ciclo deve ser reduzida.
Regime de Altas Doses Iniciais
Elevadas doses de cloridrato de epirrubicina podem ser utilizadas no tratamento do câncer3 de mama5 e de pulmão20. Como agente único à dose recomendada por ciclo em adultos é de até 135 mg/m2 e deve ser administrada no primeiro dia ou em doses divididas nos dias 1, 2, 3, a cada 3 a 4 semanas. Na terapia combinada153, a dose máxima recomendada de início é de até 120 mg/m2 e deve ser administrada no primeiro dia, a cada 3 ou 4 semanas.
Modificação da Dose
Disfunção Renal107: embora nenhuma recomendação específica de dosagem possa ser feita com base nos limitados dados disponíveis de pacientes com insuficiência renal154 (diminuição da função renal107), doses iniciais mais baixas devem ser consideradas em pacientes com insuficiência renal154 grave (creatinina108 sérica > 5 mg/dL109).
Disfunção Hepática102: redução de dose é recomendada nos pacientes com os seguintes valores bioquímicos:
Bilirrubina105 entre 1,2 a 3 mg/dL109 ou TGO 2 a 4 vezes o limite superior da normalidade |
Metade da dose inicial recomendada |
Bilirrubina105 > 3 mg/dL109 ou TGO > 4 vezes o limite superior da normalidade |
Um quarto da dose inicial recomendada |
Outras Populações Especiais: doses iniciais baixas ou longos intervalos entre os ciclos devem ser considerados para pacientes155 intensamente pré-tratados ou para pacientes155 com infiltração neoplásica156 da medula óssea22 (vide item 4. O que devo saber antes de usar este medicamento?). O regime e dose inicial padrão é utilizado para pacientes155 idosos.
Administração intravesical (dentro da bexiga urinária144)
O cloridrato de epirrubicina deve ser instilado (aplicação gota23 a gota23) usando um cateter e o instilado deve ser retido na bexiga24 por 1 hora. Durante a instilação, o paciente deve ser rotacionado (virado) para garantir contato mais amplo possível da solução com a mucosa45 vesical129. Para evitar diluição indevida pela urina43, o paciente deve ser orientado a não ingerir qualquer tipo de líquido nas 12 horas antes da instilação. O paciente deve ser instruído a urinar no final da instilação. A administração intravesical não é apropriada para o tratamento de tumores invasivos que tenham invadido a camada muscular da parede da bexiga24. Desprezar o restante da solução não utilizada.
Carcinoma17 Superficial da Bexiga24
Instilação Única: é recomendada uma instilação única de 80 a 100 mg imediatamente após a ressecção transuretral26.
Ciclo de 4 a 8 Semanas Seguido por Instilação Mensal: recomendam-se instilações semanais de 50 mg (em 25–50 mL de solução salina) por 8 semanas após a ressecção transuretral26 (RTU – retirada parcial ou total da próstata157 pela uretra27), iniciando- se 2 a 7 dias após a RTU. No caso de toxicidade54 local (cistite125 química), é aconselhável redução da dose para 30 mg. Os pacientes podem receber administrações semanais de 50 mg por 4 semanas, seguidas de instilações mensais por 11 meses na mesma dose.
Incompatibilidades
Cloridrato de epirrubicina não deve ser misturado com outros medicamentos. O contato com qualquer outra solução de pH alcalino (pH acima de 7) deve ser evitado, pois isso resultará em hidrólise (destruição) do cloridrato de epirrubicina.
Cloridrato de epirrubicina não deve ser misturado com heparina devido à incompatibilidade química que pode resultar em precipitação (formação de acúmulo sólido) quando os fármacos estão em determinada proporção.
Cloridrato de epirrubicina pode ser utilizado em associação com outros agentes antitumorais, mas não se recomenda que seja misturada com outros fármacos na mesma seringa158.
Medidas de proteção
As seguintes recomendações de proteção devem ser seguidas devido à natureza tóxica dessa substância:
- o pessoal deve ser treinado quanto às boas práticas para manipulação;
- as profissionais grávidas não devem trabalhar com esse medicamento;
- o pessoal que manipula cloridrato de epirrubicina deve utilizar vestuário de proteção: óculos, avental, luvas e máscaras descartáveis;
- uma área designada deve ser definida para reconstituição (de preferência sob um sistema de fluxo laminar). A superfície de trabalho deve ser protegida por papel absorvernte descartável, com base de plástico;
- todos os itens utilizados para reconstituição, administração ou limpeza, incluindo as luvas, devem ser colocados em sacos de lixo descartáveis, de alto risco, para incineração em temperatura elevada;
- derramamento ou vazamento deve ser tratado com solução de hipoclorito de sódio diluída (solução a 1%), de preferência por imersão e depois com água;
- todos os materiais de limpeza devem ser descartados conforme indicado anteriormente;
- o contato acidental com a pele115 deve ser tratado imediatamente com lavagem abundante com água e sabão, ou solução de bicarbonato de sódio, mas não se deve esfregar a pele115 com escovas;
- em caso de contato com o(s) olho159(s), segure e mantenha levantada a pálpebra do(s) olho159(s) afetado(s) e lave com jato de água em quantidade abundante por, pelo menos, 15 minutos. Procure, então, avaliação médica;
- sempre lave as mãos160 após a remoção das luvas.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Como cloridrato de epirrubicina é um medicamento de uso exclusivamente hospitalar, o plano de tratamento é definido pelo médico que acompanha seu caso. Caso você falte a uma sessão programada de quimioterapia161 com esse medicamento, procure o seu médico para redefinição da programação de tratamento. O esquecimento da dose pode comprometer a eficácia do tratamento.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?
Estão listadas a seguir reações adversas sérias relatadas durante os estudos clínicos com cloridrato de epirrubicina. Também estão incluídos dados de estudo pós-comercialização.
Reação Muito Comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): infecção89, conjuntivite162 (inflamação40 ou infecção89 da membrana que cobre o olho159), anemia87 (diminuição da quantidade de células28 vermelhas do sangue42: hemácias163), leucopenia86 (redução de células28 de defesa no sangue42), neutropenia47 (diminuição de um tipo de células28 de defesa no sangue42: neutrófilos48), trombocitopenia49 (diminuição das células28 de coagulação50 do sangue42: plaquetas51), queratite, ondas de calor, flebite111* (inflamação40 da veia), náusea164 (enjoo), vômito165, estomatite44(inflamação40 da mucosa45 da boca46), inflamação40 da mucosa45, diarreia166, alopecia167 (perda de cabelo168), toxicidade54 da pele115, amenorreia134, mal estar, pirexia169* (febre88), transaminases (enzimas do fígado13) anormais, cistite125 (inflamação40 da bexiga24) química*.
Reação Comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): neutropenia47 febril, diminuição do apetite, taquicardia55 ventricular, bloqueio atrioventricular, bloqueio de ramo, bradicardia60 (diminuição dos batimentos cardíacos), insuficiência cardíaca congestiva63 (incapacidade do coração32 bombear a quantidade adequada de sangue42), hemorragia93* (perda excessiva de sangue42), rubor* (vermelhidão), dor gastrointestinal*, erosão gastrointestinal*, úlcera170 gastrointestinal*, exantema171 (erupção172 cutânea173), prurido174 (coceira), pigmentação das unhas175*, distúrbio da pele115, hiperpigmentação da pele115*, calafrios176*, redução na fração da ejeção.
Reação Incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): sepse90*, pneumonia177*, leucemia95 mieloide aguda (tipo de câncer3 no sangue42), leucemia95 linfótica aguda, desidratação178 (perda excessiva de água e sais minerais do organismo), embolia119, embolia119 arterial*, tromboflebite112* (inflamação40 da veia com formação de coágulos), embolia119 pulmonar* (entupimento de uma veia do pulmão20 por um coágulo113), hemorragia93 gastrintestinal*, urticária179* (alergia29 da pele115), eritema180 (vermelhidão), astenia181 (fraqueza).
Frequência não conhecida (não pode ser estimada a partir de dados disponíveis): reação anafilática182*, hiperuricemia* (aumento do ácido úrico no sangue42), choque92*, desconforto abdominal, pigmentação bucal*, reação de fotossensibiliade*, cromatúria (coloração anormal da urina43), fenômeno de recordação* (Hipersensibilidade da pele115 irradiada por reação de recordação da radiação).
*Reações relatadas no período pós-comercialização.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento.
Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA DESTE MEDICAMENTO?
Superdose aguda com cloridrato de epirrubicina resultará em mielossupressão (diminuição da função da medula óssea22) grave (principalmente leucopenia86 – redução de células28 de defesa no sangue42 e trombocitopenia49 – diminuição das células28 de coagulação50 do sangue42: plaquetas51), efeitos tóxicos gastrintestinais (principalmente mucosite52 – úlceras99 na mucosa45 dor órgãos do aparelho digestivo53) e complicações cardíacas agudas.
Pode-se esperar que doses únicas muito altas de cloridrato de epirrubicina causem degeneração183 miocárdica (lesão110 das células28 do coração32) aguda dentro de 24 horas e mielossupressão grave dentro de 10 a 14 dias. O tratamento deve ter como objetivo a proteção do paciente durante este período e deve utilizar medidas como transfusões sanguíneas e isolamento reverso. Insuficiência cardíaca76 (incapacidade de o coração32 bombear a quantidade adequada de sangue42) tardia tem sido observada com antraciclinas até 6 meses após a superdose.
Os pacientes devem ser observados atentamente e, caso surjam sinais61 de insuficiência cardíaca76, devem ser tratados com os esquemas convencionais.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
USO RESTRITO A HOSPITAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
CUIDADO: AGENTE CITOTÓXICO1
MS - 1.5537.0015
Farm. Resp.: Dr. Ricardo Luiz Gonçalves Medina – CRF-SP nº 74.264
Fabricado por:
Intas Pharmaceuticals Ltd.
Plot nº 457, 458 - Matoda 382 210, Dist. Ahmedabad – Índia
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