Fenosuprex (Bula do profissional de saúde)
GERMED FARMACEUTICA LTDA
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Fenosuprex
micofenolato de sódio
Comprimidos de liberação retardada 180 mg e 360 mg
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Comprimido revestido de liberação retardada
Embalagem com 20, 50, 100, 120 ou 150 comprimidos
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO:
Cada comprimido de Fenosuprex 180 mg contém:
ácido micofenólico (como micofenolato de sódio) | 180 mg |
excipiente q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: povidona, dióxido de silício, lactose1 monoidratada, croscarmelose sódica, estearato de magnésio, dispersão de etilcelulose (etilcelulose, hidróxido de amônio, triglicerídeos de cadeia média e ácido oléico) e hipromelose.
Cada comprimido de Fenosuprex 360 mg contém:
ácido micofenólico (como micofenolato de sódio) | 360 mg |
excipiente q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: povidona, dióxido de silício, lactose1 monoidratada, croscarmelose sódica, estearato de magnésio,dispersão de etilcelulose (etilcelulose, hidróxido de amônio, triglicerídeos de cadeia média e ácido oléico) e hipromelose.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE2
INDICAÇÕES
Fenosuprex é indicado, em combinação com ciclosporina para microemulsão e corticosteroides, para a profilaxia da rejeição aguda de transplante em pacientes submetidos a transplante renal3 alogênico.
RESULTADOS DE EFICÁCIA
Estudos clínicos
Dois estudos pivotais, multicêntricos, randomizados, duplo-cegos foram usados para aprovação de micofenolato de sódio (MPA) em adultos. Ambos foram estudos clínicos controlados de terapia de referência usando como comparador o Cellcept (MMF) comercializado. Ambos demonstraram eficácia e segurança comparáveis ao MMF. O primeiro estudo incluiu 423 adultos com transplante renal3 de novo (ERLB301) e demonstrou que MPA foi equivalente ao MMF na eficácia e tinha um perfil de segurança comparável. O segundo estudo foi conduzido em 322 receptores de transplante renal3 de manutenção (ERLB302) e demonstrou que pacientes submetidos a transplante renal3 recebendo MMF como terapia de manutenção imunossupressora poderia utilizar MPA com segurança, sem comprometer a eficácia.2
Pacientes Adultos com Transplante Renal3 de novo (Estudo ERLB301)
O estudo duplo-cego4, duplo-placebo5 randomizado6 de novo (ERLB301) foi conduzido em 423 pacientes submetidos a transplante renal3 (MPA = 213, MMF = 210), com idades entre 18–75 anos, e foi desenhado prospectivamente para testar a equivalência terapêutica7 de MPA para MMF como medida da incidência8 de falta de eficácia (ou seja, rejeição aguda comprovada por biópsia9 (RACB), perda do enxerto10, morte ou perda de acompanhamento nos primeiros 6 meses de tratamento (objetivo primário) e pela incidência8 de morte, perda do enxerto10 ou perda de acompanhamento aos 12 meses (objetivo coprimário)).
Foram administrados aos pacientes MPA 1,44 g/dia ou MMF 2 g/dia dentro de 48 horas pós-transplante, durante 12 meses em combinação com ciclosporina e corticosteroides. Nos grupos de MPA e MMF, 39,4% e 42,9%, respectivamente, receberam a terapia de anticorpos11 como tratamento de indução.
Com base na incidência8 de falta de eficácia em 6 meses (MPA 25,8% vs MMF 26,2%, 95% IC: [-8,7, +8,0]) a equivalência terapêutica7 foi demonstrada. Aos 12 meses, a incidência8 de RACB, perda de enxerto10 ou morte foi de 26,3% e 28,1%, e de RACB isolada foi de 22,5% e 24,3% para MPA e MMF, respectivamente. Entre aqueles com RACB, a incidência8 de rejeição aguda grave foi de 2,1% com MPA e 9,8% com MMF (p = ns).
Tabela 3. Análise do objetivo primário de eficácia e de seus componentes em 6 e 12 meses (Estudo ERLB301)
|
MPA |
MMF |
IC 95% |
6 meses |
n (%) |
n (%) |
|
Episódios de rejeição aguda comprovada por biópsia9, perda do enxerto10, morte ou perda de acompanhamento |
55 (25,8) |
55 (26,2) |
(-8,7, 8,0) |
Episódios de rejeição aguda comprovada por biópsia9 |
46 (21,6) |
48 (22,9) |
(-9,2, 6,7) |
Perda do enxerto10 ou morte |
8 (3,8) |
11 (5,2) |
(-5,4, 2,5) |
Perda do enxerto10 |
7 (3,3) |
9 (4,3) |
(-4,6, 2,6) |
Morte |
1 (0,5) |
2 (1,0) |
|
Perda de acompanhamento* |
3 (1,4) |
0 |
|
12 meses |
|
|
|
Episódios de rejeição aguda comprovada por biópsia9, perda do enxerto10, morte ou perda de acompanhamento |
60 (28,2) |
59 ( 28,1) |
(-8,5, 8,6) |
Episódios de rejeição aguda comprovada por biópsia9 |
48 (22,5) |
51 (24,3) |
(-9,8, 6,3) |
Perda do enxerto10 ou morte |
10 (4,7) |
14 (6,7) |
(-6,4, 2,4) |
Perda do enxerto10 |
8 (3,8) |
9 (4,3) |
(-4,3, 3,2) |
Morte |
2 (0,9) |
5 (2,4) |
|
Perda de acompanhamento* |
5 (2,3) |
0 |
*Perda de acompanhamento indica pacientes que perderam acompanhamento sem rejeição aguda prévia comprovada por biópsia9, perda do enxerto10 ou morte. Os critérios para a equivalência terapêutica7 foram atendidos: o IC 95% para a diferença na incidência8 da variável primária (RACB, perda do enxerto10, morte ou perda de acompanhamento no mês 6) foi inteiramente mantido no intervalo (12%, 12%).
A segurança global e os perfis hematológicos foram semelhantes entre os dois grupos de tratamento. Eventos adversos suspeitos do fármaco12 foram 51,1% e 60,5% no MPA vs MMF, respectivamente. Nenhuma diferença na incidência8 global de infecção13 foi observada. A incidência8 global de infecções14 graves foi de 22,1% no grupo MPA e 27,1% no grupo MMF. A incidência8 de pneumonia15 grave foi menor no grupo MPA (0,5% vs 4,3%, p = 0,01). Nenhuma diferença na incidência8 geral de eventos adversos GI foi observada (80,8% vs 80%, p = ns, MPA vs MMF, respectivamente).
Pacientes adultos com Transplante Renal3 em Manutenção (Estudo ERLB302)
O estudo de manutenção foi realizado em 322 pacientes transplantados renais (MPA = 159, MMF = 163), com idades entre 18 e 75 anos, com pelo menos 6 meses pós-transplante recebendo MMF 2 g/dia em combinação com a ciclosporina, com ou sem corticosteroides por pelo menos quatro semanas antes da entrada no estudo. Os pacientes foram randomizados 1:1 para MPA 1,44 g/dia ou MMF 2 g/dia durante 12 meses. O parâmetro de eficácia foi a incidência8 de falta de eficácia (por exemplo, RACB, perda do enxerto10 ou morte) aos 6 e 12 meses.
Aos 12 meses, taxas semelhantes de falta de eficácia (MPA 2,5%; MMF 6,1%; p = ns), rejeição aguda comprovada por biópsia9 (MPA 1,3%; MMF 3,1%; p = ns) e rejeição crônica comprovada por biópsia9 (MPA 3,8%; MMF 4,9%; p = ns) foram observados em ambos os grupos.
Tabela 4. Objetivos secundários de eficácia (Estudo ERLB302)
|
micofenolato de sódio |
MMF |
(IC 95% ) |
6 meses |
n (%) |
n (%) |
|
Episódios de rejeição aguda comprovada por biópsia9, perda do enxerto10, morte ou perda de acompanhamento |
6 (3,8) |
10 (6,1) |
(-7,1, 2,4) |
Episódios de rejeição aguda comprovada por biópsia9, rejeição crônica comprovada por biópsia9, perda do enxerto10, morte ou perda de acompanhamento |
9 (5,7) |
11 (6,7) |
(-6,4, 4,2) |
Rejeição aguda |
2 (1,3) |
3 (1,8) |
(-10,9, 5,5) |
Rejeição aguda comprovada por biópsia9 |
2 (1,3) |
2 (1,2) |
- |
Rejeição crônica comprovada por biópsia9 |
4 (2,5) |
4 (2,5) |
- |
Perda de acompanhamento* |
4 ( 2,5) |
6 (3,7) |
- |
Perda do enxerto10 ou morte |
0 |
2 (1,2) |
- |
12 meses |
n (%) |
n (%) |
- |
Episódios de rejeição aguda comprovada por biópsia9, perda do enxerto10, morte ou perda de acompanhamento) |
10 (9,1) |
14 (12,4) |
- |
Episódios de rejeição aguda comprovada por biópsia9, rejeição crônica comprovada por biópsia9 perda do enxerto10, morte ou perda de acompanhamento |
13 (11,8) |
15 (13,3) |
- |
Perda de acompanhamento* |
7 (6,4) |
8 (7,1) |
|
Perda do enxerto10 ou morte |
1 (0,9) |
4 (3,5) |
|
* Perda de acompanhamento indica pacientes que perderam acompanhamento sem RACB, perda do enxerto10 ou morte.
O estudo de manutenção também demonstrou um perfil de segurança global semelhante, com exceção da incidência8 de infecções14 graves (8,8 vs 16%, p <0,05, MPA vs MMF). A incidência8 de infecções14 em geral foi de 59% em cada grupo. Pneumonia15 foi menos observada no grupo MPA (1,9%) do que o grupo MMF (4,9%), mas não foi estatisticamente significativa. Incidência8 semelhante de eventos adversos GI geral foi observada (69,2 vs 61,8%, MPA vs MMF), embora "qualquer evento adverso GI" foi numericamente mais elevado nos pacientes tratados com MPA até 12 meses (29,6% vs 24,5% no mês 12 ), e o aumento da gravidade da GI tendeu a ser menor nos pacientes em uso de MPA.
Referência Bibliográfica
- [Krieger Nancy] 2.5 Clinical Overview. Rationale for changes to Core Data Sheet (CDS) / Product Information – Creation of section 12 Clinical studies Novartis. 05-Jul-11. (dados do arquivo) [89]
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Farmacodinâmica
Grupo farmacoterapêutico: imunossupressor16 (código ATC L04 A A06).
Mecanismo de ação: O MPA inibe a proliferação de linfócitos T e B de forma mais potente do que outras células17 porque a proliferação dos linfócitos é criticamente dependente da via de-novo para a síntese de purinas, em contraste com outros tipos de células17 que podem utilizar a via de salvamento. Logo, o mecanismo de ação é complementar aos inibidores de calcineurina, que interferem com a transcrição de citocinas18 poupando linfócitos T.
Farmacocinética
Absorção: Após administração oral, o micofenolato de sódio é amplamente absorvido. De acordo com seu revestimento de liberação retardada, o tempo para concentração máxima de MPA foi aproximadamente de 1,5 a 2 horas. Estudos in vitro demostraram que a formulação do revestimento de liberação retardada de micofenolato de sódio previne a liberação do MPA sob condições ácidas como no estômago19.
Em pacientes receptores de transplantes renais estáveis sob imunossupressão20 com ciclosporina para microemulsão, a absorção gastrintestinal de MPA foi de 93% e a biodisponibilidade absoluta foi de 72%. A farmacocinética de micofenolato de sódio é proporcional à dose e linear nas doses estudadas de 180 a 2.160 mg. Comparado ao jejum, a administração de micofenolato de sódio 720 mg com uma refeição hiperlipídica (55 g de gordura21, 1.000 calorias22) não teve efeito na exposição sistêmica ao MPA (AUC23) que é o parâmetro farmacocinético mais importante ligado à eficácia. Entretanto, houve uma diminuição de 33% na concentração máxima de MPA (Cmáx). Para evitar a variabilidade na absorção entre as doses MPA, micofenolato de sódio deve ser tomado com estômago19 vazio.
Distribuição: O volume de distribuição do MPA no estado de equilíbrio é de 50 litros. O ácido micofenólico e o ácido micofenólico glucuronídeo possuem alta ligação às proteínas24, 97% e 82% respectivamente. A concentração de MPA livre pode aumentar sob condições de diminuição de sítios de ligação das proteínas24 (uremia25, deficiência hepática26, hipoalbuminemia27, uso concomitante de fármacos com alta ligação às proteínas24). Isto pode submeter os pacientes a um risco maior de reações adversas ao MPA.
Biotransformação / metabolismo28: A meia-vida do MPA é 11,7 horas e o clearance (depuração) é 8,6 L/h. O MPA é metabolizado principalmente pela glucuronil transferase para formar o glucuronídeo fenólico do MPA, ácido micofenólico glucuronídeo (MPAG). O MPAG é o metabólito29 predominante do MPA e não manifesta atividade biológica. Em pacientes estáveis submetidos ao transplante renal3 sob imunossupressão20 com ciclosporina para microemulsão, aproximadamente 28% do micofenolato de sódio oral é convertido a MPAG por metabolismo28 pré-sistêmico30. A meia-vida do MPAG é maior do que a do MPA, aproximadamente 15,7 horas e seu clearance (depuração) é 0,45 L/h.
Eliminação: Embora quantidades mínimas de MPA estejam presentes na urina31 (<1,0%), a maioria do MPA é eliminada pela urina31 como MPAG. O MPAG secretado na bile32 está disponível para desconjugação pela flora intestinal. O MPA resultante desta desconjugação pode então ser reabsorvido. Aproximadamente 6–8 horas após a administração de micofenolato de sódio, um segundo pico de concentração de MPA pode ser determinado, de acordo com a reabsorção do MPA desconjugado.
Farmacocinética em pacientes submetidos ao transplante renal3 sob imunossupressão20 com ciclosporina para microemulsão
Estão apresentados na Tabela 5 os principais parâmetros farmacocinéticos para MPA após administração de micofenolato de sódio. A farmacocinética de dose única de micofenolato de sódio prediz a farmacocinética da dose múltipla e da administração crônica de micofenolato de sódio. No período inicial pós-transplante, a AUC23 média do MPA e principal Cmáx do MPA foi aproximadamente metade da medida seis meses após o transplante.
Tabela 5. Principais (DP) parâmetros farmacocinéticos de MPA após administração oral de micofenolato de sódio em pacientes submetidos a transplante renal3 sob imunossupressão20 com ciclosporina para microemulsão.
Adulto dose única |
Dose (oral) |
Tmáx (h) |
Cmáx (µg/mL) |
AUC230-∞ (µg.h/mL) |
720 mg |
2 |
26,1 (12,0) |
66,5 (22,6) |
|
Adulto dose múltipla x 6 dias 2 vezes/dia n=12 |
Dose (oral) |
Tmáx (h) |
Cmáx (µg/mL) |
AUC230-12 (µg.h/mL) |
720 mg |
2 |
37,0 (13,3) |
67,9 (20,3) |
|
Adulto dose múltipla x 28 dias 2 vezes/dia n=36 |
Dose (oral) |
Tmáx (h) |
Cmáx (µg/mL) |
AUC230-12 (µg.h/mL) |
720 mg |
2,5 |
31,2 (18,1) |
71,2 (26,3) |
|
Adulto dose múltipla, crônica 2 vezes/dia (Estudo ERLB301) n=48 |
Dose |
Tmáx (h) |
Cmáx (µg/mL) |
AUC230-12 (µg.h/mL) |
14 dias pós-transplante |
720 mg |
2 |
13,9 (8,6) |
29,1 (10,4) |
3 meses pós-transplante |
720 mg |
2 |
24,6 (13,2) |
50,7 (17,3) |
6 meses pós-transplante |
720 mg |
2 |
23,0 (10,1) |
55,7 (14,6) |
Pediátrico dose única n=10 |
Dose |
Tmáx (h) |
Cmáx (µg/mL) |
AUC230-∞ (µg.h/mL) |
450 mg/m2 |
2-2,5 |
31,9 (18,2) |
76,2 (25,2) |
População especial
Insuficiência renal33: A farmacocinética do MPA parece ser inalterada sob a variação de função renal3 de normal até a ausência de função. Em contraposição, a exposição do MPAG aumentou com a diminuição da função renal3, sendo a exposição do MPAG aproximadamente 8 vezes maior em anúria34. O clearance (depuração) do MPA ou MPAG não foi afetado pela hemodiálise35. O MPA livre pode também aumentar significantemente na ocorrência de insuficiência renal33. Isto pode ocorrer devido à diminuição da ligação de MPA às proteínas24 plasmáticas na presença de alta concentração sanguínea de ureia36.
Insuficiência hepática37: Em voluntários com cirrose38 alcoólica, o processo de glucuronidação hepática26 do MPA foi relativamente pouco afetado pela doença hepática26 parenquimal. Os efeitos da doença hepática26 neste processo provavelmente dependem da doença em particular. Entretanto, doença hepática26 com dano predominantemente biliar, como cirrose38 biliar primária, pode mostrar um efeito diferente.
Pediátrico: A segurança e a eficácia em crianças não foram estabelecidas. Existem dados farmacocinéticos limitados do uso de micofenolato de sódio em crianças. Na tabela acima a farmacocinética média de MPA (DP) é mostrada para pacientes39 pediátricos estáveis de transplante renal3 sob imunossupressão20 com ciclosporina para microemulsão. Uma maior variabilidade da Cmáx e AUC23 de MPA foi notada nestes pacientes pediátricos comparados com pacientes adultos de transplante renal3. A AUC23 média do MPA nesta dose foi maior do que a tipicamente medida em adultos recebendo 720 mg de micofenolato de sódio. O clearance (depuração) médio aparente do MPA foi aproximadamente 7,7 L/h. Para uma dose de micofenolato de sódio de 200-300 mg/m2 seria esperado resultar em uma AUC23 de MPA de 30 a 50 µg.h/mL.
Sexo: Não há diferenças clinicamente significantes com respeito ao sexo na farmacocinética de micofenolato de sódio.
Idosos: Baseado em dados preliminares, a exposição de MPA não aparenta variar em grau clinicamente significante em função da idade.
Grupos étnicos / raça: Após uma administração de dose única de 720 mg de micofenolato de sódio em 18 indivíduos japoneses e caucasianos saudáveis, a exposição (AUCinf) para MPA e MPAG foram 15 e 22% menores em indivíduos japoneses comparado com os caucasianos. As concentrações máximas (Cmax) para MPAG foram semelhantes entre as duas populações, no entanto, os indivíduos japoneses tinham C max 9,6% maior para MPA. Estes resultados não sugerem qualquer diferença clinicamente relevante.
Dados de segurança pré-clínicos
Carcinogenicidade, mutagênese, prejuízo da fertilidade: Em um estudo de carcinogenicidade oral de 104 semanas em ratos, o micofenolato de sódio em doses diárias de até 9 mg/kg não foi tumorigênico. A dose mais alta testada resultou em aproximadamente 0,6-1,2 vezes a exposição sistêmica observada em pacientes submetidos a transplante renal3 na dose recomendada de 1,44 g/dia. Resultados semelhantes foram observados em um estudo paralelo, em ratos, realizado com micofenolato de mofetila. Em um estudo de carcinogenicidade oral de 26 semanas em um modelo de rato transgênico P53± (heterozigoto), o micofenolato de sódio em dose diária de até 200 mg/kg não foi tumorigênico. A dose mais alta testada foi 200 mg/kg, resultando em aproximadamente 5 vezes a exposição sistêmica observada em pacientes submetidos a transplante renal3 (1,44 g/dia).
O potencial tóxico genético do micofenolato de sódio foi determinado em cinco ensaios. O MPA foi genotóxico em ratos no teste linfoma40/timidinaquinase, no teste de micronúcleo em células17 de hamsters chineses V79 e no teste in vivo de micronúcleos de rato. O micofenolato de sódio não foi genotóxico no ensaio de mutação41 bacteriana ou no ensaio de aberração cromossômica em linfócitos humanos. A menor dose que mostrou efeitos tóxicos genéticos em micronúcleos de medula óssea42 de rato resultou em aproximadamente 3 vezes a exposição sistêmica (AUC23 ou Cmáx) observada em pacientes submetidos a transplante renal3 na dose clínica testada de 1,44 g de micofenolato de sódio por dia. É provável que a atividade mutagênica observada deveu-se a uma alteração na abundância relativa de nucleotídeos no pool celular usado para a síntese de DNA.
O micofenolato de sódio não teve efeito na fertilidade em ratos machos na dose oral de até 40 mg/kg/dia. A exposição sistêmica a esta dose representa aproximadamente 9 vezes a exposição da dose clínica testada de 1,44 g de micofenolato de sódio por dia. Nenhum efeito na fertilidade nas fêmeas foi observado até a dose de 20 mg/kg, uma dose na qual já foi observada toxicidade43 materna e embriotoxicidade.
Toxicidade43 animal e farmacologia44: Os sistemas hematopoiético e linfoide45 foram os principais órgãos a serem afetados em estudos toxicológicos conduzidos com micofenolato de sódio em ratos e camundongos. Anemia46 aplástica e regenerativa foi identificada como sendo a toxicidade43 dose-limite em roedores expostos a MPA. A avaliação de mielogramas mostrou uma diminuição marcada em células17 eritroides (eritroblastos policromáticos e normoblastos) e um alargamento dose-dependente do baço47 e aumento da hematopoese extramedular. Estes efeitos ocorreram em níveis de exposição sistêmica que são equivalentes ou menores à exposição clínica da dose recomendada de 1,44 g/dia de micofenolato de sódio em pacientes submetidos a transplante renal3.
O perfil da toxicidade43 não clínica do micofenolato de sódio parece estar de acordo com efeitos adversos observados em humanos expostos ao MPA, que agora fornecem dados de segurança de maior relevância à população de pacientes (vide “Reações adversas”).
Doses orais únicas de MPA são moderadamente bem toleradas em ratos (DL50 de 350 – 700 mg/kg), bem toleradas em camundongos ou macacos (DL50 maior que 1.000 mg/kg), e extremamente bem toleradas em coelhos (DL50 maior que 6.000 mg/kg).
Em um estudo de teratologia realizado com micofenolato de sódio em ratos, em dose tão baixa quanto 1 mg/kg, foram observadas malformações48 na prole, incluindo anoftalmia, exencefalia e hérnia49 umbilical. A exposição sistêmica a esta dose representa 0,05 vezes a exposição clínica da dose de 1,44 g/dia de micofenolato de sódio (vide “Advertências e precauções”, subitens “Gravidez e Lactação”). Em um estudo de desenvolvimento pré e pós-natal em ratos, o ácido micofenólico (como sal sódico) causou atrasos de desenvolvimento (reflexo pupilar anormal em fêmeas e separação prepucial nos machos) na maior dose de 3 mg/kg.
CONTRAINDICAÇÕES
O micofenolato de sódio é contraindicado em pacientes com hipersensibilidade ao micofenolato de sódio, ácido micofenólico ou micofenolato de mofetila ou a qualquer um dos excipientes (vide “Composição”).
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Pacientes com deficiência hereditária rara de hipoxantina-guanina fosforribosil-transferase (HGFRT)
O micofenolato de sódio é um inibidor da IMPDH (inosina monofosfato desidrogenase). Portanto, na teoria, deve ser evitado em pacientes com deficiência hereditária rara de hipoxantina-guanina fosforribosil-transferase (HGFRT) como síndrome50 de Lesch-Nyhan e de Kelley-Seegmiller.
Mulheres em idade fértil, grávidas e lactantes51
O uso de micofenolato de sódio durante a gravidez52 está associado ao risco aumentado de perda de gravidez52, incluindo aborto espontâneo e malformações48 congênitas53. A terapia com micofenolato de sódio não deve ser iniciada até que o resultado negativo do teste de gravidez52 seja obtido. Para informação sobre o uso durante a gravidez52 e sobre requisitos contraceptivos vide “Advertências e preçauções”, subitens “Gravidez” e “Pacientes do sexo masculino”.
O micofenolato de sódio não deve ser usado durante a lactação54 (vide “Gravidez e lactação”).
Malignidades
Pacientes recebendo regimes imunossupressores envolvendo combinações de medicamentos, incluindo micofenolato de sódio, apresentam um maior risco de desenvolver linfomas e outras malignidades, particularmente cutâneas55 (vide “Reações adversas”). O risco parece estar mais relacionado à intensidade e duração do grau de imunossupressão20 do que ao uso de algum agente específico. Como uma recomendação geral para minimizar o risco de câncer56 de pele57, a exposição à luz solar e luz UV deve ser limitada através do uso de roupas protetoras e do uso de filtro solar com alto fator de proteção.
Infecções14
Pacientes recebendo micofenolato de sódio devem ser instruídos a relatar imediatamente qualquer evidência de infecção13, contusão58 inesperada, sangramento ou qualquer outra manifestação de depressão da medula óssea42.
A supressão excessiva do sistema imune59 aumenta a susceptibilidade60 a infecções14, incluindo infecções14 oportunistas, infecções14 fatais e sepse61 (vide “Reações adversas”).
Foram relatadas reaparecimento de hepatite62 B (HBV) e hepatite62 C (HCV) em pacientes tratados com imunossupressores, incluindo derivados do ácido micofenólico (MPA), micofenolato de sódio e MMF. Recomenda-se o monitoramento dos sinais63 clínicos e laboratoriais da infecção13 ativa pelo HBV ou HCV dos pacientes infectados.
Foram relatados casos de leucoencefalopatia multifocal progressiva (LMP), alguns fatais, em pacientes tratados com derivados de MPA, que incluem o micofenolato de mofetila e o micofenolato de sódio (vide “Reações adversas”). De maneira geral, os casos relatados apresentavam fatores de risco para LMP, incluindo terapias imunossupressoras e prejuízo das funções imunes. Em pacientes imunossuprimidos, os médicos devem considerar LMP no diagnóstico64 diferencial nos pacientes que relatarem sintomas65 neurológicos e uma consulta a um neurologista66 deve ser considerada como clinicamente indicada. Nefropatia67 associada à poliomavírus (NAP), especialmente devido à infecção13 pelo vírus68 BK, deve ser incluída no diagnóstico64 diferencial em pacientes imunossuprimidos com a função renal3 deteriorada (vide “Reações adversas” ). Deve-se considerar a redução da imunossupressão20 total nos pacientes que desenvolverem LMP ou NAP. Entretanto, nos pacientes que receberam transplante a redução da imunossupressão20 pode colocar o enxerto10 em risco.
Discrasias sanguíneas
Pacientes recebendo micofenolato de sódio devem ser monitorados para discrasias sanguíneas (por ex.: neutropenia69 ou anemia46 – vide “Reações adversas”, que podem estar relacionadas ao MPA somente, medicações concomitantes, infecções14 virais, ou algumas combinações destas causas. Pacientes tomando micofenolato de sódio devem realizar contagem das células sanguíneas70 semanalmente durante o primeiro mês, duas vezes por mês durante o segundo e terceiro mês de tratamento, então mensalmente durante o primeiro ano. Se o paciente apresentar discrasias sanguíneas (por ex.: neutropenia69 com contagem absoluta de neutrófilos71 <1,5 x 103/µL ou anemia46) é apropriado interromper ou descontinuar micofenolato de sódio.
Casos de aplasia pura de células17 vermelhas (APCV) foram reportados em pacientes tratados com derivados de MPA em combinação com outros agentes imunossupressores (vide “Reações adversas”). O mecanismo para derivados de MPA induzido APCV é desconhecido; a contribuição relativa de outros imunossupressores e suas combinações em um regime imunossupressivo é também desconhecida. Entretanto, derivados de MPA podem causar discrasias sanguíneas (vide acima). Alguns casos de APCV mostraram-se reversíveis com a redução da dose ou cessação da terapia com derivados de MPA. Entretanto em pacientes transplantados, imunossupressão20 reduzida pode colocar o enxerto10 em risco. Mudanças para terapia com micofenolato de sódio em pacientes receptores de transplante devem somente ser realizadas sob a supervisão apropriada a fim de minimizar o risco de rejeição do enxerto10.
Vacinação
Os pacientes devem ser informados que, durante o tratamento com MPA, a vacinação pode ser menos efetiva e o uso de vacinas de micro- organismos vivos atenuados deve ser evitado (vide “Interações medicamentosas”). Vacinação contra influenza72 pode ser importante. Os prescritores devem recorrer a normas nacionais para vacinação contra influenza72.
Distúrbios gastrintestinais
Devido a derivados do MPA terem sido associados com um aumento na incidência8 de efeitos adversos no sistema digestivo73, incluindo casos não frequentes de ulceração74 no trato gastrintestinal, hemorragia75 e perfuração, micofenolato de sódio deve ser administrado com cautela em pacientes com sérios distúrbios ativos no sistema digestivo73.
Combinação com outros agentes
O micofenolato de sódio tem sido administrado em combinação com os seguintes agentes em estudos clínicos: globulina76 antitimócito, basiliximabe, ciclosporina para microemulsão e corticosteroides. A eficácia e segurança do uso de micofenolato de sódio com outros agentes imunossupressores não têm sido estudadas.
Gravidez52 e lactação54
Mulheres em idade fértil: A terapia com micofenolato de sódio não deve ser iniciada até que o resultado negativo para o teste de gravidez52 seja obtido. Mulheres em idade fértil devem utilizar métodos contraceptivos altamente eficazes antes do início da terapia com micofenolato de sódio, durante a terapia e por seis semanas após a última dose de micofenolato de sódio (vide “Interações medicamentosas”).
O uso de micofenolato de sódio durante a gravidez52 está associado com um risco aumentado de malformações48 congênitas53. Embora não haja estudos adequados e bem controlados com micofenolato de sódio conduzidos em mulheres grávidas, baseado nos dados do Registro Nacional de Transplantes na Gravidez52 (RNTG) dos Estados Unidos (US National Transplant Pregnancy Registry – NTPR), o uso de micofenolato de mofetila em combinação com outros imunossupressores durante a gravidez52 foi associado com o aumento de 22% (quatro casos em 18 nascidos vivos com exposição) na taxa de malformação77 congênita78, comparada com a taxa de 4 a 5% de malformações48 observadas entre pacientes transplantados no RNTG. As malformações48 congênitas53 que foram relatadas com micofenolato de mofetila incluem ouvido externo79 e outras anomalias faciais incluindo fissura80 congênita78 do lábio81 superior e palato82, hérnia49 diafragmática congênita78, anomalias dos membros distais83, coração84, esôfago85 e rim86. Uso de micofenolato de mofetila durante a gravidez52 também foi relacionado com risco aumentado de abortamento87 espontâneo. Como o MMF é convertido em MPA após administração oral ou intravenosa, os riscos acima devem ser levados em consideração para o micofenolato de sódio também. O potencial teratogênico88 do MPA foi observado em estudos em animais (vide “Dados de segurança pré- clínicos”).
O micofenolato de sódio deve ser utilizado em mulheres grávidas somente se o benefício potencial superar o risco potencial ao feto89. Os pacientes devem ser instruídos a consultar seu médico imediatamente em caso de gravidez52.
Este medicamento pertence à categoria de risco D – Há evidências de risco em fetos humanos. Só usar se o benefício justificar o risco potencial. Em situação de risco de vida ou em caso de doenças graves para as quais não se possa utilizar drogas mais seguras, ou se estas drogas não forem eficazes.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez52.
Não se sabe se o MPA é excretado no leite humano.
O micofenolato de sódio não deve ser usado durante a lactação54 (vide “Advertências e precauções”).
Devido a muitos medicamentos serem excretados no leite materno e ao potencial risco de reações adversas graves em lactentes90, uma decisão deve ser tomada quanto a abster-se da lactação54 durante o tratamento e durante 6 semanas após cessar a terapia ou abster-se do uso do medicamento, levando em consideração a importância do medicamento para a mãe.
Pacientes do sexo masculino: É recomendado o uso de preservativos para homens sexualmente ativos durante o tratamento, e por 13 semanas no total após a última dose de micofenolato de sódio. Adicionalmente, é recomendado o uso de métodos contraceptivos altamente eficazes para suas parceiras durante o tratamento e por 13 semanas no total após a última dose de micofenolato de sódio.
Efeitos na habilidade de dirigir e operar máquinas
Nenhum estudo sobre a habilidade de dirigir e operar máquinas foi realizado. O mecanismo de ação, o perfil farmacodinâmico e as reações adversas relatadas indicam que este efeito não é comum.
Medicamentos imunossupressores podem ativar focos primários de tuberculose91. Os médicos que acompanham pacientes sob imunossupressão20 devem estar alertas quanto à possibilidade de surgimento de doença ativa, tomando, assim, todos os cuidados para o diagnóstico64 precoce e tratamento.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Interações observadas resultando em uso concomitante não recomendado
- azatioprina: como administração de micofenolato de sódio com azatioprina ainda não foi estudada, estes medicamentos não devem ser administrados em conjunto (vide “Advertências e precauções”);
- vacinas de micro-organismos vivos: não devem ser administradas em pacientes com resposta imune debilitada. Pode haver uma resposta diminuída dos anticorpos11 para outras vacinas (vide “Advertências e precauções”).
Interações observadas a serem consideradas
- aciclovir92: altas concentrações plasmáticas de MPAG (ácido micofenólico glucuronídeo) e aciclovir92 podem ocorrer na presença de disfunção renal3. Portanto, existe o potencial destas dois medicamentos competirem pela secreção tubular, resultando em um possível aumento na concentração de ambos, MPAG e aciclovir92. Nesta situação os pacientes devem ser acompanhados cuidadosamente;
- Agentes gastroprotetores
- Antiácidos93 com hidróxidos de alumínio e magnésio: a absorção do micofenolato de sódio foi diminuída quando administrado com antiácidos93. A administração concomitante de micofenolato de sódio e antiácidos93 contendo hidróxido de magnésio e de alumínio resulta em uma diminuição de 37% na exposição sistêmica de MPA e de 25% na concentração máxima de MPA. Deve-se ter cautela na coadministração de antiácidos93 (contendo hidróxido de alumínio e de magnésio) com micofenolato de sódio;
- Inibidores da bomba de prótons: em voluntários saudáveis, a administração concomitante de 1.000 mg de MMF e 40 mg de pantoprazol duas vezes ao dia, levou ao decréscimo de 27% na AUC23 de MPA e ao decréscimo de 57% na Cmáx de MPA. Entretanto, no mesmo estudo, não foram observadas mudanças na farmacocinética do MPA com a administração concomitante de micofenolato de sódio e pantoprazol;
- ganciclovir: a farmacocinética do MPA e do MPAG não é afetada pela adição de ganciclovir. O clearance (depuração) de ganciclovir não é afetado nas condições de exposição terapêutica7 ao MPA. Entretanto, em pacientes com déficit da função renal3 nos quais micofenolato de sódio e ganciclovir são coadministrados, as recomendações de dose de ganciclovir devem ser observadas e os pacientes monitorados cuidadosamente;
- tacrolimo: em um estudo cruzado com inibidores de calcineurina em pacientes transplantados renais estáveis, a farmacocinética do micofenolato de sódio em estado de equilíbrio foi medida durante tratamentos com Neoral® e tacrolimo. A AUC23 média de MPA foi 19% mais alta e Cmáx cerca de 20% menor. De modo inverso, a AUC23 média e Cmáx de MPAG foram cerca de 30% inferior com tacrolimo em relação ao Neoral®;
- ciclosporina A: a farmacocinética da ciclosporina A não foi afetada em pacientes estáveis submetidos a transplante renal3 tomando O micofenolato de sódio em doses atingindo o estado de equilíbrio.
Interações antecipadas a serem consideradas
- colestiramina e medicamentos que interferem na circulação94 entero-hepática26: devido a sua capacidade de bloquear a circulação94 entérica de medicamentos, a colestiramina pode diminuir a exposição ao MPA. Deve-se ter cautela na coadministração de colestiramina ou medicamentos que interfiram na circulação94 entero-hepática26, pois estas têm o potencial de diminuir a eficácia de micofenolato de sódio;
- Contraceptivos orais: contraceptivos orais sofrem metabolismo28 oxidativo enquanto micofenolato de sódio é metabolizado por glucuronidação. Não é previsto um efeito clínico significante dos contraceptivos orais na farmacocinética de micofenolato de sódio. Entretanto, dado que o efeito a longo prazo da administração de micofenolato de sódio na farmacocinética dos contraceptivos orais não é conhecido, é possível que a eficácia dos contraceptivos orais possa ser prejudicialmente afetada (vide “Gravidez e lactação”).
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Cuidados de conservação
Manter à temperatura ambiente (15–30°C). Proteger da luz e umidade
O prazo de validade desse medicamento é de 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas do produto
Fenosuprex 180 mg: comprimido revestido na cor branca a levemente amarelada, circular, biconvexo e liso.
Fenosuprex 360 mg: comprimido revestido na cor branca a levemente amarelada, oblongo, biconvexo e liso.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
POSOLOGIA E MODO DE USAR
Método de administração
Fenosuprex não deve ser partido a fim de manter a integridade do revestimento. (vide “Características farmacológicas”).
Posologia
A dose recomendada é 720 mg (4 comprimidos de 180 mg ou 2 comprimidos de 360 mg) administrada duas vezes ao dia (dose diária de 1.440 mg), com estômago19 vazio, 1 hora antes ou duas horas após a ingestão de alimento. Em pacientes recebendo 2 g de micofenolato de mofetila (MMF), o tratamento pode ser substituído por 720 mg de Fenosuprex administrados duas vezes ao dia (dose diária de 1.440 mg).
População-alvo geral
O tratamento com Fenosuprex deve ser iniciado e acompanhado por especialistas de transplante apropriadamente qualificados. Fenosuprex deve ser iniciado em pacientes de-novo dentro de 48 horas após o transplante.
Fenosuprex deve ser administrado sem alimento (vide “Posologia”).
Populações especiais
Insuficiência renal33: Nenhum ajuste na dose é necessário em pacientes apresentando atraso na função renal3 pós-operatória (vide “Farmacocinética”). Pacientes com insuficiência renal33 grave crônica (taxa de filtração glomerular < 25 mL.min-1.1,73 m-2) devem ser cuidadosamente monitorados.
Insuficiência hepática37: Nenhum ajuste na dose é necessário para pacientes39 submetidos a transplante renal3 com doença hepática26 parenquimatosa grave.
Pacientes pediátricos: A segurança e eficácia em pacientes pediátricos não foram estabelecidas. Os dados de farmacocinética disponíveis para pacientes39 pediátricos submetidos a transplante renal3 são limitados (vide “Características farmacológicas”).
Pacientes geriátricos: Não são requeridos ajustes na dose nesta população de pacientes.
Tratamento durante episódios de rejeição: Rejeição de transplante renal3 não induz alterações na farmacocinética do ácido micofenólico; redução da dosagem ou interrupção de micofenolato de sódio não é necessária.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
REAÇÕES ADVERSAS
Resumo do perfil de segurança
Os seguintes efeitos colaterais95 compreendem as reações adversas de dois estudos clínicos controlados. Os estudos avaliaram a segurança de micofenolato de sódio e micofenolato de mofetila em 423 pacientes submetidos a transplante renal3 de novo e em 322 pacientes submetidos a transplante renal3 em fase de manutenção (randomizados 1:1); a incidência8 de efeitos adversos foi similar entre os tratamentos em cada população.
As reações adversas mais comuns (≥ 10%) associadas com a administração de micofenolato de sódio em combinação com ciclosporina para microemulsão e corticosteroides incluem leucopenia96 e diarreia97.
Malignidades
Pacientes recebendo regimes imunossupressores envolvendo combinação de medicamentos, incluindo MPA, apresentam maior risco de desenvolverem linfomas e outras malignidades, particularmente de pele57 (vide “Advertências e precauções”). Taxas totais de malignidades observadas em estudos clínicos com micofenolato de sódio são: doença linfoproliferativa ou linfoma40 desenvolvido em 2 pacientes de novo (0,9%) e em 2 pacientes em manutenção (1,3%) recebendo micofenolato de sódio por até 1 ano; carcinoma98 cutâneo99 não-melanoma100 ocorreu em 0,9% de novo e 1,8% em pacientes em manutenção recebendo micofenolato de sódio por até um ano; outros tipos de malignidades ocorreram em 0,5% de novo e 0,6% em pacientes em manutenção.
Infecções14 oportunistas
Todos os pacientes receptores de transplante apresentam maior risco de infecções14 oportunistas; o risco aumentou conforme a carga imunossupressiva total (vide “Advertências e precauções”). As infecções14 oportunistas mais comuns nos pacientes submetidos a transplante renal3 de novo, recebendo micofenolato de sódio com outro medicamento imunossupressor16 em estudos clínicos controlados de pacientes submetidos a transplante renal3 acompanhados por um ano foram CMV, candidíase101 e herpes simplex. A taxa total de infecções14 por CMV (sorologia, viremia ou doença) observados em estudos clínicos com micofenolato de sódio foi relatada em 21,6% dos pacientes receptores de transplante renal3 de novo e em 1,9% dos pacientes submetidos a transplante renal3 em fase de manutenção.
Tabela com resumo de reações adversas de estudos clínicos
As reações adversas (Tabela 6) estão listadas de acordo com a frequência, as mais frequentes primeiro, usando as seguintes categorias:
Categoria |
Frequência |
Muito comum |
≥ 10% |
Comum |
≥ 1% e < 10% |
Incomum |
≥ 0,1% e < 1% |
Raro |
≥ 0,01% e < 0,1% |
Muito raro |
< 0,01% |
Desconhecida |
Não pode ser estimada pelos dados disponíveis |
Dentro de cada grupo de frequência, as reações adversas estão classificadas por ordem decrescente de gravidade.
A Tabela 6 abaixo contém reações adversas possíveis ou prováveis associadas ao micofenolato de sódio relatadas em dois estudos clínicos multicêntricos, fase III, randomizados, duplo-cegos, controlados: um em pacientes receptores de transplante renal3 de novo e outro em pacientes de transplante renal3 em fase de manutenção. A dose administrada de micofenolato de sódio nestes estudos foi de 1.440 mg/dia por 12 meses juntamente com ciclosporina microemulsão e corticosteroides. Os resultados foram compilados de acordo com o sistema de órgãos MedDRA.
Tabela 6. Reações adversas a medicamentos possivelmente ou provavelmente relacionadas com micofenolato de sódio reportadas em dois estudos pivotais principais de fase III
Sistema Corpóreo |
Incidência8 |
Reações adversas |
Infecções14 e infestações |
Muito Comum |
infecções14 causadas por fungos, bactérias e vírus68 |
Comum |
infecções14 do trato respiratório superior, pneumonia15 |
|
Incomum |
feridas infeccionadas, sepse61*, osteomielite102* |
|
Neoplasmas103 malignos e benignos |
Incomum |
papiloma cutâneo99*, carcinoma98 de células17 basais*, sarcoma de Kaposi104*, distúrbios linfoproliferativos, carcinoma98 de células17 escamosas* |
Distúrbios dos sistemas sanguíneo e linfático105 |
Muito Comum |
leucopenia96 |
Comum |
anemia46, trombocitopenia106 |
|
Incomum |
linfocele107*, linfopenia*, neutropenia69*, linfadenopatia* |
|
Distúrbios de metabolismo28 e nutrição108 |
Muito Comum |
hipocalcemia109, hipocalemia110, hiperuricemia |
Comum |
hipercalemia111, hipomagnesemia |
|
Incomum |
anorexia112, hiperlipidemia113, diabetes mellitus114*, hipercolesterolemia115*, hiperfosfatemia |
|
Distúrbios psiquiátricos |
Comum |
ansiedade |
Incomum |
percepções delirantes* |
|
Distúrbios do sistema nervoso116 |
Comum |
tontura117, cefaleia118 |
Incomum |
tremor, insônia* |
|
Distúrbios oculares |
Incomum |
conjuntivite119*, visão120 embaçada* |
Distúrbios cardíacos |
Incomum |
taquicardia121, edema pulmonar122* |
Distúrbios vasculares123 |
Muito comum |
hipertensão124, hipotensão125 |
Comum |
hipertensão124 agravada |
|
Distúrbios respiratório, torácico e mediastinal |
Comum |
tosse, dispneia126, dispneia126 de esforço |
Incomum |
doença pulmonar intersticial127 incluindo fibrose128 pulmonar fatal, congestão pulmonar*, respiração ofegante* |
|
Distúrbios gastrintestinais |
Muito comum |
diarreia97 |
Comum |
distensão abdominal, dor abdominal, constipação129, dispepsia130, flatulência, gastrite131, perda de fezes, náusea132, vômito133 sensibilidade abdominal, pancreatite134, eructação135, halitose136*, íleo137*, esofagite138*, úlcera péptica139*, subíleo*, hemorragia75 |
|
Incomum |
gastrintestinal, boca140 seca*, feridas na boca140*, obstrução do ducto parotídeo*, doença do refluxo gastresofagiano*, hiperplasia141 da gengiva*, peritonite142* |
|
Distúrbios hepatobiliares143 |
Comum |
testes anormais da função hepática26 |
Distúrbios do tecido144 cutâneo99 e subcutâneo145 |
Incomum |
alopecia146, contusão58*, acne147 |
Distúrbios do tecido conjuntivo148 e musculoesquelético |
Comum |
artralgia149, astenia150, mialgia151 |
Incomum |
dor na costas152, fadiga153 muscular* |
|
Distúrbios renais e urinários |
Comum Incomum |
creatinina154 sanguínea aumentada hematúria155*, necrose156 tubular renal3*, constrição157 uretral158 |
|
|
|
Distúrbios gerais e condições no local da administração |
Comum Incomum |
fadiga153, edema159 periférico, pirexia160 doença tipo influenza72, edema159 nos membros inferiores*, dor, calafrio161*, fraqueza* |
|
|
* Evento reportado em apenas um paciente (de 372).
Nota: Pacientes receptores de transplante renal3 foram tratados diariamente com 1.440 mg de micofenolato de sódio até um ano. Um perfil similar foi observado na população submetida a transplante de novo e em fase de manutenção, entretanto, a incidência8 tende a ser menor nos pacientes em fase de manutenção.
Lista de reações adversas da experiência pós-comercialização
As reações adversas a seguir são derivadas de experiência pós-comercialização com micofenolato de sódio através de casos de relatos espontâneos e casos de literatura. Devido a essas reações terem sido relatadas voluntariamente por uma população de tamanho incerto, não é possível estimar confiavelmente sua frequência, portanto são categorizadas como desconhecidas. As reações adversas são listadas de acordo com o sistema de classificação de órgãos MedDRA. Dentro de cada classe de sistema de órgãos, as reações adversas a medicamentos são apresentadas em ordem decrescente de gravidade.
Distúrbios da pele57 e do tecido144 cutâneo99: Rash162 foi identificado como uma reação adversa de ensaios clínicos163 pós-aprovação de fiscalização pós-comercialização e relatos espontâneos.
As seguintes reações adversas adicionais são atribuídas aos derivados do MPA como um efeito da classe:
Infecções14 e infestações: Infecções14 sérias, algumas vezes com risco de morte, incluindo meningite164, endocardite165 infecciosa, tuberculose91 e infecção13 micobacteriana atípica. Nefropatia67 associada à poliomavírus (NAP), especialmente devido à infecção13 pelo vírus68 BK. Foram relatados casos de leucoencefalopatia multifocal progressiva (LMP), alguns fatais, (vide “Advertências e precauções”).
Distúrbios sanguíneos e linfáticos: Agranulocitose166, neutropenia69 e pancitopenia167. Casos de aplasia pura de células17 vermelhas (APCV) foram reportados em pacientes tratados com derivados do MPA em combinação com outros agentes imunossupressores (vide “Advertências e precauções”).
Distúrbios gastrintestinais: Colite168, esofagite138 (incluindo colite168 e esofagite138 por CMV), gastrite131 por CMV, pancreatite134, perfuração intestinal, hemorragia75 gastrintestinal, úlcera gástrica169, úlcera duodenal170, íleo137.
Populações especiais
Pacientes idosos: Pacientes idosos geralmente podem apresentar maior risco de reações adversas devido à imunossupressão20. Pacientes idosos recebendo micofenolato de sódio como parte de um regime imunossupressor16 combinado, não mostraram ter um risco maior de reações adversas comparado com indivíduos jovens nos estudos clínicos de micofenolato de sódio.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificação de Eventos Adversos a Medicamentos – VIGIMED, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
SUPERDOSE
Houve relatos de superdoses deliberada ou acidental com micofenolato de sódio, nas quais nem todos os pacientes apresentaram eventos adversos relacionados.
Nos casos de superdose em que os eventos adversos foram relatados, os eventos se inserem no perfil de segurança conhecido da classe. Assim uma superdose de micofenolato de sódio poderia resultar na supressão excessiva do sistema imunológico171 e pode aumentar a susceptibilidade60 a infecções14, incluindo infecções14 oportunistas, infecções14 fatais e sepse61. Se ocorrerem discrasias sanguíneas (por exemplo, neutropenia69 com contagem absoluta de neutrófilos71 <1,5 x 103/µL ou anemia46) pode ser adequado interromper ou descontinuar micofenolato de sódio (vide “Advertências e precauções” e “Reações adversas”).
Embora a diálise172 possa ser utilizada para remover o metabólito29 inativo MPAG, este procedimento não remove quantidades clinicamente significantes da parte ativa de MPA. Isto se deve em grande parte à alta ligação do MPA a proteínas24 plasmáticas, 97%. Por interferir com a circulação94 entero-hepática26 de MPA, sequestrantes do ácido biliar, como colestiramina, podem reduzir a exposição sistêmica ao MPA.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
Registro MS nº. 1.0583.0784.
Farm. Resp.: Dra. Beatriz Cristina Gama Pompeu CRF - SP nº. 24.130
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Rod. Jornalista Francisco Aguirre Proença, KM 08
Bairro Chácara Assay
CEP 13186-901, Hortolândia – SP
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Fabricado por:
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Embalado por:
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