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Dexperta
(Bula do profissional de saúde)

BLAU FARMACÊUTICA S.A.

Atualizado em 23/02/2024

IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

Dexperta®
sugamadex sódico
Solução injetável 100 mg/mL

FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:

Solução injetável e para diluição para infusão
Embalagem com 10 frascos-ampola contendo 2 mL (200 mg) de solução

USO INTRAVENOSO
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 2 ANOS DE IDADE

COMPOSIÇÃO:

Cada frasco-ampola de Dexperta® contém:

sugamadex (na forma de sugamadex sódico) 200 mg
veículo q.s.p. 2 mL

Veículo: ácido clorídrico1 e hidróxido de sódio (para ajuste do pH), água para injetáveis. O pH da solução situa-se entre 7,0 e 8,0 e a osmolaridade2 entre 300 e 500 mOsm/kg.
Cada mL contém 9,7 mg de SÓDIO.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE3

INDICAÇÕES

Dexperta® é indicado para proporcionar a reversão do bloqueio neuromuscular induzido por rocurônio ou vecurônio em pacientes acima de 2 anos de idade.

RESULTADOS DE EFICÁCIA

O sugamadex pode ser administrado em vários momentos após a administração de brometo de rocurônio ou vecurônio.

Reversão de rotina – bloqueio neuromuscular profundo

Em um estudo preliminar, os pacientes foram designados de modo randômico para grupos de tratamento com rocurônio ou vecurônio. Após a última dose de rocurônio ou vecurônio, em 1-2 PTCs (contagens pós-tetânicas), foram administrados, em ordem randômica, 4 mg/kg de sugamadex ou 70 mcg/kg de neostigmina. O tempo a partir do início da administração de sugamadex ou neostigmina para recuperação da razão T4/T1 de 0,9 foi o seguinte (Tabela 1):

Tabela 1. Tempo (em minutos) a partir da administração de sugamadex ou neostigmina em bloqueio neuromuscular profundo (1-2 PTCs), após rocurônio ou vecurônio, para recuperar a razão T4/T1 de 0,9.

Agente bloqueador neuromuscular

Esquema de tratamento

Sugamadex (4 mg/kg)

Neostigmina (70 mcg/kg)

Rocurônio

N

37

37

Média (minutos)

2,7

49,0

Variação

1,2-16,1

13,3-145,7

Vecurônio

N

47

36

Média (minutos)

3,3

49,9

Variação

1,4-68,4

46,0-312,7

Reversão de rotina – bloqueio neuromuscular moderado

Em outro estudo preliminar, os pacientes foram designados, de modo randômico, para grupos de tratamento com rocurônio ou vecurônio. Após a última dose de rocurônio ou vecurônio, no reaparecimento de T2, foram administrados, em ordem randômica, 2 mg/kg de sugamadex ou 50 mcg/kg de neostigmina. O tempo a partir do início da administração de sugamadex ou neostigmina para recuperação da razão T4/T1 de 0,9 foi o seguinte (Tabela 2):

Tabela 2. Tempo (em minutos) a partir da administração de sugamadex ou neostigmina no reaparecimento de T2, após dose de rocurônio ou vecurônio, para recuperar a razão T4/T1 de 0,9.

Agente bloqueador neuromuscular

Esquema de tratamento

Sugamadex (2 mg/kg)

Neostigmina (50 mcg/kg)

Rocurônio

N

48

48

Média (minutos)

1,4

17,6

Variação

0,9-5,4

3,7-106,9

Vecurônio

N

48

45

Média (minutos)

2,1

18,9

Variação

1,2-64,2

2,9-76,2

A reversão do bloqueio neuromuscular induzido por rocurônio proporcionada pelo sugamadex foi comparada com a reversão do bloqueio neuromuscular induzido por cisatracúrio proporcionada pela neostigmina. No reaparecimento de T2, foram administrados 2 mg/kg de sugamadex ou 50 mcg/kg de neostigmina. O sugamadex proporcionou reversão mais rápida do bloqueio neuromuscular induzido por rocurônio em comparação com a reversão do bloqueio neuromuscular induzido por cisatracúrio proporcionada pela neostigmina (Tabela 3).

Tabela 3. Tempo (em minutos) a partir da administração de sugamadex ou neostigmina no reaparecimento de T2, após dose de rocurônio ou cisatracúrio, para recuperar a razão T4/T1 de 0,9.

Agente bloqueador neuromuscular

Esquema de tratamento

Rocurônio e sugamadex (2 mg/kg)

Cisatracúrio e neostigmina (50 mcg/kg)

N

34

39

Média (minutos)

1,9

7,2

Variação

0,7-6,4

4,2-28,2

Reversão imediata

O tempo de recuperação do bloqueio neuromuscular induzido por succinilcolina (1 mg/kg) foi comparado com o da recuperação induzida por sugamadex (16 mg/kg, 3 minutos mais tarde) a partir do bloqueio neuromuscular induzido por rocurônio (1,2 mg/kg). Os resultados estão na Tabela 4.

Tabela 4. Tempo (em minutos) a partir da administração de rocurônio e sugamadex ou de succinilcolina para a recuperação de T1 10%.

Agente bloqueador neuromuscular

Esquema de tratamento

Rocurônio e sugamadex (16 mg/kg)

Succinilcolina (1 mg/kg)

N

55

55

Média (minutos)

4,2

7,1

Variação

3,5-7,7

3,7-10,5

Em uma análise dos dados agrupados, foram relatados os seguintes tempos de recuperação para 16 mg/kg de sugamadex após 1,2 mg/kg de brometo de rocurônio (Tabela 5):

Tabela 5. Tempo (em minutos) a partir da administração de sugamadex em 3 minutos após a de rocurônio para recuperar a razão T4/T1 de 0,9, 0,8 ou 0,7.

N

T4/T1 de 0,9

65

T4/T1 de 0,8
65

T4/T1 de 0,7
65

Média (minutos)

1,5

1,3

1,1

Variação

0,5-14,3

0,5-6,2

0,5-3,3

Comprometimento renal4

Dois estudos abertos compararam a eficácia e a segurança de sugamadex em pacientes cirúrgicos com e sem comprometimento renal4 grave. Em um estudo, o sugamadex foi administrado após a indução de bloqueio por rocurônio em 1-2 PTCs (4 mg/kg; n = 68); no outro, o sugamadex foi administrado no reaparecimento de T2 (2 mg/kg; n = 30). A recuperação do bloqueio neuromuscular foi modestamente mais longa para pacientes5 com comprometimento renal4 grave em relação aos pacientes sem comprometimento renal4. Nenhum resíduo ou recorrência6 de bloqueio neuromuscular foi relatado por pacientes com comprometimento renal4 grave nesses estudos.

Efeitos sobre o intervalo QTc

Em três estudos clínicos dedicados (n = 287), o sugamadex isoladamente, em combinação com rocurônio ou vecurônio e em combinação com propofol ou sevoflurano, não foi associado a prolongamento de QT/QTc clinicamente relevante. Os resultados de ECGs integrados e eventos adversos de estudos de fase 2-3 embasam essa conclusão.

Pacientes com obesidade7 mórbida

Um estudo realizado com 188 pacientes diagnosticados com obesidade7 mórbida (índice de massa corporal8 ? 40 kg/m2) investigou o tempo de recuperação do bloqueio neuromuscular moderado ou profundo induzido por rocurônio ou vecurônio. Os pacientes receberam 2 mg/kg ou 4 mg/kg de sugamadex, conforme apropriado para o nível de bloqueio, dosados de acordo com o peso corporal real ou peso corporal ideal, de forma aleatória, duplo-cega. Agrupados em profundidade de bloqueio e agente bloqueador neuromuscular, o tempo médio de recuperação para uma razão de “sequência de quatro estímulos” (train-of-four - TOF) ? 0,9 em pacientes tratados de acordo com o peso corporal real (1,8 minutos) foi estatisticamente significativamente mais rápido (p < 0,0001) em comparação com pacientes dosados de acordo com o peso corporal ideal (3,3 minutos).

Pacientes com doença sistêmica grave

Um estudo realizado com 331 pacientes que foram avaliados como ASA classe 3 ou 4 investigou a incidência9 de arritmias10 emergentes do tratamento (bradicardia11 sinusal, taquicardia12 sinusal ou outras arritmias10 cardíacas) após a administração de sugamadex. Nos pacientes que receberam sugamadex (2 mg/kg, 4 mg/kg ou 16 mg/kg), a incidência9 de arritmias10 emergentes do tratamento foi, geralmente, semelhante à neostigmina (50 ?g/kg até dose máxima de 5 mg) + glicopirrolato (10 ?g/kg até dose máxima de 1 mg). A porcentagem de pacientes com bradicardia11 sinusal emergente do tratamento foi significativamente menor (p = 0,026) no grupo sugamadex 2 mg/kg em comparação com o grupo neostigmina. A porcentagem de pacientes com taquicardia12 sinusal emergente do tratamento foi significativamente menor nos grupos sugamadex 2 mg/kg e 4 mg/kg em comparação com o grupo neostigmina (p = 0,007 e 0,036, respectivamente). O perfil de segurança nos pacientes ASA classe 3 e 4 foi, geralmente, semelhante ao dos pacientes adultos nos estudos combinados de fase 1 a 3; portanto, nenhum ajuste de dose é necessário. Veja "9. REAÇÕES ADVERSAS".

População pediátrica

Um estudo com 288 pacientes com idade entre 2 e <17 anos investigou a segurança e eficácia de sugamadex versus neostigmina como agente de reversão do bloqueio neuromuscular induzido por rocurônio ou vecurônio. A recuperação do bloqueio moderado para uma taxa de TOF ? 0,9 foi significativamente mais rápida no grupo sugamadex 2 mg/kg em comparação com o grupo neostigmina (média geométrica de 1,6 minutos para sugamadex 2 mg/kg e 7,5 minutos para neostigmina, proporção de médias geométricas 0,22, IC 95% (0,16, 0,32), (p<0,0001). O sugamadex 4 mg/kg obteve reversão do bloqueio profundo com média geométrica de 2,0 minutos, resultados semelhantes aos observados em adultos. Esses efeitos foram consistentes para todas as coortes de idade estudadas (2 a <6;; 6 a <12; 12 a <17 anos de idade) e para rocurônio e vecurônio. Veja “8. POSOLOGIA E MODO DE USAR”.

Referências bibliográficas:

  1. Lee C, Jahr JS, Candiotti KA, Warriner B, Zornow MH, Naguib M. Reversal of profound neuromuscular block by sugammadex administered three minutes after rocuronium: a comparison with spontaneous recovery from succinylcholine. Anesthesiology 2009;110:1020-5.
  2. Jones RK, Caldwell JE, Brull SJ, Soto RG. Reversal of profound rocuronium-induced blockade with sugammadex: a randomized comparison with neostigmine. Anesthesiology 2008;109:816-24.
  3. Khuenl-Brady KS, Wattwil M, Vanacker BF, Lora-Tamayo JI, Rietbergen H, Alvarez-Gómez JA. Sugammadex provides faster reversal of vecuronium-induced neuromuscular blockade compared with neostigmine: a multicenter, randomized, controlled trial. Anesth Analg. 2010;110(1):64-73.
  4. Blobner M, Eriksson LI, Scholz J, Motsch J, Della Rocca G, Prins ME. Reversal of rocuronium- induced neuromuscular blockade with sugammadex compared with neostigmine during sevoflurane anaesthesia: results of a randomised, controlled trial. Eur J Anaesthesiol. 2010 Jul 30. [Epub ahead of print] doi: 10.1097/EJA.0b013e32833d56b7.
  5. Lemmens HJM, El-Orbany MI, Berry J, Martin G. Reversal of profound vecuronium-induced neuromuscular block: sugammadex versus neostigmine. BMC Anesthesiology. 2010 [In press].
  6. Horrow JC, Li W, Blobner M, Lombard J, Speek M, DeAngelis M, Herring WJ. Actual versus ideal body weight dosing of sugammadex in morbidly obese patients offers faster reversal of rocuronium-or vecuronium-induced deep or moderate neuromuscular block: a randomized clinical trial. BMC Anesthesiology 2021 v. 21-62.
  7. Study P145 - A phase 4 randomized, active-comparator controlled clinical trial to study the safety of sugammadex (MK-8616) for the reversal of neuromuscular blockade induced by either rocuronium bromide or vecuronium bromide in American Society of Anesthesiologists (ASA) Class 3 or 4 subjects. Clinical Study Report P145MK8616, September 2019. Module 5.3.5.1.
  8. Study P089 – A phase 4 Double-Blinded, Randomized, Active Comparator-Controlled Clinical Trial to Study the Efficacy, Safety, and Pharmacokinetics of Sugammadex (MK-8616) for Reversal of Neuromuscular Blockade in Pediatric Participants. Clinical Study Report P089MK8616, July 2020. Module 5.3.6.

CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades farmacodinâmicas

Grupo farmacoterapêutico: todos os outros produtos terapêuticos, código ATC: V03AB35.

Mecanismo de ação: o sugamadex é uma gama-ciclodextrina modificada, um agente reversor do bloqueio neuromuscular de ligação seletiva. Ele forma um complexo com os agentes bloqueadores neuromusculares rocurônio ou vecurônio no plasma13 e reduz a quantidade desse agente disponível para ligar-se aos receptores nicotínicos na junção neuromuscular14. Isso resulta na reversão do bloqueio neuromuscular induzido por rocurônio ou vecurônio.

Efeitos farmacodinâmicos: o sugamadex foi administrado em doses variando de 0,5 mg/kg a 16 mg/kg nos estudos de resposta à dose de bloqueio induzido por rocurônio (0,6; 0,9; 1,0 e 1,2 mg/kg de brometo de rocurônio com e sem doses de manutenção) e bloqueio induzido por vecurônio (0,1mg/kg de brometo de vecurônio com ou sem doses de manutenção) em diferentes tempos/profundidades de bloqueio. Nesses estudos, observou-se uma nítida relação entre a dose administrada e sua resposta.

Propriedades farmacocinéticas

Os parâmetros farmacocinéticos do sugamadex foram calculados a partir da soma total das concentrações de sugamadex ligado e não ligado ao complexo.

Considera-se que os parâmetros farmacocinéticos como a depuração e o volume de distribuição são os mesmos para sugamadex ligado e não ligado ao complexo em indivíduos anestesiados.

Distribuição: o volume de distribuição de sugamadex observado no estado de equilíbrio é de, aproximadamente, 11 a 14 litros em pacientes adultos com função renal4 normal (com base em uma análise farmacocinética convencional não compartimental). O sugamadex e o complexo de sugamadex e rocurônio não se ligam às proteínas15 plasmáticas nem aos eritrócitos16, conforme demonstrado in vitro utilizando-se plasma13 humano masculino e sangue17 total. O sugamadex apresenta cinética18 linear na variação de doses de 1 a 16 mg/kg, quando administrado por via venosa em dose em bolus19.

Metabolismo20: nos estudos pré-clínicos e clínicos, não foram detectados metabólitos21 do sugamadex e apenas a excreção renal4 do medicamento inalterado foi observada como via de eliminação.

Eliminação: em pacientes adultos com função renal4 normal anestesiados, a meia-vida de eliminação (t1/2) do sugamadex é de cerca de 2 horas e a depuração plasmática estimada é de cerca de 88 mL/min. Um estudo de balanço de massa demonstrou que > 90% da dose foi excretada dentro de 24 horas. Da dose administrada, 96% foi excretada na urina22, quantidade da qual, pelo menos, 95% poderia ser atribuída ao sugamadex inalterado.

A excreção através das fezes ou do ar expirado foi menor que 0,02% da dose administrada. A administração do sugamadex a voluntários sadios resultou em eliminação renal4 aumentada do rocurônio sob a forma de complexo.

Farmacocinética em populações especiais Comprometimento renal4 e idade

Em um estudo de farmacocinética comparando pacientes com comprometimento renal4 grave e pacientes com função renal4 normal, os níveis plasmáticos do sugamadex foram similares durante a primeira hora após a dose e, a partir daí, diminuíram mais rapidamente no grupo controle.

A exposição total ao sugamadex foi prolongada, levando a uma exposição 17 vezes maior em pacientes com comprometimento renal4 grave. Concentrações baixas de sugamadex são detectáveis por, pelo menos, 48 horas após sua administração em pacientes com insuficiência renal23 grave. Os parâmetros farmacocinéticos previstos do sugamadex por grupo de idade e função renal4, com base em modelos compartimentais, são apresentados a seguir:

Em um segundo estudo que comparou indivíduos com insuficiência renal23 moderada ou grave a indivíduos com função renal4 normal, a depuração de sugamadex diminuiu progressivamente e a t1/2 foi progressivamente prolongada, com declínio da função renal4. A exposição foi 2 e 5 vezes maior em indivíduos com insuficiência renal23 moderada e grave, respectivamente. As concentrações de sugamadex não foram mais detectáveis 7 dias após a dose em indivíduos com insuficiência renal23 grave.

Um resumo dos parâmetros farmacocinéticos de sugamadex estratificados por idade e função renal4 é apresentado a seguir:

Tabela 6. 

Características selecionadas dos pacientes

Parâmetros PK médios previstos (CV* %)

Dados demográficos

Função renal4 Depuração de creatinina24 (mL/min)

Depuração (mL/min)

Volume de distribuição no estado de equilíbrio (L)

Meia-vida de eliminação (h)

Adultos

Normal

 

100

84 (24)

13

2 (22)

40 anos
75 kg

Comprometida

Leve

50

47 (25)

14

4 (22)

Moderada

30

28 (24)

14

7 (23)

Grave

10

8 (25)

15

24 (25)

Idosos

Normal

 

80

70 (24)

13

3 (21)

75 anos
75 kg

Comprometida

Leve

50

46 (25)

14

4 (23)

Moderada

30

28 (25)

14

7 (23)

Grave

10

8 (25)

15

24 (24)

Adolescentes

Normal

 

95

727 (25)

10

2 (21)

15 anos
56 kg

Comprometida

Leve

48

40 (24)

11

4 (23)

Moderada

29

24 (24)

11

6 (24)

Grave

10

7 (25)

11

22 (25)

Segunda infância

Normal

 

60

40 (24)

5

2 (22)

9 anos
29 kg

Comprometida

Leve

30

21 (24)

6

4 (22)

Moderada

18

12 (25)

6

7 (24)

Grave

6

3 (26)

6

25 (25)

Primeira infância

Normal

 

39

24/(25)

3

2 (22)

4 anos
16 kg

Comprometida

Leve

19

11 (25)

3

4 (23)

Moderada

12

6 (25)

3

7 (24)

Grave

4

2 (25)

3

28 (26)

*CV = coeficiente de variação

Sexo

Não foram observadas diferenças com relação ao sexo.

Raça

Não foram observadas diferenças clinicamente relevantes nos parâmetros farmacocinéticos em um estudo com indivíduos japoneses e caucasianos sadios. Dados limitados não indicam diferenças nos parâmetros farmacocinéticos entre negros americanos ou africanos.

Peso corporal

A análise farmacocinética de pacientes adultos e idosos mostrou que não há relação clinicamente significativa da depuração e do volume de distribuição com o peso corporal.

Obesidade7

Em um estudo clínico em pacientes com obesidade7 mórbida, as doses de 2 mg/kg e 4 mg/kg de sugamadex foram administradas de acordo com o peso corporal real (n = 76) ou o peso corporal ideal (n = 74). A exposição ao sugamadex aumentou de maneira linear, dose-dependente, seguindo a administração de acordo com o peso corporal real ou peso corporal ideal. Não foram observadas diferenças clinicamente relevantes nos parâmetros farmacocinéticos entre pacientes obesos mórbidos e a população em geral.

Dados de segurança pré-clínicos

Os estudos de carcinogenicidade não foram conduzidos devido ao uso pretendido de uma dose única de sugamadex e à ausência de potencial genotóxico.

O sugamadex, na dose de 500 mg/kg/dia, não comprometeu a fertilidade masculina ou feminina em ratos, representando exposições sistêmicas aproximadamente 6 a 50 vezes maiores em comparação com as exposições humanas, nos níveis de dose recomendados. Além disso, não foram observadas alterações morfológicas nos órgãos reprodutores masculinos e femininos em estudos de toxicidade25 de 4 semanas em ratos e cães. O sugamadex não foi teratogênico26 em ratos ou coelhos.

O sugamadex é rapidamente eliminado nas espécies de uso pré-clínico, embora seu resíduo tenha sido observado em ossos e dentes de ratos jovens. Estudos pré-clínicos em ratos adultos jovens e maduros demonstraram que o sugamadex não afeta negativamente a cor dos dentes ou a qualidade do osso, a estrutura ou o metabolismo20 ósseo. O sugamadex não apresenta nenhum efeito sobre a reparação da fratura27 e remodelação óssea.

CONTRAINDICAÇÕES

Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes com hipersensibilidade ao componente ativo ou a quaisquer dos excipientes da fórmula do produto.

ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Monitorização da função respiratória durante a recuperação

O suporte ventilatório para os pacientes é obrigatório até que a respiração espontânea adequada seja restaurada após a reversão do bloqueio neuromuscular. Mesmo se a recuperação do bloqueio neuromuscular for completa, outros fármacos usados nos períodos peri- e pós-cirúrgico podem deprimir a função respiratória e, portanto, o suporte ventilatório pode ainda ser requerido. Se houver recorrência6 do bloqueio neuromuscular após a extubação, deve ser fornecida ventilação28 adequada.

Efeitos sobre a hemostasia29

Em um estudo em voluntários, as doses de sugamadex de 4 mg/kg e 16 mg/kg resultaram em prolongações médias máximas de TTPa de 17 e 22%, respectivamente, e de TP (RNI) em 11 e 22%, respectivamente. Essas prolongações médias limitadas de TTPa e TP (RNI) foram de curta duração. Com base nos bancos de dados clínicos (n = 3.519), não houve efeito clinicamente relevante do sugamadex, isoladamente ou em combinação com anticoagulantes30, sobre a incidência9 de complicações hemorrágicas31 nos períodos peri- ou pós-cirúrgico.

Em um estudo específico conduzido em 1.184 pacientes cirúrgicos, que foram concomitantemente tratados com um anticoagulante32, aumentos pequenos e transitórios foram observados no TTPa e no TP (RNI) associados a sugamadex 4 mg/kg, o que não representou aumento de risco de hemorragia33 com sugamadex em comparação com o tratamento usado.

Nos experimentos in vitro, prolongamento adicional de TTPa e TP foi observado com sugamadex em combinação com antagonistas da vitamina34 K, heparina não fracionada, heparinoides de baixo peso molecular, rivaroxabana e dabigatrana. Considerando a natureza transitória do prolongamento limitado de TTPa e TP causado pelo sugamadex isoladamente imediatamente após esses anticoagulantes30, é improvável que o sugamadex apresente um risco aumentado de hemorragia33.

Como o risco de sangramento não foi estudado sistematicamente em doses de sugamadex maiores que 4 mg/kg, os parâmetros de coagulação35 devem ser cuidadosamente monitorados de acordo com a prática clínica de rotina em pacientes com coagulopatias conhecidas e em pacientes em uso de anticoagulantes30 que recebam uma dose de 16 mg/kg de sugamadex.

Recorrência6 do bloqueio neuromuscular

Nos estudos clínicos com indivíduos tratados com rocurônio ou vecurônio nos quais sugamadex foi administrado utilizando-se uma dose marcada para a profundidade do bloqueio neuromuscular (n = 2.022), uma incidência9 de 0,20% de recorrência6 de bloqueio neuromuscular foi observada, com base no monitoramento neuromuscular ou em evidência clínica. O uso de doses inferiores às recomendadas pode levar a um aumento do risco de recorrência6 do bloqueio neuromuscular após a reversão inicial e, portanto, não é recomendado (veja “8. POSOLOGIA E MODO DE USAR” e “9. REAÇÕES ADVERSAS”).

Tempo de espera para a readministração de agentes bloqueadores neuromusculares após a reversão com sugamadex: Tabela 7: Readministração de rocurônio ou vecurônio após reversão (até 4 mg/kg de sugamadex):

Tempo mínimo de espera

ABNM e dose a ser administrada

5 minutos

Rocurônio 1,2 mg/kg

4 horas

Rocurônio 0,6 mg/kg ou 0,1 mg/kg vecurônio

Quando rocurônio 1,2 mg/kg é administrado dentro de 30 minutos após a reversão com Dexperta®, o início do bloqueio neuromuscular pode ser postergado até, aproximadamente, 4 minutos e a duração do bloqueio neuromuscular pode ser encurtada até, aproximadamente, 15 minutos.

Com base no modelo de farmacocinética, o tempo de espera recomendado em pacientes com comprometimento renal4 leve ou moderado para reutilização de 0,6 mg/kg de rocurônio ou 0,1 mg/kg de vecurônio após a reversão de rotina com sugamadex deve ser de 24 horas. Se um período de espera menor é exigido, a dose de rocurônio para um novo bloqueio neuromuscular deve ser de 1,2 mg/kg.

Readministração de rocurônio ou vecurônio após reversão imediata (16 mg/kg de sugamadex): Para casos muito raros em que isso pode ser exigido, sugere-se um tempo de espera de 24 horas.

Se for requerido bloqueio neuromuscular antes de ter passado o tempo de espera recomendado, deve-se usar um agente bloqueador neuromuscular não esteroidal. O início de ação de um agente bloqueador neuromuscular despolarizante pode ser mais lento do que o esperado, devido a uma fração substancial de receptores nicotínicos pós-juncionais que podem ainda estar ocupados pelo agente bloqueador neuromuscular.

Insuficiência renal23

O sugamadex não é recomendado para uso em pacientes com insuficiência renal23 grave, incluindo aqueles que necessitam de diálise36 (veja “3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS – Propriedades farmacocinéticas”).

Interações devido ao efeito prolongado de rocurônio ou vecurônio

Quando fármacos que potencializam o bloqueio neuromuscular são utilizados no pós-cirúrgico, deve ser dada atenção especial à possibilidade de recorrência6 do bloqueio neuromuscular. Consulte as bulas de rocurônio e vecurônio para verificar a relação de fármacos específicos que potencializam o bloqueio neuromuscular. Em caso de recorrência6 do bloqueio neuromuscular, o paciente poderá necessitar de ventilação28 mecânica e readministração do sugamadex (veja “8. POSOLOGIA E MODO DE USAR”).

Potenciais interações

Interações de captura: Em virtude da administração do sugamadex, determinados fármacos podem se tornar menos eficazes por causa da diminuição das concentrações plasmáticas (livres) (veja “6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS – Anticoncepcionais hormonais”).

Quando forem observadas essas situações, adverte-se que o médico deve considerar a readministração do fármaco37, a administração de um fármaco37 equivalente terapeuticamente (preferivelmente, de uma classe química diferente) e/ou a adoção de intervenções não farmacológicas apropriadas.

Interações de deslocamento: Em virtude da administração de determinados fármacos após o sugamadex, teoricamente, o rocurônio ou o vecurônio podem ser deslocados do sugamadex. Atualmente, são esperadas apenas interações de deslocamento para poucos fármacos (toremifeno e ácido fusídico) (veja “6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS”). Consequentemente, a recorrência6 do bloqueio neuromuscular pode ser observada. Nessa situação, o paciente deve ser ventilado. A administração do fármaco37 que causou o deslocamento deve ser interrompida, caso seja uma infusão. Em situações nas quais potenciais interações de deslocamento são previstas, os pacientes devem ser cuidadosamente monitorados quanto aos sinais38 de recorrência6 do bloqueio neuromuscular (aproximadamente por até 15 minutos) após a administração parenteral de outro medicamento que ocorra dentro do período de 7,5 horas após a administração do sugamadex.

Anestesia39 leve

Quando o bloqueio neuromuscular foi revertido intencionalmente na metade da anestesia39 em estudos clínicos, notaram-se, ocasionalmente, sinais38 de anestesia39 leve (movimentos, tosse, caretas e sucção do tubo traqueal).

Se o bloqueio neuromuscular for revertido enquanto a anestesia39 prossegue, doses adicionais de anestésico e/ou opioides deverão ser administradas conforme clinicamente indicado.

Bradicardia11 relevante

Em raras circunstâncias, tem sido observada bradicardia11 relevante alguns minutos após a administração de sugamadex para reversão do bloqueio neuromuscular. Casos isolados de bradicardia11 com parada cardíaca foram reportados (veja “9. REAÇÕES ADVERSAS”). Os pacientes devem ser monitorados quanto a alterações hemodinâmicas durante e após a reversão do bloqueio neuromuscular. O tratamento com agentes anticolinérgicos, tais como atropina, deve ser administrado, caso seja observada bradicardia11 clinicamente relevante.

Insuficiência hepática40

O sugamadex não é metabolizado nem excretado pelo fígado41; portanto, não foram realizados estudos específicos em pacientes com insuficiência hepática40. Pacientes com insuficiência hepática40 grave devem ser tratados com mais cautela. No caso de a insuficiência hepática40 ser acompanhada por coagulopatia, deve-se consultar informações sobre o efeito na hemostasia29.

Uso em unidades de terapia intensiva42

Não houve pesquisa sobre o uso de sugamadex em pacientes recebendo rocurônio ou vecurônio em unidades de terapia intensiva42.

Uso para reverter efeitos de outros agentes bloqueadores neuromusculares que não o rocurônio e o vecurônio

O sugamadex não deve ser utilizado para reverter o bloqueio induzido por agentes bloqueadores neuromusculares não esteroidais, tais como a succinilcolina ou compostos benzilisoquinolínicos.

O sugamadex não deve ser utilizado para reverter o bloqueio neuromuscular induzido por agentes bloqueadores neuromusculares esteroidais que não o rocurônio ou o vecurônio, uma vez que não se dispõe de dados de eficácia e segurança para essas situações. Dados limitados estão disponíveis sobre a reversão do bloqueio induzido por pancurônio, mas adverte-se para não utilizar o sugamadex nessa situação.

Atraso na recuperação

Condições associadas com tempo de circulação43 prolongado, tais como doenças cardiovasculares44, idade avançada (veja “8. POSOLOGIA E MODO DE USAR”) ou estado edematoso (por exemplo, insuficiência hepática40 grave), podem estar associadas com tempos de recuperação mais longos.

Hipersensibilidade a medicamentos

Os médicos devem estar preparados para a possibilidade de ocorrerem reações de hipersensibilidade (incluindo reações anafiláticas45) e adotar as precauções necessárias (veja “9. REAÇÕES ADVERSAS”).

Pacientes sob dieta controlada de sódio

Cada mL da solução contém 9,7 mg de sódio equivalente a 0,5 % da ingestão máxima diária recomendada pela OMS de 2 g de sódio para um adulto. Se for necessária a administração de mais do que 2,4 mL da solução, isso deve ser levado em consideração para pacientes5 sob dieta controlada de sódio.

Gravidez46 e Lactação47

Categoria B. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Não se dispõe de dados clínicos sobre gestantes expostas ao sugamadex. Estudos em animais não indicaram efeitos prejudiciais diretos ou indiretos com relação a gravidez46, desenvolvimento embrionário/fetal, parto ou desenvolvimento pós-natal.

Recomenda-se cautela ao administrar sugamadex em gestantes.

Lactação47Não se sabe se o sugamadex é excretado no leite humano. Estudos em animais mostraram que o sugamadex é excretado no leite. A absorção oral das ciclodextrinas em geral é baixa e não são previstos efeitos sobre o lactente48 após administração de dose única à mãe durante a lactação47. O sugamadex pode ser utilizado em mulheres durante a lactação47, no entanto, recomenda-se cautela nessa administração.

Efeitos na habilidade de dirigir e operar máquinasrigir e operar máquinas.

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

As presentes informações basearam-se na afinidade de ligação entre o sugamadex e outros fármacos, experimentos não clínicos, estudos clínicos e simulações utilizando um modelo considerando o efeito farmacodinâmico de agentes bloqueadores neuromusculares e a interação farmacocinética entre agentes bloqueadores neuromusculares e sugamadex. Com base nesses dados, não são previstas interações farmacodinâmicas clinicamente relevantes com outros medicamentos, exceto as seguintes:

Para o toremifeno e ácido fusídico, não podem ser excluídas interações por deslocamento (não são esperadas interações de captura clinicamente relevantes).

Para os anticoncepcionais hormonais, não pode ser excluída a interação por captura clinicamente relevante (não são esperadas interações por deslocamento).

Interações que afetam potencialmente a eficácia do sugamadex

Veja “5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”

  • Toremifeno: para o toremifeno, que apresenta uma afinidade relativamente elevada pelo sugamadex e para o qual concentrações plasmáticas relativamente altas podem estar presentes, pode ocorrer algum deslocamento do vecurônio ou do rocurônio do complexo com sugamadex. A recuperação da razão T4/T1 de 0,9 poderia, portanto, ser postergada em pacientes que recebem o toremifeno no mesmo dia da cirurgia.
  • Administração intravenosa de ácido fusídico: o uso do ácido fusídico na fase pré-operatória pode causar algum atraso na recuperação da razão T4/T1 de 0,9. Entretanto, não se espera nenhuma recorrência6 de bloqueio neuromuscular na fase pós-operatória, uma vez que a taxa de infusão de ácido fusídico se dá ao longo de um período de várias horas e os níveis sanguíneos são acumulados ao longo de 2-3 dias.

Interações que afetam potencialmente a eficácia de outros fármacos

Veja “8. POSOLOGIA E MODO DE USAR”

  • Anticoncepcionais hormonais: verificou-se que a interação entre 4 mg/kg de sugamadex e um progestagênio poderia levar a uma diminuição na exposição ao progestagênio (34% da ASC) semelhante à observada quando uma dose diária de um anticoncepcional oral é administrada depois de 12 horas, o que poderia causar uma redução de sua eficácia. Para estrogênios, espera-se um efeito menor. Portanto, a administração de uma dose em bolus19 de sugamadex é considerada equivalente a uma dose diária esquecida de anticoncepcionais orais esteroidais (tanto combinados quanto apenas com progestagênio). Se o anticoncepcional oral for tomado no mesmo dia em que sugamadex for administrado, recomenda-se a consulta à bula do anticoncepcional oral com relação a doses esquecidas e medidas a serem adotadas.
  • Anticoncepcionais hormonais não orais: nesse caso, a paciente deve utilizar um método anticoncepcional não hormonal adicional durante os 7 dias seguintes e verificar as advertências na bula do produto.

Interferência em exames laboratoriais

De modo geral, o sugamadex não interfere em exames laboratoriais, com possível exceção da avaliação da progesterona sérica. Essa interferência é observada com uma concentração plasmática de sugamadex de 100 mcg/mL.

Interações em pacientes pediátricos

Não foram realizados estudos formais de interação medicamentosa em pacientes pediátricos. No entanto, deve-se levar em consideração as interações mencionadas para adultos, bem como as advertências do item “5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”.

CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Cuidados de conservação

Conservar em temperatura ambiente (15–30°C). Proteger da luz. Não congelar. Quando não protegidos da luz, os frascos-ampola devem ser utilizados em até 5 dias.

Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original. Após aberto, deve ser utilizado imediatamente.

Após a diluição com soluções de infusão, foi demonstrada estabilidade química e física do produto em uso durante 48 horas em temperatura entre 25ºC ± 2ºC ou refrigerado em temperatura 5ºC ± 3ºC. Do ponto de vista microbiológico49, o produto diluído deve ser utilizado imediatamente, caso contrário, os tempos de armazenamento da solução em uso e as condições antes do uso, que normalmente são para manter por até 24 horas em temperatura entre 2°C e 8ºC, a menos que a diluição tenha ocorrido em condições assépticas controladas e validadas, são de responsabilidade do usuário/administrador.

Características físicas e organolépticas do produto

Dexperta® é uma solução para injeção50 límpida e incolor ou levemente amarelada.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.

POSOLOGIA E MODO DE USAR

O sugamadex deve apenas ser administrado por um anestesiologista ou sob sua supervisão. O uso de uma técnica apropriada de monitoração neuromuscular é recomendado para monitorar a recuperação do bloqueio neuromuscular.

A dose recomendada de sugamadex depende do nível do bloqueio neuromuscular a ser revertido. A dose recomendada não depende do esquema anestésico.

Dexperta® pode ser utilizado para reverter diferentes níveis de bloqueio neuromuscular induzido por rocurônio ou vecurônio.

Adultos

Reversão de rotina

A dose de 4 mg/kg de sugamadex é recomendada quando a recuperação atinge pelo menos 1-2 contagens pós-tetânicas (PTC) após um bloqueio induzido por rocurônio ou vecurônio. O tempo médio para a recuperação da razão T4/T1 de 0,9 é de cerca de 3 minutos (veja “3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS – Propriedades farmacodinâmicas”).

A dose de 2 mg/kg de sugamadex é recomendada quando ocorre recuperação espontânea até, pelo menos, o reaparecimento de T2 após bloqueio induzido por rocurônio ou vecurônio. O tempo médio para a recuperação da razão T4/T1 de 0,9 é de cerca de 2 minutos (veja “3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS – Propriedades farmacodinâmicas”).

A utilização das doses recomendadas para a reversão de rotina resultará em um tempo médio discretamente mais rápido para a recuperação da razão T4/T1 de 0,9 do bloqueio neuromuscular induzido por rocurônio em comparação com o por vecurônio (veja “3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS – Propriedades farmacodinâmicas”).

Reversão imediata do bloqueio induzido por rocurônio

Se houver necessidade clínica de uma reversão imediata após a administração de rocurônio, recomenda-se a dose de 16 mg/kg de sugamadex.

A administração de 16 mg/kg de sugamadex 3 minutos após uma dose em bolus19 de 1,2 mg/kg de brometo de rocurônio resulta em um tempo médio de recuperação da razão T4/T1 de 0,9 de, aproximadamente, 1,5 minuto (veja “3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS – Propriedades farmacodinâmicas”).

Não se dispõe de dados para recomendar o uso de sugamadex para reversão imediata após bloqueio induzido por vecurônio.

Readministração de sugamadex

Na situação excepcional de recorrência6 do bloqueio neuromuscular pós-cirúrgico (veja “5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”) após uma dose inicial de 2 mg/kg ou 4 mg/kg de sugamadex, recomenda-se repetir a administração na dose de 4 mg/kg. Após uma segunda dose de sugamadex, o paciente deve ser rigorosamente monitorado para assegurar o retorno mantido da função neuromuscular.

Readministração de rocurônio ou vecurônio após sugamadex

Para tempo de espera para readministração de rocurônio ou vecurônio após reversão com sugamadex, veja “5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”.

Informações adicionais para populações especiais Insuficiência renal23

Insuficiência renal23 leve a moderada (depuração de creatinina24 ? 30 e < 80 mL/min): as recomendações posológicas são as mesmas descritas para adultos sem insuficiência renal23.

O uso de Dexperta® em pacientes com insuficiência renal23 grave (inclusive pacientes que necessitam diálise36 [depuração de creatinina24 < 30 mL/min]) não é recomendado (veja “5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”).

Estudos em pacientes com insuficiência renal23 grave não fornecem informações de segurança suficientes para embasar o uso de sugamadex nesses pacientes. Veja também “3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS – Propriedades farmacodinâmicas”.

Populações especiais

Pacientes idosos

Após administração do sugamadex no reaparecimento de T2 depois do bloqueio induzido por rocurônio, o tempo médio para recuperação da razão T4/T1 para 0,9 em adultos (18 a 64 anos) foi de 2,2 minutos, em pacientes idosos (65 a 74 anos) foi de 2,6 minutos e em adultos muito idosos (75 anos ou mais) foi de 3,6 minutos. Embora os tempos de recuperação em idosos apresentem tendência a serem mais longos, as mesmas doses de adultos jovens são recomendadas para pacientes5 idosos (veja “5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”).

Pacientes obesos

Em pacientes obesos, incluindo pacientes obesos mórbidos, a dose de sugamadex deve se basear no peso real do paciente. As mesmas recomendações posológicas para adultos devem ser seguidas.

Insuficiência hepática40

Uma vez que o sugamadex é excretado principalmente pelos rins51, não são requeridos ajustes das doses em pacientes com insuficiência hepática40 leve a moderada. Não foram realizados estudos em pacientes com insuficiência hepática40. Deve-se ter cautela ao se considerar o uso de sugamadex em pacientes com insuficiência hepática40 grave ou quando a insuficiência hepática40 é acompanhada por coagulopatia (veja “5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”).

Pacientes pediátricos

Crianças e adolescentes (acima de 2 anos de idade): O sugamadex sódico 100 mg/mL pode ser diluído a 10 mg/mL para aumentar a exatidão de dose na população pediátrica (veja “8. POSOLOGIA E MODO DE USAR – Precauções especiais para descarte e outras formas de utilização”).

Reversão de rotina: Uma dose de 4 mg/kg de sugamadex é recomendada para reversão do bloqueio induzido por rocurônio ou vecurônio caso a recuperação tenha atingido pelo menos 1-2 contagens pós-tetânicas (PTC).
Uma dose de 2 mg/kg de sugamadex é recomendada para reversão do bloqueio induzido por rocurônio ou vecurônio no reaparecimento de T2 (veja “2. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS – Propriedades farmacodinâmicas).

Reversão imediata: A reversão imediata em crianças e adolescentes não foi pesquisada.

Recém-nascidos e lactentes52

Existe apenas experiência limitada com o uso de sugamadex em lactentes52 (30 dias a 2 anos) e o uso em recém-nascidos a termo (menos de 30 dias) não foi pesquisado. Portanto, o uso de sugamadex em recém-nascidos a termo e lactentes52 não é recomendado até que se disponha de mais informações.

Método de administração

O sugamadex deve ser administrado por via intravenosa em injeção50 única em bolus19. A injeção50 em bolus19 deve ser rápida, dentro de 10 segundos, direto em uma veia ou em um cateter intravenoso já instalado. Nos estudos clínicos, o sugamadex foi apenas administrado como injeção50 única em bolus19.

Incompatibilidades

Dexperta® não deve ser misturado com outros medicamentos, exceto aqueles mencionados em "Precauções especiais para descarte e outras formas de utilização". Foi observada incompatibilidade física com verapamil, ondansetrona e ranitidina.

Precauções especiais para descarte e outras formas de utilização

Dexperta® pode ser administrado por infusão intravenosa através de cateter com as seguintes soluções intravenosas: cloreto de sódio 9 mg/mL (0,9%), solução glicosada 50 mg/mL (5%), solução glicosada 25 mg/mL (2,5%) em cloreto de sódio 4,5 mg/mL (0,45%), solução Ringer lactato53, solução de Ringer, solução glicosada 50 mg/mL (5%) em cloreto de sódio 9 mg/mL (0,9%).

A linha de infusão deve ser lavada de forma adequada (por exemplo, com cloreto de sódio 0,9%) entre a administração de Dexperta® e a de outros fármacos.

Para pacientes5 pediátricos, Dexperta® pode ser diluído utilizando cloreto de sódio 9 mg/mL (0,9%) a uma concentração de 10 mg/mL. Todo produto não utilizado deve ser descartado conforme a rotina hospitalar.

REAÇÕES ADVERSAS

A segurança de sugamadex foi avaliada em 3.519 indivíduos únicos em um banco de dados de segurança de estudos de fase 1-3 agrupados.

Nos subgrupos dos estudos clínicos controlados com placebo54, em que os indivíduos receberam anestesia39 e/ou agentes bloqueadores neuromusculares (1.078 indivíduos expostos ao sugamadex versus 544 ao placebo54), os eventos adversos a seguir ocorreram em ? 2% dos indivíduos tratados com sugamadex e foram, pelo menos, duas vezes mais frequentes em comparação ao placebo54.

Tabela 8. Porcentagem de indivíduos expostos recebendo anestesia39 e/ou agente bloqueador neuromuscular com incidência9 de reações adversas ? 2% e, pelo menos, duas vezes mais frequentes em comparação com o placebo54 em estudos agrupados de fase 1-3 controlados com placebo54.

Classificação por sistema corporal

Reação adversa (termo preferido)

Sugamadex

Placebo54

(n = 1.078)

(n = 544)

%

%

Lesão55, intoxicação e complicações do procedimento

Complicação das vias aéreas devido à anestesia39

4

0

Complicação anestésica

3

< 1

Hipotensão56 no procedimento

3

2

Complicação do procedimento

2

1

Distúrbios respiratórios, torácicos e do mediastino57

Tosse

5

2

Nos estudos clínicos, os termos reportados pelos investigadores quanto a complicações provenientes da anestesia39 ou cirurgia foram agrupados nas categorias de eventos adversos abaixo e incluíram:

Complicação das vias aéreas devido à anestesia39

Complicações das vias aéreas devido à anestesia39 incluíram resistência ao tubo endotraqueal, tosse, resistência leve, despertar durante a cirurgia, tosse durante o procedimento anestésico ou a cirurgia, ou respiração curta (respiração espontânea do paciente, procedimento relacionado à anestesia39).

Complicação anestésica

Complicações anestésicas, indicativas de restauração da função neuromuscular, incluíram movimento de um membro ou do corpo ou tosse durante o procedimento anestésico ou a cirurgia, caretas, ou sucção do tubo endotraqueal (veja “5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES – Anestesia39 leve”).

Complicação do procedimento

Complicações do procedimento incluíram tosse, taquicardia12, bradicardia11, movimento e aumento da frequência cardíaca.

Descrição das reações adversas selecionadas

Recorrência6 de bloqueio neuromuscular: em estudos clínicos com indivíduos tratados com rocurônio ou vecurônio, nos quais sugamadex foi administrado utilizando-se uma dose marcada para a profundidade do bloqueio neuromuscular (n = 2.022), uma incidência9 de 0,20% foi observada para recorrência6 de bloqueio neuromuscular baseado no monitoramento neuromuscular ou em evidência clínica (veja “5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”).

Reações de hipersensibilidade a medicamentos: reações de hipersensibilidade, incluindo anafilaxia58, ocorreram em alguns pacientes e voluntários (para informação sobre voluntários, veja abaixo “Informações sobre voluntários sadios”). Em estudos clínicos de pacientes cirúrgicos, essas reações não foram comumente relatadas e a frequência de relatos pós-comercialização é desconhecida.

Essas reações variaram de reações de pele59 isoladas a reações sistêmicas graves (por exemplo, anafilaxia58 e choque anafilático60) e ocorreram em pacientes sem exposição prévia ao sugamadex.

Os sintomas61 associados com essas reações podem incluir: rubor, urticária62, erupção63 cutânea64 eritematosa65, hipotensão56 (grave), taquicardia12 e inchaço66 da língua67 e faringe68, broncoespasmo69 e eventos pulmonares obstrutivos. Reações de hipersensibilidade grave podem ser fatais.

Informações sobre voluntários sadios

Um estudo randomizado70, duplo-cego, examinou a incidência9 de reações de hipersensibilidade ao medicamento em voluntários saudáveis, que receberam até 3 doses repetidas de placebo54 (n = 76), sugamadex 4 mg/kg (n = 151) ou sugamadex 16 mg/kg (n = 148). Os relatos de suspeita de hipersensibilidade foram julgados por um comitê cego. A incidência9 de hipersensibilidade adjudicada foi de 1,3%, 6,6% e 9,5% nos grupos placebo54, sugamadex 4 mg/kg e sugamadex 16 mg/kg, respectivamente. Não houve nenhum relato de anafilaxia58 após a administração de placebo54 ou sugamadex 4 mg/kg. Houve apenas um único caso de anafilaxia58 adjudicado após a primeira dose de sugamadex 16 mg/kg (com uma incidência9 de 0,7%). Não houve nenhuma evidência de aumento da frequência ou da gravidade da hipersensibilidade com a administração repetida da dose de sugamadex.

Em um estudo anterior de desenho similar, houve três casos adjudicados de anafilaxia58, todos após sugamadex 16 mg/kg (incidência9 de 2,0%). A reação adversa mais comum em voluntários saudáveis agrupados foi disgeusia71 (10%).

Bradicardia11 relevante

Durante a comercialização, casos isolados de bradicardia11 relevante e bradicardia11 com parada cardíaca foram observados alguns minutos após a administração de sugamadex (veja “5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”).

Informações adicionais de populações especiais Pacientes pulmonares

Em dados pós-comercialização e em um estudo clínico com pacientes com histórico de complicações pulmonares, broncoespasmo69 foi relatado como um possível evento adverso relacionado ao medicamento. Como em todos os pacientes com histórico de complicações pulmonares, o médico deve estar alerta sobre possíveis ocorrências de broncoespasmo69.

População pediátrica

Em estudos com pacientes pediátricos de 2 a 17 anos de idade, o perfil de segurança de sugamadex (até 4 mg/kg) foi de forma geral semelhante ao perfil de segurança observado em adultos.

Pacientes com obesidade7 mórbida

Em um ensaio clínico realizado em pacientes com obesidade7 mórbida, o perfil de segurança foi geralmente semelhante ao perfil em pacientes adultos nos estudos combinados de fase 1 a 3 (veja a Tabela 8).

Pacientes com doença sistêmica grave

Em um estudo em pacientes que foram avaliados como ASA (American Society of Anesthesiologists) classe 3 ou 4 (pacientes com doença sistêmica grave ou pacientes com doença sistêmica grave que é uma ameaça constante à vida), o perfil de segurança nesses pacientes ASA classe 3 e 4 foi, geralmente, semelhante ao dos pacientes adultos nos estudos combinados de fase 1 a 3 (Tabela 8). Veja "2. RESULTADOS DE EFICÁCIA”.

Atenção: este produto é um medicamento que possui nova indicação terapêutica72 no país e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos adversos pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.

SUPERDOSE

Nos estudos clínicos, foi relatado um caso de superdose acidental com 40 mg/kg, sem que fosse observado qualquer efeito colateral73 significativo. Em um estudo de tolerância em humanos, o sugamadex foi bem tolerado em doses de até 96 mg/kg. Não foram relatados eventos adversos graves relacionados com a dose.

O sugamadex pode ser removido usando-se hemodiálise74 com um filtro de fluxo alto, mas não com um filtro de fluxo baixo. Com base em estudos clínicos, as concentrações plasmáticas de sugamadex são reduzidas com um filtro de fluxo alto em, aproximadamente, 70% após uma sessão de diálise36 de 3 a 6 horas.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

DIZERES LEGAIS


USO RESTRITO A HOSPITAIS
USO SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
 

Reg. MS nº 1.1637.0173
Farm. Resp.: Eliza Yukie Saito - CRF-SP n° 10.878

Registrado por:
Blau Farmacêutica S.A.
CNPJ 58.430.828/0001-60
Rodovia Raposo Tavares
Km 30,5 - n° 2833 - Prédio 100
CEP 06705-030 – Cotia – SP
Indústria Brasileira

Fabricado por:
Blau Farmacêutica S.A.
CNPJ 58.430.828/0005-93
Rodovia Raposo Tavares
Km 30,5 - n° 2833 - Prédio 200
CEP 06705-030 – Cotia – SP
Indústria Brasileira


SAC 0800 701 6399

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Ácido clorídrico: Ácido clorídrico ou ácido muriático é uma solução aquosa, ácida e queimativa, normalmente utilizado como reagente químico. É um dos ácidos que se ioniza completamente em solução aquosa.
2 Osmolaridade: Molaridade de uma solução que exerce a mesma pressão osmótica que uma solução ideal de uma substância não dissociada. É uma medida indireta da concentração somada de todos os solutos de uma determinada solução.
3 Saúde: 1. Estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e o seu ambiente, o qual mantém as características estruturais e funcionais do organismo dentro dos limites normais para sua forma de vida e para a sua fase do ciclo vital. 2. Estado de boa disposição física e psíquica; bem-estar. 3. Brinde, saudação que se faz bebendo à saúde de alguém. 4. Força física; robustez, vigor, energia.
4 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
5 Para pacientes: Você pode utilizar este texto livremente com seus pacientes, inclusive alterando-o, de acordo com a sua prática e experiência. Conheça todos os materiais Para Pacientes disponíveis para auxiliar, educar e esclarecer seus pacientes, colaborando para a melhoria da relação médico-paciente, reunidos no canal Para Pacientes . As informações contidas neste texto são baseadas em uma compilação feita pela equipe médica da Centralx. Você deve checar e confirmar as informações e divulgá-las para seus pacientes de acordo com seus conhecimentos médicos.
6 Recorrência: 1. Retorno, repetição. 2. Em medicina, é o reaparecimento dos sintomas característicos de uma doença, após a sua completa remissão. 3. Em informática, é a repetição continuada da mesma operação ou grupo de operações. 4. Em psicologia, é a volta à memória.
7 Obesidade: Condição em que há acúmulo de gorduras no organismo além do normal, mais severo que o sobrepeso. O índice de massa corporal é igual ou maior que 30.
8 Índice de massa corporal: Medida usada para avaliar se uma pessoa está abaixo do peso, com peso normal, com sobrepeso ou obesa. É a medida mais usada na prática para saber se você é considerado obeso ou não. Também conhecido como IMC. É calculado dividindo-se o peso corporal em quilogramas pelo quadrado da altura em metros. Existe uma tabela da Organização Mundial de Saúde que classifica as medidas de acordo com o resultado encontrado.
9 Incidência: Medida da freqüência em que uma doença ocorre. Número de casos novos de uma doença em um certo grupo de pessoas por um certo período de tempo.
10 Arritmias: Arritmia cardíaca é o nome dado a diversas perturbações que alteram a frequência ou o ritmo dos batimentos cardíacos.
11 Bradicardia: Diminuição da freqüência cardíaca a menos de 60 batimentos por minuto. Pode estar associada a distúrbios da condução cardíaca, ao efeito de alguns medicamentos ou a causas fisiológicas (bradicardia do desportista).
12 Taquicardia: Aumento da frequência cardíaca. Pode ser devido a causas fisiológicas (durante o exercício físico ou gravidez) ou por diversas doenças como sepse, hipertireoidismo e anemia. Pode ser assintomática ou provocar palpitações.
13 Plasma: Parte que resta do SANGUE, depois que as CÉLULAS SANGÜÍNEAS são removidas por CENTRIFUGAÇÃO (sem COAGULAÇÃO SANGÜÍNEA prévia).
14 Junção neuromuscular: A sinapse entre um neurônio e um músculo.
15 Proteínas: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Alimentos que fornecem proteína incluem carne vermelha, frango, peixe, queijos, leite, derivados do leite, ovos.
16 Eritrócitos: Células vermelhas do sangue. Os eritrócitos maduros são anucleados, têm forma de disco bicôncavo e contêm HEMOGLOBINA, cuja função é transportar OXIGÊNIO. Sinônimos: Corpúsculos Sanguíneos Vermelhos; Corpúsculos Vermelhos Sanguíneos; Corpúsculos Vermelhos do Sangue; Glóbulos Vermelhos; Hemácias
17 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
18 Cinética: Ramo da física que trata da ação das forças nas mudanças de movimento dos corpos.
19 Bolus: Uma quantidade extra de insulina usada para reduzir um aumento inesperado da glicemia, freqüentemente relacionada a uma refeição rápida.
20 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.
21 Metabólitos: Qualquer composto intermediário das reações enzimáticas do metabolismo.
22 Urina: Resíduo líquido produzido pela filtração renal no organismo, estocado na bexiga e expelido pelo ato de urinar.
23 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
24 Creatinina: Produto residual das proteínas da dieta e dos músculos do corpo. É excretada do organismo pelos rins. Uma vez que as doenças renais progridem, o nível de creatinina aumenta no sangue.
25 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
26 Teratogênico: Agente teratogênico ou teratógeno é tudo aquilo capaz de produzir dano ao embrião ou feto durante a gravidez. Estes danos podem se refletir como perda da gestação, malformações ou alterações funcionais ou ainda distúrbios neurocomportamentais, como retardo mental.
27 Fratura: Solução de continuidade de um osso. Em geral é produzida por um traumatismo, mesmo que possa ser produzida na ausência do mesmo (fratura patológica). Produz como sintomas dor, mobilidade anormal e ruídos (crepitação) na região afetada.
28 Ventilação: 1. Ação ou efeito de ventilar, passagem contínua de ar fresco e renovado, num espaço ou recinto. 2. Agitação ou movimentação do ar, natural ou provocada para estabelecer sua circulação dentro de um ambiente. 3. Em fisiologia, é o movimento de ar nos pulmões. Perfusão Em medicina, é a introdução de substância líquida nos tecidos por meio de injeção em vasos sanguíneos.
29 Hemostasia: Ação ou efeito de estancar uma hemorragia; mesmo que hemóstase.
30 Anticoagulantes: Substâncias ou medicamentos que evitam a coagulação, especialmente do sangue.
31 Hemorrágicas: Relativo à hemorragia, ou seja, ao escoamento de sangue para fora dos vasos sanguíneos.
32 Anticoagulante: Substância ou medicamento que evita a coagulação, especialmente do sangue.
33 Hemorragia: Saída de sangue dos vasos sanguíneos ou do coração para o exterior, para o interstício ou para cavidades pré-formadas do organismo.
34 Vitamina: Compostos presentes em pequenas quantidades nos diversos alimentos e nutrientes e que são indispensáveis para o desenvolvimento dos processos biológicos normais.
35 Coagulação: Ato ou efeito de coagular(-se), passando do estado líquido ao sólido.
36 Diálise: Quando os rins estão muito doentes, eles deixam de realizar suas funções, o que pode levar a risco de vida. Nesta situação, é preciso substituir as funções dos rins de alguma maneira, o que pode ser feito realizando-se um transplante renal, ou através da diálise. A diálise é um tipo de tratamento que visa repor as funções dos rins, retirando as substâncias tóxicas e o excesso de água e sais minerais do organismo, estabelecendo assim uma nova situação de equilíbrio. Existem dois tipos de diálise: a hemodiálise e a diálise peritoneal.
37 Fármaco: Qualquer produto ou preparado farmacêutico; medicamento.
38 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
39 Anestesia: Diminuição parcial ou total da sensibilidade dolorosa. Pode ser induzida por diferentes medicamentos ou ser parte de uma doença neurológica.
40 Insuficiência hepática: Deterioração grave da função hepática. Pode ser decorrente de hepatite viral, cirrose e hepatopatia alcoólica (lesão hepática devido ao consumo de álcool) ou medicamentosa (causada por medicamentos como, por exemplo, o acetaminofeno). Para que uma insuficiência hepática ocorra, deve haver uma lesão de grande porção do fígado.
41 Fígado: Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.
42 Terapia intensiva: Tratamento para diabetes no qual os níveis de glicose são mantidos o mais próximo do normal possível através de injeções freqüentes ou uso de bomba de insulina, planejamento das refeições, ajuste em medicamentos hipoglicemiantes e exercícios baseados nos resultados de testes de glicose além de contatos freqüentes entre o diabético e o profissional de saúde.
43 Circulação: 1. Ato ou efeito de circular. 2. Facilidade de se mover usando as vias de comunicação; giro, curso, trânsito. 3. Movimento do sangue, fluxo de sangue através dos vasos sanguíneos do corpo e do coração.
44 Doenças cardiovasculares: Doença do coração e vasos sangüíneos (artérias, veias e capilares).
45 Reações anafiláticas: É um tipo de reação alérgica sistêmica aguda. Esta reação ocorre quando a pessoa foi sensibilizada (ou seja, quando o sistema imune foi condicionado a reconhecer uma substância como uma ameaça ao organismo). Na segunda exposição ou nas exposições subseqüentes, ocorre uma reação alérgica. Essa reação é repentina, grave e abrange o corpo todo. O sistema imune libera anticorpos. Os tecidos liberam histamina e outras substâncias. Esse mecanismo causa contrações musculares, constrição das vias respiratórias, dificuldade respiratória, dor abdominal, cãimbras, vômitos e diarréia. A histamina leva à dilatação dos vasos sangüíneos (que abaixa a pressão sangüínea) e o vazamento de líquidos da corrente sangüínea para os tecidos (que reduzem o volume de sangue) o que provoca o choque. Ocorrem com freqüência a urticária e o angioedema - este angioedema pode resultar na obstrução das vias respiratórias. Uma anafilaxia prolongada pode causar arritmia cardíaca.
46 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
47 Lactação: Fenômeno fisiológico neuro-endócrino (hormonal) de produção de leite materno pela puérpera no pós-parto; independente dela estar ou não amamentando.Toda mulher após o parto tem produção de leite - lactação; mas, infelizmente nem todas amamentam.
48 Lactente: Que ou aquele que mama, bebê. Inclui o período neonatal e se estende até 1 ano de idade (12 meses).
49 Microbiológico: Referente à microbiologia, ou seja, à especialidade biomédica que estuda os microrganismos patogênicos, responsáveis pelas doenças infecciosas, englobando a bacteriologia (bactérias), virologia (vírus) e micologia (fungos).
50 Injeção: Infiltração de medicação ou nutrientes líquidos no corpo através de uma agulha e seringa.
51 Rins: Órgãos em forma de feijão que filtram o sangue e formam a urina. Os rins são localizados na região posterior do abdômen, um de cada lado da coluna vertebral.
52 Lactentes: Que ou aqueles que mamam, bebês. Inclui o período neonatal e se estende até 1 ano de idade (12 meses).
53 Lactato: Sal ou éster do ácido láctico ou ânion dele derivado.
54 Placebo: Preparação neutra quanto a efeitos farmacológicos, ministrada em substituição a um medicamento, com a finalidade de suscitar ou controlar as reações, geralmente de natureza psicológica, que acompanham tal procedimento terapêutico.
55 Lesão: 1. Ato ou efeito de lesar (-se). 2. Em medicina, ferimento ou traumatismo. 3. Em patologia, qualquer alteração patológica ou traumática de um tecido, especialmente quando acarreta perda de função de uma parte do corpo. Ou também, um dos pontos de manifestação de uma doença sistêmica. 4. Em termos jurídicos, prejuízo sofrido por uma das partes contratantes que dá mais do que recebe, em virtude de erros de apreciação ou devido a elementos circunstanciais. Ou também, em direito penal, ofensa, dano à integridade física de alguém.
56 Hipotensão: Pressão sanguínea baixa ou queda repentina na pressão sanguínea. A hipotensão pode ocorrer quando uma pessoa muda rapidamente de uma posição sentada ou deitada para a posição de pé, causando vertigem ou desmaio.
57 Mediastino: Região anatômica do tórax onde se localizam diversas estruturas, dentre elas o coração.
58 Anafilaxia: É um tipo de reação alérgica sistêmica aguda. Esta reação ocorre quando a pessoa foi sensibilizada (ou seja, quando o sistema imune foi condicionado a reconhecer uma substância como uma ameaça ao organismo). Na segunda exposição ou nas exposições subseqüentes, ocorre uma reação alérgica. Essa reação é repentina, grave e abrange o corpo todo. O sistema imune libera anticorpos. Os tecidos liberam histamina e outras substâncias. Esse mecanismo causa contrações musculares, constrição das vias respiratórias, dificuldade respiratória, dor abdominal, cãimbras, vômitos e diarréia. A histamina leva à dilatação dos vasos sangüíneos (que abaixa a pressão sangüínea) e o vazamento de líquidos da corrente sangüínea para os tecidos (que reduzem o volume de sangue) o que provoca o choque. Ocorrem com freqüência a urticária e o angioedema - este angioedema pode resultar na obstrução das vias respiratórias. Uma anafilaxia prolongada pode causar arritmia cardíaca.
59 Pele: Camada externa do corpo, que o protege do meio ambiente. Composta por DERME e EPIDERME.
60 Choque anafilático: Reação alérgica grave, caracterizada pela diminuição da pressão arterial, taquicardia e distúrbios gerais da circulação, acompanhado ou não de edema de glote. Necessita de tratamento urgente. Pode surgir por exposição aos mais diversos alérgenos.
61 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
62 Urticária: Reação alérgica manifestada na pele como elevações pruriginosas, acompanhadas de vermelhidão da mesma. Pode afetar uma parte ou a totalidade da pele. Em geral é autolimitada e cede em pouco tempo, podendo apresentar períodos de melhora e piora ao longo de vários dias.
63 Erupção: 1. Ato, processo ou efeito de irromper. 2. Aumento rápido do brilho de uma estrela ou de pequena região da atmosfera solar. 3. Aparecimento de lesões de natureza inflamatória ou infecciosa, geralmente múltiplas, na pele e mucosas, provocadas por vírus, bactérias, intoxicações, etc. 4. Emissão de materiais magmáticos por um vulcão (lava, cinzas etc.).
64 Cutânea: Que diz respeito à pele, à cútis.
65 Eritematosa: Relativo a ou próprio de eritema. Que apresenta eritema. Eritema é uma vermelhidão da pele, devido à vasodilatação dos capilares cutâneos.
66 Inchaço: Inchação, edema.
67 Língua:
68 Faringe: Canal músculo-membranoso comum aos sistemas digestivo e respiratório. Comunica-se com a boca e com as fossas nasais. É dividida em três partes: faringe superior (nasofaringe ou rinofaringe), faringe bucal (orofaringe) e faringe inferior (hipofaringe, laringofaringe ou faringe esofagiana), sendo um órgão indispensável para a circulação do ar e dos alimentos.
69 Broncoespasmo: Contração do músculo liso bronquial, capaz de produzir estreitamento das vias aéreas, manifestado por sibilos no tórax e falta de ar. É uma contração vista com freqüência na asma.
70 Estudo randomizado: Ensaios clínicos comparativos randomizados são considerados o melhor delineamento experimental para avaliar questões relacionadas a tratamento e prevenção. Classicamente, são definidos como experimentos médicos projetados para determinar qual de duas ou mais intervenções é a mais eficaz mediante a alocação aleatória, isto é, randomizada, dos pacientes aos diferentes grupos de estudo. Em geral, um dos grupos é considerado controle - o que algumas vezes pode ser ausência de tratamento, placebo, ou mais frequentemente, um tratamento de eficácia reconhecida. Recursos estatísticos são disponíveis para validar conclusões e maximizar a chance de identificar o melhor tratamento. Esses modelos são chamados de estudos de superioridade, cujo objetivo é determinar se um tratamento em investigação é superior ao agente comparativo.
71 Disgeusia: Termo médico que designa alterações na percepção do paladar do paciente ou a sua diminuição.
72 Terapêutica: Terapia, tratamento de doentes.
73 Efeito colateral: 1. Ação não esperada de um medicamento. Ou seja, significa a ação sobre alguma parte do organismo diferente daquela que precisa ser tratada pelo medicamento. 2. Possível reação que pode ocorrer durante o uso do medicamento, podendo ser benéfica ou maléfica.
74 Hemodiálise: Tipo de diálise que vai promover a retirada das substâncias tóxicas, água e sais minerais do organismo através da passagem do sangue por um filtro. A hemodiálise, em geral, é realizada 3 vezes por semana, em sessões com duração média de 3 a 4 horas, com o auxílio de uma máquina, dentro de clínicas especializadas neste tratamento. Para que o sangue passe pela máquina, é necessária a colocação de um catéter ou a confecção de uma fístula, que é um procedimento realizado mais comumente nas veias do braço, para permitir que estas fiquem mais calibrosas e, desta forma, forneçam o fluxo de sangue adequado para ser filtrado.

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