Citrato de Fentanila (Injetável 50 mcg/mL)
LABORATÓRIO TEUTO BRASILEIRO S/A
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
citrato de fentanila
Injetável 50 mcg/mL
Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Solução Injetável
Embalagens contendo 1, 25 e 50 ampolas com 2 mL, 5 mL e 10 mL
USO EPIDURAL1, INTRAVENOSO E INTRAMUSCULAR
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 2 ANOS.
COMPOSIÇÃO:
Cada mL da solução injetável contém:
citrato de fentanila (equivalente a 50mcg de fentanila) | 78,5 mcg |
veículo q.s.p | 1 mL |
Excipientes: ácido cítrico, citrato de sódio, cloreto de sódio e água para injetáveis.
INFORMAÇÕES AO PACIENTE
PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?
O citrato de fentanila é indicado:
- para analgesia de curta duração durante o período anestésico (pré-medicação, indução e manutenção) ou quando necessário no período pós-operatório imediato (sala de recuperação);
- para uso como componente analgésico2 da anestesia3 geral e suplemento da anestesia3 regional;
- para administração conjunta com neuroléptico4 na pré-medicação, na indução e como componente de manutenção em anestesia3 geral e regional;
- para uso como agente anestésico único com oxigênio em determinados pacientes de alto risco, como os submetidos à cirurgia cardíaca ou certos procedimentos neurológicos e ortopédicos difíceis;
- para administração epidural1 no controle da dor pós-operatória, operação cesariana ou outra cirurgia abdominal.
COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?
O citrato de fentanila é um analgésico2 opioide que se caracteriza pelas seguintes propriedades: rápida ação, curta duração e elevada potência (100 vezes maior do que a da morfina).
A duração da analgesia obtida com citrato de fentanila depende da intensidade do estímulo doloroso. Assim, administrando-se 2 a 4mL por via endovenosa, obtém-se ação analgésica praticamente imediata. Seu efeito se instala dentro de 2 a 3 minutos.
QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
O citrato de fentanila é contraindicado em pacientes com intolerância a qualquer um de seus componentes ou a outros opioides (derivados sintéticos da morfina, como por exemplo: petidina, propoxifeno, etorfina).
Este medicamento é contraindicado para menores de 2 anos.
O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Depressão respiratória
Assim como com outros opioides potentes, a depressão respiratória está relacionada à dose e pode ser revertida pelo uso de um antagonista5 opioide específico; contudo, doses adicionais podem ser necessárias uma vez que a depressão respiratória pode ser mais duradoura que a ação do antagonista5 opioide. A analgesia profunda está acompanhada por depressão respiratória marcante, que pode persistir ou recorrer durante o período pós- operatório. Portanto, como ocorre com outros depressores do sistema nervoso central6, os pacientes sob efeito de citrato de fentanila devem receber vigilância médica adequada, devendo-se contar com equipamento para ressuscitação e antagonista5 opioide à disposição. A hiperventilação durante a anestesia3 pode alterar a resposta do paciente ao CO2, afetando, então, a respiração no pós-operatório.
No período pós-operatório, quando houver necessidade de analgésicos7 com atividade opioide, deve-se ter em mente a dose total de fentanila já administrada. Como o efeito depressor respiratório de citrato de fentanila pode se prolongar além da duração de seu efeito analgésico2, as doses de analgésicos7 opioides devem ser reduzidas a 1/4 ou 1/3 das habitualmente recomendadas.
Risco de uso concomitante de depressores do sistema nervoso central6 (SNC8), especialmente benzodiazepínicos ou medicamentos relacionados
O uso concomitante de citrato de fentanila e depressores do SNC8, especialmente benzodiazepínicos ou medicamentos relacionados em pacientes com respiração espontânea, pode aumentar o risco de sedação9 profunda, depressão respiratória, coma10 e morte. Se for tomada a decisão de administrar citrato de fentanila concomitantemente com um depressor do SNC8, especialmente um benzodiazepínico ou medicamento relacionado, deve ser administrada a menor dose eficaz de ambos os medicamentos, durante o período mais curto de utilização concomitante. Os pacientes devem ser cuidadosamente monitorados quanto aos sinais11 e sintomas12 de depressão respiratória e sedação9 profunda.
Rigidez muscular
O citrato de fentanila pode causar rigidez muscular, comprometendo particularmente os músculos13 torácicos e, durante a indução da anestesia3, pode também atingir os movimentos musculares esqueléticos de vários grupos nas extremidades, pescoço14 e globo ocular15. Estes efeitos estão relacionados com a dose e a velocidade de injeção16 e a incidência17 pode ser evitada através das seguintes medidas: injeção16 IV lenta (geralmente suficiente para doses menores), uso de benzodiazepínicos na pré-medicação ou uso de relaxantes neuromusculares.
Podem ocorrer movimentos mioclônicos18 não epilépticos.
Uma vez instalada a rigidez muscular, a respiração, contudo, deverá ser assistida ou controlada. Deve-se ter em mente que o emprego dos agentes bloqueadores neuromusculares deve ser compatível com o estado cardiovascular do paciente.
O citrato de fentanila pode também originar outros sinais11 e sintomas12 característicos dos analgésicos7 opioides, incluindo euforia, miose19, bradicardia20 e broncoconstrição.
Doença cardíaca
Bradicardia20 e possivelmente parada cardíaca podem ocorrer se o paciente recebeu uma quantidade insuficiente de anticolinérgico ou quando citrato de fentanila é combinado com relaxantes musculares não vagolíticos. A bradicardia20 pode ser tratada com atropina.
O citrato de fentanila pode provocar bradicardia20, que, embora seja revertida pela atropina, implica o seu uso com cautela em pacientes portadores de bradiarritmia. Opioides podem induzir hipotensão21, especialmente em pacientes hipovolêmicos; portanto, devem ser tomadas medidas apropriadas para manter a pressão arterial22 estável.
Condições especiais de administração
O uso de opioides injetáveis em bolus23 deve ser evitado em pacientes com comprometimento intracerebral. Em tais pacientes, a diminuição transitória na pressão arterial22 média tem sido esporadicamente acompanhada por uma redução de curta duração na pressão de perfusão cerebral.
O citrato de fentanila deve ser administrado com cautela, particularmente em pacientes com maior risco de depressão respiratória como aqueles em estado de coma24 por trauma craniano ou tumor25 cerebral. Nestes pacientes, a redução transiente da pressão arterial22 média tem sido, ocasionalmente, acompanhada por uma redução breve na pressão de perfusão cerebral.
Pacientes em terapia crônica com opioides ou com história de abusos de opioides podem necessitar de doses maiores de citrato de fentanila.
A dose de citrato de fentanila deve ser reduzida em pacientes idosos e debilitados, de acordo com cada caso. O citrato de fentanila é recomendado para o uso em anestesiologia, não devendo ser empregado a não ser em centros cirúrgicos equipados com aparelhagem adequada e com antídotos indicados.
Opioides devem ser titulados com cuidado em pacientes que apresentarem qualquer uma das seguintes condições: doença pulmonar, capacidade respiratória reduzida, insuficiência hepática26 ou renal27, hipotireoidismo28 não controlado e alcoolismo. Tais pacientes também necessitam de monitoramento pós-operatório prolongado.
O citrato de fentanila deve ser usado com cautela nos pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica ou outras patologias que diminuem a capacidade respiratória. Durante a anestesia3, isso pode ser solucionado por meio de respiração assistida ou controlada.
Deve-se levar em consideração que a depressão respiratória provocada pelo citrato de fentanila pode ser mais prolongada do que a duração do efeito do antagonista5 opioide empregado, devendo-se, portanto, manter cuidado médico adequado.
Quando aplicado na técnica de neuroleptoanalgesia, associado ao droperidol, e eventualmente complementado pelo protóxido de nitrogênio, curarizantes ou outros agentes, é desaconselhável a administração simultânea de outros neurolépticos29 ou analgésicos7 morfínicos. Quando utilizado no trabalho de parto com feto30 vivo, existe a possibilidade de atravessar a barreira placentária e causar depressão do centro respiratório31 do feto30, razão pela qual seu uso deve ser feito com cautela, por anestesistas com experiência nessa técnica. Não se deve ultrapassar a dose recomendada a fim de evitar possível depressão respiratória e hipertonia32 muscular. Tem sido relatada a possibilidade de que o protóxido de nitrogênio provoque depressão cardiovascular quando administrado com altas doses de citrato de fentanila. Quando usado como suplemento da anestesia3 regional, o anestesista deve ter em mente que esse tipo de anestesia3 pode provocar depressão respiratória por bloqueio dos nervos intercostais33, depressão essa que pode ser potencializada pelo citrato de fentanila utilizado em associação com tranquilizante como o droperidol. Quando tal combinação é usada, há uma incidência17 maior de hipotensão21 que deve ser controlada com medidas adequadas, incluindo, se necessário, o uso de agentes pressores que não sejam a adrenalina34.
Interações com neurolépticos29
Se o citrato de fentanila for administrado com um neuroléptico4, o médico deve estar familiarizado com as propriedades específicas de cada fármaco35, particularmente a diferença na duração da ação. Quando tal combinação for utilizada, existe uma maior incidência17 de hipotensão21.
Os neurolépticos29 podem induzir o aparecimento de sintomas12 extrapiramidais que podem ser controlados por agentes antiparkinsonianos.
Síndrome serotoninérgica36
Recomenda-se cautela quando o citrato de fentanila for coadministrado com outros medicamentos que afetam os sistemas neurotransmissores serotoninérgicos.
O desenvolvimento de uma síndrome serotoninérgica36 com potencial de ameaça à vida pode ocorrer com o uso concomitante de medicamentos serotoninérgicos, tais como inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRSs) e inibidores da recaptação da serotonina e norepinefrina (IRSNs), e com medicamentos que comprometem o metabolismo37 da serotonina [incluindo inibidores da monoaminoxidase38 (IMAOs)]. Isso pode ocorrer com a dose recomendada.
A síndrome serotoninérgica36 pode incluir mudanças no estado mental (por exemplo, agitação, alucinações39, coma10), instabilidade autonômica (por exemplo, taquicardia40, pressão arterial22 instável, hipertermia), anormalidades neuromusculares (por exemplo, hiper-reflexia, falta de coordenação, rigidez), e/ou sintomas12 gastrintestinais (por exemplo, náusea41, vômito42, diarreia43).
Seu médico deverá considerar uma rápida interrupção de citrato de fentanila se houver suspeita de síndrome serotoninérgica36.
Dependência e abuso da medicação
O citrato de fentanila é um medicamento que contém uma substância de uso controlado que pode provocar dependência do tipo morfínico e que apresenta potencial para abuso. Pelas características da substância, seu emprego está restrito às indicações anestésicas e sob cuidados e orientação de profissional habilitado.
Este medicamento pode causar doping.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Os pacientes só poderão dirigir e operar máquinas se um tempo suficiente tiver transcorrido após a administração de citrato de fentanila (pelo menos 24 horas).
Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e atenção podem estar prejudicadas.
Gravidez44
Não existem dados adequados para o uso de citrato de fentanila em mulheres grávidas. O citrato de fentanila pode cruzar a placenta no início da gravidez44. Os estudos em animais têm demonstrado alguma toxicidade45 reprodutiva. O risco potencial em humanos é desconhecido. A administração IV ou IM durante o parto (incluindo cesárea) não é recomendada, pois o citrato de fentanila atravessa a placenta e pode suprimir a respiração espontânea no período neonatal. Se citrato de fentanila for administrado, deve-se ter imediatamente disponível um equipamento de ventilação46 assistida para a mãe e para a criança, se necessário. Um antagonista5 opioide deve estar sempre disponível para a criança.
Amamentação47
O citrato de fentanila é excretado no leite materno. Portanto, não é recomendável o uso do leite materno por um período de 24 horas após a administração de fentanila. O risco/benefício da amamentação47 após a administração de fentanila deve ser considerado.
Fertilidade
Não existem dados clínicos disponíveis sobre os efeitos de fentanila sobre a fertilidade de homens e mulheres. Em estudos em animais, alguns testes em ratos demonstraram redução da fertilidade em fêmeas nas doses tóxicas maternas.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Uso em idosos, crianças e outros grupos de risco
A dose inicial de citrato de fentanila deve ser reduzida em pacientes idosos e debilitados, de acordo com cada caso.
Ainda não se estabeleceu a segurança de citrato de fentanila em criança abaixo de 2 anos de idade.
O citrato de fentanila deve ser administrado com cuidado em pacientes com insuficiência hepática26 ou renal27.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Efeito dos outros medicamentos sobre o citrato de fentanila
Depressores do Sistema Nervoso Central6 (SNC8): O emprego concomitante de citrato de fentanila com outros depressores do sistema nervoso48 central (por exemplo: barbitúricos, benzodiazepínicos, neurolépticos29, outros opioides ou agentes anestésicos gerais e bebidas alcoólicas) proporcionará efeitos aditivos ou potencializadores. Nesses casos, a dose de citrato de fentanila, poderá ser reduzida. O uso concomitante com citrato de fentanila em pacientes com respiração espontânea pode aumentar o risco de depressão respiratória, sedação9 profunda, coma10 e morte.
Inibidores do citocromo P450 3A4 (CYP3A4): A fentanila, um fármaco35 de alta depuração, é rápida e extensivamente metabolizada principalmente pelo CYP3A4. Quando citrato de fentanila é usado, a utilização concomitante de um inibidor da CYP3A4 pode resultar em uma diminuição da depuração de fentanila. Com a administração de uma dose única de citrato de fentanila, pode-se prolongar o período de risco para depressão respiratória, o que pode exigir cuidados especiais do paciente e observação mais prolongada. Com a administração de doses múltiplas de citrato de fentanila, o risco de depressão respiratória aguda e/ou retardada pode estar aumentado, podendo ser necessária uma redução da dose de citrato de fentanila para evitar o acúmulo de fentanila. O ritonavir oral (um inibidor potente da CYP3A4) reduziu em dois terços a depuração de uma dose única de citrato de fentanila por via intravenosa, embora as concentrações plasmáticas máximas de fentanila não fossem afetadas. Contudo, o itraconazol (outro inibidor potente da CYP3A4) 200 mg/dia, administrado por via oral durante 4 dias, não apresentou efeito significativo na farmacocinética de dose única de citrato de fentanila por via intravenosa. A administração concomitante de outros inibidores potentes ou menos potentes da CYP3A4, tais como voriconazol ou fluconazol, e fentanila pode também resultar em uma exposição aumentada e/ou prolongada da fentanila.
Inibidores da monoaminoxidase38 (IMAO49): os pacientes em uso desses inibidores devem ter sua administração suspensa por pelo menos 2 semanas antes de receberem citrato de fentanila.
Medicamentos serotoninérgicos: A coadministração de fentanila com um agente serotoninérgico, como um inibidor seletivo da recaptação da serotonina (ISRS), um inibidor da recaptação da serotonina e norepinefrina (IRSN) ou um inibidor da monoaminoxidase (IMAO49), pode aumentar o risco de síndrome serotoninérgica36, uma condição com potencial de ameaça à vida.
Efeito do citrato de fentanila sobre outros medicamentos
Após a administração do citrato de fentanila, a dose dos outros medicamentos depressores do SNC8 deve ser reduzida.
A depuração plasmática total e o volume de distribuição do etomidato são reduzidos por um fator de 2 a 3 sem alteração da meia-vida quando administrado com fentanila. A administração simultânea de citrato de fentanila e midazolam intravenoso resulta em aumento da meia-vida plasmática terminal e redução da depuração plasmática do midazolam. Quando esses medicamentos são administrados concomitantemente ao citrato de fentanila, pode ser necessário reduzir a sua dose.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde50.
ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
Cuidados de conservação
CONSERVAR EM TEMPERATURA AMBIENTE (15 A 30°C). PROTEGER DA LUZ E UMIDADE.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Atenção: O número de lote e data de validade gravados na ampola podem se tornar ilegíveis ou até serem perdidos caso a embalagem entre em contato com algum tipo de solução alcoólica.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Se desejado, o citrato de fentanila pode ser misturado ao cloreto de sódio ou glicose51 para infusões intravenosas. Tais diluições são compatíveis com material plástico para infusão. Elas devem ser usadas dentro de 24 horas após a preparação.
Características do medicamento
Solução límpida incolor.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
O citrato de fentanila pode ser administrado por via epidural1, intramuscular ou intravenosa, dependendo da indicação. Se desejado, citrato de fentanila pode ser misturado ao cloreto de sódio ou glicose51 para infusões intravenosas. Tais diluições são compatíveis com material plástico para infusão. Elas devem ser usadas dentro de 24 horas após a preparação.
Dosagem
50mcg = 0,05mg = 1mL
A dose deve ser individualizada.
Alguns dos fatores que devem ser considerados na determinação adequada da posologia devem incluir a idade, peso corporal, estado físico, condição patológica concomitante, uso de outros fármacos, tipo de anestesia3 a ser utilizada e o procedimento cirúrgico envolvido.
Pré-medicação
50 a 100mcg (0,05 a 0,1mg) (1 a 2mL) podem ser administrados por via intramuscular 30 a 60 minutos antes da cirurgia.
Componente de anestesia3 geral
Dose baixa
2mcg/kg (0,002mg/kg) (0,04mL/kg). O citrato de fentanila em dose baixa é especialmente útil para procedimentos cirúrgicos com dor de baixa intensidade. Além da analgesia durante a cirurgia, citrato de fentanila pode também proporcionar alívio da dor no período pós- operatório imediato.
Manutenção
Raramente são necessárias doses adicionais de citrato de fentanila nestes procedimentos com dor de baixa intensidade.
Dose moderada
2 a 20mcg/kg (0,002 a 0,02mg/kg) (0,04 a 0,4mL/kg). Quando a cirurgia é de maior duração e a intensidade da dor moderada, tornam-se necessárias doses mais altas. Com esta dose, além de analgesia adequada, se obtém uma abolição parcial do trauma cirúrgico. A depressão respiratória observada com estas doses torna necessária a utilização de respiração assistida ou controlada.
Manutenção
25 a 100mcg/kg (0,025 a 0,1mg) (0,5 a 2mL) podem ser administrados por via intravenosa ou intramuscular quando movimentos ou alterações nos sinais vitais52 indiquem resposta reflexa ao trauma cirúrgico ou superficialização da analgesia.
Dose elevada
20 a 50mcg/kg (0,02 a 0,05mg/kg) (0,4 a 1mL/kg). Durante a cirurgia cardíaca e certos procedimentos ortopédicos e neurocirúrgicos em que a cirurgia é mais prolongada, e, na opinião do anestesista, a resposta endócrino53-metabólica ao trauma cirúrgico pode prejudicar o estado geral do paciente, recomendando-se doses de 20 a 50mcg (0,02 a 0,05mg/kg) (0,4 a 1mL/kg) com protóxido de nitrogênio e oxigênio. Tais doses têm demonstrado atenuar a resposta endócrino53-metabólica ao trauma cirúrgico, definida pelo aumento dos níveis circulantes de hormônio54 do crescimento, catecolaminas, hormônio54 antidiurético e prolactina55.
Quando doses dentro desses limites são usadas durante a cirurgia, é necessária ventilação46 pós-operatória em virtude de depressão respiratória prolongada.
O principal objetivo dessa técnica será produzir "anestesia livre do trauma cirúrgico".
Manutenção
As doses de manutenção podem variar de um mínimo de 25mcg (0,025mg) (0,5mL) até metade da dose utilizada inicialmente, dependendo das alterações dos sinais vitais52 que indiquem trauma cirúrgico e superficialização da analgesia. Porém, a dose de manutenção deverá ser individualizada, principalmente se o tempo estimado para o término da cirurgia é curto.
Como anestésico geral
Quando a atenuação da resposta endócrino53-metabólica ao trauma cirúrgico é especialmente importante, doses de 50 a 100mcg/kg (0,05 a 0,1mg/kg) (1 a 2mL/kg) podem ser administradas com oxigênio e um relaxante muscular. Esta técnica tem demonstrado proporcionar anestesia3 sem o uso de agentes anestésicos adicionais. Tal técnica tem sido utilizada para cirurgia cardíaca a céu aberto e outras cirurgias de longa duração em pacientes nos quais está indicada uma proteção do miocárdio56 ao excesso de consumo de oxigênio. Esta técnica está indicada também para certas cirurgias neurológicas e ortopédicas difíceis. Com certas doses, tornam-se necessários ventilação46 pós-operatória, bem como pessoal e equipamentos adequados para seu controle.
Anestesia3 regional Administração Epidural1
1,5mcg/kg podem ser administrados por esta via. Quando se necessita de uma complementação da anestesia3 regional, doses de 50 a 100mcg (0,05 a 0,1mg) (1 a 2mL) podem ser administradas por via IM ou intravenosa lenta.
No pós-operatório (sala de recuperação)
50 a 100mcg (0,05 a 0,1mg) (1 a 2mL) podem ser administrados para o controle da dor, por via intramuscular. A dose pode ser repetida após 1 a 2 horas, se necessário. Quando se opta pela via epidural1, deve-se administrar 100mcg (0,1mg ou 2mL). Essa quantidade de 2mL deve ser diluída em 8mL de solução salina a 0,9%, resultando em uma concentração final de 10mcg/mL. Doses adicionais podem ser aplicadas se houver evidências de diminuição do grau de analgesia.
Populações especiais
Pacientes pediátricos: Para indução e manutenção em crianças de 2 a 12 anos de idade, recomenda-se uma dose reduzida de 20 a 30mcg (0,02 a 0,03mg) (0,4 a 0,6mL) a cada 10 a 12kg de peso corporal.
Pacientes idosos e debilitados: Assim como com o uso de outros opioides, a dose inicial deve ser reduzida em pacientes idosos (>65 anos de idade) e em pacientes debilitados. Deve-se levar em consideração o efeito da dose inicial para a determinação de doses suplementares.
Pacientes obesos: Em pacientes obesos, há um risco de superdose se a dose for calculada com base no peso corporal. A dose em pacientes obesos deve ser calculada com base na massa magra57 estimada ao invés de somente no peso corporal.
Insuficiência renal58: Deve-se considerar uma redução na dose de citrato de fentanila em pacientes com insuficiência renal58 e estes pacientes devem ser monitorados cuidadosamente para sinais11 e sintomas12 de toxicidade45 de fentanila.
Modo de usar
- Use luvas ao abrir a ampola.
- Segure a ampola inclinada a um ângulo de aproximadamente 45°.
- Apoie a ponta dos polegares no estrangulamento da ampola.
- Com o dedo indicador envolva a parte superior da ampola, pressionando-a para trás até sua abertura.
Exposição acidental da pele59 deve ser tratada pela lavagem da área afetada com água. Evite o uso de sabonete, álcool e outros materiais de limpeza que possam causar abrasões químicas ou físicas à pele59.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu médico.
O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Os pacientes não se autoadministram citrato de fentanila. O citrato de fentanila é um medicamento injetável administrado sob a orientação e supervisão médica.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?
Eventos adversos ocorrem principalmente durante a cirurgia e são manejados pelo médico. Alguns eventos adversos podem ocorrer logo após a cirurgia, e neste caso o paciente permanecerá sob supervisão médica após a cirurgia.
As frequências das reações adversas são fornecidas de acordo com a seguinte convenção:
Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento).
Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento).
Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento).
Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento).
Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento).
Dados de estudos clínicos
Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento):
- Distúrbios Gastrintestinais: náusea41, vômitos60.
- Distúrbios Musculoesqueléticos e do Tecido Conjuntivo61: rigidez muscular (que também pode envolver os músculos13 torácicos).
Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento).
- Distúrbios do Sistema Nervoso48: sedação9, tontura62, discinesia (diminuição ou extinção dos movimentos voluntários).
- Distúrbios Oculares: distúrbios visuais.
- Distúrbios Cardíacos: bradicardia20 (batimento cardíaco lento), taquicardia40 (batimento cardíaco rápido), arritmia63 (batimento cardíaco irregular).
- Distúrbios Vasculares64: hipotensão21, hipertensão65, dor na veia.
- Distúrbios Respiratórios, Torácicos e Mediastinais: apneia66 (parada temporária da respiração), broncoespasmo67, laringoespasmo.
- Distúrbios da Pele59 e do Tecido Subcutâneo68: dermatite69 alérgica.
- Lesão70, Envenenamento e Complicações do Procedimento: confusão pós-operatória, complicação neurológica anestésica.
Reações adversas ocorridas em <1% dos pacientes tratados com este medicamento em estudos clínicos:
- Distúrbios Psiquiátricos: humor eufórico.
- Distúrbios do Sistema Nervoso48: cefaleia71.
- Distúrbios Vasculares64: flutuação da pressão arterial22, flebite72 (inflamação73 nas veias74).
- Distúrbios Respiratórios, Torácicos e Mediastinais: soluços, hiperventilação.
- Distúrbios Gerais e Condições no Local da Administração: calafrios75, hipotermia76.
- Lesão70, Envenenamento e Complicações do Procedimento: agitação pós-operatória, complicação do procedimento, complicação das vias aéreas da anestesia3.
Dados pós-comercialização
As reações adversas a medicamentos identificadas pela primeira vez durante a experiência pós-comercialização com o citrato de fentanila estão listadas a seguir. As frequências foram estimadas das taxas de relato espontâneo.
Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento):
- Distúrbios do Sistema Imunológico77: hipersensibilidade (como choque anafilático78, reação anafilática, urticária79).
- Distúrbios do Sistema Nervoso48: convulsões, perda da consciência, mioclonia80 (contrações repentinas, incontroláveis e involuntárias de um músculo).
- Distúrbios Cardíacos: parada cardíaca.
- Distúrbios Respiratórios, Torácicos e Mediastinais: depressão respiratória.
- Distúrbios da Pele59 e do Tecido Subcutâneo68: prurido81 (coceira).
Quando um neuroléptico4 (antipsicótico) é utilizado com citrato de fentanila, as seguintes reações adversas podem ser observadas: febre82 e/ou tremor, agitação, episódios de alucinação83 pós-operatórios e sintomas12 extrapiramidais.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA DESTE MEDICAMENTO?
Sinais11 e Sintomas12
As manifestações de superdose deste medicamento são uma extensão de sua ação farmacológica. Pode ocorrer depressão respiratória, que pode variar de bradipneia a apneia66.
Tratamento
Se ocorrer hipoventilação ou apneia66, deve ser administrado oxigênio e a respiração deve ser assistida ou controlada, de acordo com o caso. Um antagonista5 opioide específico deve ser adequadamente usado para controlar a depressão respiratória. Esta medida não exclui o uso de outras medidas imediatas de controle. A depressão respiratória provocada pelo citrato de fentanila pode ser mais prolongada do que a duração do efeito antagonista5 opioide empregado. Doses adicionais posteriores podem ser, portanto, necessárias. Deve ser mantida uma via aérea livre, se necessário por meio de cânula intratraqueal. Se houver associação de depressão respiratória com rigidez muscular pode ser necessário o uso de um bloqueador neuromuscular para facilitar a respiração controlada ou assistida. O paciente deve ser observado cuidadosamente. A temperatura corporal e a reposição de líquidos devem ser mantidas de forma adequada. Se a hipotensão21 é acentuada e persistente deve ser levada em conta a possibilidade de hipovolemia84 que deve ser corrigida com a administração parenteral de soluções adequadas. Deve estar disponível um antagonista5 específico, como o cloridrato de naloxona, para controle da depressão respiratória. Enfim, devem ser tomadas todas as medidas gerais que se façam necessárias.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
ATENÇÃO: PODE CAUSAR DEPENDÊNCIA FÍSICA OU PSÍQUICA
USO RESTRITO A HOSPITAIS
M.S. no 1.0370.0588
Farm. Resp.: Andreia Cavalcante Silva CRF-GO no 2.659
LABORATÓRIO TEUTO BRASILEIRO S/A.
VP 7-D Módulo 11 Qd. 13 – DAIA CEP 75132-140 – Anápolis – GO
CNPJ – 17.159.229/0001 -76
Indústria Brasileira
SAC 0800 62 1800