

Cloridrato de Clonidina (Injetável 150 mcg/mL)
FRESENIUS KABI BRASIL LTDA
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
cloridrato de clonidina
Injetável 150 mcg/mL
Medicamento Genérico, Lei nº 9.787, de 1999.
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Solução injetável
Caixa com 25 ampolas de vidro âmbar com 1 mL
USO INTRATECAL, EPIDURAL1, INTRAMUSCULAR E INTRAVENOSO
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO:
Cada ampola com 1 mL contém:
cloridrato de clonidina (equivalente a 129,482 mcg de clonidina base) | 150 mcg |
veículo q.s.p. | 1 mL |
Veículo: cloreto de sódio, ácido clorídrico2 e água para injetáveis.
Obs: O ácido clorídrico2 pode ser utilizado durante a fabricação para ajustar o pH.
INFORMAÇÕES AO PACIENTE
PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?
Cloridrato de clonidina solução injetável possui ação analgésica e ação sinérgica com anestésicos opioides lipofílicos, morfina e anestésicos locais. Atua na estabilização hemodinâmica3. Dentre suas aplicações podemos destacar:
- Analgésico4 potente de curta duração (4 a 6 horas) por via intratecal ou epidural1.
- Adjuvante em analgesia intratecal ou epidural1: potencializa a ação de anestésicos tais como a lidocaína e a bupivacaína, favorecendo diminuição de dose e prolongamento da ação. Associada à bupivacaína isobárica, diminui a incidência5 de "Tourniquet Pain".
- Adjuvante em analgesia pós-operatória: redução de morfina e opioides lipofílicos com consequente diminuição de seus efeitos colaterais6.
A medicação pré-anestésica com cloridrato de clonidina já é rotineira e inclui ainda as seguintes indicações:
- Promover estabilização hemodinâmica3;
- Reduzir níveis plasmáticos de catecolaminas;
- Reduzir a demanda por anestésicos opioides e anestésicos gerais;
- Prolongar a anestesia7 intratecal por tetracaína;
- Reduzir a pressão intraocular8 em cirurgia oftálmica.
COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?
A clonidina é um agonista9 α2 adrenérgico10 parcial, interagindo também com receptores imidazolínicos. O perfil farmacológico é complexo, tendo como variáveis principais: a dose; a distribuição dos receptores no SNC11, tecidos vasculares12 e órgãos; via de administração e interação com outros fármacos. Em doses terapêuticas pela via sistêmica age de forma sinérgica com anestésicos opioides lipofílicos e com benzodiazepínicos. A demanda de oxigênio é diminuída.
Através das vias intratecal e epidural1, a clonidina exerce efeito analgésico4 de ação opioide, por interação com receptores adrenérgicos13 localizados no corno dorsal da medula14.
Atua sinergicamente com opioides lipofílicos e anestésicos locais.
Em doses baixas, o efeito hipotensivo é predominante e está relacionado com a inibição dos neurônios15 catecolaminérgicos na região dos núcleos reticulares16 no tronco cerebral17. Receptores imidazolínicos, situados ventro-lateralmente na medula14 oblonga também estariam envolvidos neste efeito.
A elevada lipossolubilidade da clonidina (coeficiente de partição octanol/água de 114:1) explica a sua distribuição predominante no sistema nervoso18. Após 10 minutos de infusão intravenosa de 300 mcg de clonidina a cinco voluntários do sexo masculino, os níveis plasmáticos de clonidina mostraram uma fase de distribuição inicial rápida seguido de uma fase de eliminação mais lenta durante 24 horas.
A meia-vida de eliminação está entre 9 a 12 horas. Cerca de 50% são metabolizados para componentes inativos no fígado19 e o restante é eliminado inalterado pelos rins20. O desempenho insuficiente da função renal21 pode alterar estes valores, prolongando a retenção do fármaco22.
O efeito analgésico4 inicia-se 15 minutos após a aplicação intratecal, epidural1, intramuscular ou intravenosa.
A analgesia é potente e de curta duração (4 a 6 horas) para as aplicações intratecais e epidurais; é menos consistente nas aplicações intramuscular e intravenosa.
Apenas a administração intratecal segue um perfil dose-dependente: o tempo para o início da analgesia pode ser reduzido para 3 minutos e a duração prolongada para até 14 horas em função da dose.
QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Este medicamento é contraindicado em pacientes com histórico de reações de hipersensibilidade à clonidina, bem como a outros componentes do medicamento.
A administração epidural1 é contraindicada na presença de infecção23 no local da injeção24, em pacientes sob terapia anticoagulante25 e naqueles com diátese hemorrágica26.
A administração de cloridrato de clonidina acima de C4 é contraindicada uma vez que não existem dados de segurança suficientes para este uso.
O medicamento também é contraindicado em caso de:
- Diferentes formas de agitação e perturbações do coração27, como por exemplo, "síndrome de Sinusknoten" ou bloqueio átrio-ventricular II e III;
- Pacientes portadores de doença no nó sinusal28;
- Frequência cardíaca abaixo de 50 batidas por minuto;
- Período de amamentação29;
- Depressão.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTEMEDICAMENTO?
As indicações para o produto não preveem tratamento prolongado.
O uso prolongado (6 ou mais dias) requer cuidados especiais: o tratamento não deve ser interrompido abruptamente; pode haver efeito rebote, com desestabilização do quadro hemodinâmico. Em portadores de hipertensão30, a interrupção brusca pode levar as crises hipertensivas graves, de consequências imprevisíveis.
O fármaco22 deve ser usado com cautela em portadores de doenças vasculares12 cerebrais, nos casos de insuficiência31 coronária ou de infarto do miocárdio32 recente, nos portadores de distúrbios vasculares12 periféricos oclusivos tais como a doença de Raynaud33 e em casos de histórico depressivo.
Durante o tratamento com cloridrato de clonidina, a frequência cardíaca não deve estar abaixo de 56 batimentos por minuto.
Os portadores de lentes de contato devem ocasionalmente observar a diminuição do fluxo lacrimal.
Gerais
Efeitos Cardíacos: a clonidina epidural1 causa frequentemente diminuição na frequência cardíaca. A bradicardia34 sintomática35 pode ser tratada com atropina. Raramente foi relatado bloqueio atrioventricular maior do que o do I Grau. O fármaco22 não altera a resposta hemodinâmica3 ao exercício, mas pode mascarar o aumento do batimento cardíaco associado com a hipovolemia36.
Depressão Respiratória e Sedação37: a administração de clonidina pode resultar em sedação37 através da ativação dos alfa-adrenoceptores no tronco cerebral17. Altas doses de clonidina causam sedação37 e anormalidades ventilatórias normalmente moderadas. Pode haver desenvolvimento de tolerância a esses efeitos com a administração crônica. Esses efeitos têm sido relatados com doses em bolus38, que são significativamente maiores que a velocidade de infusão recomendada para o tratamento da dor no câncer39.
Depressão: tem ocorrido depressão em pequena porcentagem de pacientes tratados com clonidina oral ou transdérmica. A depressão ocorre normalmente em pacientes com câncer39 e pode ser exacerbada pelo tratamento com a clonidina. Os pacientes, especialmente aqueles com história conhecida de desordens afetivas, devem ser monitorados em relação aos sinais40 e sintomas41 de depressão.
Dor de Origem Visceral ou Somática: em pesquisas clínicas, nas doses testadas, a clonidina mostrou-se mais efetiva na dor neuropática42 bem localizada, caracterizada como de natureza elétrica, de queimação, pontada, localizada nos dermátomos43 ou distribuida ao longo do nervo periférico. O medicamento pode ser menos efetivo, ou possivelmente inefetivo no tratamento da dor difusa, pouco localizada ou de origem visceral.
Hipotensão44
Pode ocorrer grave hipotensão44 após a administração de cloridrato de clonidina e, portanto, cuidados devem ser tomados com todos os pacientes. O produto não é recomendado na maioria dos pacientes com doença cardiovascular grave ou para aqueles que são hemodinamicamente instáveis. O benefício de sua administração nesses pacientes deve ser cuidadosamente calculado contra os potenciais riscos resultantes da hipotensão44.
Os sinais vitais45 devem ser frequentemente monitorados, especialmente durante os primeiros dias da terapia epidural1 com cloridrato de clonidina. Quando a clonidina é infundida nos segmentos espinhais torácicos superiores, podem ser verificadas quedas mais pronunciadas na pressão sanguínea.
A clonidina diminui o estímulo simpático46 do sistema nervoso central47 resultando em diminuição da resistência periférica48, resistência vascular49 renal21, frequência cardíaca e pressão sanguínea. Contudo, na ausência de hipotensão44 profunda, o fluxo arterial renal21 e a taxa de filtração glomerular permanecem essencialmente inalterados.
Os relatos publicados sobre o uso de clonidina epidural1 na analgesia intra e pós-operatória, também demonstram hipotensão44 consistente e marcante como resposta ao fármaco22. Pode ocorrer hipotensão44 grave mesmo se houver pré-tratamento com fluído intravenoso.
Abstinência
A interrupção repentina do tratamento com clonidina, independente da via de administração, tem resultado, em alguns casos, em sintomas41 como nervosismo, agitação, cefaleia50 e tremor, acompanhado ou seguido por uma rápida elevação na pressão sanguínea. A probabilidade de tais reações parece ser maior com o uso de doses mais altas ou com o tratamento concomitante com beta-bloqueadores. Nestas situações devem ser tomados cuidados especiais. Após retirada abrupta de clonidina foram relatados casos raros de encefalopatia hipertensiva51, acidentes cerebrovasculares e óbito52. Pacientes com histórico de hipertensão30 e/ou outras condições cardiovasculares subjacentes podem estar sob risco das consequências da descontinuação abrupta da clonidina.
O monitoramento cuidadoso do funcionamento da bomba de infusão e a inspeção53 do cateter, verificando a existência de obstrução ou deslocamento, pode reduzir o risco de supressão abrupta inadvertida de clonidina epidural1. Os pacientes devem comunicar imediatamente seu médico se houver interrupção inadvertida, por qualquer razão, da administração de clonidina. Os pacientes também devem ser instruídos para não descontinuar a terapia sem consultar o médico.
Quando houver descontinuação da terapia epidural1 com clonidina, o médico deve reduzir a dose gradualmente por 2 a 4 dias para evitar os sintomas41 de abstinência.
Um excessivo aumento na pressão arterial54, após a descontinuação da clonidina epidural1, pode ser tratado com clonidina ou fentolamina intravenosa. Se a terapia tiver que ser descontinuada em pacientes sob tratamento concomitante com clonidina e beta-bloqueadores, o beta-bloqueador deve ser interrompido vários dias antes da descontinuação gradual da clonidina epidural1.
Infecções55
As infecções55 relacionadas com os cateteres epidurais implantados são um sério risco. A ocorrência de febre56 em paciente que esteja recebendo clonidina epidural1 deve incluir a possibilidade de infecção23 relacionada com o cateter, tal como a meningite57 ou abcesso epidural1.
Informação para pacientes58
Os pacientes devem ser instruídos sobre os riscos da hipertensão30 rebote e avisados para não descontinuar a clonidina, exceto sob a supervisão de um médico. Os pacientes devem notificar o seu médico imediatamente se o uso de clonidina for inadvertidamente interrompido por qualquer razão. Os pacientes que se envolvem em atividades potencialmente perigosas, tais como a utilização de máquinas ou de condução, devem ser aconselhados sobre os efeitos sedativo e hipotensor potenciais da clonidina epidural1. Eles também devem ser informados de que os efeitos sedativos podem ser aumentados por fármacos depressores do SNC11 como o álcool e barbitúricos, e que os efeitos hipotensores podem ser aumentados por opiaceos.
Carcinogenicidade, Mutagenicidade e Diminuição da Fertilidade
A clonidina não mostrou potencial carcinogênico em estudo com animais. A fertilidade de ratos machos ou fêmeas não foi afetada pelas doses de cloridrato de clonidina de 150 mcg/kg, ou cerca de 0,5 vez a dose máxima humana recomendada. A fertilidade de ratos fêmeas, contudo, pareceu ser afetada em outra experiência com níveis de doses orais de 500 a 2000 mcg/kg, ou 2 a 7 vezes a dose máxima humana recomendada.
Uso em Analgesia Pós-Operatória ou Obstétrica
Cloridrato de clonidina não é recomendado para o controle da analgesia do parto, pós-parto ou peri-cirúrgica. O risco de instabilidade hemodinâmica3, especialmente hipotensão44 e bradicardia34, após clonidina epidural1, pode ser inaceitável nesses pacientes.
Gravidez59 e Lactação60
Categoria de Risco C
Os estudos de reprodução61 em coelhos, com doses de cloridrato de clonidina em concentrações de até a dose máxima humana recomendada, não demonstraram evidência de potencial teratogênico62 ou embriotóxico. Em ratos, contudo, doses baixas de até 1/3 da dose máxima humana recomendada, foram associadas com reabsorções aumentadas, em um estudo no qual as ratas foram tratadas continuamente dois meses antes do acasalamento.
A clonidina atravessa rapidamente a placenta e suas concentrações são similares no plasma63 materno e no do cordão umbilical64; as concentrações do fluído amniótico podem ser 4 vezes àquelas encontradas no soro65. Não existem estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas durante o início da gestação, quando ocorre a formação dos órgãos. Os estudos utilizando clonidina epidural1 durante o parto, não têm demonstrado reações adversas aparentes na criança no momento do parto. Contudo, esses estudos não monitoram os efeitos hemodinâmicos na criança, nos dias após o parto. O cloridrato de clonidina injetável deve ser usado durante a gravidez59 somente se os potenciais benefícios justificarem o potencial risco ao feto66.
Parto e trabalho de parto: Não existem estudos clínicos adequadamente controlados avaliando a segurança, eficácia e dose da clonidina em procedimentos obstétricos. O uso de clonidina como analgésico4 durante o parto e trabalho de parto não é indicado, pelo fato de a perfusão materna da placenta ser criticamente dependente da pressão sanguínea.
Amamentação29: As concentrações de clonidina no leite humano são de aproximadamente duas vezes àquelas encontradas no plasma63 materno. Deve haver muito cuidado ao se administrar clonidina a mulheres em fase de amamentação29. Deve-se tomar a decisão de descontinuar a amamentação29 ou a administração de clonidina, em função do potencial para a ocorrência de reações adversas nas crianças lactentes67.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Populações especiais
Uso pediátrico: A segurança e a eficácia da clonidina, nesta indicação e população clínica é limitada.
Efeitos na habilidade de dirigir e operar máquinas
Durante o tratamento com cloridrato de clonidina o paciente não deve dirigir veículos, operar máquinas ou trabalhar em serviços contínuos, pois a sua habilidade e atenção podem estar prejudicadas.
Interações Medicamentosas
A clonidina potencializa os efeitos depressivos do SNC11 do álcool, barbitúricos ou outros fármacos sedativos. Os analgésicos68 narcóticos podem potencializar os efeitos hipotensivos da clonidina.
Não deve ser usada com antidepressivos tricíclicos, agentes bloqueadores beta-adrenérgicos13. Os primeiros podem antagonizar os efeitos hipotensivos da clonidina, sendo que seus efeitos sobre a ação analgésica da clonidina são desconhecidos. Os agentes beta-bloqueadores podem contribuir com a hipotensão44 aguda e também podem exacerbar a resposta hipertensiva verificada com a supressão da clonidina. Também, devido ao potencial para efeitos aditivos como a bradicardia34 e o bloqueio AV, cuidados devem ser tomados em pacientes recebendo clonidina que estejam sob tratamento com agentes que afetem a função do nó sinusal28 ou a condução AV nodal, isto é, digitálicos, bloqueadores do canal de cálcio e beta-bloqueadores.
Existe um relato de caso de paciente com delírio69 agudo70 associado com o uso simultâneo de flufenazina e clonidina oral. Os sintomas41 cessaram quando houve a suspensão da clonidina e houve recorrência71 quando a clonidina foi reinstituída.
A clonidina epidural1 pode prolongar a duração dos efeitos farmacológicos dos anestésicos locais epidurais, incluindo tanto o bloqueio sensitivo quanto o motor.
Nota: o medicamento é restrito ao uso hospitalar e sua administração somente deve ser feita por profissionais familiarizados com os procedimentos anestésicos.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde72.
ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
Cuidados de conservação
Conservar o produto em temperatura ambiente (15–30°C), protegido da luz. O medicamento não contém conservantes.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas do produto
Solução límpida, incolor e isenta de partículas estranhas.
Após diluição do medicamento cloridrato de clonidina em solução de cloreto de sódio 0,9% (concentração 15 mcg/ml), ele mantém-se estável por até 24 horas, armazenado em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C).
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
O medicamento deve ser utilizado conforme prescrição médica. O volume disponível em cada unidade não pode ser inferior ao volume declarado. Para retirada do conteúdo total do medicamento deve-se aspirar o volume declarado no item "Composição", podendo permanecer solução remanescente na ampola devido à presença de um excesso mínimo para permitir a retirada e administração do volume declarado.
Atenção: medicamentos parenterais devem ser bem inspecionados visualmente antes da administração, para se detectar alterações de coloração ou presença de partículas sempre que o recipiente e a solução assim o permitirem.
As necessidades posológicas são variáveis e devem ser individualizadas conforme a indicação e perfil clínico do paciente.
Na medicação pré-anestésica: as aplicações mais aconselháveis são IM profunda, IV lenta (7 a 10 minutos) ou diluída, por gotejamento intravenoso. Clonidina é compatível com cloreto de sódio 0,9% para diluição. Em procedimentos cirúrgicos de longa duração, dose adicional de 150 mcg ou manutenção por gotejamento intravenoso pode ser necessário.
Na analgesia pós-operatória: a dose inicial recomendada de cloridrato de clonidina para infusão epidural1 contínua é de 30 mcg/h. Embora a dose possa ser titulada para mais ou menos, dependendo do alívio da dor e ocorrência de reações adversas, a experiência com doses acima de 40 mcg/h é limitada. É essencial estar familiarizado com os dispositivos de infusão epidural1 contínua, e os pacientes devem ser cuidadosamente monitorados nos primeiros dias, avaliando sua resposta.
A dose usual está entre 2–4 mcg/kg por via epidural1 e 0,5–1 mcg/kg por via intratecal produz analgesia de curta duração (4 a 6 horas) e deverá ser repetida de acordo com as respostas do paciente. Na aplicação intratecal, a analgesia é de duração dose dependente.
Em associação com outros fármacos: a posologia deve ser individualizada para cada caso. Nas associações com anestésicos locais (lidocaína, bupivacaína e mepivacaína) o procedimento e a dose mais usual consiste na adição de 150 mcg de cloridrato de clonidina solução injetável à dose escolhida do anestésico local, antes da aplicação.
INSTRUÇÕES
- Deixar a ampola na posição de aproximadamente 45° (minimizando o risco de que partículas caiam dentro da ampola).
- Com a ponta do dedo polegar fazer apoio no estrangulamento. Com o dedo indicador envolver a parte superior da ampola (balão), pressionando-a para trás.
Uma vez que este medicamento é administrado por um profissional da saúde72 em ambiente hospitalar não deverá ocorrer esquecimento do seu uso.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião- dentista.
QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?
Reação muito comum (>1/10): hipotensão44, hipotensão44 ortostática, náuseas73, xerostomia74, astenia75, confusão, tontura76, sonolência.
Reação comum (>1/100 e <1/10): bradiarritmia, precordialgia, diminuição ou aumento do débito cardíaco77, taquicardia78, sudorese79, obstipação80, zumbido, agitação, nervosismo, alucinações81, disfunção erétil, diminuição da atividade sexual, perda da libido82, fadiga83.
Reação incomum (>1/1.000 e <1/100): palpitação84, alopecia85, erupções na pele86, prurido87, rash88, urticaria89, ginecomastia90, pseudo-obstrução intestinal crônica, parotidite91, cefaleia50, insônia, depressão, dificuldade de micção92, noctúria, retenção urinária93, angioedema94, mal-estar.
Reação rara (>1/10.000 e <1.000): bloqueio atrioventricular, bradicardia34 atrioventricular - nó sinoatrial95, insuficiência cardíaca congestiva96, fenômeno de Raynaud97, bradicardia34 sinusal, ritmo nodal sinusal, síncope98, trombocitopenia99, hepatite100, acidente vascular cerebral101, visão102 embaçada, sensação de queimação nos olhos103, olhos103 ressecados, delírio69, distúrbios do sonho, inquietação, ressecamento de mucosa104 nasal, acidente vascular cerebral101 após abrupta interrupção do tratamento com clonidina, morte após abrupta interrupção do tratamento com clonidina.
Relatos de casos: prolongamento do intervalo QT, hipertensão30 rebote, obstrução gastrointestinal, aumento da pressão intracraniana, episódios de apneia105, abuso do fármaco22, arritmias106 ventriculares sérias após abruptas interrupções do tratamento com clonidina.
Sem informação detalhada: diminuição da pressão arterial diastólica107 e sistólica, lúpus108 eritematoso109 sistêmico110, desordens psicóticas agudas (exacerbação de tiques ou alucinações81 visuais e auditivas), depressão respiratória, retirada da droga: o aumento agudo70 da pressão arterial54 (crise hipertensiva) após a interrupção abrupta da terapêutica111 clonidina é bem documentado, síndrome112 de abstinência aguda da clonidina (dor de cabeça113, tonturas114, transpiração115, palpitações116, ansiedade, insônia, tremores, dispneia117 e compressão do peito118, aumento da excreção de adrenalina119 e noradrenalina120 urinária (catecolaminas) e aumento da atividade da renina plasmática), eventos adversos neurológicos associados com a privação de clonidina (cefaleia50), eventos adversos psiquiátricos associados com a privação de clonidina (ansiedade, suor, palpitações116 e tremores).
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA DESTE MEDICAMENTO?
Pode haver desenvolvimento de hipertensão30 precoce seguida de hipotensão44, bradicardia34, depressão respiratória, hipotermia121, sonolência, reflexos diminuídos ou ausentes, irritabilidade e miose122. Com doses orais excessivas foram relatadas, alterações na condução cardíaca reversível ou arritmias106, apneia105, coma123 e convulsões.
Inexiste antídoto124 específico para a superdose de clonidina. A terapia de suporte pode incluir sulfato de atropina para a bradicardia34, fluídos intravenosos e/ou agentes vasopressores para a hipotensão44. A hipertensão30 associada com a superdose tem sido tratada com furosemida intravenosa, diazóxido ou agentes alfa-bloqueadores como a fentolamina. A naloxona pode ser um auxiliar no tratamento da hipotensão44 e/ou coma123 induzido pela clonidina; a pressão arterial54 deve ser monitorada pois a administração de naloxona pode resultar ocasionalmente em hipertensão30 paradoxal125. A administração de tolazolina forneceu resultados inconsistentes e não é recomendada como terapia de primeira linha. A diálise126 não parece aumentar significativamente a eliminação de clonidina.
A maior superdose relatada até agora envolveu um paciente branco de 28 anos de idade, que ingeriu 100 mg de cloridrato de clonidina em pó. Este paciente desenvolveu hipertensão30 seguida de hipotensão44, bradicardia34, apneia105, alucinações81, semicoma e contrações ventriculares prematuras. O paciente recuperou-se completamente após tratamento intensivo.
Em casos de superdose observa-se uma baixa considerável da pressão arterial54 (sem colapso127) acompanhada de uma sonolência profunda, podendo levar a um estado semicomatoso com hipotermia121 e bradicardia34. Este estado é revertido espontaneamente em 24 a 48 horas.
A normalização dos valores tensionais pode ser obtida rapidamente por administração de agentes alfa-inibidores.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
USO RESTRITO A HOSPITAIS
Registro MS 1.0041.0228
Farmacêutico Responsável: Cíntia M. P. Garcia CRF-SP 34871
Fabricado por:
Fresenius Kabi Brasil Ltda.
Anápolis – GO
Registrado por:
Fresenius Kabi Brasil Ltda.
Av. Marginal Projetada, 1652 – Barueri – SP
C.N.P.J 49.324.221/0001-04
Indústria Brasileira.
SAC 0800 7073855
