

HIGROTON RESERPINA
NOVARTIS
Formas Farmacêuticas e Apresentações de Higroton Reserpina
Comprimidos divisíveis. Caixas com 20 comprimidos.
Composição de Higroton Reserpina
Cada comprimido contém: clortalidona 50 mg, reserpina 0,25 mg; excipiente (sílica gel, óxido de ferro vermelho, estearato de magnésio, amido e carboximetilcelulose) q.s.p. 1 comprimido.
Informações ao Paciente de Higroton Reserpina
O produto deve ser protegido da umidade e do calor (abaixo de 30º C). O data de validade está impressa no cartucho. Não use o produto após a data de validade. Não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que estejam amamentando. Siga corretamente as instruções do seu médico, não modificando ou interrompendo o tratamento sem antes consultá-lo. O comprimido deve ser tomado com o auxílio de um líquido. Se você se esquecer de tomar uma dose, tome-a assim que perceber o esquecimento; no entanto, se já estiver próximo ao horário da dose seguinte, não tome o comprimido que você esqueceu e retorne ao seu esquema de tratamento. Não tome a dose dobrada (os dois comprimidos de uma única vez). HIGROTON RESERPINA é geralmente bem tolerado, entretanto algumas reações desagradáveis podem ocorrer, na maioria transitórias e que tendem a desaparecer sem necessidade de interromper o tratamento; as mais comuns são: coceira, outras reações na pele1, pressão baixa, depressão, nervosismo, falta de concentração, batimento cardíaco irregular ou lento, tontura2 ao se levantar quando se está deitado ou sentado, problemas de estômago3 e de intestino, diarréia4, boca5 seca, ou azia6 (sinais7 de úlcera8), cansaço, pesadelos, nariz9 "entupido", , ganho de peso, impotência10, visão11 borrada, lacrimejamento, olhos12 vermelhos, inchaço13, inclusive da mucosa14 nasal, respiração rápida, aumento da salivação.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
Se estiver utilizando qualquer outro medicamento ou se tiver qualquer outra doença, avise ao seu médico. Se você tem doença do fígado15 ou dos rins16, problemas circulatórios ou doença do coração17, diabetes18, baixos níveis de potássio no sangue19 ou altos níveis de colesterol20, seu médico deve ser avisado. Evite a ingestão de bebida alcoólica, pois o álcool pode fazer sua pressão aumentar ou diminuir, aumentando a possibilidade de tonturas21 ou fraqueza.
Contra-indicações - Mulheres grávidas ou que estejam amamentando; pacientes que apresentam alergia22 à clortalidona, à reserpina ou a algum dos componentes da fórmula. Pacientes com depressão, doença de Parkinson23, doença grave do fígado15 ou dos rins16, úlcera8, gota24, epilepsia25, níveis sangüíneos muito baixos de potássio ou de sódio ou níveis sangüíneos muito altos de cálcio.
Precauções - Recomenda-se cuidado aos pacientes que dirigem veículos ou operam máquinas, pois sua capacidade de reação pode ser afetada, especialmente no início do tratamento.
NÃO TOME REMÉDIO SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO; PODE SER PERIGOSO PARA SUA SAÚDE26.
Informações Técnicas de Higroton Reserpina
Propriedades Farmacodinâmicas de Higroton Reserpina
HIGROTON RESERPINA é uma associação de dois fármacos anti-hipertensivos com diferentes sítios de ação e efeito anti-hipertensivo mutuamente complementar. Ambas as substâncias apresentam uma ação prolongada.
A clortalidona é uma benzotiadiazina, do grupo das tiazidas, com ação diurética prolongada.
Os diuréticos27 tiazídicos atuam principalmente no túbulo contornado distal28 (porção proximal29), inibindo a reabsorção de NaCl- (por antagonizar os co-transportadores de Na+ e Cl-) e promovendo a reabsorção de Ca++ (por um mecanismo desconhecido). O aumento na liberação de sódio e de água para o túbulo coletor cortical e/ou o aumento na velocidade do fluxo levam ao aumento de secreção e excreção de K+ e H+.
Em indivíduos com função renal30 normal, a diurese31 é induzida após a administração de 12,5 mg de clortalidona. O aumento resultante da excreção urinária de sódio e cloro e o aumento, menos pronunciado, na excreção urinária de potássio dependem da dose e ocorrem tanto em pacientes normais como em pacientes edemaciados32. O efeito diurético33 se estabelece em 2 a 3 horas, atinge seu máximo após 4 a 24 horas e pode persistir por 2 a 3 dias.
A diurese31 induzida por tiazídicos leva ao decréscimo do volume plasmático, do débito cardíaco34 e da pressão arterial35 sistêmica. É possível que o sistema renina-angiotensina-aldosterona seja ativado.
Em indivíduos hipertensos, a clortalidona reduz levemente a pressão arterial35 elevada. Na administração contínua, o efeito hipotensor se mantém, provavelmente, em função da redução da resistência periférica36; o débito cardíaco34 retorna aos valores de pré-tratamento, o volume plasmático permanece um pouco reduzido e a atividade da renina plasmática pode estar elevada.
Na administração crônica, o efeito anti-hipertensivo da clortalidona depende da dose na faixa de dose entre 12,5 a 50 mg. Aumentos de dose acima de 50 mg aumentam as complicações metabólicas e raramente apresentam benefícios terapêuticos.
Assim como para outros diuréticos27, quando a clortalidona é administrada na forma de monoterapia, o controle da pressão arterial35 é alcançado em metade dos pacientes com hipertensão37 de leve a moderada.
Geralmente, idosos e negros respondem especialmente bem a diuréticos27 administrados na forma de monoterapia. Estudos randomizados em pacientes idosos demonstram que o tratamento da hipertensão37 ou, predominantemente da hipertensão37 sistólica, em pacientes idosos com baixas doses de diuréticos27 tiazídicos, inclusive clortalidona, reduz acidentes cerebrovasculares, morbidade38 e mortalidade39 cardiovascular e da artéria40 coronariana. Em adição, a perda de massa óssea em mulheres idosas foi reduzida.
O tratamento combinado com outros anti-hipertensivos, inclusive a reserpina, potencializa o efeito hipotensor. Em grande proporção de pacientes que não respondem adequadamente à monoterapia, um decréscimo adicional na pressão arterial35 pode, portanto, ser atingido.
Reserpina - A reserpina causa depleção41 de reservas de catecolaminas nas terminações nervosas simpáticas pós-ganglionares e no sistema nervoso central42. A depleção41 é seguida de uma relativa incapacidade em armazenar catecolaminas. A depleção41 de catecolaminas resulta na inibição da transmissão do impulso nervoso nas placas43 terminais do sistema nervoso44 simpático45, levando ao decréscimo do tônus simpático45 mas sem prejudicar a atividade do sistema nervoso44 parassimpático. Portanto, a reserpina reduz a pressão arterial35 elevada e a freqüência cardíaca, enquanto exerce um efeito sedativo através do sistema nervoso central42.
A reserpina também causa depleção41 de outros transmissores e co-transmissores, inclusive serotonina, dopamina46, neuropeptídeo e adrenalina47 nos neurônios48 centrais e periféricos. Esses efeitos podem contribuir também para os efeitos farmacológico e hipotensor do fármaco49.
Após administração oral da reserpina, o efeito anti-hipertensivo é gradativamente atingido, sendo atingida a resposta máxima somente após 2 a 3 semanas, sendo mantida a longo prazo.
Propriedades Farmacocinéticas de Higroton Reserpina
Clortalidona - A biodisponibilidade de uma dose oral de clortalidona é de aproximadamente 64%, atingindo o pico de concentração sangüínea após 8 a 12 horas. Para doses de 25 a 50 mg, os valores médios de cmax são 1,5 µg/ml (4,4 µmol/ml) e 3,2 µg/ml (9,4 µmol/ml), respectivamente. Para doses de até 100 mg houve um aumento proporcional na AUC. Em administrações diárias repetidas de 50 mg, a concentração plasmática média no steady-state é de 7,2 µg/ml ( 21,2 µmol/L), medida no final do intervalo de 24 horas entre as administrações, sendo atingida após 1 a 2 semanas.
Reserpina - A reserpina é rapidamente absorvida após a administração oral. Concentrações mensuráveis aparecem no plasma50 após 30 minutos. A biodisponibilidade é em torno de 50%.
Distribuição
Clortalidona - No sangue19, somente uma pequena fração de clortalidona está livre, em função de extensivo acúmulo nos eritrócitos51 e ligação às proteínas52 plasmáticas. Em função de um alto grau de ligações de alta afinidade à anidrase carbônica dos eritrócitos51, somente 1,4% da quantidade total de clortalidona no sangue19 total foi encontrada no plasma50 no steady-state durante o tratamento com 50 mg. In vitro, a taxa de ligação à proteína plasmática é de 76% e a principal proteína de ligação é a albumina53. A clortalidona atravessa a barreira placentária e passa para o leite. Em gestantes tratadas com doses diárias de 50 mg de clortalidona antes e após o parto, o nível de clortalidona no sangue19 total fetal é em torno de 15% daquele encontrado no sangue19 materno. As concentrações de clortalidona no líquido amniótico54 e no leite materno correspondem a aproximadamente 4% do nível plasmático da mãe.
Reserpina - O volume médio de distribuição da reserpina é de 9,1 ± 2,7 L/kg. No plasma50 humano, mais de 96% da reserpina se liga às proteínas52 plasmáticas (albumina53 e lipoproteínas).
Metabolismo55
Clortalidona - O metabolismo55 e a excreção na bile56 constituem vias de eliminação menos importantes. Dentro de 120 horas, cerca de 70% da dose é excretada na urina57 e nas fezes, principalmente na forma inalterada.
Reserpina - A reserpina é metabolizada parcialmente no intestino e parcialmente no fígado15, e os principais metabólitos58 são o metilreserpato e o ácido trimetoxibenzóico.
Eliminação
Clortalidona - A clortalidona é eliminada do sangue19 total e do plasma50 com uma meia-vida variável de 50 horas. A meia-vida de eliminação não se altera durante a administração crônica. A maior parte de uma dose de clortalidona absorvida é excretada pelos rins16, com um clearance renal30 médio de 60 ml/min.
Reserpina - A eliminação da reserpina e seus metabólitos58, após a administração oral, é bifásica, com valores de meia-vida de eliminação de 4,5 e 271 horas, respectivamente. A meia-vida de eliminação média da substância-mãe, reserpina, é de 33 horas. O clearance plasmático total médio é de 245 ml/min. Dentro das primeiras 96 horas após a administração oral, 8% da dose é excretada na urina57, principalmente na forma de metabólitos58 e 62% nas fezes, principalmente como reserpina inalterada.
Grupo de Pacientes Especiais de Higroton Reserpina
Pacientes idosos e pacientes com insuficiência59 renalNos pacientes idosos, a eliminação da clortalidona é mais lenta do que em indivíduos adultos jovens embora, a absorção seja a mesma. A disfunção renal30 não altera a farmacocinética da clortalidona, pois a afinidade do fármaco49 pela anidrase carbônica dos eritrócitos51 é, muito provavelmente, o fator limitante na eliminação do fármaco49 do sangue19 ou do plasma50. Não é necessário nenhum ajuste de dose para a clortalidona nos pacientes com insuficiência renal60. A reserpina é excretada mais lentamente em pacientes com insuficiência renal60, mas isso é compensado por um aumento na excreção fecal. A dose de HIGROTON RESERPINA ou o intervalo entre as doses devem, portanto, ser ajustados de acordo com as necessidades terapêuticas e a tolerabilidade, para evitar efeitos cumulativos.
Dados de segurança pré-clínica
Clortalidona Os testes para indução mutagênica em bactérias ou em células61 de mamíferos cultivadas
foram negativos. Para doses altamente citotóxicas, aberrações cromossômicas foram induzidas em cultura de células61 de ovário62 de hamster chinês. No entanto, testes para a capacidade de induzir reconstituição no DNA em hepatócitos de rato não revelaram evidência alguma de indução de lesão63 cromossômica. Portanto, os resultados dos ensaios em células61 de ovário62 de hamster chinês demonstraram que tais danos costumam originar-se mais da citotoxicidade do que da genotoxicidade. Conclui-se que a clortalidona não apresenta risco de mutagenicidade a seres humanos.
Estudos de carcinogenicidade a longo prazo não foram realizados com clortalidona.
Estudos de teratogenicidade em ratos e coelhos não revelaram qualquer potencial teratogênico64.
Reserpina
A reserpina demonstrou ser teratogênica65 após doses orais repetidas de até 2,5 mg/kg em camundongos e dose única intramuscular de até 2,0 mg/kg em ratos.
Estudos em camundongos mostraram um aumento de incidência66 de fenda palatina, possívelmente, devido a seus efeitos endócrinos. No rato, a inibição da liberação do hormonio67 luteinizante pode induzir uma interrupção da gravidez68 após tratamento da mãe nos estágios iniciais de gestação. Em porquinho-da-India, obervou-se que a reserpina inibe a função do corpo luteo.
Não foi observada evidência de atividade mutagênica nos testes microbianos (teste de Ames com S. tiphimurium e E. coli), também na presença ou ausência do sistema ativador ou em estudos com células somáticas69 de hamster chinês ou o epitélio70 germinal do rato macho.
Estudos em roedores mostram que o tratamento crônico71 com reserpina está associado com um aumento de incidência66 de fibroadenoma72 mamário em rato femea, tumores malígnos na vesícula seminal73 de camundongos machos e tumores adrenais malígnos em rato macho. Esses achados foram constatados em estudos de 2 anos, nos quais o fármaco49 foi administrado na alimentação a concentrações de 5 ppm e 10 ppm, que correspondem a cerca de 100-300 vezes a dose humana. Os neoplasmas74 de mama75 estão relacionados ao efeito da reserpina sobre o aumento de prolactina76. Não está claro em que extensão esses achados indicam risco em humanos. A possibilidade de um aumento de risco de cancer77 de mama75 nas usuárias de reserpina foi extensamente investigada, mas não foi confirmada uma associação.
Indicações de Higroton Reserpina
Contra-Indicações de Higroton Reserpina
Hipersensibilidade à reserpina ou à substâncias relacionadas, assim como à clortalidona ou a outros derivados sulfonamídicos e aos excipientes. HIGROTON
RESERPINA está contra-indicado nas seguintes condições associadas com os componentes individuais.
Clortalidona - Anúria79, insuficiência renal60 grave (clearance de creatinina80 menor do que 30 ml/min), e insuficiência hepática81 grave. Hipocalemia82 refratária ou condições que envolvam aumento da perda de potássio, hiponatremia83, hipercalcemia e hiperuricemia sintomática84 (história de gota24 ou cálculo85 por ácido úrico). Hipertensão37 na gravidez68.
Reserpina - Depressão ou história de doença depressiva, doença de Parkinson23, epilepsia25 e terapia eletroconvulsiva. Feocromocitoma86, tratamento concomitante ou recente com inibidores da MAO87. Úlcera péptica88 aguda e colite89 ulcerativa.
Precauções e Advertências de Higroton Reserpina
Advertências - Se, aparecerem sinais7 de depressão, HIGROTON RESERPINA deve ser descontinuado imediatamente, por haver risco de suicídio. A reserpina pode desencadear depressão, particularmente nos pacientes que recebem altas doses, podendo ser grave o suficiente para levar ao suicídio e podendo persistir por vários meses após a retirada do fármaco49.
HIGROTON RESERPINA deve ser usado com cautela em pacientes com a função hepática90 comprometida ou doença hepática90 progressiva, uma vez que pequenas alterações no balanço hídrico e eletrolítico causadas por diuréticos27 tiazídicos podem precipitar coma91 hepático, especialmente em pacientes com cirrose92 hepática90.
HIGROTON RESERPINA deve ser usado com cautela, também, em pacientes com doença renal30. Os tiazídicos podem precipitar azotemia nesses pacientes e os efeitos de administrações repetidas é cumulativo. ( ver Contra-indicações).
Precauções - Como todos os anti-hipertensivos, HIGROTON RESERPINA deve ser usado com cautela nos pacientes que sofrem de arteriosclerose93 coronariana ou cerebral. Em função da possibilidade de comprometimento do fluxo sangüíneo, qualquer diminuição abrupta da pressão sangüínea94 deve ser evitada.
As precauções a seguir aplicam-se aos componentes individuais e também a HIGROTON RESERPINA.
Clortalidona
Eletrólitos95 - O tratamento com diuréticos27 tiazídicos está associado com distúrbios eletrolíticos como hipocalemia82, hipomagnesemia, hipercalcemia e hiponatremia83. A hipocalemia82 pode, também, sensibilizar o coração17 ou aumentar sua resposta aos efeitos tóxicos dos digitálicos.
Como todos os diuréticos27 tiazídicos, a perda urinária de potássio induzida por clortalidona é dose-dependente e varia entre os pacientes. Com doses de 25 a 50 mg/dia, o decréscimo nas concentrações de potássio sérico é em média de 0,5 mmol/l96. Para tratamento crônico71, o potássio sérico deve ser monitorizado no início da terapia e após 3 a 4 semanas. Além disso, se o balanço de potássio não for alterado por fatores adicionais (por ex., vômito97, diarréia4, alterações da função renal30 etc), a verificação deve ser feita a cada 4 a 6 semanas.
Se necessário, a clortalidona pode ser combinada com suplementos orais a base de potássio ou com um diurético33 poupador de potássio (ex., triantereno). Em casos de tratamento combinado, o potássio sérico deve ser monitorizado. Se a hipocalemia82 é acompanhada de sinais7 clínicos ( ex., fraqueza muscular, paresia98 e alterações do ECG), a clortalidona deve ser descontinuada.
O tratamento combinado de clortalidona com sais de potássio ou diuréticos27 poupadores de potássio deve ser evitado nos pacientes que também recebem também, inibidores da enzima99 conversora de angiotensina.
Indica-se a monitorização dos eletrólitos95 séricos principalmente em idosos, aos pacientes com ascite100 causada por cirrose92 hepática90 e aos pacientes com edema101 em função de síndrome nefrótica102. Para a última condição, deve-se usar clortalidona somente nos pacientes com normocalemia, sem nenhum sinal103 de depleção41 de volume e sob rigoroso controle.
Efeitos metabólicos
A clortalidona pode elevar os níveis séricos de ácido úrico, mas crises de gota24 são raramente observados durante o tratamento crônico71.
Embora a tolerância à glicose104 possa ser adversamente afetada durante o tratamento, diabetes mellitus105 ocorre muito raramente.
Foram relatados aumentos pequenos e parcialmente reversíveis na concentração de colesterol20 total, triglicérides106 ou lipoproteína de baixa densidade nos pacientes em tratamento de longo prazo com tiazida e diuréticos27 tiazídicos. A relevância clínica desses resultados é um assunto para debate.
A clortalidona não deve ser usada como droga de primeira escolha em tratamento a longo prazo de pacientes com quadros mais pronunciados de diabetes mellitus105 ou em indivíduos que recebem medicação para hipercolesterolemia107 (dieta ou combinada).
Outros efeitos
O efeito anti-hipertensivo dos IECA é potencializado por agentes que aumentam a atividade da renina plasmática (diuréticos27). Recomenda-se que a dose de diurético33 seja reduzida ou que o mesmo seja retirado por 2 ou 3 dias e/ou que a terapia com IECA inicie-se com baixa dosagem.
Reserpina
Uma vez que a reserpina aumenta a motilidade e a secreção gastrintestinais, deve-se ter cautela quando for usada em pacientes com história de úlcera péptica88 e em pacientes com gastrite108 erosiva ou cálculo85 biliar.
Deve-se ter cautela, também, com os pacientes com insuficiência cardíaca109, infarto do miocárdio110 recente, bradicardia111 sinusal ou distúrbios de condução cardíaca.A reserpina deve ser descontinuada no mínimo 7 dias antes da administração de terapia eletroconvulsiva (para possíveis interações com fármacos de ação central, veja ítem Interações com outros medicamentos).
A retirada de reserpina antes de uma cirurgia não garante que não ocorrerá instabilidade circulatória. É importante que o anestesista saiba que o paciente está tomando a medicação para poder considerar esse fato na avaliação global, uma vez que tem ocorrido hipotensão112 em pacientes que recebem preparações à base de rauwolfia. Drogas anticolinérgicas e adrenérgicas (metaraminol, noradrenalina113) são usadas para tratamento dos efeitos adversos vagocirculatórios.
Gravidez68 e Lactação114 de Higroton Reserpina
GravidezNenhum estudo de reprodução115 animal foi conduzido com HIGROTON RESERPINA(veja em Dados de segurança pré-clínica, dos componentes), que é contra-indicado durante a gestação pelo seguinte motivo: a reserpina e a clortalidona atravessam a barreira hematoplacentária. Quando a reserpina é administrada antes do parto, pode produzir letargia116, obstrução nasal e anorexia117 no recém-nato. A clortalidona, como outros diuréticos27, pode causar hipoperfusão placentária. Os diuréticos27 tiazídicos entram na circulação118 fetal e podem causar distúrbios eletrolíticos. Tem sido relatada trombocitopenia119 neonatal com os diuréticos27 tiazídicos.
Lactação114
Tanto a clortalidona como a reserpina passam para o leite materno. Por motivo de segurança, deve-se evitar o uso em lactantes120.
Efeitos sobre a habilidade de dirigir veículos e/ou operar máquinas
HIGROTON RESERPINA pode prejudicar as reações do paciente, principalmente no início do tratamento. Assim como para outros anti-hipertensivos, os pacientes que dirigem veículos ou operam máquinas devem ser alertados.
Interações Medicamentosas de Higroton Reserpina
A administração concomitante de HIGROTON RESERPINA com outros anti-hipertensivos (ex., guanetidina, metildopa, β-bloqueadores, vasodilatadores, antagonistas do cálcio e inibidores da enzima99 conversora de angiotensina), potencializa o efeito anti-hipertensivo. Além disso, as seguintes interações podem ocorrer com os componentes individuais:
Clortalidona
Uma vez que os diuréticos27 elevam os níveis séricos de lítio, este deve ser monitorizado em pacientes em terapia com lítio e que façam uso simultâneo de clortalidona. Onde o tratamento com lítio induziu poliúria121, o diurético33 pode apresentar um efeito antidiurético paradoxal122.
Os diuréticos27 potencializam os efeitos de derivados do curare.
O efeito hipocalêmico da clortalidona pode ser aumentado pelos corticosteróides, pelo ACTH, pelos β2-agonistas, pela anfotericina e pela carbenoxolona.
Pode ser necessário ajuste de dosagem para insulina123 e para antidiabéticos orais124.
A administração concomitante de certos antiinflamatórios não-hormonais (ex., indometacina) pode diminuir a atividade diurética e anti-hipertensiva dos diuréticos27 e tem sido relatados casos isolados de deterioração da função renal30 em pacientes pré-dispostos.
A hipocalemia82 e a hipomagnesemia induzidas por tiazídicos podem favorecer a ocorrência de arritmias125 cardíacas induzidas por digitálicos.
A administração de diuréticos27 tiazídicos pode aumentar a incidência66 de reações de hipersensibilidade ao alopurinol, aumenta o risco de efeitos adversos causados por amantadine, aumenta o efeito de hiperglicemia126 do diazóxido e reduz a excreção renal30 de agentes citotóxicos127 (ciclofosfamida, metotrexato), potencializando seu efeito mielossupressor.
A biodisponibilidade dos diuréticos27 tiazídicos pode ser aumentada pelos agentes anticolinérgicos (ex., atropina, biperideno), aparentemente em função de decréscimo na motilidade gastrintestinal e na taxa de esvaziamento estomacal.
A absorção dos diuréticos27 tiazídicos é prejudicada pela presença de resinas de troca aniônica. Um decréscimo no efeito farmacológico pode ser esperado.
A administração de diuréticos27 tiazídicos com vitamina128 D ou sais de cálcio pode potencializar o aumento do cálcio sérico.
O tratamento concomitante com ciclosporina pode aumentar o risco de complicações do tipo hiperuricemia e gota24.
Reserpina
Os inibidores da MAO87 devem ser descontinuados no mínimo 14 dias antes do início do tratamento com reserpina; e o mesmo se aplica se o tratamento com reserpina for seguido de tratamento com inibidores da MAO87, uma vez que, sérias interações podem ocorrer (ex., hiperatividade, crises hipertensivas) (ver Contra-indicações).
O uso de reserpina em combinação com antiarrítmicos e digitálicos pode levar a bradicardia111 sinusal.
A reserpina potencializa a ação depressora central do álcool, dos anestésicos gerais, de alguns anti-histamínicos, dos barbituratos e dos antidepressivos tricíclicos. A reserpina diminui o efeito da levodopa. O uso simultâneo com antidepressivos tricíclicos pode diminuir o efeito anti-hipertensivo da reserpina.
A reserpina deve ser descontinuada poucos dias antes de cirurgias eletivas129, porque pode provocar queda na pressão arterial35 quando administrada com anestésicos (Ver Precauções e Advertências).
A reserpina pode potencializar o efeito da adrenalina47 e de outras substâncias simpatomiméticas e interfere com testes colorimétricos para 17 - cetosteróides e 17- hidróxi-corticosteróides na urina57, deixando os valores obtidos muito baixos.
Reações Adversas de Higroton Reserpina
Os seguintes efeitos adversos, atribuídos especificamente aos componentes individuais, podem ser observados:Estimativa de freqüência: muito raras < 0,01%; raras ? 0,01% a < 0,1%; incomuns ? 0,1% a < 1%; comuns ? 1% a < 10%; muito comuns ? 10%.
Clortalidona
Distúrbios metabólicos e eletrolíticos
Muito comuns: principalmente para altas doses: hipocalemia82, hiperuricemia e aumento dos lipídios sangüíneos.
Comuns: hiponatremia83, hipomagnesemia e hiperglicemia126.
Raras: hipercalcemia, glicosúria130, piora do estado metabólico da diabete e gota24
Muito raras: alcalose131 hipoclorêmica.
Pele1
Comuns: urticária132 e outras formas de rash133 cutâneo134.
Raras: fotossensibilização
Fígado15
Raras: colestase135 intra-hepática90 ou icterícia136.
Sistema cardiovascular137
Comuns: hipotensão112 postural, que pode ser agravada por álcool, anestésicos ou sedativos.
Raras: arritmias125 cardíacas
Sistema nervoso central42
Comuns: tonturas21.
Raras: parestesias138 e cefaléias139.
Trato gastrintestinal
Comuns: Perda do apetite e alterações gastrintestinais menores.
Raras: náuseas140 leves e vômitos141, dor gástrica, constipação142 e diarréia4.
Muito rara: pancreatite143.
Sangue19
Raros: trombocitopenia119, leucopenia144, agranulocitose145 e eosinofilia146.
Outros
Comum: impotência10.
Raras: distúrbios da visão11.
Muito raros: edema pulmonar147 idiossincrático (distúrbios respiratórios). Nefrite148 intersticial149 alérgica e vasculite150.
Reserpina
Trato gastrintestinal
Comuns: diarréia4, boca5 seca, aumento da secreção ácida gástrica, aumento na secreção de saliva.
Raras: vômito97, náusea151, aumento do apetite, úlcera péptica88.
Muito rara: hemorragia152 gastrintestinal.
Sistema cardiovascular137
Comuns: bradicardia111 sinusal, edema101.
Raras: arritmias125 cardíacas, sintomas153 sugestivos de angina154 do peito155, distúrbios posturais, hipotensão112 e fogachos.
Muito raras: perda de consciência, insuficiência cardíaca109, distúrbios cerebrovasculares.
Trato respiratório
Comuns: obstrução nasal, dispnéia156.
Muito raras: epistaxe157.
Sistema nervoso central42
Comuns: vertigens158, depressão, nervosismo, pesadelos, cansaço.
Raras: sintomas153 extrapiramidais (inclusive parkinsonismo), cefaléia159, estado de ansiedade, dificuldade de concentração, letargia116, confusão.
Muito raras: edema101 cerebral.
Sistema urogenital160
Raros: distúrbios de potência e ejaculação161.
Muito raras: disúria162, glomerulonefrite163.
Sistema endócrino164/metabolismo55.
Comum: ganho ponderal165.
Raras: aumento da secreção de prolactina76, galactorréia166, ginecomastia167.
Muito raras: ingurgitamento das mamas168.
Órgãos do sentido
Comuns: visão11 borrada, hiperemia169 conjuntival, lacrimejamento.
Muito rara: audição prejudicada.
Outros sistemas orgânicos
Raras: eczema170, prurido171, redução da libido172.
Muito raras: púrpura173, anemia174, trombocitopenia119.
Posologia de Higroton Reserpina
A dose de HIGROTON RESERPINA deve ser adaptada individualmente. O tratamento deve iniciar-se com 1/2 comprimido ao dia. Se necessário, a dose pode ser aumentada para 1 comprimido ao dia, após 2 ou 3 semanas, o que é usualmente suficiente. HIGROTON RESERPINA deve ser tomado com o auxílio de um líquido, às refeições, preferencialmente pela manhã.
Pacientes idosos e pacientes com insuficiência renal60
A dose padrão de HIGROTON RESERPINA está recomendada para pacientes175 com função renal30 normal. Em pacientes idosos, e/ou com insuficiência renal60 de leve a moderada (veja "Propriedades farmacocinéticas"), a dosagem ou e o intervalo entre as administrações devem ser ajustados cuidadosamente, de acordo com as necessidades terapêuticas e a tolerabilidade. A tiazida e os diuréticos27 tiazídicos, inclusive a clortalidona, perdem seu efeito diurético33 quando o clearance de creatinina80 é < 30 ml/min.
Crianças
Este medicamento não deve ser administrado a crianças.
Superdosagem de Higroton Reserpina
Sinais7 e sintomas153 - Na intoxicação causada por uma superdosagem de HIGROTON RESERPINA, os seguintes sinais7 e sintomas153 podem ocorrer: cefaléia159, tontura2, sonolência, diminuição da consciência, coma91, distúrbios extrapiramidais, convulsões, parestesia176 e miose177 prolongada. Náusea151, vômito97 e diarréia4 podem ocorrer. Hipotensão112 e arritmias125 cardíacas (particularmente bradicardia111 sinusal) também têm sido observadas. Depressão respiratória, distúrbios eletrolíticos, fraqueza muscular e espasmos178 (especialmente nos músculos179 da panturrilha180) e oligúria181 também podem ocorrer.
Tratamento - Indução de vômito97 ou lavagem gástrica182 e administração de carvão ativado, se o paciente estiver consciente. Na ocorrência de hipotensão112 postural, o paciente deve estar em posição apropriada, deve-se administrar um expansor plasmático e fornecer repositores eletrolíticos; se necessário, fazer uso cauteloso de substâncias vasoativas. Administrar atropina, se houver bradicardia111 grave e um agente anticolinérgico, se ocorrer diarréia4. Para combater crises epiléticas ou convulsões, administrar anticonvulsivantes, como por exemplo, diazepam em infusão e.v. lenta. Na ocorrência de depressão respiratória grave, faça respiração artificial183. Os pacientes devem permanecer sob observação cuidadosa por 72 horas, porque a reserpina exerce um efeito prolongado.
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
Reg. no MS sob nº MS-0856.0034
Resp. Téc.: Farm. Dr. José Luís M. Lopes - CRF-SP nº 11.441
Lote, data de fabricação e de validade: vide cartucho
? = Marca Registrada de CIBA-GEIGY - Basiléia,Suíça
Biogalênica Química e Farmacêutica LTDA.
Av. Ibirama 518 - complexos 441/3 - Taboão da Serra, SP
CGCMF 51.582.724/0002-02 - Indústria Brasileira
Fabricado de acordo com processo original de Ciba-Geigy S.A. - Basiléia, Suiça
São Paulo, 24 de janeiro de 1997.
18.09.96
Drª. Paulette M. Lopes Dr. José Luís M. Lopes
Representante Legal Farmacêutico Responsável
CRF-SP 11.441
Dr. José Luís M. Lopes
Representante Legal Farmacêutico Responsável
CRF-SP 11.441
HIGROTON RESERPINA - Laboratório
NOVARTIS
Av. Prof. Vicente Rao, 90 - Brooklin
São Paulo/SP
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