

Ramipril (Comprimido 5 mg)
MEDLEY FARMACÊUTICA LTDA
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Ramipril
Comprimido 5 mg
Medicamento Genérico, Lei nº 9.787, de 1999
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Comprimido simples
Embalagens com 30 ou 60 comprimidos
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO:
Cada comprimido contém:
ramipril | 5 mg |
excipientes q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: hipromelose, lactose1 monoidratada, celulose microcristalina, óxido de ferro vermelho, estearilfumarato de sódio.
INFORMAÇÕES AO PACIENTE
PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?
O ramipril é destinado ao tratamento de:
- pressão alta;
- insuficiência cardíaca congestiva2 (incapacidade do coração3 efetuar as suas funções de forma adequada);
- redução da mortalidade4 em pacientes pós-ataque cardíaco;
- tratamento de doença no glomérulo renal5 (parte do rim6) manifesta e doença no rim6 incipiente, em pacientes diabéticos ou não diabéticos;
- prevenção de ataque cardíaco, derrame7 ou morte por doença cardiovascular e redução da necessidade de realização de cirurgia para melhorar a irrigação do sangue8 do coração3, em pacientes com alto risco cardiovascular, como doenças relacionadas às veias9 ou artérias10 do coração3 manifesta (com ou sem antecedentes de ataque cardíaco), caso anterior de derrame7 ou de doenças circulatórias abaixo do pescoço11;
- prevenção de ataque cardíaco, derrame7 ou morte por doença do coração3, em pacientes diabéticos;
- prevenção da progressão de microalbuminúria12 (pequenas quantidades de proteína na urina13) e doença no rim6 manifesta.
COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?
O ramipril é um anti-hipertensivo que promove a queda dos níveis elevados da pressão arterial14 e também promove outros efeitos protetores no sistema do coração3 e circulatório. Os efeitos de ramipril são atribuídos principalmente à inibição da enzima15 conversora de angiotensina [ECA (substância do corpo humano16)].
Na maioria dos pacientes, o início do efeito anti-hipertensivo torna-se aparente após 1 ou 2 horas da administração oral de dose única, sendo que o efeito máximo é alcançado 3 a 6 horas após essa administração. A duração do efeito anti-hipertensivo de uma dose única é geralmente de 24 horas.
O efeito anti-hipertensivo máximo com a administração contínua de ramipril é geralmente observado após 3 a 4 semanas. Foi demonstrado que o efeito anti-hipertensivo é sustentado em tratamentos prolongados durante dois anos.
QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Este medicamento não deve ser utilizado nos seguintes casos:
- possuir alergia17 ao ramipril, a qualquer outro inibidor da ECA ou a qualquer um dos componentes da formulação;
- possuir histórico de angioedema18 (inchaço19 em região subcutânea20 ou em mucosas21);
- com o uso concomitante dos medicamentos sacubitril/valsartana (vide “Interações Medicamentosas”). Seu médico deve orientar quando iniciar o tratamento com ramipril, uma vez que sacubitril/valsartana não podem estar presentes no seu organismo. No caso em que ramipril seja substituído por sacubitril/valsartana, seu médico deve garantir que ramipril já tenha sido eliminado do seu corpo;
- possuir estreitamento na artéria22 do rim6 hemodinamicamente relevante (importante para a circulação23 sanguínea) bilateral ou unilateral, quando possuir apenas um rim6;
- possuir quadro de pressão arterial14 baixa ou instável;
- em pacientes com diabetes24 ou com alteração moderada a severa (clearance (eliminação) de creatinina25 < 60mL/min) da função dos rins26 que utilizam medicamentos com alisquireno;
- em pacientes com nefropatia27 diabética (doença renal28 secundária ao diabetes24) que utilizam um antagonista29 do receptor de angiotensina II (ARAII);
- durante a gravidez30.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez30.
O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Advertências
Angioedema18 de cabeça31, pescoço11 ou extremidades: Caso ocorra o desenvolvimento de angioedema18 (inchaço19 que pode envolver os lábios, a língua32, glote33 ou laringe34) durante o tratamento com ramipril, ou outros inibidores da ECA, o mesmo deve ser interrompido imediatamente e o médico contatado.
Angioedema18 intestinal: Angioedema18 intestinal tem sido relatado em pacientes tratados com inibidores da ECA. Esses pacientes se apresentaram com dor abdominal (com ou sem enjoo ou vômito35); em alguns casos também ocorreram angioedema18 facial. Os sintomas36 de angioedema18 intestinal foram resolvidos após a interrupção da administração de inibidores da ECA.
Não existem dados suficientes disponíveis sobre o uso de ramipril em crianças, pacientes com insuficiência37 severa dos rins26 e pacientes sob diálise38 (tratamento que visa repor as funções dos rins26).
É possível que haja aumento do risco de angioedema18 com o uso concomitante de outros medicamentos que possam causar angioedema18 (vide “3. Quando não devo usar este medicamento?” e “Interações Medicamentosas”).
O ramipril não representa um tratamento de escolha para hiperaldosteronismo primário (doença onde ocorre produção excessiva de aldosterona pelas glândulas39 suprarrenais).
Precauções
O tratamento com ramipril requer acompanhamento médico regular.
Duplo bloqueio do sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA): Duplo bloqueio do sistema renina-angiotensina-aldosterona por combinação de ramipril com um antagonista29 do receptor de angiotensina II (ARAII) ou com alisquireno não é recomendado tendo em vista que há um risco de aumento da hipotensão40 (pressão baixa), hipercalemia41 (nível elevado de potássio no sangue8) e alterações da função dos rins26 comparadas com a monoterapia.
O uso de ramipril em combinação com alisquireno é contraindicado em pacientes com diabetes mellitus42 ou com insuficiência renal43 (clearance de creatinina25 < 60 mL/min) (vide “3. Quando não devo usar este medicamento?” e “Interações Medicamentosas”).
O uso de ramipril em combinação com um ARAII é contraindicado em pacientes com nefropatia27 diabética (vide “3. Quando não devo usar este medicamento?”).
Monitorização da função dos rins26: Recomenda-se monitorização da função dos rins26, principalmente nas primeiras semanas de tratamento com um inibidor da enzima15 conversora de angiotensina (ECA). Uma monitorização cuidadosa é particularmente necessária em pacientes com:
- insuficiência cardíaca44;
- doença vascular45 renal28, incluindo pacientes com estenose46 unilateral (obstrução de um dos lados) de artéria renal47 hemodinamicamente relevante. Neste grupo de pacientes, mesmo um pequeno aumento da creatinina25 no sangue8 pode ser indicativo de perda unilateral da função dos rins26;
- alteração da função dos rins26 e
- transplante renal28.
Monitorização eletrolítica: Recomenda-se monitorização regular do potássio e sódio no sangue8. Em pacientes com alteração da função dos rins26, é necessária monitorização mais frequente do potássio no sangue8.
Monitorização hematológica: A contagem de leucócitos48 deve ser monitorizada para detectar uma possível leucopenia49 (redução dos glóbulos brancos no sangue8). Avaliações mais frequentes são recomendadas na fase inicial do tratamento, em pacientes com alteração da função dos rins26, naqueles com doença de colágeno50 (por exemplo: lúpus51 eritematoso52 ou esclerodermia) concomitante ou naqueles tratados com outros medicamentos que podem causar alterações no perfil hematológico (vide “8. Quais os males que este medicamento pode me causar?”).
Gravidez30 e Lactação53
Você não deve usar ramipril durante a gravidez30 (vide “3. Quando não devo usar este medicamento?”). Portanto, a possibilidade de gravidez30 deve ser excluída antes do início do tratamento. A gravidez30 deve ser evitada nos casos em que o tratamento com inibidores da ECA é indispensável.
O tratamento com ramipril deve ser interrompido, por exemplo, com a substituição por outra forma de tratamento em pacientes que pretendem engravidar.
Se a paciente engravidar durante o tratamento, o ramipril deve ser substituído assim que possível por tratamento sem inibidores da ECA. Caso contrário existe risco de dano fetal.
Devido à insuficiência37 de informações em relação ao uso de ramipril durante a amamentação54, este medicamento não é recomendado, sendo preferível um tratamento alternativo com perfis seguramente estabelecidos, principalmente em relação a recém-nascidos ou prematuros.
Populações especiais
Pacientes idosos: Alguns pacientes idosos podem reagir bem ao tratamento com inibidores da ECA. Recomenda-se avaliação da função dos rins26 no início do tratamento. Vide também “6. Como devo usar este medicamento?”.
Pacientes com sistema renina-angiotensina hiperestimulado: São recomendados cuidados especiais no tratamento de pacientes com o sistema renina-angiotensina hiperestimulado (vide “6. Como devo usar este medicamento?”). Estes pacientes estão sob risco de uma queda aguda pronunciada da pressão arterial14 e deterioração da função dos rins26 devido à inibição da ECA, especialmente quando um inibidor da ECA ou um diurético55 concomitante é administrado pela primeira vez ou é administrado em uma dose maior pela primeira vez. Em ambos os casos deve-se realizar monitorização rigorosa da pressão arterial14 até que se exclua a possibilidade de queda aguda da pressão arterial14.
A ativação significante do sistema renina-angiotensina pode ser antecipada, por exemplo:
- em pacientes com aumento severo da pressão arterial14 e, principalmente, com pressão alta maligna. A fase inicial do tratamento requer supervisão médica especial;
- em pacientes com insuficiência37 do coração3, principalmente com insuficiência37 severa ou tratados com outras substâncias que apresentam potencial anti-hipertensivo. Em caso de insuficiência37 severa do coração3, a fase inicial do tratamento requer supervisão médica especial;
- em pacientes com impedimento hemodinamicamente relevante do influxo ou do efluxo ventricular esquerdo [por exemplo: estreitamento da válvula aórtica ou da válvula mitral (válvulas do coração3)]. A fase inicial do tratamento requer supervisão médica especial;
- em pacientes com estreitamento da artéria22 do rim6 hemodinamicamente relevante. A fase inicial do tratamento requer supervisão médica especial. A interrupção do tratamento com diuréticos56 pode ser necessária. Vide subitem “Monitorização da função dos rins”;
- em pacientes pré-tratados com diuréticos56, nos quais a interrupção do tratamento ou a diminuição da dose de diurético55 não é possível, a fase inicial do tratamento requer supervisão médica especial;
- em pacientes que apresentam ou podem desenvolver deficiência hídrica ou salina (como resultado da ingestão insuficiente de sais ou líquidos, ou como resultado de diarreia57, vômito35 ou suor excessivo, nos casos em que a reposição de sal ou líquidos é inadequada).
Geralmente recomenda-se que, quadros de desidratação58, perda significativa de fluidos corpóreos ou deficiência de sal sejam corrigidos antes do início do tratamento (em pacientes com insuficiência37 do coração3, entretanto, isto deve ser cuidadosamente avaliado em relação ao risco de sobrecarga de volume). Caso esta condição torne-se clinicamente relevante, o tratamento com ramipril deve ser iniciado ou continuado somente se medidas apropriadas forem empregadas simultaneamente, prevenindo a queda excessiva da pressão arterial14 e deterioração da função dos rins26.
Pacientes com doenças do fígado59: Em pacientes com alteração da função do fígado59, a resposta ao tratamento com ramipril pode estar reduzida ou aumentada. Adicionalmente, em pacientes que apresentam alteração severa do tecido60 do fígado59 com inchaço19 e/ou acúmulo de líquidos no abdomem, o sistema renina-angiotensina pode estar significativamente ativado; portanto, estes pacientes devem ter cautela especial durante o tratamento (vide “6. Como devo usar este medicamento?”).
Pacientes com risco especial de queda acentuada da pressão arterial14: A fase inicial do tratamento requer supervisão médica especial em pacientes que apresentam risco de queda acentuada indesejável da pressão arterial14 (ex. pacientes com estreitamento de artérias10 coronarianas ou artérias10 cerebrais importantes para a circulação23 sanguínea).
Efeitos na habilidade de dirigir e usar máquinas
Algumas reações adversas (por exemplo: alguns sintomas36 de redução da pressão arterial14 como superficialização de consciência e tontura61) podem prejudicar a habilidade de concentração e reação do paciente e, portanto, constituem um risco em situações em que estas habilidades são importantes (por exemplo: dirigir veículos ou operar máquinas).
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Associações contraindicadas
O uso concomitante de inibidores da ECA com sacubitril/valsartana é contraindicado, uma vez que estes aumentam o risco de angioedema18 (vide “3. Quando não devo usar este medicamento?”).
Tratamentos extracorpóreos nos quais o sangue8 entra em contato com superfícies carregadas negativamente, como diálise38 ou filtração do sangue8 com certas membranas de alto fluxo e aferese de lipoproteínas (procedimento no qual o sangue8 é retirado de um doador, uma porção é separada e retida, e o restante é retransfundido para o doador) de baixa densidade com sulfato de dextrano: risco de reações alérgicas graves.
A administração concomitante de ramipril com medicamentos contendo alisquireno é contraindicada em pacientes com diabetes mellitus42 ou com alteração moderada a severa da função dos rins26 (vide “3. Quando não devo usar este medicamento?”).
Antagonistas do receptor de angiotensina II (ARAII)
O uso de ramipril em combinação com um ARAII é contraindicado em pacientes com nefropatia27 diabética e não é recomendado em outros pacientes (vide “3. Quando não devo usar este medicamento?”).
Associações medicamento-medicamento não recomendadas
Sais de potássio e diuréticos56 poupadores de potássio ou outros medicamentos que possam aumentar o potássio sérico: o aumento da concentração de potássio no sangue8, algumas vezes grave, pode ser antecipado. O tratamento concomitante com diuréticos56 poupadores de potássio (por exemplo: espironolactona), sais de potássio ou outros medicamentos que possam aumentar o potássio sérico requer monitorização médica rigorosa do potássio no sangue8.
Associações medicamento-medicamento que exigem precauções no uso
Agentes anti-hipertensivos (por exemplo: diuréticos56) e outras substâncias com potencial anti-hipertensivo (por exemplo: nitratos, antidepressivos tricíclicos e anestésicos): a potencialização do efeito anti-hipertensivo pode ser precipitada (em relação aos diuréticos56: vide também “4. O que devo saber antes de tomar este medicamento?”, “8. Quais os males que este medicamento pode causar?” e “6. Como devo usar este medicamento?”). Recomenda-se monitorização médica regular de sódio no sangue8 em pacientes recebendo terapia concomitante com diuréticos56.
Vasoconstritores simpatomiméticos (medicamentos que agem no processo de contração dos vasos sanguíneos62)
Podem reduzir o efeito anti-hipertensivo de ramipril. Recomenda-se monitorização médica cuidadosa da pressão arterial14.
Alopurinol, imunossupressores, corticosteroides, procainamida, citostáticos63 e outras substâncias que podem alterar o perfil sanguíneo
Aumento da probabilidade de ocorrência de reações hematológicas (vide “4. O que devo saber antes de usar este medicamento?”).
Sais de lítio: A excreção de lítio pode ser reduzida pelos inibidores da enzima15 ECA. Esta redução pode levar ao aumento dos níveis de lítio no sangue8 e ao aumento da toxicidade64 relacionada ao lítio. Portanto, seu médico deve monitorar os níveis de lítio.
Agentes antidiabéticos (por exemplo: insulina65 e derivados de sulfonilureia): Os inibidores da ECA podem reduzir a resistência à insulina66. Em casos isolados, esta redução pode causar reações hipoglicêmicas, ou seja, queda dos níveis de açúcar67 no sangue8, em pacientes tratados concomitantemente com antidiabéticos. Portanto, recomenda-se monitorização cuidadosa dos níveis de açúcar67 no sangue8 durante a fase inicial da coadministração.
Vildagliptina: Um aumento na incidência68 de angioedema18 foi reportado em pacientes utilizando inibidores da ECA e vildagliptina.
Inibidores do alvo da rapamicina em mamíferos (mTOR) (ex.: temsirolimus): Um aumento na incidência68 de angioedema18 foi observado em pacientes utilizando inibidores da ECA e inibidores de mTOR (alvo da rapamicina em mamíferos).
Inibidores da neprilisina (EPN): Foi reportado risco aumentado de angioedema18 com uso concomitante de inibidores ECA e EPN (tal como racecadotrila) (vide “4. O que devo saber antes de usar este medicamento?”).
Associações medicamento-medicamento e medicamento-substâncias químicas a serem consideradas
Anti-inflamatórios não esteroidais (por exemplo: indometacina) e ácido acetilsalicílico: A atenuação do efeito anti-hipertensivo do ramipril pode ser antecipada. Adicionalmente, o tratamento concomitante dos inibidores da ECA e anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) pode promover aumento do risco de deterioração da função dos rins26 e elevação do potássio no sangue8.
Heparina: Possível aumento da concentração de potássio no sangue8.
Álcool: Aumento da vasodilatação. O ramipril pode potencializar o efeito do álcool.
Sal: Ingestão de sal aumentada pode atenuar o efeito anti-hipertensivo de ramipril.
Terapia dessensibilizante: Apossibilidade e a gravidade das reações alérgicas graves causadas por veneno de insetos estão aumentadas com a inibição da ECA. Considera-se que este efeito também pode ocorrer com outros alérgenos69.
Medicamento-Alimento
A absorção de ramipril não é significativamente afetada por alimentos.
Medicamento-Exame laboratorial
Não há dados disponíveis até o momento sobre a interferência de ramipril em testes laboratoriais.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde70.
ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
Cuidados de conservação
Este medicamento deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C). Proteger da umidade.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas do produto
Este medicamento se apresenta na forma de comprimido oblongo, vincado em uma das faces e liso na outra, biconvexo, na cor vermelha.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Modo de Usar
O ramipril deve ser ingerido sem ser mastigado ou amassado, e com uma quantidade suficiente de líquido (aproximadamente, meio copo de água). Este medicamento pode ser ingerido antes, durante ou após as refeições, visto que sua absorção não é significativamente afetada por alimentos.
Posologia
A posologia é baseada no efeito desejado e na tolerabilidade dos pacientes ao medicamento. O tratamento com ramipril é geralmente a longo prazo. A duração do tratamento é determinada pelo médico em cada caso.
Tratamento da pressão arterial14 alta: Recomenda-se que ramipril seja administrado uma vez ao dia, iniciando-se com uma dose de 2,5 mg e, se necessário e dependendo da resposta do paciente, a dose pode ser aumentada para 5 mg em intervalos de 2 a 3 semanas.
A dose usual de manutenção é de 2,5 a 5 mg de ramipril diariamente. A dose máxima diária permitida é de 10 mg.
Ao invés de se aumentar a dose de ramipril acima de 5 mg por dia, pode-se considerar a administração adicional de um diurético55 ou de um antagonista29 de cálcio.
Tratamento da insuficiência cardíaca congestiva2: A dose inicial recomendada é de 1,25 mg de ramipril, uma vez ao dia. Dependendo da resposta do paciente, a dose pode ser aumentada. Recomenda-se que a dose, se aumentada, seja dobrada em intervalos de 1 a 2 semanas. Se a dose diária de 2,5 mg ou mais de ramipril é necessária, esta pode ser administrada em tomada única ou dividida em duas tomadas.
A dose máxima diária permitida é de 10 mg de ramipril.
Tratamento após ataque cardíaco: A dose inicial recomendada é de 5 mg de ramipril diariamente, dividida em duas administrações de 2,5 mg: uma pela manhã e outra à noite. Se o paciente não tolerar esta dose inicial, recomenda-se que a dose de 1,25 mg seja administrada duas vezes ao dia, durante dois dias.
Nos dois casos, dependendo da resposta do paciente, a dose poderá, então, ser aumentada. Recomenda-se que a dose, se aumentada, seja dobrada em intervalos de 1 a 3 dias.
Numa fase posterior, a dose diária total, inicialmente dividida, poderá ser administrada como tomada única diária. A dose máxima diária permitida é de 10 mg de ramipril.
A experiência no tratamento de pacientes com insuficiência37 severa do coração3 (NYHA IV) imediatamente após ataque cardíaco ainda é insuficiente. Se mesmo assim a decisão tomada for tratar estes pacientes, recomenda-se que a terapia seja iniciada com a menor dose diária possível, ou seja, 1,25 mg de ramipril, uma vez ao dia, e que a dose seja aumentada somente sob cuidados especiais.
Tratamento de nefropatia27 (doença no rim6) glomerular manifesta e nefropatia27 incipiente: A dose inicial recomendada é de 1,25 mg de ramipril uma vez ao dia.
Dependendo da resposta do paciente, a dose pode ser aumentada. Recomenda-se que a dose, se aumentada, seja dobrada em intervalos de 2 a 3 semanas.
A dose máxima permitida é de 5 mg ao dia.
Doses acima de 5 mg de ramipril uma vez ao dia não foram avaliadas adequadamente em estudos clínicos controlados.
Prevenção de ataque cardíaco, derrame7 ou morte por doença cardiovascular e redução da necessidade de realização de cirurgia para melhorar a irrigação do sangue8 do coração3 em pacientes com alto risco cardiovascular; prevenção de ataque cardíaco, derrame7 ou morte por doença cardiovascular em pacientes diabéticos ou prevenção da progressão de microalbuminúria12 e doença do rim6 manifesta.
Recomenda-se a administração de uma dose inicial de 2,5 mg de ramipril uma vez ao dia.
A dose deve ser gradualmente aumentada, dependendo da tolerabilidade do paciente. Após uma semana de tratamento, recomenda-se duplicar a dose para 5 mg de ramipril. Após outras três semanas, aumentar a dose para 10 mg de ramipril uma vez ao dia.
Dose usual de manutenção: 10 mg/dia de ramipril.
Doses acima de 10 mg de ramipril uma vez ao dia não foram adequadamente avaliadas em estudos clínicos controlados. Pacientes com insuficiência37 severa dos rins26 não foram adequadamente avaliados.
Risco de uso por via de administração não recomendada
Não há estudos dos efeitos de ramipril administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente pela via oral, conforme recomendado pelo médico.
Populações especiais
Em pacientes com alteração da função dos rins26, a dose inicial é geralmente de 1,25 mg de ramipril. A dose diária máxima permitida nesses pacientes é de 5 mg de ramipril.
Quando a deficiência de sal ou líquidos não for completamente corrigida, em pacientes com pressão arterial14 alta severa, assim como em pacientes nos quais um quadro de pressão arterial14 baixa constituiria um risco particular (por ex.: estreitamento relevante de artérias10 coronarianas ou cerebrais), uma dose inicial diária reduzida de 1,25 mg de ramipril deve ser considerada.
Em pacientes tratados previamente com diuréticos56, deve se descontinuar o diurético55, no mínimo, 2 a 3 dias ou mais (dependendo da duração da ação do diurético55) antes de se iniciar o tratamento com ramipril ou que seja, pelo menos, reduzida gradativamente à dose do diurético55. Geralmente, a dose inicial em pacientes tratados previamente com um diurético55 é de 1,25 mg de ramipril.
Em pacientes com insuficiência37 do fígado59, a resposta ao tratamento com ramipril pode estar tanto aumentada quanto diminuída. O tratamento com ramipril em tais pacientes deverá, portanto, ser iniciado somente sob rigorosa supervisão médica. A dose máxima diária permitida nesses pacientes é de 2,5 mg de ramipril.
Em pacientes idosos, uma dose diária inicial reduzida de 1,25 mg de ramipril deve ser considerada.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Este medicamento não deve ser mastigado.
O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Caso esqueça de administrar uma dose, administre-a assim que possível. No entanto, se estiver próximo do horário da dose seguinte, espere por este horário, respeitando sempre o intervalo determinado pela posologia. Nunca devem ser administradas duas doses ao mesmo tempo.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?
Como ramipril é um anti-hipertensivo, muitas das reações adversas são efeitos secundários à ação de redução da pressão arterial14, que resulta na contrarregulação adrenérgica (suor excessivo, pele71 úmida e fria, ansiedade, aceleração do ritmo cardíaco e palpitação72) ou hipoperfusão nos órgãos (diminuição de sangue8 nos órgãos). Numerosos outros efeitos (por exemplo: efeitos sobre o balanço eletrolítico, certas reações alérgicas graves ou reações inflamatórias das membranas mucosas21) são causados pela inibição da ECA ou por outras ações farmacológicas comuns a esta classe de fármacos.
A frequência de reações adversas é definida pela seguinte convenção:
Categoria | Frequência |
Muito comum | ≥ 10% |
Comum | ≥ 1% e < 10% |
Incomum | ≥ 0,1% e < 1% |
Raro | ≥ 0,01% e < 0,1% |
Muito raro | < 0,01% |
Desconhecida | Não pode ser estimada pelos dados disponíveis |
Dentro da frequência de cada grupamento, os efeitos indesejáveis estão descritos em ordem decrescente de gravidade.
Distúrbios cardíacos
- Incomum: isquemia73 (falta de oxigenação) no coração3 incluindo dor no peito74 ou ataque cardíaco, aceleração do ritmo cardíaco, descompasso dos batimentos do coração3, palpitações75, inchaço19 periférico.
Distúrbios do sistema sanguíneo e linfático76
- Incomum: eosinofilia77 (aumento do número de um tipo de leucócito do sangue8 chamado eosinófilo78).
- Rara: diminuição na contagem de: glóbulos brancos incluindo neutropenia79 (diminuição do número de neutrófilos80 no sangue8) ou agranulocitose81 (diminuição de alguns tipos de leucócitos48 do sangue8), hemácias82 (glóbulos vermelhos), hemoglobina83 (substância presente no glóbulo vermelho) e plaquetas84 (células85 responsáveis pela coagulação86 do sangue8).
- Não conhecido: depressão da medula óssea87, pancitopenia88 [diminuição global de elementos celulares do sangue8 (glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas84)], anemia hemolítica89 (diminuição do número de glóbulos vermelhos do sangue8 em decorrência da destruição prematura dos mesmos).
Distúrbios do sistema nervoso90
- Comum: dor de cabeça31 e tontura61 (sensação de cabeça31 leve).
- Incomum: tontura61, parestesia91 (sensação anormal como ardor92, formigamento e coceira, percebidos na pele71 e sem motivo aparente), perda ou alterações do paladar93.
- Rara: tremor, distúrbio de equilíbrio.
- Não conhecido: isquemia73 cerebral incluindo derrame7 isquêmico94 e ataque isquêmico94 transitório (derrame7 que acontece por um determinado tempo), habilidades psicomotoras prejudicadas, sensação de queimação, distúrbios do olfato.
- Incomum: humor deprimido, ansiedade, nervosismo, inquietação, distúrbio do sono incluindo sonolência. Rara: confusão.
- Não conhecido: distúrbio de atenção.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também a empresa através do seu serviço de atendimento.
Distúrbios visuais
- Incomum: distúrbios visuais incluindo visão95 borrada.
- Rara: conjuntivite96 (inflamação97 da conjuntiva98 ocular).
Distúrbios auditivos e do labirinto99
- Raro: audição prejudicada, zumbido.
Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastinais
- Comum: tosse seca não produtiva, bronquite, sinusite100, falta de ar.
- Incomum: broncoespasmo101 incluindo asma102 agravada, congestão nasal.
Distúrbios gastrointestinais
- Comum: inflamação97 no tubo digestivo, distúrbios digestivos, desconforto abdominal, má digestão103, diarreia57, enjoo, vômito35.
- Incomum: inflamação97 do pâncreas104 (casos de desfecho fatal foram muito excepcionalmente reportados com inibidores da ECA), aumento das enzimas pancreáticas, angioedema18 do intestino delgado105, dor abdominal superior incluindo gastrite106, prisão de ventre, boca107 seca.
- Rara: inflamação97 da língua32.
- Não conhecido: reações inflamatórias da cavidade oral108.
Distúrbios renais e urinários
- Incomum: insuficiência37 nos rins26 incluindo falência dos rins26 aguda, aumento da excreção urinária, piora da proteinúria109 (excreção de proteína na urina13) pré-existente, aumento da ureia110 sanguínea, aumento da creatinina25 sanguínea.
Distúrbios dermatológicos e do tecido subcutâneo111
- Comum: rash112 particularmente maculo-papular (área da pele71 avermelhada com pontinhos salientes).
- Incomum: angioedema18 com resultado fatal (possivelmente/torna-se potencialmente letal, raramente um caso severo pode evoluir para a fatalidade), coceira, excesso de suor.
- Rara: escamação da pele71, vergões vermelhos na pele71, descolamento da unha.
- Muito rara: reações de sensibilidade à luz.
- Não conhecido: necrólise epidérmica tóxica113 (grandes extensões da pele71 ficam vermelhas e morrem), síndrome de Stevens-Johnson114 (forma grave de reação alérgica115 caracterizada por bolhas em mucosas21 e grandes áreas do corpo), eritema multiforme116 (manchas vermelhas planas ou elevadas, bolhas, ulcerações117 que podem acontecer em todo o corpo), pênfigo (doença bolhosa na pele71 e membranas mucosas21), psoríase118 (inflamação97 da pele71) agravada, dermatite119 psoriasiforme (inflamação97 da pele71 com esfoliação), erupção120 cutânea121 penfigoide (bolhas nas partes móveis do corpo) ou liquenoide (inflamação97 dos vasos sanguíneos62 da pele71) ou erupção120 nas mucosas21, queda de cabelo122.
Distúrbios músculoesqueléticos e do tecido conjuntivo123
- Comum: cãibras musculares, inflamação97 dos músculos124.
- Incomum: dor em articulação125.
Distúrbios endócrinos
- Não conhecido: síndrome126 de secreção inapropriada do hormônio127 antidiurético (SIADH).
Distúrbios metabólicos e nutricionais
- Comum: aumento do potássio sanguíneo.
- Incomum: falta de apetite, diminuição do apetite.
- Não conhecido: diminuição do sódio sanguíneo.
Distúrbios vasculares128
- Comum: pressão baixa, diminuição ortostática da pressão arterial14 (distúrbio da regulação ortostática), desmaio.
- Incomum: vermelhidão.
- Rara: estreitamento vascular45, hipoperfusão, inflamação97 nos vasos sanguíneos62.
- Não conhecido: fenômeno de Raynaud129 (vasoconstrição130 que causa descoloração dos dedos das mãos131 e pés e ocasionalmente outras extremidades).
Distúrbios gerais
- Comum: dor no peito74, cansaço.
- Incomum: febre132.
- Rara: fraqueza.
Distúrbios do sistema imune133
- Não conhecido: reações alérgicas (reações alérgicas graves a veneno de insetos são aumentadas sob a inibição da ECA), aumento de anticorpos134 antinucleares.
Distúrbios hepatobiliares135
- Incomum: aumento das enzimas hepáticas136 e/ou bilirrubinas137 conjugadas.
- Rara: icterícia138 colestática (coloração amarelada da pele71 devido à deposição de pigmento biliar), dano nas células85 do fígado59.
- Não conhecido: redução grave da função do fígado59, inflamação97 do fígado59 colestática ou citolítica (com desfecho fatal muito excepcional).
Distúrbios do sistema reprodutivo e mamário
- Incomum: impotência139 erétil transitória, diminuição do desejo sexual.
- Não conhecido: crescimento das mamas140 em homens.
Distúrbios psiquiátricos
- Incomum: humor deprimido, ansiedade, nervosismo, inquietação, distúrbio do sono incluindo sonolência.
- Rara: confusão.
- Não conhecido: distúrbio de atenção.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também a empresa através do seu serviço de atendimento.
Os sintomas36 que a superdose pode causar são: dilatação excessiva dos vasos sanguíneos62 abaixo da cabeça31, com queda de pressão e choque141, diminuição da frequência cardíaca, alterações eletrolíticas e insuficiência37 dos rins26.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
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