

Clavulin BD (Comprimido) (Bula do profissional de saúde)
GLAXOSMITHKLINE BRASIL LTDA
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Clavulin® BD
amoxicilina + clavulanato de potássio
Comprimido
APRESENTAÇÕES
Clavulin® BD comprimido revestido é apresentado em embalagens com 14 ou 20 unidades.
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido revestido de Clavulin® BD contém:
amoxicilina (na forma de amoxicilina tri-hidratada) | 875 mg |
ácido clavulânico (na forma de clavulanato de potássio) | 125 mg |
excipientes q.s.p | 1 comprimido |
Excipientes: estearato de magnésio, amidoglicolato de sódio, sílica coloidal anidra, celulose microcristalina, dióxido de titânio, hipromelose, macrogol e dimeticona.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE1
INDICAÇÕES
Clavulin® BD deve ser utilizado de acordo com as diretrizes locais para prescrição de antibióticos e dados de sensibilidade.
Clavulin® BD é um agente antibiótico com espectro de ação notavelmente amplo contra os patógenos bacterianos de ocorrência comum na clínica geral e em hospitais. A ação inibitória da betalactamase do clavulanato estende o espectro da amoxicilina, abrangendo uma variedade maior de microrganismos, entre eles muitos dos que são resistentes a outros antibióticos betalactâmicos. Clavulin® BD para administração oral, duas vezes ao dia, é indicado para tratamento de curta duração de infecções2 bacterianas nos casos relacionados abaixo, quando se suspeita que a causa sejam cepas3 produtoras de betalactamase resistentes à amoxicilina (em outras situações, deve-se considerar o uso isolado da amoxicilina):
- infecções2 do trato respiratório superior (inclusive ouvido, nariz4 e garganta5), em particular sinusite6, otite média7 e tonsilite recorrente; essas infecções2 são frequentemente causadas por Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae*, Moraxella catarrhalis* e Streptococcus pyogenes;
- infecções2 do trato respiratório inferior, em particular exacerbações agudas de bronquite crônica8 (especialmente se for grave), e broncopneumonia9; essas infecções2 são frequentemente causadas por Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae* e Moraxella catarrhalis*;
- infecções2 do trato urinário10, em particular cistite11 (especialmente se for recorrente ou complicada, excluindo-se prostatite12); essas infecções2 são frequentemente causadas por Enterobacteriaceae* (sobretudo Escherichia coli*), Staphylococcus saprophyticus e espécies de Enterococcus*;
- infecções2 de pele13 e tecidos moles, em particular celulite14, mordidas de animais e abscesso15 dentário grave com celulite14 disseminada; essas infecções2 são frequentemente causadas por Staphylococcus aureus*, Streptococcus pyogenes e espécies de Bacteroides*.
* Algumas cepas3 dessas espécies de bactérias produzem betalactamase, tornando-se resistentes à amoxicilina isolada.
A sensibilidade ao Clavulin® irá variar com a região e com o tempo. Sempre que disponíveis, dados de sensibilidade locais devem ser consultados. Sempre que necessário amostragem microbiológica16 e testes de sensibilidade devem ser realizados.
As infecções2 mistas, causadas por microrganismos sensíveis à amoxicilina e por microrganismos produtores de betalactamase sensíveis a Clavulin® BD, podem ser tratadas com este produto. Essas infecções2 não devem necessitar da adição de outro antibiótico resistente às betalactamases.
RESULTADOS DE EFICÁCIA
Estudos clínicos avaliaram pacientes adultos com diagnóstico17 de infecção18 do trato respiratório superior (inclusive sinusite6 e amigdalite recorrente) ou inferior, assim como infecção18 da pele13 e do tecido subcutâneo19, e compararam a eficácia clínica e bacteriológica de Clavulin® BD e Clavulin® administrado três vezes ao dia. Não se observou nenhuma diferença significativa nas taxas de sucesso clínico e bacteriológico entre os grupos testados, em todas as indicações avaliadas. Notou-se uma pequena redução da incidência20 de diarreia21, como evento adverso, no grupo que recebeu Clavulin® BD em comparação ao que recebeu Clavulin® três vezes ao dia.
Clavulin® BD foi comparado a Clavulin® três vezes ao dia para pacientes22 pediátricos com diagnóstico17 de otite média7 aguda, amigdalite recorrente e infecção18 do trato respiratório inferior. Os resultados clínicos observados foram equivalentes entre os grupos testados. Observou-se melhor tolerabilidade a Clavulin® BD em comparação a Clavulin® administrado três vezes ao dia, especialmente com relação à incidência20 de diarreia21 (26,7% dos pacientes do grupo de Clavulin® BD versus 9,6% dos que receberam Clavulin® três vezes ao dia; p < 0,0001).
BAX, R. Development of a twice daily dosing regimen of amoxicillin/clavulanate. Int J Antimicrob Agents. 30 Suppl 2: S118-21, 2007.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades farmacodinâmicas
Código ATC J01CR02
Mecanismo de ação
Clavulin® BD contém como princípios ativos a amoxicilina, quimicamente a D-(-)-alfa-amino-p-hidroxibenzilpenicilina, e o clavulanato de potássio, sal potássico do ácido clavulânico.
A amoxicilina é um antibiótico semissintético com amplo espectro de ação antibacteriana contra muitos microrganismos gram- positivos e gram-negativos. É, no entanto, sensível à degradação por betalactamases. Portanto, o espectro de ação da amoxicilina isolada não inclui os microrganismos que produzem essas enzimas.
O ácido clavulânico é um betalactâmico, estruturalmente relacionado às penicilinas, que possui a capacidade de inativar grande variedade de enzimas betalactamases, comumente produzidas por microrganismos resistentes às penicilinas e às cefalosporinas. Tem, em particular, boa atividade contra o plasmídeo mediador das betalactamases, clinicamente importante e frequentemente responsável pela transferência de resistência à droga. É, em geral, menos eficaz contra betalactamases do tipo 1 mediadas por cromossomos23.
A presença do ácido clavulânico em Clavulin® BD protege a amoxicilina da degradação pelas enzimas betalactamases e estende de forma efetiva o espectro antibacteriano da amoxicilina por incluir muitas bactérias normalmente resistentes a ela e a outras penicilinas e cefalosporinas. Assim, Clavulin® BD possui as propriedades características de antibiótico de amplo espectro e de inibidor de betalactamase. Clavulin® BD é bactericida com relação a ampla variedade de microrganismos.
Efeitos Farmacodinâmicos
Na lista abaixo, os microrganismos foram categorizados de acordo com a sensibilidade in vitro a amoxicilina/ clavulanato.
Espécies comumente sensíveis Bactérias gram-positivas:
- aeróbias – Staphylococcus aureus (sensível a meticilina)*, Staphylococcus saprophyticus (sensível a meticilina), Staphylococcus coagulase-negativo (sensível a meticilina) Enterococcus faecalis, Streptococcus pyogenes*†, Bacillus anthracis, Listeria monocytogenes, Nocardia asteroides, Streptococcus agalactiae*†, Streptococcus spp. (outros ?-hemolíticos)*†.
- anaeróbias – Clostridium sp., Peptococcus niger, Peptostreptococcus magnus, Peptostreptococcus micros, Peptostreptococcus spp.
Bactérias gram-negativas:
- aeróbias – Bordetella pertussis, Haemophilus influenzae*, Haemophilus parainfluenzae, Helicobacter pylori, Moraxella catarrhalis*, Neisseria gonorrhoeae, Vibrio cholerae, Pasteurella multocida.
- anaeróbias – Bacteroides spp. (inclusive B. fragilis), Capnocytophaga spp., Eikenella corrodens, Fusobacterium spp. (inclusive F. Nucleatum), Porphyromonas spp. Prevotella spp.
Outras: Borrelia burgdorferi, Leptospira ictterohaemorrhagiae, Treponema pallidum.
Espécies que a resistência adquirida pode se tornar um problema Bactérias gram-negativas:
- Aeróbias: Escherichia coli*, Klebsiella oxytoca, Klebsiella pneumoniae*, Klebsiella spp., Proteus mirabilis, Proteus vulgaris, Proteus spp., Salmonella spp., Shigella spp.
Bactérias gram-positivas:
- Aeróbias: Corynebacterium sp., Enterococcus faecium, Streptococcus pneumoniae*†, Streptococcus do grupo Viridans.
Organismos inerentemente resistentes Bactérias gram-negativas:
- Aeróbias: Acinetobacter spp., Citrobacter freundii, Enterobacter spp., Hafnia alvei, Legionella pneumophila, Morganella morganii, Providencia spp., Pseudomonas spp., Serratia spp., Stenotrophomas maltophilia, Yersinia enterolitica
Outras: Chlamydia pneumoniae, Chlamydia psittaci, Chlamydia spp. , Coxiella burnetti, Mycoplasma spp.
* a eficácia clínica de amoxicilina-ácido clavulânico foi demonstrada em estudos clínicos
† microrganismos que não produzem betalactamases. Se um microrganismo isolado é sensível a amoxicilina, pode ser considerado sensível a Clavulin®.
Propriedades farmacocinéticas
– Absorção
Os dois componentes de Clavulin® BD, a amoxicilina e o ácido clavulânico, são totalmente solúveis em solução aquosa com pH fisiológico24. Ambos são rapidamente e bem absorvidos, por administração via oral.
Os valores médios de AUC da amoxicilina são essencialmente os mesmos após a administração de duas doses diárias do comprimido de 875 mg ou a administração de três doses diárias do comprimido de 500 mg para adultos. Não se observa nenhuma diferença entre os esquemas posológicos de 875 mg (duas vezes ao dia) e de 500 mg (três vezes ao dia) quando se compara o T1/2 ou a Cmáx da amoxicilina após normalização nas diferentes doses administradas. De forma similar, não se observa nenhuma diferença nos valores de T1/2, Cmáx ou AUC do clavulanato após normalização apropriada da dose.
Realizaram-se estudos farmacocinéticos com crianças, e um deles comparou a administração de Clavulin® BD três vezes ao dia com a de duas vezes ao dia. Os dados obtidos indicam que a farmacocinética de eliminação observada em adultos também se aplica a crianças com função renal25 madura.
A hora da administração de Clavulin® BD em relação ao início da refeição não tem efeitos marcantes sobre a farmacocinética da amoxicilina em adultos. Em um estudo sobre o comprimido de 875 mg, a hora da administração em relação à ingestão no início da refeição teve efeito marcante sobre a farmacocinética do clavulanato. Com relação a AUC e Cmáx do clavulanato, os valores médios mais altos e as menores variabilidades interpacientes foram atingidos administrando-se Clavulin® BD no início da refeição em comparação ao estado de jejum ou ao período de 30 ou 150 minutos após o início da refeição.
Os valores médios de Cmáx, Tmáx, T1/2 e AUC da amoxicilina e do ácido clavulânico são apresentados abaixo e se referem a uma dose de 875/125 mg de amoxicilina/ácido clavulânico administrada no início da refeição.
Parâmetros farmacocinéticos médios |
|
||||
Administração do fármaco26 Clavulin® BD |
Dose |
Cmáx |
Tmáx* |
AUC |
T1/2 |
amoxicilina |
875 mg |
12,4 |
1,5 |
29,9 |
1,36 |
ácido clavulânico |
125 mg |
3,3 |
1,3 |
6,88 |
0,92 |
* Valores médios.
As concentrações séricas da amoxicilina atingidas com Clavulin® BD são similares às produzidas pela administração oral de doses equivalentes de amoxicilina isolada.
Distribuição
Após administração intravenosa, as concentrações terapêuticas da amoxicilina e do ácido clavulânico podem ser detectadas nos tecidos e no fluido intersticial27. As concentrações terapêuticas das duas drogas foram encontradas na vesícula biliar28, no tecido29 abdominal, na pele13, na gordura30 e nos tecidos musculares; os fluidos que têm níveis terapêuticos incluem o sinovial e o peritoneal, a bile31 e o pus32.
Nem a amoxicilina nem o ácido clavulânico possuem alta ligação a proteínas33; estudos demonstram que cerca de 25% do ácido clavulânico e de 18% da amoxicilina do teor total da droga no plasma34 são ligados a proteínas33. Pelos estudos feitos com animais, não há evidências sugestivas que nenhum dos componentes se acumule nos órgãos.
A amoxicilina, como a maioria das penicilinas, pode ser detectada no leite materno. Traços de clavulanato também podem ser detectados.
Estudos sobre reprodução35 em animais demonstraram que a amoxicilina e o ácido clavulânico penetram na barreira placentária. No entanto, não se detectou nenhuma evidência de comprometimento da fertilidade nem de dano ao feto36.
Metabolismo37
A amoxicilina também é parcialmente eliminada pela urina38, como ácido peniciloico inativo, em quantidades equivalentes à proporção de 10% a 25% da dose inicial. O ácido clavulânico é extensivamente metabolizado no homem para 2,5-di-hidro-4-(2-hidroxietil)-5- oxo-1H-pirol-3-ácido carboxílico e 1-amino-4-hidroxibutano-2-ona e eliminado pela urina38, pelas fezes e, como dióxido de carbono, no ar expirado.
Eliminação
Como outras penicilinas, a principal via de eliminação da amoxicilina se dá através dos rins39, enquanto a eliminação do clavulanato se processa por mecanismos renais e não renais.
Aproximadamente 60% a 70% da amoxicilina e 40% a 65% do ácido clavulânico são excretados de forma inalterada pela urina38 durante as primeiras 6 horas após a administração da dose única de um comprimido.
O uso concomitante de probenecida retarda a excreção de amoxicilina, mas não a excreção renal25 de ácido clavulânico (ver Interações Medicamentosas).
CONTRAINDICAÇÕES
Clavulin® BD é contraindicado para pacientes22 com hipersensibilidade a betalactâmicos, como penicilinas e cefalosporinas. Clavulin® BD é também contraindicado para pacientes22 com histórico prévio de icterícia40/disfunção hepática41 associadas a seu uso ou ao uso de penicilina.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Antes de iniciar o tratamento com Clavulin® BD, deve-se fazer uma pesquisa cuidadosa sobre reações prévias de hipersensibilidade a penicilinas e cefalosporinas ou a outros alérgenos42.
Há relatos de reações de hipersensibilidade graves e ocasionalmente fatais (incluindo reações adversas severas anafilactoides e cutâneas43) em pacientes que receberam tratamento com penicilina. Essas reações ocorrem, mais provavelmente, em indivíduos com história de hipersensibilidade à penicilina (ver Contraindicações). Se uma reação alérgica44 ocorrer, a terapia com Clavulin® deve ser descontinuada e uma terapia alternativa apropriada deve ser estabelecida. Reações anafiláticas45 sérias requerem tratamento emergencial imediato com adrenalina46. Pode ser requerido também tratamento com oxigênio, esteroides intravenosos (I.V.), e gerenciamento das vias aéreas (incluindo intubação).
Deve-se evitar o uso de Clavulin® em pacientes sob suspeita de mononucleose47, uma vez que a ocorrência de rash48 cutâneo49 de aspecto morbiliforme tem sido associada à amoxicilina.
O uso prolongado pode ocasionalmente resultar em crescimento excessivo de microrganismos não sensíveis.
Foi relatada colite50 pseudomembranosa com o uso de antibióticos, que pode ter gravidade variada entre leve e risco à vida. Portanto, é importante considerar o diagnóstico17 de doentes que desenvolvam diarreia21 durante ou após o uso de antibióticos. Se ocorrer diarreia21 prolongada ou significativa, ou o paciente sentir cólicas51 abdominais, o tratamento deve ser interrompido imediatamente e a condição do paciente investigada.
Houve relatos raros de prolongamento anormal do tempo de protrombina52 (e aumento da razão normalizada internacional, INR) em alguns pacientes que receberam tratamento com Clavulin® BD e anticoagulantes53 orais. Deve-se fazer monitoramento apropriado quando anticoagulantes53 forem prescritos para uso concomitante. Podem ser necessários ajustes de dose do anticoagulante54 oral para manter o nível desejado de anticoagulação.
Observaram-se alterações nos testes de função hepática41 em alguns pacientes sob tratamento com Clavulin® BD. A significância clínica dessas alterações é incerta, mas Clavulin® BD deve ser usado com cautela em pacientes que apresentam evidências de disfunção hepática41.
Houve relatos raros de icterícia40 colestática, que pode ser grave, mas geralmente é reversível. Os sinais55 e sintomas56 talvez não se manifestem no período de até seis semanas após a interrupção do tratamento.
Para os pacientes com insuficiência renal57, deve-se ajustar a dosagem de Clavulin® BD de acordo com o grau de disfunção (ver Posologia e Modo de Usar).
Nos pacientes que apresentaram redução da diurese58, raramente se observou cristalúria, que ocorreu sobretudo com terapia parenteral. Durante a administração de altas doses de amoxicilina, é recomendável que se mantenha ingestão adequada de líquidos para reduzir a possibilidade de cristalúria associada à amoxicilina (ver Superdose).
Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e de operar máquinas
Não se observaram efeitos adversos sobre a capacidade de dirigir veículos e de operar máquinas.
Gravidez59 e lactação60
Estudos sobre reprodução35 em animais (camundongos e ratos) nos quais Clavulin® BD foi administrado por via oral e parenteral não demonstraram efeitos teratogênicos61. Em um único estudo, feito em mulheres que haviam tido parto prematuro com ruptura precoce da bolsa amniótica62, relatou-se que o uso profilático de Clavulin® BD pode estar associado ao aumento do risco de o neonato63 apresentar enterocolite necrotizante.
Como ocorre com todos os medicamentos, o uso de Clavulin® BD deve ser evitado na gravidez59, especialmente durante o primeiro trimestre, a menos que o médico o considere essencial.
Clavulin® BD pode ser administrado durante o período de lactação60. Com exceção do risco de sensibilidade associado à excreção de pequenas quantidades da droga no leite materno, não há efeitos nocivos conhecidos para o bebê lactente64.
Categoria B de risco na gravidez59. Não há estudos adequados em mulheres. Em experiência em animais não foram encontrados riscos, mas foram encontrados efeitos colaterais65 que não foram confirmados nas mulheres, especialmente durante o último trimestre de gravidez59.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
O uso concomitante de probenecida não é recomendável. A probenecida diminui a secreção tubular renal25 da amoxicilina. O uso concomitante com Clavulin® BD pode resultar em aumento e prolongamento dos níveis da amoxicilina no sangue66, mas não do ácido clavulânico.
O uso concomitante de alopurinol durante o tratamento com amoxicilina pode aumentar a probabilidade de reações alérgicas da pele13. Não há dados sobre o uso concomitante de Clavulin® BD e alopurinol.
Tal como ocorre com outros antibióticos, Clavulin® BD pode afetar a flora intestinal, levando à menor reabsorção de estrógenos e reduzindo, assim, a eficácia de contraceptivos orais combinados.
Há, na literatura, raros casos de aumento da INR em pacientes em uso de acenocumarol ou varfarina que recebem um ciclo de tratamento com amoxicilina. Se a coadministração for necessária, o tempo de protrombina52 e a INR devem ser cuidadosamente monitorados com adição ou retirada de Clavulin® BD.
Em pacientes que receberam micofenolato de mofetila, foi relatada uma redução na concentração do metabólito67 ativo ácido micofenólico de cerca de 50% após o início do uso de amoxicilina + ácido clavulânico por via oral. A mudança no nível pré-dose pode não representar com precisão alterações na exposição geral ao MPA.
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Cuidados de armazenamento
O medicamento deve ser mantido na embalagem original, ao abrigo da umidade e em temperatura ambiente (entre 15ºC e 30ºC). O prazo de validade é de 24 meses a partir da data de fabricação, impressa na embalagem externa do produto.
Apenas remova o envelope para o uso do produto. Os comprimidos devem ser utilizados em até 14 dias após a abertura do envelope.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Aspecto físico/características organolépticas
Comprimido revestido branco, com forma alongada e uma fenda vertical em um dos lados. Pode conter gravação.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças. Após aberto, válido por 14 dias.
POSOLOGIA E MODO DE USAR
Modo de usar
Uso oral
Os comprimidos devem ser engolidos inteiros, sem mastigar. Se necessário, podem ser partidos pela metade e engolidos, mas não mastigados.
Para minimizar uma potencial intolerância gastrintestinal, deve-se administrar o medicamento no início da refeição. A absorção de Clavulin® BD é ideal quando a administração se dá no início da refeição.
Posologia
Um comprimido de Clavulin® BD 875 mg duas vezes ao dia.
Pacientes com insuficiência renal57
Para pacientes22 com TFG ≥ 30 mL/min, nenhum ajuste de dosagem é necessário. Para pacientes22 com TFG <30 mL/min, Clavulin® BD não é recomendável.
Pacientes com insuficiência hepática68
Administrar com cautela e monitorar a função hepática41 em intervalos regulares. No momento, as evidências são insuficientes para servir como base de uma recomendação de dosagem.
A duração do tratamento deve ser apropriada para a indicação e não se deve exceder 14 dias sem revisão. O tratamento pode ter início por via parenteral e continuar com uma preparação oral.
REAÇÕES ADVERSAS
As reações indesejáveis e sua frequência foram definidas com base em dados de estudos clínicos com grande número de pacientes. Do levantamento desses dados, chegou-se às reações classificadas como muito comuns a raras. Já a frequência de todas as outras reações (isto é, daquelas que ocorreram em nível menor que 1/10.000) foi medida principalmente no período de pós-comercialização, de acordo com a taxa de relatos, e não corresponde à frequência real.
Utilizou-se a seguinte convenção para classificar as reações de acordo com a frequência. muito comuns (>1/10), comuns (>1/100 e <1/10), incomuns (>1/1.000 e <1/100), raras (?1/10.000 e <1/1.000) e muito raras (<1/10.000).
Reação muito comum (≥1/10): diarreia21 (em adultos)
Reações comuns (>1/100 e <1/10)
- candidíase69 mucocutânea
- náusea70 e vômito71 (em adultos)*
- diarreia21, náusea70 e vômitos72 (em crianças)*
Reações incomuns (≥1/1.000 e </100)
- vertigem73 e cefaleia74
- indigestão
- aumento moderado de AST ou ALT em pacientes sob tratamento com antibióticos betalactâmicos**; o significado desse achado ainda não está claro
- rash48 cutâneo49, prurido75 e urticária76 (se ocorrer qualquer reação de hipersensibilidade, o tratamento deve ser descontinuado)
Reações raras (≥1/10.000 e <1/1.000)
- leucopenia77 reversível (inclusive neutropenia78 grave ou agranulocitose79) e trombocitopenia80
- eritema multiforme81 (se ocorrer qualquer reação de hipersensibilidade, o tratamento deve ser descontinuado)
Reações muito raras (<1/10.000)
- agranulocitose79 reversível e anemia hemolítica82, prolongamento do tempo de sangramento e do tempo de protrombina52
- edema angioneurótico83, anafilaxia84, vasculite85 por hipersensibilidade e doença do soro86
- hiperatividade reversível e convulsões (estas podem ocorrer em pacientes com função renal25 prejudicada ou naqueles que recebem altas dosagens)
- colite50 associada a antibióticos (inclusive colite50 pseudomembranosa e hemorrágica87) (ver Advertências e Precauções)
- hepatite88 e icterícia40 colestática** (esses eventos também ocorrem com outras penicilinas ou cefalosporinas)
- síndrome89 de Stevens-Johnsons, necrose90 epidérmica tóxica, dermatite91 bolhosa e exfoliativa, exantema92 pustuloso generalizado agudo93 (se ocorrer qualquer reação de hipersensibilidade, o tratamento deve ser descontinuado) e reações do medicamento com eosinofilia94 e sintomas56 sistêmicos95 (DRESS)
- nefrite96 intersticial27 e cristalúria (ver Superdose)
- língua97 pilosa negra
*A náusea70 está mais associada com altas dosagens orais; se forem evidentes, as reações gastrintestinais podem ser reduzidas administrando-se Clavulin® BD no início de uma refeição.
** Houve relatos de eventos hepáticos, predominantemente em pacientes homens e idosos, e esses eventos podem estar associados a tratamentos prolongados. Esses eventos são muito raros em crianças.
Os sinais55 e sintomas56 de toxicidade98 hepática41 usualmente ocorrem durante ou logo após o tratamento, mas em alguns casos podem não se tornar aparentes até várias semanas após sua interrupção, sendo normalmente reversíveis. Os eventos hepáticos podem ser graves, e em circunstâncias extremamente raras houve relatos de mortes. Elas ocorreram quase sempre entre pacientes com grave doença subjacente ou que usavam concomitantemente medicações com conhecido potencial para causar efeitos hepáticos indesejáveis.
Em casos de eventos adversos, notifique-os ao sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em portal.anvisa.gov.br/notivisa, ou à Vigilância Estadual ou Municipal.
SUPERDOSE
É pouco provável que ocorram problemas causados por superdosagem de Clavulin® BD. Caso sintomas56 gastrintestinais e distúrbios do balanço hidroeletrolítico99 se tornem evidentes, deve-se instituir tratamento sintomático100, com atenção para o balanço de água/eletrólitos101.
Clavulin® BD pode ser removido da circulação102 por hemodiálise103. Observou-se cristalúria associada ao uso de amoxicilina.
Em caso de intoxicação, ligue para 0800 722 6001 se você precisar de mais orientações.
Informações adicionais
A resistência a muitos antibióticos é causada por enzimas bacterianas que destroem o antibiótico antes que ele possa agir sobre o patógeno. O clavulanato existente na fórmula de Clavulin® BD antecipa esse mecanismo de defesa bloqueando as enzimas betalactamases e permitindo, dessa forma, a neutralização dos microrganismos sensíveis ao rápido efeito bactericida da amoxicilina em concentrações prontamente atingidas no corpo.
O clavulanato isolado possui baixa atividade antibacteriana; entretanto, em associação com a amoxicilina, como em Clavulin® BD, ele produz um agente antibiótico de amplo espectro e de larga aplicação em hospitais e na clínica geral.
A farmacocinética dos dois componentes de Clavulin® BD é quase equivalente. O pico dos níveis séricos das duas substâncias ocorre cerca de 1 hora após a administração oral.
A absorção de Clavulin® BD torna-se ideal no início da refeição. Tanto o clavulanato quanto a amoxicilina têm baixos níveis de ligação sérica; cerca de 70% permanecem livres no soro86.
A duplicação da dosagem de Clavulin® BD pode aumentar os níveis séricos a valores proporcionalmente mais altos.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.
SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA
MS. 1.0107.0076
Farm. Resp.: Edinilson da Silva Oliveira
CRF-RJ no 18875
Fabricado por:
SmithKline Beecham Pharmaceuticals Clarendon Road, West Sussex, Worthing – Inglaterra
Registrado e Importado por:
GlaxoSmithKline Brasil Ltda.
Estrada dos Bandeirantes, 8464, Rio de Janeiro, RJ
C.N.P.J.: 33.247.743/0001-10
SAC 0800 701 22 33
