

Celestone Soluspan (Bula do profissional de saúde)
COSMED INDUSTRIA DE COSMETICOS E MEDICAMENTOS S.A.
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Celestone® Soluspan
acetato de betametasona + fosfato dissódico de betametasona
Suspensão injetável
APRESENTAÇÃO
Suspensão injetável
Embalagem contendo 1 ampola de 1 mL
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO: INJETÁVEL (INTRAMUSCULAR, INTRA-ARTICULAR, PERIARTICULAR, INTRABÚRSICA, INTRADÉRMICA, INTRALESIONAL1 E EM TECIDOS MOLES)
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 15 ANOS
COMPOSIÇÃO
Cada mL da suspensão injetável contém:
acetato de betametasona | 3 mg |
fosfato dissódico de betametasona (equivalente a 3mg de betametasona) | 3,945 mg |
veículo q.s.p | 1 mL |
(fosfato de sódio dibásico, fosfato de sódio monobásico, edetato dissódico, cloreto de benzalcônio e água).
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE2:
INDICAÇÕES
Celestone® Soluspan é indicado para a terapia de doenças de intensidade moderada a grave, doenças agudas e crônicas autolimitadas, responsivas aos corticosteroides sistêmicos3, sendo especialmente útil em pacientes que não podem usar este tipo de medicamento por via oral. Os corticosteroides são medicamentos adjuvantes e não substitutivos da terapia convencional4.
As vias de administração recomendadas são:
- Intramuscular em afecções5 alérgicas, dermatológicas, reumáticas e outras responsivas aos corticosteroides sistêmicos3, incluindo bursite6;
- Injeção7 direta nos tecidos moles em bursites e afecções5 inflamatórias associadas aos tendões8 (tenossinovite) e aos músculos9 (fibrosite e miosite);
- Intra e periarticular em artrite reumatoide10 e osteoartrite11;
- Intralesional1 em diversas afecções5 dermatológicas;
- Injeção7 local em algumas afecções5 inflamatórias dos pés.
Afecções5 osteoarticulares: osteoartrite11 pós-trauma, sinovite12 osteoartrítica, artrite reumatoide10, bursite6 aguda e subaguda13, epicondilite, tenossinovite aguda inespecífica, miosite, fibrosite, tendinite14, artrite15 gotosa aguda, artrite15 psoriásica, dor lombar, ciática, coccigodinia, torcicolo16, cisto ganglionar.
Doenças do colágeno17: lúpus18 eritematoso19 sistêmico20, escleroderma, dematomiosite.
Estados alérgicos: estado de mal asmático, asma21, rinite22 alérgica sazonal ou perene, bronquite alérgica grave, dermatite23 de contato, dermatite23 atópica, reação de hipersensibilidade a fármacos e a picadas de insetos.
Afecções5 dermatológicas: lesões24 hipertróficas, localizadas e infiltradas de líquen plano, placas25 psoriásicas, granuloma26 anular e neurodermatite (líquen simples crônico27), queloides, lúpus18 eritematoso19 discoide, necrobiose lipoídica diabeticorum, alopecia areata28.
Afecções5 no pé: bursite6 sob calo29 durum, calo29 mole e esporão do calcâneo30; bursite6 sobre hálux31 rigidus e sobre digiti quinti varus; cisto sinovial; tenossinovite; periostite do cuboide; artrite15 gotosa aguda e metatarsalgia.
Uso antes do parto na prevenção da síndrome32 da angústia respiratória em prematuros: quando se torna necessária a indução do trabalho de parto antes da 32ª semana de gestação, ou quando o nascimento antes desta semana se toma inevitável devido a complicações obstétricas, recomenda-se a administração de 2mL (12mg) de Celestone® Soluspan por via intramuscular pelo menos 24 horas antes da hora prevista do parto. Uma segunda dose (2mL) deve ser administrada após 24 horas, caso o parto não tenha ocorrido.
Celestone® Soluspan também pode ser usado como tratamento profilático caso o feto33 apresente baixo índice de lecitina/esfingomielina (ou teste de estabilidade de espuma diminuído no líquido amniótico34). O esquema posológico recomendado é o mesmo descrito acima.
Os corticosteroides não estão indicados no tratamento da síndrome32 da membrana hialina após o nascimento.
Doenças neoplásicas35: Celestone® Soluspan é indicado no tratamento paliativo36 de leucemias e linfomas em adultos e leucemia37 aguda em crianças.
RESULTADOS DE EFICÁCIA
Indução de maturação pulmonar em prematuros
Liggins e Howie publicaram em 1972 o primeiro estudo randomizado38 que mostrou benefício do uso da betametasona para induzir maturação pulmonar em prematuros. 282 gestantes na quais havia ameaça ou programação de parto antes de 39 semanas de idade gestacional foram randomizadas para receber betametasona ou placebo39 na admissão hospitalar motivada pelo parto prematuro. Não foi observado nenhum caso de óbito40 por doença da membrana hialina ou hemorragia41 intraventricular nos recém-nascidos das mães que haviam recebido betametasona pelo menos 24 horas antes do parto, enquanto no grupo controle houve 6 óbitos perinatais por doença da membrana hialina e 4 por hemorragia41 intraventricular. A síndrome32 de angústia respiratória do recém-nascido acometeu 9% dos recém-nascidos de mães do grupo betametasona e 25,8% dos recém-nascidos de mães do grupo controle (p= 0,003). Analisando os subgrupos, os autores concluíram que esta diferença advinha dos bebês42 com menos de 32 semanas de idade gestacional que tinham recebido betametasona pelo menos 24 h antes do parto (11,8% dos recém-nascidos do grupo betametasona contra 69,9% do grupo controle (p =0,02).1
Roberts e Dalzier publicaram uma extensa revisão no Cochrane Database of Systematic Reviews em 2006, sobre o tema “corticosteroides ante natais para acelerar a maturação fetal em mulheres com risco de parto prematuro”. A meta-análise incluiu 3.885 gestantes e 4.269 recém-nascidos, sendo que 2.476 gestantes e 2.737 recém -nascidos foram expostos à betametasona. Os autores concluíram que o tratamento ante natal com corticosteroides não aumentou a mortalidade43 materna ou o risco de corioamnionite ou sepse44 puerperal e que se acompanhou de redução de mortalidade43 neonatal (risco-relativo [RRJ 0,69; intervalo de confiança [IC] 95% 0,58-0,81, 18 estudos, 3.956 bebês42), síndrome32 da angústia respiratória do recém-nascido (RR 0,66; IC95%0,59-0,73, 21 estudos, 4.038 bebês42), hemorragia41 intraventricular (RR 0,54; IC95% 0,43-0,69, 13 estudos, 2.872 bebês42) , enterocolite necrotizante (RR 0,46; IC95% 0,29-0,74, oito estudos, 1.675 bebês42), necessidade de assistência ventilatória e admissões em UTI (RR 0,80; IC95% 0,65 0,99, dois estudos, 277 bebês42) e infecções45 sistêmicas nas primeiras 48 horas de vida (RR 0,56; IC95% 0,38-0,85, cinco estudos; 1.319 bebês42). Os autores concluíram que um curso ante natal de corticosteroide para acelerar a maturação pulmonar do recém-nascido é seguro e eficaz e deveria ser considerado como rotina para o manejo do parto prematuro, com poucas exceções aplicáveis.2
Inflamação46 de tecidos moles e dor inflamatória aguda
Shbeeb e cols. realizaram um estudo aberto para avaliar a eficácia da betametasona em única aplicação na bursa intratrocantérica em 75 pacientes com diagnóstico47 de bursite6. Os pacientes foram divididos em grupos, e cada grupo recebeu uma dose de betametasona (6, 12 ou 24mg) junto com 4mL de lidocaína 1%. A reavaliação através de questionários padronizados nas semanas 1, 6 e 24 após o procedimento evidenciou presença de resposta clínica em 77,1%, 68,8% e 61,3% dos pacientes, respectivamente. A análise dos grupos mostrou que aqueles que receberam doses maiores tinham maior alívio da dor (p = 0,0123). Os autores concluíram que a injeção7 local de betametasona permite alívio prolongado de dor em pacientes com bursite6 trocantérica.3
Referências Bibliográficas:
- Liggins GC, Howie RN. A controlled trial of antepartum glucocorticoid treatment for prevention of the respiratory distress syndrome in premature infants. Pediatrics. 1972;50(4):515-25.
- Roberts D, Dalziel S. Antenatal corticosteroids for accelerating fetal lung maturation for women at risk of preterm birth. Cochrane Database Syst Rev. 2006; 3:CD004454.
- Shbeeb MI, O'Duffy JD, Michel Jr CJ, et al. Evaluation of glucocorticosteroid injection for the treatment of trochanteric bursitis. J Rheumatol. 1996; 23(12):2104-6.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Celestone® Soluspan é uma associação de ésteres solúveis e pouco solúveis de betametasona que produz potentes efeitos anti-inflamatórios, antirreumáticos e antialérgicos no tratamento de afecções5 responsivas aos corticosteroides. A atividade terapêutica48 imediata é obtida pelo fosfato dissódico de betametasona, que é rapidamente absorvido após a administração. A manutenção da atividade é devida ao acetato de betametasona, que, por ser pouco solúvel, é absorvido lentamente, controlando os sintomas49 de forma prolongada.
Os glicocorticoides, como a betametasona, causam diversos e intensos efeitos metabólicos, modificando a resposta imunológica orgânica a diversos estímulos. A betametasona possui alta atividade glicocorticoide e baixa atividade mineralocorticoide50. Os glicocorticoides são esteroides adrenocorticais que são prontamente absorvidos a partir do trato gastrintestinal.
O início da ação de Celestone® Soluspan ocorre 30 minutos após sua administração, podendo seu efeito manter-se por até 4 semanas.
CONTRAINDICAÇÕES
Celestone® Soluspan é contraindicado em pacientes com infecções45 sistêmicas por fungos, em pacientes com hipersensibilidade ao acetato de betametasona e ao fosfato dissódico de betametasona, outros corticosteroides ou qualquer componente deste produto. O uso concomitante de corticosteroide e vacina51 contra rotavírus aumenta o risco de infecção52 pela vacina51 de vírus53 vivo.
Os corticosteroides não estão indicados no tratamento profilático da síndrome32 da membrana hialina em prematuros, e não devem ser administrados a grávidas com pré-eclâmpsia54, eclampsia55 ou sinais56 de lesão57 placentária.
Preparações de corticosteroides intramusculares são contraindicadas em casos de púrpura58 trombocitopênica idiopática59.
Este medicamento é contraindicado para menores de 15 anos.
Celestone® Soluspan NÃO deverá ser usado por via intravenosa ou subcutânea60.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Técnica asséptica rigorosa é essencial para o uso de Celestone® Soluspan.
Celestone® Soluspan contém dois ésteres de betametasona, um dos quais o fosfato dissódico de betametasona, é rapidamente absorvido após a injeção7. O potencial para efeito sistêmico20 produzido por esta fração solúvel do produto deve ser considerado pelo médico quando da sua utilização.
A administração de corticosteroides por via intramuscular deve ser profunda e em músculos9 grandes para evitar atrofia61 do tecido62. A administração intra-articular, intralesional1 e em tecidos moles pode produzir efeitos tanto locais quanto sistêmicos3.
Para se excluir a possibilidade de processos infecciosos, é necessária a realização de exame do líquido sinovial63. A injeção7 local em uma articulação64 infectada deve ser evitada. Um marcado aumento da dor e inchaço65 local, restrição de movimento articular, febre66 e mal-estar sugerem a presença de artrite15 infecciosa. Caso a infecção52 se confirme, um tratamento antimicrobiano adequado deverá ser instituído.
Não se deve injetar corticosteroides em articulações67 instáveis, regiões infectadas e espaços intervertebrais. Injeções repetidas em articulações67 com osteoartrite11 podem aumentar a destruição articular. Deve-se evitar as injeções com corticosteroides diretamente nas substâncias dos tendões8 devido a relatos de rupturas tardias do tendão68.
Após terapia corticosteroide intra-articular, cuidados devem ser tomados pelo paciente para evitar o uso excessivo da articulação64 no qual o efeito benéfico tenha sido obtido.
Em raras ocasiões têm ocorrido reações anafiláticas69 em pacientes recebendo corticoterapia parenteral. Medidas de precauções adequadas devem ser adotadas antes da administração, especialmente quando o paciente apresentar histórico de alergia70 a qualquer outro fármaco71.
Em casos de corticoterapia prolongada, a transferência da terapêutica48 parenteral para oral deve ser considerada depois de se avaliar os possíveis benefícios contra os riscos potenciais do fármaco71. Ajustes posológicos poderão ser necessários com a remissão ou exacerbação da doença, a resposta individual do paciente ao tratamento com exposição a estresse emocional e/ou físico, como infecção52 grave, cirurgia ou traumatismo72. Acompanhamento médico poderá ser necessário por até um ano após o término de tratamento prolongado ou com doses elevadas. Os corticosteroides podem mascarar alguns sinais56 de infecção52 e novas infecções45 podem ocorrer durante seu uso.
Quando os corticosteroides são usados, pode ocorrer diminuição da resistência e incapacidade em localizar a infecção52.
O uso prolongado de corticosteroides pode causar catarata73 subcapsular posterior (principalmente em crianças), glaucoma74 com possibilidade de dano no nervo óptico e ativação de infecções45 oculares secundárias por fungos e vírus53.
Doses médias e elevadas de corticosteroides podem causar elevação da pressão arterial75, retenção de sal e água e aumento da excreção de potássio. Estes efeitos são observados com menor frequência com derivados sintéticos, exceto quando usados em altas doses. Deve-se considerar uma dieta de restrição de sal e suplementação76 de potássio. Todos os corticosteroides aumentam a excreção de cálcio.
Durante a corticoterapia, os pacientes não deverão ser vacinados contra varicela77. Outras formas de imunização78 também não deverão ser realizadas, especialmente quando em uso de altas doses de corticosteroides, devido ao risco de complicações neurológicas e deficiência na resposta imunológica. Entretanto, os processos de imunização78 podem ser realizados nos pacientes que estão fazendo uso de corticosteroides como terapia substitutiva, por exemplo na doença de Addison.
Pacientes que estejam fazendo uso de doses imunossupressoras de corticosteroides devem ser alertados para evitar exposição a varicela77 ou sarampo79 e, se expostos, devem procurar atendimento médico; aspecto de particular importância em crianças.
A corticoterapia na tuberculose80 ativa deve ser restrita aos casos de tuberculose80 fulminante ou disseminada, nos quais corticosteroide é associado a esquema antituberculoso adequado.
Se houver prescrição de corticosteroides para pacientes81 com tuberculose80 latente ou reatividade à tuberculina, torna-se necessária observação criteriosa para o risco de reativação da doença. Durante tratamentos prolongados com corticosteroides, os pacientes devem receber quimioprofilaxia.
Se a rifampicina for usada na terapia quimioprofilática, seu efeito de aumento da depuração hepática82 dos corticosteroides deve ser considerado. Pode ser necessário ajuste de dose do corticosteroide.
Deve-se utilizar a menor dose possível de corticosteroide para controlar a doença sob tratamento. Quando for possível uma diminuição da dose, esta deverá ser gradual.
A retirada rápida do corticosteroide pode ocasionar insuficiência83 adrenal secundária, de origem medicamentosa, podendo ser minimizada mediante a redução gradativa da posologia. Esta insuficiência83 relativa pode persistir por meses após descontinuação da terapia. Portanto, caso ocorra estresse durante este período, a corticoterapia deve ser reinstituída. Se o paciente já se encontra sob este tratamento, pode haver necessidade de elevação da dose. Uma vez que a secreção de mineralocorticoides pode estar comprometida, deve-se administrar concomitantemente sal e/ou mineralocorticoides.
O efeito corticosteroide acha-se potencializado nos pacientes com hipotireoidismo84 ou cirrose85 hepática82. Recomenda-se precaução no uso de corticosteroides em pacientes com herpes simples ocular, devido ao risco de perfuração de córnea86.
Problemas psicológicos podem aparecer com terapia corticosteroide e, que pode agravar quadros prévios de instabilidade emocional ou tendências psicóticas.
Os corticosteroides devem ser usados com cautela em colite87 ulcerativa inespecífica, se houver probabilidade iminente de perfuração, abscessos88 ou outra infecção52 piogênica; diverticulite89; anastomoses90 intestinais recentes; úlcera péptica91 ativa ou latente; insuficiência renal92; hipertensão arterial93; osteoporose94 e miastenia95 gravis.
Como as complicações das terapias glicocorticoides dependem da dose, do tipo e da duração do tratamento, a relação risco/benefício deverá ser analisada para cada paciente.
A administração de corticosteroides pode prejudicar a média de crescimento e inibir a produção endógena de corticosteroides em bebês42 e crianças. Portanto o crescimento e o desenvolvimento desses pacientes sob terapia prolongada com corticosteroides devem ser monitorados.
O tratamento com corticosteroides pode alterar a motilidade e o número de espermatozoides96 em alguns pacientes.
Deve-se aconselhar pacientes em terapia prolongada a evitar imunização78 devido à potencial imunossupressão97 associada ao uso do medicamento.
Deve-se instruir os pacientes a relatar sinais56/sintomas49 de hiperglicemia98. A glicemia99 deve ser monitorada atentamente.
Exames oftalmológicos devem ser realizados durante terapia prolongada. Os pacientes devem relatar alterações de visão100.
Uso em crianças
As crianças que utilizam Celestone® Soluspan ou outros corticosteroides por longo período de tempo devem ser cuidadosamente observadas em relação ao aparecimento de reações adversas como: obesidade101, retardo no crescimento, redução do conteúdo de cálcio no sangue102 e diminuição da produção de hormônios pelas glândulas103 suprarrenais.
As crianças tratadas com corticosteroides são mais suscetíveis às infecções45 do que as crianças saudáveis. Varicela77 e sarampo79, por exemplo, podem apresentar consequências mais graves ou até mesmo fatais em crianças recebendo tratamento com corticosteroides. Nestas crianças, ou em adultos que ainda não tenham contraido estas doenças, deve-se ter atenção especial para evitar essa exposição. Se ocorrer contato, deve-se instituir tratamento adequado imediatamente.
Uso durante a gravidez104 e lactação105
Não foram realizados estudos controlados sobre a reprodução106 humana com corticosteroides. O uso destes fármacos durante a gravidez104 ou por mulheres em idade fértil requer a análise da relação riscos/benefícios para a mãe e o feto33.
O uso profilático de corticosteroides após a 32ª semana de gestação ainda é discutível, devendo haver criterioso julgamento médico quanto aos benefícios e riscos potenciais para a mãe e o feto33.
Os corticosteroides não são indicados no tratamento da síndrome32 da membrana hialina após o nascimento.
Bebês42 de mães que receberam doses elevadas de corticosteroides durante a gravidez104 devem ser cuidadosamente observados para sinais56 de hipoadrenalismo. As crianças, cujas mães receberam betametasona durante a gravidez104, tiveram uma inibição transitória do hormônio107 de crescimento fetal e provavelmente dos hormônios pituitários que regulam a produção de corticosteroides pelas zonas definitiva e fetal da glândula108 adrenal fetal. Entretanto a supressão não interfere com a resposta pituitária adrenocortical ao estresse após o nascimento.
As mulheres que utilizaram corticosteroides durante a gestação devem ser observadas durante e após o parto para algum sinal109 de insuficiência83 adrenal devido ao estresse do parto.
Categoria de risco na gravidez104 C: não foram realizados estudos em animais e nem em mulheres grávidas; ou então, os estudos em animais revelaram risco, mas não existem estudos disponíveis realizados em mulheres grávidas.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Os corticosteroides atravessam a barreira placentária e são excretados no leite materno. Recém-nascidos e crianças de pacientes que utilizaram corticosteroides na gravidez104 devem ser examinados com cuidado pela possibilidade rara de ocorrência de catarata73 congênita110.
Devido ao potencial de efeitos adversos indesejáveis de Celestone® Soluspan em lactentes111, deve-se considerar a descontinuação da amamentação112 ou do fármaco71, levando em conta a importância do fármaco71 para a mãe.
O uso deste medicamento no período da lactação105 depende da avaliação do risco/benefício. Quando utilizado, pode ser necessária monitorização clínica e/ou laboratorial do lactente113.
Uso em idosos
É recomendada cautela em pacientes idosos, pois eles são mais suscetíveis para apresentar reações adversas.
Este medicamento pode causar doping.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Interação medicamento – medicamento
O uso concomitante de fenobarbital, fenitoína, rifampicina ou efedrina pode acelerar o metabolismo114 dos corticosteroides, reduzindo seus efeitos terapêuticos. Os efeitos dos corticosteroides podem ser potencializados em pacientes em tratamento concomitante com estrogênios.
O uso de corticosteroide associado a diuréticos115 depletores de potássio pode intensificar a hipopotassemia116. O uso de corticosteroides associado a glicosídeos cardíacos pode aumentar a possibilidade de arritmias117 ou intoxicação digitálica associada à hipopotassemia116.
Os corticosteroides podem aumentar a depleção118 de potássio causada pela anfotericina B. Em todos os pacientes sob terapia com alguma dessas associações medicamentosas, a concentração de eletrólitos119 séricos, principalmente potássio, deve ser cuidadosamente monitorada.
O uso concomitante de corticosteroides e anticoagulantes120 cumarínicos pode aumentar ou reduzir os efeitos anticoagulantes120, necessitando de ajuste posológico.
Os efeitos combinados de anti-inflamatórios não hormonais ou álcool com glicocorticoides podem resultar em maior ocorrência ou aumento da gravidade da ulceração121 gastrintestinal.
Os corticosteroides podem reduzir as concentrações plasmáticas de salicilatos. O ácido acetilsalicílico deve ser utilizado com cuidado em associação com corticosteroides em pacientes hipoprotrombinêmicos.
Quando os corticosteroides são administrados a diabéticos, podem ser necessários ajustes posológicos de hipoglicemiantes orais122 e/ou insulina123.
O tratamento glicocorticoide concomitante pode inibir a resposta à somatotropina.
O uso concomitante de corticosteroide e vacinas pode ocasionar resposta inadequada à vacina51.
Uso concomitante de corticosteroide e vacina51 contra rotavírus aumenta o risco de infecção52 pela vacina51 de vírus53 vivo.
O uso concomitante com fluoroquinolonas pode aumentar o risco de ruptura de tendão68.
O uso concomitante com carbamazepina ou primidona pode reduzir a eficácia da betametasona. O uso concomitante com contraceptivos pode aumentar o efeito dos corticoides.
O uso concomitante com alocurônio, atracúrio, cisatracúrio, mívacúrio, pancurônio, pipecurônio, rucorônio ou vecurônio pode reduzir a eficácia desses medicamentos além de ocasionar fraqueza muscular prolongada em miopatia124.
Interação medicamento – exame laboratorial
Os corticosteroides podem alterar o teste do nitroblue tetrazolium para infecções45 bacterianas, produzindo resultados falso-negativos. Além disso, podem inibir a reatividade dos testes cutâneos e alterar as provas de função hepática82.
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C). Proteger da luz. Prazo de validade: 18 meses Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas do produto
Celestone® Soluspan apresenta-se como líquido límpido, incolor contendo partículas brancas de fácil resuspensão, sem aglomeração visível e livre de partículas estranhas.
Antes de usar, observar o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
POSOLOGIA E MODO DE USAR
USO INJETÁVEL (INTRAMUSCULAR, INTRA-ARTICULAR, PERIARTICULAR, INTRABÚRSICA, INTRADÉRMICA, INTRALESIONAL1 E EM TECIDOS MOLES).
Não está indicado para uso intravenoso ou subcutâneo125.
Técnica asséptica rigorosa é essencial para o uso de Celestone® Soluspan. Por se tratar de uma suspensão injetável, Celestone® Soluspan deve ser aplicado por um profissional de saúde2.
AGITE ANTES DE USAR.
As necessidades posológicas são variáveis e devem ser individualizadas segundo a doença específica, sua gravidade e resposta do paciente ao tratamento.
Administração sistêmica
O tratamento das afecções5 que necessitam dos efeitos dos corticosteroides sistêmicos3 pode ser cuidadosamente controlado por injeções intramusculares de Celestone® Soluspan. Sua ação rápida e prolongada torna-o adequado para o início do tratamento em afecções5 agudas nas quais o controle da inflamação46 deve ser rapidamente atingido e mantido. A ação prolongada do medicamento colabora na prevenção da recrudescência decorrente da manutenção irregular dos efeitos corticosteroides.
O tratamento é iniciado com uma injeção intramuscular126 de 1mL de Celestone® Soluspan na maioria dos casos e repetida semanalmente ou mais frequentemente, quando necessário. Em doenças menos graves, em geral doses menores são suficientes. Em doenças graves, como estado de mal asmático ou lúpus18 eritematoso19 sistêmico20, inicialmente poderão ser necessários 2mL.
A dose inicial deve ser mantida ou ajustada até que uma resposta satisfatória seja observada. Caso não ocorra uma resposta clínica satisfatória após razoável período de tempo, o tratamento com Celestone® Soluspan deverá ser descontinuado e substituído por outro tratamento adequado.
Administração local
Caso haja necessidade de coadministração, Celestone® Soluspan pode ser misturado (na seringa127 e não no frasco) com lidocaína a 1% ou 2%, cloridrato de procaína ou anestésicos locais similares, com fórmulas que não contenham parabenos. Anestésicos que contenham metilparabeno, fenol etc., devem ser evitados. A dose necessária de Celestone® Soluspan é inicialmente retirada do frasco para a seringa127, em seguida o anestésico local é aspirado para a seringa127 e esta é, então, ligeiramente agitada.
Em bursites (subdeltoide, subacromial e pré-patelar), uma injeção7 intrabúrsica de 1mL promove alívio da dor e restaura a amplitude do movimento em poucas horas. Injeções intrabúrsicas em intervalos de 1 a 2 semanas em geral são necessárias na bursite6 aguda recorrente e nas exacerbações de bursites crônicas.
Em tendinites, miosites, fibrosites, tenossinovites, peritendinites e estados inflamatórios periarticulares, recomendam-se três ou quatro injeções locais de 1mL cada, a intervalos de uma ou duas semanas na maioria dos casos. A injeção7 deve ser aplicada nas bainhas dos tendões8 afetados e não no interior destes.
Em condições inflamatórias periarticulares, a região dolorosa deve ser infiltrada. Em gânglios128 de cápsulas articulares129, injeta-se 0,5mL diretamente nos cistos.
Na artrite reumatoide10 e osteoartrite11, o alívio da dor, do edema130 e da rigidez pode ser atingido em 2 a 4 horas após a injeção7 intra-articular. A dose varia de 0,25mL a 2mL, de acordo com o tamanho da articulação64: articulações67 muito grandes (quadril): 1mL a 2mL; articulações67 grandes (joelhos, tornozelos e ombros): 1mL; articulações67 médias (cotovelo e punho): 0,5mL a 1mL; e pequenas articulações67 (mão131 e tórax132): 0,25mL a 0,5mL. O alívio em geral se estende de 1 a 4 ou mais semanas. Utiliza-se técnica estéril com agulha de calibres 24 a 29 em seringa127 vazia para aspiração e introdução na cavidade sinovial. Retiram-se algumas gotas do líquido sinovial63 para confirmar se a agulha está na articulação64. A seringa127 de aspiração é substituída pela seringa127 que contém Celestone® Soluspan e a injeção7 é então aplicada na articulação64.
No tratamento intralesional1, injeta-se 0,2mL de Celestone® Soluspan por via intradérmica (não subcutânea60), utilizando-se seringa127 de tuberculina com agulha de calibre 25 x 1,27cm. Deve-se ter o cuidado de injetar um depósito uniforme do medicamento por via intradérmica. A quantidade semanal total injetada em todas as áreas não deve exceder a 1mL.
Celestone® Soluspan também é eficaz no tratamento das afecções5 dos pés responsivas aos corticosteroides. Bursite6 sob calo29 durum (como cutâneo133) tem sido controlada com duas injeções sucessivas de 0,25mL cada. Em condições como o hálux31 rigidus (deformidade na flexão do grande artelho134), digiti quinti varus (desvio interno do quinto dedo) e artrite15 gotosa aguda; o início do alívio é rápido. Uma seringa127 de tuberculina com agulha de calibre 25 x 1,90 é adequada para a maioria das injeções nos pés. Nesses casos, recomendam-se doses de 0,25mL a 0,5mL a intervalos de 3 a 7 dias. Na artrite15 gotosa aguda, podem ser necessárias doses de até 1mL.
Após a obtenção de resposta favorável, a dose de manutenção adequada deve ser determinada por decréscimo da dose inicial em pequenas frações a intervalos de tempo adequados, até que a dose mais baixa para manter uma resposta clínica ideal seja determinada.
A exposição do paciente a situações de estresse não relacionadas à doença pode implicar em aumento da dose da CELESTONE® Soluspan. Caso o medicamento seja descontinuado após tratamento prolongado, a dose deve ser reduzida gradativamente.
REAÇÕES ADVERSAS
As reações adversas de Celestone® Soluspan são as mesmas relatadas para outros corticosteroides, e estão relacionadas à dose e duração da terapia. Habitualmente essas reações podem ser revertidas ou minimizadas por redução da dose; sendo esta conduta geralmente preferível à interrupção do tratamento com o fármaco71.
Ao classificar a frequência das reações, utilizamos os seguintes parâmetros:
Reação muito comum (>1/10).
Reação comum (>1/100 e <1/10).
Reação incomum (>1/1.000 e <1/100).
Reação rara (>1/10.000 e <1/1.000).
Reação muito rara (<1/10.000).
As reações adversas de Celestone® Soluspan, de acordo com a frequência de ocorrência e o local de acometimento, são:
Reações comuns
- Sistema Nervoso Central135: insônia; ansiedade.
- Sistema gastrintestinal: dispepsia136; aumento de apetite.
- Organismo como um todo: aumento da incidência137 de infecções45.
Reações incomuns
- Pele138: dificuldade de cicatrização.
- Sistema endócrino139: diabetes mellitus140; síndrome de Cushing141 exógena.
- Sistema musculoesquelético: osteoporose94.
- Sistema gastrintestinal: sangramento gastrintestinal.
- Sistema geniturinário: hipocalemia142; retenção de sódio e água; irregularidade menstrual.
Reações raras
- Pele138: hematomas143; reações de hipersensibilidade; acne144; estrias; urticária145; sudorese146 excessiva; rash147 cutâneo133; hiperemia148 da face149 e pescoço150 após aplicação; sintomas49 e sinais56 no local de aplicação; hipertricose151; hipopigmentação cutânea152.
- Sistema Nervoso Central135: depressão; convulsões; tontura153, cefaleia154, confusão mental, euforia, distúrbio de personalidade; alteração de humor; pseudotumor cerebral; delírios; alucinações155.
- Sistema gastrintestinal: úlcera péptica91 gástrica ou esofágica; pancreatite156 aguda; hepatomegalia157; distensão abdominal; soluços.
- Sistema geniturinário: oligosespermia; glicosúria158.
- Sistema musculoesquelético: miopatia124 por corticosteroide; fraqueza muscular; mialgias159; ruptura de tendão68; fratura160 óssea.
- Olhos161: aumento de pressão intraocular162; catarata73.
- Sistema cardiovascular163: hipertensão arterial93 sistêmica; arritmias117 cardíacas; insuficiência cardíaca congestiva164; edema130 agudo165 de pulmão166; trombose venosa profunda167; vasculite168.
- Organismo como um todo: ganho de peso; infecção52 fúngica169.
Reações cuja incidência137 não está determinada:
- Sistema geniturinário: alcalose170 metabólica hipocalêmica
- Sistema musculoesquelético: perda de massa muscular, agravamento dos sintomas49 miastênicos na miastenia95 gravis, necrose171 asséptica da cabeça172 do fêmur173 e úmero174; instabilidade articular (por repetidas injeções intra-articulares).
- Pele138: atrofia61 cutânea152, pele138 sensível, petéquias175 e equimose176, eritema177 facial, dermatite23 alérgica, edema angioneurótico178.
- Sistema Cardiovascular163: pressão arterial75 baixa, choque179 circulatório.
- Sistema nervoso180: manifestações psicóticas, hiperirritabilidade e insônia.
- Sistema endócrino139: inibição do crescimento fetal intrauterino e infantil, diminuição da resposta adrenal e pituitária principalmente em períodos de estresse, como no trauma, na cirurgia ou em enfermidade associada, diminuição da tolerância aos carboidratos (pré-diabetes181) e manifestação de diabetes mellitus140 latente.
- Olhos161: glaucoma74 e exoftalmia.
- Organismo como um todo: anafilaxia182, balanço nitrogenado negativo causado por catabolismo183 proteico; lipomatose, incluindo lipomatose mediastinal e epidural184 que pode causar complicações neurológicas; reação do tipo choque179 ou hipotensão185.
Reações adversas adicionais associadas à corticoterapia parenteral: raros instantes de cegueira, relacionada com o tratamento intralesional1 na face149 e na cabeça172, hiperpigmentação ou hipopigmentação, atrofia61 cutânea152 e subcutânea60; abscesso186 estéril, artralgia187 (após injeção7 intra-articular) e artropatia188 de Charcot.
Em caso de eventos adversos, ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA ou à Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
SUPERDOSE
Sintomas49: Superdoses agudas com glicocorticoides, incluindo a betametasona, não causam situações de risco de vida. Exceto em casos de doses extremas, é improvável que a administração de glicocorticoides por poucos dias produza resultados nocivos na ausência de contraindicações específicas, como nos pacientes com diabetes mellitus140, glaucoma74, úlcera péptica91 ativa ou naqueles medicados com digitálicos, anticoagulantes120 cumarínicos ou diuréticos115 depletores de potássio.
Tratamento: Complicações resultantes dos efeitos metabólicos dos corticosteroides ou dos efeitos nocivos à saúde2 concomitantes a enfermidades ou interação de fármacos devem ser manipulados apropriadamente. Deve-se manter ingestão adequada de líquidos e monitorar os eletrólitos119 no soro189 e na urina190, com particular atenção para o balanço de sódio e potássio. Tratar os desequilíbrios eletrolíticos, se necessário.
Em caso de intoxicação ligue 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
Registro M.S. nº 1.7817.0775
Farm. Responsável: Luciana Lopes da Costa – CRF-GO nº 2.757.
Registrado por:
Cosmed Indústria de Cosméticos e Medicamentos S.A.
Avenida Ceci, nº 282, Módulo I - Tamboré - Barueri - SP - CEP 06460-120
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Fabricado por:
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