

Miorrelax (Bula do profissional de saúde)
BRAINFARMA INDÚSTRIA QUÍMICA E FARMACÊUTICA S.A
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
MIORRELAX®
dipirona monoidratada + citrato de orfenadrina + cafeína
Comprimido
APRESENTAÇÕES
Comprimido
Embalagens contendo 30, 100 ou 200 comprimidos
VIA ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido contém:
dipirona monoidratada | 300 mg |
citrato de orfenadrina | 35 mg |
cafeína | 50mg |
excipientes q.s.p | 1 comprimido |
(povidona, metabissulfito de sódio, amido, estearato de magnésio e dióxido de silício).
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE1:
INDICAÇÕES
Miorrelax® é indicado no alívio da dor associada a contraturas musculares, incluindo cefaleia2 tensional.
RESULTADOS DE EFICÁCIA
A eficácia da combinação, em um mesmo comprimido, de dipirona 300mg + citrato de orfenadrina 35mg + cafeína 50mg foi avaliada em três estudos clínicos abertos, prospectivos, não randomizados, com braço único de tratamento. As indicações incluíam dor secundárias às desordens musculoesqueléticas agudas, crônicas e cefaleia2.
No primeiro estudo, a combinação de dipirona 300mg, citrato de orfenadrina 35mg e cafeína 50mg, na posologia de 1 a 2 comprimidos 3 a 4 vezes ao dia, foi avaliada em 100 pacientes submetidos ao tratamento de dor em diversas desordens musculoesqueléticas, das quais predominaram lombalgias, cervicalgias, entorses3, e torcicolos. Os pacientes foram classificados conforme intensidade da dor em intensa (59%) e moderada (41%) e à capacidade funcional em Grau III (47 casos), Grau IV (40 casos) e Grau V (13 casos). Os resultados referentes à resolução do fenômeno doloroso totalizaram 88%, sendo avaliados como excelentes (38%), bons (20%) e moderados (30%) (Frasca et al, 1970).
No segundo estudo, foram incluídos 22 pacientes com processo álgico de diferentes etiologias. A posologia ficava a critério médico, sendo que a dose máxima admitida seria 2 comprimidos a cada 6 horas. Ao final de 60 minutos a combinação conseguiu eliminar a dor em 68,18% dos pacientes e promoveu redução acentuada da intensidade da dor em 27, 27% dos pacientes, totalizando eficácia global de 95,45%, com 100% de tolerabilidade da medicação (Silva et al,1998).
O terceiro estudo avaliou a eficácia clínica e tolerabilidade da associação de analgésicos4 contida na dipirona + citrato de orfenadrina + cafeína, em 208 pacientes submetidos a procedimentos odontológicos. Aproximadamente 74% dos pacientes submetidos à extração dentária simples e 78% submetidos a intervenções cirúrgicas mais complexas, tiveram resultados favoráveis, ao considerar-se a eficácia analgésica. Os autores também relatam um bom perfil de tolerabilidade (94%) (Galvão de Sá, 1973).
Referências bibliográficas
- Frasca ID, et al. Novo analgésico5 miorrelaxante6 em ortopedia7 e traumatologia (Avaliação final de 100 casos tratados). O Hospital (Rio de Janeiro) Agosto, 1970. 78 (2)597-604.
- Galvão de Sá ML. Estudo clínico de uma associação analgésica e miorrelaxante6 em odontologia. Folha Med. 1973;66(4):875-82.
- Silva JHC. Eficácia terapêutica8 no alívio de dores agudas do sistema musculoesquelético, enxaqueca9 e processo inflamatório bucal, usando uma combinação de dipirona anidra, cafeína e citrato de orfenadrina. RBM - Rev. Bras. Méd1998:55(6)397-99.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades farmacodinâmicas
A dipirona é uma pró-droga cuja metabolização gera a formação de vários metabólitos10 entre os quais há 2 com propriedades analgésicas: 4-metil-aminoantipirna (4-MAA) e o 4-amino-antipirna (4-AA).
A dipirona apresenta potentes efeitos analgésicos4 e antipiréticos11. Como a inibição da cicloxigenase, COX-1, COX-2 ou ambas, não é suficiente para explicar este efeito antinociceptivo, outros mecanismos alternativos foram propostos, tais como: inibição de síntese de prostaglandinas12 preferencialmente no sistema nervoso central13, dessensibilizacão dos nociceptores periféricos envolvendo atividade via óxido nítrico-GMPc no nociceptor, uma possível variante de COX-1 do sistema nervoso central13 seria o alvo específico e, mais recentemente, a proposta de que a dipirona inibiria uma outra isoforma da cicloxigenase, a COX-3. A orfenadrina, um derivado metilado da difenidramina, é um típico anti- histamínico antagonista14 H1, com um moderado efeito sedativo central. Apresenta atividade antagonista14 dos receptores muscarínicos M1, M2 e M3 da acetilcolina15. Adicionalmente é um antagonista14 não competitivo dos receptores NMDA (N-metil-D-aspartato), os quais desempenham importante papel no fenômeno da hiperalgesia16 e sensibilização central. Este tríplice mecanismo de ação (anti-histamínico central, anticolinérgico e antagonista14 NMDA) confere à orfenadrina propriedades relaxantes musculares e analgésicas. Sua ação analgésica é potencializada pela dipirona e pela cafeína anidra presentes na fórmula de Miorrelax®.
A cafeína é um fármaco17 do grupo das metilxantinas, com amplo espectro de ações farmacológicas. Apesar do conhecido efeito estimulante central, atualmente são reconhecidas as propriedades da cafeína na ampliação dos efeitos dos analgésicos4 não-opiáceos, devido ao bloqueio periférico da ação pró-nociceptiva da adenosina. A cafeína isolada tem atividade analgésica pequena ou nula, tendo um papel de fármaco17 adjuvante na associação com analgésicos4.
Propriedades farmacocinéticas
Após administração oral, a dipirona é completamente hidrolisada em sua porção ativa, 4-N- metilaminoantipirina (MAA). A biodisponibilidade absoluta do MAA é de aproximadamente 90%, sendo um pouco maior após administração oral quando comparada à administração intravenosa. A farmacocinética do MAA não é extensivamente alterada quando a dipirona é administrada concomitantemente a alimentos.
Principalmente o MAA, mas também o 4-aminoantipirina (AA) contribuem para o efeito clínico. Os valores de AUC para AA constituem aproximadamente 25% do valor de AUC para MAA. Os metabólitos10 4-N-acetilaminoantipirina (AAA) e 4-N-formilaminoantipirina (FAA) parecem não apresentar efeito clínico. São observadas farmacocinéticas não lineares para todos os metabólitos10. São necessários estudos adicionais antes que se chegue a uma conclusão sobre o significado clínico destes resultados. O acúmulo de metabólitos10 apresenta pequena relevância clínica em tratamentos de curto prazo.
O grau de ligação às proteínas18 plasmáticas é de 58% para MAA, 48% para AA, 18% para FAA e 14% para AAA.
Foram identificados 85% dos metabólitos10 que são excretados na urina19, quando da administração oral de dose única, obtendo-se 3% ± 1% para MAA, 6% ± 3% para AA, 26% ± 8% para AAA e 23% ± 4% para FAA. Após administração oral de dose única de 1g de dipirona, o clearance renal20 foi de 5mL ± 2mL/min para MAA, 38mL ± 13mL/min para AA, 61mL ± 8mL/min para AAA, e 49mL ± 5mL/min para FAA. As meias-vidas plasmáticas correspondentes foram de 2,7 ± 0,5 horas para MAA, 3,7 ± 1,3 horas para AA, 9,5 ± 1,5 horas para AAA, e 11,2 ± 1,5 horas para FAA.
Em idosos, a exposição (AUC) aumenta 2 a 3 vezes. Em pacientes com cirrose21 hepática22, após administração oral de dose única, a meia-vida de MAA e FAA aumentou 3 vezes (10 horas), enquanto para AA e AAA este aumento não foi tão marcante.
Pacientes com insuficiência renal23 não foram extensivamente estudados até o momento. Os dados disponíveis indicam que a eliminação de alguns metabólitos10 (AAA e FAA) é reduzida.
A orfenadrina é bem absorvida no trato gastrointestinal, atingindo concentração sérica máxima entre 2 e 4 horas; sua meia-vida de eliminação situa-se entre 13 e 20 horas, na forma de metabólitos10 inativos.
A cafeína é muito bem absorvida por via oral, com 100% de biodisponibilidade; o pico de concentração plasmática é usualmente alcançado na primeira hora e a meia-vida de eliminação é de 3 a 5 horas.
CONTRAINDICAÇÕES
Miorrelax® não deve ser utilizado caso o paciente tenha:
- hipersensibilidade a qualquer um dos componentes da fórmula ou a derivados de pirazolonas (ex.: fenazona, propifenazona) ou a pirazolidinas (ex.: fenilbutazona, oxifembutazona) incluindo, por exemplo, caso anterior de agranulocitose24 em relação a um destes medicamentos;
- glaucoma25, obstrução pilórica ou duodenal, acalasia do esôfago26 (megaesôfago), úlcera péptica27 estenosante, hipertrofia28 prostática, obstrução do colo29 da bexiga30 e miastenia31 grave;
- porfiria32 hepática22 aguda intermitente33 (risco de indução de crises de porfiria32);
- deficiência congênita34 da glicose35-6-fosfato-desidrogenase (risco de ocorrência de hemólise36);
- função da medula óssea37 insuficiente (ex.: após tratamento citostático38) ou doenças do sistema hematopoiético39;
- desenvolvido broncoespasmo40 ou outras reações anafiláticas41 (ex.: urticária42, rinite43, angioedema44) com analgésicos4, como: salicilatos, paracetamol, diclofenaco, ibuprofeno, indometacina, naproxeno;
- gravidez45 e lactação46 (vide “Advertências e Precauções – Gravidez45 e lactação”).
Categoria D: Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez45.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Em tratamentos prolongados, deve-se controlar o perfil hematológico, com hemogramas frequentes, e também a função hepática22 e renal20 do paciente.
Miorrelax® não deve ser utilizado concomitantemente com álcool, propoxifeno ou fenotiazínicos.
Miorrelax® não deve ser utilizado para tratamento de rigidez muscular associada ao uso de antipsicóticos.
Agranulocitose24
Reação de origem imuno-alérgica que pode ser causada por dipirona, durável por pelo menos 1 semana. Embora essa reação seja muito rara, pode ser grave com risco de vida, podendo ser fatal. Não depende da dose e pode ocorrer em qualquer momento durante o tratamento. Os pacientes devem ser advertidos a interromper o uso da medicação e consultar seu médico imediatamente se alguns dos seguintes sinais47 ou sintomas48, possivelmente relacionados à neutropenia49 (?1-500 neutrófilos50/mm3), ocorrerem: febre51, calafrios52, dor de garganta53, ulceração54 na cavidade oral55. Em caso de ocorrência de neutropenia49, o tratamento deve ser imediatamente descontinuado e a contagem sanguínea completa deve ser urgentemente controlada e monitorada até retornar aos níveis normais.
Pancitopenia56
Em caso de pancitopenia56 o tratamento deve ser imediatamente descontinuado e uma completa monitorização sanguínea deve ser realizada até normalização dos valores. Todos os pacientes devem ser aconselhados a procurar atendimento médico imediato se desenvolverem sinais47 e sintomas48 sugestivos de discrasias do sangue57 (ex.: mal-estar geral, infecção58, febre51 persistente, hematomas59, sangramento, palidez) durante o uso de medicamentos contendo dipirona.
Choque anafilático60
Essa reação pode ocorrer principalmente em pacientes sensíveis. Por essa razão a dipirona deve ser usada com cautela em pacientes que apresentem alergia61 atópica ou asma62.
Reações cutâneas63 graves
Foram relatadas reações cutâneas63 com risco de vida, como síndrome64 de Stevens – Johnson (SSJ) e Necrólise Epidérmica Tóxica65 (NET) têm sido relatadas com o uso de dipirona. Se desenvolverem sinais47 ou sintomas48 de SSJ ou NET (tais como exantema66 progressivo muitas vezes com bolhas ou lesões67 da mucosa68), o tratamento com a dipirona deve ser descontinuado imediatamente e não deve ser retomado. Os pacientes devem ser avisados dos sinais47 e sintomas48 e acompanhados de perto para reações de pele69, particularmente nas primeiras semanas de tratamento.
Reações anafiláticas41/anafilactoides
Em particular, há um risco especial em pacientes com: asma62 analgésica ou intolerância analgésica do tipo urticária42-angioedema44 (vide “Contraindicações”); asma62 brônquica, particularmente aqueles com rinossinusite poliposa concomitante; urticária42 crônica; intolerância ao álcool, ou seja, pacientes que reagem até mesmo a pequenas quantidades de certas bebidas alcoólicas, apresentando sintomas48 como espirros, lacrimejamento e rubor pronunciado da face70 (a intolerância ao álcool pode ser um indício de síndrome64 de asma62 analgésica prévia não diagnosticada); intolerância a corantes (ex.: tartrazina) ou a conservantes (ex.: benzoatos).
A administração de dipirona pode causar reações hipotensivas isoladas (vide “Reações Adversas”). Essas reações são possivelmente dose dependentes e ocorrem com maior probabilidade após administração parenteral.
Nestes pacientes, a dipirona deve ser indicada com extrema cautela e sua administração em tais circunstâncias deve ser realizada sob supervisão médica. Podem ser necessárias medidas preventivas (como estabilização da circulação71) para reduzir o risco de reação de hipotensão72.
A dipirona só deve ser usada sob rigorosa monitoração hemodinâmica73 em pacientes nos quais a diminuição da pressão sanguínea deve ser evitada, tais como pacientes com doença grave das artérias74 coronarianas ou obstrução relevante dos vasos sanguíneos75 que irrigam o cérebro76.
Em pacientes com insuficiência renal23 ou hepática22, é recomendado que seja evitado o uso de altas doses de dipirona, visto que a taxa de eliminação é reduzida nestes pacientes. Entretanto, para tratamento em curto prazo não é necessária redução da dose. Não existe experiência com o uso de dipirona em longo prazo em pacientes com insuficiência renal23 ou hepática22.
Em pacientes sob condições gerais de saúde1 comprometidas, possível insuficiência77 na função renal20 e hepática22 deve ser levada em consideração.
Gravidez45 e lactação46
A dipirona atravessa a placenta, mas não há evidência de que dipirona + citrato de orfenadrina + cafeína seja prejudicial ao feto78: a dipirona não demonstrou efeito teratogênico79 em ratos e coelhos e a fetotoxicidade somente foi observada em altas doses que seriam tóxicas à mãe. Não existe experiência com o uso de Miorrelax® em mulheres grávidas.
Recomenda-se não utilizar Miorrelax® durante os primeiros 3 meses da gravidez45. O uso de Miorrelax® durante o segundo trimestre da gravidez45 só deve ocorrer após cuidadosa avaliação do potencial risco/benefício pelo médico.
Miorrelax®, entretanto, não deve ser utilizado durante os 3 últimos meses da gravidez45, visto que, embora a dipirona seja uma fraca inibidora da síntese de prostaglandinas12, a possibilidade de fechamento
prematuro do ducto arterial e de complicações perinatais devido ao prejuízo da agregação plaquetária da mãe e do recém-nascido não pode ser excluída.
A segurança de dipirona + citrato de orfenadrina + cafeína durante a lactação46 não está estabelecida. A lactação46 deve ser evitada até 48 horas após o uso de Miorrelax®, devido à excreção dos metabólitos10 da dipirona no leite materno.
Pacientes idosos
Podem sentir certo grau de confusão mental com a administração do produto. Deve ser considerada possível insuficiência77 na função renal20 e hepática22.
Outros grupos de risco
Miorrelax® deve ser utilizado com cautela em pacientes com taquicardia80, arritmias81 cardíacas, insuficiência77 coronária ou descompensação cardíaca.
Em pacientes com deficiência de protrombina82, a dipirona pode agravar a tendência à hemorragia83.
Alterações na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Miorrelax® pode prejudicar a capacidade do paciente para o desempenho de atividades como operar máquinas ou conduzir veículos.
Sensibilidade cruzada
Pacientes que apresentam reações anafilactoides à dipirona podem apresentar um risco especial para reações semelhantes a outros analgésicos4 não-narcóticos.
Pacientes que apresentam reações anafiláticas41 ou outras imunologicamente mediadas, ou seja, reações alérgicas (ex.: agranulocitose24) à dipirona podem apresentar um risco especial para reações semelhantes a outras pirazolonas ou pirazolidinas.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Medicamento–Medicamento
Propoxifeno: o uso concomitante de orfenadrina com propoxifeno pode causar confusão, ansiedade e tremores.
Fenotiazínicos: os fenotiazínicos, como a clorpromazina, podem interferir no controle de termorregulação corporal, causando tanto hipotermia84 como hipertermia. A dipirona pode potencializar eventual hipotermia84 causada por fenotiazínicos.
Antipsicóticos: agentes anticolinérgicos, como a orfenadrina, não controlam a discinesia tardia85 associada ao uso prolongado de antipsicóticos. Seu uso pode mesmo exacerbar os sintomas48 de liberação extrapiramidal associado a estas drogas.
Ciclosporina: a dipirona pode causar redução dos níveis plasmáticos de ciclosporina. Deve-se, portanto, realizar monitorização das concentrações de ciclosporina quando da administração concomitante de dipirona.
Metotrexato: a administração concomitante da dipirona com metotrexato pode aumentar a hematotoxicidade do metotrexato particularmente em pacientes idosos. Portanto, esta combinação deve ser evitada.
Ácido acetilsalicílico: a dipirona pode reduzir o efeito do ácido acetilsalicílico na agregação plaquetária, quando administrados concomitantemente. Portanto, essa combinação deve ser usada com precaução em pacientes que tomam baixa dose de ácido acetilsalicílico para cardioproteção.
Bupropiona: a dipirona pode causar a redução na concentração sanguínea de bupropiona. Portanto, recomenda-se cautela quando a dipirona e a bupropiona são administradas concomitantemente.
Medicamento–alimento
Não há dados disponíveis até o momento sobre a administração concomitante de alimentos e Miorrelax®.
Medicamento–exames laboratoriais
Foram reportadas interferências em testes laboratoriais que utilizam reações de Trinder (ex.: testes para medir níveis séricos de creatinina86, triglicérides87, colesterol88 HDL89 e ácido úrico) em pacientes utilizando dipirona.
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC). Proteger da luz e umidade. Validade do medicamento: 24 meses.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas do produto
Miorrelax apresenta-se como comprimido circular, semiabaulado, branco a levemente amarelado.
Antes de usar, observar o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
POSOLOGIA E MODO DE USAR
Administrar os comprimidos com líquido (aproximadamente ½ a 1 copo), por via oral.
Posologia
De 1 a 2 comprimidos, 3 a 4 vezes ao dia. Não ultrapassar estes limites.
Não há estudos dos efeitos de Miorrelax® administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente pela via oral.
Este medicamento não deve ser mastigado.
Conduta necessária caso haja esquecimento de administração: baseando-se nos sintomas48, reintroduzir a medicação respeitando sempre os horários e intervalos recomendados. Nunca devem ser administradas duas doses ao mesmo tempo.
REAÇÕES ADVERSAS
As frequências das reações adversas estão listadas a seguir de acordo com a seguinte convenção:
Reação muito comum (≥ 1/10)
Reação comum (≥ 1/100 e < 1/10)
Reação incomum (≥1/1.000 e < 1/100)
Reação rara (≥1/10.000 e < 1/1.000)
Reação muito rara (< 1/10.000)
Distúrbios cardíacos
Síndrome64 de Kounis (aparecimento simultâneo de eventos coronarianos agudos e reações alérgicas ou anafilactoides. Engloba conceitos como infarto90 alérgico e angina91 alérgica), redução ou aumento do ritmo cardíaco, arritmias81 cardíacas, palpitações92.
Distúrbios do sistema imunológico93
Choque anafilático60 e reações anafiláticas41/anafilactoides, que podem se tornar graves e com risco de vida, às vezes fatal. Estas reações podem ocorrer mesmo após Miorrelax® ter sido utilizado previamente em muitas ocasiões sem complicações. Podem se manifestar com sintomas48 cutâneos ou nas mucosas94 (tais como: prurido95, ardor96, rubor, urticária42, inchaço97), dispneia98 e, menos frequentemente, sintomas48 gastrintestinais, podendo progredir para formas mais severas de urticária42 generalizada, angioedema44 grave (até mesmo envolvendo a laringe99), broncoespasmo40 grave, arritmias81 cardíacas, queda da pressão sanguínea (algumas vezes precedida por aumento da pressão sanguínea) e choque100 circulatório.
Em pacientes com síndrome64 da asma62 analgésica, reações de intolerância aparecem tipicamente na forma de ataques asmáticos.
Tais reações medicamentosas podem desenvolver-se imediatamente após a administração de dipirona sob a forma de comprimidos ou horas mais tarde; contudo, a tendência normal é que estes eventos ocorram na primeira hora após a administração.
Foram relatados casos muito raros de anemia101 aplástica associada ao uso de orfenadrina.
Distúrbios da pele e tecido subcutâneo102
Erupções fixada por medicamentos; raramente, exantema66; e, em casos isolados, síndrome de Stevens-Johnson103 ou síndrome de Lyell104 (vide “Advertências e Precauções”).
Distúrbios do sangue57 e sistema linfático105
Anemia101 aplástica, agranulocitose24, e pancitopenia56, incluindo casos fatais, leucopenia106 e trombocitopenia107. Estas reações são consideradas imunológicas e podem ocorrer mesmo após Miorrelax® ter sido utilizado previamente em muitas ocasiões, sem complicações.
Sinais47 típicos de agranulocitose24 incluem lesões67 inflamatórias na mucosa68 (ex.: orofaríngea108, anorretal, genital), inflamação109 na garganta53, febre51 (mesmo inesperadamente persistente ou recorrente). Entretanto, em pacientes recebendo antibioticoterapia, os sinais47 típicos de agranulocitose24 podem ser mínimos. A taxa de sedimentação eritrocitária é extensivamente aumentada, enquanto que o aumento de nódulos linfáticos é tipicamente leve ou ausente.
Sinais47 típicos de trombopenia incluem maior tendência para sangramento e aparecimento de petéquias110 na pele69 e membranas mucosas94.
Distúrbios vasculares111
Reações hipotensivas isoladas. Podem ocorrer ocasionalmente após a administração, reações hipotensivas transitórias isoladas (possivelmente por mediação farmacológica e não acompanhadas por outros sinais47 de reações anafiláticas41/anafilactoides); em casos raros, estas reações apresentam-se sob a forma de queda crítica da pressão sanguínea.
Distúrbios renais e urinários
Em casos muito raros, especialmente em pacientes com histórico de doença renal20, pode ocorrer agravamento da função renal20 (insuficiência renal23 aguda), em alguns casos com oligúria112, anúria113 ou proteinúria114. Em casos isolados, pode ocorrer nefrite115 intersticial116 aguda.
Coloração avermelhada pode ser observada algumas vezes na urina19. Isso pode ocorrer devido à presença do metabólito117 ácido rubazônico, em baixas concentrações.
Distúrbios gastrointestinais
Foram reportados casos de sangramento gastrointestinal.
Outros sintomas48
Boca118 seca, sede, diminuição da sudorese119, retenção ou hesitação urinária, visão120 borrada, dilatação da pupila, aumento da pressão intraocular121, fraqueza, náusea122, vômitos123, dor de cabeça124, tonturas125, constipação126, sonolência, reações alérgicas, coceira, alucinações127, agitação, tremor, irritação gástrica. Não frequentemente, pacientes idosos podem sentir certo grau de confusão mental. Estas reações adversas podem ser normalmente eliminadas pela redução da dose.
Em doses tóxicas podem ocorrer, além dos sintomas48 mencionados, ataxia128, distúrbio da fala, disfagia129, pele69 seca e quente, disúria130, diminuição dos movimentos peristálticos131 intestinais, delírio132 e coma133.
Em casos de eventos adversos, notifique ao sistema de Notificação em Vigilância Sanitária NOTIVISA ou à Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
SUPERDOSE
Sintomas48: a orfenadrina é uma droga potencialmente tóxica e há relatos de mortes associadas à superdose (ingestão de 2 a 3 g de uma só vez). Efeitos tóxicos, tipicamente anticolinérgicos, podem ocorrer, rapidamente em 2 horas, em intoxicação aguda, com convulsões, arritmias81 cardíacas e morte.
Após superdose aguda com dipirona, foram registradas reações como: náuseas134, vômito135, dor abdominal, deficiência da função renal20/insuficiência renal23 aguda (ex.: devido à nefrite115 intersticial116) e, mais raramente, sintomas48 do sistema nervoso central13 (vertigem136, sonolência, coma133, convulsões) e queda da pressão sanguínea (algumas vezes progredindo para choque100) bem como arritmias81 cardíacas (taquicardia80). Após a administração de doses muito elevadas, a excreção de um metabólito117 inofensivo (ácido rubazônico) pode provocar coloração avermelhada na urina19.
A cafeína tem ação estimulante central, podendo acentuar os sintomas48 excitatórios das duas drogas anteriores.
Tratamento: em caso de superdose aguda de Miorrelax®, a absorção do medicamento deve ser reduzida por indução de emese137, lavagem gástrica138, administração de carvão ativado ou combinação das três medidas. Deve-se manter o paciente hidratado, sob rigoroso controle do equilíbrio ácido-básico e monitoração das condições respiratórias, cardíacas e neurológicas.
Fisostigmina, na dose de 0,5 a 2mg por via subcutânea139, endovenosa ou intramuscular, repetida a cada 1 ou 2 horas, é antídoto140 dos efeitos anticolinérgicos da orfenadrina, quando estes forem muito intensos. Sua utilização deve, entretanto, ser ponderada, pois ela pode produzir vários efeitos cardíacos e respiratórios. Em caso de superdose não complicada é mais seguro aguardar a remissão espontânea de toxicidade141 do anticolinérgico.
Não existe antídoto140 específico conhecido para dipirona. Em caso de administração recente, deve-se limitar a absorção sistêmica adicional do princípio ativo por meio de procedimentos primários de desintoxicação, como lavagem gástrica138 ou aqueles que reduzem a absorção (ex.: carvão vegetal ativado). O principal metabólito117 da dipirona (4-N-metilaminoantipirina) pode ser eliminado por hemodiálise142, hemofiltração, hemoperfusão ou filtração plasmática.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS:
Siga corretamente o modo de usar, não desaparecendo os sintomas48 procure orientação médica.
Registro M.S. nº 1.5584.0073
Farm. Responsável: Rodrigo Molinari Elias - CRF-GO nº 3.234.
Registrado por:
Brainfarma Indústria Química e Farmacêutica S.A.
VPR 3 - Quadra 2-C - Módulo 01-B - DAIA - Anápolis - GO - CEP 75132-015
C.N.P.J.: 05.161.069/0001-10 - Indústria Brasileira
Fabricado por:
Brainfarma Indústria Química e Farmacêutica S.A.
VPR 1 - Quadra 2-A - Módulo 4 - DAIA - Anápolis - GO - CEP 75132-020
SAC 0800 97 99 900
