Selozok (Bula do profissional de saúde)
ASTRAZENECA DO BRASIL LTDA
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Selozok
succinato de metoprolol
Comprimido
APRESENTAÇÕES
Comprimidos revestidos de liberação controlada de 25 mg em embalagens com 20, 30 ou 60 comprimidos.
Comprimidos revestidos de liberação controlada de 50 mg em embalagens com 20, 30 ou 60 comprimidos.
Comprimidos revestidos de liberação controlada de 100 mg em embalagens com 30 ou 60 comprimidos.
VIA ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido de Selozok 25 mg contém:
succinato de metoprolol (equivalente a 25 mg de tartarato de metoprolol) |
23,75 mg |
excipiente q.s.p. | 1 comprimido |
Cada comprimido de Selozok 50 mg contém:
succinato de metoprolol (equivalente a 50 mg de tartarato de metoprolol) |
47,5 mg |
excipiente q.s.p. | 1 comprimido |
Cada comprimido de Selozok 100 mg contém:
succinato de metoprolol (equivalente a 100 mg de tartarato de metoprolol) |
95 mg |
excipiente q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: dióxido de silício, etilcelulose, celulose microcristalina, hiprolose, hipromelose, estearil fumarato de sódio, macrogol, dióxido de titânio e parafina.
INFORMAÇÕES AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE1
INDICAÇÕES
Hipertensão arterial2: redução da pressão arterial3, da morbidade4 e do risco de mortalidade5 de origem cardiovascular e coronária (incluindo morte súbita); Angina6 do peito7; Adjuvante na terapia da insuficiência cardíaca8 crônica sintomática9, leve a grave: aumento da sobrevida10, redução da hospitalização, melhora na função ventricular esquerda, melhora na classe funcional da New York Heart Association (NYHA) e melhora na qualidade de vida; Alterações do ritmo cardíaco, incluindo especialmente taquicardia11 supraventricular; Tratamento de manutenção após infarto do miocárdio12; Alterações cardíacas funcionais com palpitações13; Profilaxia da enxaqueca14.
RESULTADOS DE EFICÁCIA
Insuficiência cardíaca8
Em pacientes com sintomas15 de insuficiência cardíaca8 (classe funcional da New York Heart Association (NYHA) II-IV) e fração de ejeção reduzida (≤ 0,40), Selozok demonstrou aumentar a sobrevida10 e reduzir o número de hospitalizações em consequência do agravamento da insuficiência cardíaca8. Além disso, o tratamento com Selozok aumentou a fração de ejeção, reduziu o volume diastólico final e o volume sistólico final do ventrículo esquerdo, melhorou a classe funcional de NYHA e aumentou a qualidade de vida.
No estudo MERIT-HF (Metoprolol CR/XL Randomized Intervention Trial in Congestion Heart Failure) o tratamento com succinato de metoprolol adicionado ao tratamento padrão com inibidores da ECA e diuréticos16, em pacientes com FEVE (fração de ejeção do ventrículo esquerdo) reduzida e sintomas15 de insuficiência cardíaca8 crônica, de leve à grave, reduziu:
- Em 34% a mortalidade5 por qualquer causa (p=0,0062 (ajustado), p=0,00009 (nominal));
- Em 19% a mortalidade5 por eventos combinados e todas as causas de hospitalização (p=0,00012);
- Em 31% a mortalidade5 por eventos combinados e hospitalização por agravamento da insuficiência cardíaca8 (p=< 0,00001);
- Em 32% a mortalidade5 por eventos combinados e transplante do coração17 (p=0,0002);
- Em 38% a mortalidade5 cardiovascular (p=0,00003);
- Em 41% a morte súbita (p=0,0002);
- Em 49% a mortalidade5 devido ao agravamento da insuficiência cardíaca8 (p=0,0023);
- Em 39% a incidência18 de morte cardíaca e infarto19 agudo20 do miocárdio21 não-fatal (p=< 0,00001);
- Em 32% a mortalidade5 por eventos combinados, hospitalização devido ao agravamento da insuficiência cardíaca8, e consulta devido à piora da insuficiência cardíaca8 (p=< 0,00001);
- Em 30% o número de hospitalizações devido ao agravamento da insuficiência cardíaca8 e em 15% o número de hospitalizações devido a causas cardiovasculares (p=0,0003). (Hjalmarson A et al. JAMA 2000; 283: 1295-302; MERIT-HF Study Group. Lancet 1999; 353: 2001-7)
Hipertensão arterial2
Em um estudo comparativo com placebo22, que usou dados de três amostras combinadas, Selozok foi significativamente superior na redução da pressão arterial3 supina após 24 horas (Westergren et al. Curr Ther Res 1994; 55:142-8).
Angina6 do peito7
Em um estudo controlado com placebo22, houve uma redução significativa do número de crises anginosas. Além disso, houve também um aumento significativo na capacidade de exercício (Bongers V, Sabin GV. Clin Drug Invest 1999; 17: 103-10; Egstrup K et al. Eur J Clin Pharmacol 1988; 33(suppl): S45-9).
Pós-infarto19
Sabe-se que no pós-infarto19, os pacientes que recebem betabloqueadores podem apresentar uma melhora na sobrevida10 de até 40%. Em um estudo que comparou doses de metoprolol de 50, 100 e 200 mg por dia, mostrou-se que após 5 anos houve uma mortalidade5 de 33% nos pacientes que receberam 200 mg/dia enquanto no grupo de pacientes que não receberam betabloqueadores, a mortalidade5 foi de 61% (Herlitz J et al. Cardiovasc Drugs Ther 2000; 14(6): 589-95).
Arritmias23
A estimulação beta-adrenérgica aumenta a magnitude da atividade da corrente de cálcio, aumenta a repolarização do potássio e do cloreto e aumenta a atividade de marcapasso24 (aumentando o ritmo sinusal). Além disso, um estresse agudo20 pode diminuir os níveis do potássio. Assim, o uso de fármacos betabloqueadores, que inibem esses efeitos, pode ter uma ação antiarrítmica através da redução da frequência cardíaca, redução do cálcio intracelular e da redução do automatismo após a despolarização. Em tecidos isquemiados agudamente, os betabloqueadores aumentam a necessidade de energia para fibrilar25 o coração17, o que é um efeito antiarrítmico26. Esses efeitos parecem ser os responsáveis pela redução de mortalidade5 em pacientes pós infartados tratados com metoprolol.
Assim como com os bloqueadores de canal de cálcio, um importante efeito do tratamento com betabloqueadores é o aumento do tempo de condução do nó AV27. Assim, os betabloqueadores também são úteis no controle de arritmias23 reentrantes que envolvam o nó AV27 e no controle da resposta ventricular na fibrilação atrial (Sanguinetti MC et al. J General Physiol 1990; 96: 195-215; Hume JR & Harvey RD Am J Physiol 1991; 261: C399-412; Anderson JL et al. Am J Cardiol 1983; 51: 1196-1202; Roden DM In: The Pharmacological Basis of Therapeutics, Ninth Edition, 1996, Hardman JG & Limbird LE (eds)).
Profilaxia da enxaqueca14
A eficácia dos betabloqueadores na profilaxia das crises de enxaqueca14 já é bem estabelecida. Vários estudos mostram que o metoprolol na dose de 200 mg/dia é eficaz na redução do número de crises de enxaqueca14. No entanto, doses menores também podem ser eficazes em alguns pacientes (Limmroth V, Michel MC Br J Clin Pharmacol 2001; 52(3): 237-43).
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
PROPRIEDADES FARMACODINÂMICAS
O metoprolol é um bloqueador beta-1 seletivo, isto é, bloqueia os receptores beta-1 em doses muito menores que as necessárias para bloquear os receptores beta-2.
O metoprolol possui um insignificante efeito estabilizador de membrana e não apresenta atividade agonista28 parcial.
O metoprolol reduz ou inibe o efeito agonista28 das catecolaminas no coração17 (as quais são liberadas durante o estresse físico e mental). Isto significa que o aumento usual da frequência cardíaca, do débito cardíaco29, da contractilidade cardíaca e da pressão arterial3, produzido pelo aumento agudo20 das catecolaminas, é reduzido pelo metoprolol. Durante altos níveis endógenos de adrenalina30, o metoprolol interfere muito menos no controle da pressão arterial3 do que os betabloqueadores não-seletivos.
O metoprolol em formulação de liberação controlada (Selozok) proporciona um perfil constante de concentração plasmática no tempo e efeito bloqueador beta-1 durante 24 horas diferentemente dos comprimidos convencionais de bloqueadores beta-1, incluindo formulações de tartarato de metoprolol.
Devido à inexistência de picos pronunciados na concentração plasmática, a seletividade clínica aos receptores beta-1 é aumentada com metoprolol em formulação de liberação controlada, quando comparada às formulações de comprimidos convencionais de bloqueadores beta-1 seletivos. Além disso, o risco potencial de reações adversas relacionadas aos picos de concentração plasmática, tais como, bradicardia31 e fadiga32 nas pernas, é reduzido.
Quando necessário, pode-se administrar metoprolol em associação com um agonista28 beta-2 em pacientes com sintomas15 de doença pulmonar obstrutiva.
Quando administrado junto com um agonista28 beta-2, metoprolol, nas doses terapêuticas, interfere menos na broncodilatação33 causada pelo agonista28 beta-2 do que os beta-bloqueadores não-seletivos.
Selozok interfere menos na liberação de insulina34 e no metabolismo35 dos carboidratos do que os betabloqueadores não-seletivos.
Selozok interfere muito menos na resposta cardiovascular para hipoglicemia36 do que os betabloqueadores não-seletivos.
Estudos de curto prazo demonstraram que Selozok pode causar um discreto aumento nos triglicérides37 e uma redução nos ácidos graxos livres no sangue38. Em alguns casos, foi observada uma pequena redução na fração de lipoproteínas de alta densidade (HDL39), embora em uma proporção menor do que a observada após a administração de betabloqueadores não-seletivos. Entretanto, foi demonstrada uma redução significativa nos níveis séricos totais de colesterol40 após tratamento com o metoprolol em um estudo realizado durante vários anos.
A qualidade de vida é mantida inalterada ou é melhorada durante o tratamento com Selozok.
Foi observada uma melhora na qualidade de vida após tratamento com metoprolol em pacientes após infarto do miocárdio12. Além disso, Selozok demonstrou aumentar a qualidade de vida em pacientes com insuficiência cardíaca8 crônica.
Efeitos na hipertensão41
Selozok reduz a pressão arterial3 elevada tanto em pacientes na posição supina quanto na ortostática. Pode ser observado aumento na resistência periférica42 após a instituição do tratamento com metoprolol, mas com curta duração (poucas horas) e clinicamente insignificante. Durante tratamento à longo prazo, a resistência periférica42 total pode ser reduzida, devido a reversão da hipertrofia43 na resistência arterial dos vasos. Também foi demonstrado que o tratamento anti-hipertensivo à longo prazo com o metoprolol reduz a hipertrofia43 ventricular esquerda e melhora a função diastólica ventricular esquerda e o enchimento ventricular esquerdo.
Em homens com hipertensão arterial2 leve a moderada, metoprolol tem demonstrado reduzir o risco de morte por doença cardiovascular, principalmente devido ao risco reduzido de morte cardiovascular súbita, reduzir o risco de infarto do miocárdio12 fatal e não-fatal e de acidente vascular cerebral44.
Efeitos na angina6 do peito7
Em pacientes com angina6 do peito7, metoprolol tem demonstrado reduzir a frequência, a duração e a gravidade, tanto das crises de angina6, quanto dos episódios de isquemia45 silenciosa e demonstrou aumentar a capacidade física de trabalho.
Efeitos no rítmo cardíaco
Em casos de taquicardia11 supraventricular ou fibrilação atrial e na presença de extra-sístoles46 ventriculares, Selozok reduz a frequência ventricular e as extra-sístoles46 ventriculares. Sua ação antiarrítmica é devida principalmente à inibição da automaticidade das células47 marcapasso24 e ao prolongamento do tempo de condução A-V.
Efeitos no infarto do miocárdio12
Em pacientes com suspeita ou infarto do miocárdio12 confirmado, o metoprolol reduz a mortalidade5, principalmente devido à redução do risco de morte súbita.
Presume-se que este efeito seja em parte devido à prevenção da fibrilação ventricular.
O efeito antifibrilatório pode ser devido a um mecanismo duplo: um efeito vagal na barreira hematoencefálica, influenciando de maneira benéfica a estabilidade elétrica do coração17, e um efeito antiisquêmico cardíaco direto simpático48, influenciando de maneira benéfica à contractilidade, a frequência cardíaca e a pressão arterial3. Tanto na intervenção precoce, como na intervenção tardia, a redução da mortalidade5 também é observada em pacientes de alto risco com doença cardiovascular prévia e em pacientes com diabetes mellitus49.
O metoprolol tem também demonstrado reduzir o risco de reinfarto do miocárdio21 não-fatal.
Efeitos nas desordens cardíacas com palpitações13
Selozok é adequado para o tratamento de transtornos cardíacos funcionais com palpitações13.
Efeitos na enxaqueca14
Selozok é adequado para o tratamento profilático da enxaqueca14.
PROPRIEDADES FARMACOCINÉTICAS
Absorção e distribuição
O metoprolol é completamente absorvido após administração oral. Devido ao extenso metabolismo35 de primeira passagem, a biodisponibilidade sistêmica do metoprolol em uma dose única oral é de aproximadamente 50%. A biodisponibilidade da preparação de liberação controlada é reduzida em aproximadamente 20-30% quando comparada com o comprimido convencional. Entretanto, isso demonstrou não ter significância para a eficácia clínica, uma vez que a área sob a curva de efeito (AUC50) para a frequência cardíaca é a mesma que para os comprimidos convencionais. A ligação do metoprolol às proteínas51 plasmáticas é baixa, aproximadamente 5-10%.
O comprimido revestido de liberação controlada consiste de múltiplos grânulos de succinato de metoprolol. Cada grânulo é recoberto com uma membrana de polímero que controla a velocidade de liberação do metoprolol.
O comprimido desintegra-se rapidamente após a ingestão, dispersando os grânulos ao longo do trato gastrointestinal, os quais vão liberando o metoprolol continuamente por cerca de 20 horas. A meia-vida de eliminação do metoprolol é em média de 3,5 horas. Assim, uma concentração plasmática constante de metoprolol é alcançada com intervalo de administração de 24 horas. A velocidade de liberação é independente de fatores fisiológicos, tais como, pH, alimentos e peristaltismo52.
Metabolismo35 e eliminação
O metoprolol sofre metabolismo35 oxidativo no fígado53 primariamente pela isoenzima CYP2D6. Três principais metabólitos54 foram identificados, entretanto nenhum deles tem efeito betabloqueador de importância clínica.
Via de regra, mais de 95% da dose oral pode ser recuperada na urina55. Aproximadamente 5% da dose administrada é excretada na urina55 como fármaco56 inalterado, podendo aumentar para até 30% em casos isolados. A meia-vida de eliminação do metoprolol no plasma57 é em média de 3,5 horas (extremos: 1 e 9 horas). A taxa de depuração total é de aproximadamente 1 L/min.
Os pacientes idosos não apresentam alterações significativas na farmacocinética do metoprolol, em comparação com pessoas jovens. A biodisponibilidade sistêmica e a eliminação do metoprolol não são alteradas em pacientes com função renal58 reduzida. Entretanto, a excreção dos metabólitos54 é reduzida. Foi observado um acúmulo significativo dos metabólitos54 em pacientes com uma taxa de filtração glomerular inferior a 5 mL/min. Esse acúmulo de metabólitos54, entretanto, não aumenta o efeito betabloqueador.
A farmacocinética do metoprolol é pouco afetada pela diminuição da função hepática59. Entretanto, em pacientes com cirrose60 hepática59 grave e derivação portacava, a biodisponibilidade do metoprolol pode aumentar e a depuração total pode ser reduzida. Os pacientes com anastomose61 portacava apresentaram uma depuração total de aproximadamente 0,3 L/min e valores da área sob a curva de concentração plasmática versus tempo (AUC50) até 6 vezes maiores que em indivíduos sadios.
Dados de segurança pré-clínica
Nenhum dado relevante foi encontrado.
CONTRAINDICAÇÕES
Selozok é contraindicado em pacientes com hipersensibilidade ao metoprolol, aos demais componentes da fórmula ou a outros betabloqueadores.
Bloqueio atrioventricular de grau II ou de grau III, pacientes com insuficiência cardíaca8 não compensada instável (edema pulmonar62, hipoperfusão ou hipotensão63), e pacientes com terapia inotrópica contínua ou intermitente64 agindo através de agonista28 do receptor beta, bradicardia31 sinusal clinicamente relevante, síndrome65 do nó sino-atrial (a não ser que um marcapasso24 permanente esteja em uso), choque66 cardiogênico e arteriopatia periférica grave.
O metoprolol não deve ser administrado em pacientes com suspeita de infarto19 agudo20 do miocárdio21, enquanto a frequência cardíaca for < 45 batimentos/minuto, o intervalo PQ for > 0,24 segundos ou a pressão sistólica67 for < 100 mmHg.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Não se deve realizar administração intravenosa de antagonistas de cálcio do tipo verapamil em pacientes tratados com betabloqueadores.
Pacientes com doenças broncoespásticas, em geral, não devem receber betabloqueadores. Porém, devido à sua relativa seletividade beta-1, Selozok pode ser usado com cautela em pacientes com doença broncoespástica que não respondem, ou não toleraram tratamento com outros anti-hipertensivos.
Geralmente, quando estiver tratando pacientes com asma68, deve-se administrar terapia concomitante com agonista28 beta-2 (comprimidos e/ou inalação). Pode haver necessidade de ajuste da dose do agonista28 beta-2 (aumento) quando o tratamento com Selozok é iniciado. O risco de Selozok interferir com receptores beta-2 é, entretanto, menor quando comparado a formulações convencionais de bloqueadores beta-1 seletivos.
Selozok deve ser usado com cautela em pacientes diabéticos. Betabloqueadores podem mascarar taquicardia11 ocorrendo com hipoglicemia36, mas outras manifestações como vertigem69 e sudorese70 podem não ser significativamente afetadas. Durante o tratamento com Selozok, o risco de interferência com o metabolismo35 de carboidratos ou de mascarar a hipoglicemia36 é provavelmente menor do que com tratamento com comprimidos convencionais de bloqueadores beta-1 seletivos e muito menor do que com betabloqueadores não-seletivos.
A estimulação simpática é um componente vital de suporte da função circulatória em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva71 e os betabloqueadores possuem o risco potencial de depressão da contractilidade do miocárdio21, podendo precipitar uma insuficiência cardíaca8 mais severa. Em pacientes hipertensos e com angina6 que têm insuficiência cardíaca congestiva71 controlada por digitálicos e diuréticos16, Selozok deve ser administrado com cautela. Tanto digitálicos quanto Selozok diminuem a condução A-V. Muito raramente, uma alteração preexistente da condução A-V de grau moderado pode ser agravada (levando, possivelmente, a bloqueio A-V).
O uso de betabloqueadores por um período de tempo prolongado pode, em alguns casos, levar à insuficiência cardíaca8. Nos primeiros sinais72 ou sintomas15 de iminência de insuficiência cardíaca8, os pacientes devem ser totalmente digitalizados e/ou receber diuréticos16. A resposta deve ser atentamente observada. Se a insuficiência cardíaca8 persistir, o tratamento com Selozok deve ser suspenso.
Se os pacientes desenvolverem crescente bradicardia31, deve-se reduzir a dose de Selozok ou suspender a medicação gradualmente.
Selozok pode agravar os sintomas15 de arteriopatia periférica.
Se utilizado em pacientes com feocromocitoma73, deve-se administrar concomitantemente um alfa-bloqueador.
A biodisponibilidade do metoprolol pode estar aumentada em pacientes com cirrose60 hepática59, por isso deve ser usado sob cuidado nestes pacientes.
A suspensão abrupta de betabloqueadores é perigosa, especialmente em pacientes de alto risco e, portanto, não deve ser realizada. Após a interrupção abrupta da terapia com certos agentes bloqueadores, tem ocorrido exacerbações de angina6 do peito7 e, em alguns casos, infarto do miocárdio12.
Se houver a necessidade de descontinuar o tratamento com Selozok, recomenda-se que seja feito de forma gradual, em um período mínimo de 2 semanas, em que a dose é reduzida pela metade, a cada redução, até a etapa final em que a dose de 25 mg é reduzida à metade.
A dose final deve ser administrada, no mínimo, por 4 dias antes da descontinuação. Se a angina6 piorar ou se desenvolver uma insuficiência74 coronariana aguda, a administração de Selozok deve ser imediatamente reiniciada, pelo menos temporariamente, e devem ser tomadas outras medidas apropriadas para o controle da angina6 instável. Sabendo-se que a doença da artéria75 coronária é comum e pode não estar diagnosticada, aconselha-se que o tratamento não seja interrompido abruptamente, mesmo em pacientes tratados apenas para hipertensão41. Se ocorrerem sintomas15, recomenda-se a diminuição da velocidade de retirada. A retirada abrupta de betabloqueador pode agravar a insuficiência cardíaca8 crônica e também aumentar o risco de infarto do miocárdio12 e morte súbita.
A necessidade ou desejo de retirar a terapia betabloqueadora antes de cirurgias maiores é controversa, a habilidade prejudicada do coração17 para responder a estímulos adrenérgicos76 reflexos pode aumentar os riscos de anestesia77 geral e procedimentos cirúrgicos. Selozok, como outros betabloqueadores, é um inibidor competitivo de agonistas de beta-receptores e seus efeitos podem ser revertidos pela administração destes agentes, por exemplo, dobutamina ou isoproterenol. Entretanto, estes pacientes podem estar sujeitos a hipotensão63 severa prolongada. Dificuldade em reiniciar e manter os batimentos cardíacos tem sido também relatada com betabloqueadores.
Antes de cirurgias, o anestesista deve ser informado de que o paciente está tomando Selozok. Não é recomendado interromper o tratamento com betabloqueador em pacientes que serão submetidos à cirurgia. Início agudo20 com altas doses de metoprolol para pacientes78 submetidos à cirurgia não-cardíaca deve ser evitado, pois tem sido associada com bradicardia31, hipotensão arterial79 e acidente vascular cerebral44, inclusive fatais, em pacientes com fatores de risco cardiovascular.
Em pacientes utilizando betabloqueadores, o choque anafilático80 manifesta-se com maior intensidade.
O bloqueio beta-adrenérgico81 pode mascarar certos sinais72 clínicos de hipertireoidismo82 (ex.: taquicardia11). Pacientes suspeitos de apresentarem tireotoxicoses devem ser controlados cuidadosamente para evitar interrupção abrupta do bloqueio beta, o que pode precipitar uma descompensação do quadro.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas: deve-se avaliar a reação dos pacientes ao medicamento antes de dirigir veículos e operar máquinas, porque, ocasionalmente, podem ocorrer vertigem69 ou fadiga32.
Gravidez83 e lactação84
Categoria de risco na gravidez83: C – Não há estudos adequados em mulheres. Em experiências animais ocorreram alguns efeitos colaterais85 no feto86, mas o benefício do produto pode justificar o risco potencial durante a gravidez83.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Selozok não deve ser usado durante a gravidez83 ou lactação84 ao menos que o seu uso seja considerado essencial. Em geral, os betabloqueadores reduzem a perfusão placentária, o que tem sido associado com retardo de crescimento, morte intrauterina, aborto e parto prematuro. Sugere-se que acompanhamento materno-fetal apropriado seja realizado em mulheres grávidas tratadas com metoprolol. Os betabloqueadores podem causar efeitos adversos, como por exemplo, bradicardia31 no feto86, no recém-nascido e em crianças sob aleitamento materno87.
A quantidade de metoprolol ingerida pelo lactente88 através do leite materno, entretanto, parece ser insignificante com relação ao efeito betabloqueador no lactente88, se a mãe é tratada com metoprolol em doses terapêuticas normais.
Este medicamento pode causar doping.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
O metoprolol é um substrato metabólico para o citocromo P450 isoenzima CYP2D6. Fármacos que atuam como substâncias indutores enzimáticos e inibidores enzimáticos podem exercer uma influência sobre os níveis plasmáticos de metoprolol. Os níveis plasmáticos de metoprolol podem ser elevados pela co-administração de compostos metabolizados pelo CYP2D6, ex.: antiarrítimicos, anti-histamínicos, antagonistas do receptor de histamina89-2, antidepressivos, antipsicóticos e inibidores da COX-2. A concentração plasmática de metoprolol é diminuída pela rifampicina e pode ser elevada pelo álcool e hidralazina.
Recomenda-se cuidado especial a pacientes recebendo tratamento concomitante com agentes bloqueadores ganglionares simpáticos, outros betabloqueadores (ex.: colírio90) ou inibidores da MAO91 (monoaminoxidase).
Se tratamento concomitante com clonidina for descontinuado, a medicação betabloqueadora deve ser retirada vários dias antes da clonidina.
Pode ocorrer aumento dos efeitos negativos sobre o inotropismo e cronotropismo quando metoprolol for administrado junto com antagonistas do cálcio do tipo verapamil e diltiazem. Pacientes tratados com betabloqueadores, não devem receber administração intravenosa de antagonistas de cálcio do tipo verapamil.
Os betabloqueadores podem aumentar os efeitos negativos sobre o inotropismo e o dromotropismo de agentes antiarrítmicos (do tipo da quinidina e amiodarona).
A associação de digitálicos glicosídeos e betabloqueadores pode aumentar o tempo de condução atrioventricular e pode induzir a bradicardia31.
Em pacientes recebendo terapia com betabloqueador, os anestésicos inalatórios aumentam o efeito cardiodepressor.
O tratamento concomitante com indometacina ou outros fármacos inibidores da prostaglandina92 sintetase pode diminuir o efeito anti-hipertensivo dos betabloqueadores.
Sob certas condições, quando a adrenalina30 é administrada em pacientes tratados com betabloqueadores, os betabloqueadores cardiosseletivos interferem em menor grau com o controle da pressão sanguínea que os não-seletivos.
Pode ser necessário um ajuste da dose de hipoglicemiantes orais93 em pacientes sob tratamento com betabloqueadores.
O metoprolol pode reduzir a taxa de depuração plasmática de outros fármacos (ex.: lidocaína).
Fármacos depletores das catecolaminas (ex.: reserpina), proporcionam um efeito aditivo quando usados junto a agentes betabloqueadores.
Interferências com exames laboratoriais: o uso de Selozok pode apresentar níveis séricos elevados das transaminases, fosfatase alcalina94 e lactato95 desidrogenase (DHL).
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Cuidados de conservação
Conservar em temperatura ambiente (15ºC a 30ºC).
Selozok tem validade de 36 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem. Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Aspecto físico
Selozok é apresentado da seguinte maneira:
- Selozok 25 mg: comprimidos de cor branca a quase branca, ovais, sulcados dos dois lados e gravado A/β em um dos lados. Os comprimidos podem ser divididos em doses iguais.
- Selozok 50 mg: comprimidos de cor branca a quase branca, redondos, sulcados em um dos lados e gravado A/mO do outro. O sulco é somente para facilitar a divisão do comprimido auxiliando na ingestão e não divide em doses iguais.
- Selozok 100 mg: comprimidos de cor branca a quase branca, redondos, sulcados em um dos lados e gravado A/mS do outro. O sulco é somente para facilitar a divisão do comprimido auxiliando na ingestão e não divide em doses iguais.
Os comprimidos e as partes divididas não devem ser mastigados ou amassados. Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
POSOLOGIA E MODO DE USAR
Selozok deve ser administrado em dose única diária por via oral, com líquido, podendo ser ingerido com as refeições ou com o estômago96 vazio.
Hipertensão41
A dosagem recomendada para pacientes78 com hipertensão41 leve à moderada é 50 mg de Selozok uma vez ao dia. Em pacientes que não respondem a 50 mg, a dose pode ser aumentada para 100 a 200 mg uma vez ao dia e/ou combinada com outros agentes anti-hipertensivos.
O tratamento anti-hipertensivo de longa duração com doses diárias de 100-200 mg de metoprolol tem demonstrado reduzir a mortalidade5 total, incluindo morte cardiovascular súbita, acidente vascular cerebral44 e eventos coronarianos em pacientes hipertensos.
Angina6 do peito7
A dosagem recomendada é 100-200 mg de Selozok uma vez ao dia. Se necessário, Selozok pode ser combinado com outros agentes antianginosos.
Insuficiência cardíaca8 crônica:
A dose de Selozok deve ser ajustada individualmente em pacientes com insuficiência cardíaca8 crônica estabilizados com outro tratamento de insuficiência cardíaca8. Uma dose inicial recomendada durante as duas primeiras semanas é um comprimido de 25 mg uma vez ao dia. Recomenda-se que os pacientes com classes funcionais III-IV de NYHA comecem com meio comprimido de 25 mg uma vez ao dia, na primeira semana. Recomenda-se que a dose seja dobrada a cada 2 semanas, até uma dose máxima de 200 mg de metoprolol uma vez ao dia (ou até a dose máxima tolerada). Durante o tratamento à longo prazo, o objetivo deve ser atingir a dose de 200 mg de metoprolol uma vez ao dia (ou a dose máxima tolerada).
Em cada nível posológico, o paciente deve ser avaliado cuidadosamente no que se refere à tolerabilidade. Em caso de hipotensão63, pode ser necessário reduzir a medicação concomitante. A hipotensão63 inicial não significa
necessariamente que a dose não possa ser tolerada no tratamento crônico97, mas o paciente deve ser mantido com a menor dose, até se estabilizar.
Arritmias23 cardíacas
A dosagem recomendada é de 100-200 mg de Selozok uma vez ao dia.
Tratamento de manutenção após infarto do miocárdio12
Foi demonstrado que o tratamento à longo prazo com o metoprolol em doses de 200 mg, administrados uma vez ao dia, reduz o risco de morte (incluindo morte súbita) e reduz o risco de reinfarto (também em pacientes com diabetes mellitus49).
Alterações cardíacas funcionais com palpitações13
A dosagem recomendada é 100 mg uma vez ao dia. Se necessário, a dose pode ser aumentada para 200 mg.
Profilaxia da enxaqueca14
A dosagem recomendada é 100-200 mg uma vez ao dia.
Crianças: há experiência limitada do tratamento de crianças com Selozok.
Insuficiência hepática98: normalmente, não é necessário ajuste de dose em pacientes com cirrose60 hepática59, porque o metoprolol tem uma baixa taxa de ligação protéica (5%-10%). Quando há sinais72 de sério comprometimento da função hepática59 (por exemplo, pacientes submetidos à cirurgia de derivação), deve-se considerar uma redução da dose.
Insuficiência renal99: não é necessário ajuste de dose em pacientes com insuficiência renal99.
Idosos: não é necessário ajuste de dose.
Se o paciente esquecer de tomar o comprimido de Selozok, ele deverá tomar apenas a próxima dose programada. Não dobrar a dose. O médico pode orientar o paciente sobre a melhor conduta no caso de esquecimento de dose considerando o caso especifico do paciente.
Este medicamento não deve ser esmagado ou mastigado.
REAÇÕES ADVERSAS
Selozok é bem tolerado e as reações adversas têm sido geralmente leves e reversíveis. Os eventos a seguir têm sido relatados como eventos adversos em estudos clínicos ou em uso de rotina, principalmente, com o metoprolol convencional (tartarato de metoprolol). Em muitos casos, não foi estabelecida uma relação com o tratamento com metoprolol.
As seguintes definições de frequência são usadas: muito comum (≥ 1/10), comum (≥ 1/100 e < 1/10), incomum (≥ 1/1.000 e < 1/100), rara (≥ 1/10.000 e < 1/1.000) e muito rara (< 1/10.000).
Sistema Cardiovascular100
- Comum: bradicardia31, alterações posturais (muito raramente com síncope101), mãos102 e pés frios, fenômeno de Raynaud103 e palpitações13.
- Incomum: deterioração dos sintomas15 de insuficiência cardíaca8, choque66 cardiogênico em pacientes com infarto19 agudo20 do miocárdio21*, bloqueio cardíaco104 de primeiro grau, edema105, dor precordial106 e hipotensão63.
- Rara: alterações da condução cardíaca e arritmias23 cardíacas.
- Muito rara: gangrena107 em pacientes com alterações circulatórias periféricas graves preexistentes.
* Excesso de frequência de 0,4% comparado com placebo22 em um estudo com 46000 pacientes com infarto19 agudo20 do miocárdio21 quando a frequência de choque66 cardiogênico foi de 2,3% no grupo metoprolol e 1,9% no grupo placebo22 no subgrupo de pacientes com menor índice de risco de choque66. O índice de risco de choque66 foi baseado no risco absoluto em cada paciente individualmente derivado da idade, sexo, time delay, classe Killip, pressão sanguínea, frequência cardíaca, anormalidades no ECG e histórico de hipertensão41 prévia. O grupo de pacientes com menor índice de risco de choque66 corresponde aos pacientes nos quais metoprolol é recomendado para o uso em infarto19 agudo20 do miocárdio21.
Sistema Nervoso Central108
- Muito comum: fadiga32 e astenia109.
- Comum: vertigem69 e cefaléia110.
- Incomum: parestesia111 e cãibras musculares.
Sistema Gastrointestinal
- Comum: náuseas112, dor abdominal, diarréia113 e constipação114.
- Incomum: vômitos115.
- Rara: boca116 seca.
Sistema Hematológico
- Muito rara: trombocitopenia117, agranulocitose118 e púrpura119 trombocitopênica.
Sistema Hepático
- Rara: alterações de testes da função hepática59. Muito rara: hepatite120.
Metabolismo35
- Incomum: ganho de peso.
Músculo-esquelético
- Muito rara: artralgia121.
Efeitos Psiquiátricos
- Incomum: depressão, dificuldade de concentração, sonolência ou insônia e pesadelos.
- Rara: nervosismo, ansiedade e impotência122/disfunção sexual.
- Muito rara: amnésia123/comprometimento da memória, confusão e alucinações124.
Sistema Respiratório125
- Comum: dispnéia126 de esforço.
- Incomum: broncospasmo.
- Rara: rinite127.
Órgãos dos Sentidos
- Rara: distúrbios da visão128, irritação e/ou ressecamento dos olhos129 e conjuntivite130.
- Muito rara: zumbido e distúrbios do paladar131.
Pele132:
- Incomum: exantema133 (na forma de urticária134 psoriasiforme e lesões135 cutâneas136 distróficas) e sudorese70 aumentada.
- Rara: perda de cabelo137.
- Muito rara: reações de fotossensibilidade e agravamento da psoríase138.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA ou à Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
SUPERDOSE
Sintomas15
Os sintomas15 da superdose podem incluir hipotensão63, insuficiência cardíaca8 aguda, bradicardia31 e bradiarritmias, distúrbios na condução cardíaca e broncoespasmo139.
Tratamento
O tratamento deve ser realizado em local com medidas de atendimento, monitoramento e supervisão adequados.
Se necessário, lavagem gástrica140 e carvão ativado podem ser administrados.
Atropina, fármacos estimulantes do sistema adrenérgico81 ou marcapasso24 podem ser utilizados para tratar bradicardia31 e desordens de condução.
Hipotensão63, insuficiência cardíaca8 aguda e choque66 devem ser adequadamente tratados com expansores de volume, injeção141 de glucagon142 (seguido de uma infusão intravenosa de glucagon142, se necessário), administração intravenosa de fármacos estimulantes do sistema adrenérgico81 como a dobutamina, combinada com fármacos agonistas alfa 1 quando houver vasodilatação.
O uso intravesono de Ca2+ também pode ser considerado.
Broncoespasmo139 pode geralmente ser revertido por broncodilatadores143.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
MS - 1.1618.0077
Farm. Resp.: Dra. Gisele H. V. C. Teixeira - CRF-SP nº 19.825
Fabricado por:
AstraZeneca AB (Gärtunavägen) - Södertälje - Suécia
Importado e embalado por:
AstraZeneca do Brasil Ltda.
Rod. Raposo Tavares, km 26,9 - Cotia - SP - CEP 06707-000
CNPJ 60.318.797/0001-00 - Indústria Brasileira
SAC 0800 014 5578