

Decadron Elixir (Bula do profissional de saúde)
Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Decadron
dexametasona
Elixir 0,1 mg/mL
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Elixir
Frascos de 60 ou 120 mL + copo dosador
VIA DE ADMINISTRAÇÃO: USO ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO:
Cada 5 mL de Decadron elixir contém:
dexametasona | 0,5 mg |
veículo q.s.p. | 5 mL |
Veículo: glicerol, ácido benzóico, sacarina1 sódica di-hidratada, álcool etílico, água purificada, aroma de cereja e aroma de menta.
Teor Alcoólico: 3,80 a 5,70 % .
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE2
INDICAÇÕES
Este medicamento é destinado ao tratamento de condições nas quais os efeitos anti-inflamatórios e imunossupressores dos corticosteróides são desejados, especialmente para tratamento intensivo durante períodos mais curtos.
Indicações específicas:
Alergopatias: controle de afecções3 alérgicas graves ou incapacitantes, não suscetíveis às tentativas adequadas de tratamento convencional em: rinite4 alérgica sazonal ou perene, asma5, dermatite6 de contato, dermatite6 atópica, doença do soro7, reações hipersensibilidade a medicamentos.
Doenças reumáticas: como terapia auxiliar na administração a curto prazo durante episódio agudo8 ou exacerbação de: artropatia9 psoriásica, artrite reumatóide10, incluindo artrite reumatóide10 juvenil (casos selecionados podem requerer terapia de manutenção de baixa dose), espondilite anquilosante, bursopatia aguda e subaguda11, tenossinovite aguda não especificada, artrite12 gotosa aguda, artrose13 pós-traumática, sinovite14 ou artrose13, epicondilite.
Dermatopatias: pênfigo, dermatite6 herpetiforme bolhosa, eritema15 polimorfo (eritema multiforme16) grave (síndrome de Stevens-Johnson17), dermatite6 esfoliativa, micose18 fungóide, psoríase19 grave, dermatite6 seborréica grave.
Oftalmopatias: processos alérgicos e inflamatórios graves, agudos e crônicos, envolvendo o olho20 e seus anexos21 tais como: conjuntivite22 aguda atópica, ceratite, úlceras23 marginais corneanas alérgicas, herpes zoster24 oftálmico, irite25 e iridociclite, inflamação26 coriorretiniana, inflamação26 do segmento anterior do olho27, uveíte28 e coroidite posteriores difusas, neurite29 óptica, oftalmia simpática.
Endocrinopatias30: insuficiência31 adrenocortical primária ou secundária (hidrocortisona ou cortisona como primeira escolha; análogos sintéticos devem ser usados em conjunção com mineralocorticóides onde aplicável; na infância, a suplementação32 mineralocorticóide é de particular importância), hiperplasia33 adrenal congênita34 (transtornos adrenogenitais congênitos35 associados à deficiência enzimática), tireoidite não-supurativa (tireoidite subaguda11), distúrbio do metabolismo36 do cálcio associado ao câncer37.
Pneumopatias: sarcoidose38 sintomática39, pneumonia40 de Loeffler não-controlável por outros meios, beriliose41, tuberculose42 pulmonar fulminante ou disseminada, quando simultaneamente acompanhada de quimioterapia43 antituberculosa adequada, pneumonia40 aspirativa (pneumonite44 devido a alimento ou vômito45).
Hemopatias: púrpura46 trombocitopênica idiopática47 em adulto, trombocitopenia48 secundária em adultos, anemia hemolítica49 adquirida (auto-imune), eritroblastopenia, anemia50 hipoplástica congênita34 (eritróide).
Doenças Neoplásicas51: no tratamento paliativo52 de leucemias e linfomas do adulto e leucemia53 aguda da infância.
Estados Edematosos: para induzir diurese54 ou remissão da proteinúria55 na síndrome nefrótica56 sem uremia57, do tipo idiopático58 ou devido ao lupus59 eritematoso60.
Edema61 Cerebral: este medicamento pode ser usado para tratar pacientes com edema61 cerebral de várias causas. Os pacientes com edema61 cerebral associado a tumores cerebrais primários ou metastáticos podem beneficiar-se da administração oral deste medicamento. Também pode ser utilizado no pré-operatório de pacientes com aumento da pressão intracraniana secundário a tumores cerebrais ou como medida paliativa em pacientes com neoplasias62 cerebrais inoperáveis ou recidivantes63 e no controle do edema61 cerebral associado com cirurgia neurológica. Alguns pacientes com edema61 cerebral causado por lesão64 cefálica ou pseudotumores do cérebro65 podem também se beneficiar da terapia com este medicamento por via oral. O uso deste medicamento no edema61 cerebral não constitui substituto de cuidadosa avaliação neurológica e controle definitivo, tal como neurocirurgia ou outros tratamentos específicos.
Doenças Gastrintestinais: para auxílio durante o período crítico de colite66 ulcerativa e doença de Crohn67 (enterite regional).
Várias: meningite68 tuberculosa ou com bloqueio subaracnóide ou bloqueio de drenagem69, quando simultaneamente acompanhado por adequada quimioterapia43 antituberculosa. Triquinose70 com comprometimento neurológico ou miocárdico. Durante a exacerbação ou como tratamento de manutenção em determinados casos de lupus59 eritematoso60 e cardite aguda reumatóide.
Prova Diagnóstica da Hiperfunção Adrenocortical.
RESULTADOS DE EFICÁCIA
Com o objetivo de avaliar a eficácia da dexametasona oral, crianças de 5 a 18 anos com faringite71 moderada a grave (odinofagia72 ou disfagia73, eritema15 faringeal moderado a grave ou inchaço74), foram randomizadas em um estudo clínico prospectivo75, duplo-cego, placebo76 controlado, para determinar a eficácia de uma dose única oral de dexametasona na redução da dor associada à faringite71. Concluiu-se que crianças com faringite71 moderada a grave tiveram início mais precoce do alívio da dor e menor tempo de dor de garganta77 quando administrada dexametasona oral.
Em um estudo duplo-cego78, randomizado79, placebo76 controlado envolvendo 70 crianças com menos de 24 meses, cada paciente recebeu ou 1 dose de 1 mg/kg de dexametasona por via oral ou placebo76 e foi avaliado a cada hora por um período de 4 horas para analisar a eficácia da dexametasona oral na bronquiolite aguda.
Os pacientes ambulatoriais com bronquiolite aguda moderada a grave em tratamento com dexametasona oral na fase inicial de 4 horas de terapia, obtiveram benefício em relação à significância clínica e a hospitalização.
Em um estudo clínico prospectivo75, randomizado79, com crianças (2 a 18 anos) com asma5 aguda, foi investigado se dois dias de tratamento com dexametasona oral seria mais eficaz que cinco dias de prednisona/prednisolona na melhora dos sintomas80 e prevenção de recaída. Concluiu-se que 2 doses de dexametasona proporcionam eficácia semelhante a 5 doses de prednisona/prednisolona.
- Olympia RP, Khine H, Avner JR. Effectiveness of oral dexamethasone in the treatment of moderate to severe pharyngitis in children. Arch Pediatr Adolesc Med. 2005 Mar;159(3):278-82.
- Schuh S, Coates AL, Binnie R, Allin T, Goia C, Corey M, Dick PT. Efficacy of oral dexamethasone in outpatients with acute bronchiolitis. J Pediatr. 2002 Jan;140(1):27-32.
- Qureshi F, Zaritsky A, Poirier MP.Comparative efficacy of oral dexamethasone versus oral prednisone in acute pediatric asthma.J Pediatr. 2001 Jul;139(1):20-6.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades farmacodinâmicas
Decadron é um glicocorticóide sintético usado principalmente por seus potentes efeitos anti- inflamatórios. Embora sua atividade anti-inflamatória seja acentuada, mesmo com doses baixas, seu efeito no metabolismo36 eletrolítico é leve. Em doses antiinflamatórias equipotentes, a dexamentasona é quase completamente isenta da propriedade retentora de sódio, da hidrocortisona e dos derivados intimamente relacionados a ela. Os glicocorticóides provocam profundos e variados efeitos metabólicos. Eles também modificam a resposta imunológica do organismo a diversos estímulos.
A dexametasona possui as mesmas ações e efeitos de outros glicocorticóides básicos, e encontra-se entre os mais ativos de sua classe. Os glicocorticóides são esteróides adrenocorticais, tanto de ocorrência natural como sintética, e são rapidamente absorvidos pelo trato gastrintestinal. Essas substâncias causam profundos e variados efeitos metabólicos e, além disso, alteram as respostas imunológicas do organismo a diversos estímulos.
Os glicocorticóides naturais (hidrocortisona e cortisona), que também possuem propriedades de retenção de sal, são utilizados como terapia de reposição nos estados de deficiência adrenocortical. Seus análogos sintéticos, incluindo a dexametasona, são usados principalmente por seus efeitos anti-inflamatórios potentes em distúrbios de muitos órgãos.
A dexametasona possui atividade glicocorticóide predominante com pouca propensão a promover retenção renal81 de sódio e água. Portanto, não proporciona terapia de reposição completa, e deve ser suplementada com sal e/ou desoxicorticosterona. A cortisona e a hidrocortisona também agem predominantemente como glicocorticóides, embora a ação mineralocorticóide seja maior do que a da dexametasona. Seu uso em pacientes com insuficiência31 adrenocortical total também pode requerer suplementação32 de sal, desoxicortisona, ou ambos. A fludrocortisona, por outro lado, possui tendência a reter mais sal; entretanto, em doses que proporcionam atividade glicocorticóide adequada, pode induzir ao edema61.
Propriedades farmacocinéticas
O tempo para atingir o pico da concentração plasmática após administração de elixir de dexametasona por via oral é de 10 a 60 minutos.
A biodisponibilidade da dexametasona oral na forma de elixir é 86,1%. O volume de distribuição da dexametasona é de 2 L/Kg.
O metabolismo36 da dexametasona ocorre no fígado82.
A excreção ocorre em larga escala nos rins83, mas também ocorre na bile84 em menor extensão. A meia-vida de eliminação da dexametasona é de 1,88 a 2,23 horas.
CONTRAINDICAÇÕES
Infecções85 fúngicas86 sistêmicas, hipersensibilidade a sulfitos ou a qualquer outro componente do medicamento e administração de vacinas de vírus87 vivo (vide item "Advertências e Precauções").
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Deve-se utilizar a menor dose possível de corticosteróides para controlar afecção88 em tratamento e, quando possível a redução posológica, esta deve ser gradual.
Os corticosteróides podem exacerbar infecções85 fúngicas86 sistêmicas e portanto não devem ser usados na presença de tais infecções85 a menos que sejam necessários para controlar reações da anfotericina B. Além disso, existem casos relatados em que o uso concomitante de anfotericina B e hidrocortisona foi seguido de aumento do coração89 e insuficiência31 congestiva.
Relatos da literatura sugerem uma aparente associação entre o uso de corticosteróides e ruptura da parede livre do ventrículo esquerdo após infarto90 recente do miocárdio91; portanto, terapêutica92 com corticosteróides deve ser utilizada com muita cautela nestes pacientes.
Doses médias e grandes de hidrocortisona ou cortisona podem causar elevação da pressão arterial93, retenção de sal e água e maior excreção de potássio. Tais efeitos são menos prováveis de ocorrer com os derivados sintéticos, salvo quando se utilizam grandes doses. Pode ser necessária a restrição dietética de sal e suplementação32 de potássio. Todos os corticosteróides aumentam a excreção de cálcio. A insuficiência31 adrenocortical secundária induzida por drogas pode resultar da retirada muito rápida de corticosteróide e pode ser minimizada pela redução posológica gradual. Este tipo de insuficiência31 relativa pode persistir por meses após a cessação do tratamento. Por isso, em qualquer situação de estresse que ocorra durante esse período, deve-se reinstituir a terapia corticosteróide ou pode haver a necessidade de aumentar a posologia em uso. Dada a possibilidade de prejuízo da secreção mineralocorticóide, deve-se administrar conjuntamente sal e/ou mineralocorticóide. Após terapia prolongada, a retirada dos corticosteróides pode resultar em síndrome94 da retirada de corticosteróides, compreendendo febre95, mialgia96, artralgia97 e mal-estar. Isso pode ocorrer mesmo em pacientes sem sinais98 de insuficiência31 das supra-renais.
A administração das vacinas com vírus87 vivos é contraindicada em indivíduos recebendo doses imunossupressoras de corticosteróides. Se forem administradas vacinas com vírus87 ou bactérias inativadas em indivíduos recebendo doses imunossupressoras de corticosteróides, a resposta esperada de anticorpos99 séricos pode não ser obtida. Entretanto, podem ser realizados processos de imunização100 em pacientes que estejam recebendo corticosteróides como terapia de substituição como, por exemplo, na doença de Addison.
O uso de Decadron comprimido na tuberculose42 ativa deve se restringir aos casos de doença fulminante ou disseminada, em que se usa o corticosteróide para o controle da doença, em conjunto com o adequado tratamento antituberculoso. Se houver indicação de corticosteróides em pacientes com tuberculose42 latente ou reação à tuberculina, torna-se necessária estreita observação, dada a possibilidade de ocorrer reativação da doença. Durante tratamento corticosteróide prolongado, esses pacientes devem receber quimioprofilaxia.
Medicamentos imunossupressores podem ativar focos primários de tuberculose42. Os médicos que acompanham pacientes sob imunossupressão101 devem estar alertas quanto à possibilidade de surgimento de doença ativa, tomando, assim, todos os cuidados para o diagnóstico102 precoce e tratamento.
Os esteróides devem ser utilizados com cautela em colite66 ulcerativa inespecífica, se houver probabilidade de iminente perfuração, abscessos103 ou outras infecções85 piogênicas, diverticulite104, anastomose105 intestinal recente, úlcera péptica106 ativa ou latente, insuficiência renal107, hipertensão108, osteoporose109 e miastenia110 gravis. Sinais98 de irritação do peritônio111, após perfuração gastrintestinal, em pacientes recebendo grandes doses de corticosteróides, podem ser mínimos ou ausentes. Tem sido relatada embolia112 gordurosa como possível complicação do hipercortisonismo.
Nos pacientes com hipotireoidismo113 e nos cirróticos há maior efeito dos corticosteróides. Em alguns pacientes os esteróides podem aumentar ou diminuir a motilidade e o número de espermatozóides114.
Os corticosteróides podem mascarar alguns sinais98 de infecção115 e novas infecções85 podem aparecer durante o seu uso. Na malária cerebral, o uso de corticosteróides está associado ao prolongamento do coma116 e a uma maior incidência117 de pneumonia40 e sangramento gastrintestinal.
Os corticosteróides podem ativar a amebíase latente. Portanto, é recomendado que a amebíase latente ou ativa sejam excluídas antes de ser iniciada a terapia corticosteróide em qualquer paciente que tenha diarréia118 não explicada.
O uso prolongado dos corticosteróides pode produzir catarata119 subcapsular posterior, glaucoma120 com possível lesão64 dos nervos ópticos e estimular o estabelecimento de infecções85 oculares secundárias devidas a fungos ou vírus87.
Os corticosteróides devem ser usados com cuidado em pacientes com herpes simples oftálmica devido à possibilidade de perfuração corneana.
Gravidez121 e lactação122
Não há estudos controlados suficientes com a dexamentasona em mulheres grávidas para assegurar a segurança do uso deste medicamento durante a gestação. Desta forma, o seu uso durante a gravidez121 ou na mulher em idade fértil requer que os benefícios previstos sejam confrontados com os possíveis riscos para a mãe e o embrião ou feto123. Crianças nascidas de mães que durante a gravidez121 tenham recebido doses substanciais de corticosteróides devem ser cuidadosamente observadas quanto a sinais98 de hipoadrenalismo.
Categoria de risco de gravidez121 C – Não há estudos adequados em mulheres. Em experiências animais ocorreram alguns efeitos colaterais124 no feto123, mas o benefício do produto pode justificar o risco potencial durante a gravidez121.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Os corticosteróides aparecem no leite materno e podem inibir o crescimento, interferir na produção endógena de corticosteróides ou causar outros efeitos indesejáveis. Mães que utilizam doses farmacológicas de corticosteróides devem ser advertidas no sentido de não amamentarem.
Decadron não deve ser usado durante a amamentação125, exceto sob orientação médica.
Populações especiais
As mesmas orientações dadas aos adultos devem ser seguidas para os pacientes idosos, crianças e outros grupos de risco.
As crianças de qualquer idade, em tratamento prolongado de corticosteróides, devem ser cuidadosamente observadas quanto ao seu crescimento e desenvolvimento.
Este medicamento pode causar doping.
Alguns efeitos adversos relatados com o uso de Decadron podem afetar a capacidade de alguns pacientes de conduzir veículos ou operar máquinas.
Este medicamento contém álcool etílico.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
medicamento-medicamento
Gravidade: Moderada
- Efeito da interação: deve ser utilizado cautelosamente na hipoprotrombinemia
- Medicamento: ácido acetilsalicílico
- Efeito da interação: diminuição da eficácia da dexametasona
- Medicamento: fenitoína, fenobarbital, rifampicina
medicamento-exame laboratorial e não laboratorial
A difenil-hidantoína (fenitoína), o fenobarbital, a efedrina e a rifampicina podem acentuar a depuração metabólica dos corticosteróides, suscitando redução dos níveis sanguíneos e diminuição de sua atividade fisiológica126, o que exigirá ajuste na posologia do corticosteróide. Essas interações podem interferir nos testes de inibição da dexametasona, que deverão ser interpretados com cautela durante a administração destas drogas.
Foram relatados resultados falso-negativos no teste de supressão da dexametasona em pacientes tratados com indometacina.
O tempo de protrombina127 deve ser verificado frequentemente nos pacientes que estejam recebendo simultaneamente corticosteróides e anticoagulantes128 cumarínicos, dadas as referências de que os corticosteróides têm alterado a resposta a estes anticoagulantes128. Estudos têm mostrado que o efeito usual da adição dos corticosteróides é inibir a resposta aos cumarínicos, embora tenha havido algumas referências conflitantes de potenciação, não-corroborada por estudos.
Quando os corticosteróides são administrados simultaneamente com diuréticos129 espoliadores de potássio, os pacientes devem ser observados estritamente quanto ao seu desenvolvimento de hipocalemia130.
Além disso, os corticosteróides podem afetar os testes de nitroazultetrazol (NBT) para infecção115 bacteriana, produzindo falsos resultados negativos.
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Cuidados de conservação
Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC). Proteger da luz e da umidade.
Desde que respeitados os cuidados de armazenamento, o medicamento apresenta uma validade de 24 meses a contar da data de sua fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas
O Decadron elixir é um líquido límpido incolor que tem sabor e odor característico de cereja e menta.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
POSOLOGIA E MODO DE USAR
Decadron elixir deve ser tomado por via oral.
A segurança e eficácia de Decadron somente é garantida na administração por via oral.
O tratamento é regido pelos seguintes princípios gerais: as necessidades posológicas são variáveis e individualizadas segundo a gravidade da moléstia e a resposta do paciente. A dose inicial usual varia de 0,75 a 15 mg por dia, dependendo da doença que está sendo tratada (para os lactentes131 e demais crianças as doses recomendadas terão, usualmente, de ser reduzidas, mas a posologia deve ser ditada mais pela gravidade da afecção88 que pela idade ou peso corpóreo).
A terapia corticosteróide é adjuvante, e não-substituta à terapia convencional132 adequada, que deve ser instituída segundo a indicação.
Deve-se reduzir a posologia ou cessar gradualmente o tratamento, quando a administração for mantida por mais do que alguns dias.
Em afecções3 agudas em que é urgente o alívio imediato, são permitidas grandes doses e podem ser imperativas por um curto período. Quando os sintomas80 tiverem sido suprimidos adequadamente, a posologia deve ser mantida na mínima quantidade capaz de proporcionar alívio sem excessivos efeitos hormonais.
Afecções3 crônicas são sujeitas a períodos de remissão espontânea. Quando ocorrerem estes períodos, deve-se suspender gradualmente o uso dos corticosteróides.
Durante tratamento prolongado deve-se proceder, em intervalos regulares, a exames clínicos de rotina tais como o exame de urina133, a glicemia134 duas horas após refeição, a determinação da pressão arterial93 e do peso corpóreo, e a radiografia do tórax135.
Quando se utilizam grandes doses são aconselháveis determinações periódicas do potássio sérico.
Com adequado ajuste posológico, os pacientes podem mudar de qualquer outro glicocorticóide para Decadron elixir.
Os seguintes equivalentes em miligramas facilitam mudar de outros glicocorticóides para Decadron elixir:
Decadron elixir | 0,75 mg |
metilprednisolona e triancinolona | 4 mg |
prednisona e prednisolona | 5 mg |
hidrocortisona | 20 mg |
cortisona | 25 mg |
Em relação à dosagem, miligrama por miligrama, a dexametasona é aproximadamente equivalente à betametasona, 4 a 6 vezes mais potente que a metilprednisolona e a triancinolona, 6 a 8 vezes mais potente que a prednisolona e a prednisona, 25 a 30 vezes mais potente que a hidrocortisona, e cerca de 35 vezes mais potente que a cortisona. Em doses anti-inflamatórias equipotentes, a dexametasona é quase completamente destituída da propriedade retentora de sódio da hidrocortisona e derivados da hidrocortisona intimamente ligados a ela.
Populações especiais
Nas doenças crônicas, usualmente não fatais, incluindo distúrbios endócrinos e afecções3 reumáticas crônicas, estados edematosos, doenças respiratórias e gastrintestinais, algumas doenças dermatológicas e hematológicas, inicie com dose baixa (0,5 a 1 mg por dia) e aumente gradualmente a posologia até a menor dose capaz de promover o desejado grau de alívio sintomático136.
As doses podem ser administradas duas, três ou quatro vezes por dia. Na hiperplasia33 supra-renal137 congênita34, a dose usual diária é 0,5 a 1,5 mg.
Nas doenças agudas não-fatais, incluindo estados alérgicos, doenças oftálmicas e afecções3 reumáticas agudas e subagudas, a posologia varia entre 2 e 3 mg por dia; em alguns pacientes, contudo, necessitam- se de doses mais altas. Uma vez que o decurso destas afecções3 é autolimitado, usualmente não é necessária terapia de manutenção prolongada.
Terapia Combinada138:
Nos distúrbios alérgicos agudos e autolimitados ou nas exacerbações agudas dos distúrbios alérgicos crônicos (por exemplo, rinite4 aguda alérgica, ataques agudos de asma5 brônquica alérgica sazonal, urticária139 medicamentosa e dermatoses de contato) sugere-se o seguinte esquema posológico, combinando as terapias parenteral e oral: 1º dia: uma injeção intramuscular140 de 4 a 8 mg de Decadron fosfato injetável (fosfato dissódico de dexametasona). 2º e 3º dias: dois comprimidos de Decadron (0,5 mg) duas vezes por dia. 4º e 5º dias: um comprimido de Decadron (0,5 mg) duas vezes por dia. 6º e 7º dias: um comprimido de Decadron (0,5 mg) por dia. 8º dia: exame clínico de controle.
Nas doenças crônicas, potencialmente fatais como o lupus59 eritematoso60 sistêmico141, o pênfigo e a sarcoidose38 sintomática39, a posologia inicial recomendada é de 2 a 4,5 mg por dia; em alguns pacientes podem ser necessárias doses mais altas.
Quando se trata de doença aguda, envolvendo risco de vida (por exemplo, cardite reumática aguda, crise de lupus59 eritematoso60 sistêmico141, reações alérgicas graves, pênfigo, neoplasias62), a posologia inicial varia de 4 a 10 mg por dia, administrados em, pelo menos, quatro doses fracionadas.
A epinefrina é o medicamento de imediata escolha nas reações alérgicas graves. Decadron é útil como terapêutica92 simultânea ou suplementar.
No edema61 cerebral, quando é requerida terapia de manutenção para controle paliativo52 de pacientes com tumores cerebrais recidivantes63 ou inoperáveis, a posologia de 2 mg, 2 ou 3 vezes ao dia, pode ser eficaz. Deve ser utilizada a menor dose necessária para controlar o edema61 cerebral.
Na síndrome94 adrenogenital, posologias diárias de 0,5 mg a 1,5 mg podem manter a criança em remissão e prevenir a recidiva142 da excreção anormal dos 17-cetosteróides.
Como terapêutica92 maciça em certas afecções3 tais como a leucemia53 aguda, a síndrome nefrótica56 e o pênfigo, a posologia recomendada é de 10 a 15 mg por dia. Os pacientes que recebem tão alta posologia devem ser observados muito atentamente, dado o possível aparecimento de reações graves.
Testes de supressão da dexametasona:
- Teste para síndrome de Cushing143 - dar 1,0 mg de Decadron por via oral, às 23 horas. Às 8 horas da manhã seguinte, coletar sangue144 para a determinação do cortisol plasmático. Para maior exatidão dar 0,5 mg de Decadron por via oral a cada 6 horas, durante 48 horas. A coleta de urina145 durante 24 horas é realizada para determinar-se a excreção dos 17-hidroxicorticosteróides.
- Teste para distinguir a síndrome de Cushing143 causada por excesso de ACTH hipofisário da síndrome de Cushing143 por outras causas. Dar 2,0 mg de Decadron por via oral a cada 6 horas, durante 48 horas. A coleta de urina145 durante 24 horas é realizada para determinar a excreção dos 17-hidroxicorticosteróides.
Se o paciente parar de tomar Decadron após terapia prolongada, ele poderá experimentar sintomas80 de dependência incluindo febre95, dor muscular, dor nas articulações146 e desconforto geral.
REAÇÕES ADVERSAS
A literatura cita as seguintes reações adversas, sem frequencia conhecida:
Distúrbios líquidos e eletrolíticos: retenção de sódio, retenção de líquido, insuficiência cardíaca congestiva147 em pacientes suscetíveis, perda de potássio, alcalose148 hipocalêmica e hipertensão108.
Músculo esqueléticas: fraqueza muscular, miopatia149 esteróide, perda de massa muscular, osteoporose109, fraturas por compressão vertebral, necrose150 asséptica das cabeças femorais e umerais, fratura151 patológica dos ossos longos152 e ruptura de tendão153.
Gastrintestinais: úlcera péptica106 com eventual perfuração e hemorragia154 subsequentes, perfuração de intestino grosso155 e delgado, particularmente em pacientes com doença intestinal inflamatória, pancreatite156, distensão abdominal e esofagite157 ulcerativa.
Dermatológicos: retardo na cicatrização de feridas, adelgaçamento e fragilidade da pele158, acne159, petéquias160 e equimoses161, eritema15, hipersudorese, possível supressão das reações aos testes cutâneos, reações cutâneas162 outras, tais como: dermatite6 alérgica, urticária139 e edema angioneurótico163.
Neurológicos: convulsões, aumento da pressão intracraniana com papiledema (pseudotumor cerebral, geralmente após tratamento), vertigem164 e cefaléia165.
Psiquiátricos: depressão, euforia e disturbios psicoticos.
Endócrinos: irregularidades menstruais, desenvolvimento de estado cushingóide, supressão do crescimento da criança, ausência secundária da resposta adrenocortical e hipofisária, mormente por ocasião de "stress", como nos traumas na cirurgia ou nas enfermidades, porfiria166, hiperglicemia167, diminuição da tolerância aos carboidratos, manifestação do diabete melito latente, aumento das necessidades de insulina168 ou de agentes hipoglicemiantes orais169 em diabéticos e hirsutismo170.
Oftálmicos: catarata119 subcapsular posterior, aumento da pressão intra-ocular, glaucoma120 e exoftalmia.
Metabólicos: balanço nitrogenado negativo devido a catabolismo171 protéico. Imunológicos: imunosupressão, reação anafilactóide e candidiase172 orofaringea173. Hematológico: diminuição da contagem de linfócitos e contagem anormal de monócitos174.
Cardiovasculares: hipertensão108, arritmias175, cardiomiopatia e ruptura do miocárdio91 após infarto90 recente do miocárdio91.
Outros: hipersensibilidade, tromboembolia, aumento de peso, aumento de apetite, náusea176, mal-estar e soluços.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA ou à Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
SUPERDOSE
São raros os relatos de toxicidade177 aguda e/ou morte por superdosagem de glicocorticóides. Para a eventualidade de ocorrer superdosagem não há antídoto178 específico; o tratamento é de suporte e sintomático136. A DL 50 de dexametasona em camundongos fêmeas foi de 6,5 g/Kg.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações sobre como proceder.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
MS - 1.0573.0303
Farmacêutica Responsável: Gabriela Mallmann CRF-SP 30.138
Fabricado por:
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Guarulhos - SP
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