

Acertil (5 mg) (Bula do profissional de saúde)
LABORATÓRIOS SERVIER DO BRASIL LTDA
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO:
ACERTIL 5mg
perindopril arginina
Comprimido
APRESENTAÇÕES
Embalagem contendo 30 comprimidos revestidos.
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO:
Cada comprimido revestido de ACERTIL 5mg contém:
perindopril arginina (equivalente a 3,395 mg de perindopril) | 5,00 mg |
excipientes q.s.p | 1 comprimido revestido |
Excipientes: maltodextrina, lactose1 monoidratada, dióxido de silício, estearato de magnésio, amidoglicolato de sódio, glicerol, hipromelose, corante clorofilina de cobre, macrogol, dióxido de titânio.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE2:
INDICAÇÕES
O estudo PREFER foi um estudo aberto, prospectivo4 e observacional, realizado em importantes centros de saúde2 na Romênia. O número total de pacientes incluídos foi de 824 pacientes hipertensos, não controlados por outros IECAs (Inibidores da Enzima5 Conversora de Angiotensina). O estudo avaliou a eficácia anti-hipertensiva e segurança de perindopril entre pacientes que não apresentaram resposta ao tratamento com outros inibidores da ECA.
O acompanhamento do tratamento foi de 3 meses e a idade média dos pacientes foi de 60,3 +/-9,8 anos. Os resultados mostraram que após o terceiro mês de tratamento, houve diminuição de 26,2 mmHg na pressão arterial sistólica6 e uma diminuição de 12,6 mmHg na pressão arterial diastólica7.
O estudo PREFER demonstrou a eficácia anti-hipertensiva e segurança do perindopril entre pacientes que não tiveram resposta ao tratamento com outros inibidores da ECA e em adição também demonstrou a significativa redução da pressão do pulso, o qual é um fator de risco8 para eventos cardiovasculares.
Referências Bibliográficas: Antihypertensive Efficacy of Perindopril 5-10 mg/day in Primary Health Care. An open –label, prospective, observational study: PREFER Study. Clinical Drug Investig 2009; 29 (12).
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades Farmacodinâmicas:
Grupo farmacoterapêutico: inibidores da ECA.
Mecanismo de ação:
O perindopril é um inibidor da enzima5 de conversão da angiotensina I em angiotensina II (Enzima5 Conversora de Angiotensina – ECA). A enzima5 de conversão, ou quinase, é uma exopeptidase que permite a conversão da angiotensina I no vasoconstritor angiotensina II, e, por outro lado, causa a degradação da substância vasodilatadora bradicinina9 em heptapeptídeo inativo. A inibição da ECA resulta na redução da angiotensina II no plasma10, que leva a um aumento da atividade da renina plasmática (pela inibição do feedback negativo de liberação da renina) e reduz a secreção de aldosterona. Uma vez que a ECA inativa a bradicinina9, a inibição da ECA também resulta em um aumento da atividade local e circulatória do sistema calicreína-quinina (e consequentemente ativação do sistema prostaglandina11). É possível que este mecanismo contribua para a ação dos inibidores da ECA em reduzir a pressão arterial12 e seja parcialmente responsável por certos efeitos adversos (como por exemplo, a tosse).
O perindopril age por intermédio de seu metabólito13 ativo, o perindoprilato. Os outros metabólitos14 não demostraram nenhuma inibição da atividade da ECA in vitro.
Eficácia clínica e segurança:
Hipertensão15:
O perindopril é ativo em todos os estágios da hipertensão15: leve, moderada ou grave. Uma redução nas pressões arteriais sistólica e diastólica é observada tanto no paciente em posição supina quanto ortostática.
O perindopril reduz a resistência vascular16 periférica, levando a uma redução na pressão arterial12. Como consequência, o fluxo sanguíneo periférico aumenta, sem nenhum efeito na frequência cardíaca.
Geralmente ocorre o aumento no fluxo sanguíneo renal17, enquanto a Taxa de Filtração Glomerular (TFG) permanece inalterada.
A atividade anti-hipertensiva é máxima entre a 4a e a 6a hora após a administração de uma dose única e é mantida por no mínimo 24 horas: os efeitos no vale são aproximadamente 87-100% dos efeitos no pico.
A diminuição da pressão arterial12 ocorre rapidamente. Em pacientes que respondem ao tratamento, a normalização da pressão arterial12 é alcançada após 1 mês de tratamento e é mantida sem ocorrência de taquifilaxia.
A interrupção do tratamento não causa efeito rebote.
O perindopril reduz a hipertrofia18 do ventrículo esquerdo.
Em humanos, o perindopril demonstrou propriedades vasodilatadoras, promovendo aumento da elasticidade19 das artérias20 de grande calibre e redução da relação média-luz das artérias20 de pequeno calibre.
Quando necessário, a combinação de um inibidor da ECA com um diurético21 tiazídico resulta em efeitos sinérgicos. Esta associação também pode diminuir o risco de hipocalemia22 induzida pelo tratamento diurético21.
Uso pediátrico:
A segurança e eficácia do perindopril em crianças e adolescentes menores de 18 anos ainda não foi estabelecida.
Em um estudo clínico aberto, não comparativo realizado com 62 crianças hipertensas na idade entre 2 e 15 anos com um fluxo de filtração glomerular > 30 ml/min/1.73m², pacientes recebendo perindopril com uma dose média de 0.07mg/kg. A dose foi individualizada de acordo com o perfil do paciente e resposta da pressão arterial12 até uma dose máxima diária de 0.135mg/kg/dia. 59 pacientes completaram o período de três meses e 36 pacientes completaram o período de extensão do estudo, ou seja foram acompanhados por pelo menos 24 meses (duração média: 44 meses).
Pressão arterial sistólica6 e diastólica permaneceram estáveis desde a inclusão da última avaliação em pacientes previamente tratados por outro tratamento anti-hipertensivo, e diminuiu em pacientes sem tratamento prévio.
Mais que 75% de crianças tem a pressão arterial sistólica6 e diastólica abaixo do 95o percentil na sua última avaliação.
A segurança foi consistente com o perfil de segurança conhecido do perindopril.
Bloqueio duplo do sistema renina angiotensina aldosterona (SRAA) dados do ensaio clínico:
Dois grandes estudos randomizados e controlados (ONTARGET (ONgoing Telmisartan Alone and in combination with Ramipril Global ENdpoint Trial) e VA Nephron-D (The Veterans Affairs Nephropathy in Diabetes23)) têm examinado o uso da combinação de um inibidor da ECA com bloqueador do receptor de angiotensina II.
ONTARGET foi um estudo conduzido em doentes com um histórico de doença cardiovascular ou cerebrovascular, ou diabetes mellitus24 tipo 2 acompanhadas de evidência de lesão25 de órgãos-alvo. VA Nephron-D foi um estudo em doentes com diabetes mellitus24 tipo 2 e nefropatia26 diabética.
Estes estudos não demonstraram qualquer efeito benéfico significativo na função renal17 e / ou resultados cardiovasculares e mortalidade27, enquanto que foi observado um aumento do risco de hipercalemia28, lesão25 renal17 aguda e / ou hipotensão29, em comparação com a monoterapia.
Dadas as suas propriedades farmacodinâmicas semelhantes, estes resultados são também relevantes para outros inibidores da ECA e bloqueadores dos receptores da angiotensina II.
Inibidores da ECA e bloqueadores dos receptores da angiotensina II não devem, portanto, ser utilizado concomitantemente em pacientes com nefropatia26 diabética.
ALTITUDE (Aliskiren Trial in Type 2 Diabetes23 Using Cardiovascular and Renal17 Disease Endpoints) foi um estudo desenhado para testar o benefício da adição de alisquireno a uma terapia padrão de um inibidor da ECA ou um bloqueador do receptor da angiotensina II em pacientes com diabetes mellitus24 tipo 2 e doença renal17 crônica, doença cardiovascular, ou ambos. O estudo foi interrompido precocemente devido a um risco aumentado de desfechos adversos. Morte cardiovascular e acidente vascular cerebral30 foram ambos numericamente mais frequentes no grupo de alisquireno do que no grupo placebo31 e eventos adversos e eventos adversos graves de interesse (hipercalemia28, hipotensão29 e disfunção renal17) foram notificados mais frequentemente no grupo de alisquireno do que no grupo placebo31.
Propriedades farmacocinéticas:
Absorção:
Após administração oral, o perindopril é rapidamente absorvido e o pico da concentração é atingido em 1 hora. A meia-vida plasmática do perindopril é igual a 1 hora.
O perindopril é uma pró-droga. Vinte e sete % da dose administrada de perindopril atingem a corrente sanguínea na forma do metabólito13 ativo perindoprilato. Em adição a este, são produzidos outros cinco metabólitos14, porém todos inativos. O pico da concentração plasmática do perindoprilato é alcançado entre 3 e 4 horas.
A ingestão de alimento reduz a conversão ao perindoprilato, consequentemente a sua biodisponibilidade, desse modo, o perindopril arginina deve ser administrado oralmente em dose diária única pela manhã, antes da refeição.
Tem sido demonstrada uma relação linear entre a dose de perindopril e sua exposição plasmática.
Distribuição:
O volume de distribuição é aproximadamente 0,2 l/Kg para o perindoprilato livre. A ligação do perindoprilato às proteínas32 plasmáticas é de 20%, principalmente à enzima5 conversora da angiotensina, mas é dose-dependente.
Eliminação:
O perindoprilato é eliminado na urina33 e a meia-vida final da fração livre é aproximadamente de 17 horas, resultando no estado de equilíbrio dentro de 4 dias.
População especial:
A eliminação do perindoprilato é reduzida em pacientes idosos, e também em pacientes com insuficiências cardíacas ou renais. O ajuste da dosagem na insuficiência renal34 é desejável dependendo da gravidade da insuficiência35 (clearance de creatinina36).
O clearance de diálise37 do perindoprilato é igual a 70mL/min.
Os parâmetros cinéticos do perindopril são modificados em pacientes com cirrose38: o clearance hepático do perindopril é reduzido à metade. No entanto, a quantidade de perindoprilato formado não é reduzida e por essa razão não há necessidade de se fazer um ajuste na dosagem.
Dados de segurança pré-clínicos:
Nos estudos de toxicidade39 oral crônica (em ratos e macacos), o órgão-alvo foi o rim40, com danos reversíveis.
Não foi observada mutagenicidade nos estudos in vitro ou in vivo.
Os estudos toxicológicos sobre a reprodução41 (em ratos, camundongos, coelhos e macacos) não demonstraram sinais42 de embriotoxicidade ou teratogenicidade. No entanto, a classe dos IECA tem demonstrado causar eventos adversos sobre o desenvolvimento fetal tardio, resultando em morte fetal e efeitos congênitos43 em roedores e coelhos: foram observadas lesões44 renais e um aumento na mortalidade27 peri e pós-natal. A fertilidade não foi prejudicada tanto em ratos fêmeas como em machos.
Não foi observada carcinogenicidade nos estudos de longo prazo em ratos e camundongos.
CONTRAINDICAÇÕES
ACERTIL 5mg não deve ser utilizado nas seguintes situações:
- pacientes com hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer excipiente ou a qualquer outro inibidor da ECA;
- pacientes com histórico de angioedema45 associada a uma terapia de inibidor de ECA prévia;
- pacientes com angioedema45 idiopático46 ou hereditário;
- em gestantes no 2º e 3º trimestre de gravidez47;
- uso concomitante de ACERTIL 5mg com produtos que contenham alisquireno em pacientes com diabetes mellitus24 ou disfunção renal17 (TFG < 60ml/min/1.73m2);
- uso concomitante com sacubitril e valsartana;
- tratamentos extracorpóreos que levem o contato de sangue48 com superfícies carregadas negativamente;
- estenose49 bilateral significante da artéria renal50 ou estenose49 da artéria renal50 quando há um único rim40 funcionando.
Este medicamento é contraindicado para menores de 18 anos.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Doença arterial coronariana estável:
Se um episódio de angina51 pectoris instável (grave ou não) ocorrer durante o primeiro mês de tratamento com perindopril, uma cuidadosa avaliação do risco/benefício deve ser realizada antes da continuação do tratamento.
Hipotensão29:
Inibidores da ECA podem causar uma queda da pressão arterial12. Hipotensão29 sintomática52 é raramente vista em pacientes que apresentam hipertensão15 sem complicações e é mais provável ocorrer em pacientes que apresentam depleção53 de volume, por exemplo, por terapia diurética, dieta com restrição de sal, diálises, diarreia54 ou vômito55, ou quem possui hipertensão15 grave dependente de renina. Em pacientes com insuficiência cardíaca56 sintomática52, associada ou não à insuficiência renal34, hipotensão29 sintomática52 foi observada. Isto é mais provável ocorrer em pacientes com insuficiência cardíaca56 mais grave, como reflexo do uso de altas doses de diuréticos57 de alça, hiponatremia58 ou comprometimento da função renal17. Em pacientes com risco aumentado de hipotensão29 sintomática52, o início da terapia e ajuste de dose devem ser monitorados atentamente. Considerações similares devem ser aplicadas a pacientes com doença isquêmica cardíaca ou doença cerebrovascular59 porque nestes pacientes uma redução acentuada da pressão arterial12 pode resultar em um infarto do miocárdio60 ou acidente cerebrovascular.
Se hipotensão29 ocorrer, o paciente deve ser colocado em posição supina e, se necessário, deve receber uma infusão intravenosa de solução de cloreto de sódio 9 mg/ml (0,9%). Uma resposta hipotensiva transitória não é uma contraindicação para doses subsequentes, que geralmente podem ser administradas sem dificuldade uma vez que a pressão arterial12 tenha aumentado com a expansão do volume.
Em alguns pacientes com insuficiência cardíaca congestiva61 que possuem pressão arterial12 normal ou baixa, uma redução adicional da pressão arterial12 sistêmica pode ocorrer ao se administrar ACERTIL 5mg. Este é um efeito esperado e normalmente não resulta na suspensão do tratamento. Se a hipotensão29 se tornar sintomática52, uma redução da dose ou a suspensão do tratamento poderá ser necessária.
Estenose49 das valvas aórtica e mitral/ Cardiomiopatia hipertrófica:
Assim como outros inibidores da ECA, ACERTIL 5mg deve ser administrado com precaução em pacientes com estenose49 da valva mitral62 e obstrução no fluxo de saída do ventrículo esquerdo como a estenosa aórtica ou cardiomiopatia hipertrófica.
Disfunção renal17:
Em casos de disfunção renal17 (clearance da creatinina36 <60 ml/min) a dosagem inicial de perindopril deve ser ajustada de acordo com o clearance da creatinina36 do paciente e então em função da resposta do paciente ao tratamento. Uma rotina de monitoração dos níveis de potássio e creatinina36 fazem parte da prática médica normal para esses pacientes.
Em pacientes com insuficiência cardíaca56 sintomática52, hipotensão29 após o início da terapia com inibidores da ECA pode levar mais adiante a uma disfunção renal17. Insuficiência renal34 aguda, geralmente reversível, foi reportada nestas situações.
Em alguns pacientes com estenose49 bilateral da artéria renal50, ou estenose49 arterial de rim40 único, que foram tratados com inibidores da ECA, foi observado o aumento dos níveis de uréia63 sanguínea e creatinina36 sérica, situação geralmente reversível com a descontinuação do tratamento. Isto é mais provável de ocorrer em pacientes com insuficiência renal34. Caso o paciente também tenha hipertensão15 renovascular, existe um risco maior de hipotensão29 grave e insuficiência renal34. Nestes pacientes, o tratamento deve ser iniciado sob estreita supervisão médica com doses baixas e cuidadosa titulação da dose. Uma vez que o tratamento com diuréticos57 pode ser um fator contribuinte para a situação descrita anteriormente, recomenda-se descontinuar o tratamento com os diuréticos57 e monitorar a função renal17 durante as primeiras semanas de terapia com o ACERTIL 5mg.
Alguns pacientes hipertensos sem uma aparente doença renovascular pré-existente tem desenvolvido um aumento nos níveis de uréia63 sanguínea e creatinina36 sérica, geralmente em escala menor e transitória, especialmente quando o ACERTIL 5mg for administrado em concomitância com um diurético21. Isto é mais propenso a ocorrer em pacientes com uma disfunção renal17 pré-existente. A redução na dosagem e/ou descontinuação do diurético21 e/ou do ACERTIL 5mg pode ser necessária.
Pacientes em hemodiálise64:
Reações anafilactóides foram descritas em pacientes em diálise37 com membranas de alta permeabilidade65, e tratados em concomitância com um inibidor da ECA. Nestes pacientes deve-se considerar a utilização de um outro tipo de membrana para a diálise37 ou uma outra classe de agente anti-hipertensivo.
Transplante Renal17:
Não existe experiência da administração de ACERTIL 5mg em pacientes que realizaram recentemente um transplante renal17.
Hipertensão15 renovascular:
Existe risco aumentado de hipotensão29 e insuficiência renal34 quando pacientes com estenose49 bilateral da artéria renal50 ou estenose49 da artéria66 de um rim40 único são tratados com inibidores da ECA. Tratamento com diuréticos57 pode ser um fator contribuinte. A perda da função renal17 pode ocorrer com perdas reduzidas na creatinina36 sérica até mesmo em pacientes com estenose49 unilateral da artéria renal50.
Hipersensibilidade/angioedema45:
Angioedema45 de face67, extremidade, lábios, membranas mucosas68, língua69, glote70 e/ou laringe71 foram raramente reportados em pacientes tratados com inibidores da ECA, incluindo o ACERTIL 5mg. Isto pode ocorrer a qualquer momento da terapia. Nestes casos, ACERTIL 5mg deve ser descontinuado imediatamente e uma monitoração apropriada deve ser iniciada e continuada até que ocorra o completo desaparecimento dos sintomas72. Edemas73 envolvendo somente face67 e lábios geralmente não necessitam de tratamento, embora os anti-histamínicos sejam úteis para alívio dos sintomas72.
Angioedema45 associado com edema74 laríngeo pode ser fatal. Se houver envolvimento da língua69, glote70 ou laringe71, propensa a causar obstrução das vias aéreas, uma terapia de emergência75 deve ser prontamente administrada. Isto pode incluir a administração de adrenalina76 e/ou a manutenção das vias aéreas pérvias. O paciente deve ficar sob estreita supervisão médica até o completo e permanente desaparecimento dos sintomas72 ocorridos.
Pacientes com histórico de angioedema45 não relacionados à terapia com inibidores da ECA podem ter um risco aumentado de angioedema45 ao iniciar o tratamento com um inibidor da ECA.
Angioedema45 intestinal foi raramente relatado em pacientes tratados com um inibidor de ECA. Estes pacientes apresentaram dor abdominal (com ou sem náusea77 ou vômito55); em alguns casos não houve angioedema45 de face67 prévio e os níveis de esterase C-1 estavam normais. O angioedema45 foi diagnosticado por procedimentos incluindo Tomografia Computadorizada78 de Abdômen, ou ultrassom, ou na cirurgia e os sintomas72 desapareceram após a interrupção do inibidor da ECA. Angioedema45 intestinal deve ser incluído no diagnóstico79 diferencial de pacientes em uso de inibidores da ECA que apresentem dor abdominal.
A combinação de perindopril com sacubitril/valsartana é contraindicada devido ao risco aumentado de angioedemaangioedema. Sacubitril/valsartana não deve ser iniciada até 36h depois da última dose da terapia com perindopril. Se o tratamento com sacubitril/valsartana for interrompido, a terapia com perindopril não deve ser iniciada até 36h após a última dose de sacubitril/valsartana. O uso concomitante de outros inibidores da NEP (racecadotril) e inidores da ECA também pode aumentar o risco de angioedemaangioedema. Portanto, uma avaliação de risco-benefício cuidadosa em pacientes com perindopril é necessária.
Uso concomitante de inibidores da mTOR:
Os pacientes que fazem uso concomitante com inibidores da mTOR (ex: sirolimo, everolimo, tensirolimo) podem aumentar o risco de angioedema45 (ex: inchaço80 das vias aéreas ou língua69, com ou sem insuficiência respiratória81).
Reações anafiláticas82 durante aférese de lipoproteínas de baixa densidade (LDL83):
Raramente, pacientes em uso de inibidores da ECA relataram reações anafiláctóides com risco de vida durante a aférese de lipoproteínas de baixa densidade (LDL83) com sulfato dextrano. O surgimento destas reações é evitado descontinuando-se temporariamente o tratamento com o inibidor da ECA antes de cada aférese.
Reações anafiláticas82 durante dessensibilização84:
Pacientes tratados com inibidores da ECA durante tratamento de dessensibilização84 (ex.: veneno de himenópteros) apresentaram reações anafiláticas82. Nestes mesmos pacientes, essas reações foram evitadas com a suspensão temporária dos inibidores da ECA, reaparecendo com a retomada inadvertida da medicação.
Insuficiência hepática85:
Raramente, os inibidores da ECA tem sido associados a uma síndrome86 que se inicia com icterícia87 colestática e evolui para necrose88 hepática89 fulminante e algumas vezes morte. O mecanismo desta síndrome86 ainda é desconhecido. Pacientes em tratamento com inibidores da ECA que desenvolvam icterícia87 ou elevações significativas das enzimas hepáticas90 devem interromper o tratamento com o inibidor da ECA e receber acompanhamento médico apropriado.
Neutropenia91/Agranulocitose92/Trombocitopenia93/Anemia94:
Neutropenia91/agranulocitose92, trombocitopenia93 e anemia94 foram reportados em pacientes tratados com inibidores da ECA. Em pacientes com função renal17 normal e sem outros fatores complicadores, a neutropenia91 ocorre raramente. O perindopril deve ser utilizado com extrema cautela em pacientes portadores de doenças vasculares95 do colágeno96, em tratamento com imunossupressores e com alopurinol ou procainamida, ou em situações que combinem estes fatores de risco, especialmente em casos de disfunção renal17 pré-existente. Alguns destes pacientes desenvolveram infecções97 graves, as quais em algumas instâncias não responderam a uma terapia antibiótica intensiva. Caso seja necessário o uso de perindopril nestes pacientes, um monitoramento periódico da contagem das células sanguíneas98 da série branca deverá ser realizado e os pacientes deverão ser orientados a relatar imediatamente qualquer sinal99 de infecção100 (por exemplo: dor de garganta101, febre102).
Raça:
Os inibidores da ECA apresentam maior risco de causarem angioedema45 em pacientes negros do que em pacientes de outras raças. Assim como os outros inibidores da ECA, o perindopril pode ser menos efetivo na redução da pressão arterial12 em indivíduos negros do que em pacientes de outras raças, possivelmente devido a uma alta prevalência103 de hipertensão15 com renina baixa na população de hipertensos negros.
Tosse:
Tosse foi relatada em pacientes que fizeram uso de inibidores da ECA. A tosse é caracterizada por ser não produtiva, persistente e pelo fato de desaparecer quando o tratamento é interrompido. A indução de tosse pelos inibidores da ECA deve ser levada em consideração como parte do diagnóstico79 diferencial da tosse.
Cirurgia / anestesia104:
Em pacientes que serão submetidos a cirurgia de grande porte ou durante anestesia104 com agentes hipotensores, ACERTIL 5mg pode bloquear a formação da angiotensina II, secundária a uma liberação compensatória de renina. O tratamento com ACERTIL 5mg deverá ser interrompido um dia antes da cirurgia. Se ocorrer uma hipotensão29 e esta for considerada como sendo causada por este mecanismo, poderá ser corrigida por expansão de volume.
Hipercalemia28:
Elevações nos níveis de potássio sérico foram observadas em alguns pacientes tratados com inibidores da ECA, incluindo o perindopril. Pacientes com risco de desenvolvimento de uma hipercalemia28 incluem aqueles com insuficiência renal34, piora na função renal17, pacientes idosos (acima de 70 anos), diabetes mellitus24, intercorrências como, em particular desidratação105, descompensação cardíaca aguda, acidose metabólica106, e uso concomitante de diuréticos57 poupadores de potássio (por exemplo, espironolactona, epleronona, triantereno ou amilorida), suplementos de potássio ou substitutos salinos contendo potássio; ou aqueles pacientes que utilizam outras drogas associadas à elevação do potássio sérico (ex.: heparina, cotrimoxazol também conhecido como trimetoprim/sulfametoxazol). O uso de diuréticos57 poupadores de potássio, suplementos de potássio ou substitutos salinos contendo potássio particularmente por pacientes com disfunção renal17 pode levar a um aumento significativo nos níveis séricos de potássio. A hipercalemia28 pode causar sérias arritmias107, às vezes fatal. Se o uso concomitante com os agentes acima mencionados for considerado como necessário, eles devem ser utilizados com precaução e monitoramento regular do potássio sérico é recomendado.
Pacientes diabéticos:
Em pacientes diabéticos tratados com agentes antidiabéticos orais108 ou insulina109, o controle glicêmico deve ser estritamente monitorado durante o primeiro mês de tratamento com o inibidor da ECA.
Lítio:
A associação do lítio com o perindopril geralmente não é recomendada.
Medicamentos poupadores de potássio, suplementos de potássio ou substitutos salinos contendo potássio: A combinação de perindopril com medicamentos poupadores de potássio, suplementos de potássio ou substitutos salinos contendo potássio geralmente não é recomendada.
Bloqueio duplo do sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA):
Existem evidências de que o uso concomitante de inibidores de ACE, bloqueadores do receptor da angiotensina II ou alisquireno aumenta o risco de hipotensão29, hipercalemia28 e diminuição da função renal17 (incluindo insuficiência renal34 aguda). Duplo bloqueio do SRAA através do uso combinado de inibidores da ECA, bloqueadores dos receptores da angiotensina II ou alisquireno, portanto, não é recomendado.
Se a terapia de bloqueio duplo é considerada absolutamente necessária, esta só deve ser feita sob supervisão de um especialista e sujeita a uma fiscalização rigorosa frequente da função renal17, eletrólitos110 e pressão arterial12.
Inibidores da ECA e os bloqueadores do receptor da angiotensina II não devem ser utilizados concomitantemente em pacientes com nefropatia26 diabética.
Aldosteronismo primário:
Pacientes com aldosteronismo primário geralmente não responderão aos tratamentos anti-hipertensivos que ajam através da inibição do sistema renina-angiotensina. Portanto, o uso desse produto não é recomendado.
Excipientes:
Devido à presença de lactose1, pacientes com problemas hereditários de intolerância à galactose111, má- absorção de glicose112-galactose111, ou deficiência de Lapp lactase não devem tomar este medicamento.
Atenção: Este medicamento contém açúcar113 (lactose1), portanto deve ser usado com cautela em portadores de Diabetes23.
Gravidez47:
O uso de um inibidor da ECA não deve ser iniciado durante a gravidez47. Caso o tratamento com um inibidor da ECA seja considerado essencial, nas pacientes que desejam engravidar, ACERTIL 5mg deve ser substituído por outro tratamento anti-hipertensivo alternativo que tenha um perfil de segurança bem estabelecido para o uso na gravidez47. Quando a gravidez47 é diagnosticada, o tratamento com um inibidor da ECA deve ser interrompido imediatamente, e, se apropriado, terapia alternativa deve ser iniciada.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
O uso de um inibidor da ECA não é recomendado durante o primeiro trimestre da gravidez47. O uso de um inibidor da ECA é contraindicado durante o segundo e terceiro trimestre da gravidez47 (ver seção Contraindicação).
Evidências epidemiológicas referentes ao risco de teratogenicidade seguido exposição à um inibidor da ECA durante o primeiro trimestre de gravidez47 não foi conclusivo, contudo um pequeno aumento nesse risco não pode deixar de ser considerado. Caso o tratamento com um inibidor da ECA seja considerado essencial, nas pacientes que desejam engravidar, ACERTIL 5mg deve ser substituído por outro tratamento anti-hipertensivo alternativo que tenha um perfil de segurança bem estabelecido para o uso na gravidez47. Quando a gravidez47 é diagnosticada, tratamento com um inibidor da ECA deve ser interrompido imediatamente, e, se apropriado, terapia alternativa deve ser iniciada. A exposição prolongada a um inibidor da ECA durante o segundo e terceiro trimestres da gravidez47 é conhecida por induzir uma fetotoxicidade humana (diminuição da função renal17, oligodramnia, retardo na ossificação do crânio114) e toxicidade39 neonatal (falência renal17, hipotensão29, hipercalemia28). Caso tenha ocorrido exposição ao perindopril durante o segundo trimestre da gravidez47, uma verificação por ultrassom da função renal17 e do crânio114 é recomendada. Crianças as quais as mães tenham tomado um inibidor da ECA devem ser rigorosamente observados por conta da hipotensão29.
Lactação115:
Não se sabe se o perindopril é excretado no leite materno. Desta forma, o uso de ACERTIL 5mg não é recomendado em mulheres que estejam amamentando e tratamentos alternativos com um melhor perfil de segurança estabelecido durante a amamentação116 são preferíveis, especialmente em recém-nascidos ou prematuros.
Fertilidade:
Não houve efeito sobre o desempenho reprodutivo ou fertilidade.
Uso em crianças e adolescentes:
A eficácia e segurança de uso do ACERTIL 5mg em crianças e adolescentes com idade inferior a 18 anos ainda não foram bem estabelecidas.
Os dados atualmente disponíveis estão descritos na seção 3. Características Farmacológicas, mas nenhuma recomendação sobre posologia pode ser feita.
Desta forma, o uso deste produto em crianças e adolescentes não é recomendado.
Efeitos na capacidade de condução de veículos e uso de máquinas:
ACERTIL 5mg não tem influência direta na habilidade de dirigir e usar máquinas mas reações individuais relatadas como diminuição da pressão arterial12 podem ocorrer em alguns pacientes, principalmente no início do tratamento ou em combinação com outro medicamento anti-hipertensivo. Como resultado a habilidade de dirigir ou operar máquina pode ser prejudicada.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Dados de ensaios clínicos117 tem demonstrado que o bloqueio duplo do sistema renina-angiotensina- aldosterona (SRAA), através do uso combinado de inibidores da ECA, bloqueadores dos receptores da angiotensina II ou alisquireno está associado a uma maior frequência de eventos adversos, como hipotensão29, hipercalemia28 e diminuição da função renal17 (incluindo insuficiência renal34 aguda) em comparação com o uso de um agente único SRAA.
Fármacos que induzem a hipercalemia28:
Alguns fármacos ou classes terapêuticas podem aumentar a ocorrência de hipercalemia28: alisquireno, sais de potássio, diuréticos57 poupadores de potássio, inibidores da ECA, antagonistas dos receptores da angiotensina II, AINEs, heparinas, agentes imunossupressores tais como a ciclosporina ou tacrolimus, trimetoprim. A combinação destas drogas aumenta o risco de hipercalemia28.
Uso concomitante contraindicado:
Alisquireno:
Em pacientes diabéticos ou com disfunção renal17, há risco de hipercalemia28, piora da função renal17 e aumento da morbidade118 e mortalidade27 cardiovascular.
Tratamentos extracorpóreos:
Tratamentos extracorpóreos que levem o contato de sangue48 com superfícies carregadas negativamente como diálise37 ou hemofiltração com certas membranas de alto fluxo (membranas de poliacrilonitrila) e aférese de lipoproteínas de baixa densidade com sulfato de dextrana devido ao risco aumentado de reações anafilactoides. Se esses tipos de tratamentos forem necessários, o uso de um tipo de membrana de diálise37 diferente ou uma classe de agente anti-hipertensivo diferente deve ser considerado.
Sacubitril/Valsartana:
O uso concomitante de perindopril com sacubitril/valsartana é contra-indicado, pois a inibição concomitante de neprilisina e ECA pode aumentar o risco de angioedemaangioedema. Sacubitril/Valsartana não deve ser iniciada até 36h após a última dose da terapia com perindopril. A terapia com perindopril não deve ser iniciada até 36h após a última dose de sacubitril/valsartana.
Uso concomitante não recomendado:
Alisquireno:
Em outros pacientes que não os diabéticos ou com disfunção renal17, há risco de hipercalemia28, piora da função renal17 e aumento da morbidade118 e mortalidade27 cardiovascular.
Terapia concomitante com inibidor de ECA e bloqueadores de receptores de angiotensina:
Foi relatado na literatura que pacientes com doença aterosclerótica estável, insuficiência cardíaca56, com diabetes23 com lesão25 em órgão final, terapia concomitante com inibidor de ECA e bloqueador de receptor de angiotensina está associado com uma alta frequência de hipotensão29, síncope119, hipercalemia28 e piora na função renal17 (incluindo insuficiência renal34 aguda) quando comparado ao uso de um único agente do sistema renina-angiotensina-aldosterona. Bloqueio duplo (por ex. pela combinação de um inibidor de ECA com um antagonista120 de receptores de angiotensina II) deve ser limitado a cada caso individualmente, conforme acompanhamento rigoroso da função renal17, nível de potássio, e pressão arterial12.
Estramustina:
Risco de aumento de efeitos adversos tais como edema angioneurótico121 (angioedema45).
Co-trimoxazol (trimetoprim/sulfametoxazol):
Pacientes que tomem concomitante co-trimoxazol (trimetoprim/sulfametoxazol) podem estar sob risco aumentado para hipercalemia28.
Diuréticos57 poupadores de potássio (por ex. triantereno, amilorida), sais de potássio:
Hipercalaemia (potencialmente letal), especialmente em conjunto com insuficiência35 ou disfunção renal17 (efeitos hipercalêmicos aditivos).
A combinação de perindopril com as drogas acima mencionadas não é recomendada. Se o uso concomitante é, no entanto, indicado, eles devem ser usados com precaução e com frequente monitoração do potássio sérico. Para uso da espironolactona na insuficiência cardíaca56, veja abaixo.
Lítio:
Aumentos reversíveis nas concentrações de lítio sérico e toxicidade39 foram relatados durante o uso concomitante de lítio com os inibidores da ECA. O uso de perindopril com o lítio não é recomendado, mas, se esta associação for necessária, deve ser realizado um cuidadoso monitoramento dos níveis do lítio sérico.
Uso concomitante que requerem cuidados especiais:
Agentes antidiabéticos (insulinas, agentes hipoglicemiantes orais122):
Estudos epidemiológicos sugeriram que a administração concomitante de inibidores da ECA e medicamentos antidiabéticos (insulinas, agentes hipoglicemiantes orais122) pode potencializar o efeito de redução da glicose112 no sangue48 com risco de surgimento de uma hipoglicemia123. Este fenômeno é mais facilmente observado durante as primeiras semanas do tratamento associado e em pacientes com insuficiência renal34.
Baclofeno:
Aumento do efeito anti-hipertensivo. Monitorar a pressão arterial12 e adaptar a dosagem anti-hipertensiva se necessário.
Diuréticos57 não poupadores de potássio:
Pacientes em uso de diuréticos57 e, especialmente aqueles nos quais ocorrem depleção53 salina e/ou de volume, podem apresentar uma redução excessiva da pressão arterial12 após o início da terapia com o inibidor da ECA. A possibilidade de ocorrência de efeitos hipotensivos pode ser reduzida com a descontinuação do diurético21, com o aumento do volume ou da ingestão de sal anteriormente ao início da terapia com doses baixas e progressivas de perindopril.
Na hipertensão arterial3, quando a terapia prévia com diurético21 causar depleção53 salina e/ou de volume, ou o diurético21 deve ser descontinuado antes do uso de um inibidor da ECA, nesse caso um diurético21 não poupador de potássio pode ser reintroduzido depois disso ou o inibidor da ECA deve ser iniciado com uma baixa dosagem e aumentado progressivamente.
Na insuficiência cardíaca congestiva61 tratada com diurético21, o inibidor da ECA deve ser iniciado com uma dosagem muito baixa, possivelmente depois reduzindo a dose da associação com diurético21 não poupador de potássio. Em todos os casos, a função renal17 (nível de creatinina36) deve ser monitorada durante as primeiras semanas de tratamento com um inibidor da ECA.
Diuréticos57 poupadores de potássio (eplerenona, espironolactona):
Com eplerenona ou espironolactona nas doses entre 12,5 mg a 50 mg por dia com baixa dose de inibidor de ECA:
No tratamento da classe II-IV da insuficiência cardíaca56 (NYHA) com uma fração de ejeção de <40%, e tratado previamente com inibidor da ECA e diuréticos57 de alça, risco de hipercalemia28, potencialmente letal, especialmente em caso de não observância das recomendações da prescrição para esta combinação.
Antes de iniciar a combinação, verificar a ausência de hipercalemia28 e disfunção renal17. Um rigoroso monitoramento do potássio e creatinina36 é recomendado no primeiro mês do tratamento uma vez por semana inicialmente e, mensalmente, por conseguinte.
Anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) inclusive ácido acetilsalicílico (aspirina) ≥ 3g por dia:
A administração de drogas do tipo AINEs pode reduzir o efeito anti-hipertensivo dos inibidores da ECA (por exemplo: ácido acetilsalicílico em regimes posológicos anti-inflamatórios, inibidores da COX-2 e AINEs não-seletivos). O uso concomitante de inibidores da ECA e AINE pode levar a um aumento do risco de piora da função renal17, incluindo a possibilidade de insuficiência renal34 aguda, e um aumento nos
níveis de potássio sérico, especialmente em pacientes com prejuízo da função renal17 pré-existente. A combinação deve ser administrada com cautela, especialmente nos idosos. Os pacientes devem ser hidratados adequadamente e deve-se monitorar a função renal17 depois de iniciar a terapia concomitante e então periodicamente.
Racecadotril:
Os inibidores da ECA são conhecidos por causar angioedema45. Este risco pode ser aumentado quando usado concomitantemente com racecadotril (um fármaco124 utilizado contra a diarreia54 aguda).
Inibidores da mTOR:
A terapia concomitante com inibidores da mTOR (por exemplo: sirolimo, everolimo, tensirolimo) pode aumentar o risco de angioedema45.
Uso concomitante que requerem alguns cuidados:
Agentes anti-hipertensivos e vasodilatadores:
O uso concomitante destes agentes pode aumentar o efeito hipotensor do perindopril. O uso concomitante com nitroglicerina e outros nitratos, ou outros vasodilatadores, pode potencializar a redução da pressão arterial12.
Gliptinas (linagliptina, saxagliptina, sitagliptina, vildagliptina):
Aumento do risco de angioedema45, devido a diminuição da atividade da dipeptidil-peptidase (DPP-IV) pela gliptina, em pacientes em uso concomitante com um inibidor da ECA.
Antidepressivos tricíclicos / Antipsicóticos / Anestésicos:
O uso concomitante de certos produtos anestésicos, antidepressivos tricíclicos e antipsicóticos com inibidores da ECA pode resultar em uma redução adicional da pressão sanguínea.
Simpaticomiméticos:
Os medicamentos simpaticomiméticos podem reduzir o efeito anti-hipertensivo dos inibidores da ECA.
Ouro:
Reações nitritóides (sintomas72 incluem rubor facial, náusea77, vômito55 e hipotensão29) foram raramente reportados em pacientes em terapia com ouro injetável (aurotiomalato de sódio) em concomitância com inibidores da ECA, incluindo o perindopril.
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
ACERTIL 5mg deve ser guardado na sua embalagem original. Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30º C). Proteger da luz e umidade. Nestas condições, este medicamento possui prazo de validade de 36 (trinta e seis) meses, a partir da data de fabricação.
Número do lote, data de fabricação e prazo de validade: vide embalagem.
Não use medicamento com prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E ORGANOLÉPTICAS:
ACERTIL 5mg é apresentado sob a forma de comprimidos revestidos verdes claros, em forma de bastonete, gravados em uma face67 com o logo e sulcados em ambas as faces. Este comprimido pode ser dividido em doses iguais.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
POSOLOGIA E MODO DE USAR
ACERTIL 5mg deve ser administrado sempre em uma dose única diária, pela manhã antes das refeições.
A posologia deve ser individualizada de acordo com o perfil do paciente e com a resposta da pressão arterial12.
Uso Oral
ACERTIL pode ser utilizado em monoterapia ou associado com outras classes de anti-hipertensivos. A dose inicial recomendada é de 5mg em tomada única pela manhã.
Pacientes com o sistema renina-angiotensina-aldosterona fortemente ativado (em particular, hipertensão15 renovascular, depleção53 de volume e/ou salina, descompensação cardíaca ou hipertensão15 grave) podem experimentar uma queda excessiva na pressão arterial12 após a dose inicial. Uma dose inicial de 2,5mg (equivalente a metade de um comprimido de ACERTIL 5mg) é recomendada para estes pacientes e o início do tratamento deve ser realizado com supervisão médica.
A dose poderá ser aumentada para 10mg uma vez ao dia após um mês de tratamento.
Uma hipotensão29 sintomática52 pode ocorrer após o início do tratamento com ACERTIL 5mg; sendo mais provável em pacientes que estão sendo tratados conjuntamente com diuréticos57. Recomenda-se precaução uma vez que estes pacientes podem estar com depleção53 de volume e/ou salina.
Se possível, o diurético21 deverá ser interrompido 2 a 3 dias antes do início do tratamento com ACERTIL 5mg.
Nos pacientes hipertensos nos quais o diurético21 não pode ser descontinuado, o tratamento com ACERTIL pode ser iniciado com uma dose de 2,5mg (equivalente a metade de um comprimido de ACERTIL 5mg). A função renal17 e o nível de potássio sérico deverão ser monitorados. A dose seguinte de ACERTIL deverá ser ajustada de acordo com a resposta da pressão arterial12. Caso seja necessário, a terapia com diuréticos57 poderá ser retomada.
Em pacientes idosos, o tratamento deve ser iniciado com uma dose de 2,5mg (equivalente a metade de um comprimido de ACERTIL 5mg) que poderá ser progressivamente aumentada para 5mg após um mês de tratamento e posteriormente para 10mg, caso necessário, dependendo da função renal17 (vide tabela 1).
População especial:
Pacientes com disfunção renal17:
Nos casos de disfunção renal17 a dosagem de ACERTIL baseada no clearence de creatinina36, conforme tabela abaixo:
Tabela 1: Ajuste de dose na disfunção renal17:
Clearance de creatinina36 (ml/min) |
Dose recomendada |
Clcr ≥ 60 |
5mg por dia |
30 < Clcr < 60 |
2,5mg por dia |
15 < Clcr < 30 |
2,5mg em dias alternados |
Pacientes em hemodiálise64* |
|
Clcr < 15 |
2,5mg no dia da diálise37 |
*Em pacientes em hemodiálise64: o clearance da diálise37 do perindoprilato é de 70 ml/min. A dose de ACERTIL deve ser administrada após a diálise37.
Pacientes com disfunção hepática89:
Não é necessário um ajuste de dose em pacientes com disfunção hepática89.
REAÇÕES ADVERSAS
Resumo do perfil de segurança:
O perfil de segurança do perindopril é consistente com o perfil de segurança de um inibidor da ECA:
As mais frequentes reações adversas relatadas nos estudos clínicos e observadas com perindopril são: tontura125, dor de cabeça126, parestesia127, vertigem128, distúrbios visuais, zumbido, hipotensão29, tosse, dispneia129, dor abdominal, constipação130, diarreia54, disgeusia131, dispepsia132, náusea77, vômito55, prurido133, erupção134 cutânea135, cãibras musculares e astenia136.
Lista tabelada das reações adversas:
As seguintes reações adversas foram observadas durante estudos clínicos e/ou pós-comercialização com perindopril e estão listadas abaixo com as suas respectivas frequências:
Muito comum (>1/10); comuns (>1/100 e ≤1/10); incomuns (>1/1.000 e ≤1/100); rara (>1/10.000 e ≤1/1.000); muito rara (≤1/10.000); não conhecida (não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis).
Classe de Sistema de Órgãos |
Termo Preferido |
Frequência |
Alteração do sistema sanguíneo e linfático137 |
Eosinofilia138 |
Incomum* |
Agranulocitose92 ou pancitopenia139 |
Muito rara |
|
Diminuição da hemoglobina140 e hematócrito141 |
||
Leucopenia142/neutropenia91 |
||
Anemia hemolítica143 em pacientes com deficiência congênita144 da G- 6PDH |
||
Trombocitopenia93 |
||
Alterações do metabolismo145 e nutricionais |
Hipoglicemia123 |
Incomum* |
Hipercalemia28 reversível com a descontinuação |
||
Hiponatremia58 |
||
Alterações psiquiátricas |
Alterações do humor ou do sono |
Incomum |
Alterações do sistema nervoso146 |
Tontura125 |
Comum |
Dor de cabeça126 |
||
Parestesia127 |
||
Vertigem128 |
||
Sonolência |
Incomum* |
|
Síncope119 |
||
Confusão |
Muito rara |
|
Alterações Visuais |
Distúbios visuais |
Comum |
Alterações do ouvido ou labirinto147 |
Zumbido |
Comum |
Alterações Cardíacas |
Palpitações148 |
Incomum* |
Taquicardia149 |
||
Angina51 pectoris |
Muito rara |
|
Arritmia150 |
||
Infarto do miocárdio60, secundário a uma hipotensão29 excessiva em pacientes de alto risco |
||
Alterações vasculares95 |
Hipotensão29 (e efeitos relacionados à hipotensão29) |
Comum |
Vasculite151 |
Incomum* |
|
AVC secundário a uma hipotensão29 excessiva em pacientes de alto risco |
Muito rara |
|
Alterações respiratórias, torácicas e do mediastino152 |
Tosse |
Comum |
Dispneia129 |
||
Broncoespasmo153 |
Incomum |
|
Pneumonia154 eosinofílica |
Muito rara |
|
Rinite155 |
||
Alterações gastrointestinais |
Dor abdominal |
Comum |
Constipação130 |
||
Diarreia54 |
||
Disgeusia131 |
||
Dispepsia132 |
||
Náusea77 |
||
Vômito55 |
||
Boca156 seca |
Incomum |
|
Pancreatite157 |
Muito rara |
|
Alterações hepato-biliares |
Hepatite158 tanto citolítica quanto colestática |
Muito rara |
Alterações da pele e tecido subcutâneo159 |
Prurido133 |
Comum |
Erupção134 cutânea135 |
||
Urticária160 |
Incomum |
|
Angioedema45 da face67, extremidades, lábios, membranas das mucosas68, língua69, glote70 e/ou laringe71 |
||
Reações fotossensíveis |
Incomum* |
|
Penfigóide |
||
Hiperidrose161 |
Incomum |
|
Agravamento da psoríase162 |
Rara* |
|
Eritema multiforme163 |
Muito rara |
|
Alterações do tecido conjuntivo164 e músculo esquelético165 |
Cãibras musculares |
Comum |
Artralgia166 |
Incomum* |
|
Mialgia167 |
||
Alterações renal17 e urinária |
Insuficiência renal34 |
Incomum |
Lesão25 renal17 aguda |
Muito rara |
|
Alterações no sistema reprodutivo |
Disfunção erétil |
Incomum |
Alterações gerais e condições do local de administração |
Astenia136 |
Comum |
Dor no peito168 |
Incomum* |
|
Mal estar |
||
Edema74 periférico |
||
Pirexia169 |
||
Investigacionais
|
Aumento na concentração da uréia63 plasmática |
Incomum* |
Aumento na concentração da creatinina36 plasmática |
||
Elevação da bilirrubina170 sérica |
|
|
|
||
Elevação das enzimas hepáticas90 | Rara | Incomum* |
*Frequência calculada a partir dos estudos clínicos para os eventos adversos de relatos espontâneos
Casos de Síndrome86 da secreção inapropriada do hormônio171 anti-diurético21 (SIADH) foram relatados para outros inibidores da ECA. A SIADH pode ser considerada muito rara, mas é uma complicação possível associada com a terapia de inibidor da ECA, incluindo o perindopril.
Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos adversos pelo Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
SUPERDOSE
Os dados disponíveis sobre a superdosagem no homem são limitados. Sintomas72 associados com a superdosagem dos inibidores da ECA podem incluir hipotensão29, choque172 circulatório, distúrbios eletrolíticos, insuficiência renal34, hiperventilação, taquicardia149, palpitações148, bradicardia173, tontura125, ansiedade e tosse.
O tratamento recomendado para a superdosagem é a infusão intravenosa com uma solução de cloreto de sódio 9mg/ml (0,9%). Se ocorrer uma hipotensão29, esta deve ser revertida colocando o paciente deitado de costas174 com a cabeça126 baixa. Se disponível, um tratamento com infusão de angiotensina II e/ou catecolaminas intravenosa também pode ser considerado. O perindopril pode ser removido da circulação175 por hemodiálise64. A terapia com marca-passo176 é indicada para uma bradicardia173 que não responda a terapia. Os sinais vitais177, níveis de eletrólitos110 séricos e as concentrações de creatinina36 devem ser monitorados continuamente.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
MS Nº 1.1278.0074
Farm. Responsável: Patrícia Kasesky de Avellar – CRF-RJ nº 6350
Fabricado por:
Les Laboratoires Servier Industrie 45520 Gidy – França
Embalado por:
Les Laboratoires Servier Industrie
45520 Gidy – França
ou
Laboratórios Servier do Brasil Ltda
Estrada dos Bandeirantes, nº 4211, Jacarepaguá – CEP: 22.775-113
Rio de Janeiro – RJ
Indústria Brasileira
Importado por:
Laboratórios Servier do Brasil Ltda
Estrada dos Bandeirantes, nº 4211, Jacarepaguá – CEP: 22.775-113
Rio de Janeiro – RJ
CNPJ: 42.374.207/0001-76
Indústria Brasileira
SAC 0800-7033431
