Keftron
ANTIBIÓTICOS DO BRASIL LTDA
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Keftron®
ceftriaxona dissódica hemieptaidratada
Pó para solução injetável
APRESENTAÇÕES
Pó para solução injetável
Embalagem com 50 frascos-ampola
VIA INTRAVENOSA
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO
Cada frasco-ampola contém:
ceftriaxona dissódica hemieptaidratada (equivalente a 1 g de ceftriaxona) | 1,193 g |
excipiente q.s.p. | 1 frasco-ampola |
Cada frasco-ampola contém aproximadamente 83 mg de sódio.
INFORMAÇÕES AO PACIENTE
PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?
Keftron® é usado para tratar infecções1 causadas por microrganismos suscetíveis à ceftriaxona.
COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?
Keftron® pertence a um grupo de medicamentos denominado antibióticos. Sua substância ativa - ceftriaxona - é um antibiótico capaz de eliminar uma grande variedade de microrganismos/bactérias responsáveis por diversos tipos de infecções1.
QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Hipersensibilidade: Keftron® é contraindicado a pacientes com alergia2 à ceftriaxona, a qualquer um dos excipientes da formulação ou a qualquer outro cefalosporínico (como cefalexina, cefazolina e outros). Pacientes com histórico de reações de hipersensibilidade à penicilina (incluindo ampicilina e amoxicilina) e outros agentes betalactâmicos podem apresentar maior risco de hipersensibilidade a Keftron® (ver item “4. O que devo saber antes de usar este medicamento?”).
Neonatos3 prematuros: Keftron® é contraindicado a neonatos3 prematuros com idade pós-menstrual (idade corrigida) de até 41 semanas (idade gestacional + idade cronológica).
Recém-nascidos com hiperbilirrubinemia (icterícia4): recém-nascidos com icterícia4 não devem ser tratados com ceftriaxona. Estudos in vitro mostraram que a ceftriaxona pode trazer risco de agravar a toxicidade5 pela bilirrubina6 nesses pacientes.
Neonatos3 e soluções intravenosas que contêm cálcio: Keftron® é contraindicado a neonatos3 (? 28 dias) sob tratamento (ou em previsão de tratamento) com soluções IV que contêm cálcio, incluindo infusão contínua de cálcio como a nutrição parenteral7, por causa do risco de formação de compostos insolúveis de ceftriaxona cálcica (vide itens “6. Como devo usar este medicamento?”, “4. O que devo saber antes de usar este medicamento? – Interações medicamentosas” e “8. Quais os males que este medicamento pode me causar? – Interação com cálcio”).
O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Hipersensibilidade: assim como para todos os agentes antibacterianos betalactâmicos, reações de hipersensibilidade sérias e, ocasionalmente, fatais foram reportadas em pacientes tratados com ceftriaxona (vide item “8. Quais os males que este medicamento pode me causar?”). No caso de reações de hipersensibilidade graves, o tratamento com Keftron® deve ser descontinuado imediatamente e medidas de emergência8 adequadas devem ser iniciadas. Antes do início do tratamento, seu médico deve concluir se você apresenta histórico de reações de hipersensibilidade à ceftriaxona, outras cefalosporinas ou qualquer outro tipo de medicamento betalactâmico. Deve-se tomar precauções, caso Keftron® seja administrado em pacientes com histórico de hipersensibilidade a outros agentes betalactâmicos.
Anemia hemolítica9: anemia hemolítica9 imune mediada (anemia10 produzida por destruição dos glóbulos vermelhos por anticorpos11 do próprio paciente) foi observada em pacientes que receberam antibacterianos da classe das cefalosporinas, incluindo a ceftriaxona. Casos graves de anemia hemolítica9, incluindo óbitos, foram relatados durante o tratamento em adultos e crianças. Se você notar sinais12 de anemia10 (como palidez, cansaço fácil, falta de ar com pequenos esforços) durante o uso de Keftron® avise seu médico para que ele possa pesquisar a causa e orientar você da melhor forma. O uso de ceftriaxona deve ser interrompido até que a causa da anemia10 seja determinada.
Diarreia13 associada ao Clostridium difficile (CDAD): CDAD foi relatada com o uso de quase todos os agentes antibacterianos, incluindo a ceftriaxona, e sua gravidade pode variar, de diarreia13 leve até uma colite14 fatal. O tratamento com agentes antibacterianos altera a flora normal do cólon15, levando a um crescimento exacerbado do C. difficile, que contribui para o desenvolvimento de CDAD. Se notar diarreia13 persistente, avise seu médico para que ele possa determinar a causa e adotar as medidas necessárias para o seu tratamento.
Superinfecções16: superinfecções16 com os microrganismos não suscetíveis podem ocorrer como com outros agentes antibacterianos.
Precipitados de ceftriaxona cálcica: precipitados de ceftriaxona cálcica na vesícula biliar17 foram observados durante exames de ultrassom em pacientes que estavam recebendo doses de ceftriaxona iguais ou superiores a 1 g/dia. Os precipitados desaparecem após descontinuação do tratamento com ceftriaxona e são raramente sintomáticos.
Em casos sintomáticos, seu médico deverá avaliar o risco-benefício da descontinuação do tratamento com Keftron® e outras medidas necessárias.
Não foram observados casos de precipitações intravasculares18 em pacientes, exceto em recém-nascidos tratados com ceftriaxona e soluções ou produtos que contenham cálcio. Keftron® não deve ser misturado ou administrado simultaneamente com soluções de produtos que contenham cálcio a nenhum paciente, mesmo por diferentes cateteres ou acessos venosos de infusão (vide itens “Principais interações medicamentosas” e “8. Quais os males que este medicamento pode me causar?”).
Pancreatite19: casos de pancreatite19, possivelmente de origem biliar obstrutiva, foram raramente relatados em pacientes tratados com ceftriaxona. A maior parte desses pacientes apresentava fatores de risco para estase20/aglutinação biliar, como tratamento prévio intenso, doença grave e nutrição parenteral7 total. O papel de fator desencadeante ou de cofator de ceftriaxona relacionado à precipitação biliar não pode ser descartado.
Monitoramento do sangue21: durante tratamentos prolongados, hemograma completo deve ser feito regularmente.
Gravidez22 e amamentação23
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista. Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se ocorrer gravidez22 ou iniciar amamentação23 durante o uso deste medicamento.
Você deve comunicar ao seu médico se estiver grávida ou com intenção de engravidar. Seu médico irá decidir quando você deve usar Keftron®.
Ceftriaxona atravessa a barreira placentária. A segurança durante a gravidez22 não foi estabelecida em seres humanos.
Apesar dos estudos não demonstrarem defeitos físicos no feto24 ou indução de mutação genética25, é necessário cautela nos três primeiros meses de gestação, a não ser em casos absolutamente necessários.
Recomenda-se cuidado especial em pacientes que amamentam, apesar da baixa concentração de ceftriaxona excretada no leite.
Uso em idosos
A dose de Keftron® para idosos é a mesma usada para adultos
Uso em pacientes pediátricos
A segurança e eficácia da ceftriaxona em recém-nascidos, lactentes26 e crianças foram estabelecidas para as doses descritas no item “6. Como devo usar este medicamento?”. Estudos mostraram que a ceftriaxona, assim como outras cefalosporinas, pode deslocar a bilirrubina6 da albumina27 sérica. Keftron® não é recomendado para neonatos3, especialmente prematuros que apresentem risco de desenvolver encefalopatia28 por causa de icterícia4 (vide item “3. Quando não devo usar este medicamento?”).
Uso em pacientes com insuficiência hepática29 e renal30
Vide item “6. Como devo usar este medicamento?”
Efeitos sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas
Durante o tratamento com Keftron®, efeitos indesejados podem ocorrer (por exemplo, tontura31), os quais podem influenciar a habilidade de dirigir e operar máquinas (vide item “8. Quais os males que este medicamento pode me causar?”). Os pacientes devem ser cautelosos ao dirigir ou operar máquinas.
Até o momento não há informações de que a ceftriaxona possa causar doping. Em caso de dúvidas, consulte seu médico. Principais interações medicamentosas: até o momento, não se observaram alterações da função renal30 após administração simultânea de doses elevadas de ceftriaxona e potentes diuréticos32, como a furosemida.
Recomenda-se o monitoramento dos níveis de aminoglicosídeos e da função renal30, quando administrados em combinação com Keftron®.
A ceftriaxona não apresentou efeito similar ao provocado pelo dissulfiram após administração de álcool. Ceftriaxona não contém o radical N-metiltiotetrazol que está associado a uma possível intolerância ao álcool e a sangramentos observados com outras cefalosporinas.
A probenecida não tem influência sobre a eliminação de ceftriaxona.
Informe o seu médico se estiver utilizando algum medicamento contendo cloranfenicol, pois podem ocorrer interações entre ele e Keftron®. Em estudos in vitro, efeitos antagônicos foram observados com o uso combinado de cloranfenicol e ceftriaxona.
Diluentes que contêm cálcio não devem ser utilizados para a reconstituição de Keftron® ou para diluições posteriores de soluções reconstituídas para administração intravenosa, pois pode ocorrer a formação de precipitado. A precipitação de ceftriaxona cálcica também pode ocorrer quando Keftron® é misturado com soluções que contêm cálcio administrados na mesma veia. Keftron® não deve ser administrado simultaneamente com soluções intravenosas que contêm cálcio, inclusive infusões contínuas que contêm cálcio, tais como as de nutrição parenteral7, através de equipo em Y. No entanto, em outros pacientes, exceto em recém-nascidos, Keftron® e soluções que contenham cálcio podem ser administrados, sequencialmente, se as linhas de infusão forem bem lavadas com um líquido compatível. Em estudos em laboratório foi demonstrado que recém- nascidos apresentam um risco aumentado de precipitação de ceftriaxona cálcica (vide itens “6. Como devo usar este medicamento?” e “Quando devo usar este medicamento?”).
O uso concomitante de Keftron® com antagonistas da vitamina33 K pode aumentar o risco de sangramentos. Os parâmetros de coagulação34 devem ser monitorados frequentemente e a dose do anticoagulante35 deve ser ajustada adequadamente pelo seu médico durante e após tratamento com Keftron® (vide item “8. Quais os males que este medicamento pode me causar?”).
Interações com exames laboratoriais: em pacientes tratados com Keftron®, o teste de Coombs pode se tornar falso positivo. Assim como com outros antibióticos, pode ocorrer teste falso positivo para galactosemia36.
Os métodos não enzimáticos para determinação de glicose37 na urina38 podem fornecer resultados falsos positivos. Por esse motivo, a determinação de glicose37 na urina38 durante o tratamento com Keftron® deve ser feita por métodos enzimáticos. A presença de ceftriaxona pode falsamente reduzir os valores estimados de glicose37 no sangue21, quando obtidos a partir de alguns sistemas de monitoramento. Favor consultar as informações de uso para cada sistema utilizado. Métodos de análise alternativos devem ser utilizados, se necessário.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento. Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde39.
ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
Cuidados de conservação
Keftron® deve ser mantido em temperatura ambiente (15ºC a 30ºC). Manter o frasco-ampola dentro do cartucho.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
As soluções reconstituídas permanecem estáveis física e quimicamente por 6 horas à temperatura ambiente (15ºC a 30ºC) ou por 24 horas no refrigerador (2ºC a 8ºC). Entretanto, como regra geral, as soluções devem ser usadas imediatamente após a preparação.
Após diluição com glicose37 5% em cloreto de sódio 0,45%, manter em temperatura ambiente (15ºC a 30ºC) por até 6 horas (não armazenar sob refrigeração). Após diluição com demais diluentes compatíveis, manter no refrigerador (2ºC a 8ºC) por até 24 horas ou manter em temperatura ambiente (15ºC a 30ºC) por até 6 horas (ver item “6. Como devo usar este medicamento?”).
O profissional de saúde39 saberá como armazenar o medicamento depois de aberto.
Características físicas e organolépticas
Keftron® é constituído de pó cristalino40 branco a amarelo alaranjado e não possui características organolépticas marcantes que permitam sua diferenciação em relação a outros pós e soluções.
Depois de reconstituída, a solução apresenta coloração que varia de incolor a amarelo, podendo tornar-se amarelo escuro quando armazenada, dependendo da concentração e do tempo de armazenamento; esta particularidade da ceftriaxona não tem qualquer significado quanto à tolerabilidade e eficácia do medicamento.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
Descarte de seringas / materiais perfurocortantes
Os seguintes pontos devem ser rigorosamente respeitados quanto ao uso e descarte de seringas e outros materiais perfurocortantes:
- As agulhas e seringas nunca devem ser reaproveitadas.
- Todas as agulhas e seringas utilizadas devem ser colocadas em um recipiente de descarte apropriado, à prova de perfurações.
- Manter o recipiente de descarte fora do alcance das crianças.
- A colocação do recipiente de descarte no lixo doméstico deve ser evitada.
- O descarte do recipiente deve ser realizado de acordo com as exigências locais ou conforme indicado pelo prestador de cuidados de saúde39.
Descarte de medicamentos não utilizados e/ou com data de validade vencida
O descarte de medicamentos no meio ambiente deve ser minimizado. Os medicamentos não devem ser descartados no esgoto e o descarte em lixo doméstico deve ser evitado. Utilize o sistema de coleta local estabelecido, se disponível.
COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
O profissional de saúde39 saberá como preparar o medicamento.
Modo de usar
VIA INTRAVENOSA DIRETA
Reconstituição
Diluente: água para injetáveis.
Volume: 10 mL.
Aspecto da solução reconstituída: incolor a amarelo. Quando armazenada, a solução pode tornar-se amarelo escuro. A potência do medicamento não é alterada, desde que os parâmetros de estabilidade sejam respeitados.
Estabilidade após reconstituição: a solução reconstituída permanece estável física e quimicamente por 6 horas à temperatura ambiente (15°C a 30°C) ou por 24 horas no refrigerador (2ºC a 8ºC). Entretanto, como regra geral, a solução deve ser usada imediatamente após a preparação.
Tempo de injeção41: 2 a 4 minutos
INFUSÃO INTRAVENOSA
Reconstituição
Diluente: água para injetáveis.
Volume: 10 mL.
Aspecto da solução reconstituída: incolor a amarelo. Quando armazenada, a solução pode tornar-se amarelo escuro. A potência do medicamento não é alterada, desde que os parâmetros de estabilidade sejam respeitados.
Estabilidade após reconstituição: a solução reconstituída permanece estável física e quimicamente por 6 horas à temperatura ambiente (15ºC a 30ºC) ou por 24 horas no refrigerador (2ºC a 8ºC). Entretanto, como regra geral, a solução deve ser usada imediatamente após a preparação.
Diluição
Diluente: ver os diluentes compatíveis, volume utilizado e estabilidade da solução após diluição na Tabela 1.
Tabela 1: Keftron® diluentes compatíveis
Diluente |
Volume |
Estabilidade após diluição |
|
Temperatura ambiente (15ºC – 30ºC) |
Sob refrigeração (2ºC – 8ºC) |
||
Cloreto de Sódio 0,9% |
50 – 100 mL |
6 horas |
24 horas |
Glicose37 5% |
50 – 100 mL |
6 horas |
24 horas |
Glicose37 10% |
50 – 100 mL |
6 horas |
24 horas |
Glicose37 5% em Cloreto de Sódio 0,45% |
50 – 100 mL |
6 horas |
Não armazenar sob refrigeração |
Aspecto da solução diluída: incolor a amarelo. Quando armazenada, a solução pode tornar-se amarelo escuro. A potência do medicamento não é alterada, desde que os parâmetros de estabilidade sejam respeitados.
Tempo de infusão: no mínimo 30 minutos. Em lactentes26 e crianças com até 12 anos de idade, doses maiores ou iguais a 50 mg/kg de peso corpóreo devem ser administradas por períodos de infusão iguais ou superiores a 30 minutos. Em neonatos3, as doses devem ser administradas durante 60 minutos para reduzir o risco potencial de encefalopatia28 bilirrubínica.
O volume final do medicamento reconstituído, segue abaixo:
Keftron® 1 g |
Volume adicionado |
Volume final |
10 mL |
11 mL |
A equivalência sal-base segue abaixo:
Concentração de ceftriaxona (base) |
Concentração de ceftriaxona dissódica hemieptaidratada (sal) |
1 g |
1,193 g |
ATENÇÃO: as doses e a concentração do produto são dadas em termos de ceftriaxona (base).
Incompatibilidades: diluentes que contêm cálcio, como as soluções de Ringer ou Hartmann, não devem ser utilizados para a reconstituição de Keftron® ou para diluições posteriores de soluções reconstituídas para administração IV, pois pode ocorrer a formação de precipitado. A precipitação de ceftriaxona cálcica também pode ocorrer quando Keftron® é misturado com soluções que contêm cálcio no mesmo equipo de administração IV. Keftron® não deve ser administrado simultaneamente com soluções IV que contêm cálcio, inclusive infusões contínuas que contêm cálcio tais como as de nutrição parenteral7, através de equipo em Y. No entanto, em outros pacientes, exceto em recém-nascidos, Keftron® e soluções que contenham cálcio podem ser administrados sequencialmente, se linhas de infusão forem bem lavadas com um líquido compatível.
Até o momento não houve relatos de interação entre ceftriaxona e produtos orais contendo cálcio.
Baseado em artigos da literatura, ceftriaxona não deve ser diluída em frasco com outros antimicrobianos tais como, ansacrina, vancomicina, fluconazol e aminoglicosídeos.
Dosagem
Adultos e crianças acima de 12 anos: a dose usual é de 1-2 g de Keftron® em dose única diária (cada 24 horas). Em casos graves ou em infecções1 causadas por patógenos moderadamente suscetíveis, a dose pode ser elevada para 4 g, uma vez ao dia.
Recém-nascidos (abaixo de 14 dias): dose única diária de 20 - 50 mg/kg, de acordo com o peso corpóreo. A dose diária não deve ultrapassar 50 mg/kg. Keftron® é contraindicado a neonatos3 prematuros com idade pós-menstrual (idade gestacional + idade cronológica) de até 41 semanas (vide item “3. Quando não devo usar este medicamento?”).
Keftron® também é contraindicado a recém-nascidos (≤ 28 dias), que requeiram (ou possam requerer) tratamento com soluções IV que contêm cálcio, incluindo infusão de cálcio contínua como a nutrição parenteral7, devido ao risco de precipitação de ceftriaxona cálcica (vide item “3. Quando não devo usar este medicamento?”).
Recém-nascidos, lactentes26 e crianças (15 dias até 12 anos): dose única diária de 20-80 mg/kg. Para crianças de 50 kg ou mais, deve ser utilizada a posologia de adultos. Doses intravenosas maiores ou iguais a 50 mg/kg de peso corpóreo, em lactentes26 e crianças com até 12 anos de idade, devem ser administradas por períodos de infusão iguais ou superiores a 30 minutos. Em neonatos3, doses intravenosas devem ser administradas durante 60 minutos para reduzir o risco potencial de encefalopatia28 bilirrubínica.
Pacientes idosos: as doses para adultos não precisam ser alteradas para pacientes42 idosos, desde que o paciente não apresente insuficiência renal43 e hepática44 graves.
Duração do tratamento: o tempo de tratamento varia de acordo com a evolução da doença. Como se recomenda na antibioticoterapia em geral, a administração de Keftron® deve ser mantida durante um período mínimo de 48 a 72 horas após o desaparecimento da febre45 ou após obterem-se evidências de erradicação da bactéria46.
Siga a orientação do seu médico porque o tratamento com Keftron® pode mudar em condições específicas. Você deve comunicar ao seu médico se desejar interromper o tratamento.
Terapêutica47 associada: tem sido demonstrado, em condições experimentais, um sinergismo entre ceftriaxona e aminoglicosídeos, para muitas bactérias Gram-negativas. Embora não se possa prever sempre um aumento de atividade com esta associação, este sinergismo deve ser considerado nas infecções1 graves com risco de morte causadas por microrganismos, como Pseudomonas aeruginosa. Por causa da incompatibilidade química entre Keftron® e aminoglicosídeos, esses medicamentos devem ser administrados separadamente, nas doses recomendadas. A incompatibilidade química também foi observada na administração intravenosa da ansacrina, vancomicina e fluconazol com ceftriaxona.
Instruções posológicas especiais
Meningite48: na meningite48 bacteriana de lactentes26 e crianças deve-se em iniciar o tratamento com 100 mg/kg dose única diária (dose máxima de 4 g). Logo que o microrganismo responsável for identificado e sua suscetibilidade determinada, pode-se reduzir a posologia de acordo. Os melhores resultados foram obtidos com os seguintes tempos de tratamento:
Neisseria meningitides 4 dias
Haemophilus influenzae 6 dias
Streptococcus pneumoniae 7 dias
Borreliose de Lyme (doença de Lyme): a dose preconizada49 é de 50 mg/kg até o máximo de 2 g em crianças e adultos, durante 14 dias, em dose única diária.
Profilaxia no perioperatório: recomenda-se dose única de 1 a 2 g de Keftron® 30 a 90 minutos antes da cirurgia, dependendo do risco de infecção50. Em cirurgia colorretal, a administração de ceftriaxona com ou sem um derivado 5- nitroimidazólico (por exemplo, ornidazol) mostrou-se eficaz.
Pacientes com insuficiência hepática29 e renal30: não é necessário diminuir a dose em pacientes com insuficiência renal43 desde que a função hepática44 não esteja prejudicada. Nos casos de insuficiência renal43 em que a depuração de creatinina51 estiver < 10 mL/min, a dose de Keftron® não deve ser superior a 2 g/dia. Não é necessário diminuir a dose de Keftron® em pacientes com insuficiência hepática29 desde que a função renal30 não esteja prejudicada. A ceftriaxona não é removida por diálise peritoneal52 ou hemodiálise53. Pacientes submetidos à diálise54 não necessitam de dose suplementar após o procedimento.
Insuficiência hepática29 e renal30 graves: no caso de insuficiência hepática29 e renal30 graves e concomitantes, recomenda-se realizar o monitoramento clínico da segurança e eficácia de Keftron®.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Na eventualidade de perder uma dose, procure tomar o medicamento o mais brevemente possível. Não duplique a dose seguinte para compensar uma dose perdida. Seu médico saberá quando deverá ser aplicada a próxima dose de Keftron®.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?
Estudos clínicos: as reações adversas mais frequentemente reportadas para ceftriaxona são eosinofilia55, (aumento de um tipo de glóbulos brancos que geralmente indicam alergia2 ou infestação56 por vermes), leucopenia57 (redução de glóbulos brancos), trombocitopenia58 (redução das plaquetas59, elemento do sangue21 que participa da coagulação34), diarreia13, erupção60 cutânea61 e aumento das enzimas hepáticas62 (substâncias que indicam lesão63 do fígado64 no exame de sangue21). Os dados para determinar a frequência das reações adversas de ceftriaxona foram obtidos de estudos clínicos.
Reação comum (> 1/100 e < 1/10): eosinofilia55, leucopenia57, trombocitopenia58, diarreia13, fezes amolecidas, aumento das enzimas hepáticas62 e erupção60 cutânea61.
Reação incomum (> 1/1.000 e < 1/100): infecção50 fúngica65 no trato genital, granulocitopenia (redução de um tipo específico de glóbulos brancos, principalmente os neutrófilos66), anemia10, coagulopatia (distúrbios de coagulação34), dor de cabeça67, tontura31, náusea68, vômito69, prurido70 (coceira), flebite71 (inflamação72 da veia), dor no local da administração, febre45 e aumento de creatinina51 no sangue21 (substância que indica lesão63 dos rins73 no exame de sangue21).
Reação rara (> 1/10.000 e < 1/1.000): colite14 pseudomembranosa (inflamação72 do intestino causada pela multiplicação excessiva de certas bactérias depois do uso de antibióticos de amplo espectro), broncoespasmo74 (chiado no peito75, sibilos), urticária76 (lesões77 avermelhadas na pele78), hematúria79 (presença de sangue21 na urina38), glicosúria80 (presença de açúcar81 na urina38), edema82 (inchaço83) e calafrios84.
Pós-comercialização: as reações adversas a seguir foram identificadas durante o período de pós-comercialização de ceftriaxona. Essas reações foram reportadas por uma população de tamanho incerto, portanto, não é possível estimar com segurança sua frequência e/ou estabelecer uma relação causal com a exposição ao fármaco85.
Problemas gastrintestinais: pancreatite19 (inflamação72 do pâncreas86), estomatite87 (inflamação72 da mucosa88 oral) e glossite89 (inflamação72 da língua90).
Alterações hematológicas: casos isolados de agranulocitose91 (quando a medula óssea92 deixa de produzir um tipo de glóbulos brancos, principalmente os neutrófilos66) foram relatados, a maior parte deles após 10 dias de tratamento e doses totais de 20 g ou mais.
Reações cutâneas93: pustulose exantemática generalizada aguda (lesões77 avermelhadas com pus94, disseminadas por todo o corpo) e casos isolados de reações cutâneas93 graves como eritema multiforme95 (lesões77 generalizadas de pele78 com formatos diversos, incluindo manchas vermelhas, bolhas, nódulos avermelhados), síndrome96 de Stevens Johnson ou Síndrome de Lyell97 / necrólise epidérmica tóxica98 (manifestações cutâneas93 de quadros graves de hipersensibilidade, em que o paciente apresenta lesões77 extensas de bolhas e descamação99 da pele78, como se fosse uma grande queimadura).
Alteração no sistema nervoso100: convulsão101.
Infecções1 e infestações: superinfecção102.
Outros efeitos colaterais103 raros: pedra na vesícula104, icterícia4 (amarelão), kernicterus105 (um tipo de icterícia4 grave com comprometimento cerebral), oligúria106 (diminuição do volume urinário), reações anafiláticas107 e anafilactoides (reações alérgicas graves que podem levar ao óbito108, com inchaço83 no trato respiratório que impede a respiração e choque109).
O ultrassom da vesícula biliar17 pode mostrar imagens de sedimento (que podem ser confundidas com cálculos) que desaparecem com a suspensão do medicamento. A injeção intramuscular110 sem a solução de lidocaína (diluente) é dolorosa.
Interação com cálcio: em recém-nascidos que receberam ceftriaxona e soluções que continham cálcio, foi relatado um pequeno número de casos fatais, nos quais um material cristalino40 foi observado nos pulmões111 e rins73 durante a autópsia112.
Em alguns desses casos, a mesma linha de infusão intravenosa foi usada para ceftriaxona e para as soluções contendo cálcio, e em algumas dessas vias de infusão, foi observado um precipitado. Pelo menos uma fatalidade foi relatada com um recém-nascido no qual ceftriaxona e soluções que continham cálcio foram administrados em diferentes momentos, em vias de infusão diferentes; e nenhum material cristalino40 foi observado na autópsia112 desse neonato113. Não houve relatos semelhantes em pacientes não neonatos3. Casos de precipitação de ceftriaxona no trato urinário114 foram relatados, principalmente em crianças que foram tratadas com altas doses (por exemplo, doses maiores ou iguais a 80 mg/kg/dia ou com dose total excedendo 10 g), e que apresentavam outros fatores de risco (por exemplo desidratação115, confinamento na cama). Esse evento pode ser assintomático ou sintomático116, e pode levar à obstrução da uretra117 e insuficiência renal43 aguda, mas é geralmente reversível com a descontinuação de ceftriaxona.
Efeitos colaterais103 locais: em raros casos, reações de flebite71 (inflamação72 da veia) ocorrem após administração intravenosa. Estas podem ser minimizadas pela prática de injeção41 lenta do produto (2 – 4 min).
Investigações: resultados falso positivos para os testes de Coombs (usado no diagnóstico118 de doenças autoimunes119 e doença hemolítica do recém-nascido120), galactosemia36 (doença hereditária no qual o corpo não consegue transformar galactose121 em glicose37) e métodos não enzimáticos para determinação da glicose37.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA DESTE MEDICAMENTO?
Em casos de administração de uma dose excessiva, não é possível reduzir a concentração da droga através de hemodiálise53 ou diálise peritoneal52. Não há antídoto122 específico. O tratamento deve ser sintomático116.
Em casos de superdose podem aparecer as reações adversas descritas anteriormente. O tratamento é sintomático116.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
USO RESTRITO A HOSPITAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA
Registro MS nº 1.5562.0009
Farm. Resp.: Sidnei Bianchini Junior – CRF-SP nº 63.058
Fabricado por:
Antibióticos do Brasil Ltda.
Sumaré – SP
ou
Fabricado por:
Antibióticos do Brasil Ltda.
Cosmópolis – SP
Registrado por:
Antibióticos do Brasil Ltda.
Rod. Professor Zeferino Vaz, SP-332, Km 135
Cosmópolis-SP
CNPJ: 05.439.635/0001-03
Indústria Brasileira
SAC 0800 7015456