Apresolina (Bula do profissional de saúde)
NOVARTIS BIOCIENCIAS S.A
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Apresolina®
cloridrato de hidralazina
Drágeas1
APRESENTAÇÕES
Drágeas1 25 mg ou 50 mg
Embalagens contendo 20 drágeas1
VIA ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada drágea2 de Apresolina® 25 mg contém:
cloridrato de hidralazina | 25 mg |
excipiente q.s.p. | 1 drágea2 |
Excipientes: dióxido de silício, amido, povidona, estearato de magnésio, celulose microcristalina, copovidona, dióxido de titânio, macrogol, sacarose, talco, óxido férrico amarelo, hipromelose e palmitato de cetila.
Cada drágea2 de Apresolina® 50 mg contém:
cloridrato de hidralazina | 50 mg |
excipiente q.s.p. | 1 drágea2 |
Excipientes: dióxido de silício, amido, povidona, estearato de magnésio, celulose microcristalina, copovidona, dióxido de titânio, macrogol, sacarose, talco, laca de eritrosina, hipromelose e palmitato de cetila.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE3
INDICAÇÕES
Hipertensão4
Como adjunto para outros agentes anti-hipertensivos no tratamento da hipertensão4 moderada a grave. Devido ao mecanismo de ação complementar da combinação de hidralazina com betabloqueadores e diuréticos5, pode possibilitar uma eficácia anti-hipertensiva com doses baixas e controla os efeitos relacionados à hidralazina, como taquicardia6 reflexa e edema7.
Insuficiência cardíaca congestiva8 crônica
Como farmacoterapia suplementar para o uso em combinação com nitratos de ação prolongada na insuficiência cardíaca congestiva8 crônica moderada a grave em pacientes nos quais as doses ideais da terapia convencional9 provaram ser insuficientes.
RESULTADOS DE EFICÁCIA
Apresolina® é um produto estabelecido. Não existem estudos clínicos recentes realizados com Apresolina®.
Hipertensão4
Apresolina® (hidralazina), em doses diárias de 50 a 150 mg, foi capaz de reduzir de maneira significante a pressão arterial10 em 118 pacientes hipertensos não-controlados. Nesse estudo, 53% dos pacientes atingiram o controle (pressão arterial diastólica11 < 95 mmHg), enquanto que 72% dos pacientes responderam com, no mínimo, 10 mmHg de redução na pressão(1).
Em outro estudo, o efeito anti-hipertensivo da hidralazina foi comparado aos do captopril e da nifedipina em 160 pacientes hipertensos não controlados após uso diário de atenolol e bendrofluazida. Após 12 semanas de tratamento, o grupo tratado com hidralazina apresentou redução significativa da pressão arterial sistólica12 (média 15,0 mmHg, IC95% 1,7 a 28,3 mmHg) e da pressão arterial diastólica11 (média 10,0 mmHg, IC95% de 3,4 a 16,6 mmHg) sem diferença estatisticamente significante das reduções apresentadas entre a hidralazina e nifedipina ou captopril. O controle da pressão arterial10 foi atingido por 29% dos pacientes que usaram hidralazina, 33% dos usuários de captopril e 17% dos usuários de nifedipina(2).
- Danielson M et al. Evaluation of once daily hydralazine in inadequately controlled hypertension. Acta Med Scand 1983;214(5):373-80
- Bevan EG et al. Comparison of captopril, hydralazine and nifedipine as third drug in hypertensive patients. J Hum Hypertens 1993;7(1):83-8
Insuficiência Cardíaca13
Num estudo controlado com placebo14, 62 pacientes com insuficiência cardíaca13 crônica classe funcional III receberam Apresolina® (ao redor de 150 mg/dia) ou placebo14 em adição ao tratamento habitual que já recebiam. Durante os 12 meses do estudo não houve diferença significativa nas taxas de mortalidade15 nem de interrupção do tratamento por eventos adversos, contudo, a melhora sintomática16 foi mais significativa no grupo tratado com Apresolina® (p < 0,05). Os pacientes tratados com Apresolina® aumentaram sua capacidade de exercício em 25%, enquanto que não houve melhora no grupo placebo14 (p < 0,01) (1).
Em outro estudo 642 pacientes com disfunção cardíaca e pouca tolerância ao esforço a despeito do uso de digoxina e diurético17 foram a aleatoriamente designados para receber placebo14, prazosina (20 mg/dia) ou a combinação de hidralazina (300 mg/dia) e dinitrato de isossorbida (160 mg/dia). A média de seguimento foi de 2,3 anos (variando de 6 meses a 5,7 anos). Em todo período de seguimento a mortalidade15 do grupo tratado com a combinação hidralazina- nitrato foi menor que a do grupo placebo14. Aos 2 anos de seguimento a redução do risco relativo de morte do grupo tratado com hidralazina-nitrato em relação ao placebo14 foi de 34% (p < 0,0028). As taxas de mortalidade15 cumulativa foram de 25,6% no grupo hidralazina-nitrato e 34,3% no grupo placebo14. Medidas sequenciais demonstraram elevação (melhora) da fração de ejeção do ventrículo esquerdo no grupo hidralazina-nitrato após 8 semanas e 1 ano de tratamento, quando comparado ao placebo14 (2).
- Conradson TB et al. Clinical efficacy of hydralazine in chronic heart failure: one-year double-blind placebo14- controlled study. Am Heart J 1984;108(4 Pt 1):1001-6
- Cohn JN et al. Effect of vasodilator therapy on mortality in chronic congestive heart failure. N Engl J Med 1986;314(24):1547-52
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
PROPRIEDADES FARMACODINÂMICAS
Grupo farmacoterapêutico: vasodilatador periférico (Código ATC C02DB02).
A hidralazina exerce seu efeito vasodilatador periférico através de uma ação relaxante direta sobre a musculatura lisa dos vasos de resistência, predominantemente nas arteríolas18. O mecanismo de ação celular responsável por este efeito não é totalmente conhecido. Na hipertensão4, este efeito resulta numa redução da pressão arterial10 (mais a diastólica do que a sistólica) e num aumento da frequência cardíaca, do volume de ejeção e do débito cardíaco19. A dilatação das arteríolas18 atenua a hipotensão20 postural e promove um aumento do débito cardíaco19. A vasodilatação periférica é difusa, mas não uniforme. O fluxo sanguíneo renal21, cerebral, coronariano e esplâncnico aumenta, a não ser que a queda da pressão arterial10 seja muito acentuada. A resistência vascular22 nos leitos cutâneos e muscular não é afetada de maneira considerável. Na hipertensão4, esse efeito resulta em diminuição da pressão arterial10 (a diastólica mais do que a sistólica) e em aumento da frequência cardíaca, volume sistólico e débito cardíaco19. Uma vez que a hidralazina não apresenta propriedades cardio-depressoras ou simpatolíticas, os mecanismos regulatórios reflexos produzem um aumento no volume de ejeção e da frequência cardíaca. A taquicardia6 reflexa induzida, que pode ocorrer como um efeito paralelo, pode ser controlada pelo tratamento concomitante com betabloqueador ou qualquer substância que iniba a função simpática. O uso da hidralazina pode ocasionar retenção de líquidos e sódio, produzindo edema7 e reduzindo o volume urinário. Estes efeitos indesejáveis podem ser prevenidos com a administração concomitante de um diurético17.
Na insuficiência cardíaca congestiva8 crônica, a hidralazina, através de sua ação primária como um dilatador arteriolar, reduz a pós-carga. Isto leva à diminuição do trabalho realizado pelo ventrículo esquerdo acompanhada de um aumento do volume de ejeção do fluxo sanguíneo renal21 e do débito cardíaco19, com manutenção ou apenas ligeira queda da pressão arterial10.
PROPRIEDADES FARMACOCINÉTICAS
Absorção e concentrações plasmáticas
A hidralazina administrada oralmente é rápida e completamente absorvida no trato gastrointestinal e a absorção é variável de acordo com a capacidade acetiladora do indivíduo. A concentração máxima de hidralazina após administração oral única de 50 mg de Apresolina® foi de 229 ± 20 ng/mL e 148 ± 15 ng/mL em acetiladores lentos e rápidos respectivamente. O pico das concentrações plasmáticas é alcançado dentro de uma hora, na maioria dos casos. Foi verificado que a ingestão concomitante de alimentos diminui a biodisponibilidade da hidralazina e também reduz seu efeito vasodilatador. A hidralazina administrada por via oral sofre um efeito de "primeira passagem" dose- dependente (biodisponibilidade sistêmica de 26 a 55%), que depende da capacidade acetiladora individual. Hidralazina exibe uma farmacocinética não linear e é atribuída ao efeito de primeira passagem saturável.
Distribuição
A hidralazina é primariamente apresentada como conjugado de hidrazona com ácido pirúvico23 no plasma24. A capacidade da hidralazina em ligar-se às proteínas25 plasmáticas (principalmente albumina26), situa-se entre 88 e 90%. O volume de distribuição de hidralazina é de 1,5 ± 1,0 L/Kg. A hidralazina é rapidamente distribuída no organismo e apresenta uma afinidade específica pelo tecido27 muscular das paredes arteriais. A hidralazina atravessa a barreira placentária e também é excretada através do leite materno.
Biotransformação
Após a administração oral, os tipos de metabólitos28 dependem principalmente da capacidade do acetilador envolvido. A metabolização sistêmica no fígado29 se dá por hidroxilação do anel e conjugação com o ácido glicurônico e a capacidade acetiladora não afeta a eliminação. Os maiores metabólitos28 são os produtos da acetilação (3 metil-1, 2, 4-triazolo-(3, 4ª) ftalazina), sendo o hidrazona do ácido pirúvico23 hidralazina o maior metabólito30 plasmático; e NAc-HPZ (4-(2- aetilhidrazona) fitalazina-1-one, NAc-HPZ (4-(2-aetilhidrazona), que é encontrado principalmente na urina31 e seu metabólito30 foi considerado como sendo um indicador relevante para o fenótipo32 relacionado à droga.
Eliminação
A meia-vida plasmática geralmente varia de 2 a 3 horas, porém em acetiladores rápidos é mais curta, sendo em média de 45 minutos. Em pacientes com a função renal21 diminuída, a meia-vida plasmática é prolongada até 16 horas com um clearance (depuração) de creatinina33 < 20 mL/min. A idade avançada não afeta nem a concentração sanguínea e nem o clearance (depuração) sistêmico34 do fármaco35. Contudo, a eliminação renal21 do fármaco35 pode ser afetada, em grande parte, pela função renal21 diminuída pela idade. A hidralazina e seus metabólitos28 são rapidamente excretados pelos rins36. Cerca de 24 horas após a dose oral, aproximadamente 80% da mesma pode ser recuperada na urina31. A maioria da hidralazina excretada está sob forma de metabólitos28 acetilados e hidroxilados, alguns dos quais conjugados com o ácido glicurônico. Cerca de 2 a 14% da dose é excretada como hidralazina "aparente".
Dados de segurança pré-clínicos Teratogenicidade e Fertilidade
Não apresentou efeitos significativos sobre a fertilidade ou outros parâmetros reprodutivos em ratos. Em doses 20 a 30 vezes superiores à dose máxima humana diária de 200 a 300 mg, a hidralazina é teratogênica37 em camundongos, causando fenda palatina e malformações38 ósseas faciais e cranianas. Entretanto, a hidralazina não é teratogênica37 em ratos ou coelhos. Em um estudo de desenvolvimento peri e pós-natal em ratos, hidralazina não afetou o crescimento peri e pós-natal da prole.
Mutagenicidade
A hidralazina em concentrações citotóxicas induz mutações genéticas em bactérias, leveduras, Drosophila e em células39 de mamíferos in vitro. Nenhum efeito mutagênico explícito, incluindo aberrações cromossômicas, foi detectado in vivo. A formação dos metabólitos28/intermediários reativos é favorecida sob condições in vitro e então, pode ocorrer dano ao DNA. Entretanto, in vivo, sob condições metabólicas normais, há detoxificação intensa dos intermediários tóxicos potenciais. Consequentemente, estima-se que o risco genotóxico/mutagênico em humanos seja muito baixo.
Carcinogenicidade
Em um estudo de carcinogenicidade de 2 anos em ratos, exames microscópicos40 do fígado29 revelaram alguns aumentos na incidência41 de nódulos neoplásicos42 benignos em doses orais de 30 e 60 mg/Kg. Nenhum destes nódulos foram encontrados com uma dose de 15 mg/Kg. Os machos do grupo com a dose de 60 mg/Kg também mostrou tumores benignos de células intersticiais do testículo43. Estudos do potencial carcinogênico da hidralazina em ratos não sugere um risco carcinogênico específico em doses terapeuticas. Além disso, muitos anos de experiência clínica não sugerem que o uso de hidralazina esteja associado ao câncer44 humano.
CONTRAINDICAÇÕES
- Hipersensibilidade conhecida à hidralazina, dihidralazina ou a qualquer componente da formulação.
- Lúpus45 eritematoso46 sistêmico34 idiopático47 e doenças correlatas.
- Taquicardia6 grave e insuficiência cardíaca13 com alto débito cardíaco19 (por exemplo, em tireotoxicose).
- Insuficiência48 do miocárdio49 devido à obstrução mecânica (por exemplo, em estenose50 aórtica ou mitral e na pericardite51 constritiva).
- Insuficiência cardíaca13 isolada do ventrículo direito devido à hipertensão4 pulmonar (cor pulmonale).
- Aneurisma52 dissecante da aorta53.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Cardiovascular
O estado geral da circulação54 induzido pela hidralazina pode acentuar certas condições clínicas. A estimulação do miocárdio49 pode provocar ou agravar a angina55 pectoris não controlada ou sem tratamento. Portanto, Apresolina® somente deve ser administrada a pacientes portadores de doença arterial coronariana suspeita ou conhecida, que estejam sob tratamento com betabloquadores ou em combinação com agentes simpatolíticos adequados. É importante que a administração do agente betabloqueador seja iniciada alguns dias antes do início do tratamento com Apresolina®.
Os pacientes que sofreram infarto do miocárdio56 não deverão receber Apresolina® até que atinjam a fase de estabilização pós-infarto57.
Hidralazina pode causar ataques anginosos e alterações de ECG indicativas de isquemia58 do miocárdio49. Portanto, deve-se ter cautela em pacientes com suspeita de doença arterial coronariana.
Como todos os anti-hipertensivos potentes, Apresolina® deverá ser utilizada com cuidado em pacientes com doença arterial coronariana ou doenças cerebrovasculares agudas, uma vez que pode ocorrer piora da isquemia58.
Quando submetidos a cirurgias, os pacientes tratados com Apresolina® poderão apresentar uma queda na pressão arterial10. Nestes casos, não se deve empregar adrenalina59 para corrigir a hipotensão20, uma vez que ela aumenta os efeitos de aceleração da frequência cardíaca da hidralazina.
Deve-se dar atenção especial ao paciente quando se tratar de terapia inicial para a insuficiência cardíaca13. O paciente deve ser mantido sob cuidadosa vigilância e/ou monitorização hemodinâmica60 para a detecção precoce de uma hipotensão20 postural ou taquicardia6. Quando for indicada a interrupção da terapia na insuficiência cardíaca13, Apresolina® deve ser retirada gradualmente (exceto em situações graves, tais como na síndrome61 lupus45-like ou discrasia sanguínea), a fim de evitar a precipitação e/ou exacerbação da insuficiência cardíaca13.
Sistema Imunológico62
O tratamento prolongado com a hidralazina (usualmente tratamentos com mais de 6 meses de duração), pode provocar o aparecimento de uma síndrome61 similar ao lúpus45 eritematoso46 sistêmico34, síndrome61 lupus45-like, especialmente quando a posologia prescrita exceder os 100 mg diários. Em sua forma moderada, esta síndrome61 lembra a artrite reumatoide63 (artralgia64, algumas vezes associada à febre65, anemia66, leucopenia67, trombocitopenia68 e rash69 cutâneo70), sendo comprovadamente reversível após a descontinuação do tratamento. Em sua forma mais grave, esta síndrome61 assemelha- se ao lúpus45 eritematoso46 sistêmico34 agudo71 (manifestações similares à forma mais leve, pleurite, derrames pleurais e pericardite51, sendo que o sistema nervoso72 e o comprometimento renal21 são mais raros que no lúpus45 idiopático47). A detecção precoce e um rápido diagnóstico73 com terapia apropriada são de extrema importância nesta doença com risco de morte para prevenir complicações mais graves, que podem ser ocasionalmente fatais.
Em particular, os sintomas74 renais são menos frequentes que a síndrome61 do lúpus45 eritematoso46 idiopático47 sendo os sintomas74 pleuro-pulmonares e a pericardite51 mais frequentes. Uma vez que tais reações tendem a ocorrer mais frequentemente com a elevação da posologia e o prolongamento do tratamento e são mais comuns nos acetiladores lentos, é recomendável que na terapia de manutenção seja utilizada a menor posologia eficaz. Se 100 mg diários de hidralazina não determinarem um efeito clínico adequado, a capacidade acetiladora do paciente deverá ser avaliada.
O tratamento com hidralazina pode induzir a vasculite75 sistémica, incluindo anticorpos76 antinucleares citoplasmáticos induzidos pela hidralazina (vasculite75 ANCA-positiva), conduzindo a síndrome61 pulmonar-renal21, que é uma combinação de hemorragia77 alveolar difusa e glomerulonefrite78 rapidamente progressiva. Os pacientes podem apresentar insuficiência48 grave respiratória e/ou renal21 e necessitar de tratamento em uma unidade de cuidados intensivos. A síndrome61 é caracterizada por um curso fulminante caso seja deixada sem tratamento e pode, por vezes, ser fatal.
Pacientes acetiladores lentos e mulheres correm um maior risco de desenvolver a síndrome61 lupus45-like. Em tais pacientes, todo esforço deverá ser feito para que a posologia não exceda os 100 mg diários. Além disso, deverá ser feita uma cuidadosa observação do possível aparecimento de sintomas74 e sinais79 clínicos sugestivos da síndrome61. Inversamente, os pacientes acetiladores rápidos muitas vezes respondem inadequadamente até mesmo para doses diárias de 100 mg. Nestes pacientes, a posologia pode ser aumentada com apenas um ligeiro aumento no risco de uma síndrome61 lupus45-like. Durante tratamentos prolongados com Apresolina®, é aconselhável a determinação dos fatores antinucleares (FAN) e a realização de exames de urina31 com intervalos regulares de aproximadamente 6 meses. A ocorrência de micro-hematúria80 e/ou proteinúria81, em particular associada a títulos positivos dos fatores antinucleares, pode indicar sinais79 iniciais de uma glomerulonefrite78 por imunocomplexos82 associada à síndrome61 lupus45-like. Na ocorrência de um claro desenvolvimento de sintomas74 e sinais79 clínicos, o medicamento deverá ser descontinuado imediatamente. Exames laboratoriais: Recomenda-se uma contagem sanguínea total e uma titulação de fatores antinucleares (FAN) antes e periodicamente durante a terapia prolongada com hidralazina, mesmo se o paciente está assintomático. Esses exames também são indicados se os pacientes desenvolverem artralgia64, febre65, dor no peito83, mal- estar persistente ou outros sinais79 ou sintomas74 inexplicáveis. Um título positivo dos fatores antinucleares exigirá que o médico faça uma avaliação cuidadosa das implicações dos resultados em relação aos benefícios da terapia prolongada com hidralazina.
Sistema Nervoso72
Alguns casos isolados de neurite84 periférica foram reportados. As referências publicadas sugerem um efeito antipiridoxina, que pode responder à administração de piridoxina ou à retirada da droga.
Efeitos Hematológicos
Efeitos hematológicos adversos, como por exemplo, redução nos níveis de hemoglobina85 e na contagem de células39 vermelhas, leucopenia67, agranulocitose86 e púrpura87, foram relatados em alguns poucos casos. Se ocorrer desenvolvimento dessas anormalidades, o tratamento deve ser descontinuado.
Insuficiência Renal88 e Hepática89
Em pacientes com disfunção renal21 moderada a grave (clearance (depuração) de creatinina33 < 30 mL/min ou concentração sérica de creatinina33 > 2,5 mg/100 mL ou 221 mcmol/L) ou disfunção hepática89, a dose ou o intervalo de dose devem ser adaptados de acordo com a resposta clínica para evitar acúmulo da substância ativa “aparente” (veja “Posologia e Modo de Usar”).
Pacientes Idosos
Devem seguir as recomendações gerais descritas na bula. Como a eliminação renal21 do fármaco35 pode ser afetada, em grande parte, pela função renal21 diminuída pela idade, o ajuste de doses, nestes pacientes, pode ser necessário.
Mulheres em idade fértil, gravidez90, lactação91 e fertilidade Mulheres em idade fértil
Mulheres que pretendem engravidar não devem tomar Apresolina®. Quando a gravidez90 é confirmada em mulheres que tomam Apresolina®, o tratamento deve ser interrompido imediatamente. (ver subseção Gravidez90)
Gravidez90
Embora a experiência clínica no terceiro trimestre de gravidez90 seja extensa, não têm sido observados efeitos adversos graves devido ao uso da hidralazina na gravidez90 humana. Experimentos com animais têm demonstrado um potencial teratogênico92 em camundongos, mas não em outras espécies animais. A hidralazina atravessa a placenta. O uso de Apresolina® na gravidez90, antes do terceiro trimestre deve ser evitado, porém, o medicamento pode ser empregado no final da gravidez90 se não existir outra alternativa mais segura, ou quando a doença determinar sérios riscos para a mãe e/ou para o recém nascido, como por exemplo, nos casos de pré-eclâmpsia93 e/ou eclâmpsia94.
Não foram realizados estudos em animais e nem em mulheres grávidas; ou então, os estudos em animais revelaram risco, mas não existem estudos disponíveis realizados em mulheres grávidas (categoria C).
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Lactação91
A hidralazina é excretada através do leite materno, porém, os dados disponíveis não relatam efeito adverso sobre o lactente95. As mães sob tratamento com Apresolina® podem amamentar seus filhos, desde que se observe cuidadosamente a possível ocorrência de efeitos adversos inesperados.
Fertilidade
Não apresentou efeitos significativos sobre a fertilidade ou outros parâmetros reprodutivos em ratos.
Efeitos sobre a habilidade de dirigir veículos e/ou operar máquinas
Tonturas96 ou hipotensão20 podem ocorrer com Apresolina®, portanto, é aconselhável ter cautela quando dirigir ou operar máquinas.
Atenção diabéticos: contém açúcar97.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
O tratamento concomitante com outros vasodilatadores, antagonistas de cálcio, inibidores da ECA, diuréticos5, anti- hipertensivos, antidepressivos tricíclicos e tranquilizantes maiores, assim como o consumo de álcool, podem potencializar o efeito redutor da pressão arterial10 de Apresolina®. Em particular, a administração de Apresolina® antes ou após a administração de diazóxido pode determinar uma hipotensão20 acentuada. Os inibidores da MAO98 deverão ser utilizados com precaução em pacientes sob tratamento com Apresolina®. A administração concomitante de Apresolina® com betabloqueadores pode aumentar sua biodisponibilidade. Um ajuste posológico através de uma redução da dose destes fármacos pode ser necessário. Foi verificado que a ingestão concomitante de alimentos diminui a biodisponibilidade da hidralazina e também reduz seu efeito vasodilatador.
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Cuidados de conservação
Apresolina® 25 mg: o produto deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC). Apresolina® 50 mg:o produto deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15º e 30ºC) e protegido da umidade.
O prazo de validade é de 24 meses para a concentração de 25 mg e de 18 meses para a concentração de 50 mg, a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas do produto
- Apresolina® 25 mg: Drágea2 amarelo pálido, redonda, biconvexa.
- Apresolina® 50 mg: Drágea2 vermelho violeta, redonda, biconvexa.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
POSOLOGIA E MODO DE USAR
POSOLOGIA
Hipertensão4
A posologia deverá sempre ser ajustada individualmente e as seguintes recomendações deverão ser adotadas:
Adultos: O tratamento deverá ser iniciado com doses baixas de Apresolina® que, dependendo da resposta do paciente, deverão ser aumentadas gradualmente para se obter um efeito terapêutico ideal e evitar a ocorrência de efeitos indesejáveis. Tanto quanto possível, Apresolina® deve ser administrada duas vezes ao dia. A dose inicial de 25 mg, 2 vezes ao dia, é geralmente suficiente. Esta dose poderá ser aumentada conforme as exigências e dentro de uma variação posológica eficaz de manutenção de 50 a 200 mg diários. Contudo, a dose de 100 mg ao dia não deverá ser excedida sem que haja a determinação da capacidade acetiladora do paciente e em mulheres (vide “Advertências e Precauções”).
Insuficiência cardíaca congestiva8 crônica
Adultos: As doses variam muito entre os pacientes e, geralmente, são mais elevadas do que aquelas utilizadas para o tratamento da hipertensão4. Após uma titulação progressiva, a dose média eficaz de manutenção é de 50 a 75 mg a cada 6 horas ou 100 mg em 2 a 3 vezes ao dia.
Populações epeciais
Disfunção renal21 e disfunção hepática89 (todas as indicações): Em pacientes com disfunção renal21 moderada a grave (clearance (depuração) de creatinina33 < 30 mL/min ou concentração sérica de creatinina33 > 2,5 mg/100 mL ou 221 micro mol/L) ou disfunção hepática89, a dose ou o intervalo de dose devem ser adaptados de acordo com a resposta clínica para evitar acúmulo da substância ativa "aparente" (veja “Advertências e Precauções”).
Modo de usar
Apresolina® deve ser tomada por via oral, todos os dias no mesmo horário, sempre da mesma forma, com ou sem alimentos.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
REAÇÕES ADVERSAS
As reações adversas medicamentosas de várias fontes incluindo estudos clínicos e relatos espontâneos
As reações adversas medicamentosas de várias fontes, incluindo estudos clínicos e relatórios espontâneos, são listadas pela classe de sistemas de órgãos MedDRA. A versão MedDRA utilizada é 15.1. Dentro de cada classe de sistema de órgãos, as reações adversas estão ordenadas por frequência, com as reações mais frequentes primeiro. Dentro de cada grupo de frequência, as reações adversas são apresentadas por ordem decrescente de gravidade. Além disso, a categoria correspondente para cada frequência de reações adversas do medicamento é baseada na seguinte convenção (CIOMS III):
Categoria |
Frequência |
Muito comum |
≥ 10% |
Comum |
≥ 1% e < 10% |
Incomum |
≥ 0,1% e < 1% |
Raro |
≥ 0,01% e < 0,1% |
Muito raro |
< 0,01% |
Desconhecida |
Não pode ser estimada pelos dados disponíveis |
Alguns dos efeitos indesejáveis, tais como taquicardia6, palpitação99, sintomas74 de angina55, flushing (rubor), cefaleia100, vertigens101, congestão nasal e distúrbios gastrintestinais, são comumente observados no início do tratamento, especialmente se a posologia for aumentada rapidamente. Contudo, tais reações geralmente diminuem no decorrer do tratamento.
Distúrbios cardíacos
- Muito comuns: taquicardia6, palpitação99
- Comuns: angina55 pectoris
- Incomuns: insuficiência cardíaca congestiva8
Distúrbios do sistema nervoso72
- Muito comum: cefaleia100 Incomum: vertigens101
- Muito raras: neuropatia periférica102, polineuropatia, parestesia103 (os mesmos podem ser revertidos pela administração de piridoxina) e tremor
Distúrbios músculo-esqueléticos e de tecidos conectivos
- Comuns: artralgia64, mialgia104, edema7 articular
Distúrbios de pele105 e de tecido subcutâneo106
- Incomum: rash69
Distúrbios renais e urinários
- Incomuns: proteinúria81, hematúria80, algumas vezes associada à glomerulonefrite78
- Muito raras: insuficiência renal88 aguda, retenção urinária107
Distúrbios gastrintestinais
- Comuns: distúrbio gastrintestinal, diarreia108, náusea109, vômitos110
- Muito rara: íleo paralítico111
Distúrbios hepatobiliares112
- Incomuns: icterícia113, hepatomegalia114, função hepática89 anormal, algumas vezes associada à hepatite115
Disturbios do sangue116 e do sistema linfático117
- Incomuns: anemia66, leucopenia67, neutropenia118, trombocitopenia68 com ou sem púrpura87
- Muito raras: anemia hemolítica119, leucocitose120, linfadenopatia, pancitopenia121, esplenomegalia122, agranulocitose86
Distúrbios psiquiatricos
- Incomuns: agitação, ansiedade
- Muito raras: depressão, alucinações123
Distúrbios dos olhos124
- Incomuns: aumento do lacrimejamento, conjuntivite125
- Muito rara: exoftalmia
Distúrbios do sistema imunológico62
- Comuns: sintomas74 lupus45-like (ocasionalmente fatal - vide “Advertências e Precauções”)
- Incomuns: reações de hipersensibilidade tais como prurido126, alergia127, urticária128, vasculite75, incluindo síndrome61 pulmonar- renal21, eosinofilia129, hepatite115
Trato respiratório
- Incomum: dispneia130, dor pleural, congestão nasal
Distúrbios vasculares131
- Comum: flushing, hipotensão20
- Muito raras: respostas pressóricas paradoxais
Distúrbios gerais e no local de administração
- Incomum: pirexia132, mal estar, edema7
Investigações
- Incomum: perda de peso, creatinina33 sanguínea aumentada
Distúrbios de metabolismo133 e nutrição134
- Incomum: diminuição de apetite
*Síndrome61 pulmonar-renal21 identificada através de relatos pós-comercialização, com frequência desconhecida.
Reações adversas medicamentosas de relatos espontâneos e casos na literatura (frequência não conhecida)
As seguintes reações adversas medicamentosas foram derivadas da experiência pós-comercialização com Apresolina® através de relatos de casos espontâneos e casos na literatura. Porque estas reações são reportadas voluntariamente a partir de uma população de tamanho incerto, não é possível estimar as suas frequências, que é, por conseguinte, classificadas como não conhecida. As reações adversas são listadas de acordo com as classes de sistema de órgãos MedDRA versão 15.1.
Distúrbios hepatobiliares112: hepatoesplenomegalia135 (mais comum quando associado com sintomas74 de lupus45-like).
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA ou à Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
SUPERDOSE
Sintomas74
As principais manifestações de superdosagem são distúrbios cardiovasculares, tais como taquicardia6 e hipotensão20 pronunciadas acompanhadas de náusea109, vertigens101 e sudorese136 que podem resultar em colapso137 circulatório. Também é possível ocorrer isquemia58 do miocárdio49 com angina55 pectoris e arritmias138 cardíacas. Adicionalmente, podem ocorrer distúrbios de consciência, cefaleia100, vômito139, assim como tremores, convulsões, oligúria140 e hipotermia141.
Medidas Terapêuticas
Uma vez que não existe um antídoto142 específico, além da tentativa de eliminar o fármaco35 do trato gastrintestinal (inicialmente induzindo ao vômito139 e posteriormente por lavagem gástrica143, administração de carvão ativado e possivelmente com o uso de laxantes144), deve-se realizar um tratamento de suporte incluindo o uso de um expansor de volume ou de fluidos intravenosos conforme indicação. Se houver hipotensão20, deve-se tentar aumentar a pressão arterial10 sem aumentar a taquicardia6. Por isso, deve-se evitar adrenalina59.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
MS - 1.0068.0013
Farm. Resp.: Flavia Regina Pegorer - CRF-SP 18.150
Registrado por:
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