

Tamiflu (Bula do profissional de saúde)
PRODUTOS ROCHE QUÍMICOS E FARMACÊUTICOS S.A.
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Tamiflu®
fosfato de oseltamivir
Cápsulas 30 mg, 45 mg e 75 mg
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Cápsulas
Caixa com 10 cápsulas
VIA ORAL
USO ADULTO E USO PEDIÁTRICO A PARTIR DE 1 ANO
COMPOSIÇÃO:
Cada cápsula de 30 mg contém:
fosfato de oseltamivir (equivalente a 30 mg de oseltamivir) | 39,40 mg |
excipiente q.s.p. | 1 cápsula |
Excipientes: amido pré-gelatinizado, povidona, croscarmelose sódica, estearil fumarato de sódio e talco.
Cada cápsula de 45 mg contém:
fosfato de oseltamivir (equivalente a 45 mg de oseltamivir) | 59,10 mg |
excipiente q.s.p. | 1 cápsula |
Excipientes: amido pré-gelatinizado, povidona, croscarmelose sódica, estearil fumarato de sódio e talco.
Cada cápsula de 75 mg contém:
fosfato de oseltamivir (equivalente a 75 mg de oseltamivir) | 98,5 mg |
excipiente q.s.p. | 1 cápsula |
Excipientes: amido pré-gelatinizado, povidona, croscarmelose sódica, estearil fumarato de sódio e talco.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE1
INDICAÇÕES
Tamiflu® é indicado para tratamento e profilaxia de gripe2 em adultos e crianças com idade superior a 1 ano.
Tamiflu® não substitui a vacina3 contra a gripe2.
RESULTADOS DE EFICÁCIA
A eficácia clínica de Tamiflu® foi demonstrada em estudos de infecção4 experimental em humanos e em estudos clínicos fase III, com gripe2 adquirida naturalmente.
Em estudos com gripe2 adquirida natural e experimentalmente, o tratamento com Tamiflu® não prejudica a resposta humoral5 normal. Não é esperado que o tratamento com Tamiflu® afete a resposta dos anticorpos6 à vacina3 de vírus7 inativado5,12.
Estudos com gripe2 adquirida naturalmente
Tratamento da gripe2 em adultos
Em estudos clínicos fase III, realizados na estação da gripe2, em 1997–1998, no hemisfério Norte, os pacientes foram tratados com Tamiflu® por até 40 horas após o aparecimento dos sintomas8. Nesses estudos, 97% dos pacientes estavam infectados pelo vírus7 influenza9 A, e 3% pelo vírus7 influenza9 B. O tratamento com Tamiflu® reduziu significativamente a duração dos sinais10 e dos sintomas8 clinicamente significativos da gripe2 em 32 horas. A gravidade da doença em pacientes com gripe2 confirmada laboratorialmente, recebendo Tamiflu®, também foi reduzida em 38%, quando comparada ao placebo11. Além disso, Tamiflu® reduziu a incidência12 de complicações tratadas com antibioticoterapia, associadas à gripe2 em adultos jovens saudáveis sem nenhuma outra doença, em, aproximadamente, 50%. Essas complicações incluem bronquite, pneumonia13, sinusite14 e otite média15. Nesses estudos clínicos fase III, ficou constatada a eficácia também em relação aos objetivos secundários dos estudos, relacionados à atividade antiviral, tanto na redução da duração da disseminação do vírus7, quanto na redução da área sob a curva dos títulos virais.3
Os dados de estudo de tratamento em população idosa demonstraram que Tamiflu® 75 mg, duas vezes ao dia, durante cinco dias, foi associado à redução na média de duração da doença, a qual foi clinicamente relevante e similar àquela observada nos estudos de tratamento de adultos mais jovens. Em estudo separado, pacientes com idade superior a 13 anos, com gripe2 e doença cardíaca crônica e/ou doença respiratória coexistente receberam o mesmo regime de Tamiflu® ou placebo11. Não foram observadas diferenças na média do tempo para alívio de todos os sintomas8 entre os pacientes que receberam Tamiflu® ou placebo11, porém, a duração da doença febril foi reduzida em, aproximadamente, um dia ao receber Tamiflu®. A proporção de pacientes que estavam disseminando o vírus7 nos dias 2 e 4 também foi significativamente reduzida pelo tratamento com o fármaco16 ativo. Não foi observada diferença no perfil de segurança de Tamiflu® nas populações de alto risco, quando comparado à população de adultos em geral.6,7
Tratamento da gripe2 em crianças8,19
Um estudo de tratamento, duplo-cego, placebo11-controlado, foi conduzido em crianças entre 1 e 12 anos de idade (idade média 5,3 anos) que apresentavam febre17 (> 37,8°C) acompanhada de, pelo menos, um sintoma18 respiratório (tosse ou coriza19) em um período em que o vírus7 influenza9 estava sabidamente circulando pela comunidade. Nesse estudo, 67% dos pacientes com gripe2 foram infectados pelo influenza9 A, e 33% pelo influenza9 B. O tratamento com Tamiflu® iniciado dentro das primeiras 48 horas de sintomas8 reduziu significativamente a duração da doença em 35,8 horas, comparada ao placebo11. A duração da doença foi definida como tempo até o alívio da tosse, da congestão nasal, do desaparecimento da febre17 e do retorno às atividades normais. A proporção de pacientes que desenvolveram otite média15 aguda foi reduzida em 40% nas crianças que receberam Tamiflu® versus placebo11. Crianças que receberam Tamiflu® retornaram às atividades normais quase 2 dias antes daquelas que receberam placebo11.
Um segundo estudo foi conduzido em 334 crianças asmáticas com idade entre 6 e 12 anos, das quais 53,6% foram positivas para influenza9. No grupo tratado com oseltamivir, a duração média da doença não foi significantemente reduzida. A partir do 6º dia de tratamento (último dia de tratamento), FEV1 (volume expiratório forçado em 1 minuto) aumentou para 10,8% no grupo tratado com oseltamivir, comparado a 4,7% do placebo11 (p = 0,0148) nessa população.
Profilaxia da gripe2 em adultos e adolescentes9,10,11
A eficácia de Tamiflu® na prevenção da gripe2 causada pelos vírus7 influenza9 A e B, de ocorrência natural, foi comprovada separadamente, em três estudos fase III.
Em um estudo fase III, envolvendo adultos e adolescentes comunicantes de um caso de gripe2 no mesmo domicílio, Tamiflu®, iniciado dentro de até 2 dias após o aparecimento dos sintomas8 no caso índice e mantido durante 7 dias, reduziu significativamente a incidência12 de gripe2 em 92% nos comunicantes.
Em estudo duplo-cego20 controlado com placebo11 realizado em adultos saudáveis não vacinados e sem nenhuma outra doença, com idades entre 18 e 65 anos, Tamiflu® reduziu significativamente a incidência12 de gripe2 em 76% durante um surto na comunidade. Os indivíduos desse estudo receberam Tamiflu® pelo período de 42 dias.
Em estudo duplo-cego20 controlado com placebo11 e que incluiu idosos residentes em centros geriátricos, dos quais 80% haviam recebido vacina3 naquele inverno, Tamiflu® reduziu significativamente a incidência12 de gripe2 em 92%. No mesmo estudo, Tamiflu® também reduziu significativamente a incidência12 de bronquite, pneumonia13 e sinusite14 associada à gripe2 em 86%. Os indivíduos desse estudo receberam Tamiflu® pelo período de 42 dias.
Nesses três estudos clínicos, aproximadamente 1% dos indivíduos que receberam Tamiflu® para profilaxia desenvolveu gripe2 durante o período de medicação.
Nesses estudos clínicos fase III, Tamiflu® também reduziu significativamente a incidência12 da disseminação do vírus7, evitando, assim, sua transmissão entre os familiares.
Profilaxia da gripe2 em crianças13
A eficácia de Tamiflu® em prevenir gripe2 adquirida naturalmente foi demonstrada em estudo de profilaxia pós-exposição em comunicantes domiciliares que incluíam crianças de 1 a 12 anos de idade como caso índice ou comunicante familiar. O parâmetro primário de eficácia nesse estudo foi a incidência12 de gripe2 sintomática21 com confirmação laboratorial. Nesse estudo, Tamiflu® suspensão oral, de 30 mg a 75 mg, uma vez ao dia, por 10 dias, entre crianças que inicialmente ainda não transmitiam o vírus7, reduziu a incidência12 de gripe2 sintomática21, com confirmação laboratorial de 21% (15/70), no grupo que não recebeu profilaxia, para 4% (2/47), no grupo que recebeu profilaxia.
Profilaxia da gripe2 em indivíduos imunocomprometidos
Estudo duplo-cego20 controlado com placebo11 foi conduzido para profilaxia sazonal da gripe2 em 475 indivíduos imunocomprometidos (388 indivíduos submetidos a transplante de órgãos sólidos, 87 a transplante de células22 estaminais hematopoiéticas e nenhum indivíduo com outros estados imunodepressivos), incluindo 18 crianças de 1–12 anos de idade. Confirmação laboratorial e clínica de gripe2 foram definidas através de RT-PCR23 e através de temperatura oral >37,2°C, tosse e/ou coriza19, todos registrados dentro de 24 horas, foram avaliados.
Dentre os indivíduos que ainda não estavam eliminando o vírus7 no momento inicial da coleta do exame, a incidência12 de influenza9 confirmada clínica e laboratorialmente foi de 2,9 % (7/238) no grupo placebo11 e 2,1 % (5/237) no grupo oseltamivir (95 % CI -2,3 % – 4.1 %; p = 0,772), não foram detectadas diferenças relevantes entre o grupo placebo11 e oseltamivir.
Resistência viral 1
Redução de sensibilidade da neuraminidase viral
Estudos clínicos: o risco de aparecimento de vírus7 influenza9 com suscetibilidade reduzida ou resistência ao oseltamivir foi avaliado em estudos clínicos (estudos clínicos com o suporte da Roche). Todos os pacientes que foram identificados como portadores do vírus7 resistente ao oseltamivir o fizeram de forma transitória, eliminaram o vírus7 normalmente e não apresentaram agravamento dos principais sintomas8.
População de pacientes |
Pacientes com mutações resistentes (%) |
|
Fenotipagem* |
Geno- e Fenotipagem* |
|
Adultos e adolescentes |
4/1245 (0,32%) |
5/1.245 (0,4%) |
Crianças (1-12 anos) |
19/464 (4,1%) |
25/464 (5,4%) |
* Genotipagem completa não foi conduzida em todos os estudos.
Até o momento, não há evidência de aparecimento de resistência ao fármaco16 associada ao uso de Tamiflu® em estudos conduzidos pós-exposição (7 dias), pós-exposição de contatos domiciliares (10 dias) e sazonal (42 dias) na prevenção da gripe2 em pacientes imuncompetentes. Não foi observada resistência viral durante estudo de profilaxia de 12 semanas em pacientes imunocomprometidos.
Dados clínicos e de vigilância: mutações naturais associadas à redução da suscetibilidade ao oseltamivir in vitro foram detectadas para os vírus7 influenza9 A e B isolados de pacientes não expostos ao oseltamivir. Por exemplo, em 2008 foi detectada resistência ao oseltamivir associada a substituição do H275Y em > 99% do vírus7 H1N1 circulantes em 2008 isolados na Europa, enquanto em 2009 o vírus7 H1N1 (gripe2 suína) foi quase que uniformemente suscetível ao oseltamivir. Cepas24 resistentes também foram isoladas tanto de pacientes imunocompetentes quanto de imunocomprometidos tratados com oseltamivir. A suscetibilidade ao oseltamivir e a prevalência25 de tais vírus7 demonstraram variar sazonal e geograficamente. Resistência ao oseltamivir também foi relatada em pacientes infectados pelo vírus7 H1N1 pandêmico tanto àqueles submetidos a regimes posológicos para tratamento quanto para profilaxia.
A taxa de ocorrência de resistência pode ser maior em grupos etários mais jovens e pacientes imunocomprometidos. Vírus7 resistentes ao oseltamivir isolados de pacientes tratados com oseltamivir e cepas24 laboratoriais de vírus7 influenza9 resistentes ao oseltamivir demonstraram conter mutações nas neuraminidases N1 e N2. Mutações relacionadas à resistência tendem a ser subtipo específicas.
Prescritores devem considerar a disponibilidade de informação sobre o padrão de suscetibilidade do vírus7 influenza9 para cada estação e decidir quanto à utilização ou não de oseltamivir (para informações atualizadas consulte o site da OMS e/ou das autoridades sanitárias locais).
Referências bibliográficas
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- Wade-Evans V, et al.Final Clinical Study Report - Protocols WV15673D (GS-97-804) and WV15697D (GS-97-805). Double-blind, randomized placebo11-controlled studies of GS4104 (Ro 64-0796) for prophylaxis against human Influenza9 virus7.Research Report W-144104, February 4, 1999.
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- Hayden F.G., et al Management of Influenza9 in households: a prospective, randomized comparison of oseltamivir treatment with or without postexposure prophylaxis The Journal of Infectious Diseases 2004; 189(3):440-9.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Mecanismo de ação
O fosfato de oseltamivir é um pró-fármaco16 do carboxilato de oseltamivir, inibidor potente e seletivo das enzimas neuraminidase do vírus7 da gripe2, que são glicoproteínas encontradas na superfície do vírion. A atividade da enzima26 viral neuraminidase é importante principalmente para a liberação de partículas virais recém-formadas nas células22 infectadas e para a posterior disseminação do vírus7 infeccioso no organismo. Sugere-se também que a neuraminidase pode desempenhar um papel importante na entrada do vírus7 nas células22 não infectadas.
O carboxilato de oseltamivir inibe a neuraminidase dos dois tipos de vírus7 da gripe2: influenza9 A e B. As concentrações do carboxilato de oseltamivir necessárias para inibir a atividade enzimática em 50%, encontram-se na faixa nanomolar inferior. O carboxilato de oseltamivir também inibe a infecção4 e a replicação in vitro do vírus7 da gripe2 e inibe a replicação e a patogenicidade in vivo do mesmo.
O carboxilato de oseltamivir reduz a proliferação dos dois vírus7 (influenza9 A e B) pela inibição da liberação de vírus7 infecciosos das células22 infectadas.
FARMACOCINÉTICA
Estudos em gripe2 adquirida natural e experimentalmente, o tratamento com Tamiflu® não prejudicou a resposta humoral5 normal. Não é esperado que o tratamento com Tamiflu® afete a resposta dos anticorpos6 à vacina3 de vírus7 inativado.
Assim, conclusões a partir da investigação da farmacocinética clínica de oseltamivir em crianças, incluem que não existem diferenças aparentes entre adultos e crianças na conversão de oseltamivir em seu metabólito27 ativo por meio de esterases hepáticas28.
Absorção
Oseltamivir é absorvido rapidamente no trato gastrintestinal após administração oral de fosfato de oseltamivir, sendo convertido extensivamente pelas esterases intestinais e/ou hepáticas28 para o metabólito27 ativo. As concentrações plasmáticas do metabólito27 ativo são mensuráveis após 30 minutos, atingindo níveis máximos em 2 ou 3 horas após sua administração, excedendo substancialmente (> 20 vezes) aqueles do pró- fármaco16. Pelo menos 75% de uma dose oral atingem a circulação29 sistêmica como metabólito27 ativo. A exposição ao pró-fármaco16 é menor que 5% em relação ao metabólito27 ativo. As concentrações plasmáticas do metabólito27 ativo são proporcionais à dose e não são afetadas pela coadministração com alimentos.
Distribuição
O volume médio de distribuição do metabólito27 ativo em humanos é de, aproximadamente, 23 litros.
A porção ativa atinge todos os sítios chave da infecção4 por gripe2, como demonstrado pelos estudos em furões, ratos e coelhos. Nesses estudos, as concentrações antivirais de metabólitos30 ativos foram encontradas no pulmão31, no lavado bronquioalveolar, na mucosa32 nasal, na orelha média33 e na traqueia34 após administração oral de doses de fosfato de oseltamivir.
A ligação do metabólito27 ativo às proteínas35 plasmáticas é desprezível (aproximadamente 3%). A ligação do pró-fármaco16 às proteínas35 plasmáticas é de 42%. Esses níveis são insuficientes para causar interações medicamentosas significativas.
Metabolismo36
O fosfato de oseltamivir é extensivamente convertido para o metabólito27 ativo pelas esterases localizadas predominantemente no fígado37. Nem o oseltamivir nem o metabólito27 ativo são substratos ou inibidores das principais isoformas do citocromo P450.
Eliminação
O oseltamivir absorvido é eliminado principalmente (> 90%) pela conversão para o metabólito27 ativo. O metabólito27 ativo não é metabolizado posteriormente, sendo eliminado na urina38. As concentrações plasmáticas de pico do metabólito27 ativo diminuem com a meia-vida de 6 a 10 horas na maioria dos pacientes. O fármaco16 ativo é eliminado completamente (> 99%) por excreção renal39. A depuração renal39 (18,8 L/h) excede a taxa de filtração glomerular (7,5 L/h), indicando que, além da filtração glomerular, ocorre secreção tubular. Menos de 20% da dose oral radiomarcada é eliminada nas fezes.
FARMACOCINÉTICAS EM SITUAÇÕES CLÍNICAS ESPECIAIS
Pacientes com insuficiência renal40
A administração de 100 mg de Tamiflu®, duas vezes ao dia durante cinco dias, para pacientes41 com vários graus de insuficiência renal40, mostrou que a exposição ao metabólito27 ativo é inversamente proporcional ao declínio da função renal39.
Pacientes com insuficiência hepática42
Baseado em estudos in vitro e em animais, aumentos significativos da exposição ao oseltamivir ou ao seu metabólito27 ativo não são esperados, o que foi confirmado nos estudos clínicos envolvendo pacientes com insuficiência hepática42 leve a moderada. A segurança e farmacocinética em pacientes com insuficiência hepática42 grave não foram estudadas.
Idosos
A exposição ao metabólito27 ativo em estado de equilíbrio foi 25%–35% maior em idosos (faixa etária entre 65- 78 anos) em comparação a adultos jovens aos quais foram administradas doses comparáveis de Tamiflu®. A meia-vida observada em idosos foi similar àquela observada em adultos jovens.
Gestantes
A análise farmacocinética de uma amostragem populacional indica que o regime posológico de Tamiflu® (vide item “5. Advertências e Precauções”) resulta em menor exposição (30% em média em todos os trimestres) ao metabolito27 ativo em mulheres grávidas, quando comparado com mulheres que não estejam grávidas; contudo, a menor exposição predita mantém-se acima das concentrações inibitórias (valores IC95) e no nível terapêutico para uma variedade de cepas24 de vírus7 da gripe2. Além disso, há evidências de estudos observacionais mostrando o benefício do regime posológico atual nessa população de pacientes. Deste modo, os ajustes de dose não são recomendados para mulheres grávidas em tratamento ou profilaxia da gripe2.
Crianças
A farmacologia43 de oseltamivir foi extensivamente estudada em crianças e adultos. Não existem diferenças entre a farmacologia43 de oseltamivir em crianças e adultos que não possam ser explicadas pelas alterações já conhecidas relacionadas à idade na função renal39 dessas populações. A depuração renal39 é inversamente proporcional à idade e é mais elevada em crianças pequenas, em comparação a adolescentes e adultos. Não existem diferenças entre adultos e crianças ≥ 1 ano de idade na absorção de oseltamivir a partir do trato gastrointestinal ou na desesterificação do pró-fármaco16 para o metabólito27 ativo.
A segurança e a eficácia de Tamiflu® em crianças abaixo de 1 ano de idade ainda não foram estabelecidas.
A farmacocinética de Tamiflu® foi avaliada em estudos de dose única, em crianças de 1 a 16 anos de idade. A farmacocinética de múltiplas doses foi estudada em um pequeno número de crianças, de 3 a 12 anos de idade, envolvidas em estudo clínico. As crianças com menos idade eliminaram ambos, o pró-fármaco16 e o metabólito27 ativo, mais rapidamente que os adultos, resultando em menor exposição para a administração de uma dose determinada em mg. A farmacocinética de oseltamivir em crianças acima de 12 anos de idade foi similar àquela observada em adultos.
Segurança pré-clínica
Dados pré-clínicos baseados em estudos convencionais de segurança farmacológica, doses múltiplas e genotoxicidade revelaram que não há perigo para humanos.
Carcinogenicidade
Três estudos de carcinogenicidade potencial (estudos de dois anos em ratos e camundongos com oseltamivir e seis meses em ratos Tg:AC transgênico foi conduzido com metabólito27 ativo) foram negativos.
Genotoxicidade
Oseltamivir e seu metabólito27 ativo demonstraram-se negativos para a bateria de testes padrão para genotoxicidade.
Distúrbios da fertilidade
Um estudo de fertilidade em ratos, com dose de até 1.500 mg/kg/dia, não demonstrou efeitos adversos em machos e fêmeas.
Toxicidade44 reprodutiva
Em estudos de teratologia realizados em ratos e coelhos com doses até 1.500 mg/kg/dia e 500 mg/kg/dia, respectivamente, não foi observado efeito no desenvolvimento embriofetal. Em estudos com ratos durante o período pré e pós-natal, foi observado trabalho de parto prolongado na dose de 1.500 mg/kg/dia, sendo que a margem de segurança entre a exposição humana e a maior dose sem efeito (500 mg/kg/dia) em ratos foi de 480 vezes para oseltamivir e 44 vezes para o seu metabólito27 ativo, respectivamente. A exposição fetal em ratos e coelhos foi de aproximadamente 15% a 20% da exposição da mãe.
Outros
Em ratas lactantes45, oseltamivir e o metabólito27 ativo são excretados no leite. Dados limitados indicam que oseltamivir e o metabólito27 ativo são excretados no leite humano. A extrapolação dos dados em animais fornece estimativas de 0,01 mg/dia e 0,3 mg/dia para os respectivos compostos.
Um potencial para a sensibilização da pele46 ao oseltamivir foi observado em teste de maximização em cobaias. Aproximadamente 50% dos animais tratados com o princípio ativo apresentaram eritema47 após indução. Foi detectada irritação reversível nos olhos48 dos coelhos. Apesar das doses orais únicas muito altas do fosfato de oseltamivir não terem resultado em nenhum efeito em ratos adultos, tais doses conduziram à toxicidade44 em filhotes de ratos com sete dias de vida, incluindo morte. Esses efeitos foram observados em doses de 657 mg/kg e maiores. Em 500 mg/kg, nenhum efeito adverso foi observado, incluindo os sob tratamento crônico49 (500 mg/kg/dia, 7 a 21 dias administrados após o parto).
CONTRAINDICAÇÕES
Tamiflu® é contraindicado a pacientes com hipersensibilidade conhecida ao fosfato de oseltamivir ou a qualquer componente do produto.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Gerais
Eventos neuropsiquiátricos semelhantes a convulsões e delírios têm sido relatados durante a administração de Tamiflu® em pacientes com gripe2, predominantemente em crianças e adolescentes. Em raros casos, esses eventos resultaram em dano acidental. A contribuição de Tamiflu® para esses eventos é desconhecida. Esses eventos também têm sido relatados em pacientes com gripe2 que não estavam tomando Tamiflu®. Três grandes estudos epidemiológicos independentes confirmaram que pacientes infectados com gripe2 recebendo Tamiflu® não apresentam maior risco de desenvolvimento de eventos neuropsiquiátricos em comparação com indivíduos infectados com influenza9 que não receberam tratamento antiviral (vide item Reações adversas Pós-comercialização).
Os pacientes, especialmente crianças e adolescentes, devem ser rigorosamente monitorados para sinais10 de comportamento anormal.
Não há evidência da eficácia de Tamiflu® em nenhum tipo de doença causada por outros agentes que não os vírus7 causadores da gripe2, influenza9 A e B.
Interações medicamentosas clinicamente importantes que envolvam a competição pela secreção tubular renal39 são pouco prováveis, devido à margem de segurança conhecida para a maioria das substâncias, as características de eliminação do metabólito27 ativo (filtração glomerular e secreção tubular aniônica) e à capacidade de excreção dessas vias. No entanto, deve se ter cautela ao prescrever oseltamivir a indivíduos que estejam tomando agentes co-excretados com uma margem terapêutica50 estreita (por exemplo: clorpropamida51, metotrexato e fenilbutazona).
Efeito sobre a capacidade para dirigir e operar máquinas
Não foram realizados estudos sobre o efeito de Tamiflu® na capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas. A atividade farmacológica e os eventos adversos reportados até o momento não indicam que este efeito é provável.
Até o momento não há informações de que Tamiflu® possa causar doping.
Gravidez52
Categoria de risco na gravidez52: B.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Em estudos reprodutivos em ratos e coelhos, não foi observado efeito teratogênico53. A exposição fetal em ratos e coelhos foi de aproximadamente 15%–20% da exposição da mãe.
Não foram realizados estudos clínicos controlados para avaliar o uso de oseltamivir em mulheres grávidas; contudo, há evidências pós-comercialização e de estudos observacionais que demonstram o benefício do regime posológico atual nessa população de pacientes. Os resultados da análise farmacocinética indicam uma baixa exposição ao metabólito27 ativo; todavia, ajustes de dose não são recomendados no tratamento ou profilaxia da gripe2 em mulheres grávidas (vide item “3. Características Farmacológicas – Farmacocinética em situações clínicas especiais”). Uma grande quantidade de dados de mulheres grávidas expostas a oseltamivir (mais de 1.000 resultados expostos durante o primeiro trimestre) de relatórios pós-comercialização e estudos observacionais, em conjunto com os estudos em animais, indicam nenhum efeito nocivo direto ou indireto no que diz respeito à gravidez52, desenvolvimento embrionário/fetal ou pós-natal. Após considerar as informações de segurança e benefício disponíveis, a patogenicidade do vírus7 da gripe2 em circulação29 e a condição subjacente da paciente grávida, Tamiflu® poderá ser usado em mulheres grávidas.
O uso seguro de oseltamivir durante o trabalho de parto e o parto não foi estabelecido.
Lactantes45
Em ratas lactantes45, oseltamivir e o metabólito27 ativo são excretados no leite. Há pouca informação disponível sobre a amamentação54 de crianças por mães em uso de oseltamivir e a excreção de oseltamivir no leite materno. Dados limitados demonstraram que oseltamivir e o metabólito27 ativo foram detectados no leite materno; contudo, os níveis eram baixos, o que resultaria em doses sub-terapêuticas para o lactente55. Com base nessas informações, na patogenicidade do vírus7 da gripe2 em circulação29 e na condição subjacente da lactante56, o uso de Tamiflu® pode ser considerado.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
As informações derivadas de estudos de farmacologia43 e farmacocinética com fosfato de oseltamivir sugerem que as interações medicamentosas clinicamente significativas são improváveis.
O fosfato de oseltamivir é convertido extensivamente no composto ativo por esterases localizadas predominantemente no fígado37. Interações medicamentosas que envolvem competição por esterases não foram relatadas extensivamente na literatura. A baixa ligação de oseltamivir e do metabólito27 ativo com proteínas35 não sugere probabilidade de interações por deslocamento do fármaco16.
Estudos in vitro demonstraram que nem o fosfato de oseltamivir nem o seu metabólito27 ativo são bons substratos para as oxidases de função mista P450 ou para glucoroniltransferases. Não há base de mecanismo para a interação com contraceptivos orais.
A cimetidina, inibidor não específico das isoformas do citocromo P450 e competidor para secreção tubular renal39 de fármacos básicos ou catiônicos, não tem efeito sobre as concentrações plasmáticas de oseltamivir ou de seus metabólitos30 ativos.
As interações clinicamente importantes do fármaco16, envolvendo competição para a secreção tubular renal39, são improváveis devido à margem de segurança já conhecida para a maioria desses fármacos às características de eliminação do metabólito27 ativo (filtração glomerular e secreção tubular aniônica) e à capacidade de excreção dessas vias. A coadministração de probenecida resulta no aumento de, aproximadamente, duas vezes na exposição ao metabólito27 ativo, devido à diminuição na secreção tubular ativa no rim57. Entretanto, por causa da ampla margem de segurança do metabólito27 ativo, não é necessário ajuste de dose quando coadministrado com probenecida.
A coadministração com amoxicilina não altera as concentrações plasmáticas dos dois compostos, indicando que a competição pela via de secreção aniônica é fraca. A coadministração com paracetamol não altera as concentrações plasmáticas de oseltamivir, de seu metabólito27 ativo ou do paracetamol. Nenhuma interação farmacocinética entre oseltamivir ou seu principal metabólito27 tem sido observada quando coadministrado com paracetamol, ácido acetilsalicílico, cimetidina, antiácidos58 (magnésio, hidróxido de alumínio, carbonato de cálcio), varfarina, rimantadina ou amantadina.
Em estudos clínicos fase III de profilaxia e de tratamento, Tamiflu® foi coadministrado com medicamentos usados comumente, como inibidores da ECA (enalapril, captopril), diuréticos59 tiazídicos (bendrofluazida), antibióticos (penicilina, cefalosporina, azitromicina, eritromicina e doxiciclina), bloqueadores do receptor H2 (ranitidina, cimetidina), betabloqueadores (propranolol), xantinas (teofilina), simpatomiméticos (pseudoefedrina), opioides (codeína), corticosteroides, broncodilatadores60 inalatórios e agentes analgésicos61 (ácido acetilsalicílico, ibuprofeno e paracetamol). Não foi observada mudança da frequência ou do perfil de eventos adversos como resultado da coadministração de Tamiflu® com esses compostos.
Estudos clínicos incluíram várias crianças recebendo medicações para asma62 e um número maior de crianças tratadas concomitantemente com ampla gama de antibióticos. A segurança de oseltamivir foi comparada entre crianças recebendo agentes com potencial teórico para interação farmacológica e crianças que não estavam recebendo essas medicações. Não foram encontradas diferenças em perfil de efeitos colaterais63 ou avaliações laboratoriais. Portanto, parece que os medicamentos mais comumente prescritos para crianças e adolescentes, quando administrados em conjunto com oseltamivir, não aumentam o nível de risco para o paciente.
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Cuidados de conservação
Tamiflu® cápsulas deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C).
Prazo de validade: Tamiflu® cápsulas possui prazo de validade de 48 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas do produto
- Tamiflu® cápsulas de 30 mg cor amarelo-claro opaco.
- Tamiflu® cápsulas de 45 mg cor cinza opaco.
- Tamiflu® cápsulas de 75 mg compostas por um corpo cinza opaco e uma tampa amarelo-clara opaca.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Descarte de medicamentos não utilizados ou com data de validade vencida
O descarte de medicamentos no meio ambiente deve ser minimizado. Os medicamentos não devem ser descartados no esgoto e o descarte no lixo doméstico deve ser evitado.
Quaisquer medicamentos não utilizados ou resíduos devem ser eliminados de acordo com os requerimentos locais.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
POSOLOGIA E MODO DE USAR
Tamiflu® cápsulas deve ser administrado por via oral e pode ser administrado com ou sem alimento. Porém, a administração com alimento pode aumentar a tolerabilidade em alguns pacientes.
O tratamento deve ser iniciado nas primeiras 48 horas após o início dos sintomas8.
POSOLOGIA
Dosagem padrão
Tratamento da gripe2
O tratamento deve ser iniciado dentro do primeiro ou segundo dia do aparecimento dos sintomas8 de gripe2.
- Adultos e adolescentes: A dose oral recomendada de Tamiflu® a adultos e adolescentes, com 13 anos de idade ou mais é de 75 mg, duas vezes ao dia, por cinco dias.
- Crianças entre 1 e 12 anos de idade: Dose recomendada de Tamiflu® a crianças com idade entre 1 e 12 anos:
PESO CORPORAL |
TRATAMENTO POR CINCO DIAS |
≤ 15 kg |
30 mg, duas vezes ao dia |
> 15 a 23 kg |
45 mg, duas vezes ao dia |
> 23 a 40 kg |
60 mg, duas vezes ao dia |
> 40 kg |
75 mg*, duas vezes ao dia |
*Crianças com peso superior a 40 kg devem receber dose adulto; se conseguem ingerir cápsulas podem receber tratamento com cápsulas de 75 mg, duas vezes ao dia, ou uma cápsula de 30 mg e uma de 45 mg, concomitantemente, duas vezes ao dia, por cinco dias.
Profilaxia da gripe2
- Adultos e adolescentes: A dose oral recomendada de Tamiflu® para a profilaxia da gripe2 após contato próximo com um indivíduo infectado, é de 75 mg, uma vez ao dia, durante 10 dias. A terapia deve ser iniciada dentro de até dois dias após a exposição. A dose recomendada para profilaxia em caso de surto comunitário de gripe2 é de 75 mg, uma vez ao dia. A segurança e a eficácia foram demonstradas por até seis semanas de uso contínuo. A proteção é mantida enquanto se continua a administração da medicação.
- Crianças entre 1 e 12 anos de idade: Dose profilática recomendada de Tamiflu® a crianças com idade entre 1 e 12 anos:
PESO CORPORAL |
PROFILAXIA POR DEZ DIAS* |
≤ 15 kg |
30 mg, uma vez ao dia |
> 15 a 23 kg |
45 mg, uma vez ao dia |
> 23 a 40 kg |
60 mg, uma vez ao dia |
> 40 kg |
75 mg**, uma vez ao dia |
* Ou por tempo prolongado de acordo com orientação médica.
** Crianças com peso superior a 40 kg devem receber dose de adulto, se conseguem ingerir cápsulas, podem receber tratamento profilático com cápsulas de 75 mg, uma vez ao dia, ou uma cápsula de 30 mg e uma de 45 mg, concomitantemente, uma vez ao dia, por 10 dias.
Seguir as instruções abaixo a fim de garantir a correta dosagem, utilizando cápsulas de 30, 45 ou 75 mg:
Adultos, adolescentes ou crianças que não conseguem ingerir cápsulas podem receber doses apropriadas de Tamiflu® abrindo as cápsulas e transferindo todo o conteúdo para uma pequena quantidade (no máximo 1 colher de chá) de alimentos adocicados, tais como calda de chocolate, mel (apenas para crianças com 2 anos de idade ou mais velhas), açúcar64 mascavo ou refinado dissolvido em água, cobertura de sobremesa, leite condensado, calda de frutas ou iogurte, para mascarar o sabor amargo (veja as instruções de preparo abaixo).
Determine o número de cápsulas necessárias para o preparo da mistura.
PESO CORPORAL* |
QUANTIDADE DE CÁPSULAS NECESSÁRIAS PARA OBTER A DOSE RECOMENDADA PARA O TRATAMENTO |
QUANTIDADE DE CÁPSULAS NECESSÁRIAS PARA OBTER A DOSE RECOMENDADA PARA PROFILAXIA |
≤ 15 Kg |
1 cápsula de 30 mg, duas vezes ao dia |
1 cápsula de 30 mg, uma vez ao dia |
> 15 a 23 Kg |
1 cápsula de 45 mg, duas vezes ao dia |
1 cápsula de 45 mg, uma vez ao dia |
> 23 a 40 Kg |
2 cápsulas de 30 mg, duas vezes ao dia |
2 cápsulas de 30 mg, uma vez ao dia |
> 40 Kg |
1 cápsula de 75 mg, duas vezes ao dia |
1 cápsula de 75 mg, uma vez ao dia |
Verifique se você está usando a dose correta de acordo com a tabela acima. Pegue a cápsula sobre um recipiente e cuidadosamente abra a cápsula e verta todo o conteúdo no recipiente.
Adicione uma pequena quantidade de alimento adocicado apropriado (máximo 1 colher de chá), à mistura, a fim de mascarar o gosto amargo, e misture bem.
Agite essa mistura e administre todo o conteúdo para o paciente. Essa mistura deve ser administrada imediatamente após o preparo.
Repita esse procedimento para cada dose que será administrada.
Instruções especiais de dosagem
Uso geriátrico: Não é necessário ajuste de dose para pacientes41 idosos, tanto para o tratamento quanto para a profilaxia da gripe2.
Uso pediátrico: A segurança e a eficácia de Tamiflu® em crianças abaixo de 1 ano de idade ainda não foram estabelecidas e, portanto, este medicamento não deve ser utilizado para essa faixa etária.
Pacientes com insuficiência renal40:
- Tratamento da gripe2: não são necessários ajustes de dose para pacientes41 com depuração de creatinina65 superior a 60 mL/min. Em pacientes com depuração de creatinina65 de > 30–60 mL/min, é recomendado que a dose seja reduzida para 30 mg de Tamiflu®, duas vezes ao dia, durante 5 dias. Para pacientes41 com depuração de creatinina65 entre 10 e 30 mL/min, recomenda-se que a dose seja reduzida para uma cápsula de 30 mg de Tamiflu®, uma vez ao dia, durante cinco dias, ou, para crianças, doses de acordo com o peso corporal, uma vez por dia, durante cinco dias. Em pacientes submetidos à hemodiálise66, uma dose inicial de 30 mg de Tamiflu® pode ser administrada antes do início da diálise67 se os sintomas8 de gripe2 aparecerem dentro de 48 horas entre as sessões de diálise67. Para manter a concentração plasmática em níveis terapêuticos, a dose de 30 mg deve ser administrada após cada sessão de hemodiálise66. Para diálise peritoneal68, a dose de 30 mg de Tamiflu® administrada antes do início da diálise67 seguida de doses de 30 mg adicionais administradas a cada 5 dias é recomendada para tratamento (vide item “3. Características Farmacológicas - Farmacocinética em situações clínicas especiais”). A farmacocinética de oseltamivir não foi estudada em pacientes com doença renal39 terminal (isto é, depuração de creatinina65 inferior a 10 mL/min) não submetidos a diálise67. Desta forma, não é possível recomendar dose para esse grupo de pacientes.
- Profilaxia da gripe2: não são necessários ajustes de doses para pacientes41 com depuração de creatinina65 superior a 60 mL/min. Em pacientes com depuração de creatinina65 de >30 – 60 mL/min, é recomendado que a dose seja reduzida para 30 mg de Tamiflu® uma vez ao dia. Para pacientes41 com depuração de creatinina65 entre 10 e 30 mL/min recebendo Tamiflu®, recomenda-se que a dose seja reduzida para uma cápsula de 30 mg de Tamiflu® em dias alternados, por tempo a critério médico, ou para crianças, doses de acordo com o peso corporal, em dias alternados, por tempo a critério médico. Em pacientes submetidos à hemodiálise66, uma dose inicial de 30 mg de Tamiflu® pode ser administrada antes do início da diálise67. Para manter a concentração plasmática em níveis terapêuticos, a dose de 30 mg deve ser administrada após cada sessão alternada de hemodiálise66. Para diálise peritoneal68, uma dose inicial de 30 de Tamiflu® administrada antes do início da diálise67 e seguida de doses de 30 mg adicionais administradas a cada 7 dias é recomendada para profilaxia (vide item “3. Características Farmacológicas - Farmacocinética em situações clínicas especiais”). A farmacocinética de oseltamivir não foi estudada em pacientes com doença renal39 terminal (isto é,depuração de creatinina65 inferior a 10 mL/min) não submetidos a diálise67. Desta forma, não é possível recomendar dose para esse grupo de pacientes.
Os dados clínicos disponíveis em pacientes pediátricos com comprometimento renal39 são insuficientes para recomendar dose para este grupo.
Pacientes com insuficiência hepática42: Não é necessário ajuste de dose para pacientes41 que tenham disfunção hepática69 leve a moderada e que estejam em tratamento ou profilaxia para gripe2. A segurança e a farmacocinética em pacientes com disfunção hepática69 grave não foram estudadas.
REAÇÕES ADVERSAS
Resumo do perfil de segurança
O perfil de segurança global do tratamento com Tamiflu® está baseado em dados de 2.646 pacientes adultos / adolescentes e 859 pacientes pediátricos com gripe2, e em dados de 1.943 pacientes adultos / adolescentes e 148 pacientes pediátricos recebendo Tamiflu® como profilaxia para gripe2 em estudos clínicos. Em estudos de tratamento em adultos / adolescentes, as reações adversas relatadas com mais frequência foram náusea70, vômito71 e dor de cabeça72. A maioria destas reações adversas foi relatada em situações únicas e ocorreu tanto no primeiro ou no segundo dia de tratamento e foram resolvidas espontaneamente dentro de 1–2 dias. Em estudos de profilaxia em adultos / adolescentes, as reações adversas mais frequentemente relatadas foram náusea70, vômito71, dor de cabeça72 e dor. Em crianças, a reação adversa mais comumente relatada foi vômito71. Na maioria dos pacientes, estes eventos não ocasionaram descontinuação do Tamiflu®.
Resumo tabelado de reações adversas ao medicamento em estudos clínicos
As reações adversas ao medicamento em estudos clínicos são listadas conforme a classificação MedDRA de sistemas de órgãos. A categoria de frequência correspondente para cada reação adversa ao medicamento (Tabela 1) é baseada na seguinte convenção:
Categoria | Frequência |
Muito comum | ≥ 10% |
Comum | ≥ 1% e < 10% |
Incomum | ≥ 0,1% e < 1% |
Raro | ≥ 0,01% e < 0,1% |
Muito raro | < 0,01% |
Desconhecida | Não pode ser estimada pelos dados disponíveis |
Tratamento e profilaxia da gripe2 em adultos e adolescentes
Em estudos de tratamento e profilaxia em adultos / adolescentes, as reações adversas ao medicamento que ocorreram mais frequentemente (?1%) na dose recomendada (75 mg duas vezes ao dia por 5 dias para tratamento e 75 mg uma vez ao dia por até 6 semanas para profilaxia) e cuja incidência12 foi pelo menos 1% maior no grupo recebendo Tamiflu® quando comparado ao placebo11, estão demonstrados na Tabela 1.
A população incluída nos estudos de tratamento de gripe2 foi composta tanto por adultos / adolescentes saudáveis quanto por pacientes de risco (pacientes com maior risco de desenvolverem complicações associadas à gripe2, por exemplo, pacientes idosos e pacientes com doença cardíaca ou respiratória crônica). Em geral, o perfil de segurança em pacientes de alto risco foi qualitativamente similar ao de pacientes adultos/adolescentes saudáveis.
O perfil de segurança relatado em indivíduos que receberam a dose recomendada de Tamiflu® para profilaxia (75 mg uma vez ao dia por até 6 semanas) foi qualitativamente similar ao observado em estudos de tratamento (Tabela 1), apesar da duração maior da dose nos estudos de profilaxia.
Tabela 1. Resumo das reações adversas em ≥ 1% dos pacientes adultos e adolescentes que receberam oseltamivir para tratamento ou profilaxia da gripe2 em estudos clínicos (diferença do placebo11 ≥ 1%)
Sistema de classificação de órgãos para reação adversa ao medicamento |
Estudos de tratamento |
Profilaxia |
Categoria da frequênciaa |
Oseltamivir (75 mg duas vezes ao dia) N=2.646 |
Oseltamivir (75 mg uma vez ao dia) N=1.943 |
||
Distúrbios gastrintestinais Náusea70 Vômito71 |
10% 8% |
8% 2% |
muito comum comum |
Distúrbios do sistema nervoso73 Dor de cabeça72 |
2% |
17% |
muito comum |
Distúrbios gerais Dor |
<1% |
4% |
comum |
a A categoria da frequência é reportada apenas no grupo de oseltamivir.
Estudos de tratamento e profilaxia em crianças ≥ 1 ano de idade
Um total de 1.481 crianças (incluindo crianças saudáveis entre 1 e 12 anos e crianças asmáticas entre 6 e 12 anos) participou de estudos clínicos de tratamento com oseltamivir para gripe2. Um total de 859 crianças recebeu tratamento com a suspensão oral de oseltamivir.
A reação adversa que ocorreu em ≥1% das crianças com idade entre 1–12 anos que receberam oseltamivir em estudos clínicos para tratamento da gripe2 adquirida naturalmente (n=859) e que tiveram incidência12 de pelo menos 1% maior no grupo de Tamiflu® quando comparado ao placebo11 (n= 622) foi vômito71 (16% com oseltamivir vs. 8% com placebo11). Dentre as 148 crianças que receberam a dose recomendada de Tamiflu® uma vez ao dia em um estudo de profilaxia pós-exposição com contato domiciliar (n= 99) e em outro estudo separado pediátrico de profilaxia de 6 semanas (n= 49), vômito71 foi a reação adversa mais frequente (8% com oseltamivir vs.2% no grupo sem profilaxia). Tamiflu® foi bem tolerado nestes estudos e os eventos adversos estão consistentes com aqueles anteriormente observados em estudos pediátricos de tratamento.
Tratamento e profilaxia da gripe2 em pacientes geriátricos
Não houve diferenças clinicamente relevantes no perfil de segurança entre os 942 indivíduos com 65 anos de idade ou mais que receberam Tamiflu® ou placebo11, em comparação à população mais jovem (até 65 anos).
Profilaxia da gripe2 em indivíduos imunocomprometidos
Em um estudo de profilaxia de 12 semanas em 475 indivíduos imunocomprometidos, incluindo 18 crianças de 1–12 anos de idade, o perfil de segurança em 238 indivíduos recebendo Tamiflu® foi consistente com o previamente observado em estudos clínicos de profilaxia com Tamiflu®.
Experiência pós-comercialização
Os eventos adversos a seguir foram identificados durante o período de pós-comercialização do Tamiflu®. Como estes eventos foram reportados voluntariamente a partir de uma população de tamanho desconhecido, não é possível estimar com segurança suas frequências e / ou estabelecer relação causal com a exposição a Tamiflu®.
Alteração de pele46 e de tecido subcutâneo74: hipersensibilidade tais como reações alérgicas de pele46 incluindo dermatites, rash75, eczema76, urticária77, eritema multiforme78, alergia79, reações anafiláticas80 ou anafilactoides, edema81 de face82, síndrome83 de Steven-Johnson e necrólise epidérmica tóxica84 têm sido reportados.
Alteração hepatobiliar85: hepatite86 e elevação de enzimas hepáticas87 têm sido reportados em pacientes com síndrome83 gripal recebendo oseltamivir.
Alteração psiquiátrica e alteração do sistema nervoso73: convulsão88 e delírio89 (incluindo sintomas8 como nível alterado de consciência, confusão, comportamento anormal, ilusões, alucinações90, agitação, ansiedade, pesadelos) têm sido reportados durante a administração de Tamiflu® em pacientes com gripe2, predominantemente em crianças e adolescentes. Em raros casos, esses eventos resultaram em danos acidentais. A relação entre o uso de Tamiflu® e esses eventos é desconhecida. Tais eventos neuropsiquiátricos também têm sido relatados em pacientes com gripe2 que não fizeram uso de Tamiflu®.
Alterações gastrintestinais: sangramentos gastrintestinais foram observados após o uso de Tamiflu®. Em particular, quadros de colite91 hemorrágica92 regrediram ao final da gripe2 ou quando o tratamento com Tamiflu® foi interrompido.
Alterações em exames laboratoriais
Elevação das enzimas hepáticas87 foi relatada em pacientes com síndrome83 gripal recebendo oseltamivir.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA ou à Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
SUPERDOSE
Casos de superdose com Tamiflu® foram reportados em estudos clínicos e durante a experiência de pós- comercialização. Na maioria dos casos de superdose, não foram reportados eventos adversos. Os eventos adversos reportados após uma superdose foram semelhantes em sua natureza e distribuição aos observados com doses terapêuticas de Tamiflu® (vide item Reações adversas).
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações sobre como proceder.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
MS-1.0100.0555
Farm. Resp.: Tatiana Tsiomis Díaz - CRF-RJ nº 6942
Tamiflu® cápsulas de 75 mg
Fabricado para F.Hoffmann–La Roche Ltd., Basileia, Suíça, por Cenexi, Fontenay-Sous-Bois, França
Ou
Fabricado para F. Hoffmann-La Roche Ltd., Basileia, Suíça por Roche S.p.A., Segrate, Itália
Sob licença de Gilead Sciences, Foster City, EUA
Embalado por:
F. Hoffmann-La Roche Ltd., Kaiseraugst, Suíça
Registrado, importado e distribuído no Brasil por:
Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.A.
Est. dos Bandeirantes, 2020 CEP 22775-109 - Rio de Janeiro - RJ
CNPJ: 33.009.945/0023-39
Ou
Registrado, importado, embalado e distribuído no Brasil por:
Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.A.
Est. dos Bandeirantes, 2020 CEP 22775-109 - Rio de Janeiro - RJ
CNPJ: 33.009.945/0023-39
Indústria Brasileira
Tamiflu® cápsulas de 30 e 45 mg
Fabricado para F. Hoffmann-La Roche Ltd., Basileia, Suíça por Roche S.p.A., Segrate, Itália
Sob licença de Gilead Sciences, Foster City, EUA
Embalado por:
F. Hoffmann-La Roche Ltd., Kaiseraugst, Suíça
Registrado, importado e distribuído no Brasil por:
Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.A.
Est. dos Bandeirantes, 2020 CEP 22775-109- Rio de Janeiro - RJ
CNPJ: 33.009.945/0023-39
Indústria Brasileira
SAC 0800 7720 289
