Cloridrato de Irinotecano (Injetável 20 mg/mL)
GLENMARK FARMACÊUTICA LTDA
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
cloridrato de irinotecano tri-hidratado
Injetável 20 mg/mL
Medicamento genérico Lei n° 9.787, de 1999.
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Solução injetável
Embalagens contendo 1 frasco-ampola de vidro âmbar com 2 mL ou 5 mL
VIA DE ADMINISTRAÇÃO: INFUSÃO INTRAVENOSA
USO ADULTO
CUIDADO: AGENTE CITOTÓXICO1
COMPOSIÇÃO:
Cada frasco-ampola de 2 mL de cloridrato de irinotecano contém:
cloridrato de irinotecano tri-hidratado (equivalente a 34,66 mg de irinotecano) | 40 mg |
excipiente q.s.p. | 2 mL |
Excipientes: sorbitol2, ácido láctico, hidróxido de sódio, ácido clorídrico3 e água para injetáveis.
Cada frasco-ampola de 5 mL de cloridrato de irinotecano contém:
cloridrato de irinotecano tri-hidratado (equivalente a 86,65 mg de irinotecano) | 100 mg |
excipiente q.s.p. | 5 mL |
Excipientes: sorbitol2, ácido láctico, hidróxido de sódio, ácido clorídrico3 e água para injetáveis.
INFORMAÇÕES AO PACIENTE
USO RESTRITO A HOSPITAIS
Este produto é de uso restrito a hospitais ou ambulatórios especializados e deve ser manipulado apenas por pessoal treinado.
PARA QUÊ ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?
Cloridrato de irinotecano solução injetável é indicado como agente único ou combinado no tratamento de pacientes com:
- Carcinoma4 metastático do cólon5 ou reto6 não tratado previamente;
- Carcinoma4 metastático do cólon5 ou reto6 que tenha recorrido (voltado) ou progredido (piorado) após terapia anterior com 5-fluoruracila;
- Neoplasia7 pulmonar de células8 pequenas e não pequenas;
- Neoplasia7 de colo9 de útero10;
- Neoplasia7 de ovário11;
- Neoplasia7 gástrica recorrente ou inoperável.
Cloridrato de irinotecano está indicado para tratamento como agente único de pacientes com:
- Neoplasia7 de mama12 inoperável ou recorrente;
- Carcinoma4 de células8 escamosas da pele13;
- Linfoma14 maligno.
COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?
Cloridrato de irinotecano é um agente antineoplásico (medicamento usado no tratamento de neoplasia7) que age interagindo com a enzima15 topoisomerase I, uma enzima15 importante no processo de multiplicação das células8. O bloqueio desta enzima15 causa um erro no funcionamento das células8 tumorais, levando-as a morte. As concentrações máximas do metabólito16 ativo (da substância ativa) de cloridrato de irinotecano são atingidas, geralmente, dentro de 1 hora após o término de uma infusão de 90 minutos do produto.
QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Cloridrato de irinotecano é contraindicado a pacientes com hipersensibilidade (alergia17) conhecida ao fármaco18 ou a qualquer componente da fórmula.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez19.
O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Administração: cloridrato de irinotecano deve ser administrado obrigatoriamente sob a supervisão de um médico com experiência no uso de agentes quimioterápicos (medicamentos) para neoplasia7.
O uso de cloridrato de irinotecano nas situações a seguir deve ser avaliado através da análise dos benefícios e riscos esperados, e indicado quando os benefícios superarem os possíveis riscos:
- em pacientes que apresentam um fator de risco20 (particularmente os com performance status = 2 OMS) (índice que reflete o estado geral do paciente).
- em raros casos, onde os pacientes apresentam recomendações relacionadas ao controle de eventos adversos (necessidade de tratamento imediato e prolongado contra diarreia21 combinado a alto consumo de líquido no início da diarreia21 tardia). Recomenda-se supervisão hospitalar a tais pacientes.
Sintomas22 colinérgicos: os pacientes podem apresentar sintomas22 colinérgicos (sintomas22 desencadeados devido à liberação de substâncias chamadas neurotransmissores que controlam várias funções do organismo) como rinite23, salivação aumentada, miose24 (fechamento da pupila), lacrimejamento, diaforese25 (aumento da produção de suor), rubor (vasodilatação), bradicardia26 (diminuição na frequência cardíaca) e aumento do peristaltismo27 (movimento) intestinal que pode causar cólicas28 abdominais e diarreia21 em fase inicial da administração (por ex.: diarreia21 ocorrendo geralmente durante ou até 8 horas da administração de cloridrato de irinotecano). Esses sintomas22 podem ser observados durante, ou logo após, a infusão de cloridrato de irinotecano, devendo ocorrer mais frequentemente com doses mais altas. Em pacientes com sintomas22 colinérgicos a administração terapêutica29, ou profilática, de atropina 0,25 a 1 mg por via intravenosa ou subcutânea30 deve ser considerada (a não ser que contraindicada clinicamente). A definição do uso dessa medicação cabe ao médico que está acompanhando o paciente.
Extravasamento: embora cloridrato de irinotecano não seja, sabidamente, vesicante (irritante da veia onde o produto está sendo infundido), deve-se tomar cuidado para evitar extravasamento (infusão da medicação fora da veia) e observar o local da infusão quanto a sinais31 inflamatórios (aumento de calor local, avermelhamento, dor). Caso ocorra extravasamento, recomenda-se infusão para “lavar” o local de acesso e aplicação de gelo.
Hepático: em estudos clínicos (estudos realizados para avaliar o medicamento) foram observadas, em menos de 10% dos pacientes, anormalidades das enzimas hepáticas32 (testes que avaliam a função do fígado33). Esses eventos ocorrem tipicamente em pacientes com metástases34 hepáticas35 conhecidas e não estão claramente relacionados ao cloridrato de irinotecano.
Hematológico: o cloridrato de irinotecano frequentemente causa diminuição do número de células8 do sistema de defesa do organismo e anemia36, inclusive graves, devendo ser evitado em pacientes com insuficiência37 aguda (mau funcionamento agudo38) grave da medula óssea39 (órgão responsável pela produção das células sanguíneas40). A trombocitopenia41 (queda na contagem de plaquetas42, (células sanguíneas40 responsáveis pela coagulação43)) grave é incomum. Nos estudos clínicos, a frequência de neutropenia44 (diminuição de um tipo de células8 de defesa no sangue45: neutrófilos46) foi significativamente maior em pacientes que haviam recebido previamente irradiação (radioterapia47) pélvica48/abdominal do que naqueles que não haviam recebido tal irradiação.
Neutropenia44 febril (pacientes com diminuição do número de neutrófilos46, que evoluíram com febre49 ocorreu em menos de 10% dos pacientes nos estudos clínicos. Mortes devido à sepse50 após neutropenia44 grave foram relatadas em pacientes tratados com cloridrato de irinotecano. A terapia com cloridrato de irinotecano deve ser temporariamente descontinuada caso ocorra neutropenia44 febril ou se a contagem absoluta de neutrófilos46 cair abaixo de 1000/mm3. A dose do produto deve ser reduzida no caso de ocorrência de neutropenia44 não febril clinicamente significativa.
Pacientes com atividade de UGT1A1 reduzida: dados de uma revisão de estudos indicaram que indivíduos com síndrome51 Crigler-Najjar (tipos 1 e 2) ou aqueles considerados homozigóticos (que têm genes iguais para uma certa característica) para o par de genes UGT1A1*28 (síndrome51 de Gilbert) correm um risco elevado de toxicidade52 no sangue45 após a administração de doses moderada a altas de irinotecano. A relação entre o genótipo53 (o que está definido nos genes de cada pessoa) UGT1A1 e a indução de diarreia21 pelo irinotecano não foi estabelecida.
Em pacientes homozigóticos (que têm genes iguais para uma certa característica) para UGT1A1*28 deve ser administrada a dose inicial normal indicada para irinotecano. Entretanto, estes pacientes devem ser monitorados quanto à toxicidade52 no sangue45. Uma dose inicial reduzida de irinotecano deve ser considerada em pacientes que já tenham sofrido toxicidade52 no sangue45 com tratamento anterior. A redução exata da dose inicial nesses pacientes não foi estabelecida e quaisquer modificações de dose subsequente, devem ser baseadas na tolerância individual do paciente ao tratamento.
Reações de hipersensibilidade: foram relatadas reações de hipersensibilidade (alergia17), inclusive reações anafiláticas54/anafilactoide55 graves (reação alérgica56 grave).
Efeitos imunossupressores/ Aumento da suscetibilidade a infecções57: a administração de vacinas com microorganismos vivos ou atenuados (mortos ou inativados) em pacientes imunocomprometidos por agentes quimioterápicos, incluindo cloridrato de irinotecano, pode resultar em infecções57 graves ou fatais. A vacinação com vacinas contendo microorganismos vivos deve ser evitada em pacientes recebendo cloridrato de irinotecano. As vacinas com microorganismos mortos ou inativados podem ser administradas, no entanto, a resposta a esta vacina58 pode ser diminuída.
Diarreia21 tardia: a diarreia21 tardia (aquela que ocorre mais de 8 horas após a administração do produto) pode ser prolongada e pode levar à desidratação59, desequilíbrio eletrolítico (dos eletrólitos60 – substâncias como sódio e potássio- presentes no sangue45) ou sepse50 (infecção61 grave com comprometimento de vários órgãos), constituindo um risco de morte potencial. Nos estudos clínicos que testaram o esquema posológico a cada 3 semanas, a diarreia21 tardia surgiu, em média, após 5 dias da infusão de cloridrato de irinotecano. Nos estudos que avaliaram a posologia semanal, este intervalo médio foi de 11 dias. Nos pacientes que começaram o tratamento com a dose semanal de 125 mg/m2, o tempo médio de duração de qualquer grau de diarreia21 tardia foi de 3 dias. Nos pacientes tratados com a dose semanal de 125 mg/m2 que tiveram diarreia21 mais intensa, o tempo médio de duração de todo o episódio de diarreia21 foi de 7 dias. Resultados de um estudo de um esquema semanal de tratamento não demonstraram diferença na taxa de diarreia21 tardia em pacientes com 65 anos ou mais em relação a pacientes com menos de 65 anos. Entretanto, pacientes com 65 anos ou mais, devem ser monitorados de perto devido ao risco aumentado de diarreia21 precoce observada nesta população. Ulceração62 (formação de feridas) do cólon5 (do intestino grosso63), algumas vezes com sangramento, foi observada em associação à diarreia21 induzida pelo irinotecano.
Se ocorrer diarreia21, o médico responsável deve ser avisado e ele tomará as medidas necessárias. A diarreia21 tardia deve ser tratada com loperamida imediatamente após observar-se o primeiro episódio de fezes amolecidas, ou malformadas, ou ainda, na ocorrência de evacuações em frequência maior do que a esperada. Em caso de desidratação59, devem ser realizadas reposições hídrica (de água) e eletrolítica (de eletrólitos60, substâncias como sódio e potássio), através de soro64 caseiro ou preparações semelhantes. Se os pacientes apresentarem íleo paralítico65 (parada dos movimentos intestinais), febre49 ou neutropenia44 (diminuição de um tipo de células8 de defesa no sangue45: neutrófilos46) grave, tratamento de suporte com antibióticos deve ser administrado. Além do tratamento antibiótico, a hospitalização é recomendada para o tratamento de diarreia21, nos seguintes casos:
- diarreia21 com febre49;
- diarreia21 grave (requerendo hidratação intravenosa);
- pacientes com vômito66 associado à diarreia21 tardia;
- diarreia21 persistindo por cerca de 48 horas após o início da terapia com altas doses de loperamida.
Após o primeiro ciclo de tratamento, os ciclos quimioterápicos semanais subsequentes só devem ser iniciados quando a função intestinal (número e quantidade de evacuações) do paciente retornar ao padrão pré-tratamento por, pelo menos, 24 horas sem a necessidade de medicação antidiarreica. Se ocorrer diarreia21 grave a administração de cloridrato de irinotecano deve ser descontinuada e retomada em dose reduzida assim que o paciente se recuperar.
Doença inflamatória crônica e/ou obstrução intestinal: em caso de obstrução intestinal os pacientes não devem ser tratados com cloridrato de irinotecano.
Náuseas67 e vômitos68: cloridrato de irinotecano é emetogênico69 (provoca vômito66), como os quadros de náuseas67 e vômitos68 podem ser intensos ocorrendo geralmente, durante ou logo após a infusão do cloridrato de irinotecano, recomenda-se que os pacientes recebam antieméticos70 (medicamentos que combatem náusea71 e vômitos68) pelo menos 30 minutos antes da infusão de cloridrato de irinotecano. O médico também deve considerar a utilização subsequente de esquema de tratamento antiemético72 se necessário. Pacientes com vômito66 associado à diarreia21 tardia devem ser hospitalizados assim que possível para tratamento.
Neurológico: tontura73 foi observada e pode, algumas vezes, representar evidência sintomática74 de hipotensão75 ortostática (queda da pressão arterial76 relacionada a posição em pé) em pacientes com desidratação59.
Renal77: elevações dos níveis séricos (no sangue45) de creatinina78 ou ureia79 (substâncias que indicam a função renal77) foram observadas. Ocorreram casos de insuficiência renal80 aguda (prejuízo na função dos rins81). Esses eventos foram atribuídos a complicações infecciosas ou à desidratação59, relacionada à náusea71, vômitos68 ou diarreia21. Há raros relatos de disfunção renal77 (mau funcionamento dos rins81) decorrente de síndrome51 de lise82 tumoral (série de alterações do organismo decorrentes da morte e destruição das células8 tumorais).
Respiratório: observou-se um tipo de dispneia83 (falta de ar); mas é desconhecido o quanto doenças pré- existentes e/ou envolvimento pulmonar maligno (presença de tumor84 no pulmão85) contribuem para o quadro. Em estudos iniciais no Japão, pequena porcentagem dos pacientes evoluiu com uma síndrome51 pulmonar, com potencial de morte, que se apresenta através de dispneia83, febre49 e de um padrão reticulonodular na radiografia de tórax86 (padrão de radiografia de tórax86). Porém, o quanto o cloridrato de irinotecano contribuiu para estes eventos é desconhecido, pois os pacientes também apresentavam tumores pulmonares e, alguns, doença pulmonar não maligna preexistente.
Doença pulmonar intersticial87 (tipo de comprometimento pulmonar), manifestada através de infiltrado pulmonar, é incomum durante terapia com irinotecano. São fatores de risco para o desenvolvimento desta complicação: doenças pulmonares pré-existentes, uso de medicamentos pneumotóxicos (tóxicos para os pulmões88), radioterapia47 e uso de fatores de estimulação de colônias (substâncias que agem na medula óssea39 estimulando a produção de células sanguíneas40). Na presença de um ou mais destes fatores o paciente deve ser cuidadosamente monitorado quanto a sintomas22 respiratórios antes e durante a terapia com cloridrato de irinotecano.
Outros: uma vez que este produto contém sorbitol2, não é recomendado o uso em pacientes com intolerância hereditária à frutose89.
Atenção: este medicamento contém açúcar90, portanto, deve ser usado com cautela em portadores de diabetes91.
Uso em Populações Especiais
Pediátrico: a eficácia do cloridrato de irinotecano em pacientes pediátricos não foi estabelecida.
Geriátrico: recomendações específicas de dosagem podem se aplicar a essa população e dependem do esquema utilizado.
Insuficiência Hepática92: em pacientes com hiperbilirrubinemia (aumento dos níveis de bilirrubina93 no sangue45) o risco de hematotoxicidade (toxicidade52 das células sanguíneas40) é aumentado. A função hepática94 (do fígado33) basal deve ser obtida antes do início do tratamento e monitorada mensalmente, com novas coletas se clinicamente indicado.
Radioterapia47: pacientes submetidos previamente à irradiação pélvica48/abdominal têm maior risco de mielossupressão (diminuição da função da medula óssea39, órgão responsável pela produção das células sanguíneas40) após a administração de cloridrato de irinotecano. Estes casos exigem cautela e, dependendo do esquema preconizado, doses específicas podem ser necessárias.
Performance Status (ECOG - Eastern Cooperative Oncology Group): pacientes com graus piores de “performance status” (estado geral do paciente) possuem risco aumentado de desenvolverem eventos adversos relacionados ao irinotecano. Recomendações específicas de dosagem para pacientes95 com ECOG performance status de 2 podem se aplicar a essa população, dependendo do esquema utilizado. Pacientes com performance status de 3 ou 4 não devem receber cloridrato de irinotecano. Em estudos clínicos (estudos realizados para avaliar o medicamento) que compararam pacientes recebendo cloridrato de irinotecano /5-fluoruracila/folinato de cálcio ou 5- fluoruracila/folinato de cálcio, foram observadas taxas maiores de hospitalização, neutropenia44 febril (pacientes com diminuição do número de neutrófilos46, que evoluíram com febre49), tromboembolismo96 (formação de coagulo97 dentro de vaso sanguíneo), descontinuação do tratamento no primeiro ciclo e óbitos precoces em pacientes com performance status basal de 2, quando comparados a pacientes com performance status basal de 0 ou 1.
Neoplasia7 gástrica: pacientes com neoplasia7 gástrica parecem apresentar mielossupressão mais importante e outras toxicidades quando o cloridrato de irinotecano é administrado. Uma dose inicial mais baixa deve ser considerada nesses pacientes.
Gravidez19 e Lactação98
Cloridrato de irinotecano pode causar danos ao feto99 quando administrado a mulheres grávidas. Estudos mostram que o cloridrato de irinotecano é teratogênico100 (causa malformação101) em ratos e coelhos. Não foram conduzidos estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas. As mulheres em idade fértil devem ser orientadas a evitar a gravidez19 enquanto estiverem sendo tratadas com este medicamento.
Caso o cloridrato de irinotecano seja utilizado durante a gravidez19 ou a paciente fique grávida enquanto estiver recebendo esse medicamento, ela deve ser informada dos riscos potenciais ao feto99.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez19.
Cinco minutos após a administração IV de irinotecano marcado (medicamento marcado com radioatividade) em ratas, detectou-se radioatividade no leite, com concentrações até 65 vezes maiores do que as obtidas no plasma102 (no sangue45) 4 horas após a administração. Assim, devido ao potencial para reações adversas graves em lactentes103, recomenda-se que a amamentação104 seja descontinuada durante o tratamento com o produto.
Efeitos na habilidade de dirigir e usar máquinas
O efeito de cloridrato de irinotecano sobre a habilidade de dirigir ou operar máquinas não foi avaliado. Entretanto, pacientes devem ser alertados sobre o potencial de tontura73 ou distúrbios visuais, que podem ocorrer dentro de 24 horas após a administração de cloridrato de irinotecano e aconselhados a não dirigir ou operar máquinas se estes sintomas22 ocorrerem.
Interações Medicamentosas
A coadministração de cloridrato de irinotecano com inibidores de suas enzimas metabolizadoras pode resultar em maior exposição ao cloridrato de irinotecano e seu metabólito16 ativo. Médicos devem levar isso em consideração ao administrar cloridrato de irinotecano com estes medicamnetos.
cetoconazol: o clearance (eliminação) do cloridrato de irinotecano é reduzido significativamente em pacientes recebendo concomitantemente cetoconazol. O cetoconazol deve ser descontinuado pelo menos 1 semana antes de iniciar o tratamento com cloridrato de irinotecano e não deve ser administrado durante a terapia com cloridrato de irinotecano.
sulfato de atazanavir: tem o potencial de aumentar o metabólito16 ativo (substância ativa) do cloridrato de irinotecano. Médicos devem levar isso em consideração ao coadministrarem estes medicamentos.
anticonvulsivantes: a coadministração (ao mesmo tempo) de anticonvulsivantes indutores enzimáticos do CYP3A (medicamentos que previnem a ocorrência de convulsões, e que são metabolizados pelo fígado33) (p. ex., carbamazepina, fenobarbital ou fenitoína) reduzem a exposição ao metabólito16 ativo SN-38. Deve-se ter cautela ao iniciar ou substituir anticonvulsivantes não indutores enzimáticos pelo menos 1 semana antes do início da terapia com cloridrato de irinotecano.
erva de São João (Hypericum perforatum): deve ser descontinuada pelo menos 1 semana antes do primeiro ciclo de cloridrato de irinotecano, e não deve ser administrada durante a quimioterapia105 com cloridrato de irinotecano.
Bloqueadores neuromusculares: a interação entre cloridrato de irinotecano e bloqueadores neuromusculares (uma classe de medicamentos que bloqueia a interação entre nervos e músculos106) não pode ser descartada, uma vez que ele pode prolongar o efeito neuromuscular do suxametônio (um tipo de bloqueador neuromuscular) e antagonizar (bloquear o efeito) de outros bloqueadores neuromusculares.
agentes antineoplásicos: eventos de cloridrato de irinotecano, como a mielossupressão (diminuição da função da medula óssea39, órgão responsável pela produção das células sanguíneas40) e a diarreia21, podem ser exacerbados (aumentados) pela associação com outros agentes antineoplásicos que causem eventos adversos semelhantes.
dexametasona: foi relatada linfocitopenia (redução do número de linfócitos, células sanguíneas40 de defesa) em pacientes em tratamento com cloridrato de irinotecano, sendo possível que a administração de dexametasona como profilaxia (ação preventiva) antiemética possa aumentar a probabilidade de ocorrência desse efeito. Contudo, não foram observadas infecções57 graves e nenhuma complicação foi especificamente atribuída à linfocitopenia.
Foi também relatada hiperglicemia107 (concentração elevada de glicose108 no sangue45) em pacientes com um histórico de diabetes mellitus109 ou evidência de intolerância à glicose108 previamente à administração de cloridrato de irinotecano. É provável que a dexametasona, aplicada como profilaxia (prevenção) antiemética, possa ter contribuído para o surgimento de hiperglicemia107 em alguns pacientes.
proclorperazina: a incidência110 de acatisia111 (condição em que o paciente sente uma grande dificuldade em permanecer parado, sentado ou imóvel) nos estudos clínicos (estudos realizados para avaliar o medicamento), em esquema de doses semanais, foi um pouco maior (8,5%, 4/47 pacientes) quando se administrou proclorperazina no mesmo dia que cloridrato de irinotecano, do que quando esses medicamentos foram administrados em dias separados (1,3%, 1/80 pacientes). Todavia, a incidência110 de 8,5% de acatisia111 encontra-se dentro da faixa relatada para o uso de proclorperazina, quando administrada como um pré-medicamento para outras terapias quimioterápicas.
laxantes112: é esperado que laxantes112 usados durante a terapia com o irinotecano piorem a incidência110 ou gravidade da diarreia21.
diuréticos113: desidratação59 secundária a vômitos68 e/ou diarreia21 pode ser induzida pelo cloridrato de irinotecano. O médico pode considerar a suspensão do diurético114 durante o tratamento com o irinotecano e durante períodos de vômitos68 e diarreia21 ativos.
bevacizumabe: resultados de um estudo específico de interação medicamentosa demonstraram nenhum efeito significativo do bevacizumabe na farmacocinética de irinotecano e seu metabólito16 ativo SN-38.
vacinas: a administração de vacinas vivas ou atenuadas (microorganismos mortos ou inativados) em pacientes imunocomprometidos por agentes quimioterápicos, incluindo cloridrato de irinotecano, pode resultar em infecções57 graves ou fatais. A vacinação com vacinas vivas deve ser evitada em pacientes recebendo cloridrato de irinotecano. As vacinas mortas ou inativadas podem ser administradas. Entretanto, a resposta a tais vacinas pode ser diminuída.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento. Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde115.
ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
Cuidados de conservação
Cloridrato de irinotecano deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15–30°C), protegido da luz e umidade. Os frascos contendo o medicamento acabado devem ser protegidos da luz, mantidos dentro do cartucho até a utilização. O medicamento não deve ser congelado, mesmo quando diluído. Descartar devidamente qualquer solução não utilizada.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas do produto
Solução incolor a levemente amarela, límpida e essencialmente livre de partículas estranhas em suspensão.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Precauções no Preparo e Administração
Cloridrato de irinotecano deve ser preparado exclusivamente por um profissional habilitado.
Posologia
Todas as doses de cloridrato de irinotecano devem ser administradas em infusão intravenosa (dentro da veia) ao longo de 30 a 90 minutos.
Cloridrato de irinotecano é um medicamento de uso restrito a hospitais. O esquema posológico e o plano de tratamento deverão ser determinados exclusivamente pelo médico responsável de acordo com o tipo de neoplasia7 e a resposta ao tratamento. Para maiores informações sobre a posologia do medicamento, consulte o seu médico ou a bula específica para o profissional de saúde115.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu médico.
O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Como esse é um medicamento de uso exclusivamente hospitalar, o plano de tratamento é definido pelo médico que acompanha o caso. Se você faltar a uma sessão programada de quimioterapia105 com esse medicamento, você deve procurar o seu médico para redefinição da programação de tratamento.
O esquecimento da dose pode comprometer a eficácia do tratamento.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE CAUSAR?
As seguintes reações adversas foram observadas durante os estudos clínicos (estudos realizados para avaliar o medicamento) realizados com irinotecano, para as diversas indicações e posologias:
Estudos clínicos como agente único, 100 a 125 mg/m2 em esquema de dose semanal
Eventos Adversos Graus 1 a 4 NCI (National Cancer116 Institute - Instituto Nacional do Câncer116) Relacionados ao Fármaco18 Observados em Mais de 10% dos Pacientes nos Estudos Clínicos:
Distúrbios Gastrintestinais |
Diarreia21 tardia (que ocorre depois de mais de 8 horas após administração do produto), náusea71 (enjôo), vômitos68, diarreia21 precoce, dor/cólicas28 abdominais, anorexia117 (falta de apetite), estomatite118 (inflamação119 da mucosa120 da boca121) |
Distúrbios do Sangue45 e Sistema Linfático122 |
Leucopenia123 (redução de células8 de defesa no sangue45), anemia36, neutropenia44 (diminuição de um tipo de células8 de defesa no sangue45: neutrófilos46) |
Distúrbios Gerais e no Local da Administração |
Astenia124 (fraqueza), febre49 |
Distúrbios Metabólico e Nutricional |
Perda de peso, desidratação59 |
Distúrbios na Pele e Tecido Subcutâneo125 |
Alopecia126 (perda de cabelo127) |
Distúrbios Vasculares128 |
Eventos tromboembólicos (formação de coágulos nos vasos sanguíneos129)* |
*Incluem angina130 pectoris (dor no peito131 por doença do coração132), trombose133 arterial (trombo134 ou coágulo97 nas artérias135), infarto136 cerebral (interrupção do fornecimento de sangue45 para alguma região do cérebro137), acidente vascular cerebral138 (derrame139), tromboflebite140 profunda (presença de coágulo97 com inflamação119 do vaso sanguíneo), embolia141 de extremidade inferior (trombo134 ou coágulo97 proveniente dos membros inferiores), parada cardíaca, infarto do miocárdio142 (interrupção do fornecimento de sangue45 para o coração132), isquemia143 miocárdica (infarto136), distúrbio vascular144 periférico (dos vasos sanguíneos129 dos membros), embolia141 pulmonar (presença de êmbolo145 - trombo134, coágulo97 - no pulmão85), morte súbita, tromboflebite140, trombose133 (presença de coágulo97 nos vasos sanguíneos129), distúrbio vascular144 (do vaso).
Estudos clínicos como agente único, 300 a 350 mg/m2 em esquema de dose a cada 3 semanas
Estão listados nas Tabelas a seguir, em ordem decrescente de frequência, os eventos adversos graus 3 ou 4 NCI relatados nos estudos clínicos do esquema posológico semanal ou a cada 3 semanas (N=620).
Eventos Adversos Grau 3 ou 4 NCI Relacionados ao Fármaco18 Observados em Mais de 10% dos Pacientes nos Estudos Clínicos:
Distúrbios Gastrintestinais |
Diarreia21 tardia, náusea71, dor/cólicas28 abdominais |
Distúrbios do Sangue45 e Sistema Linfático122 |
Leucopenia123, neutropenia44 |
Distúrbios na Pele e Tecido Subcutâneo125 |
Alopecia126 |
Eventos Adversos Grau 3 ou 4 NCI Relacionados ao Fármaco18 Observados em 1% a 10% dos Pacientes nos Estudos Clínicos:
Infecções57 e infestações |
infecção61 |
Distúrbios Gastrintestinais |
Vômitos68, diarreia21 precoce, constipação146 (prisão de ventre), anorexia117, mucosite147 (úlceras148 na mucosa120 dos órgãos do aparelho digestivo149) |
Distúrbios do Sangue45 e Sistema Linfático122 |
Anemia36, trombocitopenia41 |
Distúrbios Gerais e no Local da Administração |
Astenia124, febre49, dor |
Distúrbios Metabólico e Nutricional |
Desidratação59, hipovolemia150 (desidratação59) |
Distúrbios Hepatobiliares151 |
Bilirrubinemia (aumento das bilirrubinas152 no sangue45) |
Distúrbios Respiratório, Torácico e Mediastinal |
Dispneia83 (falta de ar) |
Distúrbios Laboratoriais (investigativo) |
Aumento da creatinina78 |
Eventos Adversos Grau 3 ou 4 NCI Relacionados ao Fármaco18 Observados em Menos de 1% dos Pacientes nos Estudos Clínicos:
Infecções57 e infestações |
Sepse50 (infecção61 generalizada) |
Distúrbios Gastrintestinais |
Distúrbio retal, monilíase (infecção61 causada pelo fungo153 Cândida) |
Distúrbios Gerais e no Local da Administração |
Calafrios154, mal-estar, dor lombar |
Distúrbios Metabólico e Nutricional |
Perda de peso, hipocalemia155 (diminuição de potássio no sangue45), hipomagnesemia (diminuição de magnésio no sangue45) |
Distúrbios na Pele e Tecido Subcutâneo125 |
Eritema156-rash157 (vermelhidão), sinais31 cutâneos |
Distúrbios do Sistema Nervoso158 |
Marcha anormal (alteração do andar), confusão, cefaleia159 (dor de cabeça160) |
Distúrbios Cardiovasculares |
Hipotensão75 (queda da pressão), síncope161 (desmaio), distúrbios cardiovasculares |
Distúrbios Renal77 e Urinário |
Infecção61 do trato urinário162 |
Distúrbios do Sistema Reprodutivo e Mamas163 |
Dor nas mamas163 |
Distúrbios Laboratoriais (investigativo) |
Aumento da fosfatase alcalina164 (enzima15 do fígado33), aumento da gama-GT (enzima15 do fígado33) |
Os seguintes eventos adicionais relacionados ao medicamento foram relatados nos estudos clínicos com cloridrato de irinotecano, mas não preencheram os critérios acima definidos (ocorrência > 10% de eventos relacionados ao medicamento (NCI graus 1 - 4 ou de NCI graus 3 ou 4): rinite23, salivação aumentada, miose24 (pupila pequena), lacrimejamento, diaforese25 (suor excessivo), rubor facial (vermelhidão), bradicardia26 (diminuição dos batimentos cardíacos), tonturas165, extravasamento (escape acidental de medicamento para fora do vaso sanguíneo), síndrome51 da lise82 tumoral (sintomas22 provocados pela destruição das células8 do câncer116) e ulceração62 do cólon5 (formação de feridas no intestino grosso63).
Experiência Pós-Comercialização
Cardíaco: foram observados casos de isquemia143 miocárdica (infarto136) após terapia com cloridrato de irinotecano predominantemente em pacientes com doença cardíaca de base (prévia), outros fatores de risco conhecidos para doença cardíaca ou quimioterapia105 citotóxica (que destrói as células8 do câncer116).
Gastrintestinal: foram relatados casos infrequentes de obstrução intestinal (interrupção do trânsito intestinal), íleo paralítico65 (diminuição dos movimentos do intestino), megacólon166 (alargamento do intestino grosso63) ou hemorragia167 (sangramento) gastrintestinal, e raros casos de colite168 (inflamação119 do intestino grosso63, cólon5), incluindo tifilite (inflamação119 do ceco169, uma região do intestino grosso63) e colite168 isquêmica (inflamação119 do intestino grosso63 devido a falta de irrigação sanguínea) ou ulcerativa (com formação de feridas). Em alguns casos, a colite168 foi complicada por ulceração62 (formação de feridas), sangramento, íleo170 (parada da eliminação de gazes e fezes) ou infecção61. Casos de íleo170 sem colite168 anterior também foram relatados. Casos raros de perfuração intestinal foram relatados.
Foram observados raros casos de pancreatite171 (inflamação119 no pâncreas172) sintomática74 ou elevação assintomática das enzimas pancreáticas.
Hipovolemia150: foram relatados casos raros de distúrbio renal77 e insuficiência renal80 aguda (diminuição aguda da função dos rins81), geralmente em pacientes que contraíram infecções57 ou evoluíram com desidratação59 por toxicidade52 gastrintestinal grave (desidratação59 por diarreia21).
Foram observados casos infrequentes de insuficiência renal80 (prejuízo na função dos rins81), hipotensão75 (queda de pressão) ou distúrbios circulatórios em pacientes que apresentaram episódios de desidratação59 associadas a diarreia21 e/ou vômito66, ou sepse50 (infecção61 generalizada).
Sistema Imune173: foram relatadas reações de hipersensibilidade (alergia17), inclusive reações graves anafiláticas ou anafilactóides (reações alérgicas graves).
Músculoesquelético: efeitos precoces tais como contração muscular ou cãibra e parestesia174 (sensação de formigamento) foram relatados.
Sistema nervoso158: distúrbios de fala, geralmente transitórios, têm sido reportados em pacientes tratados com cloridrato de irinotecano. Em alguns casos, são observados durante ou logo após a infusão de cloridrato de irinotecano.
Respiratório, torácico e mediastinal: doença pulmonar intersticial87 (comprometimento pulmonar) presente como infiltrados pulmonares são incomuns durante terapia com cloridrato de irinotecano. Efeitos precoces tais como dispneia83 (falta de ar) foram relatados. Soluços também foram relatados.
Investigações: raros casos de hiponatremia175 (diminuição da quantidade de sódio no sangue45) geralmente relacionada com diarreia21 e vômito66 foram relatados. Aumentos dos níveis séricos das transaminases (por ex: TGO e TGP, enzimas hepáticas32 – refletem a função do fígado33) na ausência de metástase176 progressiva do fígado33 foram muito raramente relatados.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA DESTE MEDICAMENTO?
Em estudos realizados, foram administradas doses únicas de até 750 mg/m2 de cloridrato de irinotecano a pacientes com várias neoplasias177. Os eventos adversos observados nesses pacientes foram semelhantes aos relatados com as doses e esquemas terapêuticos recomendados. Não se conhece um antídoto178 para a superdose do produto. Deve-se adotar medidas de suporte máximas para evitar a desidratação59 devido à diarreia21 e para tratar qualquer complicação infecciosa.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
USO RESTRITO A HOSPITAIS
MS 1.1013.0235
Farmacêutica Responsável: Valéria Medeiros Miqueloti CRF/SP nº 51.263
Fabricado por:
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