Cloridrato de Ticlopidina (Comprimido 250 mg)
EMS S/A
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
cloridrato de ticlopidina
Comprimido 250 mg
Medicamento Genérico, Lei nº. 9.787, de 1999.
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Comprimido revestido
Embalagens contendo 20, 30, 40, 60 e 80 comprimidos
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO:
cloridrato de ticlopidina | 250 mg |
excipiente q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: celulose microcristalina, lactose1 monoidratada, povidona, ácido cítrico, estearato de magnésio, álcool polivinílico, dióxido de titânio, macrogol, talco, ácido esteárico e amido.
INFORMAÇÕES AO PACIENTE
PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?
Este medicamento é destinado ao tratamento de:
- Redução do risco de acidente vascular cerebral2 (AVC) (derrame3 cerebral) primário ou recorrente, em pacientes com história de pelo menos um dos seguintes eventos: AVC isquêmico4 completo, AVC menor, déficit neurológico isquêmico4 reversível ou ataque isquêmico4 transitório (inclusive amaurose monocular transitória – perda transitória total ou parcial da percepção visual de um olho5).
- Prevenção de acidentes isquêmicos extensos, especialmente coronarianos, em pacientes com arteriosclerose6 obliterante crônica (doença na parede das artérias7 levando à oclusão) dos membros inferiores, com sintomas8 de claudicação intermitente9 (suprimento sanguíneo insuficiente nos membros inferiores para caminhar).
- Prevenção e correção dos distúrbios plaquetários induzidos por circuitos extracorpóreos:
- cirurgia com circulação10 extracorpórea (circulação10 do sangue11 que ocorre fora do corpo do paciente, em um aparelho).
- hemodiálise12 crônica.
- Prevenção de oclusões subagudas após implante13 de “stent” (dispositivo metálico, utilizado com a finalidade de manter a artéria14 aberta) coronariano.
COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?
Este medicamento possui em sua fórmula uma substância chamada ticlopidina. O cloridrato de ticlopidina é prescrito pelo médico para evitar a formação de trombos15 (coágulos), prevenindo assim a ocorrência de infarto do miocárdio16, obstrução em um vaso sanguíneo no cérebro17 (acidente vascular cerebral2 isquêmico4) ou outras doenças decorrentes da obstrução dos vasos sanguíneos18 por trombose19 (formação, desenvolvimento ou presença de um trombo20 ou coágulo21 no interior de um vaso sanguíneo).
QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Você não deve utilizar cloridrato de ticlopidina nos casos de antecedentes de alergia22 a ticlopidina ou a qualquer outro componente da fórmula, problemas relacionados a alterações no sangue11 (como redução de glóbulos brancos ou de plaquetas23), síndromes com tendência a hemorragia24 por deficiência na coagulação25, lesões26 orgânicas susceptíveis a sangramento como: úlcera27 do estômago28 e hemorragia24 cerebral, discrasias sanguíneas (doenças do sangue11) com aumento do tempo de sangramento.
O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Você deve seguir as orientações de seu médico e fazer exames de sangue11 regularmente a cada duas semanas, nos primeiros três meses de tratamento. Informe ao seu médico sobre as doenças que já teve ou que tem atualmente. Informe-o também caso venha a ser submetido a qualquer cirurgia (inclusive dentária).
Foram observados efeitos adversos hematológicos (referente ao sangue11) e hemorrágicos29, com consequências usualmente graves e às vezes fatais (vide “7. Quais os males que este medicamento pode causar?”).
Tais efeitos graves podem estar associados a:
- monitorização inadequada, diagnóstico30 tardio e medidas terapêuticas inadequadas quanto aos efeitos adversos;
- administração concomitante de anticoagulantes31 ou antiagregantes plaquetários tais como ácido acetilsalicílico ou anti-inflamatórios. Entretanto, no caso de implantação de “stent”, a ticlopidina pode ser associada ao ácido acetilsalicílico (100 a 325 mg diários) durante cerca de 1 mês, conforme orientação do seu médico.
Controle hematológico (do sangue11)
Durante os primeiros três meses de tratamento com cloridrato de ticlopidina o paciente deve realizar exame de sangue11 completo (inclusive contagem de plaquetas23) a partir do início do tratamento e a intervalos de duas semanas durante os três primeiros meses, e no decorrer de 15 dias após a suspensão do cloridrato de ticlopidina, caso o tratamento seja interrompido antes de três meses. Em caso de neutropenia32 (diminuição do número de neutrófilos33 no sangue11) confirmada (menos de 1500 neutrófilos33/mm³) ou de trombocitopenia34 (menos de 100.000 plaquetas23/mm³) o tratamento deve ser suspenso pelo seu médico e os parâmetros hematológicos controlados até o seu retorno aos valores normais.
Controle clínico
Todos os pacientes devem ser cuidadosamente acompanhados quanto a sinais35 e sintomas8 de reações adversas, especialmente nos três primeiros meses de tratamento. Os pacientes devem ser instruídos sobre sinais35 e sintomas8 possivelmente relacionados à quantidade de neutrófilos33 abaixo do normal (febre36, dor de garganta37, ulcerações38 na mucosa39 oral), a trombocitopenia34 (diminuição no número de plaquetas23 sanguíneas) ou alteração da hemostasia40 (sangramento prolongado ou inusitado, equimoses41, púrpura42, fezes escuras) e hepatite43 (incluindo icterícia44, urina45 escura e fezes claras).
Suspenda o tratamento e procure imediatamente o médico, caso surja algum destes sintomas8.
A decisão de reiniciar o tratamento dependerá do resultado dos exames clínicos, laboratoriais e da avaliação do médico.
O diagnóstico30 clínico de púrpura42 trombocitopênica trombótica46 (PTT) caracteriza-se pela presença de trombocitopenia34, anemia hemolítica47 (diminuição do número de glóbulos vermelhos do sangue11 em decorrência da destruição prematura dos mesmos), sintomas8 neurológicos, disfunção renal48 e febre36. O início pode ser súbito. Na maioria dos casos, a PTT foi detectada nas primeiras 8 semanas de tratamento. Tendo em vista o risco de óbito49, sugere-se acompanhamento por equipe de especialistas em caso de suspeita de PTT. O tratamento com plasmaferese pode melhorar o prognóstico50
Sensibilidade cruzada entre tienopiridinas
Pacientes devem ser avaliados quanto à história de hipersensibilidade com outra tienopiridina (como clopidogrel, prasugrel), já que sensibilidade cruzada entre tienopiridinas tem sido reportada (vide “Quais os males que este medicamento pode causar?”). As tienopiridinas podem causar reações alérgicas leves a severas, tais como rash51 (erupções cutâneas52), angioedema53 (inchaço54 em região subcutânea55 ou em mucosas56, geralmente de origem alérgica) ou reações hematológicas como trombocitopenia34 (diminuição no número de plaquetas23 sanguíneas) e neutropenia32. Pacientes que tenham desenvolvido reação alérgica57 anteriormente e/ou reação hematológica a uma tienopiridina, podem ter um risco aumentado de desenvolver a mesma ou outra reação para uma outra tienopiridina. É aconselhável o monitoramento de sensibilidade cruzada.
Hemostasia40
O uso do cloridrato de ticlopidina deve ser feito com prudência em pacientes com risco aumentado de sangramento. Em princípio, a ticlopidina não deve ser associada à heparina, anticoagulantes31 orais e a antiagregantes plaquetários (vide “Interações medicamentosas”). No caso excepcional de tratamento concomitante, o controle clínico e hematológico deverá ser cuidadoso, incluindo determinações do tempo de sangramento periodicamente.
Em caso de intervenção cirúrgica eletiva58, sempre que possível o tratamento com a ticlopidina deve ser suspenso pelo menos 10 dias antes da cirurgia.
O cloridrato de ticlopidina deve ser utilizado com prudência em pacientes que recebem tratamento com inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS) (vide “Interações Medicamentosas”).
Em situação de emergência59 cirúrgica o risco de hemorragia24 e de tempo de sangramento prolongado pode ser diminuído pelas seguintes medidas, isoladas ou combinadas: administração de 0,5 a 1,0 mg/kg de metilprednisolona I.V., que pode ser repetida; desmopressina na dose de 0,2 a 0,4 mcg/kg I.V.; administração de concentrado de plaquetas23.
Sendo o cloridrato de ticlopidina extensamente metabolizado no fígado60, ele deve ser utilizado com cuidado nos pacientes com insuficiência hepática61 e, em casos de disfunção hepática62, testes da função hepática62 devem ser realizados. O tratamento deve ser descontinuado em caso de hepatite43 ou icterícia44.
Efeitos na habilidade de dirigir e usar máquinas
As reações adversas da ticlopidina, como tontura63, podem prejudicar a habilidade de dirigir e operar máquinas.
Gravidez64 e amamentação65
A segurança de ticlopidina em mulheres grávidas não foi estabelecida. O cloridrato de ticlopidina não deve ser usado por mulheres grávidas a menos que seja absolutamente necessário.
Estudos em ratas mostram que a ticlopidina é excretada no leite. A segurança da ticlopidina em lactantes66 não foi estabelecida. A não ser em casos de indicação estrita, cloridrato de ticlopidina não deverá ser administrado a lactantes66.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.
Populações especiais
Idosos: Os principais estudos clínicos incluíram uma amostragem com idade média de 64 anos. A farmacocinética (absorção e eliminação) da ticlopidina é modificada em pacientes idosos, mas as atividades farmacológicas (modo de ação) e terapêuticas de doses de 500 mg/dia não são afetadas pela idade do paciente.
Crianças: A segurança e eficácia na população pediátrica não foram estabelecidas.
Uso em pacientes com disfunção hepática62 (funcionamento anormal do fígado60): A ticlopidina deve ser utilizada com cuidado em pacientes com disfunção hepática62, pois é extensivamente metabolizada pelo fígado60. O tratamento deve ser suspenso e testes da função hepática62 monitorados se o paciente desenvolver hepatite43 (inflamação67 do fígado60) ou icterícia44 (cor amarelada da pele68 e olhos69).
Uso em pacientes com disfunção renal48 (funcionamento anormal dos rins70): A experiência em pacientes com disfunção renal48 é limitada. Em estudos clínicos controlados, não foram encontrados problemas inesperados em pacientes com disfunção renal48 leve e não há experiência com ajuste de dose em pacientes com disfunção renal48 mais severa. No entanto, pode ser necessária a redução da dose de ticlopidina em pacientes com disfunção renal48 ou ainda, a descontinuação do tratamento, se problemas hemorrágicos29 e hematopoiéticos (nos elementos do sangue11) ocorrerem.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Medicamento-medicamento
Associações que aumentam o risco hemorrágico71:
- Medicamentos associados com risco hemorrágico71: Aumento do risco de sangramento, devido ao efeito potencial aditivo. A administração concomitante de medicamentos associados ao risco de sangramento, deve ser feita com cautela.
- Anti-inflamatórios não esteroidais: Aumento de risco hemorrágico71 pelo aumento da atividade antiagregante plaquetária e do efeito dos AINEs sobre a mucosa39 gastroduodenal. Caso o uso de anti-inflamatórios seja imprescindível, deve-se proceder a cuidadoso controle clínico e laboratorial.
- Antiagregantes plaquetários: Aumento do risco de hemorragias72 (sangramentos). Se a associação não puder ser evitada, é necessário um estrito controle clínico e laboratorial do paciente.
- Anticoagulantes31 orais: Aumento do risco hemorrágico71 pela combinação da ação anticoagulante73 com a atividade antiplaquetária da ticlopidina. Caso esses fármacos sejam necessários, deve-se realizar estrito controle clínico e biológico.
- Heparinas: Aumento do risco hemorrágico71 (combinação da ação anticoagulante73 com a atividade antiplaquetária). Caso a associação seja necessária deve-se realizar cuidadoso controle clínico e biológico (inclusive APTT).
- Pentoxifilina: Em razão do aumento do risco de hemorragia24, a administração concomitante de pentoxifilina com ticlopidina deve ser feita com cautela.
- Derivados salicilados (inclusive ácido acetilsalicílico): Aumento de risco hemorrágico71 pela soma do efeito antiplaquetário e da ação lesiva dos derivados salicilados sobre a mucosa39 gastroduodenal. É necessário um estrito controle clínico e laboratorial do paciente. No caso de implante13 de “stent” ver item “O que devo saber antes de usar este medicamento?”.
Associações que exigem precauções especiais:
- Teofilina: Possibilidade de aumento dos níveis plasmáticos (no sangue11) de teofilina com risco de superdose. Deve- se realizar controle clínico estrito e, se necessário, determinações do nível plasmático da teofilina. Adaptar a dose de teofilina durante e após o tratamento com a ticlopidina.
- Digoxina: Possibilidade de redução (aproximadamente 15%) no nível plasmático (no sangue11) de digoxina, sem, contudo, afetar sua eficácia terapêutica74.
- Fenobarbital: Estudos em voluntários sadios não mostraram efeito de administração crônica do fenobarbital sobre a ação antiplaquetária da ticlopidina.
- Fenitoína: Existem raros relatos de aumento nos níveis de fenitoína e toxicidade75 de fenitoína quando ticlopidina é coprescrita.
A administração conjunta deve ser feita com cautela, e o nível sérico (no sangue11) de fenitoína deve ser medido, ao se iniciar ou descontinuar a ticlopidina. - S-cetamina: A administração concomitante de ticlopidina e S-cetamina pode aumentar os níveis plasmáticos de S- cetamina principalmente inibindo o seu metabolismo76 mediado pela CYP2B6.
- Inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS): Uma vez que os ISRS podem prejudicar a função hemostática das plaquetas23, o que pode aumentar o risco de sangramento, particularmente na presença de outros fármacos antiplaquetários, a administração concomitante de ISRS com ticlopidina deve ser realizada com precaução.
- Outros medicamentos: O cloridrato de ticlopidina foi utilizado concomitantemente com betabloqueadores, antagonistas dos canais de cálcio e diuréticos77, sem que fosse observada interação clinicamente significativa.
- Em ocasiões muito raras, foi relatada redução dos níveis sanguíneos da ciclosporina. Portanto, os níveis de ciclosporina devem ser monitorizados se houver coadministração com ticlopidina.
Medicamento-alimento
Não há dados disponíveis até o momento sobre a interferência de alimentos na ação de cloridrato de ticlopidina.
Medicamento-exame laboratorial
Existe a possibilidade da ocorrência de alterações laboratoriais com o uso de cloridrato de ticlopidina. Por isso, recomenda-se monitoramento médico (vide “8. Quais os males que este medicamento pode me causar?”).
Informe ao seu médico se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde78.
ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
Cuidados de conservação
O cloridrato de ticlopidina deve ser mantido à temperatura ambiente (entre 15–30°C). Proteger da luz e umidade.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas do produto
O cloridrato de ticlopidina é apresentado na forma de comprimido revestido na cor branca, circular e biconvexo.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Você deve tomar o comprimido, sem mastigar, com líquido, por via oral.
Uso em adultos: 2 comprimidos ao dia, durante as refeições.
Em caso de prevenção de oclusões subagudas seguido da implantação de “stent” coronariano, o tratamento pode iniciar logo antes ou após a implantação do “stent” e deve continuar por cerca de 1 mês (2 comprimidos ao dia) combinado com aspirina (ácido acetilsalicílico) de 100 a 325 mg diários.
Não há estudos dos efeitos de cloridrato de ticlopidina administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente pela via oral, conforme recomendado pelo médico.
População especial: vide “O que devo saber antes de usar este medicamento?”.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu médico. Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.
O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Caso se esqueça de administrar uma dose, administre-a assim que possível. No entanto, se estiver próximo do horário da dose seguinte, espere por este horário, respeitando sempre o intervalo determinado pela posologia. Nunca devem ser administradas duas doses ao mesmo tempo.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico.
QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?
As reações podem ser classificadas em:
Categoria | Frequência |
Muito comum | ≥ 10% |
Comum | ≥ 1% e < 10% |
Incomum | ≥ 0,1% e < 1% |
Raro | ≥ 0,01% e < 0,1% |
Muito raro | < 0,01% |
Desconhecida | Não pode ser estimada pelos dados disponíveis |
Distúrbios do sangue11 e sistema linfático79
- Comuns: neutropenia32 incluindo neutropenia32 severa. A maioria dos casos de neutropenia32 severa ou agranulocitose80 (diminuição acentuada na contagem de células brancas do sangue81) manifestou-se nos primeiros três meses de tratamento com ticlopidina (necessária monitorização das células sanguíneas82). A medula óssea83 revelou redução dos precursores mieloides.
- Raros: púrpura42 trombocitopênica trombótica46 (doença caracterizada por número de plaquetas23 abaixo do normal, anemia hemolítica47, manifestações neurológicas, quantidades excessivas de ureia84 e creatinina85, febre36 e trombose19 nas arteríolas86 e capilares87 terminais) (vide “O que devo saber antes de usar este medicamento?”), aplasia medular (disfunção da medula óssea83 que leva a alteração na formação de células sanguíneas82) ou pancitopenia88 (diminuição global de elementos celulares do sangue11 (glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas23)).
- Incomuns: trombocitopenia34 (diminuição no número de plaquetas23 sanguíneas) isolada ou excepcionalmente acompanhada de anemia hemolítica47 (diminuição do número de glóbulos vermelhos do sangue11 em decorrência da destruição prematura dos mesmos).
Distúrbios do sistema nervoso89: Dor de cabeça90, tontura63 e neuropatia periférica91 (doença que afeta um ou vários nervos) tem sido reportadas.
Distúrbios vasculares92: Complicações hemorrágicas93, principalmente, mas não limitado a, hematoma94 ou equimose95 (mancha na pele68 resultante do extravasamento de sangue11) e epistaxe96 (sangramento nasal) podem ocorrer durante o tratamento. Foram relatados casos de hemorragia24 pré e pós-operatória (vide “4. O que devo saber antes de usar este medicamento?”). Hemorragia24 intracerebral, hematúria97 (sangue11 na urina45) e hemorragia24 da conjuntiva98 também foram reportadas.
Distúrbios gastrintestinais: Diarreia99 foi a reação mais comumente relatada seguida em frequência, pela náusea100. A diarreia99 é usualmente leve e transitória, ocorrendo principalmente durante os primeiros três meses de tratamento. Geralmente essas manifestações regridem em 1 a 2 semanas, mesmo na vigência do tratamento. Foram relatados muito raramente casos de diarreia99 grave com colite101 (inflamação67 do intestino), incluindo colite101 linfocítica. Se o efeito for severo e persistente, o tratamento deve ser descontinuado.
Úlcera27 gastroduodenal (lesão102 localizada no estômago28 ou duodeno103 com destruição da mucosa39 da parede destes órgãos) também foi reportada.
Distúrbios da pele68 e tecidos subcutâneos: Foram descritos casos de placas104 elevadas na pele68, particularmente maculopapulares (escamosas) ou urticariformes (que coçam e/ou ardem), frequentemente acompanhados com prurido105 (coceira e/ou ardência). Tais manifestações aparecem em geral nos primeiros três meses de tratamento (tempo médio de início: 11 dias), e podem ser generalizadas. Com a suspensão do tratamento as reações cutâneas52 regridem em poucos dias. Estas manifestações cutâneas52 podem ser generalizadas. Têm sido relatados raros casos de eritema multiforme106 (distúrbio da pele68 resultante de uma reação alérgica57), Síndrome107 de Stevens Johnson (forma grave de reação alérgica57 caracterizada por bolhas em mucosas56 e grandes áreas do corpo) e Síndrome de Lyell108 (doença esfoliativa da pele68, encontrada principalmente em adultos e caracterizada por bolhas flácidas, de maneira que a pele68 tenha a aparência de ter sido queimada).
Dermatite109 esfoliativa (alteração da pele68 acompanhada de descamação110), eczema111 (inflamação67 da pele68 na qual ela fica vermelha, escamosa112 e algumas vezes com rachaduras ou pequenas bolhas)/dermatite109 (termo geral para inflamação67 da pele68) também foram reportadas.
Distúrbios hepatobiliares113:
- O tratamento com ticlopidina foi acompanhado do aumento das enzimas hepáticas114 (do fígado60). O tratamento com ticlopidina também foi acompanhado de pequena elevação de bilirrubina115 (pigmento amarelo produto da degradação da hemoglobina116).
- Raros: hepatite43 nos primeiros três meses de tratamento. A evolução foi em geral favorável após suspensão do tratamento. No entanto foram relatados casos raríssimos de óbito49. Casos de hepatite fulminante117 também foram reportados.
Distúrbios do sistema imune118
- Muito raros: reações imunológicas incluindo: reações alérgicas, anafilaxia119 (reação de hipersensibilidade, conhecida popularmente como alérgica), artralgia120 (dor nas articulações121), pneumopatia alérgica (doença pulmonar de origem alérgica), vasculite122 (inflamação67 da parede do vaso sanguíneo), síndrome107 lúpica (lúpus123 eritematoso124 sistêmico125), edema126 de Quincke (tipo de urticária127), nefropatia128 (lesão102 ou doença no rim129) por hipersensibilidade (alergia22) resultando às vezes em falência dos rins70, eosinofilia130 (aumento de um tipo de leucócito do sangue11 chamado eosinófilo131).
- Desconhecidos: reação cruzada de hipersensibilidade à droga entre tienopiridinas (como clopidogrel, prasugrel) (vide “O que devo saber antes de usar este medicamento?”).
Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastinais
- Desconhecido: doença intersticial132 pulmonar (doença que afeta os pulmões133) causada por pneumonite134 alérgica (processo inflamatório dos pulmões133 de origem alérgica).
Distúrbios gerais
- Muito raro: febre36 isolada.
Alterações laboratoriais
Hematológicas: Neutropenia32 e, mais raramente, pancitopenia88, assim como trombocitopenia34 isolada ou excepcionalmente associada à anemia hemolítica47, foram descritas durante o tratamento com a ticlopidina.
Hepáticas135 (do fígado60): O uso de ticlopidina pode ser acompanhado de elevação isolada ou não da fosfatase alcalina136, transaminases (mais que 2 vezes o limite de normalidade) e bilirrubina115 (pequeno aumento).
Investigações: Tratamento crônico137 com ticlopidina pode estar associado a aumento de colesterol138 e triglicerídeos séricos. Os níveis de colesterol138 e triglicerídeos podem aumentar de 8 a 10% após 1 a 4 meses de tratamento, sem progressão posterior com a continuação da terapia. As relações das subfrações lipoproteicas (especialmente a relação HDL139-LDL140) permanecem inalteradas.
Resultados de ensaios clínicos141 demonstram que esse efeito é independente da idade, sexo, ingestão de álcool ou diabetes142, e não tem influência sobre o risco cardiovascular.
Informe ao seu médico ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também a empresa através do seu serviço de atendimento.
O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA DESTE MEDICAMENTO?
Se for ingerida uma quantidade acima da indicada de cloridrato de ticlopidina, existe o risco de sangramento. Neste caso, deve-se procurar, imediatamente, atendimento médico. Em caso de superdose acidental, recomenda-se, lavagem gástrica143 e medidas gerais de suporte.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
MS: nº 1.0235.0674
Farm. Resp.: Dra Telma Elaine Spina CRF-SP nº 22.234
EMS S/A.
Rod. Jornalista F. A. Proença, Km 08 Bairro Chácara Assay / Hortolândia - SP CEP: 13.186-901
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