Maleato de Levomepromazina (Comprimido 100 mg)
HIPOLABOR FARMACEUTICA LTDA
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
maleato de levomepromazina
Comprimido 100 mg
Medicamento genérico Lei 9.787, de 1999.
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Comprimido revestido
Cartucho contendo 20 comprimidos
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO:
Cada comprimido contém:
maleato de levomepromazina (equivalente a 100 mg de levomepromazina base) | 135,3 mg |
excipiente q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: celulose microcristalina, lactose1 monohidratada, polivinilpirrolidona k-30, álcool etílico, dióxido de silício, estearato de magnésio, hipromelose, polietilenoglicol, dióxido de titânio, talco, água de osmose2 reversa.
INFORMAÇÕES AO PACIENTE
PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?
O maleato de levomepromazina é um medicamento cuja ação esperada é a sedação3 e melhora de quadros mentais, como por exemplo, a ansiedade em pacientes psicóticos e na terapia adjuvante para o alívio do delírio4, agitação, inquietação, confusão, associados com a dor em pacientes terminais.
COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?
O maleato de levomepromazina age no Sistema Nervoso Central5 (SNC6) através de sua propriedade antidopaminérgica (que inibem a estimulação excessiva do SNC6).
QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
O maleato de levomepromazina não deve ser utilizado nos seguintes casos:
pacientes com hipersensibilidade à levomepromazina e aos demais componentes do produto; antecedentes de agranulocitose7 (diminuição de granulócitos8 no sangue9); risco de glaucoma10 (aumento da pressão intraocular11) de ângulo-fechado; risco de retenção urinária12 ligada a distúrbios uretroprostáticos (alterações na uretra13 e próstata14); história de hipersensibilidade às fenotiazinas; pacientes que fazem uso de medicamentos que pertencem à classe "agonistas dopaminérgicos" (amantadina, apomorfina, bromocriptina, cabergolina, entacapone, lisurida, pramipexol, ropinirol, pergolida, piribedil, quinagolida), com exceção nos casos de pacientes com doença de Parkinson15; medicamentos que podem induzir torsades de pointes (quadro específico de alteração nos batimentos cardíacos) (vide “4. O que devo saber antes de usar este medicamento? – Interações Medicamentosas”); amamentação16 (vide “4. O que devo saber antes de usar este medicamento? – Lactação”); em associação com álcool, levodopa, agonistas dopaminérgicos em parkinsonianos (vide “4. O que devo saber antes de usar este medicamento? – Interações Medicamentosas”).
Este medicamento é contraindicado para uso em pacientes grávidas nos três primeiros meses de gravidez17 e durante a amamentação16.
O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
PRECAUÇÕES
A monitorização do tratamento da levomepromazina deve ser reforçada nos seguintes casos:
- pacientes epilépticos. O aparecimento inesperado de crises convulsivas requer interrupção do tratamento;
- pacientes idosos:
- grande sensibilidade à hipotensão18 ortostática (queda súbita de pressão arterial19 quando um indivíduo assume a posição ereta), sedação3 e outros efeitos extrapiramidais (relacionado à coordenação dos movimentos);
- constipação20 crônica [risco de íleo paralítico21 (obstrução funcional dos intestinos22)];
- eventual hipertrofia23 prostática (aumento do tamanho da próstata14).
- pacientes portadores de certas doenças cardiovasculares24;
- pacientes com insuficiência hepática25 e/ou renal26 graves (redução grave das funções do fígado27 e/ou rins28).
A ingestão de álcool, assim como de medicamentos contendo álcool em sua formulação, é fortemente desaconselhada durante o tratamento.
A levomepromazina pode diminuir o limiar para convulsões e deve ser usado com cautela em pacientes epilépticos.
ADVERTÊNCIAS
O maleato de levomepromazina deve ser usado com cautela nos seguintes casos:
- pacientes com fatores de risco de acidentes vasculares29 cerebrais (derrames cerebrais). Em estudos clínicos randomizados versus placebo30 realizados em uma população de pacientes idosos com demência31 e tratados com certos fármacos antipsicóticos atípicos, foi observado um aumento de três vezes no risco de eventos cerebrovasculares. O mecanismo pelo qual ocorre este aumento de risco, não é conhecido. O aumento do risco com outros fármacos antipsicóticos ou com outra população de pacientes não pode ser excluído;
- pacientes idosos com demência31 (perda ou diminuição da capacidade de raciocínio) uma vez que esta população de paciente está sob-risco de morte aumentada. Embora os casos de óbito32 em estudos clínicos com antipsicóticos atípicos sejam variados, a maioria dos óbitos parece ser de natureza cardiovascular (exemplo: insuficiência cardíaca33, morte súbita) ou infecciosa (exemplo: pneumonia34). Estudos observacionais sugerem que, similarmente aos medicamentos antipsicóticos atípicos, o tratamento com medicamentos antipsicóticos convencionais pode aumentar a mortalidade35. Não está clara a dimensão dos achados de mortalidade35 aumentada em estudos observacionais quando o medicamento antipsicótico é comparado a algumas características dos pacientes.
- pacientes com fatores de riscos para tromboembolismo36. Casos de tromboembolismo36 venoso, algumas vezes fatal, foram reportados com medicamentos antipsicóticos. Portanto, maleato de levomepromazina deve ser utilizado com cautela em pacientes com fatores de riscos para tromboembolismo36 (vide “8. Quais os males que este medicamento pode me causar?”).
O aparecimento de febre37, angina38 (dor no peito39) e de alguma infecção40 requerem que o médico seja informado imediatamente para que o controle do hemograma (exame de sangue9) seja feito rapidamente. Em caso de modificação espontânea do último resultado [hiperleucocitose (presença de quantidade excessiva de leucócitos41 no sangue9), granulopenia (diminuição acentuada na contagem de células brancas do sangue42 como basófilos, eosinófilos43 e neutrófilos44)], o médico deve ser consultado para avaliar a continuidade do tratamento.
Síndrome45 maligna: em caso de hipertermia (febre37) inexplicável é fundamental informar ao médico imediatamente para que ele avalie a suspensão do tratamento, uma vez que este pode ser um dos sinais46 de síndrome45 maligna que tem sido descrita com o uso de neurolépticos47 (palidez, febre37, problemas vegetativos, alteração da consciência e rigidez muscular). Os sinais46 de disfunção vegetativa como sudorese48 e queda da pressão podem preceder o aparecimento da febre37 e constituem, por consequência, os sinais46 de alerta. Entretanto, alguns dos efeitos dos neurolépticos47 têm origem indeterminada e certos fatores de risco, tais como a desidratação49 ou danos cerebrais orgânicos, parecem ser predisponentes.
Medicamentos da classe dos “neurolépticos fenotiazínicos”, a qual o maleato de levomepromazina pertence podem potencializar o prolongamento do intervalo QT (alteração observada em eletrocardiograma50 e que está relacionada aos batimentos do coração51), o que aumenta o risco de ataque de arritmias52 ventriculares (descompasso dos batimentos do coração51) graves do tipo torsades de pointes (tipo de alteração grave nos batimentos cardíacos), que é potencialmente fatal (morte súbita). Se a situação clínica permitir, avaliações médicas e laboratoriais devem ser realizadas para descartar possíveis fatores de risco antes do início do tratamento com um agente neuroléptico53 e conforme necessidade durante o tratamento.
Exceto nas situações de emergência54, é recomendado que o médico realize um eletrocardiograma50 na avaliação inicial dos pacientes que serão tratados com neurolépticos47.
Procure imediatamente atendimento médico ou hospitalar em caso de aparecimento inesperado de íleo paralítico21 (obstrução funcional do intestino) caracterizado por distensão e dores abdominais.
Populações especiais
Hiperglicemia55 (nível alto de açúcar56 no sangue9) ou intolerância à glicose57 foram relatadas em pacientes tratados com maleato de levomepromazina. Os pacientes com diagnóstico58 estabelecido de diabetes59 mellitus ou com fatores de risco para desenvolvi- mento de diabetes59 que iniciaram o tratamento com maleato de levomepromazina devem realizar monitoramento glicêmico (controle do açúcar56 no sangue9) apropriado durante o tratamento (vide "Quais os males que este medicamento pode me causar?").
O maleato de levomepromazina deve ser utilizado com prudência em pacientes idosos, exigindo certas precauções, tais como a verificação da pressão arterial19 e, às vezes, exames eletroencefalográficos, em razão da grande sensibilidade à sedação3 e à hipotensão18 ortostática (queda significativa da pressão arterial19 após assumir a posição de pé) nestes pacientes.
Pacientes idosos não devem usar o medicamento sem orientação médica.
Fertilidade, Gravidez17 e Lactação60
Informe seu médico a ocorrência de gravidez17 na vigência do tratamento com maleato de levomepromazina ou após o seu término, pois é recomendável limitar a duração da prescrição de maleato de levomepromazina durante a gestação.
No final da gravidez17, se possível, é recomendável diminuir a dose simultaneamente de neurolépticos47 e antiparkinsonianos que potencializam os efeitos atropínicos [por exemplo: íleo61 meconial (obstrução intestinal do recém-nascido), retardo da eliminação do mecônio62 (primeiras fezes eliminadas pelo recém-nascido), dificuldades iniciais de alimentação, distensão abdominal, taquicardia63 (aceleração do ritmo cardíaco)] dos neurolépticos47.
O maleato de levomepromazina não é recomendado durante a gravidez17 e em mulheres em idade fértil que não utilizam contracepção64.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.
Os seguintes efeitos foram relatados (em experiência pós-comercialização) em recém-nascidos que foram expostos a fenotiazínicos durante o terceiro trimestre de gravidez17:
- diversos graus de distúrbios respiratórios variando de taquipneia65 (respiração rápida e anormal) a angústia respiratória, bradicardia66 (diminuição da frequência cardíaca) e hipotonia67 (flacidez muscular), sendo estes mais comuns quando outros medicamentos do tipo psicotrópicos68 ou antimuscarínicos forem concomitantemente administrados;
- íleo61 meconial (obstrução intestinal do recém-nascido), retardo da eliminação do mecônio62 (primeiras fezes eliminadas pelo recém-nascido), dificuldades iniciais de alimentação, distensão abdominal, taquicardia63 (aceleração do ritmo cardíaco);
- distúrbios neurológicos tais como sintomas69 extrapiramidais (alteração neurológica que leva a distúrbios do equilíbrio e da movimentação) incluindo tremor, hipertonia70 (aumento anormal do tônus muscular71), sonolência, agitação.
Converse com o seu médico sobre a necessidade de monitoramento e tratamento adequado do recém-nascido de mães tratadas com maleato de levomepromazina, uma vez que estes procedimentos são recomendados.
A levomeprazina é excretada no leite materno em baixas quantidades. O risco para a criança que está sendo amamentada não pode ser excluído. O médico deve decidir entre a descontinuação da amamentação16 ou a descontinuação da terapia com maleato de levomepromazina, levando-se em conta os benefícios da amamentação16 para a criança e o da terapia para a mulher.
Não existem dados de fertilidade em animais.
Em humanos, por causa da interação com receptores de dopamina72, a levomeprazina pode causar hiperproactinemia, que pode ser associada à diminuição da fertilidade nas mulheres. Alguns dados sugerem que o tratamento com levomeprazina esteja associado à diminuição da fertilidade em pacientes masculinos.
Efeitos na habilidade de dirigir e usar máquinas
A atenção é requerida, particularmente para os condutores de veículos e operadores de máquinas, por causa do risco de sonolência ligado ao medicamento, sobretudo no início do tratamento.
Durante o tratamento com maleato de levomepromazina o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e atenção podem estar prejudicadas.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
O uso de maleato de levomepromazina é contraindicado com as seguintes substâncias:
- agonistas dopaminérgicos (amantadina, apomorfina, bromocriptina, cabergolina, entacapone, lisurida, pergolida, piribedil, pramipexol, quinagolida, ropinirol) com a exceção para paciente73 com doença de Parkinson15.
- medicamentos que podem induzir torsades de pointes: antiarrítmicos da classe Ia (quinidina, hidroquinidina, disopiramida); antiarrítmicos da classe III (amiodarona, dofetilide, ibutilida, sotalol), certos neurolépticos47: fenotiazínicos (clorpromazina, ciamemazina, tioridazina), benzamidas (amisulprida, sulpirida, tiaprida), butirofenonas (droperidol, aloperidol), outros neurolépticos47 (pimozida) e outros semelhantes: bepridil, cisaprida, difemanil, eritromicina I.V., mizolastina, vincamina I.V.: risco aumentado dos distúrbios de ritmo ventricular (das cavidades do coração51), particularmente torsades de pointes.
O uso de maleato de levomepromazina é desaconselhado com as seguintes substâncias:
- álcool: os efeitos sedativos (calmantes) dos neurolépticos47 são acentuados pelo álcool. A alteração da vigilância (atenção) pode se tornar perigosa na condução de veículos e operação de máquinas. Evitar o uso de bebidas alcoolicas e de medicamentos contendo álcool em sua composição.
- levodopa: ocorre antagonismo (inibição da função) recíproco da levodopa e neurolépticos47. Nos pacientes com doença de Parkinson15, deve-se utilizar doses mínimas eficazes de qualquer dos dois medicamentos.
- agonistas dopaminérgicos em pacientes com doença de Parkinson15 ocorre antagonismo recíproco do agonista74 dopaminérgico e neurolépticos47. O agonista74 dopaminérgico pode provocar ou agravar os distúrbios psicóticos. Em caso de necessidade de tratamento com neuroléptico53 entre os parkinsonianos tratados com agonistas dopaminérgicos, os últimos devem ser diminuídos progressivamente até a interrupção (a interrupção abrupta dos dopaminérgicos expõe ao risco da “síndrome maligna dos neurolépticos”).
- outros medicamentos que podem induzir torsades de pointes (halofantrina, moxifloxacina, pentamidina e esparfloxacina): risco aumentado dos distúrbios de ritmo ventricular, particularmente torsades de pointes.
O uso de maleato de levomepromazina necessita de cuidados quando usado com as seguintes substâncias:
- protetores gastrintestinais de ação tópica (sais, óxidos e hidróxidos de magnésio, de alumínio e de cálcio): diminuição da absorção gastrintestinal dos neurolépticos47 fenotiazínicos. Administrar os medicamentos gastrintestinais de ação tópica e os neurolépticos47 fenotiazínicos com intervalo (maior de 2 horas, se possível) entre eles.
- medicamentos bradicardisantes (antagonistas de cálcio bradicardisantes: diltiazem, verapamil; betabloqueadores (exceto o sotalol); clonidina, guanfacina, digitálicos): risco aumentado dos distúrbios de ritmo ventricular, particularmente torsades de pointes. É necessária observação clínica e eletrocardiográfica.
- medicamentos hipopotassemiantes: diuréticos75 hipopotassemiantes (que diminuem a concentração corporal de potássio), tais como, diuréticos75 hipopotassemiantes, laxantes76 estimulantes, anfotericina B pela via I.V., glicocorticoide tetracosactide): risco aumentado dos distúrbios de ritmo ventricular, particularmente torsades de pointes. A observação deve ser clínica, eletrolítica e eletrocardiográfica.
O uso de maleato de levomepromazina deve ser considerado quando usado com as seguintes substâncias:
- anti-hipertensivos (medicamentos que tratam a pressão alta): aumento do efeito anti-hipertensivo e do risco de hipotensão18 (pressão baixa) ortostática (efeito aditivo); pela guanetidina (ver a seguir).
- atropina e outras substâncias atropínicas: antidepressivos imipramínicos, anti-histamínicos H1 anticolinérgicos, antiparkinsonianos anticolinérgicos, antiespasmódicos atropínicos, disopiramida: adição dos efeitos indesejáveis atropínicos,
- como retenção urinária12 (dificuldade para urinar), constipação20 (prisão de ventre) e secura na boca77.
- guanetidina: inibição do efeito anti-hipertensivo da guanetidina.
- outros depressores do sistema nervoso central5: derivados morfínicos (analgésicos78, antitussígenos e tratamentos de substituição); barbitúricos, benzodiazepínicos; ansiolíticos não-benzodiazepínicos (carbamatos, captodiame, etifoxina); hipnóticos; antidepressivos sedativos; anti-histamínicos H1 sedativos; anti-hipertensivos centrais, baclofeno; talidomida: aumento da depressão central. A alteração do estado de vigília pode se tornar perigosa na condução de veículos e operação de máquinas.
- metabolismo79 do citocromo P450 2D6 (CYP2D6): Há a possibilidade de interação medicamentosa entre inibidores da CYP2D6, como fenotiazina, e substratos da CYP2D6. A coadministração de levomepromazina e fármacos que são principal- mente metabolizados pelo sistema enzimático CYP2D6 podem resultar no aumento das concentrações plasmáticas destes fármacos.
Durante o tratamento com maleato de levomepromazina deve-se evitar o consumo de bebidas alcoolicas ou de medicamentos que contenham álcool em sua formulação. Os pacientes devem ser monitorados para reações adversas dose-dependente associadas com substratos da CYP2D6, tais como amitriptilina / óxido-N amitriptilina.
Informe ao seu médico se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde80.
ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
Cuidados de conservação
O maleato de levomepromazina deve ser conservado em temperatura ambiente (15 a 30°C). Proteger da luz e umidade.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação impressa na embalagem. Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Características físicas e organolépticas do produto
Comprimido branco, bicôncavo, liso e uniforme.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
O modo de uso do maleato de levomepromazina é essencialmente individual e deve ser estabelecido pelo médico. Você deve tomar os comprimidos com líquido, por via oral.
Uso adulto
Uso em Psiquiatria: iniciar com 25 a 50 mg divididos em 2 a 4 tomadas nas primeiras 24 horas; nos dias subsequentes, aumentar a dose de maneira lenta e progressiva até se atingir a dose diária útil (150 a 250 mg); no início do tratamento, o paciente que receber uma dose inicial elevada, deverá permanecer deitado por uma hora após a administração de cada dose. Terapia adjuvante da dor em pacientes terminais: administrar 50 mg, 2 a 5 vezes por dia; aumentar progressivamente a dose, se necessário, até 300 ou 500 mg; em seguida reduzir progressivamente até uma dose de, em média, 50 a 75 mg por dia.
Uso em crianças
Como as doses pediátricas dificilmente podem ser obtidas com a apresentação comprimidos, deve ser utilizada uma apresentação de solução oral para estes pacientes. Não se recomenda o uso de maleato de levomepromazina em crianças com menos de 2 (dois) anos de idade.
Não há estudos dos efeitos de maleato de levomepromazina administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral, conforme recomendado pelo médico.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu médico.
Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.
O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Caso esqueça de administrar uma dose, administre-a assim que possível. No entanto, se estiver próximo do horário da dose seguinte, espere por este horário, respeitando sempre o intervalo determinado pela posologia. Nunca devem ser administradas duas doses ao mesmo tempo.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico.
QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?
As reações podem ser classificadas em:
Categoria | Frequência |
Muito comum | ≥ 10% |
Comum | ≥ 1% e < 10% |
Incomum | ≥ 0,1% e < 1% |
Raro | ≥ 0,01% e < 0,1% |
Muito raro | < 0,01% |
Desconhecida | Não pode ser estimada pelos dados disponíveis |
Houve relatos isolados de morte súbita, com possíveis causas de origem cardíaca (vide “4. O que devo saber antes de usar este medicamento?”), assim como casos inexplicáveis de morte súbita, em pacientes recebendo neurolépticos47 fenotiazínicos.
Com doses mais baixas:
Distúrbios neurovegetativos:
- Hipotensão18 ortostática (queda significativa da pressão arterial19 após assumir a posição de pé);
- Efeitos anticolinérgicos como secura da boca77, constipação20 (prisão de ventre) e até íleo paralítico21 (obstrução funcional dos intestinos22) (vide "O que devo saber antes de usar este medicamento?"), distúrbios de acomodação visuais (distúrbios visuais que alteram a capacidade de elasticidade81 do cristalino82 de mudar de forma para focalizar objetos situados a diferentes distâncias) e risco de retenção urinária12.
Alterações neuropsíquicas:
- Sedação3 ou sonolência, mais marcante no início do tratamento;
- Indiferença, reações de ansiedade e alteração de humor.
Com doses mais elevadas:
Discinesias (movimentos involuntários) precoces: torcicolos espasmódicos (pescoço83 torcido), crises oculógiras (contração de músculos84 extraoculares, mantendo olhar fixo para cima ou lateral), trismo (contração do músculo responsável pela mastigação).
Síndrome45 extrapiramidal (relacionada à coordenação dos movimentos): acinética (escassez e lentidão dos movimentos), com ou sem hipertonia70 (rigidez muscular), e que cedem parcialmente com antiparkinsonianos anticolinérgicos (medicamentos específicos que tratam a doença de Parkinson15); hipercinético-hipertônica85 (aumento dos movimentos-tremores e rigidez muscular), excito-motora; acatisia86 (inquietação).
Discinesias tardias, que sobrevêm de tratamentos prolongados. As discinesias tardias às vezes surgem após a interrupção do neuroléptico53 e desaparecem quando da reintrodução ou do aumento da posologia. Os antiparkinsonianos anticolinérgicos ficam sem ação ou podem provocar piora do quadro.
Alterações endócrinas (hormonais) e metabólicas (relacionadas ao metabolismo79):
- hiperprolactinemia (aumento na prolactina87): amenorreia88 (ausência de menstruação89), galactorreia90 (produção de leite excessiva ou inadequada), ginecomastia91 (aumento das mamas92 em homens), impotência93, frigidez (distúrbios do desejo sexual);
- irregularidade no controle térmico (temperatura corporal);
- ganho de peso;
- hiperglicemia55, alteração de tolerância à glicose57.
Raramente e dose-dependente:
Distúrbios cardíacos:
- Prolongamento do intervalo QT (alteração observada em eletrocardiograma50 e que está relacionada aos batimentos do coração51);
- Casos muito raros de torsades de pointes (quadro específico de alteração nos batimentos do coração51) relatados;
Mais raramente e não dose-dependente
Alterações cutâneas94 (na pele95):
- Reações cutâneas94 alérgicas;
- Fotossensibilização (sensibilidade à luz).
Alterações hematológicas (no sangue9):
- Agranulocitose7 (diminuição na contagem de granulócitos8 no sangue9) excepcional: recomenda-se a realização de hemogramas regularmente;
- Leucopenia96 (diminuição no número de leucócitos41).
Alterações oftalmológicas (nos olhos97):
- Depósitos acastanhados no segmento anterior do olho98 devido ao acúmulo do medicamento, em geral sem alterar a visão99.
Outros problemas observados:
- Positivação dos anticorpos100 antinucleares (anticorpos100 encontrados em doenças autoimunes101) sem lúpus102 eritematoso103 (doença multissistêmica autoimune104) clínico;
- Possibilidade de icterícia105 colestática (coloração amarelada da pele95 e das membranas mucosas106, devido ao fluxo irregular da bile107);
- Síndrome45 maligna dos neurolépticos47 (síndrome45 com uma série de sintomas69 que podem surgir em determinados indivíduos devido ao uso de neurolépticos47) (vide "O que devo saber antes de usar este medicamento?").
- Intolerância à glicose57, hiperglicemia55 (aumento de açúcar56 no sangue9).
Distúrbios psiquiátricos:
- Desconhecida: Estado de confusão e delírio4.
Distúrbios do sistema nervoso108:
- Incomum: convulsão109.
Distúrbios vasculares29:
- Casos de tromboembolismo36 venoso (obstrução de uma veia causada por um coágulo110 de sangue9 na corrente sanguínea) (incomum), incluindo casos de embolismo111 pulmonar (presença de um coágulo110 em uma artéria112 do pulmão113) (desconhecida), algumas vezes fatal, e casos de trombose venosa profunda114 (formação ou presença de um coágulo110 sanguíneo dentro de uma veia) (desconhecida) foram reportados com medicamentos antipsicóticos. Portanto, maleato de levomepromazina deve ser utilizado com cautela em pacientes com fatores de riscos para tromboembolismo36 (vide “4. O que devo saber antes de usar este medicamento?”).
Distúrbios gastrintestinais:
- Desconhecida: Foram relatados casos muito raros de enterocolite necrosante115 (inflamação116 do intestino delgado117 e do cólon118 com formação de úlceras119 e necrose120) a qual pode ser fatal, em pacientes tratados com levomepromazina.
Distúrbios hepatobiliares121:
- Desconhecida: Lesões122 hepáticas123 mistas hepatocelulares e colestáticas (relativo à redução do fluxo biliar).
Distúrbios do Sistema reprodutivo e da mama124:
- Desconhecida: Priapismo125 (ereção126 prolongada e dolorosa que pode durar horas, e não está associada com atividade sexual).
Distúrbios do metabolismo79 e da nutrição127:
- Desconhecida: Hiponatremia128 (transtorno dos sais presentes no sangue9) (vide “4. O que devo saber antes de usar este medicamento?”) e Síndrome45 da Secreção Inapropriada do Hormônio129 Antidiurético (SIADH).
Informe ao seu médico ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também a empresa através do seu serviço de atendimento.
O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA DESTE MEDICAMENTO?
Pode ocorrer Síndrome45 Parkinsoniana (síndrome45 específica caracterizada por tremor, movimentos diminuídos ou lentos da musculatura do corpo, rigidez e instabilidade postural) gravíssima, convulsão109 e coma130.
O tratamento dos sintomas69, sob vigilância respiratória e cardíaca contínua (risco de prolongamento do intervalo QT), deverá ser mantido até a recuperação do paciente.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA
MS: 1.1343.0194
Farm.: Resp.: Dr. Renato Silva CRF-MG: 10.042
HIPOLABOR FARMACÊUTICA Ltda.
Rod BR 262 - Km 12,3 Borges /Sabará - MG CEP: 34.735-010
CNPJ: 19.570.720/0001-10
Indústria Brasileira
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