Tacrolimo (Cápsula 5 mg)
GERMED FARMACEUTICA LTDA
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
tacrolimo
Cápsula 5 mg
Medicamento Genérico, Lei n º. 9.787, de 1999.
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Cápsula
Embalagens com 50 cápsulas, com sachê de sílica em embalagem de alumínio (Flow-Pack)
USO ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO:
Cada cápsula contém:
tacrolimo (na forma monoidratada) | 5 mg |
excipiente q.s.p. | 1 cápsula |
Excipientes: hipromelose, lactose1 monoidratada, croscarmelose sódica, estearato de magnésio, cloreto de metileno e álcool etílico.
INFORMAÇÕES AO PACIENTE
PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?
O tacrolimo é recomendado depois de você ser submetido a um transplante de rim2 ou fígado3 para evitar que o seu sistema imunológico4 rejeite o órgão transplantado. É recomendado que tacrolimo seja utilizado concomitantemente com corticosteroides.
COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?
O tacrolimo é um medicamento que reduz a resposta do seu sistema imunológico4, e atua como medicamento anti-rejeição, evitando que o seu organismo rejeite o órgão que você recebeu.
QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Você não deve tomar este medicamento se for alérgico ao tacrolimo (ingrediente ativo) ou a qualquer componente da fórmula do medicamento.
O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Gerenciamento da imunossupressão5 (redução da atividade ou da eficiência do sistema imune6)
Somente médicos com experiência em terapia imunossupressora e tratamento de pacientes com transplante de órgãos devem prescrever tacrolimo. Pacientes que usam o medicamento devem ser monitorados em instituições com recursos médicos e laboratoriais adequados. O médico responsável pela terapia de manutenção deve ter todas as informações necessárias para monitorar o paciente.
Monitoramento de rotina
Você deve manter contato regular com seu médico. Ocasionalmente, seu médico pode precisar de exames de sangue7, urina8, do coração9 ou dos olhos10, para definir a dose certa de tacrolimo. Informe o seu médico se alguma das seguintes situações se aplicarem a você:
- Se você tem ou já teve problemas de fígado3;
- Se tiver diarreia11 por mais de um dia;
- Se você se sentir forte dor abdominal acompanhada ou não de outros sintomas12, tais como calafrios13, febre14, náuseas15 ou vômitos16;
- Se você tem uma alteração de atividade elétrica do coração9 chamado de "prolongamento do intervalo QT”.
Uma vez que tacrolimo pode causar alterações no funcionamento do rim2 ou do fígado3, seu médico solicitará exames de sangue7 com frequência.
Durante o período inicial após o transplante, os seguintes parâmetros devem ser monitorados de forma rotineira pelo seu médico:
- pressão arterial17 para possível hipertensão18 (aumento da pressão sanguínea);
- exames do coração9, como eletrocardiograma19 (ECG);
- estado neurológico e visual;
- níveis de glicose20 no sangue7 (glicemia21 em jejum), para investigação de possível aumento de glicose sanguínea22 (hiperglicemia23) ou de diabetes mellitus24;
- níveis de eletrólitos25 no sangue7 (particularmente do potássio, para investigação de possível aumento dos níveis de potássio no sangue7 – hiperpotassemia);
- testes de função do fígado3 e dos rins26;
- parâmetros hematológicos;
- valores de coagulação27 e proteínas28 presentes no plasma29 do sangue7;
Se alterações clinicamente relevantes forem observadas, deve-se considerar o ajuste do esquema imunossupressor30.
Os níveis de tacrolimo no sangue7 podem variar significativamente durante episódios de diarreia11. Por essa razão, recomenda-se monitoramento extra da concentração de tacrolimo no sangue7 durante esses episódios.
Erros de Medicações
Erros de medicação, incluindo a substituição inadvertida, não intencional ou não supervisionada de formulações de tacrolimo com liberação imediata ou prolongada foram observados. Isso resultou em reações adversas graves, incluindo rejeição do órgão transplantado, ou outras reações adversas que poderiam ocorrer como consequência da exposição insuficiente ou excessiva ao tacrolimo. Os pacientes devem ser mantidos sob uma única formulação de tacrolimo com o regime de dose diário correspondente. Alterações na formulação ou no regime de dose devem ser feitas somente sob a supervisão atenta de um médico especialista em transplante.
Hipertrofia31 do Miocárdio32 (aumento do coração9)
Hipertrofia31 ventricular ou hipertrofia31 do septo, tipos de doenças cardíacas caracterizadas pelo aumento do coração9, têm sido observadas em raras ocasiões com o uso de tacrolimo. A maioria dos casos foi reversível, ocorrendo principalmente em crianças com concentrações sanguíneas mínimas de tacrolimo muito superiores aos níveis máximos recomendados.
Portanto, os pacientes de alto risco, principalmente crianças que receberam imunossupressão5 substancial, devem ser monitorados utilizando procedimentos como ecocardiografia ou eletrocardiograma19 (ECG) pré e pós-transplante (por exemplo, inicialmente aos três meses e, então, aos 9–12 meses).
Se você tiver aumento do coração9 durante o tratamento com tacrolimo, seu médico poderá reduzir a dose ou interromper o tratamento.
Hipertensão18 (aumento da pressão sanguínea)
Aumento da pressão sanguínea (hipertensão arterial33) é um efeito adverso comum inerente à terapia com tacrolimo e você pode necessitar de tratamento anti-hipertensivo.
O controle da pressão sanguínea pode ser obtido com o uso de qualquer agente anti-hipertensivo comum, embora se deva ter cautela ao usar determinados agentes anti-hipertensivos associados ao aumento dos níveis de potássio no sangue7.
Caso você apresente aumento da pressão sanguínea durante o tratamento com tacrolimo, seu médico poderá receitar medicamentos anti-hipertensivos.
Prolongamento do intervalo QT (alterações na atividade elétrica do coração9)
O tacrolimo pode causar arritmias34 (irregularidades nas batidas do coração9), como alterações no exame de eletrocardiograma19 (alterações na atividade elétrica do coração9, como prolongamento do intervalo QT e torsade de pointes). Assim, o seu médico irá lhe informar sobre as precauções a serem tomadas caso você utilize tacrolimo e tenha tais situações clínicas.
Em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva35, diminuição da frequência cardíaca (bradiarritmia), aqueles que tomam certos medicamentos que alteram a atividade elétrica do coração9, e aqueles com diminuição dos níveis sanguíneos de potássio, cálcio ou magnésio, deve-se considerar a realização de eletrocardiograma19 e monitoramento de eletrólitos25 (magnésio, potássio, cálcio) periodicamente durante o tratamento com tacrolimo.
Infecções36 Graves
O tratamento com tacrolimo diminuirá a sua imunidade37 e você estará mais sujeito a contrair infecções36 por bactérias, vírus38, fungos ou protozoários39. Por isso, é importante avisar seu médico se você tiver febre14.
Este medicamento pode aumentar o risco de infecções36. Informe ao seu médico qualquer alteração no seu estado de saúde40.
Medicamentos imunossupressores, como tacrolimo, podem ativar focos primários de tuberculose41. Os médicos que monitoram pacientes imunossuprimidos devem estar alertas quanto à possibilidade de surgimento de doença ativa e devem, portanto, tomar todas as precauções cabíveis para o diagnóstico42 e o tratamento precoce. Este medicamento pode aumentar o risco de infecção43. Informe seu médico sobre qualquer mudança na sua condição de saúde40.
Este medicamento pode aumentar o risco de sangramento em caso de dengue44.
Diabetes mellitus24 pós-transplante (DMPT)
Nos pacientes submetidos a transplante de rim2 e fígado3, o tratamento com tacrolimo pode provocar o aparecimento de diabetes45, que se manifesta por um aumento da frequência de micção46, aumento da sede ou do apetite. Portanto, avise seu médico se apresentar algum desses sintomas12.
Nefrotoxicidade47 (toxicidade48 dos rins26)
Deve-se tomar cuidado ao utilizar tacrolimo com outros medicamentos nefrotóxicos (que causam danos aos rins26). Em especial, para evitar nefrotoxicidade47 excessiva, tacrolimo não deve ser usado simultaneamente com a ciclosporina ou outros medicamentos com efeitos nefrotóxicos conhecidos.
O uso de tacrolimo pode resultar em comprometimento da função renal49 em pacientes transplantados. O comprometimento renal49 é geralmente reversível, podendo resultar no aumento dos níveis sanguíneos de creatinina50, potássio e ácido úrico e na diminuição da secreção de ureia51.
Pacientes com comprometimento renal49 devem ser monitorados atentamente, já que pode ser necessária a redução da dose de tacrolimo ou a suspensão temporária do tratamento.
Neurotoxicidade (toxicidade48 do sistema nervoso52)
O tacrolimo pode causar neurotoxicidade (alteração da atividade normal do sistema nervoso52, causando dano ao tecido nervoso53) especialmente quando usado em doses elevadas.
A maioria das neurotoxicidades graves incluem encefalopatia54 posterior reversível (PRES) doenças que afetam o sistema nervoso52, por exemplo, delírio55 e coma56.
Caso os pacientes que estejam tomando tacrolimo apresentem sintomas12 indicativos de PRES, tais como dor de cabeça57, alteração do estado mental, convulsões e distúrbios visuais, um exame radiológico (por exemplo, ressonância magnética58) deve ser realizado. Caso seja diagnosticado PRES, aconselha-se o controle adequado da pressão arterial17 e a suspensão imediata do tacrolimo. A maioria dos pacientes recupera-se completamente após serem tomadas medidas adequadas.
Convulsões ocorreram em pacientes adultos e pediátricos que receberam tacrolimo.
Neurotoxicidades menos graves, por exemplo, tremores, parestesias59, dor de cabeça57 e outras alterações na função motora, estado mental e função sensorial. Tremor e dor de cabeça57 foram associados à altas concentrações de tacrolimo no sangue7 e podem responder ao ajuste de dose
Se você apresentar tremores, dor de cabeça57 e alteração dos movimentos durante o tratamento com tacrolimo, informe seu médico, pois poderá ser necessário ajustar a dose que você está tomando.
Hiperpotassemia (aumento do nível de potássio na corrente sanguínea)
Hiperpotassemia (aumento do nível de potássio na corrente sanguínea) foi relatada com o uso de tacrolimo. Assim, o nível de potássio no sangue7 deve ser monitorado. O uso de diuréticos60 poupadores de potássio ou o alto consumo de potássio deve ser evitado durante o tratamento com tacrolimo.
Distúrbios linfoproliferativos (alguns tipos de câncer61 do sistema linfático62) e outras malignidades
Como resultado da imunossupressão5, a suscetibilidade à infecções36 e possível desenvolvimento de linfoma63 e outras neoplasias64 malignas (alguns tipos de câncer61) em indivíduos tratados com tacrolimo pode ser maior que na população sadia normal.
Um distúrbio linfoproliferativo relacionado à infecção43 por um vírus38 chamado Epstein-Barr (EBV) foi relatado em receptores de órgãos transplantados imunossuprimidos. O risco de distúrbios linfoproliferativos é maior em crianças menores que estão sob o risco da infecção43 primária por EBV enquanto estão imunossuprimidas ou que passam a receber tacrolimo após um longo período de terapia de imunossupressão5. Foi relatado que a redução ou descontinuação da imunossupressão5 pode levar à regressão das lesões65.
O aumento da incidência66 de neoplasias64 malignas (alguns tipos de câncer61) é uma complicação reconhecida da imunossupressão5 em receptores de transplante de órgãos. As formas mais comuns de neoplasia67 são linfomas não-Hodgkin e doenças malignas de pele68. Portanto, a exposição ao sol e à luz ultravioleta deve ser limitada através do uso de roupas protetoras e um protetor solar com alto fator de proteção.
Imunizações
Algumas vacinas são contraindicadas para quem está tomando medicamentos imunossupressores. Antes de tomar qualquer vacina69, informe ao profissional de saúde40 que você está tomando medicamento imunossupressor30.
Durante o tratamento com tacrolimo, você não deve tomar nenhuma vacina69 sem antes consultar um médico, pois a vacina69 pode não funcionar como deveria ou pode provocar efeitos colaterais70.
Aplasia pura da série vermelha (interrupção na produção de células71 vermelhas do sangue7)
Casos de um tipo de anemia72 conhecida como aplasia pura da série vermelha (PCRA) foram relatados em pacientes tratados com tacrolimo. Todos os pacientes apresentavam fatores de risco para PRCA, tais como infecção43 por parvovírus B19, doença de base ou medicamentos concomitantes associados com PRCA.
Se a PRCA for diagnosticada, deve-se considerar a interrupção do tratamento com tacrolimo.
Perfuração gastrointestinal
Casos de perfuração gastrointestinal foram relatados em pacientes tratados com tacrolimo.
Uma vez que a perfuração gastrointestinal é um evento clinicamente importante que pode resultar em doença grave ou ameaça à vida, se você apresentar qualquer sintoma73 contate seu médico imediatamente para que tratamentos adequados, incluindo cirurgia, sejam considerados.
Informações importantes sobre um dos componentes do medicamento
O tacrolimo contém LACTOSE1 (açúcar74 do leite). Caso você tenha intolerância a alguns açúcares, entre em contato com o seu médico antes de tomar esse medicamento.
Cápsula de tacrolimo de 1 mg:
Aviso: Este produto contém 167,598 mg de lactose1 monoidratada por cápsula; portanto, deve ser usado com cautela por pessoas com diabetes45.
Cápsula de tacrolimo de 5 mg:
Aviso: Este produto contém 163,510 mg de lactose1 monoidratada por cápsula; portanto, deve ser usado com cautela por pessoas com diabetes45.
Conversão de ciclosporina para tacrolimo
O tacrolimo não deve ser usado simultaneamente com ciclosporina. O uso de tacrolimo ou ciclosporina deve ser interrompido pelo menos 24 horas antes do início do uso do outro medicamento. Em situações de concentrações elevadas de tacrolimo ou de ciclosporina, o uso do outro medicamento deve ser adiado.
A administração concomitante de ciclosporina e tacrolimo não é recomendada.
Efeitos na habilidade de dirigir e usar máquinas
O tacrolimo pode causar distúrbios visuais e neurológicos. Esse efeito pode ser acentuado se o tacrolimo for administrado em associação com álcool.
Populações especiais
Pacientes com função renal49 e hepática75 prejudicada: Se você recebeu um transplante de fígado3 e não está bem, o uso de tacrolimo pode estar associado a um maior risco para desenvolvimento de insuficiência renal76 relacionada aos níveis elevados de tacrolimo no sangue7 total. Nesse caso, o médico fará o monitoramento atento da situação até o final do tratamento e, se necessário, fará ajustes à dose de tacrolimo.
Pacientes pediátricos: Pacientes pediátricos, geralmente, requerem doses maiores de tacrolimo para manter concentrações sanguíneas similares as de adultos.
Raça: A comparação retrospectiva dos pacientes negros e caucasianos submetidos ao transplante de rim2 indicou que os pacientes negros necessitavam de doses mais elevadas de tacrolimo para atingirem concentrações mínimas semelhantes.
Pacientes idosos: Não foram observadas diferenças gerais na segurança ou eficácia entre pacientes idosos e mais jovens, mas a sensibilidade maior de alguns pacientes mais idosos não pode ser descartada. Em geral, recomenda-se cautela quanto à seleção de dose para pacientes77 geriátricos, refletindo a maior frequência de redução nas funções hepática75 e renal49 e de doenças concomitantes ou uso de outros medicamentos.
Gravidez78 e Lactação79
Não existem estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas. O tacrolimo é transferido através da placenta. O tacrolimo deverá ser usado durante a gravidez78 somente se o benefício para a mãe justificar o risco potencial ao feto80.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação de um médico ou um cirurgião-dentista.
Uma vez que o tacrolimo é excretado no leite humano, a amamentação81 deve ser interrompida durante o tratamento.
Durante o período de aleitamento materno82 ou doação de leite humano, só utilize medicamentos com o conhecimento do seu médico ou cirurgião-dentista, pois alguns medicamentos podem ser excretados no leite humano, causando reações indesejáveis no bebê.
Interações medicamentosas
Alguns medicamentos (inclusive fitoterápicos, como erva-de-são-joão e suplementos vitamínicos) e alguns alimentos podem interferir na ação de tacrolimo. Portanto, sempre verifique com seu médico se você pode tomar qualquer outro medicamento.
Os níveis de tacrolimo no sangue7 podem ser afetados por outros medicamentos que você tomar, e os níveis no sangue7 de outros medicamentos podem ser afetados pelo uso de tacrolimo, que pode precisar ser interrompido, ter a dose aumentada ou reduzida. Em especial, você deve informar seu médico se estiver tomando ou tiver tomado recentemente medicamentos como:
- medicamentos usados para tratar problemas de pressão arterial17 ou de coração9: diltiazem, nicardipina, nifedipina, verapamil;
- antibióticos macrolídeos: claritromicina, eritromicina, troleandomicina, josamicina;
- agentes antifúngicos (para tratar micoses): clotrimazol, fluconazol, itraconazol, cetoconazol, voriconazol;
- agentes gastrointestinais pró-cinéticos: cisaprida, metoclopramida;
- inibidores de bomba de próton: lansoprazol, omeprazol;
- outros medicamentos: amiodarona, bromocriptina, cloranfenicol, cimetidina, ciclosporina, danazol, etinilestradiol, prednisolona, metilprednisolona, inibidores de protease do HIV83 (ritonavir, nelfinavir, saquinavir), inibidores de protease do vírus38 da hepatite84 C (telaprevir, boceprevir), nefazodona, hidróxido de magnésio e alumínio, extrato de Schisandra sphenanthera;
- medicamentos conhecidos como “estatinas” usados para o tratamento de colesterol85 e triglicerídeos.
Alguns medicamentos que podem diminuir a concentração de tacrolimo no sangue7 são:
- anticonvulsivantes: carbamazepina, fenobarbital, fenitoína;
- antimicrobianos: rifabutina, caspofungina, rifampicina;
- fitoterápicos: erva-de-são-joão;
- outros medicamentos: sirolimo.
Informe seu médico se estiver tomando ou precisar tomar ibuprofeno (usado para tratar febre14, inflamação86 e dor), anfotericina B (usado para tratar infecções36 fúngicas87) ou antivirais (usados para tratar infecções36 virais, por exemplo, aciclovir88). Eles podem agravar problemas renais ou do sistema nervoso52 quando tomados junto com tacrolimo.
O seu médico também necessita saber se você está tomando suplementos de potássio ou certos diuréticos60 usados para a insuficiência cardíaca89, hipertensão arterial33 e doença renal49, (por exemplo, amilorida, triamtereno e espironolactona), medicamentos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs, por exemplo, ibuprofeno) usados para febre14, inflamação86 e dor, anticoagulantes90 (diluidores do sangue7), ou medicamentos orais para diabetes45, enquanto você toma tacrolimo.
Durante o tratamento com tacrolimo, você não deve tomar nenhuma vacina69 sem antes consultar um médico, pois a vacina69 pode não funcionar como deveria.
Interação com alimentos
Foi relatado que a administração concomitante com suco de toranja (grapefruit) aumentou a concentração mínima de tacrolimo no sangue7 total em pacientes receptores de transplante hepático.
Portanto, você não deve tomar suco de toranja (grapefruit) durante o tratamento com tacrolimo. A presença de alimento no estômago91 atrasa a absorção de tacrolimo.
Você não deve consumir bebidas alcoólicas durante o tratamento com tacrolimo.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento. Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde40.
ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
Cuidados de conservação
Conserve as cápsulas de tacrolimo em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C), protegidas da umidade. Este medicamento tem validade de 24 meses a partir da data de fabricação
Número do lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas do produto
Apresenta-se na forma de cápsula de gelatina dura, de cor branca no corpo a azul na tampa, contendo granulado na cor branca.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Sempre tome tacrolimo exatamente como o seu médico lhe orientou. Você deve verificar com o seu médico ou farmacêutico caso não tenha certeza de alguma orientação recebida. Este medicamento só deve ser prescrito por um médico com experiência no tratamento de pacientes transplantados.
Modo de administração
As cápsulas de tacrolimo devem ser tomadas duas vezes ao dia (por exemplo, de manhã e à noite), com intervalos de 12 horas, por via oral.
As cápsulas de tacrolimo devem ser tomadas imediatamente após a remoção do blister. As cápsulas devem ser ingeridas com líquido (de preferência água) e com o estômago91 vazio ou, pelo menos, 1 hora antes das refeições ou de 2 a 3 horas após as refeições, para conseguir uma máxima absorção do medicamento.
O tacrolimo pode ser administrado por via intravenosa ou oral. De forma geral, a administração pode iniciar-se por via oral; se necessário, através da administração do conteúdo da cápsula em suspensão em água, por entubação nasogástrica.
Tacrolimo não é compatível com o plástico PVC. Tubos, seringas e outros equipamentos usados para preparar ou administrar a suspensão do conteúdo das cápsulas de tacrolimo, não devem conter PVC em sua composição.
Dosagem
A dosagem inicial é estabelecida pelo médico, de acordo com seu peso e com o órgão que você recebeu.
Resumo das recomendações de dose oral inicial e as concentrações no sangue7 total
População de pacientes |
Dose oral inicial* |
Concentrações mínimas no sangue7 total |
Transplante renal49 em adultos |
0,2 mg/kg dia |
mês 1 a 3: 7–20 ng/mL |
Transplante hepático em adultos |
0,10–0,15 mg/kg/dia |
mês 1 a 12: 5–20 ng/mL |
Transplante hepático em crianças |
0,15–0,20 mg/kg/dia |
mês 1 a 12: 5–20 ng/mL |
* Nota: dividida em duas doses, administradas a cada 12 horas.
Transplante hepático
Se possível, o tratamento será iniciado com tacrolimo cápsulas. Caso a terapia intravenosa seja necessária, a mudança de tacrolimo solução injetável para cápsulas é recomendada assim que a terapia oral puder ser tolerada. Isso usualmente ocorre em 2–3 dias. A dose inicial de tacrolimo não deve ser administrada antes de 6 horas depois do transplante. Se você estiver recebendo infusão intravenosa, a primeira dose da terapia oral deve ser administrada de 8–12 horas depois da descontinuação da infusão intravenosa.
A dose oral inicial de tacrolimo cápsulas é de 0,10–0,15 mg/dia, dividida em duas doses, com intervalo de 12 horas.
Em pacientes receptores de transplante hepático, a administração concomitante com suco de toranja (grapefruit) aumenta as concentrações mínimas de tacrolimo no sangue7. Seu médico irá ajustar a dose com base na avaliação clínica de rejeição e tolerabilidade. Doses menores de tacrolimo podem ser suficientes como terapia de manutenção. Uma terapia conjunta com corticosteroides adrenais é recomendada logo após o transplante.
Transplante de Rim2
No transplante de rim2, a dose oral inicial recomendada de tacrolimo cápsulas é de 0,2 mg/kg/dia administrada a cada 12 horas, em duas doses. A dose inicial de tacrolimo pode ser administrada 24 horas após o transplante, mas deve ser adiada até a recuperação da função renal49 (conforme indicado, por exemplo, por creatinina50 sérica ≤ 4 mg/dL92). Pacientes negros podem precisar de doses mais elevadas para alcançar concentrações sanguíneas comparáveis.
Pacientes pediátricos
Crianças que receberam um transplante de fígado3 e que não apresentavam função renal49 ou hepática75 prejudicada antes da cirurgia precisam e toleram receber doses mais elevadas do que adultos para atingirem concentrações semelhantes no sangue7. Portanto, recomenda-se que a terapia seja iniciada em crianças com uma dose intravenosa inicial de 0,03–0,05 mg/kg/dia ou uma dose oral inicial de 0,15–0,20 mg/kg/dia. Ajustes na dose podem ser necessários. A experiência em pacientes pediátricos receptores de transplante de rim2 é limitada.
Pacientes com disfunção renal49 ou hepática75
Devido ao potencial de toxicidade48 aos rins26, pacientes com função renal49 ou hepática75 prejudicada devem receber doses mais baixas no intervalo de dose intravenosa e oral recomendado. Reduções adicionais na dose abaixo dessas faixas podem ser necessárias. Em geral, a terapia com tacrolimo deve ser adiada por até 48 horas ou mais se você apresentar redução na frequência de micção46 após a cirurgia (oligúria93 pós operatória).
Conversão de um tratamento imunossupressor30 para outro
O tacrolimo não deve ser usado simultaneamente com ciclosporina.
O tacrolimo ou ciclosporina devem ser descontinuados no mínimo 24 horas antes de iniciar o outro medicamento. Na presença de concentrações elevadas de tacrolimo ou ciclosporina, a administração do medicamento deve, em geral, ser adiada.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico. Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Se você esquecer de tomar tacrolimo, tome a dose recomendada assim que se lembrar. Se estiver muito próximo da próxima tomada, pule a dose esquecida e tome a próxima dose na hora recomendada. Não tome o dobro da dose para compensar a dose esquecida.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR
Como qualquer medicamento, tacrolimo pode provocar reações adversas, embora nem todas as pessoas os manifestem.
O tacrolimo reduz o mecanismo de defesa (sistema imune6) do seu corpo, que ficará prejudicado para o combate a infecções36. Por isso, você pode estar mais propenso a infecções36 enquanto estiver tomando tacrolimo.
Podem ocorrer efeitos graves, incluindo reações alérgicas e anafiláticas. Foram relatados casos de tumores benignos e malignos após o tratamento com tacrolimo.
Foram relatados casos de aplasia eritrocítica pura (uma redução muito grave na contagem de glóbulos vermelhos), agranulocitose94 (uma contagem muito baixa de glóbulos brancos) e anemia hemolítica95 (número reduzido de glóbulos vermelhos devido a uma quebra anormal).
Reações adversas muito comuns (ocorrem em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento):
- Glicemia21 elevada.
- Diabetes mellitus24 insulino dependente e não insulino dependente.
- Nível elevado de potássio no sangue7.
- Dificuldade para dormir.
- Tremor, dor de cabeça57.
- Pressão arterial17 alta.
- Testes de função hepática75 anormais.
- Diarreia11, náusea96.
- Problemas renais.
Reações adversas comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento):
- Redução na contagem de glóbulos no sangue7 (plaquetas97, glóbulos vermelhos ou brancos), elevação na contagem de glóbulos brancos, alterações na contagem de glóbulos vermelhos (observadas em exames de sangue7).
- Nível reduzido de magnésio, fosfato, potássio, cálcio ou sódio no sangue7, consumo excessivo de líquidos, elevação de ácido úrico ou lipídios no sangue7, apetite reduzido, acidez elevada do sangue7, outras alterações nos sais do sangue7 (observadas em exames de sangue7).
- Sintomas12 de ansiedade, confusão e desorientação, depressão, alterações do humor, pesadelo, alucinação98, distúrbios mentais.
- Ataques, distúrbios de consciência, formigamento e dormência99 (às vezes dolorosa) nas mão100 e nos pés, tontura101, capacidade de escrita comprometida, distúrbios do sistema nervoso52.
- Visão102 turva, sensibilidade elevada à luz, distúrbios nos olhos10.
- Zumbido nos ouvidos.
- Fluxo sanguíneo reduzido nos vasos do coração9, batidas mais rápidas do coração9.
- Sangramento, bloqueio parcial ou completo dos vasos sanguíneos103, pressão arterial17 baixa.
- Falta de ar, distúrbios dos tecidos respiratórios do pulmão104, acúmulo de líquidos ao redor do pulmão104, inflamação86 da faringe105, tosse, sintomas12 semelhantes à gripe106.
- Problemas estomacais, como inflamação86 ou úlcera107 causando dor abdominal ou diarreia11, sangramento no estômago91, inflamação86 ou úlcera107 na boca108, acúmulo de líquidos no abdômen, vômito109, dor abdominal, indigestão, prisão de ventre, flatulência, inchaço110, fezes moles.
- Distúrbios no duto biliar, amarelamento da pele68 por problemas hepáticos, dano no tecido111 hepático e inflamação86 do fígado3.
- Coceira, erupção112 cutânea113, queda de cabelo114, acne115, sudorese116 elevada.
- Dor nas articulações117, membros ou lombar, cãibras musculares e espasmos118 musculares.
- Função renal49 insuficiente, produção reduzida de urina8, micção46 comprometida ou dolorosa.
- Fraqueza geral, febre14, acúmulo de líquidos no corpo, dor e desconforto, aumento da enzima119 fosfatase alcalina120 no sangue7, ganho de peso, sensação de temperatura desregulada.
- Função insuficiente do órgão transplantado.
- Percepção perturbada da temperatura corporal.
Reações adversas incomuns (ocorrem entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento):
- Alterações na coagulação27 do sangue7, redução do número de todos os tipos de células sanguíneas121 (observadas em exames de sangue7).
- Desidratação122, incapacidade de urinar.
- Exames de sangue7 anormais: proteínas28 ou açúcar74 reduzidos, fosfato elevado, aumento da enzima119 lactato123 desidrogenase.
- Coma56, sangramento no cérebro124, acidente vascular cerebral125, paralisia126, distúrbio cerebral, anormalidades da fala e linguagem, problemas de memória.
- Turvamento do cristalino127 (olho128), audição comprometida.
- Batimentos cardíacos irregulares, parada dos batimentos cardíacos, desempenho reduzido do coração9, distúrbio do músculo cardíaco129, alargamento do músculo cardíaco129, batimento cardíaco mais forte, ECG anormal, frequência cardíaca e pulsação anormais.
- Coágulo130 na veia de um membro, choque131.
- Dificuldades para respirar, distúrbios do trato respiratório, asma132.
- Obstrução intestinal, nível elevado da enzima119 amilase, refluxo do conteúdo estomacal até a garganta133, esvaziamento retardado do estômago91.
- Inflamação86 da pele68, sensação de queimação quando sob a luz solar.
- Distúrbios nas articulações117.
- Menstruação134 dolorosa e sangramento menstrual anormal.
- Insuficiência135 de múltiplos órgãos, doença semelhante a gripe106, sensibilidade elevada ao calor e ao frio, sensação de pressão no peito136, agitação ou sensação anormal, perda de peso.
Reações adversas raras (ocorrem entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento):
- Pequenos sangramentos na pele68 devido a coágulos sanguíneos.
- Maior rigidez muscular.
- Cegueira, surdez.
- Acúmulo de líquido ao redor do coração9.
- Falta de ar súbita.
- Formação de cisto no pâncreas137.
- Problemas no fluxo sanguíneo do fígado3.
- Doença grave com formação de bolhas na pele68, boca108, olhos10 e genitais; aumento dos pelos.
- Sede, quedas, sensação de pressão no peito136, mobilidade reduzida, úlcera107.
- Hepatite84 granulomatosa.
- Plexopatia braquial.
- Lesão138 do nervo periférico.
- Mudismo.
Reações adversas muito raras (ocorrem em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento):
- Fraqueza muscular.
- Exame cardíaco anormal.
- Insuficiência135 do fígado3.
- Micção46 dolorosa com sangue7 na urina8.
- Aumento do tecido gorduroso139.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA DESTE MEDICAMENTO?
Se você ingerir acidentalmente uma quantidade maior de tacrolimo, poderá apresentar as reações adversas mencionadas no item “8. Quais os males que este medicamento pode me causar?”. Se isso acontecer, avise seu médico e ele recomendará o tratamento adequado.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800-722-6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
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Farm. Resp.: Drª. Maria Geisa P. de Lima e Silva CRF-SP nº 8.082
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