Evoflubina (Injetável 50 mg)
FARMARIN INDUSTRIA E COMERCIO LTDA
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Evoflubina®
fosfato de fludarabina
Injetável 50 mg
Medicamento similar equivalente ao medicamento de referência.
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Pó liófilo injetável
Cartucho com 5 frascos-ampola.
VIA DE ADMINISTRAÇÃO: USO INTRAVENOSO
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO:
Cada frasco-ampola de Evoflubina® contém:
fosfato de fludarabina (equivalente a 39,05 mg de fludarabina) | 50 mg |
excipiente q.s.p. | 1 frasco-ampola |
Excipientes: manitol e hidróxido de sódio (para ajuste do pH).
INFORMAÇÕES AO PACIENTE
PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?
Evoflubina® (fosfato de fludarabina) pó liófilo é indicado para o tratamento de:
- leucemia1 linfocítica crônica de células2 B (LLC) sem tratamento anterior;
- leucemia1 linfocítica crônica de células2 B se um tratamento anterior com pelo menos um tratamento padrão para câncer3 (contendo os chamados agentes alquilantes) não tiver funcionado;
- leucemia1 linfocítica crônica de células2 B cuja doença progrediu durante ou após o tratamento com pelo menos um tratamento padrão para câncer3 (contendo os chamados agentes alquilantes).
COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?
Evoflubina® é um medicamento que impede o crescimento de novas células2 cancerosas. Todas as células2 do corpo produzem novas células2, idênticas às originais, ao se dividirem. Para fazer isso, o material genético das células2 (DNA) deve ser copiado e reproduzido. Evoflubina® é absorvido pelas células2 cancerosas e impede a produção de novo DNA.
Em cânceres de glóbulos brancos (tais como leucemia1 linfocítica crônica), o corpo produz muitos glóbulos brancos (linfócitos) anormais e nódulos linfáticos começam a crescer em várias partes do corpo. Os glóbulos brancos anormais não podem desempenhar suas funções normais de combate à doença, e podem impedir as funções das células sanguíneas4 saudáveis. Isso pode resultar em infecções5, número diminuído de glóbulos vermelhos (anemia6), hematomas7, sangramento grave ou até falência de órgãos.
QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Não use Evoflubina®:
- se você for alérgico (hipersensível) ao fosfato de fludarabina ou a qualquer um dos componentes do produto;
- se a contagem de suas células sanguíneas4 vermelhas estiver baixa (anemia hemolítica8 descompensada);
- se você for portador de problemas renais graves (depuração de creatinina9 < 30 mL/min).
Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes portadores de problemas renais graves (depuração de creatinina9 < 30 mL/min).
O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Advertências e Precauções:
Tome cuidados especiais ao usar Evoflubina®.
Neurotoxicidade
Quando utilizado em doses mais altas nos estudos de seleção de dose em pacientes com leucemia1 aguda, a fosfato de fludarabina foi associada com efeitos neurológicos graves, incluindo cegueira (perda da visão10), coma11 e óbito12. Os sintomas13 apareceram 21 a 60 dias após a última dose. Esta toxicidade14 grave para o sistema nervoso central15 ocorreu em 36% dos pacientes que receberam doses por via intravenosa (veia), aproximadamente 4 vezes maiores (96 mg/m2/dia por 5 a 7 dias) que a dose recomendada. Nos pacientes tratados com as doses recomendadas para LLC, efeitos tóxicos graves para o sistema nervoso central15 ocorreram raramente (coma11, convulsões e agitação) ou com pouca frequência (confusão) (ver item “8. Quais os males que este medicamento pode me causar?”).
A experiência pós-comercialização tem mostrado que pode ocorrer neurotoxicidade mais precocemente ou mais tardiamente do que ocorre nos estudos clínicos. O efeito da administração de forma crônica (contínua) de fosfato de fludarabina sobre o sistema nervoso central15 é desconhecido. Entretanto, os pacientes mostraram tolerância à dose recomendada emalguns estudos por períodos de tratamento relativamente prolongados (até 26 ciclos de terapia). Seu médico deverá acompanhá-lo quanto a sinais16 de efeitos neurológicos.
Administração de Evoflubina® pode estar associada com alterações neurológicas (Sistema Nervoso Central15) denominadas: leucoencefalopatia (grupo de doenças do Sistema nervoso central15 caracterizadas por comprometimento da mielina17 (substância presente em algumas células nervosas18 que facilita a rápida comunicação entre as mesmas) (LEMP), leucoencefalopatia tóxica aguda ou síndrome19 da leucoencefalopatia posterior reversível).
Estas podem ocorrer:
na dose recomendada
- quando Evoflubina® é administrada em seguida, ou em combinação com medicamentos conhecidos por estar associados a LE, LETA ou LEPR.
- ou quando Evoflubina® é administrada em pacientes com outros fatores de risco, tais como irradiação corporal total ou craniana (tratamento com radioterapia20 no corpo ou crânio21),
Transplante de Células2 Hematopoiéticas (transplante de células-tronco22), Doença do enxerto23 contra hospedeiro (síndrome19 sistêmica que ocorre em pacientes que recebem linfócitos funcionantes de um doador), insuficiência renal24 (diminuição da capacidade dos rins25 para eliminar substâncias tóxicas do sangue26) ou encefalopatia27 hepática28 (complicação de doenças do fígado29 onde há deterioração da função do cérebro30 devido ao aumento de substâncias tóxicas no sangue26 que o fígado29 deveria ter eliminado em situações normais) em doses mais elevadas do que a dose recomendada.
Os sintomas13 de LEMP, leucoencefalopatia tóxica aguda ou síndrome19 da leucoencefalopatia posterior reversível podem incluir dores de cabeça31, náuseas32 e vômitos33, convulsões, distúrbios visuais tais como perda de visão10, sensório alterado e deficiências neurológicas focais. Efeitos adicionais podem incluir neurite34 óptica e papilite (inflamações35 oculares), confusão, sonolência, agitação, paraparesia36 (perda de força das pernas)/quadriparesia (perda de força dos braços e pernas), espasticidade37 muscular (aumento do tônus e dos reflexos musculares) e incontinência38 (dificuldade em controlar a urina39).
LEMP, leucoencefalopatia tóxica aguda ou síndrome19 da leucoencefalopatia posterior reversível podem ser irreversíveis, com risco de vida, ou fatais. Sempre que houver suspeita, o tratamento com fludarabina deve ser interrompido. Os pacientes devem ser acompanhados e devem ser submetidos a exames de imagem do cérebro30, preferencialmente utilizando Imagem por Ressonância Magnética40. Se o diagnóstico41 for confirmado, a terapia com fludarabina deve ser interrompida de forma permanente.
Condições gerais de saúde42 alterada
Em pacientes com alteração do estado de saúde42, Evoflubina® deve ser administrada com cautela e após criteriosa avaliação da relação risco/benefício. Isto se aplica especialmente no caso de pacientes com grave alteração da função da medula óssea43 [trombocitopenia44, anemia6 e/ou granulocitopenia (diminuição dos glóbulos brancos)], imunodeficiência45 (deficiência do sistema imunológico46 para combater infecções5) ou com antecedentes de infecção47 oportunista (doenças que se aproveitam da fraqueza do sistema imunológico46). Tratamento profilático (prevenção) deve ser considerado em pacientes com risco aumentado de desenvolvimento de infecção47 oportunista (ver item “Quais os males que este medicamento pode me causar?”).
Mielossupressão (grupo de complicações metabólicas que podem ocorrer após o tratamento de um câncer3 por destruição das células2 tumorais): Supressão grave de medula óssea43, especialmente anemia6, trombocitopenia44 (redução do número de plaquetas48) e neutropenia49 (redução do número de glóbulos brancos), tem sido relatada em pacientes tratados com fosfato de fludarabina.
Em um estudo Fase I em pacientes adultos com tumor50 sólido, a mediana do tempo para contagem mais baixa foi de 13 dias (3 a 25 dias) para granulócitos51 e de 16 dias (2 a 32 dias) para plaquetas48. A maioria dos pacientes apresentava alteração dos valores hematológicos iniciais como resultado da doença ou como resultado de terapia mielossupressora prévia. Pode haver mielossupressão cumulativa. Embora a mielossupressão induzida por quimioterapia52 seja geralmente reversível, a administração de fosfato de fludarabina requer cuidadoso controle hematológico (referente ao sangue26).
Foram relatados, em pacientes adultos, diversos exemplos de hipoplasia53 (diminuição da produção de células2 do sangue26 pela medula óssea43) ou de aplasia (doença caracterizada por deficiência da produção de células2 do sangue26 pela medula óssea43) das três linhagens de medula óssea43 tendo como resultado a pancitopenia54 (diminuição global de elementos celulares do sangue26 glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas48), às vezes resultando em óbito12. A duração da citopenia clinicamente significativa nos casos relatados foi de aproximadamente 2 meses a 1 ano.
Estes episódios ocorreram em pacientes previamente tratados e em pacientes não tratados.
Medicamentos imunossupressores podem ativar focos primários de tuberculose55. Os médicos que acompanham pacientes sob imunossupressão56 devem estar alertas quanto à possibilidade de surgimento de doença ativa, tomando, assim, todos os cuidados para o diagnóstico41 precoce e tratamento.
Progressão da doença
A progressão e transformação da doença [por exemplo, síndrome19 de Richter (transformação da leucemia1 linfoide57 crônica para linfoma58 não Hodgkin (linfoma58 difuso de células2 B)] tem sido relatada frequentemente em pacientes portadores de LLC.
Reação enxerto23 contra hospedeiro associada à transfusão59
A reação enxerto23 contra hospedeiro associada à transfusão59 (reação dos linfócitos funcionantes transfundidos ao hospedeiro) foi observada após transfusão59 de sangue26 não irradiado em pacientes tratados com fosfato de fludarabina.
Graves complicações e até mesmo morte têm ocorrido devido a essa reação. Portanto, para diminuir o risco de reação enxerto23 contra hospedeiro associada à transfusão59, pacientes que precisem de transfusão59 de sangue26 e estejam sendo ou tenham sido tratados com fosfato de fludarabina devem receber apenas produtos sanguíneos irradiados.
Se você precisar de uma transfusão59 de sangue26 e estiver sendo (ou tiver sido) tratado (a) com Evoflubina®, avise seu médico.
Câncer3 de pele60
Piora ou exacerbação de lesões61 preexistentes de câncer3 de pele60, assim como início de câncer3 de pele60, foram relatados em pacientes durante ou após a terapia com fosfato de fludarabina.
Síndrome19 da lise62 tumoral (grupo de complicações decorrentes de alterações metabólicas secundárias a tratamento do câncer3).
Foi relatada síndrome19 da lise62 tumoral em pacientes com grandes volumes tumorais. Uma vez que fosfato de fludarabina pode induzir uma resposta já na primeira semana de tratamento, devem ser adotadas precauções nos pacientes que apresentem risco de desenvolvimento desta complicação.
Fenômeno autoimune63
Durante ou após tratamento com fosfato de fludarabina foi relatada a ocorrência de fenômenos autoimunes64 (ver item “8. Quais os males que este medicamento pode me causar?”) com risco para a vida do paciente, sendo fatal em certos casos. A maioria dos pacientes que apresentaram anemia hemolítica8 (anemia6 por destruição de glóbulos vermelhos) desenvolveu recorrência65 do quadro hemolítico quando expostos novamente ao tratamento com fosfato de fludarabina. Os pacientes em tratamento com fosfato de fludarabina devem ser mantidos sob cuidadosa vigilância com relação a sinais16 de hemólise66 (destruição dos glóbulos vermelhos, o que pode levar à anemia6). Recomenda-se a interrupção do tratamento com Evoflubina® em caso de hemólise66.
Populações especiais
Insuficiência renal24: Os dados disponíveis em pacientes com insuficiência renal24 (depuração de creatinina9 < 70 mL/min) são limitados.
Evoflubina® deve ser administrado cuidadosamente em pacientes com insuficiência renal24.
As doses devem ser ajustadas para pacientes67 com função renal68 reduzida. Se a depuração de creatinina9 estiver entre 30 e 70 mL/min, a dose deve ser reduzida em até 50% e a toxicidade14 avaliada por rigoroso controle hematológico.
O tratamento com Evoflubina® é contraindicado se a depuração de creatinina9 for < 30 mL/min.
Insuficiência hepática69: Não há dados disponíveis sobre o uso de fosfato de fludarabina em pacientes com comprometimento do fígado29.
Pacientes Idosos: Se você tiver 65 anos de idade ou mais, o funcionamento de seus rins25 será avaliado antes do início do tratamento.
Como há dados limitados disponíveis em pacientes com 75 anos de idade ou mais, esses pacientes serão especialmente acompanhados pelo médico.
Crianças: Evoflubina® não é recomendado para crianças com menos de 18 anos, pois sua segurança e eficácia não foram estabelecidas nesta faixa etária.
Efeitos na habilidade de dirigir e usar máquinas
A Evoflubina® pode reduzir a capacidade de dirigir ou operar máquinas, uma vez que foram observados, por exemplo, fadiga70 (cansaço), fraqueza, distúrbios (alterações) visuais, confusão, agitação e convulsões (contrações súbitas e involuntárias dos músculos71 secundárias a descargas elétricas cerebrais).
Gravidez72 e Lactação73
Existem dados muito limitados sobre o uso de fosfato de fludarabina em mulheres no primeiro trimestre de gestação.
Foram relatados possíveis riscos de anormalidades no feto74, como aborto no início da gravidez72 ou parto prematuro.
A Evoflubina® não deve ser utilizada durante a gestação, exceto se absolutamente necessário (por exemplo: situação com risco para a vida da paciente, ausência de alternativa mais segura de tratamento disponível, sem comprometimento do benefício terapêutico, ou quando não se pode evitar o tratamento). Não pode ser descartado que Evoflubina® pode prejudicar o feto74. Seu médico avaliará cuidadosamente o benefício de seu tratamento contra um possível risco para o feto74 e, se você estiver grávida, ele somente prescreverá Evoflubina® se claramente necessário. As mulheres devem evitar engravidar durante o tratamento com Evoflubina®.
Mulheres em idade fértil devem estar cientes do risco potencial ao feto74.
Contracepção75: Homens e mulheres que são férteis devem usar métodos de contracepção75 eficazes durante o tratamento e por, pelo menos, 6 meses após seu término.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez72.
Lactação73: Você não deve iniciar a amamentação76 ou continuar amamentando enquanto estiver em tratamento com Evoflubina®. Não se sabe se este medicamento passa para o leite de mulheres tratadas com Evoflubina®.
Entretanto existem evidências de que, o princípio ativo de Evoflubina®, fosfato de fludarabina, e/ou seus metabólitos77 transferem-se do sangue26 para o leite materno.
Vacinação
Durante e após tratamento com Evoflubina®, deve-se evitar o emprego de vacina78 com organismos vivos.
Opções de retratamento após tratamento inicial com Evoflubina®
Pacientes que inicialmente respondem ao tratamento com Evoflubina® têm uma boa chance de apresentar novamente resposta à terapia com Evoflubina® usada isoladamente. Uma troca de tratamento inicial de Evoflubina® para clorambucila para os pacientes que não responderam ao tratamento com Evoflubina® deve ser evitada porque muitos pacientes que foram resistentes ao tratamento com fosfato de fludarabina têm apresentado resistência à clorambucila.
Interações com outros medicamentos
É especialmente importante avisar seu médico sobre o uso dos seguintes medicamentos: pentostatina (deoxicoformicina), também usada para tratar a leucemia1 linfocítica crônica de células2 B. Tomar estes dois medicamentos juntos pode levar a complicações pulmonares graves. Portanto, o uso de Evoflubina® em combinação com pentostatina não é recomendado. dipiridamol, usado para evitar coágulo79 sanguíneo excessivo, ou outros medicamentos similares. Elas podem reduzir a eficácia de Evoflubina®. citarabina (Ara-C) usada para tratar leucemia1 linfática crônica. Se Evoflubina® for combinado com citarabina, os níveis da forma ativa de Evoflubina® em células2 leucêmicas podem aumentar. Entretanto, os níveis totais no sangue26 e sua eliminação do sangue26 não demonstraram ter se modificado.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde42.
ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
Cuidados de conservação
Evoflubina® deve ser armazenado em temperatura refrigerada (entre 2 e 8°C) e protegido da luz.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem
Não use medicamento com prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas do produto
Evoflubina® é um pó liofilizado80 branco e envasado em um frasco de vidro incolor, a ser reconstituído com 2 mL de água para injeção81. Após a reconstituição com água para injeção81, a solução apresenta-se límpida, incolor e praticamente livre de partículas. A dose requerida é então extraída e diluída em uma solução de cloreto de sódio ou soro82 glicosado 5%.
Após reconstituição, a solução reconstituída é físico-quimicamente estável por 48 horas a 25°C, sem proteção da luz. A solução reconstituída e veiculizada é físico-quimicamente estável por 48 horas a 25°C, sem proteção da luz, sendo que este prazo inicia-se no momento da reconstituição.
O fosfato de fludarabina não contém agente conservante. Medidas adequadas devem ser tomadas para assegurar a esterilidade83 da solução reconstituída.
Do ponto de vista microbiológico84, a preparação da infusão deve ser utilizada imediatamente.
Caso esta preparação não seja utilizada imediatamente, o tempo de armazenagem e as condições anteriores ao uso são de responsabilidade do usuário e, normalmente, não seria maior que 48 horas a 25°C, ocorridas nas condições assépticas validadas e controladas.
Antes de usar observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Evoflubina® não deve ser manuseado por gestantes.
Evoflubina® deve ser administrado sob a supervisão de um médico qualificado e experiente no uso de terapia de câncer3. A dose que você recebe depende de sua área de superfície corporal, que é medida em metros quadrados (m2) e é calculada pelo médico a partir de sua altura e seu peso.
Evoflubina® deve ser administrado exclusivamente por via intravenosa. Embora não tenha sido relatado nenhum caso no qual a administração paravascular (fora da veia) de fosfato de fludarabina tenha ocasionado reações adversas locais graves, deve-se evitar a administração paravascular não intencional deste produto.
Não se deve adicionar outros medicamentos à solução para uso intravenoso.
A dose recomendada de Evoflubina® pó liófilo é de 25 mg de fosfato de fludarabina/m2 de área de superfície corpórea administrada diariamente durante 5 dias consecutivos, a cada 28 dias, por via intravenosa. O produto deve ser reconstituído pela adição de 2 mL de água para injetáveis. Cada mL da solução resultante contém 25 mg de fosfato de fludarabina (ver “Instruções especiais para preparação para uso intravenoso”).
A dose necessária (calculada baseando-se na área de superfície corpórea do paciente) deve ser retirada com auxílio de uma seringa85. Para injeção81 intravenosa em bolus86, esta dose deve ser posteriormente diluída em 10 mL de solução de cloreto de sódio 0,9%. Alternativamente, para infusão, a dose necessária retirada com auxílio de uma seringa85 pode ser diluída em 100 mL de solução de cloreto de sódio 0,9% e infundida por aproximadamente 30 minutos.
Quanto tempo dura o tratamento
A duração do tratamento com Evoflubina® dependerá do sucesso de seu tratamento e de sua tolerância ao medicamento.
Você receberá a dose calculada por seu médico diariamente, durante 5 dias consecutivos.
Para o tratamento de leucemia1 linfocítica crônica (LLC), esse ciclo de tratamento de 5 dias será repetido a cada 28 dias até que seu médico decida que o melhor efeito foi alcançado (geralmente após 6 ciclos).
Instruções especiais para preparação para uso intravenoso
Evoflubina® deve ser preparado para uso parenteral por adição de água estéril para injetáveis, em condições assépticas. Quando reconstituído com 2 mL de água estéril para injetáveis, o liofilizado80 deve dissolver-se completamente no máximo em 2 minutos Cada mL da solução resultante contém 25 mg de fosfato de fludarabina, 25 mg de manitol e hidróxido de sódio para ajuste do pH a 7,7. A faixa de pH para o produto final é 7,2 a 8,2.
Em estudos clínicos, o fosfato de fludarabina foi diluído em 100 ou 125 mL de solução de glicose87 5% ou solução de cloreto de sódio 0,9%.
Deve-se ter cautela no manuseio e preparação da solução de Evoflubina®. O uso de luvas de látex e óculos de segurança é recomendado para se evitar exposição, em caso de quebra do frasco ou derramamento acidental. Se a solução entrar em contato com a pele60 ou mucosas88, a área deve ser lavada cuidadosamente com água e sabão. No caso de contato com os olhos89, enxaguá-los cuidadosamente com bastante água. Exposição por inalação deve ser evitada. Devem ser adotados os procedimentos e medidas pertinentes para adequado manuseio e descarte, observando-se as diretrizes empregadas para medicamentos citotóxicos90. Qualquer quantidade não utilizada deve ser descartada por incineração.
Uso em pacientes com comprometimento renal68
As doses devem ser ajustadas para pacientes67 com função renal68 reduzida. Se a depuração de creatinina9 estiver entre 30 e 70 mL/min, a dose deve ser reduzida em até 50% e a toxicidade14 avaliada por rigoroso controle hematológico. Para informações adicionais, ver item “Advertências e Precauções”.
O tratamento com Evoflubina® é contraindicado se a depuração de creatinina9 for < 30 mL/min.
Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
O tratamento deve ser realizado durante cinco dias consecutivos. Caso você não possa comparecer ao hospital para receber a medicação conforme recomendado, converse com seu médico.
Em caso de dúvida, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico ou cirurgião-dentista.
QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?
Como todos os medicamentos, Evoflubina® pode causar efeitos colaterais91, embora nem todos apresentem esses efeitos. Se você não tiver certeza o que são os efeitos colaterais91 abaixo, converse com seu médico.
Alguns efeitos colaterais91 podem ser fatais. Informe seu médico imediatamente caso você apresente os sintomas13 a seguir:
- dificuldade para respirar, tosse ou dor no peito92 (com ou sem febre93). Esses podem ser sinais16 de problemas no pulmão94.
- palpitações95 (ficar consciente das batidas de seu coração96) ou dores no peito92. Esses podem ser sinais16 de problemas cardíacos.
- hematoma97 incomum, sangramento excessivo após ferimentos, ou se você estiver contraindo muitas infecções5. Esses sintomas13 podem ser causados por um número reduzido de células sanguíneas4. Isso também pode levar a um risco aumentado de infecções5 (graves), causadas por organismos que geralmente não causam doenças em pessoas saudáveis (infecções5 oportunistas) incluindo uma reativação tardia de vírus98, por exemplo, herpes zoster99.
- dor nas costas100, sangue26 na urina39 ou quantidade reduzida de urina39. Esses podem ser sinais16 de síndrome19 de lise62 tumoral. Quando a doença é grave, seu corpo pode não ser capaz de livrar-se de todos os produtos resultantes das células2 destruídas por Evoflubina®. Isso é chamado de síndrome19 de lise62 tumoral e pode causar falência renal68 e problemas cardíacos, desde a primeira semana de tratamento. Seu médico estará atento para este fato e pode administrar a você outros medicamentos para ajudar a evitar que isso aconteça.
- urina39 de cor vermelha a marrom, erupção101 cutânea102 ou bolhas na pele60. Durante ou após o tratamento com Evoflubina®, o seu sistema imunológico46 também pode atacar partes diferentes do seu corpo (“fenômeno autoimune”) ou seus glóbulos vermelhos (“hemólise autoimune”). Essas condições podem ser fatais. Se isto ocorrer, seu médico interromperá o tratamento imediatamente. A maioria dos pacientes que apresentam hemólise66 autoimune63 irá apresentá-la novamente quando Evoflubina® for administrada em outra ocasião.
- qualquer sintoma103 incomum do seu sistema nervoso104 tal como visão10 alterada. Se Evoflubina® for usada na dose recomendada, vários sintomas13 graves de distúrbio do sistema nervoso104, tais como coma11, convulsões e agitação podem ocorrer em casos raros. Pode ocorrer confusão, mas ela não é comum. Se Evoflubina® for usada por um período de tempo longo (mais de 6 ciclos de tratamento), seus efeitos a longo prazo sobre o sistema nervoso central15 não são conhecidos. Entretanto, pacientes tratados com a dose recomendada por até 26 ciclos de tratamento foram capazes de tolerá-lo. Em pacientes recebendo doses quatro vezes a dose recomendada, vários eventos incluindo cegueira, coma11 e morte foram relatados. Alguns desses sintomas13 apareceram tardiamente, até 60 dias ou mais após a interrupção do tratamento. Você será acompanhado de perto no que se refere a sintomas13 anormais do sistema nervoso104.
- qualquer mudança em sua pele60 enquanto estiver recebendo este medicamento ou após ter terminado o tratamento. Se você tem ou teve câncer3 de pele60, ele pode piorar ou surgir de novo enquanto você tomar Evoflubina® ou depois disso. Você pode também desenvolver câncer3 de pele60 durante ou após a terapia com Evoflubina® uma vez que ela reduz o mecanismo de defesa de seu corpo.
- qualquer reação na pele60 ou mucosas88 com vermelhidão, inflamação105, bolhas e erosão. Estes podem ser sinais16 de uma reação alérgica106 grave (síndrome de Lyell107, síndrome19 de Stevens- Johnson).
Abaixo são listados possíveis efeitos colaterais91 de acordo com sua incidência108. Os efeitos colaterais91 raros (incidência108 menor do que 1 a cada 1000 pacientes) foram identificados, principalmente, a partir da experiência pós-comercialização.
Reações muito comuns (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento):
- infecções5 (algumas graves);
- infecções5 oportunistas (infecções5 em decorrência da depressão do sistema imunológico46); por reativação viral latente, por exemplo, vírus98 herpes zoster99, vírus98 Epstein-Barr, leucoencefalopatia multifocal progressiva;
- pneumonia109 (infecções5 dos pulmões110);
- trombocitopenia44 (redução do número de plaquetas48) com a possibilidade de hematomas7 e sangramentos;
- neutropenia49 (redução do número de glóbulos brancos);
- anemia6 (redução do número de glóbulos vermelhos);
- tosse;
- vômitos33, diarreia111, náusea112 (sensação de enjoo);
- febre93;
- fadiga70 (sensação de cansaço);
- astenia113 (fraqueza);
Reações comuns (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento):
- síndrome19 mielodisplástica, leucemia1 mielóide aguda (outros cânceres relacionados ao sangue26). A maior parte dos pacientes com essas doenças foi tratada anteriormente ou ao mesmo tempo ou tratada mais tarde com outros medicamentos para câncer3 (agentes alquilantes, inibidores da
- topoisomerase) ou terapia com radiação;
- mielossupressão (depressão da medula óssea43);
- anorexia114 (perda de apetite grave levando à perda de peso);
neuropatia periférica115 (dormência116 ou fraqueza nos membros);
- distúrbios visuais (visão10 atrapalhada);
- estomatite117 (inflamação105 da parte interior da boca118);
- erupções cutâneas119 (lesões61 de pele60 com vermelhidão);
- calafrios120;
- mal-estar (geralmente sentir-se indisposto);
- edema121 (inchaço122 devido à retenção excessiva de líquido);
- mucosite123 (inflamação105 das membranas mucosas88 do sistema digestivo124 da boca118 ao ânus125).
Reações incomuns (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento):
- doença autoimune63 incluindo:
- anemia hemolítica8 autoimune63 (aumento da destruição de glóbulos vermelhos pelo próprio sistema imune126 do paciente);
- púrpura127 trombocitopênica (aparecimento de descoloração roxa ou púrpura127 na pele60 causada pelo sangramento sob a pele60 associado com redução do número de plaquetas48 na circulação128);
- pênfigo (um grupo de doenças autoimunes64 bolhosas que afetam a pele60 e as membranas mucosas88);
- síndrome19 de Evans (um transtorno autoimune63 no qual o corpo produz anticorpos129 que destroem os glóbulos vermelhos e as plaquetas48);
- hemofilia130 adquirida (um distúrbio do sangramento com potencial risco de vida causado pelo desenvolvimento de anticorpos129 direcionados contra os fatores de coagulação131, mais frequentemente o fator VIII (FVIII));
- síndrome19 de lise62 tumoral [incluindo insuficiência renal24 (redução da função dos rins25), hipercalemia132 (redução dos níveis de potássio no sangue26), acidose metabólica133, hematúria134 (sangue26 na urina39), cristalúria de urato, hiperuricemia (aumento da concentração do ácido úrico no sangue26), hiperfosfatemia (aumento da concentração de fósforo no sangue26), hipocalcemia135 (redução nos níveis de cálcio no sangue26)];
- confusão;
- toxicidade14 pulmonar: fibrose136 pulmonar (tecido137 cicatricial por todo o pulmão94), pneumonite138 (inflamação105 dos pulmões110), dispneia139 (fôlego curto);
- hemorragia140 gastrintestinal (sangramento no estômago141 ou nos intestinos142);
- níveis anormais das enzimas do pâncreas143 ou do fígado29.
Reações raras (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento):
- doença linfoproliferativa associada à EBV (doenças do sistema linfático144 devido à infecção47 viral);
- agitação;
- convulsões (contrações súbitas e involuntárias dos músculos71 secundárias a descargas elétricas cerebrais);
- coma11;
- neurite34 óptica e neuropatia145 óptica (inflamação105 ou dano do nervo óptico);
- cegueira;
- insuficiência cardíaca146 (condição em que o coração96 é incapaz de bombear sangue26 suficiente para satisfazer as necessidades do corpo);
- arritmia147 (batimentos cardíacos irregulares);
- câncer3 de pele60;
- síndrome de Lyell107, síndrome de Stevens-Johnson148 (reação da membrana mucosa149 e/ou pele60 com vermelhidão, inflamação105, formação de bolhas e erosão);
- necrólise epidérmica tóxica150 (quadro grave, onde uma grande extensão de pele60 começa a apresentar bolhas e evolui com áreas avermelhadas semelhante a uma grande queimadura) tipo Lyell.
Experiência pós-comercialização com frequência desconhecida
Distúrbios do sistema nervoso104
- leucoencefalopatia (ver item “Advertências e Precauções”)
- leucoencefalopatia tóxica aguda (ver item “Advertências e Precauções”)
- síndrome19 da leucoencefalopatia posterior reversível (LEPR) (ver item “Advertências e Precauções”)
Distúrbios vasculares151
- Hemorragia140 [incluindo hemorragia140 cerebral (sangramento devido à ruptura de um vaso sanguíneo no cérebro30), hemorragia140 pulmonar (sangramento pulmonar), cistite152 hemorrágica153 (inflamação105 da bexiga154)].
- Progressão e transformação da doença (por exemplo, síndrome19 de Richter) tem sido frequentemente relatada em pacientes com leucemia1 linfocítica crônica (LLC).
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através de seu serviço de atendimento.
O QUE DEVO FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA DESTE MEDICAMENTO?
Altas doses podem causar leucoencefalopatia, leucoencefalopatia tóxica aguda, ou síndrome19 da leucoencefalopatia posterior reversível (LEPR). Os sintomas13 podem incluir dor de cabeça31, náuseas32 e vômitos33, convulsões, distúrbios visuais, como perda de visão10, sensório alterado, e deficiências neurológicas focais. Efeitos adicionais podem incluir neurite34 óptica, e papilite (inflamação105 do nervo óptico), confusão, sonolência, agitação, paraparesia36/quadriparesia, espasticidade37 muscular, incontinência38, dano irreversível do sistema nervoso central15, com sintomas13 de cegueira tardia, coma11 e até morte.
Altas doses também são associadas com trombocitopenia44 (redução do número de plaquetas48) e neutropenia49 (redução do número de glóbulos brancos) graves devido à supressão da medula óssea43.
Não se conhece qualquer antídoto155 específico para uso de uma dose maior que a preconizada156 de Evoflubina®. O tratamento consiste em interrupção do medicamento e tratamento das alterações apresentadas.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
USO RESTRITO A HOSPITAIS
MS - 1.1688.0024
Farmacêutico Responsável: Victor Luiz Kari Quental - CRF-SP n° 26.638
Registrado e Importado por:
Farmarin Indústria e Comércio Ltda.
Rua Pedro de Toledo, 600 - Guarulhos -SP
CNPJ: 58.635.830/0001-75
Fabricado por:
Fármaco157 Uruguayo S.A.
Avenida Dámaso Antonio Larrañaga, 4479 Montevidéu, Uruguai
SAC 0800 101 106