

Cetoprofeno (Comprimido 100 mg) (Bula do profissional de saúde)
MEDLEY FARMACÊUTICA LTDA
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
cetoprofeno
Comprimido 100 mg
Medicamento Genérico, Lei nº 9.787, de 1999
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Comprimido revestido 100 mg
Embalagem com 20 comprimidos
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO:
Cada comprimido contém:
cetoprofeno | 100 mg |
excipientes q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: celulose microcristalina, copovidona, dióxido de silício, estearato de magnésio, lactose1 monoidratada, simeticona, dióxido de titânio, corante laca amarelo quinolina, copolímero do ácido metacrílico, talco, citrato de trietila, bicarbonato de sódio, laurilsulfato de sódio, hipromelose, macrogol, água purificada.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE2
INDICAÇÕES
O cetoprofeno possui atividade anti-inflamatória, analgésica e antitérmica e está indicado para o tratamento de:
- Processos reumáticos: artrite reumatoide3, espondilite anquilosante, gota4, condrocalcinose, reumatismo5 psoriático, síndrome6 de Reiter, pseudo-artrite7, lúpus8 eritematoso9 sistêmico10, esclerodermia, periarterite nodosa, osteoartrite11, periartrite escápulo-umeral, bursites, capsulites, sinovites, tenossinovites, tendinites, epicondilites;
- Lesões12 ortopédicas: contusões e esmagamentos, fraturas, entorses13, luxações;
- Algias diversas: nevralgia cérvico-braquial, cervicalgia, lombalgia14, dor ciática, pós-operatórios diversos.
RESULTADOS DE EFICÁCIA
Um estudo clínico, aberto, realizado por Addy (1985), avaliou o uso de cetoprofeno na dose de 50 mg 3 vezes ao dia durante o período menstrual, por 3 meses, em 42 mulheres com dismenorreia15. Ao final do estudo 95% das mulheres retornaram às suas atividades normais e apresentaram uma boa tolerabilidade ao tratamento.
Estudo realizado por Spongsveen et al (1978) avaliou o uso do cetoprofeno na dose de 50 mg 3 vezes ao dia em pacientes com doenças osteoarticulares crônicas. Esses pacientes foram acompanhados por um período mínimo de 3 meses até 12 meses. O cetoprofeno promoveu melhora clínica na maioria dos pacientes, comprovando sua eficácia dentre os pacientes avaliados. O número de eventos adversos ocorreu em 13% dos pacientes, sendo os eventos gastrintestinais, principalmente a dispepsia16, o mais frequente. Entretanto não houve nenhum evento considerado sério.
Karvonen et al (2008) realizaram estudo duplo-cego17, randomizado18, placebo19 controlado, com grupos paralelos no qual foi avaliado o uso de paracetamol e cetoprofeno no controle de dor pós operatório de 60 pacientes adultos submetidos à prótese20 total de quadril. O uso de cetoprofeno por via oral, na dose de 300 mg dia, reduziu em 22% o consumo de opioide no 1º dia de pós-operatório.
Dib et al (2002) realizaram estudo multicêntrico, duplo cego, cruzado, placebo19 controlado, avaliando eficácia e tolerabilidade do cetoprofeno e da zolmitriptana em pacientes com quadro agudo21 de migrânea22. Foram utilizados cetoprofeno nas concentrações de 75 e 150 mg, em forma de comprimido de duplo mecanismo de liberação e 2,5 mg de zolmitriptana. Foram incluídos nesse estudo 257 pacientes com média de idade de 38,1 anos. O cetoprofeno mostrou ser efetivo no alívio do quadro de cefalgia nas duas dosagens utilizadas, alcançando sucesso no alívio da dor nas duas primeiras horas em 62,6% nos pacientes que receberam cetoprofeno 75 mg e 61,6% com cetoprofeno 150 mg, assimilar à zolmitriptana (66,8% de sucesso no alívio da dor nas 2 primeiras horas). Ambas as drogas mostraram ser significativamente superiores ao placebo19, mas sem diferenças entre si. Embora não houvera diferença entre as doses de cetoprofeno no alívio da dor nas duas primeiras horas, a dose de 150 mg mostrou-se mais efetiva em manter a analgesia por tempo mais prolongado em relação à dose de 75mg.
A avaliação do cetoprofeno na dose de 200 mg, de liberação controlada, foi realizada por Schattenkirchner (1991) em estudo clínico, multicêntrico, prospectivo23 por um período de 12 meses, com mais de 800 pacientes e uma média de idade de 71,7 anos. Este estudo demonstrou que o uso prolongado do cetoprofeno na apresentação de liberação controlada determinou uma melhora significativa nos índices de avaliação de dor após 12 meses, evidenciando que seu uso prolongado não interferiu na sua eficácia, além de ter demonstrado um bom perfil de segurança.
Estudo multicêntrico, duplo cego, cruzado, realizado por Toft et al (1985) comparou 68 pacientes com osteoartrite11 de quadril ou joelho que fizeram uso de 50 mg de cetoprofeno a cada 6 horas ou cetoprofeno de 200 mg de liberação controlada uma vez ao dia, durante tratamento de 3 semanas com cada apresentação. Ao final do estudo observou-se eficácia semelhante entre os dois tipos de apresentação.
Referências Bibliográficas
- Addy SK, Clinical experience with ketoprofen (“Orudis”) in primary dismenorrhoea. Obstetrics & Gynaecology. 1985: 813-816.
- Spongsveen, ET AL. an interim report on an open multicentre long-term study of ketoprofen (Orudis) in rheumatic diseases. Rheumatol Rehabil. 1978; Suppl: 71-7
- Karvonen S, ET AL. Efficacy of Oral Paracetamol and ketoprofen for Pain Management after Major Orthopedic Surgery Methods Find Exp Clin Pharmacol 2008, 30(9): 703-706.
- Dib M, ET AL. Bi-Profenid Migraine Study Group. Efficacy of oral ketoprofen in acute migraine: a double- blind randomized clinical trial. Neurology. 2002;58(11):1660-5.
- Schattenkirchner M. Long-term Safety of Ketoprofen in an Elderly Population of Arthritic Patients. Scand J Rheumatol 1991; Suppl.91:27-36
- Toft B, et al. A double-blind, crossover study of a sustained-release tablet of ketoprofen and normal ketoprofen capsules in the treatment of patients with osteoarthritis. Curr Med Res Opin. 1985; 9(10):708-712.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
PROPRIEDADES FARMACODINÂMICAS
O cetoprofeno é um anti-inflamatório não esteroidal (AINE), derivado do ácido arilcarboxílico, pertencente ao grupo do ácido propiônico dos anti-inflamatórios não esteroidais.
O cetoprofeno possui propriedades anti-inflamatória, antitérmica e apresenta atividade analgésica periférica e central. Inibe a síntese de prostaglandinas24 e a agregação plaquetária, no entanto, seu mecanismo de ação não está completamente elucidado.
PROPRIEDADES FARMACOCINÉTICAS
Absorção
O cetoprofeno é rápida e completamente absorvido pelo trato gastrintestinal. Os níveis plasmáticos máximos são obtidos dentro de 60 a 90 minutos após administração oral. Quando o cetoprofeno é administrado com alimentos, a taxa de absorção diminui, resultando em atraso e redução do pico da concentração (Cmáx), entretanto, a biodisponibilidade total não é alterada.
Distribuição
O cetoprofeno encontra-se 99% ligado às proteínas25 plasmáticas. Difunde-se pelo líquido sinovial26, tecidos intra- articulares, capsulares, sinoviais e tendinosos e atravessa a barreira placentária e hematoencefálica. A meia-vida de eliminação plasmática é de aproximadamente 2 horas. O volume de distribuição é de aproximadamente 7 L.
Metabolismo27
A biotransformação do cetoprofeno é caracterizada por dois principais processos: por hidroxilação e por conjugação com ácido glicurônico, sendo esta a via principal no homem.
A excreção de cetoprofeno na forma inalterada é muito baixa (menos de 1%). Quase toda a dose administrada é excretada na forma de metabólitos28 na urina29, dos quais 65 a 85% da dose administrada são excretados como metabólito30 glicuronídeo.
Eliminação
Cinquenta por cento (50%) da dose administrada é excretada na urina29 dentro de 6 horas após a administração do medicamento. Durante 5 dias após a administração oral, aproximadamente 75 a 90% da dose é excretada principalmente pela urina29. A excreção fecal é muito pequena (1 a 8%).
Populações especiais
Pacientes idosos: a absorção do cetoprofeno não é modificada; há aumento da meia-vida (3 horas) e diminuição do clearance plasmático e renal31.
Pacientes com insuficiência hepática32: não ocorrem alterações significativas do clearance plasmático e da meia- vida de eliminação. No entanto, a fração não ligada às proteínas25 encontra-se aproximadamente duplicada. Pacientes com insuficiência renal33: há diminuição do clearance plasmático e renal31 e aumento da meia-vida de eliminação, relacionados com a severidade da insuficiência renal33.
CONTRAINDICAÇÕES
Este medicamento não deve ser utilizado nos seguintes casos:
- Pacientes com histórico de reações de hipersensibilidade ao cetoprofeno, como crises asmáticas ou outros tipos de reações alérgicas ao cetoprofeno, ao ácido acetilsalicílico ou a outros AINEs. Nestes pacientes foram relatados casos de reações anafiláticas34 severas, raramente fatais (vide “Reações Adversas”).
- Pacientes com úlcera péptica35 /hemorrágica36 ou com histórico.
- Pacientes com histórico de sangramento ou perfuração gastrintestinal, relacionada ao uso de AINEs.
- Pacientes com insuficiência cardíaca37, hepática38 e/ou renal31 severas.
- Terceiro trimestre da gravidez39.
Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes com insuficiência cardíaca37, hepática38 e/ou renal31 severas, pacientes com histórico de reações de hipersensibilidade ao cetoprofeno, ao ácido acetilsalicílico ou a outros AINEs e por pacientes com úlcera péptica35/hemorrágica36, ou com histórico.
Este medicamento é contraindicado na faixa etária pediátrica.
Categoria de risco de gravidez39 (3º trimestre gestacional): D. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez39.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Embora os AINEs possam ser requeridos para o alívio das complicações reumáticas que ocorrem devido ao lúpus8 eritematoso9 sistêmico10 (LES), recomenda-se extrema cautela na sua utilização, uma vez que pacientes com LES podem apresentar predisposição à toxicidade40 por AINEs no sistema nervoso central41 e/ou renal31.
As reações adversas podem ser minimizadas através da administração da dose mínima eficaz e pelo menor tempo necessário para controle dos sintomas42.
Reações gastrintestinais
Deve-se ter cautela em pacientes que fazem uso concomitante de cetoprofeno e medicamentos que possam aumentar o risco de sangramento ou úlcera43, como corticosteroides orais, anticoagulantes44 como a varfarina, inibidores seletivos da recaptação de serotonina, agentes antiplaquetários como o ácido acetilsalicílico ou nicorandil (vide “Interações Medicamentosas”).
Sangramento, úlcera43 e perfuração gastrintestinais, que podem ser fatais, foram reportados com todos os AINEs durante qualquer período do tratamento, com ou sem sintomas42 ou histórico de eventos gastrintestinais graves.
Reações cardiovasculares
Estudos clínicos e dados epidemiológicos sugerem que o uso de AINEs (exceto aspirina), particularmente em doses elevadas e em tratamentos de longa duração, pode ser associado a um risco aumentado de eventos trombóticos45 arteriais (por exemplo, enfarte do miocárdio46 ou acidente vascular cerebral47).
Assim como para os demais anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), deve-se ter cautela no uso de cetoprofeno em pacientes com hipertensão48 não controlada, insuficiência cardíaca congestiva49, doença cardíaca isquêmica estabelecida, doença arterial periférica e/ou doença cerebrovascular50, bem como antes de iniciar um tratamento de longo prazo em pacientes com fatores de risco para doenças cardiovasculares51 (ex. hipertensão48, hiperlipidemia52, diabetes mellitus53 e em fumantes).
Um aumento do risco de eventos trombóticos45 arteriais tem sido relatado em pacientes tratados com AINEs (exceto aspirina), para a dor perioperatória decorrente de cirurgia de revascularização do miocárdio46 (CRM).
Reações cutâneas54
Reações cutâneas54 graves, algumas fatais, incluindo dermatite55 esfoliativa, síndrome de Stevens-Johnson56 e necrólise epidérmica tóxica57, foram reportadas muito raramente com o uso de AINEs. Existe um risco maior da ocorrência destas reações adversas no início do tratamento, a maioria dos casos ocorrendo no primeiro mês. Assim como para os demais anti-inflamatórios não esteroidais, na presença de doença infecciosa, deve-se notar que as propriedades anti-inflamatória, analgésica e antitérmica do cetoprofeno podem mascarar os sinais58 habituais de progressão da infecção59, como por exemplo, febre60.
Em pacientes com testes de função hepática38 anormais ou com histórico de doença hepática38, os níveis de transaminase devem ser avaliados periodicamente, particularmente durante tratamento a longo prazo. Raros casos de icterícia61 e hepatite62 foram reportados com o uso de cetoprofeno.
Se ocorrerem distúrbios visuais, tal como visão63 embaçada, o tratamento com cetoprofeno deve ser descontinuado.
Gravidez39 e Lactação64
O uso de AINEs pode prejudicar a fertilidade feminina e não é recomendado para mulheres que estão tentando engravidar. Em mulheres com dificuldade de engravidar ou que estejam sob investigação de infertilidade65, deve ser considerada a descontinuação do tratamento com AINEs.
Durante o primeiro e segundo trimestres da gestação: não existe evidência de teratogenicidade ou embriotoxicidade em camundongos e ratos. Em coelhos foram relatados leves efeitos de embriotoxicidade provavelmente relacionados à toxicidade40 materna.
Como a segurança do cetoprofeno em mulheres grávidas não foi avaliada, seu uso deve ser evitado durante o primeiro e segundo trimestres da gravidez39.
Durante o terceiro trimestre da gestação: todos os inibidores da síntese de prostaglandinas24, inclusive o cetoprofeno, podem induzir toxicidade40 cardiopulmonar e renal31 no feto66. No final da gravidez39, pode ocorrer aumento do tempo de sangramento da mãe e do feto66. Portanto, cetoprofeno é contraindicado durante o último trimestre da gravidez39.
Não existem dados disponíveis sobre a excreção de cetoprofeno no leite humano. O uso de cetoprofeno não é recomendado durante a amamentação67.
Categoria de risco na gravidez39 (1º e 2º trimestre gestacional): C – Não há estudos adequados em mulheres. Em experiências animais ocorreram alguns efeitos colaterais68 no feto66, mas o benefício do produto pode justificar o risco potencial durante a gravidez39.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Populações especiais
Idosos: É aconselhável reduzir a dose inicial e manter o tratamento na dose mínima eficaz. Um ajuste posológico individual pode ser considerado somente após o desenvolvimento de boa tolerância individual.
A frequência das reações adversas aos AINEs é maior em idosos, especialmente sangramento e perfuração gastrintestinais, os quais podem ser fatais.
Crianças: A segurança e eficácia do uso de cetoprofeno comprimidos em crianças não foram estabelecidas.
Outros grupos de risco: Deve-se ter cautela quando o cetoprofeno for administrado em pacientes com histórico de doença gastrintestinal (colite69 ulcerativa, doença de Crohn70), pois estas condições podem ser exacerbadas.
No início do tratamento, a função renal31 deve ser cuidadosamente monitorada em pacientes com insuficiência cardíaca37, cirrose71 e nefrose72, naqueles que fazem uso de diuréticos73, ou em pacientes com insuficiência renal33 crônica, principalmente se estes pacientes são idosos. Nesses pacientes, a administração do cetoprofeno pode induzir a redução no fluxo sanguíneo renal31 causada pela inibição da prostaglandina74 e levar à descompensação renal31.
Deve-se ter cautela no uso de cetoprofeno em pacientes com histórico de hipertensão48 e/ou insuficiência cardíaca congestiva49 leve a moderada, uma vez que retenção de líquidos e edema75 foram relatados após a administração de AINEs.
Assim como para os demais AINEs, deve-se ter cautela no uso de cetoprofeno em pacientes com hipertensão48 não controlada, insuficiência cardíaca congestiva49, doença cardíaca isquêmica estabelecida, doença arterial periférica e/ou doença cerebrovascular50, bem como antes de iniciar um tratamento a longo prazo em pacientes com fatores de risco para doenças cardiovasculares51 (ex. hipertensão48, hiperlipidemia52, diabetes mellitus53 e em fumantes).
Aumento do risco de fibrilação atrial foi reportado em associação com o uso de AINEs.
Pode ocorrer hiperpotassemia, especialmente em pacientes com diabetes76 de base, insuficiência renal33 e/ou tratamento concomitante com agentes que promovem a hiperpotassemia (vide “Interações Medicamentosas”). Os níveis de potássio devem ser monitorados sob estas circunstâncias.
Efeitos na habilidade de dirigir e usar máquinas
Os pacientes devem ser advertidos sobre o risco de ocorrência de sonolência, tontura77 ou convulsão78 durante o tratamento com cetoprofeno e orientados a não dirigir veículos ou operar máquinas caso estes sintomas42 ocorram.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Associações medicamentosas não recomendadas
- Outros anti-inflamatórios não esteroidais (incluindo inibidores seletivos da ciclo-oxigenase 2) e altas dosagens de salicilatos: aumento do risco de ulceração79 e sangramento gastrintestinais.
- Álcool: risco de efeitos adversos gastrintestinais, incluindo ulceração79 ou hemorragia80; pode aumentar o risco de toxicidade40 hepática38.
- Anticoagulantes44: aumento do risco de sangramento.
- Heparina;
- Antagonistas da vitamina81 K (como a varfarina);
- Inibidores da agregação plaquetária (tais como ticlopidina, clopidogrel);
- Inibidores da trombina82 (tais como dabigatrana);
- Inibidores direto do fator Xa (tais como apixabana, rivaroxabana, edoxabana). Se o tratamento concomitante não puder ser evitado, deve-se realizar cuidadoso monitoramento.
- Lítio: risco de aumento dos níveis plasmáticos de lítio, devido à diminuição da sua excreção renal31, podendo atingir níveis tóxicos. Realizar se necessário, um cuidadoso monitoramento dos níveis plasmáticos de lítio e um ajuste posológico do lítio durante e após tratamento com anti-inflamatórios não esteroidais.
- Outros medicamentos fotossensibilizantes: pode causar efeitos fotossensibilizantes adicionais.
- Metotrexato em doses maiores do que 15 mg/semana: aumento do risco de toxicidade40 hematológica do metotrexato, especialmente quando administrado em altas doses (> 15 mg/semana), possivelmente relacionado ao deslocamento do metotrexato ligado à proteína e à diminuição do seu clearance renal31.
- Colchicina: aumenta o risco de ulceração79 ou hemorragia80 gastrintestinal. A inibição da agregação plaquetária promovida por AINEs adicionada aos efeitos da colchicina nos mecanismos de coagulação83 sanguínea pode aumentar o risco de sangramento em outros locais que não seja o trato gastrintestinal.
Associações medicamentosas que requerem precauções
- Categorias terapêuticas e medicamentos que podem promover hiperpotassemia (tais como, sais de potássio, diuréticos73 poupadores de potássio, inibidores da ECA e antagonistas da angiotensina II, AINEs, heparinas (de baixo peso molecular ou não fracionada), ciclosporina, tacrolimo e trimetoprima): O risco de hiperpotassemia pode aumentar quando os medicamentos mencionados acima são administrados concomitantemente (vide “Advertências e Precauções”).
- Corticosteroides: aumento do risco de ulceração79 ou sangramento gastrintestinal (vide “Advertências e Precauções”).
- Diuréticos73: pacientes utilizando diuréticos73, particularmente os desidratados, apresentam maior risco de desenvolvimento de insuficiência renal33 devido à diminuição do fluxo sanguíneo renal31 causada pela inibição de prostaglandina74. Estes pacientes devem ser reidratados antes do início do tratamento concomitante e a função renal31 deve ser monitorada quando o tratamento for iniciado (vide “Advertência e Precauções).
- Inibidores da ECA e antagonistas da angiotensina II: em pacientes com comprometimento da função renal31 (ex. pacientes desidratados ou pacientes idosos), a coadministração de um inibidor da ECA ou de um antagonista84 da angiotensina II e de um agente que inibe a ciclo-oxigenase pode promover a deterioração da função renal31, incluindo a possibilidade de insuficiência renal33 aguda.
- Metotrexato em doses menores do que 15 mg/semana: durante as primeiras semanas de tratamento em associação, o hemograma completo deve ser monitorado uma vez por semana. Se houver qualquer alteração da função renal31 ou se o paciente é idoso, o monitoramento deve ser realizado com maior frequência.
- Pentoxifilina: aumento do risco de sangramento. É necessário realizar um monitoramento clínico e do tempo de sangramento com maior frequência.
- Tenofovir: a administração concomitante de fumarato de tenofovir disoproxil e AINEs pode aumentar o risco de insuficiência renal33.
- Nicorandil: em pacientes recebendo concomitantemente nicorandil e AINEs há um aumento no risco de complicações severas, tais como ulceração79 gastrintestinal, perfuração e hemorragia80 (vide “Advertências e Precauções”).
- Glicosídeos cardíacos: a interação farmacocinética entre o cetoprofeno e a digoxina não foi demonstrada. No entanto, recomenda-se cautela, em particular em pacientes com insuficiência renal33, uma vez que os AINEs podem reduzir a função renal31 e diminuir o clearance renal31 dos glicosídeos cardíacos.
- Ciclosporina: aumento do risco de nefrotoxicidade85.
- Tacrolimo: aumento do risco de nefrotoxicidade85.
Associações medicamentosas a serem consideradas
- Agentes anti-hipertensivos (ex: beta-bloqueadores, inibidores da enzima86 conversora de angiotensina, diuréticos73): risco de redução do efeito anti-hipertensivo por inibição das prostaglandinas24 vasodilatadoras pelos AINEs.
- Trombolíticos: aumento do risco de sangramento.
- Probenecida: a administração concomitante com probenecida pode reduzir acentuadamente o clearance plasmático do cetoprofeno.
- Inibidores seletivos da recaptação de serotonina: aumento do risco de sangramento gastrintestinal.
Alimentos
O uso concomitante com alimentos pode retardar a absorção do cetoprofeno, entretanto não foram observadas interações clinicamente significativas.
Exames de laboratório
O uso de cetoprofeno pode interferir na determinação de albumina87 urinária, sais biliares, 17-cetosteroides e 17- hidroxicorticosteroides que se baseiam na precipitação ácida ou em reação colorimétrica dos grupos carbonil.
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Cuidados de conservação
Este medicamento deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C). Proteger da luz e umidade.
Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas do produto
Este medicamento se apresenta na forma de comprimido revestido circular, amarelo-limão e liso nas duas faces.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
POSOLOGIA E MODO DE USAR
Os comprimidos devem ser ingeridos, sem mastigar, com quantidade suficiente de líquido (aproximadamente ½ a 1 copo), de preferência, durante ou após as refeições.
A dose usual é de 200 mg por dia, dividida em 2 doses. Assim que se atingir o efeito terapêutico desejado, o tratamento deve ser mantido com a menor dose eficaz possível.
Em casos severos ou se uma resposta satisfatória não pode ser obtida com doses menores, pode-se aumentar a posologia, desde que não se ultrapasse o máximo de 300 mg por dia.
Populações especiais
Crianças: a segurança e eficácia do uso de cetoprofeno comprimidos em crianças ainda não foram estabelecidas.
Pacientes com insuficiência renal33 e idosos: é aconselhável reduzir a dose inicial e manter estes pacientes com a menor dose eficaz. Um ajuste posológico individual deve ser considerado somente após se ter apurado boa tolerância individual (vide “Advertências e Precauções” e “Propriedades Farmacocinéticas”).
Pacientes com insuficiência hepática32: estes pacientes devem ser cuidadosamente monitorados e deve-se manter a menor dose eficaz diária (vide “Advertências e Precauções” e “Propriedades Farmacocinéticas”).
Não há estudos dos efeitos de cetoprofeno comprimido administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral.
Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.
REAÇÕES ADVERSAS
As reações podem ser classificadas em:
Categoria |
Frequência |
Muito comum |
≥ 10% |
Comum |
≥ 1% e < 10% |
Incomum |
≥ 0,1% e < 1% |
Raro |
≥ 0,01% e < 0,1% |
Muito raro |
< 0,01% |
Desconhecida |
Não pode ser estimada pelos dados disponíveis |
A lista a seguir de reações adversas está relacionada a eventos apresentados com o uso de cetoprofeno no tratamento de condições agudas ou crônicas:
Distúrbios no sistema sanguíneo e linfático88
- Rara: anemia89 hemorrágica36.
- Desconhecida: agranulocitose90, trombocitopenia91, aplasia medular, anemia hemolítica92, leucopenia93.
Distúrbios no sistema imune94
- Desconhecida: reações anafiláticas34, incluindo choque95.
Distúrbios psiquiátricos
- Desconhecida: depressão, alucinação96, confusão, distúrbios de humor.
Distúrbios no sistema nervoso97
- Incomum: cefaleia98, vertigem99, sonolência.
- Rara: parestesia100.
- Desconhecida: meningite asséptica101, convulsões, disgeusia, vertigem99.
Distúrbios visuais
- Rara: visão63 embaçada, tal como visão63 borrada (vide “Advertências e Precauções”).
Distúrbios auditivos e do labirinto102
- Rara: tinido.
Distúrbios cardíacos
- Desconhecida: exacerbação da insuficiência cardíaca37, fibrilação atrial.
Distúrbios vasculares103
- Desconhecida: hipertensão48, vasodilatação, vasculite104 (incluindo vasculite104 leucocitoclástica).
Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastinais
- Rara: asma105.
- Desconhecida: broncoespasmo106, principalmente em pacientes com hipersensibilidade conhecida ao ácido acetilsalicílico e/ou a outros AINEs.
Distúrbios gastrintestinais
- Comum: dispepsia16, náusea107, dor abdominal, vômito108.
- Incomum: constipação109, diarreia110, flatulência e gastrite111.
- Rara: estomatite112, úlcera péptica35.
- Desconhecida: exacerbação da colite69 e doença de Crohn70, hemorragia80 e perfuração gastrintestinais, pancreatite113.
Distúrbios hepatobiliares114
- Rara: hepatite62, aumento dos níveis das transaminases.
Distúrbios cutâneos e subcutâneos
- Incomum: erupção115 cutânea116 (rash117), prurido118.
- Desconhecida: reação de fotossensibilidade, alopecia119, urticária120, angioedema121, erupções bolhosas incluindo síndrome de Stevens-Johnson56 e necrólise epidérmica tóxica57, pustulose exantematosa aguda generalizada.
Distúrbios renais e urinários
- Desconhecida: insuficiência renal33 aguda, nefrite122 túbulo-intersticial123, síndrome nefrótica124 e anormalidade nos testes da função renal31.
Distúrbios gerais
- Incomum: edema75.
Distúrbios do metabolismo27 e nutrição125:
- Desconhecida: hiponatremia126, hiperpotassemia (vide “Advertências e Precauções” e “Interações Medicamentosas”).
Investigações
- Rara: ganho de peso.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA ou à Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
SUPERDOSE
Sintomas42
Casos de superdose foram relatados com doses de até 2,5 g de cetoprofeno. A maioria dos sintomas42 observados foram benignos e limitados à letargia127, sonolência, náusea107, vômito108 e dor epigástrica.
Tratamento
Não existe nenhum antídoto128 específico para superdose com cetoprofeno. Em caso de suspeita de superdose elevada, recomenda-se lavagem gástrica129, devendo-se instituir tratamento sintomático130 e de suporte visando compensar a desidratação131, monitorar a excreção urinária e corrigir a acidose132, se presente.
Se ocorrer insuficiência renal33, hemodiálise133 pode ser útil para remover o fármaco134 circulante.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
MS - 1.8326.0097
Farm. Resp.: Dra. Tatiana de Campos CRF-SP n° 29.482
Medley Farmacêutica Ltda.
Rua Macedo Costa, 55 – Campinas – SP
CNPJ 10.588.595/0007-97
Indústria Brasileira
SAC 0800 7298000
