Tarceva
PRODUTOS ROCHE QUÍMICOS E FARMACÊUTICOS S.A.
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Tarceva®
cloridrato de erlotinibe
Comprimidos 25 mg, 100 mg e 150 mg
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Comprimido revestido
Caixa com 30 comprimidos
VIA ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO:
Cada comprimido de Tarceva® 25 mg contém:
erlotinibe (equivalente a 27,32 mg de cloridrato de erlotinibe) | 25 mg |
excipiente q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: lactose1 monoidratada, celulose microcristalina, amidoglicolato de sódio, laurilsulfato de sódio, estearato de magnésio. Revestimento: hipromelose, hiprolose, dióxido de titânio e macrogol.
Cada comprimido de Tarceva® 100 mg contém:
erlotinibe (equivalente a 109,29 mg de cloridrato de erlotinibe) | 100 mg |
excipiente q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: lactose1 monoidratada, celulose microcristalina, amidoglicolato de sódio, laurilsulfato de sódio, estearato de magnésio. Revestimento: hipromelose, hiprolose, dióxido de titânio e macrogol.
Cada comprimido de Tarceva® 150 mg contém:
erlotinibe (equivalente a 163,93 mg de cloridrato de erlotinibe) | 150 mg |
excipiente q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: lactose1 monoidratada, celulose microcristalina, amidoglicolato de sódio, laurilsulfato de sódio, estearato de magnésio. Revestimento: hipromelose, hiprolose, dióxido de titânio e macrogol.
INFORMAÇÕES AO PACIENTE
PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?
Câncer2 de pulmão3 de não pequenas células4
Tarceva® é indicado para o tratamento de primeira linha e de manutenção de pacientes com câncer2 de pulmão3 do tipo não pequenas células4 (CPNPC), localmente avançado ou metastático, com mutações ativadoras de EGFR (receptor do fator de crescimento epidérmico).
No tratamento de manutenção, nenhum benefício clinicamente relevante foi demonstrado em pacientes com CPNPC sem mutação5 ativadora de EGFR.
Tarceva® é indicado também para o tratamento de pacientes com câncer2 de pulmão3 do tipo não pequenas células4 (CPNPC) localmente avançado ou metastático, após a falha de pelo menos um esquema quimioterápico prévio.
Câncer2 de pâncreas6
Tarceva®, em combinação com gencitabina, é indicado para o tratamento de primeira linha de pacientes com câncer2 pancreático localmente avançado, inoperável ou metastático.
Peça ao seu médico para lhe explicar melhor sobre a sua doença.
COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?
Tarceva® inibe a ação de uma enzima7 chamada tirosinoquinase presente em células4 normais e cancerosas. Na célula8 cancerosa, Tarceva® bloqueia a proliferação, podendo levá-la a morte, diminuindo, dessa forma, o tamanho do tumor9.
QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Você não deve usar Tarceva® se apresentar hipersensibilidade severa a erlotinibe ou a qualquer componente da fórmula.
O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Doença pulmonar intersticial10
Se você desenvolver quadro de novos sintomas11 pulmonares inexplicados ou progressivos, como dispneia12 (falta de ar), tosse e febre13, procure seu médico, pois o tratamento com Tarceva® deve ser interrompido e deve-se aguardar avaliação do seu médico. Se você apresentar diagnóstico14 positivo para Doença Pulmonar Intersticial10 (DPI), Tarceva® deve ser interrompido e iniciado tratamento apropriado, se necessário (vide item “8. Quais os males que este medicamento pode me causar?”).
Diarreia15, desidratação16, desequilíbrio eletrolítico e insuficiência renal17
Caso você apresente diarreia15 grave ou persistente, náusea18, anorexia19 ou vômitos20 associados à desidratação16, procure seu médico, pois a terapia com Tarceva® deve ser interrompida, e medidas apropriadas devem ser instituídas para tratar a desidratação16 (vide item “8. Quais os males que este medicamento pode me causar?”). Houve raros relatos de hipocalemia21 (diminuição do potássio no sangue22) e insuficiência renal17 secundária (incluindo óbitos). Alguns relatos de falência renal23 foram secundários à desidratação16 severa causada por diarreia15, vômito24 e / ou anorexia19, enquanto outros foram associados à quimioterapia25 concomitante. Em casos de diarreia15 grave ou persistente ou casos que levam à desidratação16, particularmente em grupos de pacientes com fatores de risco agravantes (medicamentos concomitantes, sintomas11 ou outras condições predispostas, incluindo idade avançada), a terapia com Tarceva® deve ser interrompida, e medidas apropriadas devem ser tomadas para hidratação intravenosa intensiva dos pacientes. Além do mais, a função renal23 e os eletrólitos26 séricos, incluindo potássio, devem ser monitorados em pacientes com risco de desidratação16 (vide item “8. Quais os males que este medicamento pode me causar?”).
Hepatite27 e insuficiência hepática28
Se você possui insuficiência hepática28, testes periódicos de função do fígado29 devem ser considerados. A dosagem de Tarceva® deve ser interrompida se ocorrerem mudanças graves na função hepática30 (vide item “Quais males este medicamento pode me causar?”).
A segurança e a eficácia não foram estudadas em pacientes com disfunção hepática30 severa.
Perfurações gastrintestinais
Pacientes tratados com Tarceva® podem apresentar perfurações gastrintestinais, as quais foram observadas de forma rara (incluindo alguns casos fatais).
Se você estiver recebendo concomitantemente agentes antiangiogênicos31 (medicamentos utilizados para tratar câncer2 de pulmão3), Tarceva®, corticosteroides (prednisolona), anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) e / ou quimioterapia25 baseada em taxano (paclitaxel) ou se tiver histórico prévio de úlcera péptica32 ou doença diverticular (inflamação33 do intestino), você terá mais chances de ter perfurações gastrintestinais. O tratamento com Tarceva® deve ser permanentemente descontinuado se você desenvolver perfuração gastrintestinal.
Distúrbios bolhosos e esfoliativos da pele34
Foram relatadas condições bolhosas, vesiculares ou esfoliativas da pele34, incluindo muito raramente casos sugestivos de síndrome de Stevens-Johnson35 / necrólise epidérmica tóxica36, os quais, em alguns casos, foram fatais (vide item “O que devo saber antes de usar este medicamento?”). O tratamento com Tarceva® deve ser interrompido ou descontinuado pelo seu médico se você apresentar bolhas, vesículas37 e esfoliações graves de pele34.
Distúrbios oculares
Casos muito raros de perfurações ou ulcerações38 da córnea39 foram relatados durante o uso de Tarceva®. Outros distúrbios oculares, incluindo crescimento anormal dos cílios40, ceratoconjuntivite sicca ou ceratite, foram observados no tratamento com Tarceva®, os quais também são fatores de risco para ulceração41 / perfuração da córnea39. O tratamento com Tarceva® deve ser interrompido ou descontinuado pelo seu médico se você apresentar alterações oftalmológicas graves ou agravamento de distúrbios oculares, tais como dor nos olhos42 (vide item “O que devo saber antes de usar este medicamento?”).
Populações especiais
Uso pediátrico: a segurança e a eficácia de Tarceva® não foram estudadas em pacientes com idade abaixo de 18 anos. Este medicamento não foi testado em pacientes com metástases43 cerebrais sintomáticas, e, portanto, sua eficácia é desconhecida nesse grupo de pacientes.
Insuficiência renal17: a segurança e a eficácia de Tarceva® não foram estudadas em pacientes com insuficiência renal17.
Insuficiência hepática28: a exposição a erlotinibe foi similar em pacientes com falha no funcionamento do fígado29 de grau moderado em relação aos pacientes com função normal do fígado29, incluindo pacientes com câncer2 de fígado29 primário ou metástases43 hepáticas44. A segurança e a eficácia não foram estudadas em pacientes com falha grave de funcionamento do fígado29.
Efeitos na habilidade de dirigir e usar máquinas
Erlotinibe não possui influência ou possui influência insignificante na capacidade de conduzir e utilizar máquinas.
Potencial reprodutivo feminino e masculino
Contracepção45: Pacientes do sexo feminino: você deve usar métodos contraceptivos adequados durante a terapia com Tarceva® e durante, pelo menos, duas semanas após o término.
Gravidez46 e Lactação47
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião- dentista.
Não existem estudos em gestantes que usaram Tarceva®. Estudos em animais mostraram alguma toxicidade48 reprodutiva. O potencial risco para o homem é desconhecido. Mulheres com possibilidade de engravidar devem ser alertadas para evitar a gravidez46 enquanto usam Tarceva®.
Não se sabe se Tarceva® é excretado no leite humano. Se você estiver amamentando, converse com o seu médico para ele lhe orientar quanto à interrupção do aleitamento materno49 durante o tratamento com Tarceva® e pelo menos 2 semanas após a dose final.
Interações medicamentosas
Tarceva® pode reagir com outros medicamentos que você estiver tomando, além dos que estão citados a seguir.
Informe ao seu médico se você fuma. Os fumantes devem ser aconselhados a parar de fumar, pois o cigarro reduz a quantidade de erlotinibe no seu organismo em 50–60% e pode prejudicar o efeito de Tarceva®. Os pacientes não fumantes tiveram melhores resultados com Tarceva®.
Principais interações medicamentosas: Em estudos clínicos, não houve efeito significante de gencitabina na absorção e eliminação de erlotinibe nem efeito significativo de erlotinibe na absorção e eliminação de gencitabina.
Se você estiver tomando cetoconazol (antifúngico e antimicótico) ou ciprofloxacina (antibiótico), a dose de Tarceva® pode ser reduzida pelo seu médico, uma vez que haverá redução do metabolismo50 e aumento da concentração plasmática do medicamento, gerando mais risco de toxicidade48. Caso seja observada tal toxicidade48, a dose de Tarceva® deve ser reduzida. Deve-se ter cuidado ao administrar Tarceva® com esses medicamentos.
Ao administrar rifampicina com Tarceva®, pode ser necessário aumentar gradativamente a dose de Tarceva®, com monitoramento rigoroso da segurança. A maior dose estudada nesse cenário foi de 450 mg.
Tarceva® não interfere na absorção e na eliminação de midazolam e eritromicina.
A utilização de medicamentos que diminuem a produção de ácido gástrico51 no estômago52, como omeprazol e ranitidina, deve ser evitada enquanto você estiver fazendo tratamento com Tarceva®, quando possível. Um aumento na dose de Tarceva®, quando administrado com esses agentes, parece não compensar essa perda. No entanto, quando Tarceva® foi ingerido duas horas antes ou dez horas após a ingestão desses medicamentos, essa diminuição foi menos acentuada.
Se você estiver tomando varfarina ou outros anticoagulantes53 derivados da cumarina, o seu médico deverá solicitar exames regularmente para monitorar a sua coagulação54.
A combinação de Tarceva® com uma estatina pode aumentar o potencial de miopatia55 induzida por estatina, incluindo rabdomiólise56 (lesão57 do tecido58 muscular), observada raramente.
Em estudos clínicos, não houve efeito significante de gencitabina na absorção e eliminação de erlotinibe nem efeito significativo de erlotinibe na absorção e eliminação de gencitabina.
Até o momento, não há informações de que erlotinibe possa causar doping. Em caso de dúvida, consulte o seu médico.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento. Não use medicamentos sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde59.
ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
Cuidados de conservação
Você deve conservar Tarceva® em temperatura ambiente (15–30°C).
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original. Descarte de medicamentos não utilizados e / ou com data de validade vencida
O descarte de medicamentos no meio ambiente deve ser minimizado. Os medicamentos não devem ser descartados no esgoto, e o descarte em lixo doméstico deve ser evitado. Utilize o sistema de coleta local estabelecido, se disponível.
Características físicas e organolépticas do produto
Os comprimidos revestidos de Tarceva® são biconvexos, de cor branca a amarelada.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Câncer2 de pulmão3 de não pequenas células4
A dose diária recomendada de Tarceva® é de 150 mg, por via oral, pelo menos uma hora antes ou duas horas depois da ingestão de alimentos.
Câncer2 de pâncreas6
A dose diária recomendada de Tarceva® é de 100 mg, por via oral, pelo menos uma hora antes ou duas horas depois da ingestão de alimentos, em combinação com gencitabina (vide as informações de gencitabina para a indicação de câncer2 de pâncreas6).
O uso concomitante de medicamentos que utilizam a mesma via de metabolização hepática30 de Tarceva® pode exigir ajuste da dose (vide item “Principais interações medicamentosas”). Quando for necessário ajuste da dose, recomenda-se reduzir em escalas de 50 mg (vide item “4. O que devo saber antes de usar este medicamento?”).
Fumantes: o fumo de cigarros mostrou reduzir a exposição de erlotinibe. A dose máxima tolerada para fumantes ativos com câncer2 de pulmão3 de não pequenas células4 foi de 300 mg.
A eficácia e a segurança a longo prazo da dose superior à recomendada inicialmente não foram estabelecidas para pacientes60 que continuam fumando cigarros.
Populações especiais
Uso pediátrico: a segurança e a eficácia de Tarceva® não foram estudadas em pacientes com idade abaixo de 18 anos.
Insuficiência hepática28: se você tiver insuficiência hepática28 moderada, seu médico deve ter cautela ao lhe prescrever Tarceva® e poderá reduzir a dose ou interromper o tratamento caso ocorram efeitos adversos graves, embora a exposição a erlotinibe tenha sido similar nesses pacientes. A segurança e a eficácia não foram estudadas em pacientes com insuficiência hepática28 grave.
Insuficiência renal17: a segurança e a eficácia de Tarceva® não foram estudadas em pacientes com insuficiência renal17.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.
O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Se você se esquecer de tomar uma ou mais doses de Tarceva®, contate seu médico ou farmacêutico assim que possível. Não duplique a dose para compensar a dose esquecida.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?
Experiência de estudos clínicos
A avaliação de segurança de Tarceva® é baseada nos dados de mais de 1.500 pacientes tratados com, pelo menos, uma dose de 150 mg do medicamento em monoterapia e mais de 300 pacientes que receberam Tarceva® 150 mg ou 100 mg em combinação com gencitabina.
A incidência61 de reações adversas ao medicamento (RAM) relatadas com Tarceva® isolado ou em combinação com quimioterapia25 está resumida nas tabelas a seguir e é baseada nos dados de estudos clínicos. As RAMs foram relatadas em pelo menos 10% dos pacientes (no grupo de Tarceva®) e ocorreram mais frequentemente (≥ 3%) em pacientes tratados com Tarceva® em relação ao braço comparador.
As reações adversas dos ensaios clínicos62 (Tabela 1) são listadas pela classe de órgãos do sistema MedDRA. A categoria de frequência correspondente para cada reação adversa ao medicamento é baseada na seguinte convenção:
Categoria |
Frequência |
Muito comum |
≥ 10% |
Comum |
≥ 1% e < 10% |
Incomum |
≥ 0,1% e < 1% |
Raro |
≥ 0,01% e < 0,1% |
Muito raro |
< 0,01% |
Desconhecida |
Não pode ser estimada pelos dados disponíveis |
Câncer2 de pulmão3 de não pequenas células4 – Tarceva® administrado em monoterapia
Tratamento de primeira linha de pacientes com mutações de EGFR
A segurança de Tarceva® para o tratamento de primeira linha de pacientes com CPNPC com mutações ativadoras de EGFR foi avaliada em 75 pacientes, em um estudo aberto e randomizado63 de fase III, ML 20650, conduzido com 154 pacientes. Não foi observado novos sinais64 de segurança nestes pacientes.
As reações adversas mais comuns observadas em pacientes tratados com Tarceva® no estudo ML 20650 foram erupção65 cutânea66 e diarreia15 (qualquer grau 80% e 57%, respectivamente), sendo a maioria de gravidade grau 1/2, sem necessidade de intervenção para o seu controle. Erupção65 cutânea66 e diarreia15 de grau 3 ocorreram em 9% a 4% dos pacientes, respectivamente. Nenhum evento de erupção65 cutânea66 e diarreia15 de grau 4 foi observado. Erupção65 cutânea66 e diarreia15 resultaram em descontinuação de Tarceva® em 1% dos pacientes. Alterações de dose (interrupções ou reduções) para erupção65 cutânea66 e diarreia15 foram necessárias em 11% e 7% dos pacientes, respectivamente.
Tratamento de manutenção
Em outros dois estudos duplo-cegos, randomizados, placebo67 controlados de fase III (BO18192 e BO25460), conduzidos em um total de 1532 pacientes com CPNPC avançado, recorrente ou metastático, seguindo a quimioterapia25 padrão de primeira linha baseada em platina, nenhum novo sinal68 de segurança foi identificado.
As reações adversas mais frequentes observadas em pacientes tratados com Tarceva® nos estudos BO18192 e BO25460 foram erupção65 cutânea66 ((BO18192: todos os graus 49,2%, grau 3: 6,0%; BO25460: todos os graus 39,4%, grau 3: 5,0%) e diarreia15 (BO18192: todos os graus 20,3%, grau 3: 1,8%; BO25460: todos os graus 24,2%, grau 3: 2,5%). Nenhum evento de diarreia15 e erupção65 cutânea66 grau 4 foi observado em qualquer um dos estudos. Erupção65 cutânea66 e diarreia15 resultaram em descontinuação de Tarceva® em 1% e < 1% dos pacientes, respectivamente, no estudo BO18192, enquanto nenhum paciente foi descontinuado no estudo BO25460 por erupção65 cutânea66 ou diarreia15. Modificações de dose (interrupções e reduções) para erupção65 cutânea66 e diarreia15 foram necessárias em 8,3% e 3% dos pacientes, respectivamente, no estudo BO18192 e 5,6% e 2,8% dos pacientes, respectivamente, no estudo BO25460.
Tratamento de segunda e demais linhas
As RAMs listadas na Tabela 1 são baseadas em dados de um estudo duplo-cego69, randomizado63, conduzido com 731 pacientes com CPNPC metastático ou localmente avançado após a falha de, pelo menos, um regime de quimioterapia25 prévio. Os pacientes foram randomizados na proporção 2:1 para receber Tarceva® 150 mg ou placebo67. O medicamento estudado foi administrado por via oral, uma vez ao dia, até progressão da doença ou toxicidade48 inaceitável.
As reações adversas mais frequentes foram erupção65 cutânea66 (rash70) e diarreia15 (75% e 54%, respectivamente). A maioria foi de grau 1/2 e manejada sem intervenção. Erupção65 cutânea66 e diarreia15 graus 3/4 ocorreram em 9% e 6%, respectivamente, em pacientes tratados com Tarceva®, e cada evento resultou em descontinuação de 1% dos pacientes. A redução necessária da dose para erupção65 cutânea66 e diarreia15 foi de 6% e 1% dos pacientes, respectivamente. No estudo BR.21, o tempo mediano para início da erupção65 cutânea66 foi de oito dias, e o tempo mediano para início da diarreia15 foi de 12 dias.
Cancer2 pancreático – Tarceva® administrado concomitantemente com gencitabina
As reações adversas listadas na Tabela 1 a seguir são baseadas nos dados do estudo clínico controlado no braço de erlotinibe (PA.3) com 259 pacientes com câncer2 de pâncreas6 que receberam Tarceva® 100 mg com gencitabina, em comparação com 256 pacientes no braço placebo67 mais gencitabina.
As reações adversas mais frequentes no estudo pivotal PA.3 com pacientes com câncer2 de pâncreas6 tratados com Tarceva® 100 mg mais gencitabina foram fadiga71, erupção65 cutânea66 e diarreia15. No braço Tarceva® mais gencitabina, erupção65 de grau 3 / 4 e diarreia15 foram relatadas em 5% dos pacientes. O tempo médio do início da erupção65 cutânea66 e diarreia15 foi de 10 dias e 15 dias, respectivamente. Erupção65 cutânea66 e diarreia15 resultaram em reduções de dose em 2% dos pacientes e resultou em descontinuação do estudo em até 1% dos pacientes tratados com Tarceva® mais gencitabina.
O grupo que utilizou Tarceva® 150 mg mais gencitabina (23 pacientes) foi associado à taxa maior de reações adversas de certa classe específica, incluindo erupção65 cutânea66, e necessitou de redução ou interrupção da dose em maior frequência.
Tabela 1. Reações adversas que ocorrem em 210% dos pacientes dos estudos BR.21 (tratados com Tarceva®) e PA.3 (tratados com Tarceva® e gencitabina) e reações adversas que ocorrem com mais frequência (? 3%) do que no placebo67 nos estudos BR.21 (tratado com Tarceva®) e PA.3 (tratados com Tarceva® e gencitabina)
Grau NCI-CTC |
Tarceva® (BR.21) N=485 |
Tarceva® (PA.3) N=259 |
Categoria de frequência de maior incidência61 |
||||
Todos os graus |
Grau 3 |
Grau 4 |
Todos os graus |
Grau 3 |
Grau 4 |
||
Infecções72 e infestações |
|||||||
Infecção73* |
24% |
4% |
0% |
31% |
3% |
<1% |
muito comum |
Distúrbios do metabolismo50 e da nutrição74 |
|||||||
Anorexia19 (redução ou ausência de apetite) |
52% |
8% |
1% |
-- |
-- |
-- |
muito comum |
Diminuição de peso |
-- |
-- |
-- |
39% |
2% |
0% |
muito comum |
Distúrbios oculares |
|||||||
Conjuntivite75 |
12% |
<1% |
0% |
-- |
-- |
-- |
muito comum |
Queratoconjuntivite sicca (olho76 seco) |
12 |
0 |
0 |
-- |
-- |
-- |
muito comum |
Distúrbios psiquiátricos |
|||||||
Depressão |
-- |
-- |
-- |
19 |
2 |
0 |
muito comum |
Distúrbios do sistema nervoso |
|||||||
Cefaleia77 (dor de cabeça78) |
-- |
-- |
-- |
15 |
<1 |
0 |
muito comum |
Neuropatia79 (doença no sistema nervoso80) |
-- |
-- |
-- |
13 |
1 |
<1 |
muito comum |
Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastinais |
|||||||
Dispneia12 (falta de ar) |
41 |
17 |
11 |
-- |
-- |
-- |
muito comum |
Tosse |
33 |
4 |
0 |
16 |
0 |
0 |
muito comum |
Distúrbios gastrintestinais |
|||||||
Diarreia15 |
54 |
6 |
<1 |
48 |
5 |
<1 |
muito comum |
Náusea18 |
33 |
3 |
0 |
-- |
-- |
-- |
muito comum |
Vômito24 |
23 |
2 |
<1 |
-- |
-- |
-- |
muito comum |
Estomatite81 (inflamação33 da mucosa82 oral) |
17 |
<1 |
0 |
22 |
<1 |
0 |
muito comum |
Dor abdominal |
11 |
2 |
<1 |
-- |
-- |
-- |
muito comum |
Dispepsia83 (dificuldade de digestão84) |
-- |
-- |
-- |
17 |
<1 |
0 |
muito comum |
Flatulência |
-- |
-- |
-- |
13 |
0 |
0 |
muito comum |
Pele34 e distúrbios do tecido subcutâneo85 |
|||||||
Erupção65 cutânea66 |
75 |
8 |
<1 |
69 |
5 |
0 |
muito comum |
Prurido86 (coceira na pele34) |
13 |
<1 |
0 |
-- |
-- |
-- |
muito comum |
Pele34 seca |
12 |
0 |
0 |
-- |
-- |
-- |
muito comum |
Alopecia87 (perda de cabelos e pelos) |
-- |
-- |
-- |
14 |
0 |
0 |
muito comum |
Distúrbios gerais e condições do local de administração |
|||||||
Fadiga71 |
52 |
14 |
4 |
73 |
14 |
2 |
muito comum |
Febre13 |
-- |
-- |
-- |
36 |
3 |
0 |
muito comum |
Rigidez |
-- |
-- |
-- |
12 |
0 |
0 |
muito comum |
* Infecções72 graves, com ou sem neutropenia88, incluíram pneumonia89, sepse90 e celulite91.
-- corresponde ao percentual abaixo do limiar
Informações adicionais de especial interesse das reações adversas
As seguintes reações adversas foram observadas em pacientes que receberam Tarceva® 150 mg como monoterapia ou 100 mg ou 150 mg em combinação com gencitabina.
As reações adversas muito comuns foram apresentadas na Tabelas 1, e as reações adversas por ordem de frequência são descritas a seguir:
Distúrbios gastrintestinais: Perfurações gastrintestinais, em alguns casos fatais, foram relatadas raramente em menos de 1% dos pacientes em tratamento com Tarceva® (vide item “O que devo saber antes de usar este medicamento?”). Casos de sangramento gastrintestinal foram comumente relatados (incluindo algumas fatalidades), alguns associados com a administração concomitante de varfarina e outros com o uso concomitante de anti- inflamatórios não esteroidais. Avise o seu médico se estiver utilizando essas drogas.
Distúrbios hepatobiliares92: Alterações de provas de função hepática30 (incluindo elevação de TGO, TGP e bilirrubinas93) foram comumente observadas em estudos clínicos de Tarceva®. Foram principalmente leves ou moderadas em intensidade, de natureza transitória ou associadas com a presença de metástases43 hepáticas44.
Casos raros de insuficiência hepática28 (incluindo óbitos) foram relatados durante o uso de Tarceva®. Fatores confundidores incluem desordens preexistentes do fígado29 ou medicações hepatotóxicas concomitantes (vide item “4. O que devo saber antes de usar este medicamento?”).
Distúrbios oculares: Ulcerações38 ou perfurações da córnea39 foram relatadas muito raramente em pacientes que receberam tratamento com Tarceva®. Ceratite (inflamação33 da córnea39) e conjuntivite75 foram comumente relatadas com o uso de Tarceva®. Crescimento anormal dos cílios40, cílios40 crescentes, crescimento excessivo e espessamento dos cílios40 foram relatados com frequência incomum (vide item “4. O que devo saber antes de usar este medicamento?”).
Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastinais: Houve relatos incomuns de doença pulmonar intersticial10 grave (DPI) (incluindo óbitos) em pacientes que receberam Tarceva® para tratamento de câncer2 de pulmão3 de não pequenas células4 ou outros tumores sólidos avançados (vide item “4. O que devo saber antes de usar este medicamento?”). Casos de epistaxe94 (eliminação de sangue22 pelo nariz95) foram relatados comumente em pacientes com câncer2 de pulmão3 tipo não pequenas células4 e câncer2 de pâncreas6.
Distúrbios de pele e tecido subcutâneo96: Erupção65 cutânea66 foi relatada muito comumente em pacientes que receberam Tarceva® e, em geral, manifesta- se como erupção65 cutânea66 eritematosa97 e papulopustular de intensidade leve ou moderada, o que pode ocorrer ou piorar em áreas expostas ao sol. Se você se expõe ao sol, roupa para proteger a pele34 e / ou uso de protetor solar (por exemplo, contendo minerais) é recomendável. Acne98, dermatite99 acneiforme e foliculite foram comumente observados, sendo a maior parte destes eventos leves ou moderados e não sérios. Fissuras100 na pele34, principalmente não sérias, foram comumente relatadas e, na maior parte dos casos, foram associadas com erupção65 cutânea66 e pele34 ressecada. Outras reações de pele34 leves, como hiperpigmentação, foram observadas com frequência incomum (em menos de 1% dos pacientes). Condições cutâneas101 bolhosas, vesiculares e esfoliativas foram relatadas, incluindo casos raros sugestivos de síndrome de Stevens-Johnson35 / necrólise epidérmica (separação e esfoliação da pele34 por morte celular) tóxicas, as quais, em alguns casos, foram fatais (vide item “4. O que devo saber antes de usar este medicamento?”).
Mudanças nas unhas102 e nos cabelos, em sua maior parte, não sérias, como paroníquia103 (inflamação33 ao redor da unha), foram relatadas comumente. Hirsutismo104 (crescimento excessivo de pelos), mudanças nos cílios40 / supercílios e irritação e perda das unhas102 foram incomumente relatados.
Experiência pós-comercialização
As seguintes reações adversas a medicamentos foram identificadas a partir da experiência pós-comercialização com Tarceva® com base em relatos de casos espontâneos e casos de literatura.
Tabela 2. Reações adversas observadas a partir da experiência pós-comercialização
Reações adversas |
Categoria de frequencia |
Distúrbios oculares |
|
Uveíte105 |
desconhecida |
Pele34 e distúrbios do tecido subcutâneo85 |
|
Alterações do cabelo106 e das unhas102, principalmente não sérias, por exemplo, hirsutismo104 (crescimento excessivo de pelos), mudanças de cílios40 / supercílios, paroníquia103 (infecção73 da pele34 que fica ao redor das unhas102 da mão107 ou do pé)e unhas102 quebradiças e soltas |
incomum |
Atenção: Este produto é um medicamento que possui nova indicação terapêutica108 no país e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, informe seu médico.
O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA DESTE MEDICAMENTO?
Doses orais únicas de Tarceva® de até 1.000 mg, em indivíduos saudáveis, e de até 1.600 mg, recebidas como dose única uma vez por semana, em pacientes com câncer2, foram toleradas. Doses repetidas duas vezes por dia, de 200 mg, em indivíduos saudáveis, foram mal toleradas após apenas alguns dias de administração. Com base nos dados desses estudos, reações adversas graves, como diarreia15, erupção65 cutânea66 e possivelmente elevação de transaminases hepáticas44, podem ocorrer com a dose acima da recomendada.
Se você suspeitar de superdosagem, suspenda o uso de Tarceva® e procure imediatamente o seu médico para que ele possa realizar o tratamento adequado.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou a bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
MS – 1.0100.0651
Farm. Resp.: Tatiana Tsiomis Díaz – CRF-RJ nº 6942
Fabricado na Suíça por F.Hoffmann-La Roche Ltd, Basileia ou
Fabricado para F.Hoffmann-La Roche Ltd, Basileia, Suíça por Roche S.p.A., Segrate, Itália
Embalado por F. Hoffmann-La Roche Ltd, Kaiseraugst, Suíça
Registrado, importado e distribuído no Brasil por:
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