Soro Antiescorpiônico
INSTITUTO BUTANTAN
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Soro1 Antiescorpiônico
imunoglobulina2 heteróloga contra veneno de escorpião Tityus serrulatus
Injetável 1,0 mg/mL
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Solução injetável
Cartucho com 5 frascos-ampola com 5 mL cada
Cada mL do soro1 neutraliza no mínimo 1,0 mg de veneno de Tityus serrulatus, no total de no mínimo 5,0 mg de veneno por frasco-ampola com 5 mL.
O soro1 antiescorpiônico é apresentado em frasco-ampola contendo 5 mL de solução injetável da fração F(ab`)2 de imunoglobulinas3 heterólogas específicas e purificadas, capazes de neutralizar no mínimo 1,0 mg de veneno-referência de Tityus serrulatus (soroneutralização em camundongos) por mL de soro1. O soro1 antiescorpiônico é obtido a partir do plasma4 de equinos hiperimunizados, com veneno de escorpiões Tityus serrulatus.
VIA DE ADMINISTRAÇÃO: INTRAVENOSA
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO:
Cada frasco-ampola com 5 mL contém:
fração F(ab´)2 de imunoglobulinas3 heterólogas que neutralizam, no mínimo, 5,0 mg de veneno-referência de Tityus serrulatus (soroneutralização em camundongo) | |
fenol | 17,5 mg (máximo) |
solução fisiológica5 a 0,85% q.s.p. | 5 mL |
INFORMAÇÕES AO PACIENTE
PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?
Este produto é indicado nos casos de acidentes por picadas de escorpiões do gênero Tityus (escorpião amarelo, escorpião marrom, escorpião preto e etc.).
COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?
No organismo humano, o veneno dos escorpiões do gênero Tityus (escorpião amarelo, escorpião marrom, escorpião preto e etc) causa alterações na região da picada, principalmente dor. O veneno age também no sistema nervoso autônomo6, que controla a temperatura corporal e as funções de digestão7, respiração e circulação8 sanguínea. Desta forma, o paciente pode apresentar náuseas9 e vômitos10, dor abdominal, agitação, aumento na pressão sanguínea que pode posteriormente evoluir para queda e mesmo choque11. A lesão12 cardíaca provocada pelo veneno pode dificultar o bombeamento do sangue13 pelos pulmões14, com acúmulo e dificuldade respiratória. O soro1 antiescorpiônico purificado, quando injetado no paciente picado, age neutralizando o veneno em circulação8. O resultado do tratamento com a aplicação das doses recomendadas do soro1 antiescorpiônico é mais eficiente quanto mais precocemente essas doses forem administradas. O soro1 deve ser aplicado por via intravenosa.
QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
- As contraindicações praticamente não existem, porém a aplicação do soro1 antiescorpiônico deve ser feita em condições de estrita observação médica pelo risco de reações;
- Deve-se avaliar a indicação da terapia antiveneno pela presença de manifestações sistêmicas, ou seja, não limitadas à região à picada. Mesmo em crianças, a grande maioria dos acidentes é leve e não requer o tratamento com soro1 antiescorpiônico;
- O soro1 antiescorpiônico não é contraindicado na gravidez15, mas o médico deve ser informado sobre essa condição;
- Alimentação prévia e/ou ingestão de bebidas não contraindicam o emprego do soro1 antiescorpiônico, mas é preciso cuidado maior devido ao risco de aspiração de vômitos10;
- Em casos de acidentes provocados por outros animais peçonhentos, como aranhas, serpentes ou lagartas, o soro1 antiescorpiônico não é indicado.
O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Não usar garrotes ou torniquetes.
Não fazer incisões16 no local da picada.
Não aplicar amoníaco, cáusticos, substâncias irritantes ou contaminadas no local da picada. Não ingerir líquidos tóxicos ou bebidas alcoólicas.
Manter-se em repouso.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde17. Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Procurar o serviço de saúde17 mais próximo de onde ocorreu o acidente para avaliar a necessidade de uso de soro1.
Compressas mornas na região da picada podem aliviar o quadro doloroso.
ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
O soro1 antiescorpiônico somente é encontrado em serviços de saúde17 de referência para tratamento de pacientes acidentados. Deve ser armazenado e transportado à temperatura entre +2°C a +8°C. Não deve ser colocado no congelador ou “freezer”; o congelamento é estritamente contraindicado. Uma vez aberto o frasco-ampola, o soro1 deve ser usado imediatamente.
Prazo de validade: O prazo de validade do soro1 antiescorpiônico é de 36 meses a partir da data de fabricação, desde que mantido sob refrigeração à temperatura entre +2°C a +8°C. Esse prazo é indicado na embalagem e essa condição deve ser respeitada rigorosamente.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas do produto
O soro1 antiescorpiônico é uma solução límpida a levemente opalescente e incolor a ligeiramente amarelada. Não deve ser usado se houver turvação ou presença de precipitado.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utiliza-lo.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
O soro1 antiescorpiônico deve ser aplicado por um profissional habilitado, em serviço de saúde17 e sob supervisão médica. A via de administração é a intravenosa e a dose varia de acordo com a gravidade do quadro, que é definida pela presença e intensidade das manifestações clínicas características do envenenamento por escorpiões do gênero Tityus. A aplicação do soro1 deve ser feita o mais rápido possível após o acidente.
Atenção: O soro1 antiescorpiônico é o único medicamento eficaz para o tratamento de envenenamentos moderados e graves por escorpiões do gênero Tityus. Este soro1 não é indicado em casos de acidentes provocados por outros gêneros de escorpiões. É importante que o diagnóstico18 do acidente seja feito por médico especializado, através dos sintomas19 característicos que o acidentado apresenta.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
NÃO HÁ CONTAINDICAÇÃO RELATIVA À FAIXA ETÁRIA.
O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Não se aplica.
Em caso de dúvidas procure orientação do farmacêutico ou do seu médico ou cirurgião-dentista.
QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE CAUSAR?
Reação muito comum (ocorre em 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): As reações podem ocorrer até 24 horas após a administração do antiveneno e, na maioria das vezes, são leves. Em geral, ocorrem durante ou logo após sua infusão. Costumam ter início com uma sensação de coceira pelo corpo, manchas avermelhadas na pele20, vermelhidão no rosto, congestão nasal e/ou das conjuntivas, som semelhante a um assobio agudo21 durante a respiração, tosse seca, náuseas9, vômitos10, cólicas22 abdominais e diarreia23. A interrupção da administração do antiveneno nesse momento e o tratamento da manifestação alérgica impedem a progressão do quadro alérgico. Após cessado o quadro de alergia24, a soroterapia deve ser novamente instituída até o término da aplicação da dose recomendada.
Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): A Doença do Soro1 é uma reação tardia que pode aparecer 5 a 24 dias após o tratamento com o antiveneno. Os seus principais sintomas19 são: febre25 baixa; manchas ou erupções avermelhadas na pele20 com coceiras; inchaço26 com dores nas grandes articulações27; ínguas. Se você apresentar algumas dessas manifestações, procure o seu médico para o tratamento.
Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): Durante o uso do antiveneno pode ocorrer febre25 alta (até 39ºC), acompanhada de calafrios28 e sudorese29. Nesses casos, a infusão deve ser interrompida e administrado um antitérmico30. Após a melhora, a soroterapia deve ser reinstituída. Caso haja recorrência31 do quadro, a solução que contém o soro1 deve ser desprezada e preparada nova solução.
Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento): O choque anafilático32 ou o edema33 de glote34 são raros, mas podem ocorrer durante a administração do soro1. Os sintomas19 iniciais são sensação de formigamento nos lábios, palidez, falta de ar, som semelhante a um assobio agudo21 durante a respiração, pressão baixa e desmaios. A aplicação do soro1 deve ser interrompida e o paciente deve ser submetido ao tratamento imediatamente.
Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento): Não descrita na literatura.
PREVENÇÃO DAS REAÇÕES
Informe ao médico se você já foi tratado (a) com soros heterólogos (antiofídicos, antitetânico, antidiftérico ou antirrábico). Mesmo que não haja nenhum antecedente alérgico, a reação adversa pode ocorrer e o corpo clínico estará pronto para fazer o atendimento no caso de aparecimento.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA DESTE MEDICAMENTO?
Não existem informações de casos e/ou consequências da aplicação de superdoses de soro1 antiescorpiônico.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações sobre como proceder.
DIZERES LEGAIS
USO SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
PROIBIDA VENDA AO COMÉRCIO
Número do Registro M.S.: 1.2234.0006
Farmacêutica Responsável: Dra. Alina Souza Gandufe CRF-SP nº 39.825
Registrado e Fabricado por: INSTITUTO BUTANTAN
Av. Dr. Vital Brasil, 1500, Butantã CEP: 05503-900 - São Paulo/SP
CNPJ: 61.821.344/0001-56
Indústria Brasileira
SAC 0800 701 2850