Glaub (Bula do profissional de saúde)
UNIÃO QUÍMICA FARMACÊUTICA NACIONAL S/A
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Glaub®
tartarato de brimonidina
Solução oftálmica estéril 2 mg/mL
Medicamento similar equivalente ao medicamento de referência.
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Solução oftálmica estéril
embalagem contendo frasco de 5 mL
USO OFTÁLMICO
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO:
Cada mL de Glaub® (cerca de 25 gotas) contém:
tartarato de brimonidina | 2 mg |
veículo q.s.p. | 1 mL |
Veículo: álcool polivinílico, cloreto de benzalcônio, citrato de sódio di-hidratado, ácido cítrico, cloreto de sódio, hidróxido de sódio e água para injetáveis.
Cada mL contém 25 gotas. Cada gota1 contém 0,080 mg de tartarato de brimonidina.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE2
INDICAÇÕES
Glaub é indicado no tratamento de pacientes com glaucoma3 de ângulo aberto ou hipertensão4 ocular.
RESULTADOS DE EFICÁCIA
A pressão intraocular5 (PIO) elevada é o principal fator de risco6 para a perda do campo visual7 no glaucoma3. Quanto maior a pressão intraocular5, maior a probabilidade de ocorrência de danos ao nervo óptico e de perda de campo visual7. Glaub diminui a pressão intraocular5 com efeitos mínimos sobre os parâmetros pulmonares e cardiovasculares. Em um estudo de dose-resposta de um mês em pacientes glaucomatosos ou com hipertensão4 ocular, o tartarato de brimonidina foi avaliado nas concentrações 0,08%, 0,25 e 0,5% e veículo para a redução da PIO. A média de redução da PIO a partir do valor basal a 12 horas pós-instilação no grupo de 0,2% foi de 4,0 a 5,8 mmHg (15.5% a 22.4%).1
Os efeitos cardiovasculares e pulmonares de tartarato de brimonidina 0,2% foram comparados ao timolol 0,5%, betaxolol 0,25% e ao veículo de tartarato de brimonidina 0,2% em um estudo crossover duplo-mascarado em 24 voluntários homens saudáveis.2
Nesse estudo de uma dose, não foram observados efeitos sobre a função pulmonar com tartarato de brimonidina 0,2%, suspensão de betaxolol 0,25%, timolol 0,5% ou veículo. A brimonidina, o betaxolol e o veículo não apresentaram efeitos sobre taquicardia8 por exercício, enquanto o timolol foi associado a uma supressão estatisticamente significativa de frequência cardíaca de recuperação e exercício. Os efeitos cardiovasculares de brimonidina sobre exercício foram limitados a uma ligeira redução da pressão arterial sistólica9 durante o período de recuperação.2
Quando aferida 12 horas após a dosagem em estudos controlados nucleares, a frequência cardíaca média permaneceu relativamente inalterada no valor basal com o tratamento de brimonidina. Foram observadas pequenas reduções clinicamente significativas na frequência cardíaca média em alguns dos exames diurnos.3,4,5 Da mesma forma, foram observadas reduções desprezíveis nas pressões arteriais sistólica e diastólica médias quando aferidas 12 horas após a dosagem. Essas alterações não foram associadas a sintomas10 clínicos.3,4,5
Referências Bibliograficas
- Data on file, Allergan, Inc. Derick RJ, Robin AL, et al. Brimonidine tartrate, a one-month dose response study. 1997 Ophthalmology Jan; 104(1):131-136 (Final Clinical Report A342- 110-7831.
- Nordlund JR, Pasquale LR, Robin AL, et al. The cardiovascular, pulmonary, and ocular hypotensive effects of 0.2% brimonidine. 1995 Arch Ophthalmol Jan;113(1):77-83. (Final Clinical Report A342-115-8042).
- Schuman, JS, Horowitz B, et al. A 1-year study of brimonidine twice daily in glaucoma3 and ocular hypertension. Arch Ophthalmol 1997;115:847-852 (Final Clinical Report A342-103-7831)
- Data on file, Allergan, Inc. Final report of study A342-104-7831: The long-term safety and ocular-hypotensive efficacy of brimonidine tartrate 0.2% in subjects with open-angle glaucoma3 or ocular hypertension. Dated March 1996.
- Data on file, Allergan Inc. Final Report of Study A342-119-7831. A comparison of the safety and efficacy of twice-daily vs. three-times daily administration of brimonidine 0.2% in subjects with open-angle glaucoma3 or ocular hypertension.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
O tartarato de brimonidina é um potente agonista11 adrenérgico12 seletivo alfa-2. O nome químico do tartarato de brimonidina é L-tartarato de 5-bromo-6-(2-imidazolidinildeneamino) quinoxalina. O peso molecular do sal tartarato é 442,24, sendo solúvel em água (34 mg/mL). A fórmula molecular é C11H10BrN5.C4H6O6.
Farmacodinâmica
Mecanismo de ação: A brimonidina é um agonista11 alfa-adrenérgico12. O pico do efeito hipotensivo ocular é observado duas horas após seu uso. Estudos fluorofotométricos em animais e humanos indicam que a brimonidina tem duplo mecanismo de ação, agindo através da redução da produção do humor aquoso13 e do aumento da drenagem14 pela via do fluxo uveoscleral.
Farmacocinética
A concentração plasmática máxima é atingida num período de 1 a 4 horas após a administração ocular e declina com uma meia-vida sistêmica de aproximadamente 3 horas. Em humanos, o metabolismo15 sistêmico16 da brimonidina é amplo, ocorrendo fundamentalmente no fígado17. A excreção urinária é a principal via de eliminação deste fármaco18 e seus metabólitos19. Aproximadamente 87% de uma dose oral radioativa foi eliminada no espaço de 120 horas após sua administração, sendo encontrada na urina20 74% desta dose.
CONTRAINDICAÇÕES
Glaub é contraindicado para pacientes21 com hipersensibilidade a qualquer um dos componentes da sua fórmula. É contraindicado também para pacientes21 em tratamento com medicamentos que contenham substâncias inibidoras da monoaminoxidase (IMAO22), como por exemplo certos antidepressivos (iproniazida, asocarboxazida, nialamida, fenelzina, tranilcipromina e seleginina).
Este medicamento é contraindicado para menores de 2 anos.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Embora o tartarato de brimonidina tenha apresentado efeito mínimo sobre a pressão sanguínea e frequência cardíaca em estudos clínicos, deve ser usado com cautela em pessoas com doenças cardiovasculares23 graves. Glaub também deve ser usado com cautela em pessoas com depressão, insuficiência24 cerebral ou coronária, fenômeno de Raynaud's, hipotensão25 ortostática ou tromboangeíte obliterante, entre outras. Reações de hipersensibilidade ocular tardia foram relatadas com tartarato de brimonidina, com alguns relatos associados a um aumento na pressão intraocular5.
Gravidez26 e Lactação27
Categoria de risco na gravidez26: B – Não há estudos adequados em mulheres. Em experiência em animais não foram encontrados riscos, mas foram encontrados efeitos colaterais28 que não foram confirmados nas mulheres, especialmente durante o último trimestre de gravidez26.
Não há estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas. Considerando que não foram realizados estudos controlados em mulheres durante a gestação, o tartarato de brimonidina deve ser utilizado durante a gravidez26 apenas se os potenciais benefícios para a mãe justificarem os potenciais riscos para o feto29.
Não está esclarecido se o tartarato de brimonidina é excretado no leite humano, porém estudos realizados em animais demonstram que o tartarato de brimonidina é excretado no leite. A decisão de descontinuar a amamentação30 ou de descontinuar a administração do medicamento deverá considerar a importância do medicamento para a mãe.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Populações especiais
Pacientes pediátricos: Este medicamento é contraindicado para pacientes21 pediátricos com idade inferior a 2 anos. A segurança e eficácia de tartarato de brimonidina não foram estabelecidas em crianças menores de 2 anos. Durante vigilância pós-comercialização, apneia31, bradicardia32, coma33, hipotensão25, hipotermia34, hipotonia35, letargia36, palidez, depressão respiratória, e sonolência foram reportados em neonatos37 e crianças que receberam brimonidina devido à glaucoma3 congênito38 ou por ingestão acidental. Crianças com 2 anos ou mais, especialmente aquelas com peso menor ou igual a 20 kg, devem ser tratadas com cautela e monitoradas de perto devido à alta incidência39 e severidade de sonolência.
Pacientes idosos: Não foram observadas diferenças de eficácia e segurança entre pacientes idosos e de outras faixas etárias. A Cmáx e meia-vida da brimonidina em adultos foi similar em pacientes idosos (65 anos ou mais) e de outras faixas etárias, indicando que a absorção sistêmica e eliminação não foi significantemente afetada pela idade.
Pacientes com insuficiência renal40 ou hepática41: Glaub não foi estudado em pacientes com insuficiência renal40 ou hepática41. Deve-se ter cautela no tratamento destes pacientes.
Pacientes que utilizam lentes de contato: Glaub não deve ser aplicado durante o uso de lentes de contato gelatinosas ou hidrofílicas, pois o cloreto de benzalcônio presente na fórmula pode ser absorvido pelas lentes. Por este motivo, os pacientes devem ser instruídos a retirar as lentes antes da aplicação do colírio42 e aguardar pelo menos 15 minutos para recolocá-las após a administração de Glaub.
Pacientes que fazem uso de mais de um medicamento oftálmico: Se mais de um medicamento oftálmico for utilizado, deve-se instilar os medicamentos com pelo menos um intervalo de 5 minutos entre uma instilação e outra.
Efeitos na habilidade de dirigir e operar máquinas
Assim como outros medicamentos, Glaub pode causar fadiga43 e/ou sonolência, visão44 borrada ou distúrbios visuais e pode ter potencial para uma diminuição na capacidade de alerta. O paciente deve esperar o desaparecimento destes sintomas10 antes de dirigir ou operar máquinas.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Embora estudos específicos sobre interações medicamentosas ainda não tenham sido conduzidos com tartarato de brimonidina, a possibilidade de um efeito aditivo ou potencializador com fármacos depressores do Sistema Nervoso Central45 (álcool, barbitúricos, opiáceos, sedativos ou anestésicos) deve ser considerada.
Os alfa-agonistas, como classe, podem reduzir a frequência cardíaca e a pressão arterial46. Recomenda-se cautela no seu emprego concomitante com betabloqueadores (oftálmicos e sistêmicos47), anti-hipertensivos e/ou glicosídeos cardíacos.
Os antidepressivos tricíclicos podem moderar o efeito hipotensivo da clonidina sistêmica. Não está esclarecido se o uso simultâneo deste tipo de fármaco18 com tartarato de brimonidina, pode apresentar alguma interferência sobre o efeito redutor da pressão intraocular5.
Não há dados disponíveis sobre a ação de tartarato de brimonidina, sobre o nível de catecolaminas circulantes.
Entretanto, recomenda-se cautela na sua utilização em pacientes que estejam recebendo antidepressivos tricíclicos que possam afetar o metabolismo15 e a absorção das aminas circulantes.
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Cuidados de conservação
Manter o produto em sua embalagem original e conservar em temperatura ambiente (15–30°C). O prazo de validade é de 24 meses a partir da data de fabricação (vide cartucho).
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas do produto
Líquido incolor a levemente amarelado.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
POSOLOGIA E MODO DE USAR
A dose usual é de 1 gota1 aplicada no(s) olho48(s) afetado(s), três vezes ao dia, com intervalos de aproximadamente 8 horas entre as doses.
REAÇÕES ADVERSAS
Assim como qualquer medicamento, podem ocorrer reações indesejáveis com a aplicação de Glaub.
Reação muito comum (> 1/10): dor de cabeça49, boca50 seca, fadiga43, hiperemia51 ocular, ardor52 nos olhos53, pontada nos olhos53, visão44 borrada, sensação de corpo estranho nos olhos53, foliculose na conjuntiva54, reações alérgicas oculares, prurido55 nos olhos53.
Reação comum (> 1/100 e < 1/10): tontura56, alterações do paladar57, sintomas10 no trato respiratório superior, sintomas10 gastrintestinais, astenia58, erosão da córnea59, fotofobia60, eritema61 da pálpebra, dor nos olhos53, secura dos olhos53, lacrimejamento, edema62 na pálpebra, edema62 conjuntival, blefarite63, irritação nos olhos53, clareamento da conjuntiva54, visão44 anormal, papilas conjuntivais, secreção ocular.
Reação incomum (>1/1.000 e < 1/100): palpitações64, secura no nariz65, depressão, reações alérgicas.
Pós-comercialização
Outras reações adversas relatadas após a comercialização de tartarato de brimonidina foram: irite66, iridociclite (uveíte67 anterior), miose68, conjuntivite69, prurido55 nas pálpebras70, hipersensibilidade, reações na pele71 (incluindo eritema61, edema62 facial, prurido55, rash72 e vasodilatação), palpitações64/arritmias73 (incluindo bradicardia32 ou taquicardia8), depressão, hipotensão25, síncope74.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificação de Eventos Adversos a Medicamentos – VIGIMED, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
SUPERDOSE
Em casos de overdose oftálmica, os eventos relatados foram geralmente aqueles já listados como reações adversas. Existem poucas informações relacionadas à ingestão acidental de brimonidina em adultos. O único evento adverso relatado até o momento foi hipotensão25. O tratamento para overdose oral inclui tratamento de suporte e sintomático75, mantendo-se ventilação76.
Sintomas10 de overdose de brimonidina, como apneia31, bradicardia32, coma33, hipotermia34, hipotensão25, hipotonia35, letargia36, palidez, depressão respiratória e sonolência têm sido relatados em recém-nascidos, lactentes77 e crianças que recebem tartarato de brimonidina como parte do tratamento médico para glaucoma3 congênito38 ou por ingestão acidental.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
Registro MS – 1.0497.1350
Farm. Resp.: Florentino de Jesus Krencas CRF-SP: 49136
UNIÃO QUÍMICA FARMACÊUTICA NACIONAL S/A
Rua Cel. Luiz Tenório de Brito, 90 Embu-Guaçu – SP – CEP: 06900-000
CNPJ: 60.665.981/0001-18
Indústria Brasileira
Fabricado na unidade fabril:
Av. Pref. Olavo Gomes de Oliveira, 4.550 Bairro Aeroporto
Pouso Alegre – MG – CEP: 37560-100 CNPJ 60.665.981/0005-41
Indústria Brasileira
SAC 0800 011 1559