Preço de Soro Antidiftérico em Cambridge/SP: R$ 0,00

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Soro Antidiftérico

INSTITUTO BUTANTAN

Atualizado em 28/02/2022

IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

Soro1 Antidiftérico
imunoglobulina2 heteróloga contra toxina3 diftérica
Injetável 1.000 UI/mL

FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:

Solução injetável
Cada cartucho contém 5 frascos-ampola com 10 mL de soro1 antidiftérico.

VIA DE ADMINISTRAÇÃO: INTRAVENOSA
USO ADULTO E PEDIÁTRICO

Cada mL do soro1 neutraliza no mínimo 1.000 UI de toxina3 diftérica, no total de no mínimo 10.000 UI por frasco-ampola com 10 mL.

O soro1 antidiftérico é apresentado em frasco-ampola contendo 10 mL de solução injetável da fração F(ab`)2 de imunoglobulinas4 heterólogas, específicas e purificadas, capazes de neutralizar no mínimo 10.000 UI de toxina3 produzida pelo Corynebacterium diphtheriae (soroneutralização em cobaias).

O soro1 antidiftérico é produzido a partir do plasma5 de equinos hiperimunizados com anatoxina diftérica.

COMPOSIÇÃO:

Cada frasco-ampola com 10 mL contém:

fração F(ab´)2 de imunoglobulina2 heteróloga que neutraliza, no mínimo, 10.000 UI de toxina3 diftérica (soro1 neutralização em cobaias)
fenol 35 mg (máximo)
solução fisiológica6 a 0,85% q.s.p. 10 mL

INFORMAÇÕES AO PACIENTE

PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?

Este produto é destinado ao tratamento de pacientes com difteria7. O soro1 antidiftérico é o único medicamento eficaz para a neutralização das toxinas8 produzidas pelo bacilo9 da difteria7 (Corynebacterium diphtheriae).

COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?

O soro1 antidiftérico, quando aplicado no paciente com diagnóstico10 de difteria7, age neutralizando a toxina3 produzida pelo bacilo9 da difteria7. Ao aplicar o soro1 antidiftérico, os anticorpos11 contidos no soro1 unem-se especificamente à toxina3 e dessa forma neutralizam suas ações tóxicas sobre o organismo. O resultado do tratamento com a aplicação das doses recomendadas é mais eficiente quanto mais cedo essas doses forem administradas. As injeções devem ser aplicadas por via intravenosa de acordo com a gravidade da doença.

QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?

  • As contraindicações praticamente não existem, porém a aplicação do soro1 antidiftérico deve ser feita em condições de estrita observação médica pelo risco de reações alérgicas;
  • O soro1 antidiftérico não é contraindicado na gravidez12, mas o médico deve ser informado sobre essa condição;
  • Alimentação prévia e/ou ingestão de bebidas não contraindicam o emprego do soro1 antidiftérico, mas é preciso cuidado maior devido ao risco de aspiração de vômitos13.

O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?

Este produto não deve ser utilizado sem acompanhamento médico. Pode ser perigoso à sua saúde14. Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento. Informe ao médico o aparecimento de reações indesejáveis.

ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?

O soro1 antidiftérico somente é encontrado em serviços de saúde14 de referência. Deve ser armazenado e transportado à temperatura entre +2ºC a +8°C. Não deve ser colocado no congelador ou “freezer”; o congelamento é estritamente contraindicado. Uma vez aberto o frasco-ampola, o soro1 deve ser usado imediatamente.

PRAZO DE VALIDADE:

O prazo de validade do soro1 antidiftérico é de 36 meses a partir da data de fabricação, desde que mantido sob refrigeração à temperatura entre +2ºC a +8°C. Esse prazo é indicado na embalagem e essa condição deve ser respeitada rigorosamente.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas e organolépticas do produto

O soro1 antidiftérico é uma solução límpida a levemente opalescente e incolor a ligeiramente amarelada. Não deve ser usado se houver turvação ou presença de precipitado.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utiliza-lo.

TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.

COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?

O soro1 antidiftérico está indicado em caso suspeito de difteria7. Deve ser administrado pela via intravenosa, diluído em soro1 fisiológico15, cuja dosagem depende da gravidade da forma clínica:

Forma leve (nasal, cutânea16, amigdaliana): 40.000 UI; (4 frascos-ampola)

Forma moderada (laringoamigdaliana ou mista): 60.000 a 80.000 UI; (6 a 8 frascos-ampola)

Forma grave ou tardia (4 dias de doença): 80.000 a 100.000 UI (8 a 10 frascos-ampola)

Recomendações especiais:

  • O soro1 antidiftérico é um medicamento eficaz apenas para o tratamento da difteria7;
  • Antibioticoterapia deve ser introduzida como medicação auxiliar para eliminar o C. diphtheriae e, com isso, interromper a produção da toxina3 diftérica;
  • A interrupção do tratamento somente deverá ser efetuada com a orientação médica;
  • Adultos e crianças recebem a mesma dose de soro1 para o tratamento da difteria7.

Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

NÃO HÁ CONTRAINDICAÇÃO RELATIVA A FAIXAS ETÁRIAS.

O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?

Não se aplica

Em caso de dúvidas procure orientação do farmacêutico ou do seu médico ou cirurgião-dentista.

QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE CAUSAR?

Reação muito comum (ocorre em 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): As reações podem ocorrer até 24 horas após a administração do soro1 e, na maioria das vezes, são leves. Em geral, ocorrem durante ou logo após sua infusão. Costumam ter início com uma sensação de coceira pelo corpo, manchas avermelhadas na pele17, vermelhidão no rosto, congestão nasal e/ou das conjuntivas, som semelhante a um assobio agudo18 durante a respiração, tosse seca, náuseas19, vômitos13, cólicas20 abdominais e diarreia21. A interrupção da administração do soro1 nesse momento e o tratamento da manifestação alérgica impedem a progressão do quadro alérgico. Após cessado o quadro de alergia22, a administração do soro1 deve ser novamente instituída até o término da aplicação da dose recomendada.

Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): A Doença do Soro1 é uma reação tardia que pode aparecer 5 a 24 dias após o tratamento com o soro1. Os seus principais sintomas23 são: febre24 baixa; manchas ou erupções avermelhadas na pele17 com coceiras; inchaço25 com dores nas grandes articulações26; ínguas. Se você apresentar algumas dessas manifestações, procure o seu médico para o tratamento.

Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): Durante o uso do soro1 pode ocorrer febre24 alta (até 39ºC), acompanhada de calafrios27 e sudorese28. Nesses casos, a infusão deve ser interrompida e administrado um antitérmico29. Após a melhora do quadro, a administração do soro1 deve ser reinstituída. Caso haja recorrência30 do quadro, a solução que contém o soro1 deve ser desprezada e preparada nova solução.

Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento): O choque anafilático31 ou o edema32 de glote33 são raros, mas podem ocorrer durante a administração do soro1. Os sintomas23 iniciais são sensação de formigamento nos lábios, palidez, falta de ar, som semelhante a um assobio agudo18 durante a respiração, pressão baixa e desmaios. A aplicação do soro1 deve ser interrompida e o paciente deve ser submetido ao tratamento imediatamente.

Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento): Não descrita na literatura.

Prevenção das reações

Informe ao médico se você já foi tratado (a) com soros heterólogos (antiofídicos, antitetânico, antidiftérico ou antirrábico). Mesmo que não haja nenhum antecedente alérgico, a reação adversa pode ocorrer e o corpo clínico estará pronto para fazer o atendimento no caso de aparecimento.

Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.

O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA DESTE MEDICAMENTO?

Não existem informações de casos e/ou consequências da aplicação de superdoses de soro1 antidiftérico.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações sobre como proceder.

DIZERES LEGAIS


USO SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
PROIBIDA VENDA AO COMÉRCIO
 

Número do Registro M.S.: 1.2234.0011
Farmacêutico Responsável: Dr. Lucas L. de M. e Silva CRF-SP nº 61.318

Registrado e Fabricado por:
INSTITUTO BUTANTAN
Av. Dr. Vital Brasil, 1500, Butantã
CEP: 05503-900 - São Paulo/SP
CNPJ: 61.821.344/0001-56
Indústria Brasileira


SAC 0800 701 2850

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Soro: Chama-se assim qualquer líquido de características cristalinas e incolor.
2 Imunoglobulina: Proteína do soro sanguíneo, sintetizada pelos plasmócitos provenientes dos linfócitos B como reação à entrada de uma substância estranha (antígeno) no organismo; anticorpo.
3 Toxina: Substância tóxica, especialmente uma proteína, produzida durante o metabolismo e o crescimento de certos microrganismos, animais e plantas, capaz de provocar a formação de anticorpos ou antitoxinas.
4 Imunoglobulinas: Proteína do soro sanguíneo, sintetizada pelos plasmócitos provenientes dos linfócitos B como reação à entrada de uma substância estranha (antígeno) no organismo; anticorpo.
5 Plasma: Parte que resta do SANGUE, depois que as CÉLULAS SANGÜÍNEAS são removidas por CENTRIFUGAÇÃO (sem COAGULAÇÃO SANGÜÍNEA prévia).
6 Fisiológica: Relativo à fisiologia. A fisiologia é estudo das funções e do funcionamento normal dos seres vivos, especialmente dos processos físico-químicos que ocorrem nas células, tecidos, órgãos e sistemas dos seres vivos sadios.
7 Difteria: Doença infecto-contagiosa que afeta as vias respiratórias superiores, caracterizada pela produção de uma falsa membrana na garganta como resultado da ação de uma toxina bacteriana. Este microorganismo é denominado Corinebacterium difteriae, e é capaz de produzir doença neurológica e cardíaca também.Atualmente, está disponível uma vacina eficiente (a tríplice ou DPT) para esta doença, que tem tornado-se rara.
8 Toxinas: Substâncias tóxicas, especialmente uma proteína, produzidas durante o metabolismo e o crescimento de certos microrganismos, animais e plantas, capazes de provocar a formação de anticorpos ou antitoxinas.
9 Bacilo: 1. Bactéria em forma de bastonete. 2. Designação comum às bactérias do gênero Bacillus, cujas espécies são saprófitas ou patogênicas para os seres humanos e para os mamíferos.
10 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
11 Anticorpos: Proteínas produzidas pelo organismo para se proteger de substâncias estranhas como bactérias ou vírus. As pessoas que têm diabetes tipo 1 produzem anticorpos que destroem as células beta produtoras de insulina do próprio organismo.
12 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
13 Vômitos: São a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Podem ser classificados em: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
14 Saúde: 1. Estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e o seu ambiente, o qual mantém as características estruturais e funcionais do organismo dentro dos limites normais para sua forma de vida e para a sua fase do ciclo vital. 2. Estado de boa disposição física e psíquica; bem-estar. 3. Brinde, saudação que se faz bebendo à saúde de alguém. 4. Força física; robustez, vigor, energia.
15 Fisiológico: Relativo à fisiologia. A fisiologia é estudo das funções e do funcionamento normal dos seres vivos, especialmente dos processos físico-químicos que ocorrem nas células, tecidos, órgãos e sistemas dos seres vivos sadios.
16 Cutânea: Que diz respeito à pele, à cútis.
17 Pele: Camada externa do corpo, que o protege do meio ambiente. Composta por DERME e EPIDERME.
18 Agudo: Descreve algo que acontece repentinamente e por curto período de tempo. O oposto de crônico.
19 Náuseas: Vontade de vomitar. Forma parte do mecanismo complexo do vômito e pode ser acompanhada de sudorese, sialorréia (salivação excessiva), vertigem, etc .
20 Cólicas: Dor aguda, produzida pela dilatação ou contração de uma víscera oca (intestino, vesícula biliar, ureter, etc.). Pode ser de início súbito, com exacerbações e períodos de melhora parcial ou total, nos quais o paciente pode estar sentindo-se bem ou apresentar dor leve.
21 Diarréia: Aumento do volume, freqüência ou quantidade de líquido nas evacuações.Deve ser a manifestação mais freqüente de alteração da absorção ou transporte intestinal de substâncias, alterações estas que em geral são devidas a uma infecção bacteriana ou viral, a toxinas alimentares, etc.
22 Alergia: Reação inflamatória anormal, perante substâncias (alérgenos) que habitualmente não deveriam produzi-la. Entre estas substâncias encontram-se poeiras ambientais, medicamentos, alimentos etc.
23 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
24 Febre: É a elevação da temperatura do corpo acima dos valores normais para o indivíduo. São aceitos como valores de referência indicativos de febre: temperatura axilar ou oral acima de 37,5°C e temperatura retal acima de 38°C. A febre é uma reação do corpo contra patógenos.
25 Inchaço: Inchação, edema.
26 Articulações:
27 Calafrios: 1. Conjunto de pequenas contrações da pele e dos músculos cutâneos ao longo do corpo, muitas vezes com tremores fortes e palidez, que acompanham uma sensação de frio provocada por baixa temperatura, má condição orgânica ou ainda por medo, horror, nojo, etc. 2. Sensação de frio e tremores fortes, às vezes com bater de dentes, que precedem ou acompanham acessos de febre.
28 Sudorese: Suor excessivo
29 Antitérmico: Medicamento que combate a febre. Também pode ser chamado de febrífugo, antifebril e antipirético.
30 Recorrência: 1. Retorno, repetição. 2. Em medicina, é o reaparecimento dos sintomas característicos de uma doença, após a sua completa remissão. 3. Em informática, é a repetição continuada da mesma operação ou grupo de operações. 4. Em psicologia, é a volta à memória.
31 Choque anafilático: Reação alérgica grave, caracterizada pela diminuição da pressão arterial, taquicardia e distúrbios gerais da circulação, acompanhado ou não de edema de glote. Necessita de tratamento urgente. Pode surgir por exposição aos mais diversos alérgenos.
32 Edema: 1. Inchaço causado pelo excesso de fluidos no organismo. 2. Acúmulo anormal de líquido nos tecidos do organismo, especialmente no tecido conjuntivo.
33 Glote: Aparato vocal da laringe. Consiste das cordas vocais verdadeiras (pregas vocais) e da abertura entre elas (rima da glote).

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