

Melleril (Liberação prolongada) (Bula do profissional de saúde)
BL INDÚSTRIA OTICA LTDA
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Melleril®
cloridrato de tioridazina
Comprimido de liberação prolongada 200 mg
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Comprimido de liberação prolongada
embalagem com 20 comprimidos
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO:
Cada comprimido de Melleril® liberação prolongada contém:
cloridrato de tioridazina | 200 mg |
excipiente q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: acetato de polivinila, emulsão de silicone 30%, celacefato, celulose microcristalina, álcool cetílico, estearato de magnésio, óxido de ferro amarelo e óxido de ferro vermelho, acetona e álcool etílico.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE1
INDICAÇÕES
Melleril® deve ser usado apenas em pacientes adultos com esquizofrenia2 crônica ou exacerbações agudas não responsivas ao tratamento com outros fármacos antipsicóticos, por causa de baixa efetividade ou incapacidade de alcançar uma dose eficaz devido a reações adversas intoleráveis destes medicamentos.
RESULTADOS DE EFICÁCIA
Testes de eficácia demostraram que os pacientes tratados com tioridazina obtiveram uma melhora significativa na sintomatologia ao longo do tempo enquanto o grupo tratado com haloperidol piorou ao longo do tempo.
- Thioridazine Improves Affective Symptoms in Schizophrenic Patients “ Dufresne RL, Valentino D, Kass DJ. Psychopharmacol Bull 29:249-55, 1993.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Farmacodinâmica
Grupo terapêutico: neuroléptico3.
O princípio ativo de Melleril® é a tioridazina, a qual pertence à classe das fenotiazinas.
Melleril® é um neuroléptico3 cujo perfil farmacológico básico é similar ao de outras fenotiazinas, mas seu espectro clínico mostra diferenças significativas em relação a outros agentes dessa classe. As características típicas de Melleril® são sua baixa tendência de causar efeitos extrapiramidais, efeito sedativo e ansiolítico relativamente fortes, atividade hipotensora moderada e baixa atividade antiemética. Melleril® é um neuroléptico3 eficaz no controle dos sintomas4 graves de esquizofrenia2.
Farmacocinética
Absorção: Melleril® é absorvido rápida e completamente no trato gastrointestinal. Concentrações plasmáticas máximas são obtidas 2 a 4 horas após a ingestão. A biodisponibilidade sistêmica média é de cerca de 60% e existe uma considerável variabilidade interpaciente na exposição.
Com Melleril® comprimidos de liberação prolongada, a absorção é prolongada, sendo atingidas concentrações plasmáticas máximas 2 a 4 horas mais tarde do que com as formas que não possuem de liberação prolongada.
Distribuição: A taxa de ligação a proteínas5 é elevada (superior a 95%) e o volume de distribuição relativa é de cerca de 10 l/kg. A tioridazina atravessa a placenta, e passa para o leite materno.
A tioridazina e seus principais metabólitos6 (sulforidazina e mesoridazina) atravessam a barreira hematoencefálica e podem ser detectados no fluido cérebro7-espinhal. As proporções de concentração dos dois metabólitos6, do fluido cérebro7-espinhal para o plasma8, são maiores do que aquelas do composto original, indicando que ambos contribuem significativamente para a atividade antipsicótica da droga.
Biotransformação: A tioridazina é extensivamente metabolizada no fígado9 pelo citocromo P450 2D6. Seus principais metabólitos6, mesoridazina e sulforidazina, possuem propriedades farmacodinâmicas similares àquelas do composto original. Também possui um metabólito10 com anel sulfóxido sem propriedades anti- psicótico, mas com efeitos cardiovasculares e um metabólito10 N-demetilado, com função menos clara.
Eliminação: A excreção se dá principalmente nas fezes (50%), mas também pelos rins11 (menos que 4% como droga inalterada e cerca de 30% como metabólitos6). A meia-vida de eliminação plasmática é de aproximadamente 10 horas.
Dados de segurança pré-clínicos
A tioridazina mostrou-se não teratogênica12 em estudos de embriotoxicidade em ratos e coelhos.
Em um estudo de toxicidade13 de 52 semanas em ratos e de 6 meses em cães não revelou toxicidade13 em órgão-alvo. Não se detectou potencial mutagênico para a tioridazina em uma série de estudos in vitro e in vivo. Não foram feitos estudos de fertilidade e carcinogenicidade para a tioridazina.
CONTRAINDICAÇÕES
Hipersensibilidade à tioridazina ou a outros componentes da formulação. Melleril® também é contraindicado em pacientes com história de reações de hipersensibilidade, tais como fotossensibilidade grave ou hipersensibilidade a outras fenotiazinas, em estados comatosos ou depressão acentuada do sistema nervoso central14, em história de condições hematológicas sérias (por exemplo, depressão da medula óssea15) e doenças cardiovasculares16 graves, especialmente arritmias17 clinicamente relevantes e síndrome18 congênita19 de QT prolongado.
Medicação concomitante com fármacos que prolongam o intervalo QT.
Medicação concomitante com inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRSs) ou outros fármacos metabolizados pela isoenzima citocromo P450 2D6 (ver Interações medicamentosas).
Melleril® deve ser usado durante a gravidez20 somente se os benefícios para a mãe suplantarem os possíveis riscos para o feto21. Informe o seu médico sobre a ocorrência de gravidez20 na vigência do tratamento ou após o seu término. Mães que utilizam Melleril® não devem amamentar (Categoria C).
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Advertências
Sintomas4 extrapiramidais: Uma variedade de síndromes neurológicas, em particular envolvendo o sistema extrapiramidal, ocorrem após o uso de v árias drogas antipsicóticas: distonia22 aguda, acatisia23, parkinsonismo e discinesia tardia24. Apesar do risco com a tioridazina ser relativamente baixo e virtualmente ausente em doses baixas, podem ocorrer sintomas4 extrapiramidais, especialmente, com altas doses de Melleril®.
Discinesia tardia24: Existem relatos raros de discinesia tardia24 em pacientes que estejam recebendo tioridazina. Apesar de nenhuma associação clara entre o desenvolvimento desta síndrome18 e a duração do tratamento com droga antipsicótica ter sido mostrada, a descontinuação ou redução à dose mínima efetiva deve ser considerada e m pacientes que desenvolvam sinais25 e sintomas4 de discinesia tardia24 durante terapia com Melleril®. Tais sintomas4 podem gradualmente piorar ou até mesmo ocorrer após a descontinuação do tratamento.
Síndrome18 neuroléptica maligna (SNM): Esta síndrome18 foi relatada em casos muito raros em associação com tioridazina. Esta síndrome18 é uma doença potencialmente fatal caracterizada por rigidez muscular, hipertermia, alteração de consciência e disfunção autonômica (pulso ou pressão irregulares, taquicardia26, diaforese27 e arritmias17 cardíacas). Sinais25 adicionais podem incluir creatinina28 fosfoquinase elevada, mioglobinúria (rabdomiólise29) e insuficiência renal30 aguda. Nos casos em que a SNM se desenvolve e em pacientes com febre31 alta inexplicável, sem manifestações clínicas adicionais de SNM, Melleril® deve ser descontinuado.
Se um paciente necessita de tratamento com drogas antipsicóticas após recuperação de SNM, a reintrodução da terapia deve ser cuidadosamente considerada, uma vez que recorrências32 de SNM foram relatadas.
Limiar convulsivo: Muitas drogas neurolépticas, incluindo a tioridazina, podem diminuir o limiar convulsivo e induzir padrões de descarga no EEG que são associados a distúrbios epilépticos. Melleril®, entretanto, mostrou ser útil no tratamento de distúrbios de comportamento em pacientes epilépticos. Em tais casos, a medicação anticonvulsivante deve ser mantida, a dosagem de antipsicóticos deve ser aumentada gradativamente e a possibilidade de interações e ajustes da dose de antiepiléptico deve ser considerada (ver Interações medicamentosas).
Doença Cardiovascular: É aconselhável cautela em pacientes com história de doença cardiovascular, especialmente em idosos e naqueles com insuficiência cardíaca congestiva33, distúrbios de condução, arritmias17, síndrome18 congênita19 do QT prolongado ou instabilidade circulatória (ver Contraindicações). Antes de se iniciar o tratamento com Melleril®, deve ser feito ECG a fim de se excluir pacientes com doença cardiovascular relevante pré-existente (ver Contraindicações). Assim, aumentos no intervalo QT, parada cardíaca, arritmias17 cardíacas e muito raramente arritmia34 torsade de pointes foram relatadas em associação com tioridazina; casos isolados foram fatais. Essas alterações são usualmente confinadas a altas doses e são mais prováveis de ocorrerem quando os níveis sanguíneos de potássio estão baixos. Relatos ocasionais implicaram a terapia com fenotiazina em alguns casos de morte súbita. Apesar da retrospectiva de tais casos ser difícil de interpretar, casos isolados de morte súbita em indivíduos jovens aparentemente saudáveis podem ser diretamente atribuíveis a arritmias17 cardíacas seguidas de tratamento com tioridazina.
Precauções
Recomenda-se precaução em pacientes com glaucoma35 de ângulo estreito, hipertrofia36 prostática ou doença cardiovascular (doença cardiovascular grave é contraindicação).
Propriedades anticolinérgicas: em virtude de suas propriedades anticolinérgicas, Melleril® deve ser utilizado com cautela em pacientes com histórico de glaucoma35 de ângulo estreito, aumento de pressão intraocular37, retenção urinária38 (como na hipertrofia36 prostática) e constipação39 crônica.
Disfunções hepáticas40: em pacientes com doença hepática41 é necessário o monitoramento regular da função hepática41. Discrasias sanguíneas: embora a incidência42 de leucopenia43 e/ou agranulocitose44 com Melleril® seja baixa, como com qualquer outro fenotiazínico, deve-se realizar hemogramas regularmente durante os primeiros meses de tratamento e imediatamente, se ocorrerem sinais25 clínicos sugestivos de discrasia sanguínea.
Pressão arterial45: hipotensão46 ortostática é frequentemente observada em pacientes aos quais é administrada a tioridazina. Ao iniciar o tratamento com Melleril®, aconselha-se checar a pressão arterial45, especialmente em idosos e pacientes com hipotensão46 postural ou com circulação47 lábil.
Álcool: como o álcool pode potencializar o risco de reações hepatotóxicas, hipertermia, acatisia23, distonia22 ou outros transtornos do SNC48, o seu consumo durante a terapia com tioridazina deve ser evitado.
Tolerância: tolerância aos efeitos sedativos das fenotiazinas e tolerância cruzada entre fármacos antipsicóticos foram relatadas. A tolerância pode também ser a responsável pelo aparecimento de sintomas4 causados pela retirada do fármaco49 (ver Posologia e Modo de Usar).
Gravidez20 e Lactação50
Não existem estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas. Estudos de embriotoxicidade em animais falharam em mostrar um efeito teratogênico51 de Melleril®. A droga deve ser usada durante a gravidez20 somente se os benefícios para a mãe suplantarem os possíveis riscos para o feto21. A tioridazina atravessa a placenta e passa para o leite materno, possivelmente causando sonolência e um aumento no risco de distonia22 e discinesia tardia24 na criança. O uso de Melleril® durante a lactação50 deve, portanto, ser evitado. Durante a gravidez20, Melleril® somente deve ser prescrito em circunstâncias imperativas.
Mães tratadas com Melleril® não devem amamentar.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista. Categoria C – Não há estudos adequados em mulheres. Em experiências animais ocorreram alguns efeitos colaterais52 no feto21, mas o benefício do produto pode justificar o risco potencial durante a gravidez20.
Efeitos na habilidade de dirigir e operar máquinas
Pacientes que estejam recebendo Melleril® devem ser avisados de que visão53 borrada, sonolência e outros sintomas4 do SNC48 podem ocorrer. Melleril® pode prejudicar a capacidade de dirigir veículos e/ou operar máquinas.
Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e atenção podem estar prejudicadas.
Os pacientes devem ser alertados de que o álcool ou outros medicamentos podem potencializar estes efeitos.
Populações especiais
Pacientes idosos: Foi relatado que o risco de fraturas de quadril está aumentado em pacientes idosos recebendo antipsicóticos, sugerindo que a sedação54 induzida por antipsicóticos ou a hipotensão46 ortostática pode aumentar o risco de quedas neste grupo de pacientes.
Existem algumas evidências de que o uso de antipsicóticos para o controle de complicações comportamentais da demência55 pode aumentar o índice de declínio cognitivo56. Há relatos de que pacientes idosos com demência55, especialmente demência55 de Lewy-body, são altamente suscetíveis aos efeitos colaterais52 extrapiramidais das drogas antipsicóticas, e a reação pode ser extremamente grave, em alguns casos fatal. Caso haja necessidade do uso dessas drogas em pacientes idosos com demência55, doses muito baixas devem ser administradas e cuidado especial deve ser dedicado em caso de suspeita de demência55 tipo Lewy-body, uma vez que pode ocorrer súbita deterioração com risco de vida. Preparações do tipo depot não devem ser usadas neste grupo de pacientes.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Depressores do SNC48: os fenotiazínicos podem acentuar os efeitos depressores de álcool e outras substâncias depressoras tais como benzodiazepinas, maprotilina ou anestésicos gerais, sedativos e anti-histamínicos, os efeitos antimuscarínicos de anticolinérgicos e os efeitos inibidores cardíacos da quinidina.
Agentes antiparkinsonianos: os efeitos da levodopa e de Melleril® podem ser inibidos quando essas drogas são utilizadas concomitantemente.
Antiepilépticos: os fenotiazínicos, incluindo a tioridazina, podem reduzir o limiar convulsivo em pacientes epilépticos. Os níveis séricos de fenitoína podem estar elevados ou diminuídos pelo uso da tioridazina e pode ser necessário o ajuste da posologia. O uso concomitante com carbamazepina parece não ter efeito no nível sérico da tioridazina ou carbamazepina.
Vasoconstritores adrenérgicos57: devido à sua ação adrenolítica, os fenotiazínicos podem reduzir o efeito pressor de vasoconstritores adrenérgicos57 (por exemplo, efedrina e fenilefrina).
Inibidores da MAO58: o uso simultâneo de inibidores da MAO58 pode prolongar e intensificar os efeitos sedativos e antimuscarínicos dos fenotiazínicos ou dos inibidores da MAO58.
Lítio: complicações neurotóxicas graves, efeitos extrapiramidais e episódios de sonambulismo foram descritos em pacientes tratados concomitantemente com lítio e fenotiazinas, incluindo tioridazina. O uso concomitante de lítio pode agravar os sintomas4 extrapiramidais e a neurotoxicidade causada por neurolépticos59. O efeito antiemético60 dos fenotiazínicos pode mascarar os primeiros sinais25 de toxicidade13 do lítio.
Anti-hipertensivos e betabloqueadores: como resultado da inibição do metabolismo61, o uso simultâneo de betabloqueadores pode aumentar os níveis plasmáticos de cada medicação, possivelmente resultando em hipotensão46 grave, arritmias17 cardíacas ou efeitos colaterais52 no SNC48 (ver também abaixo Metabolismo61 do citocromo P450 2D6).
Antiácidos62 e antidiarreicos: essas drogas podem reduzir a absorção gastrointestinal de fenotiazínicos administrados oralmente.
Quinidina: administração concomitante com tioridazina pode levar à uma depressão miocárdica aditiva.
Anti-arrítmicos / Prolongamento do intervalo QT: uma vez que as fenotiazinas, incluindo Melleril®, podem induzir alterações no ECG tais como prolongamento do intervalo QT, a co-medicação com outros fármacos que prolongam o intervalo QT é contraindicada (ver Contraindicações).
Diuréticos63 tiazídicos: o uso concomitante de fenotiazinas e diuréticos63 tiazídicos pode resultar em hipotensão46 grave e a hipocalemia64 diurética-induzida pode potencializar a cardiotoxicidade tioridazina-induzida.
Antidiabéticos: fenotiazinas afetam o metabolismo61 de carboidratos e, portanto, podem interferir no controle de pacientes diabéticos.
Agentes anticolinérgicos: o uso concomitante com fenotiazinas pode exacerbar efeitos colaterais52 anticolinérgicos, incluindo psicoses atropinalike, constipação39 grave, íleo adinâmico65 e efeitos hiperpiréticos potencialmente levando à hipertermia. O monitoramento e ajuste de dose são então necessários quando Melleril® é administrado concomitantemente com fármacos como anti-histamínicos, antidepressivos tricíclicos ou compostos semelhantes à atropina.
Metabolismo61 do citocromo P450 2D6: tioridazina é metabolizada pelo citocromo P450 2D6 e ela mesma é um inibidor dessa via. Os efeitos da tioridazina podem, portanto, ser aumentados e prolongados por drogas que inibam esta isoforma de P450 tais como cimetidina, fluoxetina, paroxetina, outros ISRSs e moclobemida. A administração concomitante desses fármacos está contra-indicada (ver Contra-indicações).
Antidepressivos tricíclicos: a co-medicação com fármacos metabolizados pela isoenzima P450 2D6 é contra-indicada (ver Contraindicações). A co-medicação resulta em níveis plasmáticos aumentados de antidepressivos tricíclicos e/ou fenotiazinas. Como resultado, foram relatadas arritmias17 cardíacas em pacientes que estavam recebendo tioridazina e antidepressivos tricíclicos concomitantemente.
Antipsicóticos: a co-medicação com fármacos metabolizados pela isoenzima P450 2D6 é contraindicada (ver Contraindicações).
Barbitúricos: o uso concomitante com fenotiazinas pode resultar em níveis séricos reduzidos de ambas as drogas e uma resposta aumentada se uma das drogas é retirada.
Anticoagulantes66: a co-medicação com fenotiazinas pode causar um elevado efeito hipoprotrombinêmico, presumivelmente devido à competição enzimática, necessitando de uma cuidadosa monitorização da protrombina67 plasmática.
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Cuidados de conservação
Conservar em temperatura ambiente (15–30°C).
Melleril® liberação prolongada possui 24 meses de validade a partir de sua data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas do produto
Comprimido redondo, biplano, com manchas amarelas e vermelhas com pontos brancos.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
POSOLOGIA E MODO DE USAR
Antes de se iniciar o tratamento com Melleril®, deve ser realizado ECG para excluir pacientes com doença cardiovascular relevante pré-existente (ver Contraindicações).
A posologia e o horário de tomada do medicamento devem ser ajustados individualmente, de acordo com a natureza e a gravidade dos sintomas4. Recomenda-se iniciar com doses baixas e aumentá-las gradativamente até que se atinja o nível plenamente eficaz. Melleril® comprimidos de liberação prolongada não devem ser mastigados.
Esquizofrenia2 e exacerbações agudas
- Exacerbações agudas em pacientes psicóticos adultos: 100 a 600 mg/dia até um máximo de 800 mg/dia.
- Esquizofrenia2 crônica: 100 a 600 mg/dia em pacientes hospitalizados e 50 a 300 mg/dia em pacientes ambulatoriais.
Em pacientes que apresentam sobrepeso68, insuficiência renal30 ou hepática41 recomenda-se uma dose inicial particularmente baixa seguida por pequenos aumentos.
Geralmente são necessárias duas a três semanas ou mais para demonstrar efeitos positivos inequivocados em pacientes esquizofrênicos hospitalizados. O benefício máximo pode requerer seis semanas a seis meses para se desenvolver em pacientes psicóticos crônicos. Em contraste, a melhora de pacientes psicóticos agudos pode ser observada em 24 a 48 horas. A dosagem ótima de medicamentos antipsicóticos algumas vezes é difícil de ser determinada e pode ser necessário um esquema terapêutico flexível com ajustes de doses. Isto também pode ajudar a reduzir a incidência42 de efeitos colaterais52.
Quando a terapêutica69 a longo prazo é descontinuada, uma redução gradual da dosagem durante várias semanas é recomendada, uma vez que a retirada abrupta de medicamentos neurolépticos59 pode causar, em alguns pacientes recebendo altas doses ou tratamento de longa duração, sintomas4 como náusea70, vômito71, distúrbios gástricos, tremores, tonturas72, ansiedade, agitação e insônia assim como sinais25 discinéticos transitórios. Isso pode predizer incorretamente o início de um episódio depressivo ou psicótico.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
REAÇÕES ADVERSAS
Como com outras fenotiazinas, os efeitos colaterais52 de Melleril® são dose-dependentes e normalmente representam efeitos farmacológicos exagerados. As reações adversas são leves e transitórias dentro da faixa de dosagem recomendada. As reações adversas mais graves foram observadas principalmente com doses elevadas; em doses menores, as frequências são muito baixas e efeitos adversos como sintomas4 extrapiramidais e desordens sanguíneas são muito raros.
Reação muito comum (> 1/10): sedação54 e sonolência.
Reação comum (> 1/100 e < 1/10): tontura73, boca74 seca, visão53 borrada, distúrbios de acomodação visual, congestão nasal, hipotensão46 ortostática e galactorreia75.
Reação incomum (> 1/1.000 e < 1/100): confusão, agitação, alucinação76, irritabilidade, dor de cabeça77, náuseas78, vômitos79, diarreia80, constipação39, perda de apetite, retenção ou incontinência urinária81, alterações no ECG tais como prolongamento do intervalo QT, taquicardia26, amenorreia82, irregularidades menstruais, alteração de peso, distúrbios de ereção83, inibição da ejaculação84 e anormalidade das enzimas hepáticas85.
Reação rara (> 1/10.000 e < 1/1.000): pseudo-parkinsonismo, convulsões, sintomas4 extrapiramidais (tremor, rigidez muscular, acatisia23, discinesia, distonia22), hipercinesia86, discinesia tardia24, palidez e tremor, arritmias17, priapismo87, leucopenia43, agranulocitose44, trombocitopenia88, hepatite89, dermatite90, erupções cutâneas91, urticária92, erupções alérgicas, fotossensibilidade, inchaço93 da parótida94, hipertermia, depressão respiratória. Raros casos de retinopatia pigmentar após tratamento prolongado, principalmente com doses superiores à dose máxima recomendada de 800 mg por dia.
Reação muito rara (< 1/10.000): depressão, insônia, pesadelos, reações psicóticas, síndrome18 neuroléptica maligna, íleo paralítico95, torsade de pointes e parada cardíaca, ambos podendo resultar em morte súbita, inchaço93 das mamas96, edema97 periférico, anemia98 e leucocitose99.
Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.
SUPERDOSE
Em caso de superdosagem aguda com Melleril® 200 mg comprimidos de liberação prolongada, use uma sonda gástrica com o maior diâmetro possível.
Sintomas4: boca74 seca, náusea70, vômito71, íleo paralítico95, congestão nasal, retenção urinária38, visão53 borrada, rabdomiólise29, sedação54, confusão, agitação, sonolência, desorientação, efeitos extrapiramidais, hipercinesia86, hipertermia, convulsões, coma100, torsade de pointes, parada cardíaca, taquicardia26, arritmia34, hipotensão46, colapso101 e morte. Depressão respiratória, parada respiratória e edema pulmonar102.
Tratamento: lavagem gástrica103 seguida de administração de carvão ativado. A indução de êmese104 deve ser evitada devido ao risco de reações distônicas e o otencial de aspirar o vômito71. Cuidados gerais e monitorização de possíveis efeitos sobre os sistemas cardiovascular, respiratório e nervoso central.
O tratamento para a hipotensão46 pode exigir fluidos intravenosos e vasopressores. As potentes propriedades bloqueadoras alfa- adrenérgicas da fenotiazina tornam o uso de vasopressores com propriedades mistas de agonistas alfa e beta-adrenérgicos57, incluindo adrenalina105 e dopamina106, inapropriado, podendo resultar em vasodilatação paradoxal107 e hipotensão46.
Em caso de convulsões, os barbitúricos devem ser evitados, uma vez que eles podem potencializar a depressão respiratória induzida pela fenotiazina.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações. E notifique a empresa através do seu serviço de atendimento.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA
M.S. 1.1961.0024
Resp. Técnica: Dra. Andréia Marini - CRF-SP nº 46.444
Registrado por:
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Rua Dona Alzira, 139 - Porto Alegre - RS
CNPJ 27.011.022/0001-03
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Fabricado por:
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