

ácido Ursodesoxicólico
EMS S/A
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
ácido ursodesoxicólico
"Medicamento Genérico, Lei nº. 9.787, de 1999"
APRESENTAÇÕES
Comprimidos 50 mg. Embalagem com 20, 30, 60, 90, 100* e 200* comprimidos.
Comprimidos 150 mg. Embalagem com 20, 30, 60, 90, 100* e 200* comprimidos.
Comprimidos 300 mg. Embalagem com 20, 30, 60, 90, 100* e 200* comprimidos.
*Embalagem hospitalar
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido de 50 mg contém:
ácido ursodesoxicólico | 50 mg |
excipiente* q.s.p | 1 com |
Cada comprimido de 150 mg contém:
ácido ursodesoxicólico | 150 mg |
excipiente* q.s.p | 1 com |
Cada comprimido de 300 mg contém:
ácido ursodesoxicólico | 300 mg |
excipiente* q.s.p | 1 com |
INFORMAÇÕES AO PACIENTE
PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?
Este medicamento é indicado para doenças hepatobiliares2 (doenças do fígado3 e vias biliares4) e colestáticas crônicas nas seguintes situações:
- Dissolução dos cálculos biliares formados por colesterol5 em pacientes que apresentam colelitíase6 ou coledocolitíase sem colangite ou colecistite7 por cálculos não radiopacos com diâmetro inferior a 1,5 cm, que recusaram a intervenção cirúrgica ou apresentam contraindicações para a mesma, ou que apresentam supersaturação biliar de colesterol5 na análise da bile8 colhida por cateterismo9 duodenal;
- Tratamento da forma sintomática10 da cirrose11 biliar primária;
- Litíase12 residual do colédoco (pedra residual no canal da vesícula biliar13) ou síndrome14 pós-colecistectomia (formação de novas pedras após cirurgia das vias biliares4);
- Dispepsia15 (sintomas16 como dor abdominal, azia17 e sensação de estômago18 cheio) na vigência de colelitíase6 ou pós-colecistectomia (doenças da vesícula biliar13, com ou sem cálculos e, pós-operatório de cirurgia da vesícula biliar13);
- Discinesias (alterações do funcionamento) de conduto cístico ou da vesícula biliar13 e síndromes associadas;
- Hipercolesterolemia19 e hipertrigliceridemia (alterações lipêmicas por aumento do colesterol5 e/ou triglicérides20); -
- Terapêutica21 coadjuvante22 da litotripsia extracorpórea (dissolução de cálculos biliares por ondas de choque23) para a dissolução dos cálculos biliares formados por colesterol5 em pacientes que apresentam colelitíase6;
- Alterações qualitativas e quantitativas da bile8 (colestases). Inclusive profilaxia dos cálculos biliares após cirurgia bariátrica24 ou rápida perda ponderal25 (devido a supersaturação do colesterol5).
COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?
O princípio ativo ácido ursodesoxicólico é um ácido biliar fisiologicamente presente na bile8 humana, embora em quantidade limitada. O ácido ursodesoxicólico inibe a síntese hepática26 do colesterol5 e estimula a síntese de ácidos biliares, restabelecendo desta forma o equilíbrio entre eles. O ácido ursodesoxicólico aumenta a capacidade da bile8 em solubilizar o colesterol5, transformando a bile8 litogênica em uma bile8 não litogênica (que solubiliza o colesterol5), prevenindo a formação e favorecendo a dissolução gradativa dos cálculos. A dissolução dos cálculos já formados processa-se através da passagem do colesterol5 do estado cristalino27 sólido ao de cristais líquidos. Além disso, o ácido ursodesoxicólico substitui os ácidos biliares hidrofóbicos (tóxicos) por ácidos biliares hidrofílicos (menos tóxicos) nos processos colestáticos.
QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
O ácido ursodesoxicólico não deve ser utilizado em casos de:
- Alergia28 a ácido ursodesoxicólico e/ou a qualquer um dos componentes da formulação;
- Úlcera péptica29 (gástrica ou duodenal) em fase ativa;
- Doença intestinal inflamatória e outras condições do intestino delgado30, cólon31 e fígado3, que possam interferir com a circulação32 entero-hepática26 dos sais biliares (ressecção ileal e estoma33, colestase34 intra e extra-hepática26, doença hepática26 severa);
- Cólicas35 biliares frequentes;
- Inflamação36 aguda da vesícula biliar13 ou trato biliar37;
- Oclusão do trato biliar37 (oclusão do ducto biliar comum ou um ducto cístico);
- Contratilidade comprometida da vesícula biliar13;
- Cálculos biliares calcificados radiopacos.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Durante os primeiros 3 meses de tratamento, os parâmetros de função hepática26 AST (TGO), ALT (TGP) e gama GT devem ser monitorados pelo médico a cada 4 semanas e depois a cada 3 meses. Este monitoramento, além de identificar os pacientes respondedores e não respondedores que estão em tratamento, também permitirá a detecção precoce de uma potencial deterioração hepática26, particularmente em pacientes com estágio avançado de cirrose11 biliar primária.
Quando usado na dissolução de cálculos biliares de colesterol5:
Um pré-requisito para iniciar o tratamento que visa dissolver cálculos vesiculares com o ácido ursodesoxicólico é a sua origem no colesterol5. Um indicador confiável é a sua radiotransparência (transparência aos raios-X).
Os cálculos biliares com grande probabilidade de dissolução são os de pequenas dimensões, presentes numa vesícula biliar13 funcionante.
Em pacientes sob tratamento de dissolução de cálculos biliares, é adequado verificar a eficácia da droga por meio de colecistografia38 ou exames ecográficos a cada 6 meses.
Se não for possível visualizar a vesícula biliar13 em exames de raio-X, em casos de cálculos biliares calcificados, comprometimento da contratilidade da vesícula biliar13, ou episódios frequentes de cólica biliar, o ácido ursodesoxicólico não deve ser utilizado.
Pacientes femininas fazendo uso do ácido ursodesoxicólico para dissolução de cálculos devem utilizar métodos contraceptivos não-hormonais efetivos, visto que métodos contraceptivos hormonais podem aumentar a litíase12 biliar. No tratamento de cirrose11 biliar primária em estágio avançado casos muito raros de descompensação de cirrose11 hepática26 regrediram parcialmente após a descontinuidade do tratamento. Em pacientes com cirrose11 biliar primária, em raros casos os sintomas16 clínicos podem piorar no início do tratamento, por exemplo, a coceira pode aumentar. Neste caso a dose do ácido ursodesoxicólico deve ser reduzida e gradualmente elevada novamente.
A dose deve ser reduzida em caso de diarreia39 e se persistir a terapia deve ser descontinuada.
Pacientes com raros problemas hereditários de intolerância a galactose40, deficiência de Lapp lactase, ou má absorção de glicose41 galactose40, não devem tomar este medicamento.
Ácido ursodesoxicólico não tem influência sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas.
Uso em idosos
Devem-se seguir as orientações gerais descritas para o medicamento, salvo em situações especiais.
Gravidez42 e lactação43
Estudos em animais não demonstraram influências no uso de ácido ursodesoxicólico na fertilidade. Dados humanos quanto aos efeitos na fertilidade durante o tratamento com ácido ursodesoxicólico não estão disponíveis. Não há dados quanto ao uso de ácido ursodesoxicólico, particularmente em mulheres grávidas. Experimentos com animais demonstraram toxicidade44 reprodutiva durante os estágios iniciais da gravidez42.
Por motivos de segurança, não devem ser tratadas mulheres grávidas a não ser que seja claramente necessário com ácido ursodesoxicólico.
Mulheres em idade fértil só devem ser tratadas se estiverem usando métodos contraceptivos não-hormonais ou anticoncepcionais orais com baixo teor de estrógenos. Contudo pacientes fazendo uso do ácido ursodesoxicólico para dissolução de cálculos devem utilizar métodos contraceptivos não-hormonais efetivos, visto que métodos contraceptivos hormonais orais podem aumentar a litíase12 biliar. Uma gravidez42 em curso deve ser descartada, antes de iniciar o tratamento.
De acordo com os poucos casos documentados de mulheres que estejam amamentando, os níveis de ácido ursodesoxicólico no leite são muito baixos e provavelmente não haverá reações adversas nas crianças que estão recebendo leite materno.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Este medicamento contém LACTOSE1.
Interações medicamentosas
O ácido ursodesoxicólico não deve ser usado com drogas que inibem a absorção intestinal de ácidos biliares, como a colestiramina, colestipol ou antiácidos45 à base de alumínio. Se o uso destas substâncias for necessário devem ser tomadas ao menos 2 horas antes ou após o ácido ursodesoxicólico.
Estrogênios, contraceptivos orais e agentes redutores de lipídios (como o clofibrato) aumentam a secreção hepática26 de colesterol5, o que pode causar a formação de cálculos de colesterol5 e, portanto, podem ser prejudiciais no que se refere à ação do ácido ursodesoxicólico no tratamento de cálculos biliares.
O ácido ursodesoxicólico pode afetar a absorção da ciclosporina pelos intestinos46, podendo desta forma ser necessário ajustar a dose com base nos níveis de ciclosporina. Em casos isolados o ácido ursodesoxicólico pode reduzir a absorção de ciprofloxacino. Em um estudo clínico realizado em voluntários saudáveis utilizando ácido ursodesoxicólico (500 mg/dia) e rosuvastatina (20 mg/dia) concomitantemente, resultou em uma leve elevação nos níveis de plasma47 da rosuvastatina. A relevância clínica desta interação também no que diz respeito a outras estatinas é desconhecida.
O ácido ursodesoxicólico tem demonstrado redução nos picos de concentração plasmática (Cmáx) e na área sob a curva (AUC48) de um antagonista49 de cálcio nitrendipino, em voluntários sadios. O monitoramento do resultado do uso simultâneo de nitrendipino e ácido ursodesoxicólico é recomendado. Um aumento na dose de nitrendipino pode ser necessário.
Uma interação com a redução do efeito terapêutico de dapsona foi reportado. Estas observações em conjunto com achados de estudos in vitro podem indicar um potencial de ácido ursodesoxicólico induzir enzimas do citocromo p450 3A. Esta indução, contudo, não tem sido observada em um estudo bem desenhado de interações com budesonida que é um conhecido substrato de citocromo p450 3A.
Alterações de exames laboratoriais
O ácido ursodesoxicólico altera alguns exames laboratoriais, por isso, caso precise realizar exames, informe ao seu médico que está fazendo uso do ácido ursodesoxicólico.
Recomenda-se que ao iniciar tratamentos a longo prazo, seja feito um controle das transaminases, da fosfatase alcalina50 e da gama glutamil transferase (GAMA-GT).
Interações com alimentos
Até o momento não foi relatada interação entre o ácido ursodesoxicólico e alimentos.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde51.
ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
Conservar em temperatura ambiente (temperatura entre 15 e 30ºC). Proteger da luz e umidade.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Aspecto do medicamento:
O ácido ursodesoxicólico apresenta-se sob a forma de comprimidos na cor branca, circular, biconvexo e liso.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Tome o ácido ursodesoxicólico exatamente conforme a orientação de seu médico.
A disponibilidade de apresentações de 50, 150 e 300 mg permite que se adote diferentes esquemas posológicos de acordo com cada indicação clínica específica. Todos estes esquemas posológicos ficam facilitados ajustando as administrações de comprimidos de 50, 150 e 300 mg de acordo com a dose diária total.
Para uso prolongado, com o intuito de se reduzir as características litogênicas da bile8, a posologia média é de 5 a 10 mg/kg/dia. Na maior parte desses casos, a posologia média fica entre 300 e 600 mg (após e durante as refeições e à noite). Para se manter as condições ideais para dissolução de cálculos já existentes, a duração do tratamento deve ser de pelo menos 4 a 6 meses, podendo chegar a 12 meses ou mais, ininterruptamente e deve ser prosseguido por 3 a 4 meses após o desaparecimento comprovado radiologicamente ou ecograficamente dos mesmos cálculos. O tratamento não deve, entretanto, superar dois anos. Nas síndromes dispépticas e na terapia de manutenção, geralmente são suficientes doses de 300 mg por dia, divididas em 2 a 3 administrações. Estas doses podem ser modificadas a critério médico, particularmente considerando-se a ótima tolerabilidade do produto, que permite de acordo com cada caso adotar doses sensivelmente maiores. Em pacientes em tratamento para dissolução de cálculos biliares é importante verificar a eficácia do medicamento mediante exames colecistográficos a cada 6 meses.
Na terapêutica21 coadjuvante22 da litotripsia extracorpórea, o tratamento prévio com ácido ursodesoxicólico aumenta os resultados da terapêutica21 litolítica. As doses de ácido ursodesoxicólico devem ser ajustadas a critério médico, sendo em média de 600 mg ao dia. Na cirrose11 biliar primária as doses podem variar de 10 a 16 mg/kg/dia, de acordo com os estágios da doença (I, II, III e IV) ou a critério médico. É recomendado realizar acompanhamento dos pacientes através de testes de função hepática26 e dosagem de bilirrubinas52.
A dose diária deve ser administrada em 2 ou 3 vezes, dependendo da apresentação utilizada, após as refeições. Poderá ser administrada a metade da dose diária após o jantar. Ingerir os comprimidos com um copo de água ou leite.
Quando o paciente esquecer-se de tomar o medicamento no horário de costume, deverá administrá-lo imediatamente caso não esteja muito próximo da dose subsequente.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.
O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Caso você esqueça de tomar uma dose, deve tomá-la o quanto antes, e tomar a dose seguinte como de costume, isto é, na hora regular e sem dobrar a dose.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?
A avaliação dos efeitos indesejáveis é baseada em dados de frequência.
Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): relatos de fezes pastosas e diarreia39.
Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento): severa dor abdominal superior direita durante tratamento de cirrose11 biliar primária; descompensação hepática26 foi observada em terapia de estágios avançados de cirrose11 biliar primária que regrediu parcialmente após a descontinuidade do tratamento; urticária53; calcificação54 de cálculos.
Os seguintes eventos adversos foram identificados após a comercialização de ácido ursodesoxicólico com frequência desconhecida: aumento da fosfatase alcalina50, aumento da bilirrubina55, aumento das transaminases, constipação56 e vômitos57, mal-estar, tontura58, dor de cabeça59, mialgia60, tosse, edema61 periférico, pirexia62, icterícia63, angioedema64 e prurido65.
Alguns eventos adversos foram descritos durante ensaios clínicos66 e em muitos casos, a relação de causalidade com ácido ursodesoxicólico não foi estabelecida (mas também não foi descartada), são eles: úlcera péptica29, náusea67, anorexia68, esofagite69, dispepsia15, rash70 cutâneo71, astenia72, elevação da creatinina73, elevação da glicose sanguínea74, leucopenia75 e trombocitopenia76.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
Diarreia39 pode ocorrer em casos de superdosagem. Em geral outros sintomas16 de superdosagem são improváveis uma vez que a absorção de ácido ursodesoxicólico diminui com o aumento da dose administrada, portanto mais é excretado com as fezes.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
MS-1.0235.1384
Farm. Resp.: Dra. Telma Elaine Spina CRF-SP 22.234
Registrado, fabricado e embalado por:
EMS S/A Rodovia Jornalista Francisco Aguirre Proença, KM 08 Bairro Chácara Assay
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