

Precedex (Bula do profissional de saúde)
WYETH INDÚSTRIA FARMACÊUTICA LTDA
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Precedex®
cloridrato de dexmedetomidina
Injetável 100 mcg/mL
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Solução injetável
Embalagem contendo 5 frascos-ampola flip-top de 2 mL de solução injetável concentrada para infusão.
VIA DE ADMINISTRAÇÃO: VIA INTRAVENOSA
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO:
Cada mL de Precedex® contém:
cloridrato de dexmedetomidina (equivalente a 100 mcg de dexmedetomidina base) | 118 mcg |
veículo q.s.p. | 1 mL |
Veículo: cloreto de sódio e água para injetáveis.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE1
INDICAÇÕES
Precedex® (cloridrato de dexmedetomidina) é um agonista2 alfa-2 adrenérgico3 relativamente seletivo indicado para sedação4 em pacientes (com e sem ventilação5 mecânica) durante o tratamento intensivo (na Unidade de Terapia Intensiva6, salas de cirurgia ou para procedimentos diagnósticos).
RESULTADOS DE EFICÁCIA
Nos estudos clínicos que avaliaram pacientes que necessitavam de cuidados de terapia intensiva6, os pacientes que receberam dexmedetomidina alcançaram os níveis desejáveis de sedação4, permanecendo menos ansiosos, com uma significativa redução da necessidade de analgesia. Por outro lado, os pacientes puderam ser facilmente despertados, demonstrando-se cooperativos e orientados, o que facilitou o manejo destes pacientes. Em um estudo com voluntários saudáveis, a frequência respiratória e a saturação de oxigênio mantiveram-se dentro dos limites normais e não houve evidência de depressão respiratória quando o cloridrato de dexmedetomidina foi administrado por infusão intravenosa da dose recomendada. Estes mesmos efeitos foram confirmados nos estudos de fase III, em pacientes sob terapia intensiva6.1,2
Foram realizados dois estudos clínicos multicêntricos, randomizados, duplo-cegos, grupo-paralelo, placebo7-controlado, em 754 pacientes internados em unidade de terapia intensiva6 cirúrgica. Todos os pacientes foram inicialmente intubados e receberam ventilação5 mecânica. Esses ensaios avaliaram as propriedades sedativas de Precedex® comparando a quantidade de medicação de resgate (midazolam em um ensaio e propofol no segundo) necessária para atingir um nível especificado de sedação4 (usando a Escala de Sedação4 Padronizada de Ramsay) entre Precedex® e placebo7 desde o início do tratamento à extubação ou a uma duração total do tratamento de 24 horas. O Nível de Sedação4 de Ramsay é apresentado na Tabela 1.1
Tabela 1: Nível de Sedação4 de Ramsay
Nível clínico |
Nível de sedação4 alcançado |
6 |
Adormecido, sem resposta |
5 |
Resposta adormecida, lenta à pulsação glabelar leve ou estímulo auditivo alto. |
4 |
Adormecido, mas com resposta rápida à luz glabelar tap ou alto estímulo auditivo. |
3 |
O paciente responde aos comandos |
2 |
Paciente cooperativo, orientado e tranquilo |
1 |
Paciente ansioso, agitado ou inquieto |
No primeiro estudo, 175 pacientes foram randomizados para receberem placebo7 e 178 para receberem Precedex® por infusão intravenosa numa dose de 0,4 mcg/kg/h (com ajuste permitido entre 0,2 e 0,7 mcg/kg/h) após uma infusão de carga inicial de 1 mcg/kg por via intravenosa durante 10 minutos. A taxa de infusão do fármaco8 do estudo foi ajustada para manter um nível de sedação4 de Ramsay ≥ 3. Os pacientes foram autorizados a receber “resgate” midazolam como necessário para aumentar a infusão do fármaco8 do estudo. Adicionalmente, foi administrado sulfato de morfina para dor quando necessário. Neste estudo o parâmetro principal de avaliação foi a quantidade total de midazolam necessário para manter a sedação4, assim como especificado quando intubado. Os pacientes randomizados para placebo7 receberam significativamente mais midazolam do que os pacientes randomizados para Precedex® (ver Tabela 2).
Uma segunda análise prospectiva primária avaliou os efeitos sedativos de Precedex® comparando a porcentagem de pacientes que obtiveram nível de sedação4 de Ramsay ≥ 3 durante a intubação sem o uso de medicação de resgate adicional. Uma percentagem significativamente maior de pacientes no grupo de Precedex® manteve um nível de sedação4 de Ramsay ≥ 3 sem receber qualquer resgate de midazolam em comparação com o grupo placebo7 (ver Tabela 2).
Tabela 2: Uso de midazolam como medicamento de resgate durante a intubação (ITT) – Estudo Um
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Placebo7 |
Precedex® |
|
Dose média total (mg) de midazolam Desvio padrão |
19 mg 53 mg |
5 mg 19 mg |
0,0011* |
Uso categorizado de midazolam |
|||
0 mg |
43 (25%) |
108 (61%) |
< 0,001** |
0–4 mg |
34 (19%) |
36 (20%) |
|
>4 mg |
98 (56%) |
34 (19%) |
|
A população ITT (intenção de tratar) inclui todos os pacientes randomizados.
* Modelo ANOVA9 com centro de tratamento.
** Qui-quadrado.
Uma análise prospectiva secundária avaliou a dose de sulfato de morfina administrada a pacientes nos grupos Precedex® e placebo7. Em média, os pacientes tratados com Precedex® receberam menos sulfato de morfina para a dor do que os pacientes tratados com placebo7 (0,47 versus 0,83 mg/h). Além disso, 44% (79 de 178 pacientes) de pacientes com Precedex® não receberam sulfato de morfina para dor versus 19% (33 de 175 pacientes) no grupo placebo7.
No segundo estudo 198 pacientes foram randomizados para receberem placebo7 e 203 para receberem Precedex® por infusão intravenosa a dose de 0,4 mcg/kg/h (com ajuste permitido entre 0,2 e 0,7 mcg/kg/h) Após uma infusão de carga inicial de 1 mcg/kg intravenosa durante 10 minutos. A infusão do medicamento do estudo foi ajustada para manter nível de sedação4 de Ramsay ≥ 3. Os pacientes foram autorizados a receber "resgate" propofol conforme necessário para aumentar a infusão do fármaco8 no estudo. Adicionalmente, foi administrado sulfato de morfina conforme necessário para a dor. A medida de resultado primário para este estudo foi a quantidade total de medicação de resgate (propofol) necessária para manter a sedação4 conforme especificado enquanto intubado.
O propofol foi empregado como medicamento de suporte para manter a sedação4, e o sulfato de morfina foi utilizado para proporcionar analgesia. Em ambos os estudos a dexmedetomidina foi administrada na dose inicial de 1 mcg/kg por via IV durante 10 minutos, seguida da dose de 0,4 mcg/kg/h (com ajuste permitido entre 0,2 e 0,7 mcg/kg/h) ou midazolam como medicação sedativa de suporte. Os resultados destes estudos dão suporte ao perfil de eficácia da dexmedetomidina.
Sedação4: os pacientes tratados com cloridrato de dexmedetomidina alcançaram os níveis clinicamente indicados de sedação4, medidos pelo escore de sedação4 de Ramsay, e foram facilmente despertados e cooperativos. Os pacientes tratados com dexmedetomidina também necessitaram de menos medicação sedativa, de modo estatisticamente significativo, do que os pacientes tratados com placebo7.
Os pacientes randomizados para placebo7 receberam significativamente mais propofol do que os pacientes randomizados para Precedex® (ver Tabela 3).
Uma porcentagem significativamente maior de pacientes no grupo Precedex® em comparação com o grupo placebo7 manteve nível de sedação4 de Ramsay ≥ 3 sem receber qualquer resgate de propofol (ver Tabela 3).
Tabela 3: O uso do propofol como medicamento de resgate durante a intubação (ITT) – Estudo Dois
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Placebo7 |
Precedex® |
|
Dose média total (mg) de propofol Desvio padrão |
513 mg 782 mg |
72 mg 249 mg |
< 0,0001* |
Uso categorizado de propofol |
|||
0 mg |
47 (24%) |
122 (60%) |
< 0,001** |
0-50 mg |
30 (15%) |
43 (21%) |
|
>50 mg |
121 (61%) |
38 (19%) |
|
* Modelo ANOVA9 com centro de tratamento.
** Qui-quadrado
Uma análise prospectiva secundária avaliou a dose de sulfato de morfina administrada a pacientes nos grupos Precedex® e placebo7. Em média, os pacientes tratados com Precedex® receberam menos sulfato de morfina para a dor do que os pacientes tratados com placebo7 (0,43 versus 0,89 mg/h). Além disso, 41% (83 de 203 pacientes) de pacientes com Precedex® não receberam sulfato de morfina para dor versus 15% (30 de 198 pacientes) no grupo placebo7.
Num estudo clínico controlado, Precedex® foi comparado com midazolam para sedação4 em UTI superior a 24 horas de duração. Precedex® não mostrou ser superior ao midazolam para o desfecho de eficácia primário, a porcentagem de tempo em que os pacientes foram adequadamente sedados (81% versus 81%). Além disso, a administração de Precedex® por mais de 24 horas foi associada com tolerância, taquifilaxia e um aumento relacionado com a dose em eventos adversos (vide item 9. Reações Adversas).
Analgesia: nas unidades de terapia intensiva6, o grupo de pacientes tratados com cloridrato de dexmedetomidina necessitou de menos tratamento analgésico10 (morfina), de modo estatisticamente significativo, do que os pacientes tratados com placebo7. Além disso, nos dois estudos, 44% (79 de 178) e 41% (83 de 203) dos pacientes que estavam recebendo dexmedetomidina não necessitaram de sulfato de morfina para a dor, contra 19% (33 de 175) e 15% (30 de 198) dos pacientes no grupo que recebeu placebo7.
Diminuição da ansiedade: os pacientes tratados com cloridrato de dexmedetomidina demonstraram, de modo estatisticamente significativo, ter menos ansiedade do que os pacientes tratados com placebo7. A porcentagem média das avaliações de Ramsay que representam 1 (paciente ansioso, agitado ou inquieto) para o grupo dexmedetomidina (4%) foi menor, de modo estatisticamente significativo (p menor que 0,0001), do que para o grupo placebo7 (7%).
Efeitos hemodinâmicos: os pacientes tratados com cloridrato de dexmedetomidina apresentaram em média pressão arterial11 e frequência cardíaca mais baixas.
Referências
- Grounds RM, Martin E, and Dexmedetomidine Study Group. A novel approach to managing postsurgical patients in intensive care: use of a highly specific alpha2-adrenoceptor agonist. (W97-245/246 manuscrito apresentado para publicação).
- Pandharipande, PP et al. Effects of sedation with dexmedetomidine vs lorazepam on acute brain dysfunction in mechanically ventilated patients. The MENDS randomized controlled Trial. JAMA 2007; 298(22):2644-53.
- Riker RR, Shehabi Y, Bokesch PM, Ceraso D, Wisemandle W, Koura F, et al. Dexmedetomidine vs midazolam for sedation of critically ill patients: a randomized trial. JAMA 2009;301(5):489-99. [PUBMED: 19188334]
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Mecanismo de Ação
Precedex® é um agonista2 alfa2-adrenérgico3 relativamente seletivo com propriedades sedativas. A seletividade alfa-2 é demonstrada em animais após administração intravenosa lenta de doses baixas ou médias (10–300 mcg/kg). As atividades alfa-1 e alfa-2 são observadas após administração intravenosa lenta de doses altas (≥ 1000 mcg/kg) ou infusão intravenosa rápida.
Farmacodinâmica
Em um estudo em voluntários saudáveis (N = 10), a taxa respiratória e a saturação de oxigênio permaneceram dentro dos limites normais e não houve evidência de depressão respiratória quando o Precedex® foi administrado por infusão intravenosa em doses dentro da faixa de dose recomendada (0,2–0,7 mcg/kg/hr).
A dexmedetomidina promove sedação4 sem depressão respiratória. Durante esse estado os pacientes podem ser despertados e são cooperativos. As propriedades simpatolíticas adicionais incluem diminuição da ansiedade, estabilidade hemodinâmica12, diminuição brusca da resposta hormonal ao estresse e redução da pressão intraocular13. Acredita-se que as ações sedativas da dexmedetomidina sejam principalmente mediadas pelos adrenorreceptores alfa-2 pós-sinápticos, os quais, por sua vez, agem sobre a proteína G sensível a inibição da toxina14 Pertussis, aumentando a condutibilidade através dos canais de potássio. Tem sido atribuído ao Locus coeruleus o local dos efeitos sedativos da dexmedetomidina. Acredita-se que as ações analgésicas sejam mediadas por um mecanismo de ação similar no cérebro15 e na medula espinhal16. A dexmedetomidina não tem afinidade pelos receptores beta-adrenérgicos17, muscarínicos, dopaminérgicos ou serotoninérgicos.
Farmacocinética
Após a administração intravenosa, a dexmedetomidina exibe os seguintes parâmetros farmacocinéticos: rápida fase de distribuição, com meia-vida de distribuição (t1/2) de aproximadamente 6 minutos; meia-vida de eliminação total (t1/2) de aproximadamente 2 horas; e volume de distribuição no estado de equilíbrio (VSS) de aproximadamente 118 litros. A depuração é estimada em aproximadamente 39 L/h. O peso corporal médio associado a esta estimativa de depuração foi de 72 kg.
A dexmedetomidina demonstra farmacocinética linear na faixa de dosagem de 0,2 a 0,7 mcg/kg/hr quando administrado por infusão intravenosa por até 24 horas. A Tabela 4 mostra os principais parâmetros farmacocinéticos quando Precedex® foi infundido (após doses de ataque adequadas) a taxas de infusão de manutenção de 0,17 mcg/kg/hr (concentração plasmática pretendida de 0,3 ng/mL) por 12 e 24 horas, 0,33 mcg/kg/hr (concentração plasmática pretendida de 0,6 ng/mL) por 24 horas e, 0,70 mcg/kg/hr (concentração plasmática pretendida de 1,25 ng/mL) por 24 horas.
Tabela 4: Média ± DP Parâmetros Farmacocinéticos
parâmetro |
Infusão de ataque (min)/Duração total da Infusão (hrs) |
|||
10 min/12 hrs |
10 min/24 hrs |
10 min/24 hrs |
35 min/24 hrs |
|
Concentração de dexmedetomidina pretendida no plasma18 (ng/mL) e dose (mcg/kg/hr) |
||||
0,3/0,17 |
0,3/0,17 |
0,6/0,33 |
1,25/0,70 |
|
t1/2*, hora |
1,78 ± 0,30 |
2,22 ± 0,59 |
2,23 ± 0,21 |
2,50 ± 0,61 |
CL, litro/hora |
46,3 ± 8,3 |
43,1 ± 6,5 |
35,3 ± 6,8 |
36,5 ± 7,5 |
Vss, litro |
88,7 ± 22,9 |
102,4 ± 20,3 |
93,6 ± 17,0 |
99,6 ± 17,8 |
Avg Css#, ng/mL |
0,27 ± 0,05 |
0,27 ± 0,05 |
0,67 ± 0,10 |
1,37 ± 0,20 |
* Apresentado como média harmônica e pseudo desvio padrão.
# Média Css = Concentração média de dexmedetomidina no estado de equilíbrio. A CSS média foi calculada com base na amostragem pós-dose de amostras de 2,5 a 9 horas para 12 horas de infusão e amostragem pós-dose de 2,5 a 18 horas para 24 horas de infusões.
As doses de ataque para cada um dos grupos indicados acima foram 0,5; 0,5; 1 e 2,2 mcg/kg, respectivamente.
Os parâmetros farmacocinéticos de dexmedetomidina após doses de manutenção de Precedex® de 0,2 a 1,4 mcg/kg/h por > 24 horas foram semelhantes aos parâmetros de farmacocinética após a dose de manutenção de Precedex® por < 24 horas em outros estudos. Os valores de depuração (CL), volume de distribuição (V) e t1/2 foram 39,4 L/h, 152 L e 2,67 horas, respectivamente.
Distribuição
O volume de distribuição no estado de equilíbrio (VSS) de dexmedetomidina foi de aproximadamente 118 litros.
A ligação de dexmedetomidina às proteínas19 plasmáticas foi avaliada no plasma18 de indivíduos homens e mulheres normais e saudáveis. A ligação proteica média foi de 94% e manteve-se constante ao longo das diferentes concentrações plasmáticas avaliadas. A ligação proteica foi similar em homens e mulheres. A fração de Precedex® que estava ligada às proteínas19 plasmáticas estava significativamente diminuída nos indivíduos com insuficiência hepática20, se comparada aos indivíduos saudáveis.
O potencial de deslocamento da ligação proteica de dexmedetomidina por fentanila, cetorolaco, teofilina, digoxina e lidocaína foi explorado in vitro e foram observadas alterações insignificantes na ligação às proteínas19 plasmáticas de Precedex®. O potencial de deslocamento da ligação proteica de fenitoína, varfarina, ibuprofeno, propranolol, teofilina e digoxina por Precedex® foi explorado in vitro e nenhum destes compostos pareceu ser significantemente deslocado por Precedex®.
Metabolismo21
A dexmedetomidina sofre biotransformação quase completa com muito pouca excreção de dexmedetomidina sob a forma inalterada na urina22 e fezes. A biotransformação envolve tanto a glicuronidação direta quanto o metabolismo21 mediado pelo citocromo P450. As principais vias metabólicas da dexmedetomidina são: N-glicuronidação direta para metabólitos23 inativos, hidroxilação alifática (mediada principalmente pelo CYP2A6 com um papel menor de CYP1A2, CYP2E1, CYP2D6 e CYP2C19) de dexmedetomidina para gerar 3-hidroxi-dexmedetomidina, o glicuronídeo da 3-hidroxi-dexmedetomidina e 3-carboxi-dexmedetomidina e N-metilação de dexmedetomidina para gerar 3-hidroxi N-metil dexmedetomidina, 3-carboxi N-metil dexmedetomidina e dexmedetomidina-N-metil-O-glicuronídeo.
Eliminação
A meia-vida de eliminação terminal (t1/2) da dexmedetomidina é de aproximadamente 2 horas e a depuração é estimada em aproximadamente 39 L/h. Um estudo de balanço de massa demonstrou que, após nove dias, uma média de 95% de radioatividade, seguida de administração intravenosa de dexmedetomidina radiomarcada, foi recuperada na urina22 e 4% nas fezes. Não foi detectada dexmedetomidina inalterada na urina22. Aproximadamente 85% da radioatividade recuperada na urina22 foram excretadas dentro de 24 horas após a infusão. O fracionamento da radioatividade excretada na urina22 mostrou que os produtos de N-glicuronidação representaram aproximadamente 34% de excreção urinária cumulativa. Além disso, a hidroxilação alifática do fármaco8 original para formar 3-hidroxi-dexmedetomidina, o glucuronido de 3 hidroxi-dexmedetomidina e 3-ácido carboxílico-dexmedetomidina, em conjunto, representavam aproximadamente 14% da dose na urina22. N-metilação de dexmedetomidina para formar 3-hidroxi N-metil dexmedetomidina, 3-carboxi N-metil dexmedetomidina e N-metil O-glucuronido dexmedetomidina representaram aproximadamente 18% da dose na urina22. O próprio metabólito24 N-metil era um componente circulante menor e não foi detectado na urina22. Aproximadamente 28% dos metabólitos23 urinários não foram identificados.
Sexo
Não houve diferença observada na farmacocinética de Precedex® devido ao sexo.
Geriatria
O perfil farmacocinético de Precedex® não foi alterado pela idade. Não houve diferenças na farmacocinética de Precedex® em indivíduos jovens (18-40 anos), de meia-idade (41-65 anos) e idosos (> 65 anos).
Disfunção hepática25
Em indivíduos com graus variáveis de insuficiência hepática20 (Classe Child-Pugh A, B ou C), os valores de depuração para Precedex® foram menores em relação aos indivíduos saudáveis. Os valores médios de depuração para pacientes26 com insuficiência hepática20 leve, moderada e grave foram, respectivamente, 74%, 64% e 53% dos valores observados em indivíduos normais e saudáveis. As depurações médias para o fármaco8 livre foram, respectivamente, 59%, 51% e 32% dos valores observados em indivíduos normais e saudáveis.
Embora o Precedex® seja dosado segundo o efeito desejado, talvez seja necessário considerar a redução da dose em pacientes com insuficiência hepática20 (vide item 5. Advertências e Precauções e item 8. Posologia e Modo de Usar).
Disfunção renal27
A farmacocinética de dexmedetomidina (Cmáx, Tmáx, AUC28, t1/2, CL, e VSS) não foi significantemente diferente em pacientes com insuficiência renal29 severa (depuração de creatinina30: <30 mL/min) se comparada a indivíduos saudáveis.
Interação Medicamentosa
Estudos in vitro: estudos in vitro em microssomos hepáticos humanos não demonstraram evidências de interações medicamentosas mediadas através do citocromo P450 que pareceram ser clinicamente relevantes.
CONTRAINDICAÇÕES
Precedex® é contraindicado em pacientes com conhecida hipersensibilidade à dexmedetomidina ou qualquer excipiente da fórmula.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Administração do medicamento
Precedex® deve ser administrado apenas por profissionais treinados no manejo de pacientes em tratamento intensivo ou em sala de operação. Devido aos conhecidos efeitos farmacológicos de Precedex®, os pacientes devem ser monitorados continuamente enquanto estiverem recebendo Precedex®.
Hipotensão31, bradicardia32 e parada sinusal
Episódios clinicamente significativos de bradicardia32 e parada sinusal foram reportados com a administração de Precedex® em voluntários jovens, saudáveis e com tônus vagal elevado ou, pela administração por vias diferentes incluindo a administração intravenosa rápida ou em bolus33.
Relatos de hipotensão31 e bradicardia32 foram associados com a infusão de Precedex®. Alguns desses casos resultaram em fatalidades. Uma vez que Precedex® tem o potencial para aumentar bradicardia32 induzida por estímulo vagal, os médicos devem estar preparados para intervir.
Deve haver cautela quando administrar Precedex® a pacientes com bloqueio cardíaco34 avançado e/ou disfunção ventricular grave. Uma vez que Precedex® reduz as atividades do sistema nervoso35 simpático36, hipotensão31 e/ou bradicardia32 podem ser esperadas por serem mais pronunciadas em pacientes com hipovolemia37, diabetes mellitus38 ou hipertensão39 crônica e em pacientes idosos.
Em estudos clínicos onde outros vasodilatadores ou agentes cronotrópicos negativos foram coadministrados com Precedex®, não foi observado um efeito farmacodinâmico aditivo. Ainda assim, deve-se ter cuidado quando tais agentes forem administrados concomitantemente com Precedex®.
Se intervenção médica for necessária, o tratamento pode incluir a diminuição ou interrupção da infusão de Precedex®, aumentando o índice de administração intravenosa de fluidos, elevação das extremidades inferiores e uso de agentes pressores. A administração de agentes anticolinérgicos (por exemplo, glicopirrolato, atropina) deve ser considerada para modificar o tônus vagal. Em estudos clínicos, o glicopirrolato ou a atropina foram eficazes no tratamento da maioria dos episódios de bradicardia32 induzida por Precedex®. Entretanto, em alguns pacientes com disfunção cardiovascular significativa, foram requeridas medidas de ressuscitação mais avançadas.
Eventos clínicos de bradicardia32 ou hipotensão31 podem ser potencializados quando a dexmedetomidina é usada simultaneamente ao propofol ou midazolam. Portanto, considerar redução de dose de propofol ou midazolam. Pacientes idosos acima de 65 anos de idade ou pacientes diabéticos tem maior tendência à hipotensão31 com a administração da dexmedetomidina. Todos os episódios reverteram espontaneamente ou foram tratados com a terapia padrão.
Hipertensão39 temporária
Hipertensão39 temporária foi observada principalmente durante dose de ataque, associada aos efeitos vasoconstritores periféricos iniciais de Precedex®. O tratamento da hipertensão39 temporária geralmente não foi necessário, embora a redução da taxa de infusão de ataque seja desejável. Após a infusão inicial, os efeitos centrais da dexmedetomidina dominam e a pressão sanguínea geralmente diminui.
Excitabilidade
Observou-se que alguns pacientes recebendo Precedex® podem ser despertados e ficar alertas quando estimulados. Este fato isolado não deve ser considerado como evidência de falta de eficácia na ausência de outros sinais40 e sintomas41 clínicos.
Abstinência
Sedação4 em unidade intensiva de tratamento: Com a administração até 7 dias, independente da dose, 12 (5%) dos indivíduos usando Precedex® tiveram pelo menos 1 evento relacionado à abstinência dentro das primeiras 24 horas após a descontinuação do medicamento do estudo, e 7 (3%) dos indivíduos usando Precedex® tiveram pelo menos 1 evento de 24 a 48 horas após o fim do medicamento do estudo. Os eventos mais comuns foram náusea42, vômito43 e agitação.
Taquicardia44 e hipertensão39 requerendo intervenção nas 48 horas seguintes à descontinuação do medicamento do estudo ocorreram a uma frequência de < 5%. Se taquicardia44 e/ou hipertensão39 ocorrerem após a descontinuação de Precedex®, terapia de suporte é indicada.
Farmacologia45 e/ou Toxicologia em Animal
Não houve diferenças na resposta do cortisol estimulado pelo hormônio46 adrenocorticotrópico (ACTH) em cães após uma dose única de dexmedetomidina em comparação com o controle da solução salina. No entanto, após infusão subcutânea47 contínua de dexmedetomidina a 3 mcg/kg/hr e 10 mcg/kg/h durante uma semana em cães (exposições estimadas dentro do intervalo clínico), a resposta ao cortisol estimulada por ACTH diminuiu em aproximadamente 27% e 40%, respectivamente, em comparação com animais controle tratados com solução salina indicando uma supressão adrenal dependente da dose.
Hipertermia
Precedex® pode induzir hipertermia que pode ser resistente aos métodos tradicionais de resfriamento. Precedex® deve ser descontinuado e a hipertermia deve ser tratada com medidas clínicas convencionais.
Disfunção hepática25
Uma vez que a depuração de Precedex® diminui com a gravidade da insuficiência hepática20, reduções de dose devem ser consideradas em pacientes com insuficiência hepática20.
Disfunção renal27
Nenhum ajuste de dose é necessário para pacientes26 nefropatas.
Uso pediátrico
A eficácia, segurança e farmacocinética de Precedex® em pacientes pediátricos com idade inferior a 18 anos não foram estudadas. Portanto, Precedex® não deve ser utilizado nesta população.
Os três estudos pivotais sobre sedação4 na UTI não atingiram seu objetivo primário de eficácia e os dados de segurança foram insuficientes para caracterizar completamente o perfil de segurança de Precedex®. Um estudo aberto de sedação4 na UTI realizado em pacientes japoneses atendeu ao seu objetivo primário de eficácia.
Um estudo aberto realizado em pacientes pediátricos para sedação4 processual também não atingiu seu objetivo de eficácia.
O perfil de segurança de Precedex® nesses estudos foi geralmente semelhante ao dos adultos, embora tenham sido observadas frequências aumentadas de eventos adversos de bradicardia32, hipotensão31 e depressão respiratória no estudo de sedação4 na UTI do Japão.
Abuso e dependência
O potencial de dependência de Precedex® não foi estudado em humanos. Entretanto, uma vez que estudos em roedores e primatas demonstraram que Precedex® exibe atividade farmacológica semelhante à da clonidina, é possível que Precedex® possa produzir a síndrome48 de abstinência semelhante à da clonidina se houver descontinuação brusca.
Pacientes idosos
Uma redução de dose pode ser considerada em pacientes acima de 65 anos de idade (ver item 3. Características Farmacológicas e item 8. Posologia de Modo de Usar).
Gravidez49 e Lactação50
Não existem estudos adequados e bem controlados sobre o uso de Precedex® em mulheres grávidas. A dexmedetomidina demonstrou atravessar a barreira placentária em estudos publicados em animais e humanos.
A informação limitada disponível sobre o uso de Precedex® durante a gravidez49 não é suficiente para informar algum risco associado ao medicamento a defeitos congênitos51 ou aborto espontâneo. Precedex® deve ser utilizado durante a gravidez49 somente se os benefícios potenciais justificarem os riscos potenciais para o feto52.
Tem sido relatado que a exposição pré-natal à dexmedetomidina pode estar associada a algum grau de comprometimento funcional ao nascimento em alguns neonatos53.
A administração perioperatória de dexmedetomidina em mulheres grávidas que receberam anestesia54 geral para cesariana eletiva55 foi associada a um maior tempo de recuperação clínica e extubação em comparação com outros agentes anestésicos.
Efeitos teratogênicos56 não foram observados em ratos após a administração subcutânea47 de dexmedetomidina durante o período fetal de organogênese (a partir do dia de gestação 5 ao 16) com doses até 200 mcg/kg (representando uma dose aproximadamente igual à dose intravenosa humana máxima recomendada com base na área de superfície corporal) ou em coelhos seguido de administração intravenosa de dexmedetomidina durante o período fetal de organogênese (a partir do dia de gestação 6 ao 18) com doses até 96 mcg/kg (representando uma dose aproximadamente metade da exposição humana à dose máxima recomendada com base na comparação da área sob a curva-tempo). Estas doses são aproximadas e, respectivamente, 11 e 5 vezes maiores do que a dose máxima recomendada para humanos, que é de 17,8 mcg/kg/dia. Entretanto, foi observada toxicidade57 fetal, conforme evidenciado pelo aumento das perdas pós-implantação e redução do número de filhotes vivos, em ratos com administração subcutânea47 na dose de 200 mcg/kg. A dose sem efeito em ratos foi de 20 mcg/kg (representando uma dose menor que a dose intravenosa máxima recomendada para humanos com base na área de superfície corporal). Em outro estudo de toxicidade57 reprodutiva quando a dexmedetomidina foi administrada por via subcutânea47 em ratas grávidas a 8 e 32 mcg/kg (representando uma dose menor que a dose intravenosa máxima recomendada para humanos com base na comparação da área de superfície corporal), a partir do dia de gestação 16 até o desmame, foram observadas reduções de peso nos filhotes. Além disso, quando foi permitido que os filhotes do grupo 32 mcg/kg acasalassem, foi observado elevada toxicidade57 fetal e embrionária e atraso no desenvolvimento motor dos filhotes da segunda geração.
Em um estudo em ratas prenhas, foi observada a transferência placentária de dexmedetomidina quando foi administrada a dexmedetomidina radiomarcada por via subcutânea47.
Precedex® é um medicamento classificado na categoria C de risco de gravidez49. Portanto, este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
O cloridrato de dexmedetomidina é excretado no leite humano, mas não foram realizados estudos que avaliam os efeitos da dexmedetomidina em crianças amamentadas e na produção de leite.
Os benefícios do desenvolvimento e da saúde1 da amamentação58 devem ser considerados juntamente com a necessidade clínica da mãe de dexmedetomidina e quaisquer potenciais efeitos adversos da dexmedetomidina na criança amamentada.
Uma mulher que amamenta pode considerar interromper a amamentação58, ordenhar e descartar o leite materno por 24 horas após receber a dexmedetomidina, a fim de minimizar a exposição potencial ao medicamento a um recém-nascido amamentado.
Trabalho de parto e parto
A segurança de Precedex® durante o trabalho de parto e parto não foi estudada. Portanto, não é recomendada para uso obstétrico, incluindo partos por cirurgia cesariana.
Carcinogênese, mutagênese e comprometimento da fertilidade
Estudos de carcinogenicidade em animais não foram realizados com a dexmedetomidina.
A dexmedetomidina não se mostrou mutagênica in vitro, tanto no ensaio de mutação59 reversa em bactérias (E. coli e Salmonella typhimurium) quanto no ensaio de avanço da mutação59 em células60 de mamíferos (linfoma61 de camundongos).
A dexmedetomidina foi clastogênica no teste in vitro de aberração cromossômica de linfócitos humanos com, mas não sem, ativação metabólica S9 em rato. Em contraste, a dexmedetomidina não foi clastogênica no teste in vitro de aberração cromossômica de linfócitos humanos com, mas não sem, ativação metabólica S9 humana. Embora a dexmedetomidina fosse clastogênica no teste in vivo de micronúcleo de camundongo em camundongos NMRI, não havia evidência de clastogenicidade em camundongos CD-1. A fertilidade em ratos machos ou fêmeas não foi afetada após injeções subcutâneas diárias de dexmedetomidina em doses até 54 mcg/kg/dia (menos do que a dose intravenosa humana máxima recomendada na base mcg/m2) administrada a partir de 10 semanas antes do acasalamento nos machos e, 3 semanas antes e durante o acasalamento nas fêmeas.
Efeitos na habilidade de dirigir e operar máquinas
Os pacientes devem ser informados de que o desempenho de atividades que requerem alerta mental, tais como dirigir um veículo motorizado ou máquinas perigosas ou assinar documentos legais, pode estar prejudicado por algum tempo após a sedação4.
Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e atenção podem estar prejudicadas.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Anestésicos, sedativos, hipnóticos e opioides
A coadministração de Precedex® com anestésicos, sedativos, hipnóticos e opioides está suscetível ao aumento de efeitos. Estudos específicos confirmaram estes efeitos com sevoflurano, isoflurano, propofol, alfentanila e midazolam. Nenhuma interação farmacocinética foi evidenciada entre Precedex® e isoflurano, propofol, alfentanila e midazolam. Entretanto, devido a possíveis interações farmacodinâmicas, quando coadministrado com Precedex®, a redução na dose de Precedex® ou do sedativo, hipnótico, opioide ou anestésico concomitante pode ser necessária.
Bloqueadores neuromusculares
Em um estudo de 10 voluntários sadios, a administração de Precedex® por 45 minutos na concentração plasmática de 1 ng/mL não resultou em aumento clinicamente significativo da magnitude do bloqueio neuromuscular associado com a administração de rocurônio.
Citocromo P450
Estudos in vitro sugerem que Precedex® é metabolizado por várias enzimas do citocromo P450, CYP2A6, CYP1A2, CYP2E1, CYP2D6 e CYP2C19 sem via aparentemente predominante. Precedex® mostrou fortes propriedades para inibição de CYP2D6, CYP3A4 e CYP2B6. Cautela deve ser utilizada durante a administração concomitante de Precedex® com outros medicamentos metabolizados pelas enzimas CYP2D6, CYP3A4 e CYP2B6.
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Cuidados de conservação
Precedex® deve ser conservado em temperatura ambiente (15–30°C) e pode ser utilizado por 24 meses a partir da data de fabricação. Não é necessário refrigeração. Após a diluição do concentrado, o produto deve ser administrado imediatamente, e descartado decorridas 24 horas da diluição. Caso o produto não seja utilizado imediatamente após a diluição, recomenda-se o armazenamento refrigerado da solução entre 2 a 8°C por não mais de 24 horas para reduzir o risco microbiológico62.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas do produto
Solução límpida e incolor.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
POSOLOGIA E MODO DE USAR
Precedex® deve ser administrado apenas por profissional habilitado tecnicamente no manejo de pacientes sob tratamento intensivo. Devido aos efeitos farmacológicos conhecidos, os pacientes devem ser monitorados continuamente. A administração de injeções em bolus33 de cloridrato de dexmedetomidina não deve ser utilizada para minimizar os efeitos farmacológicos colaterais indesejáveis. Eventos clínicos como bradicardia32 e parada sinusal têm sido associados com a administração de cloridrato de dexmedetomidina em alguns voluntários jovens saudáveis com tônus vagal alto ou nos quais a administração foi diferente da recomendada, como infusão intravenosa rápida ou administração em bolus33.
Administração: deve ser utilizado um equipamento de infusão controlada para administrar o cloridrato de dexmedetomidina. Técnicas estritamente assépticas devem ser sempre mantidas durante o manuseio da infusão de dexmedetomidina. A preparação das soluções para infusão é a mesma, tanto para dose inicial como para dose de manutenção. Para preparar a infusão, retire 2 mL de Precedex® solução injetável concentrada para infusão e adicione 48 mL de cloreto de sódio a 0,9% para totalizar 50 mL. Para misturar de modo correto, agite suavemente. O cloridrato de dexmedetomidina deve ser administrado através de um sistema de infusão controlada. Após a diluição do concentrado, o produto deve ser administrado imediatamente, e descartado decorridas 24 horas da diluição. Caso o produto não seja utilizado imediatamente após a diluição, recomenda-se o armazenamento refrigerado da solução entre 2 a 8ºC por não mais de 24 horas para reduzir o risco microbiológico62. Produtos de uso intravenoso devem ser inspecionados visualmente, em relação a partículas e alterações de cor, antes de serem administrados ao paciente.
Cada ampola deve ser usada somente em um paciente.
Compatibilidade: foi demonstrado que Precedex® é compatível com a coadministração das seguintes preparações e medicamentos intravenosos: solução de ringer lactato63, dextrose64 a 5%, cloreto de sódio a 0,9%, manitol a 20%, cloridrato de alfentanila, sulfato de amicacina, aminofilina, cloridrato de amiodarona, ampicilina sódica, ampicilina sódica + sulbactam sódica, azitromicina, aztreonam, tosilato de bretílio, bumetanida, tartarato de butorfanol, gluconato de cálcio, cefazolina sódica, cloridrato de cefipima, cefoperazona sódica, cefotaxima sódica, cefotetana sódica, cefoxitina sódica, ceftazidima, ceftizoxima sódica, ceftriaxona sódica, cefuroxima sódica, cloridrato de clorpromazina, cloridrato de cimetidina, ciprofloxacino, besilato de cisatracúrio, fosfato de clindamicina, fosfato sódico de dexametasona, digoxina, cloridrato de diltiazem, cloridrato de difenidramina, cloridrato de dobutamina, mesilato de dolasetrona, cloridrato de dopamina65, hiclato de doxiciclina, droperidol, enalapril, cloridrato de efedrina, cloridrato de epinefrina, lactobionato de eritromicina, esmolol, famotidina, mesilato de fenoldopam, fluconazol, furosemida, gatifloxacino, sulfato de gentamicina, cloridrato de granisetrona, lactato63 de haloperidol, heparina sódica, succinato sódico de hidrocortisona, cloridrato de hidromorfona, cloridrato de hidroxizina, lactato63 de inamrinona, cloridrato de isoproterenol, cetorolaco de trometamina, labetalol, levofloxacino, cloridrato de lidocaína, linezolida, lorazepam, sulfato de magnésio, cloridrato de meperidina, succinato sódico de metilprednisolona, cloridrato de metoclopramida, metronidazol, lactato63 de milrinona, cloridrato de nalbufina, nitroglicerina, bitartarato de norepinefrina, ofloxacino, cloridrato de ondansetrona, piperacilina sódica, piperacilina sódica + tazobactam sódico, cloreto de potássio, cloridrato de procainamida, edisilato de proclorperazina, cloridrato de prometazina, propofol, cloridrato de ranitidina, brometo de rapacurônio, cloridrato de remifentanila, brometo de rocurônio, bicarbonato de sódio, nitroprusseto de sódio, citrato de sufentanila, sulfametoxazol, trimetoprima, teofilina, ticarcilina dissódica, ticarcilina dissódica + clavulanato de potássio, sulfato de tobramicina, cloridrato de vancomicina, cloridrato de verapamil, tiopental sódico, etomidato, brometo de vecurônio, brometo de pancurônio, succinilcolina, besilato de atracúrio, cloreto de mivacúrio, brometo de glicopirrônio, cloridrato de fenilefrina, sulfato de atropina, midazolam, sulfato de morfina, citrato de fentanila, além de substitutos do plasma18.
Compatibilidade com borracha natural: Estudos de compatibilidade demonstraram o potencial de absorção de Precedex® em alguns tipos de borracha natural. Embora Precedex® seja administrado, é aconselhável usar componentes de administração feitos com juntas de borracha sintética ou borracha natural revestida.
Incompatibilidade: Precedex® não deve ser misturado com outros produtos ou diluentes, exceto aqueles mencionados acima. Foi demonstrada incompatibilidade com: anfotericina B e diazepam.
Precedex® não deve ser coadministrado através do mesmo cateter intravenoso com sangue66 ou plasma18 porque a compatibilidade física não foi estabelecida.
Posologia
Adultos: o cloridrato de dexmedetomidina deve ser individualizado e titulado segundo o efeito clínico desejado. Para pacientes26 adultos é recomendável iniciar dexmedetomidina com uma dose de 1,0 mcg/kg por dez minutos, seguida por uma infusão de manutenção que pode variar de 0,2 a 0,7 mcg/kg/h. A taxa de infusão de manutenção pode ser ajustada para se obter o efeito clínico desejado. Em estudos clínicos com infusões por mais de 24 horas de duração, foram utilizadas doses baixas como 0,05 mcg/kg/h. A dexmedetomidina tem sido administrada tanto para pacientes26 que requerem ventilação5 mecânica quanto para aqueles com respiração espontânea após extubação. Foi observado que pacientes recebendo dexmedetomidina ficam despertáveis e alertas quando estimulados. Este é um componente esperado da sedação4 por dexmedetomidina e não deve ser considerado como evidência de falta de eficácia na ausência de outros sinais40 e sintomas41 clínicos. A dexmedetomidina foi continuamente infundida em pacientes ventilados mecanicamente antes da extubação, durante extubação e pós-extubação. Não é necessário descontinuar a dexmedetomidina antes da extubação.
Precedex® não deve ser misturado com outros produtos ou diluentes, exceto: solução de ringer lactato63, dextrose64 a 5%, cloreto de sódio a 0,9%, manitol a 20%, tiopental sódico, etomidato, brometo de vecurônio, brometo de pancurônio, succinilcolina, besilato de atracúrio, cloreto de mivacúrio, brometo de glicopirrônio, cloridrato de fenilefrina, sulfato de atropina, midazolam, sulfato de morfina, citrato de fentanila, além de substitutos do plasma18, e demais substâncias mencionadas no item Compatibilidade.
Uso pediátrico: a segurança e a eficácia do cloridrato de dexmedetomidina em pacientes menores de 18 anos não foram estudadas.
Disfunção hepática25: pode ser necessário ajuste de dose para pacientes26 com insuficiência hepática20 (vide item 3. Características Farmacológicas e item 5. Advertências e Precauções).
Disfunção renal27: nenhum ajuste de dose é necessário para pacientes26 nefropatas.
Idosos: pode ser necessário ajuste de dose para pacientes26 idosos. Pacientes idosos (mais de 65 anos de idade) frequentemente requerem doses menores de Precedex®.
REAÇÕES ADVERSAS
Os eventos adversos incluem dados de estudos clínicos de sedação4 na Unidade de Terapia Intensiva6, nos quais 576 pacientes receberam cloridrato de dexmedetomidina, e de estudos de infusão contínua da dexmedetomidina para sedação4 em pacientes internados em unidades de terapia intensiva6, controlados com placebo7, nos quais 387 pacientes receberam Precedex®. Em geral, os eventos adversos mais frequentemente observados, emergentes do tratamento foram hipotensão31, hipertensão39, bradicardia32, febre67, vômitos68, hipoxemia69, taquicardia44, anemia70, boca71 seca e náusea42.
Os eventos adversos mais frequentemente observados, emergentes do tratamento e relacionados ao medicamento estão incluídos na tabela abaixo.
Eventos adversos surgidos e relacionados# com o tratamento, com incidência72 maior que 1%, em todos os pacientes tratados com dexmedetomidina nos estudos fase II/III de infusão contínua
Evento adverso |
Pacientes tratados com dexmedetomidina |
Pacientes randomizados com dexmedetomidina |
Placebo7 |
Hipotensão31 |
121 (21%) |
84 (22%)* |
16 (4%) |
Hipertensão39 |
64 (11%) |
47 (12%)* |
24 (6%) |
Bradicardia32 |
35 (6%) |
20 (5%)* |
6 (2%) |
Boca71 seca |
26 (5%) |
13 (3%) |
4 (1%) |
Náusea42 |
24 (4%) |
16 (4%) |
20 (5%) |
Sonolência |
9 (2%) |
3 (menor que 1%) |
3 (menor que 1%) |
* Diferença estatisticamente significativa entre grupo dexmedetomidina e placebo7, (randomizado73) p ≤ 0,05. # Eventos adversos relacionados com o tratamento: inclui todos os eventos considerados possíveis ou prováveis de estarem relacionados ao tratamento, como avaliado pelos investigadores, e aqueles eventos cuja causalidade ficou desconhecida ou inespecificada. |
Os efeitos adversos são relatados em ordem decrescente de frequência dentro de cada classe de sistema de órgão (SOC).
Reações adversas com incidência72 >2% - população de sedação4 na UTI
Distúrbios do sistema linfático74 e sangue66: Anemia70
Distúrbios do metabolismo21 e nutrição75: Hipovolemia37, hiperglicemia76, hipocalcemia77, acidose78
Distúrbios psiquiátricos: Agitação
Distúrbios cardíacos: Bradicardia32, fibrilação atrial, taquicardia44, taquicardia44 sinusal, taquicardia44 ventricular
Distúrbios vasculares79: Hipotensão31, hipertensão39
Distúrbios respiratório, torácico e do mediastino80: Atelectasia81, derrame82 pleural, hipóxia83, edema pulmonar84, sibilância
Distúrbios gastrintestinais: Náusea42, boca71 seca, vômito43
Distúrbios gerais e condições no local da administração: Pirexia85, hipertermia, calafrio86, edema87 periférico
Investigações: Produção urinária reduzida
Ferimento, envenenamento e complicações do procedimento: Hemorragia88 pós-procedimento
Reações adversas com incidência72 >2% - população de sedação4 de procedimento
Distúrbios cardíacos: Bradicardia32, taquicardia44
Distúrbios vasculares79: Hipotensão31, hipertensão39
Distúrbios respiratório, torácico e do mediastino80: Depressão respiratória, hipóxia83, bradipneia
Distúrbios gastrintestinais: Náusea42, boca71 seca
Relatos pós-comercialização
Além dos eventos relatados durante os estudos clínicos, as seguintes reações adversas foram identificadas durante o uso de Precedex® após a aprovação. Porque essas reações são relatadas voluntariamente de uma população de tamanho incerto, não é sempre possível estimar de forma confiável a sua frequência ou estabelecer uma relação causal com a exposição à droga.
Distúrbios do sistema linfático74 e sangue66: Anemia70
Distúrbios do metabolismo21 e nutrição75: Acidose78, acidose78 respiratória, hipercalemia89, aumento da fosfatase alcalina90, sede, hipoglicemia91, hipernatremia92
Distúrbios psiquiátricos: Agitação, confusão, delirium93, alucinação94, ilusão
Distúrbios do sistema nervoso35: Tontura95, cefaleia96, neuralgia97, neurite98, distúrbio da fala, convulsão99
Distúrbios oculares: Fotopsia, visão100 anormal
Distúrbios cardíacos: Arritmia101, arritmia101 ventricular, bradicardia32, bloqueio atrioventricular, parada cardíaca, extra-sístoles102, fibrilação atrial, bloqueio cardíaco34, inversão de ondas t, taquicardia44, taquicardia44 supraventricular, taquicardia44 ventricular, distúrbio cardíaco, infarto do miocárdio103
Distúrbios vasculares79: Hemorragia88, flutuação da pressão sanguínea, hipertensão39, hipotensão31
Distúrbios respiratório, torácico e do mediastino80: Apneia104, broncoespasmo105, dispneia106, hipercapnia107, hipoventilação, hipóxia83, congestão pulmonar
Distúrbios gastrintestinais: Dor abdominal, diarreia108, vómito, náusea42
Distúrbios hepatobiliares109: Aumento da gama-glutamil transpeptidase, função hepática25 anormal, hiperbilirrubinemia, aumento da alanina transaminase, aumento da aspartato aminotransferase
Distúrbios da pele110 e do tecido subcutâneo111: Aumento da sudorese112
Distúrbios renal27 e urinário: Aumento da ureia113 nitrogenada no sangue66, oligúria114, poliúria115
Distúrbios gerais e condições no local da administração: Pirexia85, hiperpirexia, hipovolemia37, anestesia54 leve, dor, rigores
Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.
SUPERDOSE
A tolerabilidade de Precedex® foi estudada em um estudo no qual os indivíduos saudáveis receberam doses iguais e acima da dose recomendada de 0,2 a 0,7 mcg/kg/hora. A concentração plasmática máxima atingida no estudo foi de aproximadamente 13 vezes o limite superior do intervalo terapêutico. Os efeitos mais notáveis observados em dois pacientes que atingiram as doses mais elevadas foram bloqueio atrioventricular de primeiro grau e bloqueio cardíaco34 de segundo grau. Nenhum comprometimento hemodinâmico foi observado com o bloqueio atrioventricular e o bloqueio cardíaco34 resolveu-se espontaneamente no período de um minuto.
Cinco pacientes receberam uma superdose de Precedex® nos estudos de sedação4 na unidade intensiva de tratamento. Dois destes pacientes não tiveram sintomas41 reportados; um paciente recebeu 2 mcg/kg de dose de ataque durante 10 minutos (duas vezes a dose de ataque recomendada) e um paciente recebeu a infusão de manutenção de 0,8 mcg/kg/hora. Dois outros pacientes que receberam 2 mcg/kg de dose de ataque durante 10 minutos tiveram bradicardia32 e/ou hipotensão31. Um paciente que recebeu dose de ataque em bolus33 de Precedex® não diluído (19,4 mcg/kg) teve uma parada cardíaca da qual foi ressuscitado com sucesso.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001 se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
USO RESTRITO A HOSPITAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DE RECEITA
MS – 1.2110.0372
Farmacêutica Responsável: Liliana R. S. Bersan – CRF-SP nº 19167
Registrado por:
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Rua Alexandre Dumas, 1.860
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Rodovia Presidente Castelo Branco, nº 32501, km 32,5
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SAC 0800 0160625
