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Desduo
(Bula do profissional de saúde)

TORRENT DO BRASIL LTDA

Atualizado em 29/08/2022

IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

Desduo®
succinato de desvenlaxina monoidratado
Comprimidos 50 mg e 100 mg

FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:

Comprimido revestido de liberação prolongada
Embalagem com 10, 30 e 60 comprimidos

USO ORAL
USO ADULTO

COMPOSIÇÃO:

Cada comprimido de Desduo® 50 mg contém:

succinato de desvenlafaxina monoidratado (equivalente a 50 mg de desvenlafaxina) 75,87 mg
excipiente q.s.p. 1 comprimido

Excipientes: celulose microcristalina, hipromelose, dióxido de silício, talco, estearato de magnésio, álcool polivinílico, dióxido de titânio, macrogol, óxido de ferro amarelo, óxido de ferro vermelho


Cada comprimido de Desduo® 100 mg contém:

succinato de desvenlafaxina monoidratado (equivalente a 100 mg de desvenlafaxina) 151,77 mg
excipiente q.s.p. 1 comprimido

Excipientes: celulose microcristalina, hipromelose, dióxido de silício, talco, estearato de magnésio, álcool polivinílico, dióxido de titânio, macrogol, óxido de ferro vermelho, amarelo crepúsculo

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE1

INDICAÇÕES

Desduo® (succinato de desvenlafaxina monoidratado) é indicado para o tratamento do transtorno depressivo maior (TDM).

Desduo® não é indicado para uso em nenhuma população pediátrica.

RESULTADOS DE EFICÁCIA

A eficácia da desvenlafaxina como tratamento da depressão foi estabelecida em quatro estudos de dose fixa, controlados por placebo2, duplo-cegos e randomizados de 8 semanas e dois estudos de prevenção de recaídas em pacientes ambulatoriais adultos que atenderam aos critérios de transtorno depressivo maior do Manual Diagnóstico3 e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV). No primeiro estudo, os pacientes receberam 100 mg (n = 114), 200 mg (n = 116) ou 400 mg (n = 113) de desvenlafaxina uma vez por dia ou placebo2 (n = 118). Em um segundo estudo, os pacientes receberam 200 mg (n = 121) ou 400 mg (n = 124) de desvenlafaxina uma vez por dia ou placebo2 (n = 124). Em outros dois estudos, os pacientes receberam 50 mg (n = 150 e n = 164) ou 100 mg (n = 147 e n = 158) de desvenlafaxina uma vez por dia ou placebo2 (n = 150 e n = 161).

A desvenlafaxina mostrou superioridade em relação ao placebo2 medida pela melhora na pontuação total na Escala de Classificação de Depressão de Hamilton de 17 itens (HAM-D17) em quatro estudos, e com base na Escala de Impressões Clínicas Globais – Melhora (CGI-I) em três dos quatro estudos.

Em um estudo de longo prazo, pacientes ambulatoriais adultos atendendo aos critérios de transtorno depressivo maior do DSM-IV, que responderam a 8 semanas de um tratamento agudo4 aberto com 50 mg/dia de desvenlafaxina e, subsequentemente, se mantiveram estáveis por 12 semanas com a desvenlafaxina, foram randomizados de maneira duplo-cega para permanecerem no tratamento ativo ou mudarem para placebo2 por até 26 semanas de observação para recidiva5. A resposta durante a fase aberta foi definida como pontuação total na HAM-D17 ≤ 11 e na CGI-I ≤ 2 na avaliação do Dia 56; a estabilidade foi definida como não tendo pontuação total na HAM-D17 ≤ 16 em qualquer visita ao consultório. A recidiva5 durante a fase duplo-cega foi definida da seguinte maneira: (1) pontuação total na HAM-D17 ≤ 16 em qualquer visita ao consultório, (2) descontinuação por resposta de eficácia insatisfatória, (3) hospitalização por depressão, (4) tentativa de suicídio, ou (5) suicídio. Pacientes que receberam tratamento contínuo de desvenlafaxina apresentaram, estatisticamente, tempo significativamente mais longo para a recidiva5 quando comparado com placebo2. Em 26 semanas, a probabilidade estimada de recidiva5 de Kaplan-Meier foi 14% com o tratamento com a desvenlafaxina versus 30% com placebo2.

Em um segundo estudo de longo prazo, os pacientes ambulatoriais adultos que atenderam aos critérios de transtorno depressivo maior do DSM-IV e que responderam a 12 semanas de tratamento agudo4 com a desvenlafaxina foram randomizados para a mesma dose (200 ou 400 mg/dia) que receberam durante o tratamento agudo4 ou para o placebo2 por até 26 semanas de observação para recidiva5. A resposta durante a fase aberta foi definida como pontuação total na HAM-D17 < 11 na avaliação do Dia 84. A recorrência6 durante a fase duplo-cega foi definida da seguinte maneira: (1) pontuação total na HAM-D17 ≥ 16 em qualquer visita ao consultório, (2) pontuação na CGI-I ≥ 6 (versus Dia 84) em qualquer visita ao consultório ou (3) descontinuação do estudo devido à resposta insatisfatória. Os pacientes que receberam o tratamento contínuo com a desvenlafaxina apresentaram taxas de recidiva5 significativamente menores em relação às 26 semanas subsequentes em comparação aos que receberam placebo2.

As análises da relação entre o resultado do tratamento e a idade e o sexo não sugeriram nenhum diferencial de responsividade com base nessas características dos pacientes. Não havia informações suficientes para determinar o efeito da raça sobre o resultado nesses estudos.

Referências

  1. DeMartinis NA, Yeung PP, Entsuah R, et al. A double-blind, placebo2-controlled study of the efficacy and safety of desvenlafaxine succinate in the treatment of major depressive disorder. J Clin Psychiatry 2007; 68:677-688.
  2. Septien-Velez L, Pitrosky B, Padmanabhan SK, et al. A randomized, double-blind, placebo2-controlled trial of desvenlafaxine succinate in the treatment of major depressive disorder. Int Clin Psychopharmacol. 2007 Nov;22(6):338-47.
  3. Kornstein SG, Clayton AH, Soares CN, et al. Analysis by age and sex of efficacy data from placebo2- controlled trials of desvenlafaxine in outpatients with major depressive disorder. Journal of Clinical Psychopharmacology. 2010; 30(3):294-299.
  4. Liebowitz MR, Manley AR, Padmanabhan SK, et al. Efficacy, safety, and tolerability of desvenlafaxine 50 mg/day and 100 mg/day in outpatients with major depressive disorder. Curr Med Res Opin. 2008 Jul;24(7):1877-90.
  5. Boyer P, Montgomery S, Lopola U, et al. Efficacy, safety, and tolerability of fixed-dose desvenlafaxine 50 and 100 mg/day for major depressive disorder in a placebo2- controlled trial. Int Clin Psychopharmacol. 2008 Sep;23(5):243-53.
  6. Boyer P, Vialet C, Hwang E, Tourian KA. Efficacy of Desvenlafaxine 50 mg/d Versus Placebo2 in the Long- Term Treatment of Major Depressive Disorder: A Randomized, Double-Blind Trial. Prim Care Companion CNS Disord. 2015 Aug 27;17(4).
  7. Rickels K, Montgomery SA, Tourian KA et al. Desvenlafaxine for the prevention of relapse in major depressive disorder: results of a randomized trial. J Clin Psychopharmacol. 2010 Feb;30(1):18-24.
  8. Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, Fourth Edition, Text Revision, American Psychiatric Publishing, Inc., Washington D.C., 2000.
  9. Bech P, Boyer P, Germain JM, et al. HAM-D17 and HAM-D6 sensitivity to change in relation to desvenlafaxine dose and baseline depression severity in major depressive disorder. Pharmacopsychiatry. 2010; 43(7):271-6.

CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Estudos pré-clínicos demonstraram que a desvenlafaxina é um inibidor seletivo da recaptação da serotonina e da noradrenalina7 (IRSN). A eficácia clínica da desvenlafaxina está relacionada ao aumento de ação desses neurotransmissores no sistema nervoso central8.

A desvenlafaxina não possui afinidade significativa por vários receptores, incluindo receptores muscarínico-colinérgicos, histaminérgicos H1 ou α1-adrenérgicos9 in vitro. Foi sugerido que a atividade farmacológica nesses receptores está associada a vários efeitos anticolinérgicos, sedativos e cardiovasculares observados com outros medicamentos psicotrópicos10. No mesmo ensaio abrangente de perfil de ligação, a desvenlafaxina também não apresentou afinidade significativa por vários canais iônicos, incluindo canais de íon11 cálcio, cloreto, potássio e sódio. Também não apresentou atividade inibitória na monoaminoxidase (MAO12). A desvenlafaxina não apresentou atividade significativa no estudo do canal de potássio cardíaco (hERG) in vitro.

Em modelos pré-clínicos com roedores, a desvenlafaxina demonstrou atividade preditiva de ações antidepressivas, ansiolíticas, termorreguladoras e propriedades inibitórias da dor.

Propriedades Farmacocinéticas

A farmacocinética de dose única da desvenlafaxina é linear e proporcional à dose em um intervalo de dose de 50 a 600 mg/dia. A meia-vida terminal média (t1/2) é de aproximadamente 11 horas. Com a administração uma vez por dia, as concentrações plasmáticas no estado de equilíbrio são atingidas em, aproximadamente, 4 a 5 dias. No estado de equilíbrio, o acúmulo de doses múltiplas da desvenlafaxina é linear e previsível a partir do perfil farmacocinético de dose única.

A farmacocinética da desvenlafaxina foi completamente avaliada em mulheres e homens. Houve diferenças mínimas com base no sexo; os dados de todos os indivíduos são apresentados a seguir.

Absorção e Distribuição

O succinato de desvenlafaxina monoidratado é bem absorvido, com uma biodisponibilidade oral absoluta de 80%. O tempo médio para a concentração plasmática máxima (Tmáx) é de cerca de 7,5 horas após a administração oral. A AUC13 e a Cmáx de 6.747 ng.h/mL e 376 ng/mL, respectivamente, são observadas após doses múltiplas de 100 mg.

Efeitos dos Alimentos

Um estudo do efeito da presença de alimentos envolvendo a administração da desvenlafaxina a indivíduos saudáveis em jejum e na presença de alimentos (refeição com alto teor de gordura14) indicou que a Cmáx aumentou cerca de 16% na presença de alimentos, enquanto as AUCs foram semelhantes. Essa diferença não é clinicamente significativa; portanto, a desvenlafaxina pode ser tomada independentemente das refeições.

A ligação a proteínas15 plasmáticas da desvenlafaxina é baixa (30%) e independente da concentração do medicamento. O volume de distribuição da desvenlafaxina em estado de equilíbrio após a administração intravenosa é de 3,4 L/kg, indicando a distribuição em compartimentos não vasculares16.

Metabolismo17 e Eliminação

Aproximadamente 45% da desvenlafaxina é excretada inalterada na urina18. A desvenlafaxina é metabolizada principalmente por conjugação (mediada por isoformas da UGT, incluindo UGT1A1, UGT1A3, UGT2B4, UGT2B15 e UGT2B17) e, em menor grau, através do metabolismo17 oxidativo. Aproximadamente 19% da dose administrada é excretada como o metabólito19 glicuronídeo e < 5% como o metabólito19 oxidativo (N, O-didesmetilvenlafaxina) na urina18. A CYP3A4 é a isoenzima do citocromo P450 predominante que age como mediador do metabolismo17 oxidativo (N-desmetilação) da desvenlafaxina.

Uso Geriátrico

Em um estudo conduzido com indivíduos saudáveis que receberam doses de até 300 mg, houve uma redução dependente da idade do clearance da desvenlafaxina, resultando em um aumento de 32% da Cmáx e um aumento de 55% dos valores da AUC13 dos indivíduos com mais de 75 anos em comparação aos indivíduos entre 18 e 45 anos. Não foram observadas diferenças em relação à segurança ou eficácia entre pacientes mais idosos (≥ 65 anos de idade) e pacientes mais jovens, mas não se pode desconsiderar a maior sensibilidade de alguns pacientes mais idosos. Não houve necessidade de ajuste de dose exclusivamente com base na idade; entretanto, uma possível redução da depuração renal20 da desvenlafaxina deve ser considerada ao determinar a dose (vide item POSOLOGIA E MODO DE USAR) a ser utilizada.

Uso Pediátrico

A segurança e a eficácia nos pacientes com menos de 18 anos de idade não foram estabelecidas.

Pacientes com Insuficiência Renal21

A farmacocinética do succinato de desvenlafaxina monoidratado 100 mg foi estudada em indivíduos com insuficiência renal21 leve (n = 9), moderada (n = 8) e grave (n = 7) e doença renal20 em estágio terminal (DRET) com necessidade de diálise22 (n = 9) e em indivíduos controle saudáveis pareados por idade (n = 8). A eliminação foi significativamente correlacionada com a depuração de creatinina23. A depuração corpórea total foi reduzida em 29% na insuficiência renal21 leve, 39% na moderada, 51% na grave e 58% na DRET em comparação a indivíduos saudáveis. Esse clearance reduzido resultou em aumentos das AUCs de 42% nos indivíduos com insuficiência renal21 leve (CrCl de 24 h = 50-80 mL/min), 56% em moderada (CrCl de 24 h = 30- 50 mL/min), 108% em grave (CrCl de 24 h < 30 mL/min) e 116% nos indivíduos com DRET.

A meia-vida terminal média (t1/2) foi prolongada de 11,1 horas nos indivíduos saudáveis para 13,5; 15,5; 17,6 e 22,8 horas em indivíduos com insuficiência renal21 leve, moderada, grave e com DRET, respectivamente.

Menos de 5% do medicamento no organismo foi depurado durante um procedimento de hemodiálise24 padrão de 4 horas. Portanto, doses complementares não devem ser administradas a pacientes após a diálise22. O ajuste de dose é recomendado em pacientes com insuficiência25 da função renal20 significativa (vide item POSOLOGIA E MODO DE USAR).

Pacientes com Insuficiência Hepática26

A farmacocinética do succinato de desvenlafaxina monoidratado 100 mg foi estudada em indivíduos com insuficiência hepática26 leve (Child-Pugh A, n = 8), moderada (Child-Pugh B, n = 8), grave (Child-Pugh C, n = 8) e em indivíduos saudáveis (n = 12).

A AUC13 média foi aumentada em aproximadamente 31% e 35% nos pacientes com insuficiência hepática26 moderada e grave, respectivamente, em comparação aos indivíduos saudáveis. Os valores médios de AUC13 foram equivalentes em indivíduos com insuficiência hepática26 leve e em indivíduos saudáveis (diferença < 5%).

O clearance sistêmico27 (CL/F) foi diminuído em aproximadamente 20% e 36% em pacientes com insuficiência hepática26 moderada e grave, respectivamente, em comparação a indivíduos saudáveis. Os valores de CL/F foram equivalentes em indivíduos com insuficiência hepática26 leve e em indivíduos saudáveis (diferença < 5%).

A t1/2 média mudou de aproximadamente 10 horas em indivíduos saudáveis e em indivíduos com insuficiência hepática26 leve para 13 e 14 horas em insuficiência hepática26 moderada e grave, respectivamente (vide item POSOLOGIA E MODO DE USAR).

Estudo Minucioso do Intervalo QTc

Em um estudo minucioso do intervalo QTc com critérios determinados de maneira prospectiva, em mulheres saudáveis, a desvenlafaxina não causou prolongamento do intervalo QT. Além disso, nenhum efeito sobre o intervalo QRS foi observado.

Dados Pré-Clínicos de Segurança Carcinogenicidade

O succinato de desvenlafaxina monoidratado administrado por sonda oral a camundongos e ratos por 2 anos não aumentou a incidência28 de tumores em qualquer estudo.

Os camundongos receberam desvenlafaxina em doses até 500/300 mg/kg/dia (dose reduzida após 45 semanas de administração). A dose de 300 mg/kg/dia é 90 vezes (em mg/kg) a dose humana máxima recomendada (DHMR) de 200 mg/dia, e 7 vezes (em mg/m2) a DHMR.

Os ratos receberam desvenlafaxina em doses até 300 mg/kg/dia (machos) ou 500 mg/kg/dia (fêmeas). A dose mais elevada foi de 90 (machos) ou 150 (fêmeas) vezes (em mg/kg) a DHMR de 200 mg/dia, e de 15 (machos) ou 24 (fêmeas) vezes (em mg/m2) o DHMR de 200 mg/dia.

Mutagenicidade

A desvenlafaxina não foi mutagênica no ensaio in vitro de mutação29 bacteriana (teste de Ames) e não foi clastogênica em um ensaio in vitro de aberração cromossômica em culturas de células30 CHO, um ensaio in vivo de micronúcleo de camundongo, ou um ensaio in vivo de aberração cromossômica em ratos. Além disso, a desvenlafaxina não foi genotóxica no ensaio in vitro de mutação29 de progressão de células30 CHO de mamíferos e foi negativa no ensaio in vitro de transformação celular de embriões de camundongos BALB/c-3T3.

Comprometimento da Fertilidade

Fertilidade reduzida foi observada em estudo pré-clínico, no qual ratos e ratas receberam succinato de desvenlafaxina monoidratado.

Este efeito foi notado em doses orais de aproximadamente 30 vezes (em mg/kg) e 5 vezes (em mg/m2) a dose humana máxima (DHMR) de 200 mg/dia. Não houve efeito na fertilidade para doses orais de aproximadamente 9 vezes (em mg/kg) e 1,5 vezes (em mg/m2) a DHMR. A relevância deste achado em humanos é desconhecida.

Teratogenicidade

Quando a desvenlafaxina foi administrada por via oral a ratas e coelhas prenhas durante o período de organogênese, não houve evidência de teratogenicidade em ratos com quaisquer doses testadas, até 30 vezes (em mg/kg) e até 5 vezes (em mg/m2) a dose humana máxima recomendada (DHMR) de 200 mg/dia em ratos. Em coelhos, não houve evidência de teratogenicidade em doses até 23 vezes (em mg/kg) a DHMR de 200 mg/dia, ou 7 vezes (em mg/m2) a DHMR. No entanto, os pesos fetais foram reduzidos em ratos com uma dose sem efeito de 30 vezes (em mg/kg) e 5 vezes (em mg/m2) a DHMR.

Quando o succinato de desvenlafaxina monoidratado foi administrado por via oral a ratas prenhas durante a gestação e lactação31, houve uma diminuição no peso das crias e aumento do número de mortes das crias durante os primeiros quatro dias de lactação31. A causa dessas mortes não é conhecida. A dose sem efeito para a mortalidade32 das crias foi de 30 vezes (em mg/kg) e 5 vezes (em mg/m2) a DHMR de 200 mg/dia. O crescimento e desempenho reprodutivo pós- desmame da cria não foram afetados pelo tratamento materno com desvenlafaxina na dose de 90 vezes (em mg/kg) e 15 vezes (em mg/m2) a DHMR.

O tempo médio estimado para o início da ação terapêutica33 de Desduo® é de até 7 dias.

CONTRAINDICAÇÕES

Hipersensibilidade ao succinato de desvenlafaxina monoidratado, ao cloridrato de venlafaxina ou a qualquer excipiente da formulação.

A desvenlafaxina é um inibidor da recaptação da serotonina e da noradrenalina7. Desduo® não deve ser usado em associação a um inibidor da monoaminoxidase (IMAO34) ou em, no mínimo, 14 dias após a descontinuação do tratamento com um IMAO34. Com base na meia-vida do succinato de desvenlafaxina monoidratado, deve-se esperar no mínimo 7 dias após a interrupção do Desduo® antes de iniciar um IMAO34. Iniciar o Desduo® em um paciente que esteja sendo tratado com um IMAO34 reversível, como a linezolida, ou em pacientes cujo azul de metileno intravenoso tenha sido administrado também é contraindicado em razão de um aumento do risco da síndrome da serotonina35 (vide item POSOLOGIA E MODO DE USAR e ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).

ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Piora Clínica de Sintomas36 Depressivos, Alterações Incomuns de Comportamento e Suicidalidade

O succinato de desvenlafaxina monoidratado é um IRSN (inibidor da recaptação de serotonina e noradrenalina7), uma classe de medicamentos que pode ser usada para tratar a depressão. Todos os pacientes tratados com a desvenlafaxina devem ser monitorados adequadamente e observados atentamente para piora clínica e suicidalidade. Os pacientes, seus familiares e seus cuidadores devem ser estimulados a ficar alertas ao aparecimento de ansiedade, agitação, ataques de pânico, insônia, irritabilidade, hostilidade, agressividade, impulsividade, acatisia37 (agitação psicomotora38), hipomania, mania, outras alterações incomuns de comportamento, piora da depressão e ideação suicida, especialmente ao iniciar a terapia ou durante qualquer alteração da dose ou do esquema posológico. O risco de tentativa de suicídio deve ser considerado, especialmente em pacientes deprimidos, e a menor quantidade do medicamento, compatível com o bom tratamento do paciente, deve ser fornecida para reduzir o risco de superdose.

O suicídio é um risco conhecido da depressão e de alguns outros transtornos psiquiátricos e esses transtornos por si só são fortes preditores de suicídio. As análises agrupadas de estudos controlados por placebo2 de curto prazo de medicamentos antidepressivos (ISRSs [inibidores seletivos da recaptação de serotonina] e outros) demonstraram que esses medicamentos aumentam o risco de suicidalidade em crianças, adolescentes e adultos jovens (18 a 24 anos de idade) com depressão maior e outros transtornos psiquiátricos. Os estudos de curto prazo não demonstraram um aumento do risco de suicidalidade com antidepressivos em comparação ao placebo2 em adultos com mais de 24 anos; houve uma redução do risco de suicidalidade com antidepressivos em comparação ao placebo2 em adultos com 65 anos ou mais.

Efeitos da descontinuação do tratamento

Durante a comercialização de inibidores da recaptação de serotonina e noradrenalina7 (IRSNs) e inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRSs), houve relatos pós-comercialização de eventos adversos após a suspensão desses medicamentos, particularmente quando abruptos, incluindo: humor disfórico, irritabilidade, agitação, tontura39, distúrbios sensoriais (por exemplo, parestesias40, como sensações de choque41 elétrico), ansiedade, confusão, dor de cabeça42, letargia43, labilidade emocional, insônia, hipomania, tinido, convulsões, déficit visual e hipertensão44. Embora esses eventos sejam geralmente autolimitados, houve relatos de sintomas36 graves de descontinuação, e às vezes esses efeitos podem ser prolongados e graves. Além disso, foram observados suicídios/pensamentos suicidas e agressividade em pacientes durante mudanças no regime posológico de desvenlafaxina, inclusive durante a descontinuação.

Os pacientes devem ser monitorados quando se interrompe o tratamento com desvenlafaxina. Recomenda-se uma redução gradual da dose, em vez da interrupção abrupta, sempre que possível. Se ocorrerem sintomas36 intoleráveis após uma diminuição da dose ou após a descontinuação do tratamento, pode ser considerada a continuação da dose anteriormente prescrita (vide item POSOLOGIA E MODO DE USAR e item. REAÇÕES ADVERSAS). Em alguns pacientes, a descontinuação pode ocorrer durante períodos de meses ou mais.

Disfunção sexual

Inibidores da recaptação da serotonina e noradrenalina7 (IRSNs) podem causar sintomas36 de disfunção sexual (vide item . REAÇÕES ADVERSAS). Houve relatos de disfunção sexual de longa duração onde os sintomas36 continuaram apesar da descontinuação dos IRSNs.

Mania/Hipomania

Em estudos clínicos, a mania foi relatada em 0,03% dos pacientes tratados com a desvenlafaxina. A ativação da mania/hipomania também foi relatada em uma pequena proporção de pacientes com transtorno afetivo maior que foram tratados com outros antidepressivos comercializados. Como ocorre com todos os antidepressivos, a desvenlafaxina deve ser usada com cautela em pacientes com história pessoal ou história familiar de mania ou hipomania (vide item REAÇÕES ADVERSAS).

Síndrome da Serotonina35 ou Reações Semelhantes à Síndrome45 Neuroléptica Maligna (SNM)

Como ocorre com outros agentes serotoninérgicos, o desenvolvimento de uma síndrome da serotonina35 potencialmente fatal ou reações semelhantes à Síndrome45 Neuroléptica Maligna (SNM) pode ocorrer com o tratamento com a desvenlafaxina, particularmente com o uso concomitante de outros medicamentos serotoninérgicos incluindo ISRSs, IRSNs, anfetaminas e triptanos com opioides, com medicamentos que prejudicam o metabolismo17 da serotonina (por exemplo, IMAOs, incluindo IMAOs reversíveis como a linezolida e o azul de metileno intravenoso), ou com antipsicóticos ou outros antagonistas da dopamina46 (vide item POSOLOGIA E MODO DE USAR e CONTRAINDICAÇÕES). Os sintomas36 da síndrome da serotonina35 podem incluir alterações do estado mental (por exemplo, agitação, alucinações47 e coma48), instabilidade autônoma (por exemplo, taquicardia49, pressão arterial50 instável e hipertermia), aberrações neuromusculares (por exemplo, hiper-reflexia, incoordenação) e/ou sintomas36 gastrintestinais (por exemplo, náusea51, vômitos52 e diarreia53). A síndrome da serotonina35, em sua forma mais grave, pode assemelhar-se à SNM, que inclui a hipertermia, rigidez muscular, instabilidade autônoma com possíveis flutuações rápidas dos sinais vitais54 e alterações do estado mental (vide item INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS).

Se o tratamento concomitante com a desvenlafaxina e outros agentes que podem afetar o sistema neurotransmissor serotonérgico e/ou dopaminérgico for clinicamente justificado, recomenda-se a observação rigorosa do paciente, particularmente durante o início do tratamento e os aumentos da dose.

O uso concomitante da desvenlafaxina com precursores da serotonina (como suplementos de triptofano) não é recomendado.

Glaucoma55 de Ângulo Fechado

Midríase56 foi relatada em associação à desvenlafaxina; portanto, pacientes com pressão intraocular57 aumentada ou aqueles em risco de glaucoma55 de ângulo fechado devem ser monitorados (vide item REAÇÕES ADVERSAS).

Administração Concomitante de Medicamentos Contendo venlafaxina e/ou desvenlafaxina A desvenlafaxina é o principal metabólito19 ativo da venlafaxina. Os produtos contendo succinato de desvenlafaxina monoidratado não devem ser usados concomitantemente com os produtos contendo cloridrato de venlafaxina ou outros produtos contendo succinato de desvenlafaxina monoidratado.

Efeitos sobre a Pressão Arterial50

Os aumentos da pressão arterial50 foram observados em alguns pacientes em estudos clínicos, particularmente com doses maiores. Hipertensão44 preexistente deve ser controlada antes do tratamento com a desvenlafaxina. Pacientes que recebem a desvenlafaxina devem realizar monitoração regular da pressão arterial50. Casos de pressão arterial50 elevada com necessidade de tratamento imediato foram relatados com a desvenlafaxina. Os aumentos mantidos da pressão arterial50 podem ter consequências adversas. Para os pacientes que apresentam um aumento mantido da pressão arterial50 enquanto recebem a desvenlafaxina, a redução da dose ou a descontinuação deve ser considerada. Deve-se ter cautela com pacientes com condições clínicas que possam ser afetadas por aumentos da pressão arterial50 (vide item REAÇÕES ADVERSAS).

Distúrbios Cardiovasculares/Vasculares16 Cerebrais

Deve-se ter cautela na administração da desvenlafaxina a pacientes com distúrbios cardiovasculares, vasculares16 cerebrais ou do metabolismo17 lipídico. Aumentos da pressão arterial50 e da frequência cardíaca foram observados em estudos clínicos com a desvenlafaxina. A desvenlafaxina não foi avaliada sistematicamente em pacientes com história recente de infarto do miocárdio58, doença cardíaca instável, hipertensão44 não controlada ou doença vascular59 cerebral. Os pacientes com esses diagnósticos, exceto doença vascular59 cerebral, foram excluídos dos estudos clínicos (vide item REAÇÕES ADVERSAS).

Angina60 Instável

A desvenlafaxina não foi sistematicamente avaliada em pacientes com angina60 instável, portanto, seu uso não é recomendado nessa população.

Lipídios Séricos

Aumentos relacionados à dose de desvenlafaxina do colesterol61 total sérico, do colesterol61 LDL62 (lipoproteína de baixa densidade) e dos triglicerídeos, em jejum, foram observados em estudos clínicos. O controle periódico dos lipídios séricos deve ser realizado durante o tratamento com a desvenlafaxina, ficando a critério médico a frequência desse controle.

Convulsões

Casos de convulsão63 foram relatados em estudos clínicos com a desvenlafaxina. A desvenlafaxina não foi avaliada sistematicamente em pacientes com transtorno convulsivo. Os pacientes com história de convulsões foram excluídos dos estudos clínicos. A desvenlafaxina deve ser prescrita com cautela em pacientes com transtorno convulsivo (vide item REAÇÕES ADVERSAS).

Sangramento Anormal

Os inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRSs) e inibidores da receptação de serotonina-norepinefrina (IRSNs), incluindo a desvenlafaxina, podem aumentar o risco de eventos de sangramento. O uso concomitante de ácido acetilsalicílico, medicamentos anti- inflamatórios não esteroidais (AINEs), varfarina e outros anticoagulantes64 pode contribuir para este risco. Estudos epidemiológicos de controle de caso e desenho de coorte65 demostraram uma associação entre o uso de drogas psicotrópicas que interferem na reabsorção de serotonina e a ocorrência de sangramento gastrintestinal superior. Sangramentos relacionados aos IRSNs e ISRSs variaram de equimose66, hematoma67, epistaxe68 e petéquia69 a hemorragias70 potencialmente fatais. Os pacientes devem ser advertidos sobre o risco de sangramento associado ao uso concomitante de desvenlafaxina e AINEs, ácido acetilsalicílico ou outras substâncias que afetam a coagulação71 ou sangramento.

Insuficiência Renal21

Em pacientes com insuficiência renal21 moderada ou grave ou com doença renal20 em estágio final (DREF), o clearance de desvenlafaxina estava diminuído, prolongando assim a meia vida de eliminação da droga. Como resultado, houve aumento potencial e clinicamente significativo da exposição à desvenlafaxina. O ajuste de dosagem (50 mg em dias alternados) é necessário para pacientes72 com insuficiência renal21 grave ou DREF. As doses não devem ser escalonadas em pacientes com insuficiência renal21 moderada ou grave ou DREF.

Hiponatremia73

Casos de hiponatremia73 e/ou da Síndrome45 da Secreção Inadequada do Hormônio74 Antidiurético (SSIHAD) foram descritos com IRSNs (incluindo succinato de desvenlafaxina monoidratado) e ISRSs, geralmente em pacientes hipovolêmicos ou desidratados, incluindo pacientes idosos e pacientes que tomam diuréticos75 (vide item REAÇÕES ADVERSAS).

Doença Pulmonar Intersticial76 e Pneumonia77 Eosinofílica

Doença pulmonar intersticial76 e pneumonia77 eosinofílica associadas à terapia com venlafaxina (droga mãe de desvenlafaxina) foram raramente relatadas. A possibilidade desses efeitos adversos deve ser considerada em pacientes tratados com desvenlafaxina que desenvolvem dispneia78 progressiva, tosse ou desconforto torácico. Esses pacientes devem ser submetidos a uma avaliação médica imediata e deve-se considerar a descontinuação da desvenlafaxina.

Gravidez79 e Lactação31

A segurança da desvenlafaxina na gravidez79 em humanos não foi estabelecida. Estudos demonstraram que a desvenlafaxina atravessa a placenta humana. A desvenlafaxina só deve ser administrada a mulheres grávidas se os benefícios esperados superarem os possíveis riscos. Se a desvenlafaxina for usada até ou logo antes do nascimento, os efeitos da descontinuação no recém-nascido devem ser considerados.

Complicações, incluindo a necessidade de suporte respiratório, alimentação por sonda ou hospitalização prolongada, foram relatadas em recém-nascidos expostos a IRSNs ou ISRSs no final do terceiro trimestre. Essas complicações podem surgir imediatamente após o parto.

Dados de Coorte65 de Gravidez79 do Quebec relataram que, após a exposição a IRSNs (incluindo desvenlafaxina) durante a segunda metade da gravidez79, hipertensão44 pulmonar persistente do recém-nascido (HPPN) foi identificada em 0,2% de todos os neonatos80; não foi possível estabelecer significância estatística no risco aumentado de HPPN em resposta à exposição no segundo/terceiro trimestres.

Em um estudo observacional prospectivo81, a mediana (intervalo interquartil [IQR]) de idade gestacional foi maior em bebês82 nascidos de mães controle do que aqueles nascidos de mães tratadas com antidepressivos (40 [39-40 semanas] vs 39 [38-40 semanas]); p <0,05). Os recém- nascidos nascidos de mães controle também tiveram uma mediana mais longa (IQR) de comprimento ao nascer (51 [49-51,6] cm vs 49 [47-51] cm; p <0,05) do que bebês82 nascidos de mães no grupo de casos. Os bebês82 também apresentavam anomalias comportamentais leves, categorizadas como funcionamento menos ideal para a habituação83 e agrupamentos motores e autonômicos [usando a Escala de Avaliação Comportamental Neonatal de Brazelton (BNBAS)]; no entanto, esses eventos foram autolimitantes e geralmente resolvidos em 1 a 2 semanas.

Em outro estudo, 6 dos 7 recém-nascidos com exposição intrauterina à venlafaxina a curto prazo apresentaram escores de Apgar aceitáveis ao nascimento; entretanto, uma melhora nos escores de Apgar aos 5 minutos foi observada em todos os 7 neonatos80. Nenhum caso de retardo de crescimento intrauterino foi registrado. Os eventos adversos observados em 5 neonatos80 ao nascer incluíram desconforto respiratório, taquipneia84, irritabilidade, tremores, sucção excessiva, rigidez, aumento do tônus, vômitos52, hiper-reflexia, movimentos desorganizados dos membros, reatividade inicial diminuída, agitação, sono insuficiente e líquido/fezes abundante. Em 4 dos 5 recém-nascidos, os eventos se resolveram espontaneamente, sem a necessidade de qualquer tratamento farmacológico, enquanto um recém-nascido necessitou de ressuscitação e pressão positiva contínua nas vias aéreas (C-PAP) por 48 horas. Embora o desconforto respiratório tenha sido atribuído à concentração plasmática de venlafaxina ou desvenlafaxina ao nascimento, a ocorrência de outros eventos adversos correlacionados com os níveis decrescentes de venlafaxina sugere que esses eventos poderiam potencialmente sinalizar sintomas36 de abstinência no neonato85 após um declínio nos níveis de venlafaxina após exposição a níveis significativamente altos do fármaco86 no útero87.

Um estudo longitudinal prospectivo81 com 201 mulheres com histórico de depressão maior que eram eutímicas no início da gravidez79 mostrou que as mulheres que interromperam a medicação antidepressiva durante a gravidez79 tinham maior probabilidade de apresentar uma recidiva5 de depressão maior do que as mulheres que continuaram a medicação antidepressiva.

A exposição a IRSNs do meio ao final da gravidez79 pode aumentar o risco de pré-eclâmpsia88, e a exposição a IRSNs perto do parto pode aumentar o risco de hemorragia89 pós-parto.

A desvenlafaxina (O-desmetilvenlafaxina) é excretada no leite humano. Nenhum evento adverso ocorreu tanto nas mães lactantes90 quanto nos lactentes91, no entanto, o efeito nos lactentes91 não foi estabelecido. A desvenlafaxina deve ser tomada por lactantes90 apenas se os benefícios esperados superarem os riscos possíveis.

Categoria de risco na gravidez79: C – Não há estudos adequados em mulheres. Em experiências animais ocorreram alguns efeitos colaterais92 no feto93, mas o benefício do produto pode justificar o risco potencial durante a gravidez79.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Populações especiais

Vide item CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS - Propriedades Farmacocinéticas, item POSOLOGIA E MODO DE USAR e item REAÇÕES ADVERSAS.

Efeitos na habilidade de dirigir e operar máquinas

Os resultados de um estudo clínico que avaliou os efeitos da desvenlafaxina sobre o desempenho comportamental de indivíduos saudáveis não revelou comprometimento clinicamente significativo do desempenho psicomotor94, cognitivo95 ou do comportamento complexo. No entanto, como qualquer medicamento ativo do SNC96 pode prejudicar o julgamento, o raciocínio ou as habilidades motoras, os pacientes devem ser avisados sobre a operação de maquinário perigoso, incluindo automóveis, até que estejam razoavelmente certos de que a terapia com a desvenlafaxina não tem efeito adverso sobre a sua capacidade de desempenhar essas atividades.

Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e atenção podem estar prejudicadas.

Abuso e Dependência Dependência Física e Psicológica

Embora a desvenlafaxina não tenha sido estudada sistematicamente em estudos pré-clínicos ou clínicos quanto a seu potencial para abuso, não foi observada nenhuma indicação de comportamento de busca por droga nos estudos clínicos.

Este medicamento pode causar doping.

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Inibidores da monoaminoxidase97 (IMAOs)

As reações adversas, algumas das quais foram sérias, foram relatadas em pacientes que recentemente descontinuaram um inibidor da monoaminoxidase (incluindo IMAOs reversíveis, como a linezolida e o azul de metileno intravenoso) e iniciaram o tratamento com antidepressivos com propriedades farmacológicas semelhantes às da desvenlafaxina (IRSNs ou ISRSs) ou que recentemente descontinuaram a terapia com IRSN ou ISRS antes do início de um IMAO34 (vide item POSOLOGIA E MODO DE USAR e item ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES). O uso concomitante da desvenlafaxina em pacientes tomando inibidores da monoaminoxidase97 (IMAOs) é contraindicado (vide item CONTRAINDICAÇÕES).

Pelo menos 14 dias devem se passar entre a descontinuação de um IMAO34 e a introdução da terapia com desvenlafaxina. Além disso, deve haver pelo menos 7 dias de intervalo após a interrupção de desvenlafaxina antes do início de um IMAO34.

Agentes Ativos do Sistema Nervoso Central8 (SNC96)

O risco de usar a desvenlafaxina em combinação com outros medicamentos ativos do SNC96 não foi avaliado sistematicamente. Deve-se ter cautela quando a desvenlafaxina for tomada em associação a outros medicamentos ativos do SNC96.

Síndrome Serotoninérgica98

Como ocorre com outros agentes serotoninérgicos, a síndrome serotoninérgica98, uma condição potencialmente fatal, pode ocorrer com o tratamento com a desvenlafaxina, particularmente com o uso concomitante de outros agentes que podem afetar o sistema neurotransmissor serotonérgico [incluindo triptanos, ISRSs, outros IRSNs, anfetaminas, lítio, sibutramina, opioides (por exemplo fentanila e seus análogos, tramadol, dextrometorfano, tapentadol, meperidina, metadona, pentazocina) ou erva de São João (Hypericum perforatum)], com medicamentos que prejudicam o metabolismo17 da serotonina [como os IMAOs, incluindo a linezolida (um antibiótico que é um IMAO34 não seletivo reversível) e o azul de metileno] ou com precursores da serotonina (como suplementos de triptofano) (vide item POSOLOGIA E MODO DE USAR, item CONTRAINDICAÇÕES e item ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).

Se o tratamento concomitante com a desvenlafaxina e um ISRS, um IRSN ou um agonista99 do receptor de 5-hidroxitriptamina [triptano] for clinicamente justificado, recomenda-se a observação rigorosa do paciente, especialmente durante o início do tratamento e os aumentos da dose. O uso concomitante da desvenlafaxina com precursores da serotonina (como suplementos de triptofano) não é recomendado (vide item ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).

Medicamentos que Interferem na Hemostase (por ex., anti-inflamatórios não esteroidais, ácido acetilsalicílico e varfarina)

O uso concomitante de um agente antiplaquetário ou anticoagulante100 com desvenlafaxina pode potencializar o risco de sangramento. Isto pode ser devido ao efeito de desvenlafaxina na liberação de serotonina pelas plaquetas101. Os pacientes recebendo terapia com um agente plaquetário ou anticoagulante100 devem ser cuidadosamente monitorados quando a terapia com desvenlafaxina é iniciada ou descontinuada.

Etanol

Um estudo clínico demonstrou que a desvenlafaxina não aumenta o comprometimento das habilidades mentais e motoras causadas pelo etanol. No entanto, como ocorre com todos os medicamentos ativos do SNC96, os pacientes devem ser aconselhados a evitar o consumo de álcool enquanto estiver tomando a desvenlafaxina.

Potencial de Outros Medicamentos Afetarem a desvenlafaxina Inibidores da CYP3A4

A CYP3A4 está minimamente envolvida na eliminação da desvenlafaxina. Em um estudo clínico, o cetoconazol (200 mg, 2x/dia) aumentou a área sob a curva de concentração vs. tempo (AUC13) da desvenlafaxina (dose única de 400 mg) em cerca de 43%, uma interação fraca, e a Cmáx em aproximadamente 8%. O uso concomitante da desvenlafaxina com inibidores potentes da CYP3A4 pode resultar em concentrações maiores da desvenlafaxina.

Inibidores de Outras Enzimas CYP

Com base em dados in vitro, não se espera que os medicamentos que inibem as isoenzimas CYP 1A1, 1A2, 2A6, 2D6, 2C8, 2C9, 2C19 e 2E1 tenham impacto significativo sobre o perfil farmacocinético da desvenlafaxina.

Potencial da desvenlafaxina de Afetar Outros Medicamentos

Medicamentos Metabolizados pela CYP2D6: Estudos clínicos demonstram que a desvenlafaxina não tem efeito clinicamente relevante sobre o metabolismo17 pela CYP2D6 na dose de 100 mg diariamente. Quando o succinato de desvenlafaxina monoidratado foi administrado na dose de 100 mg diariamente em associação a uma dose única de 50 mg de desipramina, um substrato da CYP2D6, a AUC13 da desipramina aumentou aproximadamente 17%. Quando a dose de 400 mg foi administrada, a AUC13 da desipramina aumentou aproximadamente 90%. Quando o succinato de desvenlafaxina monoidratado foi administrado na dose de 100 mg diariamente em associação a uma dose única de 60 mg de codeína, um substrato da CYP2D6 metabolizado em morfina, a AUC13 da morfina diminuiu aproximadamente 8%. O uso concomitante da desvenlafaxina com um medicamento metabolizado pela CYP2D6 pode resultar em concentrações maiores desse medicamento e concentrações menores de seus metabólitos102 da CYP2D6.

Medicamentos Metabolizados pela CYP3A4: In vitro, a desvenlafaxina não inibe nem induz as isoenzimas CYP3A4. Em um estudo clínico, a desvenlafaxina (400 mg diariamente) diminuiu a AUC13 do midazolam (dose única de 4 mg), um substrato da CYP3A4, em aproximadamente 31%. Em um segundo estudo, succinato de desvenlafaxina monoidratado 50 mg foi coadministrado diariamente com uma dose única de 4 mg de midazolam. A AUC13 e Cmáx do midazolam diminuíram em aproximadamente 29% e 14%, respectivamente. O uso concomitante da desvenlafaxina com um medicamento metabolizado pela CYP3A4 pode resultar em exposições menores a esse medicamento.

Medicamentos Metabolizados pela Combinação de CYP2D6 e CYP3A4 (tamoxifeno e aripiprazol): Estudos clínicos demonstraram que a desvenlafaxina (100 mg diariamente) não tem um efeito clinicamente relevante sobre os medicamentos metabolizados pela combinação das enzimas CYP2D6 e CYP3A4.
Uma dose única de 40 mg de tamoxifeno, que é metabolizado nos metabólitos102 ativos 4-hidróxi- tamoxifeno e endoxifeno principalmente pela CYP2D6 com contribuições menores para o metabolismo17 pela CYP3A4, foi administrada em associação com o succinato de desvenlafaxina monoidratado (100 mg diariamente). A AUC13 aumentou 3% com a administração concomitante do succinato de desvenlafaxina monoidratado. A AUC13 do 4-hidróxi-tamoxifeno aumentou 9%. A AUC13 do endoxifeno foi reduzida em 12%.
O succinato de desvenlafaxina monoidratado foi administrado na dose de 100 mg diariamente em associação com uma dose única de 5 mg de aripiprazol, um substrato da CYP2D6 e CYP3A4 metabolizado no metabólito19 ativo deidro-aripirazol. A AUC13 de aripiprazol aumentou 6% com a administração concomitante do succinato de desvenlafaxina monoidratado. A AUC13 do deidro-aripiprazol aumentou 3% com a administração concomitante.

Medicamentos Metabolizados pela CYP1A2, 2A6, 2C8, 2C9 e 2C19: In vitro, a desvenlafaxina não inibe as isoenzimas CYP1A2, 2A6, 2C8, 2C9 e 2C19 e não seria de se esperar que afetasse a farmacocinética dos medicamentos que são metabolizados por essas isoenzimas do CYP.

Transportador da Glicoproteína P: In vitro, a desvenlafaxina não é substrato nem inibidor do transportador da glicoproteína P.

Interações Medicamentosas com Exames Laboratoriais

Testes de triagem de imunoensaio de urina18 falso-positivos para fenciclidina e anfetamina foram relatados em pacientes que tomam a desvenlafaxina. Isto é devido à falta de especificidade dos testes de triagem. Resultados falso-positivos podem ser esperados por vários dias após a descontinuação da terapia com a desvenlafaxina. Testes confirmatórios, tais como espectrometria de massa/cromatografia gasosa, distinguirão a desvenlafaxina da fenciclidina e anfetamina.

Terapia Eletroconvulsiva: Não há dados clínicos que estabeleçam os riscos e/ou benefícios da terapia eletroconvulsiva combinada ao tratamento do TDM com a desvenlafaxina.

Possíveis Alterações Laboratoriais: Houve relatos incomuns (≥ 0,1% e < 1%) de aumentos discretos aos níveis das transaminases séricas, alguns dos quais foram clinicamente significativos, sem aumentos concomitantes dos níveis de bilirrubina103, em alguns pacientes tratados com succinato de desvenlafaxina monoidratado.

Lipídios: Elevações no colesterol61 sérico total em jejum, colesterol61 LDL62 (lipoproteína de baixa densidade) e triglicérides104 ocorreram nos estudos controlados. Algumas dessas anormalidades foram consideradas potencial e clinicamente significativas (vide item ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).

A porcentagem de pacientes que excedeu o valor limítrofe pré-determinado consta na Tabela 1.

Tabela 1: Incidência28 (%) de Pacientes com Anormalidades Lipídicas de Significância Clínica Potencial*

 

Desduo®

 

Placebo2

50 mg

100 mg

200 mg

400 mg

Colesterol61 Total
(Aumento de ≥ 50 mg/dL105 e um valor absoluto de ≥ 261 mg/dL105)

2

3

4

4

10

Colesterol61 LDL62
*(Aumento de ≥ 50 mg/dL105 e um valor absoluto de ≥ 190 mg/dL105)

0

1

0

1

2

Triglicérides104, em jejum
*(Jejum: ≥ 327 mg/dL105)

3

2

1

4

6

Proteinúria106Proteinúria106 maior que ou igual a traços foi observada nos estudos controlados de dose fixa (vide Tabela 2). Essa proteinúria106 não foi associada a aumentos no BUN ou na creatinina23 e, em geral, foi transitória.

Tabela 2: Incidência28 (%) de Pacientes com Proteinúria106 nos Estudos Clínicos de Dose Fixa

 

Desduo

 

Placebo2

50 mg

100 mg

200 mg

400 mg

Proteinúria106

4

6

8

5

7

CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Cuidados de conservação

Conservar em temperatura ambiente (15 a 30°C). Desde que respeitados os cuidados de armazenamento, o medicamento apresenta uma validade de 24 meses a contar da data de sua fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas e organolépticas do produto

  • Desduo® 50 mg: comprimido revestido de liberação prolongada, redondo, de coloração rosa claro, biconvexo, gravado com “T1” em um dos lados e liso do outro lado.
  • Desduo® 100 mg: comprimido revestido de liberação prolongada, redondo, de coloração marrom avermelhado, biconvexo, gravado com “T7” em um dos lados e liso do outro lado.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.

POSOLOGIA E MODO DE USAR

A dose recomendada de Desduo® é de 50 mg uma vez por dia, com ou sem alimentos. Nos estudos clínicos, as doses de 50 a 400 mg/dia demonstraram ser eficazes, embora nenhum outro benefício fosse demonstrado nas doses maiores que 50 mg/dia. Com base no julgamento clínico, se o aumento de dose for indicado para alguns pacientes, deve ocorrer gradativamente e em intervalos de no mínimo 7 dias. A dose máxima não deve exceder 200 mg/dia.

Uso em Pacientes com Insuficiência Renal21

A dose inicial recomendada em pacientes com insuficiência renal21 grave (CrCl de 24h < 30 mL/min) ou doença renal20 em estágio terminal (DRET) é de 50 mg em dias alternados. Devido à variabilidade individual do clearance nesses pacientes, a individualização da dose pode ser desejável. Doses complementares não devem ser administradas aos pacientes após a diálise22 (vide item CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS - Propriedades Farmacocinéticas).

Uso em Pacientes com Insuficiência Hepática26

Nenhum ajuste de dose é necessário para os pacientes com insuficiência hepática26 (vide item CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS - Propriedades Farmacocinéticas). Contudo, o escalonamento de doses acima de 100 mg/dia não é recomendado.

Populações especiais

Uso Pediátrico: A segurança e a eficácia em pacientes com menos de 18 anos de idade ainda não foram estabelecidas.

Uso em Pacientes Idosos: Não é necessário ajuste de dose exclusivamente com base na idade; entretanto, uma possível diminuição na depuração renal20 da desvenlafaxina deve ser considerada ao determinar a dose a ser utilizada (vide item CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS - Propriedades Farmacocinéticas).

Maior sensibilidade de alguns pacientes idosos à desvenlafaxina não pode ser desconsiderada.

Descontinuação da desvenlafaxina

Foram relatados sintomas36 associados à descontinuação da desvenlafaxina assim como com outros IRSNs e ISRSs. Os pacientes devem ser monitorados para esses sintomas36 quando descontinuarem o tratamento. Uma redução gradativa da dose em vez da interrupção repentina é recomendada. Se ocorrerem sintomas36 intoleráveis após uma diminuição da dose ou na descontinuação do tratamento, o reinício da dose anteriormente prescrita deve ser considerado. Subsequentemente, o médico pode continuar a diminuir a dose, mas de forma mais gradativa (vide item REAÇÕES ADVERSAS). Em alguns pacientes, a descontinuação pode ocorrer durante períodos de meses ou mais.

Substituição do Tratamento com Outros Antidepressivos pelo Tratamento com a desvenlafaxina

Foram relatados sintomas36 de descontinuação quando o tratamento de pacientes com outros antidepressivos, incluindo venlafaxina, é substituído pelo tratamento com a desvenlafaxina. A descontinuação gradativa do antidepressivo inicial pode ser necessária para minimizar os sintomas36 da descontinuação.

Uso de desvenlafaxina com IMAOs Reversíveis, como a linezolida ou o azul de metileno Não inicie a desvenlafaxina em um paciente que esteja sendo tratado com um IMAO34 reversível, como a linezolida, ou em pacientes cujo azul de metileno intravenoso tenha sido administrado em razão do aumento do risco da síndrome da serotonina35 (vide item CONTRAINDICAÇÕES). Em um paciente que necessitar de tratamento mais urgente de uma condição psiquiátrica, intervenções não farmacológicas, incluindo hospitalização, devem ser consideradas.

Em alguns casos, um paciente que já esteja recebendo terapia com desvenlafaxina pode precisar de tratamento urgente com linezolida ou azul de metileno intravenoso. Caso alternativas aceitáveis para o tratamento com linezolida ou azul de metileno intravenoso não estejam disponíveis e os benefícios potenciais do tratamento com linezolida ou azul de metileno intravenoso compensem os riscos de síndrome45 de serotonina em um paciente específico, a desvenlafaxina deve ser interrompida imediatamente, e a linezolida ou o azul de metileno intravenoso podem ser administrados. O paciente deve ser monitorado quanto aos sintomas36 de síndrome45 de serotonina por duas semanas ou até 24 horas após a última dose da linezolida ou azul de metileno intravenoso, o que ocorrer primeiro (vide item ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES). A terapia com desvenlafaxina pode ser retomada 24 horas após a última dose de linezolida ou azul de metileno intravenoso.

Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.

REAÇÕES ADVERSAS

Experiência dos Estudos Clínicos

A segurança da desvenlafaxina foi estabelecida em um total de 8.453 pacientes que foram expostos a, no mínimo, uma dose de desvenlafaxina variando de 10 a 400 mg/dia em estudos clínicos de TDM ou em experiência pós-comercialização. A segurança de longo prazo foi avaliada em 2.140 pacientes em estudos de TDM que foram expostos à desvenlafaxina por, no mínimo, 6 meses, com 421 pacientes expostos por 1 ano. Em geral, as reações adversas foram mais frequentes na primeira semana de tratamento.

Reações adversas por Classe de Sistema de Órgão (SOC) e categoria de frequência CIOMS (Council for International Organizations of Medical Sciences) listada por ordem decrescente de gravidade médica dentro de cada categoria de frequência e SOC

Classe de Sistema de Órgão

Muito comum
(≥ 1/10)

Comum
(≥ 1/100 a < 1/10)

Incomum
(≥ 1/1.000 a < 1/100)

Rara
(≥ 1/10.000 a < 1/1.000)

Muito Rara
(≥ 1/100.000 a < 1/10.000)

Frequência não conhecida (não pode ser estimada através dos dados disponíveis)

Distúrbios do sistema imune107

 

 

Hipersensibilidade

 

 

 

Distúrbios de metabolismo17 e nutrição108

 

Redução do apetite

 

Hiponatremia73

 

 

Distúrbios psiquiátricos

Insônia

Síndrome45 de abstinência, ansiedade, nervosismo, sonhos anormais, irritabilidade, redução da libido109, anorgasmia110

Despersonalização, orgasmo anormal

Mania, hipomania, alucinação111

 

 

Distúrbios do sistema nervoso112

Dor de cabeça42, tontura39, sonolência

Tremor, parestesia113, distúrbios de atenção, disgeusia114

Síncope115, discinesia

Síndrome serotoninérgica98*†, convulsão63, distonia‡

 

 

Distúrbios oculares

 

Visão116 borrada, midríase56

 

 

 

 

Distúrbios do ouvido e labirinto117

 

Vertigem118, tinido

 

 

 

 

Distúrbios cardíacos

 

Taquicardia49, palpitação119

 

Cardiomiopatia do estresse (cardiomiopatia de Takotsubo ) *†

 

 

Distúrbios vasculares16

 

Aumento da pressão sanguínea, fogachos

Hipotensão120 ortostática, extremidades frias

 

 

 

Distúrbios respiratórios, torácicos e do mediastino121

 

Bocejos

Epistaxe68

 

 

 

Distúrbios gastrintestinais

Náusea51, boca122 seca

Diarreia53, vômitos52, constipação123

 

Pancreatite124 aguda

 

 

Distúrbios da pele e tecido subcutâneo125 

Hiperhidrose

Rash126

Alopecia127

Síndrome45 de Stevens- Johnson*†, angioedema128, reação de fotossensibilidade

 

 

Distúrbios musculoesqueléti cos e do tecido conjuntivo129

 

Rigidez musculoesque lética

 

 

 

 

Distúrbios renais e urinários

 

 

Retenção urinária130, hesitação urinária, proteinúria106

 

 

 

Distúrbios do sistema reprodutivo e mamas131

 

Disfunção erétil§,ejaculação132 tardia§

Distúrbio de ejaculação§,falha na ejaculação§, disfunção sexual

 

 

 

Distúrbios gerais e condições no local da administração

 

Fadiga133, astenia134, calafrios135, sensação de nervosismo

 

 

 

 

Laboratoriais

 

Teste de função anormal do fígado136, aumento de peso, redução de peso

Aumento do colesterol61 sanguíneo, aumento do triglicérides104 sanguíneo, aumento da prolactina137 sanguínea

 

 

 

* Evento adverso identificado no pós-comercialização

† Frequência de reação adversa estimada usando “Regra de 3”

Distonia138 foi identificada em pacientes com TDM

§ Frequência é calculada baseada em homens somente

Em um estudo conduzido com indivíduos saudáveis que utilizou os registros de polissonografia139 (PSG) e eletroencefalogramas (EEGs), obtidos durante o dia, para confirmar a potencial atividade antidepressiva, a desvenlafaxina aumentou a latência140 e reduziu a duração do sono REM. Os efeitos foram observados com a administração de doses diárias de 150 mg, 300 mg e 600 mg.

Eventos Adversos Cardíacos Isquêmicos

Nos estudos clínicos houve relatos incomuns de eventos adversos cardíacos isquêmicos, incluindo isquemia141 do miocárdio142, infarto do miocárdio58 e obstrução coronariana com necessidade de revascularização; esses pacientes apresentavam múltiplos fatores de risco cardíaco subjacentes. Mais pacientes apresentaram esses eventos durante o tratamento com a desvenlafaxina em comparação ao placebo2 (vide item ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).

Angina60 Instável

Especificamente, em um estudo da desvenlafaxina para o tratamento de sintomas36 vasomotores em mulheres na pós-menopausa143, eventos adversos cardíacos isquêmicos foram observados em cinco mulheres recebendo doses de desvenlafaxina superiores a 200 mg/dia. Estas pacientes tinham múltiplos fatores de risco subjacentes.

Sintomas36 da Descontinuação

As reações adversas ao medicamento relatadas em associação à descontinuação repentina, à redução da dose ou à descontinuação gradativa do tratamento em estudos clínicos de TDM em uma taxa ≥ 2% incluem: tontura39, síndrome45 de abstinência, náusea51 e cefaleia144. Em geral, os sintomas36 da descontinuação ocorreram mais frequentemente com doses mais altas e com maior duração da terapia (vide item POSOLOGIA E MODO DE USAR e item ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).

Reações Adversas que Resultaram em Descontinuação da Terapia

As reações adversas mais comuns que resultaram em descontinuação em no mínimo 2% dos pacientes tratados com a desvenlafaxina nos estudos de curto prazo, até 12 semanas, foram náusea51 (2%); nos estudos em longo prazo, até 11 meses, nenhum evento resultou em descontinuação em no mínimo 2% dos pacientes e a uma taxa maior que a do placebo2 na fase duplo-cega.

Uso Geriátrico

Dos 7.785 pacientes em estudos clínicos de TDM tratados com a desvenlafaxina, 5% dos pacientes tinham 65 anos de idade ou mais. Nenhuma diferença global na segurança ou eficácia foi observada entre esses pacientes e pacientes mais jovens; no entanto, em estudos controlados por placebo2 de curto prazo, houve aumento na incidência28 de hipotensão120 ortostática sistólica e, em ambos os estudos controlados por placebo2 de curto e longo prazo, houve aumentos na pressão sanguínea sistólica em pacientes ≥ 65 anos de idade quando comparado a pacientes < 65 anos de idade tratados com a desvenlafaxina.

Reações Adversas Relatadas com Outros IRSNs

Embora o sangramento gastrintestinal não seja considerado uma reação adversa a desvenlafaxina, ele é uma reação adversa a outros IRSNs e também pode ocorrer com a desvenlafaxina.

Matriz Inerte Residual do Comprimido

Os pacientes recebendo desvenlafaxina podem encontrar a matriz inerte do comprimido nas fezes ou via colostomia145. Os pacientes devem ser informados que o ingrediente ativo do medicamento já foi absorvido.

Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VIGIMED, disponível no Portal da Anvisa.

SUPERDOSE

Há experiência clínica limitada com a superdose do succinato de desvenlafaxina monoidratado em humanos. Entre os pacientes incluídos nos estudos clínicos de TDM do succinato de desvenlafaxina monoidratado, houve quatro adultos que ingeriram doses maiores que 800 mg do succinato de desvenlafaxina monoidratado (4.000 mg [desvenlafaxina isoladamente], 900, 1.800 e 5.200 mg [em associação com outros medicamentos]); todos os pacientes se recuperaram. Além disso, uma criança de 11 meses de idade ingeriu acidentalmente 600 mg do succinato de desvenlafaxina monoidratado, foi tratada e se recuperou.

Não se conhece nenhum antídoto146 específico para a desvenlafaxina. A indução de vômitos52 não é recomendada. Devido ao volume moderado de distribuição desse medicamento, é improvável que a diurese147 forçada, a diálise22, a hemoperfusão e a exsanguíneo transfusão148 sejam benéficas.

O tratamento deve consistir das medidas gerais utilizadas no tratamento de superdose com qualquer ISRS/IRSN. Garantir vias aéreas, oxigenação e ventilação149 adequadas. Monitorar o ritmo cardíaco e os sinais vitais54. Medidas de suporte gerais e sintomáticas também são recomendadas. Lavagem gástrica150 com uma sonda orogástrica de grosso calibre com proteção adequada das vias aéreas, se necessária, pode ser indicada se realizada logo após a ingestão ou em pacientes sintomáticos. Carvão ativado deve ser administrado.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

DIZERES LEGAIS


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SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA
 

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Farmacêutica Responsável: Dra. Ana Carolina P. Forti - CRF-SP nº 47.244

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Complementos

1 Saúde: 1. Estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e o seu ambiente, o qual mantém as características estruturais e funcionais do organismo dentro dos limites normais para sua forma de vida e para a sua fase do ciclo vital. 2. Estado de boa disposição física e psíquica; bem-estar. 3. Brinde, saudação que se faz bebendo à saúde de alguém. 4. Força física; robustez, vigor, energia.
2 Placebo: Preparação neutra quanto a efeitos farmacológicos, ministrada em substituição a um medicamento, com a finalidade de suscitar ou controlar as reações, geralmente de natureza psicológica, que acompanham tal procedimento terapêutico.
3 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
4 Agudo: Descreve algo que acontece repentinamente e por curto período de tempo. O oposto de crônico.
5 Recidiva: 1. Em medicina, é o reaparecimento de uma doença ou de um sintoma, após período de cura mais ou menos longo; recorrência. 2. Em direito penal, significa recaída na mesma falta, no mesmo crime; reincidência.
6 Recorrência: 1. Retorno, repetição. 2. Em medicina, é o reaparecimento dos sintomas característicos de uma doença, após a sua completa remissão. 3. Em informática, é a repetição continuada da mesma operação ou grupo de operações. 4. Em psicologia, é a volta à memória.
7 Noradrenalina: Mediador químico do grupo das catecolaminas, liberado pelas fibras nervosas simpáticas, precursor da adrenalina na parte interna das cápsulas das glândulas suprarrenais.
8 Sistema Nervoso Central: Principais órgãos processadores de informação do sistema nervoso, compreendendo cérebro, medula espinhal e meninges.
9 Adrenérgicos: Que agem sobre certos receptores específicos do sistema simpático, como o faz a adrenalina.
10 Psicotrópicos: Que ou o que atua quimicamente sobre o psiquismo, a atividade mental, o comportamento, a percepção, etc. (diz-se de medicamento, droga, substância, etc.). Alguns psicotrópicos têm efeito sedativo, calmante ou antidepressivo; outros, especialmente se usados indevidamente, podem causar perturbações psíquicas.
11 Íon: Átomo ou grupo atômico eletricamente carregado.
12 Mão: Articulação entre os ossos do metacarpo e as falanges.
13 AUC: A área sob a curva ROC (Receiver Operator Characteristic Curve ou Curva Característica de Operação do Receptor), também chamada de AUC, representa a acurácia ou performance global do teste, pois leva em consideração todos os valores de sensibilidade e especificidade para cada valor da variável do teste. Quanto maior o poder do teste em discriminar os indivíduos doentes e não doentes, mais a curva se aproxima do canto superior esquerdo, no ponto que representa a sensibilidade e 1-especificidade do melhor valor de corte. Quanto melhor o teste, mais a área sob a curva ROC se aproxima de 1.
14 Gordura: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Os alimentos que fornecem gordura são: manteiga, margarina, óleos, nozes, carnes vermelhas, peixes, frango e alguns derivados do leite. O excesso de calorias é estocado no organismo na forma de gordura, fornecendo uma reserva de energia ao organismo.
15 Proteínas: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Alimentos que fornecem proteína incluem carne vermelha, frango, peixe, queijos, leite, derivados do leite, ovos.
16 Vasculares: Relativo aos vasos sanguíneos do organismo.
17 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.
18 Urina: Resíduo líquido produzido pela filtração renal no organismo, estocado na bexiga e expelido pelo ato de urinar.
19 Metabólito: Qualquer composto intermediário das reações enzimáticas do metabolismo.
20 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
21 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
22 Diálise: Quando os rins estão muito doentes, eles deixam de realizar suas funções, o que pode levar a risco de vida. Nesta situação, é preciso substituir as funções dos rins de alguma maneira, o que pode ser feito realizando-se um transplante renal, ou através da diálise. A diálise é um tipo de tratamento que visa repor as funções dos rins, retirando as substâncias tóxicas e o excesso de água e sais minerais do organismo, estabelecendo assim uma nova situação de equilíbrio. Existem dois tipos de diálise: a hemodiálise e a diálise peritoneal.
23 Creatinina: Produto residual das proteínas da dieta e dos músculos do corpo. É excretada do organismo pelos rins. Uma vez que as doenças renais progridem, o nível de creatinina aumenta no sangue.
24 Hemodiálise: Tipo de diálise que vai promover a retirada das substâncias tóxicas, água e sais minerais do organismo através da passagem do sangue por um filtro. A hemodiálise, em geral, é realizada 3 vezes por semana, em sessões com duração média de 3 a 4 horas, com o auxílio de uma máquina, dentro de clínicas especializadas neste tratamento. Para que o sangue passe pela máquina, é necessária a colocação de um catéter ou a confecção de uma fístula, que é um procedimento realizado mais comumente nas veias do braço, para permitir que estas fiquem mais calibrosas e, desta forma, forneçam o fluxo de sangue adequado para ser filtrado.
25 Insuficiência: Incapacidade de um órgão ou sistema para realizar adequadamente suas funções.Manifesta-se de diferentes formas segundo o órgão comprometido. Exemplos: insuficiência renal, hepática, cardíaca, respiratória.
26 Insuficiência hepática: Deterioração grave da função hepática. Pode ser decorrente de hepatite viral, cirrose e hepatopatia alcoólica (lesão hepática devido ao consumo de álcool) ou medicamentosa (causada por medicamentos como, por exemplo, o acetaminofeno). Para que uma insuficiência hepática ocorra, deve haver uma lesão de grande porção do fígado.
27 Sistêmico: 1. Relativo a sistema ou a sistemática. 2. Relativo à visão conspectiva, estrutural de um sistema; que se refere ou segue um sistema em seu conjunto. 3. Disposto de modo ordenado, metódico, coerente. 4. Em medicina, é o que envolve o organismo como um todo ou em grande parte.
28 Incidência: Medida da freqüência em que uma doença ocorre. Número de casos novos de uma doença em um certo grupo de pessoas por um certo período de tempo.
29 Mutação: 1. Ato ou efeito de mudar ou mudar-se. Alteração, modificação, inconstância. Tendência, facilidade para mudar de ideia, atitude etc. 2. Em genética, é uma alteração súbita no genótipo de um indivíduo, sem relação com os ascendentes, mas passível de ser herdada pelos descendentes.
30 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
31 Lactação: Fenômeno fisiológico neuro-endócrino (hormonal) de produção de leite materno pela puérpera no pós-parto; independente dela estar ou não amamentando.Toda mulher após o parto tem produção de leite - lactação; mas, infelizmente nem todas amamentam.
32 Mortalidade: A taxa de mortalidade ou coeficiente de mortalidade é um dado demográfico do número de óbitos, geralmente para cada mil habitantes em uma dada região, em um determinado período de tempo.
33 Terapêutica: Terapia, tratamento de doentes.
34 IMAO: Tipo de antidepressivo que inibe a enzima monoaminoxidase (ou MAO), hoje usado geralmente como droga de terceira linha para a depressão devido às restrições dietéticas e ao uso de certos medicamentos que seu uso impõe. Deve ser considerada droga de primeira escolha no tratamento da depressão atípica (com sensibilidade à rejeição) ou agente útil no distúrbio do pânico e na depressão refratária. Pode causar hipotensão ortostática e efeitos simpaticomiméticos tais como taquicardia, suores e tremores. Náusea, insônia (associada à intensa sonolência à tarde) e disfunção sexual são comuns. Os efeitos sobre o sistema nervoso central incluem agitação e psicoses tóxicas. O término da terapia com inibidores da MAO pode estar associado à ansiedade, agitação, desaceleração cognitiva e dor de cabeça, por isso sua retirada deve ser muito gradual e orientada por um médico psiquiatra.
35 Síndrome da serotonina: Síndrome serotoninérgica ou síndrome da serotonina é caracterizada por uma tríade de alterações do estado mental (ansiedade, agitação, confusão mental, hipomania, alucinações e coma), das funções motoras (englobando tremores, mioclonias, hipertonia, hiperreflexia e incoordenação) e do sistema nervoso autônomo (febre, sudorese, náuseas, vômitos, diarreia e hipertensão). Ela pode ter causas diversas, mas na maioria das vezes ocorre por uma má interação medicamentosa, quando dois ou mais medicamentos que elevam a neurotransmissão serotoninérgica por meio de distintos mecanismos são utilizados concomitantemente ou em overdose.
36 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
37 Acatisia: Síndrome caracterizada por sentimentos de inquietação interna que se manifesta por incapacidade de se manter quieta. É frequentemente causada por medicamentos neurolépticos.
38 Psicomotora: Própria ou referente a qualquer resposta que envolva aspectos motores e psíquicos, tais como os movimentos corporais governados pela mente.
39 Tontura: O indivíduo tem a sensação de desequilíbrio, de instabilidade, de pisar no vazio, de que vai cair.
40 Parestesias: São sensações cutâneas subjetivas (ex.: frio, calor, formigamento, pressão, etc.) que são vivenciadas espontaneamente na ausência de estimulação.
41 Choque: 1. Estado de insuficiência circulatória a nível celular, produzido por hemorragias graves, sepse, reações alérgicas graves, etc. Pode ocasionar lesão celular irreversível se a hipóxia persistir por tempo suficiente. 2. Encontro violento, com impacto ou abalo brusco, entre dois corpos. Colisão ou concussão. 3. Perturbação brusca no equilíbrio mental ou emocional. Abalo psíquico devido a uma causa externa.
42 Cabeça:
43 Letargia: Em psicopatologia, é o estado de profunda e prolongada inconsciência, semelhante ao sono profundo, do qual a pessoa pode ser despertada, mas ao qual retorna logo a seguir. Por extensão de sentido, é a incapacidade de reagir e de expressar emoções; apatia, inércia e/ou desinteresse.
44 Hipertensão: Condição presente quando o sangue flui através dos vasos com força maior que a normal. Também chamada de pressão alta. Hipertensão pode causar esforço cardíaco, dano aos vasos sangüíneos e aumento do risco de um ataque cardíaco, derrame ou acidente vascular cerebral, além de problemas renais e morte.
45 Síndrome: Conjunto de sinais e sintomas que se encontram associados a uma entidade conhecida ou não.
46 Dopamina: É um mediador químico presente nas glândulas suprarrenais, indispensável para a atividade normal do cérebro.
47 Alucinações: Perturbações mentais que se caracterizam pelo aparecimento de sensações (visuais, auditivas, etc.) atribuídas a causas objetivas que, na realidade, inexistem; sensações sem objeto. Impressões ou noções falsas, sem fundamento na realidade; devaneios, delírios, enganos, ilusões.
48 Coma: 1. Alteração do estado normal de consciência caracterizado pela falta de abertura ocular e diminuição ou ausência de resposta a estímulos externos. Pode ser reversível ou evoluir para a morte. 2. Presente do subjuntivo ou imperativo do verbo “comer.“
49 Taquicardia: Aumento da frequência cardíaca. Pode ser devido a causas fisiológicas (durante o exercício físico ou gravidez) ou por diversas doenças como sepse, hipertireoidismo e anemia. Pode ser assintomática ou provocar palpitações.
50 Pressão arterial: A relação que define a pressão arterial é o produto do fluxo sanguíneo pela resistência. Considerando-se a circulação como um todo, o fluxo total é denominado débito cardíaco, enquanto a resistência é denominada de resistência vascular periférica total.
51 Náusea: Vontade de vomitar. Forma parte do mecanismo complexo do vômito e pode ser acompanhada de sudorese, sialorréia (salivação excessiva), vertigem, etc.
52 Vômitos: São a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Podem ser classificados em: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
53 Diarréia: Aumento do volume, freqüência ou quantidade de líquido nas evacuações.Deve ser a manifestação mais freqüente de alteração da absorção ou transporte intestinal de substâncias, alterações estas que em geral são devidas a uma infecção bacteriana ou viral, a toxinas alimentares, etc.
54 Sinais vitais: Conjunto de variáveis fisiológicas que são pressão arterial, freqüência cardíaca, freqüência respiratória e temperatura corporal.
55 Glaucoma: É quando há aumento da pressão intra-ocular e danos ao nervo óptico decorrentes desse aumento de pressão. Esses danos se expressam no exame de fundo de olho e por alterações no campo de visão.
56 Midríase: Dilatação da pupila. Ela pode ser fisiológica, patológica ou terapêutica.
57 Pressão intraocular: É a medida da pressão dos olhos. É a pressão do líquido dentro do olho.
58 Infarto do miocárdio: Interrupção do suprimento sangüíneo para o coração por estreitamento dos vasos ou bloqueio do fluxo. Também conhecido por ataque cardíaco.
59 Vascular: Relativo aos vasos sanguíneos do organismo.
60 Angina: Inflamação dos elementos linfáticos da garganta (amígdalas, úvula). Também é um termo utilizado para se referir à sensação opressiva que decorre da isquemia (falta de oxigênio) do músculo cardíaco (angina do peito).
61 Colesterol: Tipo de gordura produzida pelo fígado e encontrada no sangue, músculos, fígado e outros tecidos. O colesterol é usado pelo corpo para a produção de hormônios esteróides (testosterona, estrógeno, cortisol e progesterona). O excesso de colesterol pode causar depósito de gordura nos vasos sangüíneos. Seus componentes são: HDL-Colesterol: tem efeito protetor para as artérias, é considerado o bom colesterol. LDL-Colesterol: relacionado às doenças cardiovasculares, é o mau colesterol. VLDL-Colesterol: representa os triglicérides (um quinto destes).
62 LDL: Lipoproteína de baixa densidade, encarregada de transportar colesterol através do sangue. Devido à sua tendência em depositar o colesterol nas paredes arteriais e a produzir aterosclerose, tem sido denominada “mau colesterol“.
63 Convulsão: Episódio agudo caracterizado pela presença de contrações musculares espasmódicas permanentes e/ou repetitivas (tônicas, clônicas ou tônico-clônicas). Em geral está associada à perda de consciência e relaxamento dos esfíncteres. Pode ser devida a medicamentos ou doenças.
64 Anticoagulantes: Substâncias ou medicamentos que evitam a coagulação, especialmente do sangue.
65 Coorte: Grupo de indivíduos que têm algo em comum ao serem reunidos e que são observados por um determinado período de tempo para que se possa avaliar o que ocorre com eles. É importante que todos os indivíduos sejam observados por todo o período de seguimento, já que informações de uma coorte incompleta podem distorcer o verdadeiro estado das coisas. Por outro lado, o período de tempo em que os indivíduos serão observados deve ser significativo na história natural da doença em questão, para que haja tempo suficiente do risco se manifestar.
66 Equimose: Mancha escura ou azulada devido à infiltração difusa de sangue no tecido subcutâneo. A maioria aparece após um traumatismo, mas pode surgir espontaneamente em pessoas que apresentam fragilidade capilar ou alguma coagulopatia. Após um período de tempo variável, a equimose desaparece passando por diferentes gradações: violácea, acastanhada, esverdeada e amarelada.
67 Hematoma: Acúmulo de sangue em um órgão ou tecido após uma hemorragia.
68 Epistaxe: Hemorragia de origem nasal.
69 Petéquia: Pequena lesão da pele ou das mucosas, de cor vermelha ou azulada, característica da púrpura. É uma lesão hemorrágica, que não desaparece à pressão, cujo tamanho não ultrapassa alguns milímetros.
70 Hemorragias: Saída de sangue dos vasos sanguíneos ou do coração para o exterior, para o interstício ou para cavidades pré-formadas do organismo.
71 Coagulação: Ato ou efeito de coagular(-se), passando do estado líquido ao sólido.
72 Para pacientes: Você pode utilizar este texto livremente com seus pacientes, inclusive alterando-o, de acordo com a sua prática e experiência. Conheça todos os materiais Para Pacientes disponíveis para auxiliar, educar e esclarecer seus pacientes, colaborando para a melhoria da relação médico-paciente, reunidos no canal Para Pacientes . As informações contidas neste texto são baseadas em uma compilação feita pela equipe médica da Centralx. Você deve checar e confirmar as informações e divulgá-las para seus pacientes de acordo com seus conhecimentos médicos.
73 Hiponatremia: Concentração de sódio sérico abaixo do limite inferior da normalidade; na maioria dos laboratórios, isto significa [Na+] < 135 meq/L, mas o ponto de corte [Na+] < 136 meq/L também é muito utilizado.
74 Hormônio: Substância química produzida por uma parte do corpo e liberada no sangue para desencadear ou regular funções particulares do organismo. Por exemplo, a insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas que diz a outras células quando usar a glicose para energia. Hormônios sintéticos, usados como medicamentos, podem ser semelhantes ou diferentes daqueles produzidos pelo organismo.
75 Diuréticos: Grupo de fármacos que atuam no rim, aumentando o volume e o grau de diluição da urina. Eles depletam os níveis de água e cloreto de sódio sangüíneos. São usados no tratamento da hipertensão arterial, insuficiência renal, insuficiência cardiaca ou cirrose do fígado. Há dois tipos de diuréticos, os que atuam diretamente nos túbulos renais, modificando a sua atividade secretora e absorvente; e aqueles que modificam o conteúdo do filtrado glomerular, dificultando indiretamente a reabsorção da água e sal.
76 Intersticial: Relativo a ou situado em interstícios, que são pequenos espaços entre as partes de um todo ou entre duas coisas contíguas (por exemplo, entre moléculas, células, etc.). Na anatomia geral, diz-se de tecido de sustentação localizado nos interstícios de um órgão, especialmente de vasos sanguíneos e tecido conjuntivo.
77 Pneumonia: Inflamação do parênquima pulmonar. Sua causa mais freqüente é a infecção bacteriana, apesar de que pode ser produzida por outros microorganismos. Manifesta-se por febre, tosse, expectoração e dor torácica. Em pacientes idosos ou imunodeprimidos pode ser uma doença fatal.
78 Dispnéia: Falta de ar ou dificuldade para respirar caracterizada por respiração rápida e curta, geralmente está associada a alguma doença cardíaca ou pulmonar.
79 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
80 Neonatos: Refere-se a bebês nos seus primeiros 28 dias (mês) de vida. O termo “recentemente-nascido“ refere-se especificamente aos primeiros minutos ou horas que se seguem ao nascimento. Esse termo é utilizado para enfocar os conhecimentos e treinamento da ressuscitação imediatamente após o nascimento e durante as primeiras horas de vida.
81 Prospectivo: 1. Relativo ao futuro. 2. Suposto, possível; esperado. 3. Relativo à preparação e/ou à previsão do futuro quanto à economia, à tecnologia, ao plano social etc. 4. Em geologia, é relativo à prospecção.
82 Bebês: Lactentes. Inclui o período neonatal e se estende até 1 ano de idade (12 meses).
83 Habituação: Em psicologia, habituação é um exemplo de aprendizagem não associativa na qual ocorre uma diminuição automática na intensidade de uma resposta a um estímulo que se repete. Ela capacita uma pessoa a ignorar o que lhe é familiar e a focar a atenção no que é novo.
84 Taquipneia: Aceleração do ritmo respiratório.
85 Neonato: Refere-se a bebês nos seus primeiros 28 dias (mês) de vida. O termo “recentemente-nascido“ refere-se especificamente aos primeiros minutos ou horas que se seguem ao nascimento. Esse termo é utilizado para enfocar os conhecimentos e treinamento da ressuscitação imediatamente após o nascimento e durante as primeiras horas de vida.
86 Fármaco: Qualquer produto ou preparado farmacêutico; medicamento.
87 Útero: Orgão muscular oco (de paredes espessas), na pelve feminina. Constituído pelo fundo (corpo), local de IMPLANTAÇÃO DO EMBRIÃO e DESENVOLVIMENTO FETAL. Além do istmo (na extremidade perineal do fundo), encontra-se o COLO DO ÚTERO (pescoço), que se abre para a VAGINA. Além dos istmos (na extremidade abdominal superior do fundo), encontram-se as TUBAS UTERINAS.
88 Pré-eclâmpsia: É caracterizada por hipertensão, edema (retenção de líquidos) e proteinúria (presença de proteína na urina). Manifesta-se na segunda metade da gravidez (após a 20a semana de gestação) e pode evoluir para convulsão e coma, mas essas condições melhoram com a saída do feto e da placenta. No meio médico, o termo usado é Moléstia Hipertensiva Específica da Gravidez. É a principal causa de morte materna no Brasil atualmente.
89 Hemorragia: Saída de sangue dos vasos sanguíneos ou do coração para o exterior, para o interstício ou para cavidades pré-formadas do organismo.
90 Lactantes: Que produzem leite; que aleitam.
91 Lactentes: Que ou aqueles que mamam, bebês. Inclui o período neonatal e se estende até 1 ano de idade (12 meses).
92 Efeitos colaterais: 1. Ação não esperada de um medicamento. Ou seja, significa a ação sobre alguma parte do organismo diferente daquela que precisa ser tratada pelo medicamento. 2. Possível reação que pode ocorrer durante o uso do medicamento, podendo ser benéfica ou maléfica.
93 Feto: Filhote por nascer de um mamífero vivíparo no período pós-embrionário, depois que as principais estruturas foram delineadas. Em humanos, do filhote por nascer vai do final da oitava semana após a CONCEPÇÃO até o NASCIMENTO, diferente do EMBRIÃO DE MAMÍFERO prematuro.
94 Psicomotor: Próprio ou referente a qualquer resposta que envolva aspectos motores e psíquicos, tais como os movimentos corporais governados pela mente.
95 Cognitivo: 1. Relativo ao conhecimento, à cognição. 2. Relativo ao processo mental de percepção, memória, juízo e/ou raciocínio. 3. Diz-se de estados e processos relativos à identificação de um saber dedutível e à resolução de tarefas e problemas determinados. 4. Diz-se dos princípios classificatórios derivados de constatações, percepções e/ou ações que norteiam a passagem das representações simbólicas à experiência, e também da organização hierárquica e da utilização no pensamento e linguagem daqueles mesmos princípios.
96 SNC: Principais órgãos processadores de informação do sistema nervoso, compreendendo cérebro, medula espinhal e meninges.
97 Inibidores da monoaminoxidase: Tipo de antidepressivo que inibe a enzima monoaminoxidase (ou MAO), hoje usado geralmente como droga de terceira linha para a depressão devido às restrições dietéticas e ao uso de certos medicamentos que seu uso impõe. Deve ser considerada droga de primeira escolha no tratamento da depressão atípica (com sensibilidade à rejeição) ou agente útil no distúrbio do pânico e na depressão refratária. Pode causar hipotensão ortostática e efeitos simpaticomiméticos tais como taquicardia, suores e tremores. Náusea, insônia (associada à intensa sonolência à tarde) e disfunção sexual são comuns. Os efeitos sobre o sistema nervoso central incluem agitação e psicoses tóxicas. O término da terapia com inibidores da MAO pode estar associado à ansiedade, agitação, desaceleração cognitiva e dor de cabeça, por isso sua retirada deve ser muito gradual e orientada por um médico psiquiatra.
98 Síndrome serotoninérgica: Síndrome serotoninérgica ou síndrome da serotonina é caracterizada por uma tríade de alterações do estado mental (ansiedade, agitação, confusão mental, hipomania, alucinações e coma), das funções motoras (englobando tremores, mioclonias, hipertonia, hiperreflexia e incoordenação) e do sistema nervoso autônomo (febre, sudorese, náuseas, vômitos, diarreia e hipertensão). Ela pode ter causas diversas, mas na maioria das vezes ocorre por uma má interação medicamentosa, quando dois ou mais medicamentos que elevam a neurotransmissão serotoninérgica por meio de distintos mecanismos são utilizados concomitantemente ou em overdose.
99 Agonista: 1. Em farmacologia, agonista refere-se às ações ou aos estímulos provocados por uma resposta, referente ao aumento (ativação) ou diminuição (inibição) da atividade celular. Sendo uma droga receptiva. 2. Lutador. Na Grécia antiga, pessoa que se dedicava à ginástica para fortalecer o físico ou como preparação para o serviço militar.
100 Anticoagulante: Substância ou medicamento que evita a coagulação, especialmente do sangue.
101 Plaquetas: Elemento do sangue (não é uma célula porque não apresenta núcleo) produzido na medula óssea, cuja principal função é participar da coagulação do sangue através da formação de conglomerados que tamponam o escape do sangue por uma lesão em um vaso sangüíneo.
102 Metabólitos: Qualquer composto intermediário das reações enzimáticas do metabolismo.
103 Bilirrubina: Pigmento amarelo que é produto da degradação da hemoglobina. Quando aumenta no sangue, acima de seus valores normais, pode produzir uma coloração amarelada da pele e mucosas, denominada icterícia. Pode estar aumentado no sangue devido a aumento da produção do mesmo (excesso de degradação de hemoglobina) ou por dificuldade de escoamento normal (por exemplo, cálculos biliares, hepatite).
104 Triglicérides: A principal maneira de armazenar os lipídeos no tecido adiposo é sob a forma de triglicérides. São também os tipos de lipídeos mais abundantes na alimentação. Podem ser definidos como compostos formados pela união de três ácidos graxos com glicerol. Os triglicérides sólidos em temperatura ambiente são conhecidos como gorduras, enquanto os líquidos são os óleos. As gorduras geralmente possuem uma alta proporção de ácidos graxos saturados de cadeia longa, já os óleos normalmente contêm mais ácidos graxos insaturados de cadeia curta.
105 Mg/dL: Miligramas por decilitro, unidade de medida que mostra a concentração de uma substância em uma quantidade específica de fluido.
106 Proteinúria: Presença de proteínas na urina, indicando que os rins não estão trabalhando apropriadamente.
107 Sistema imune: Sistema de defesa do organismo contra infecções e outros ataques de micro-organismos que enfraquecem o nosso corpo.
108 Nutrição: Incorporação de vitaminas, minerais, proteínas, lipídios, carboidratos, oligoelementos, etc. indispensáveis para o desenvolvimento e manutenção de um indivíduo normal.
109 Libido: Desejo. Procura instintiva do prazer sexual.
110 Anorgasmia: Ausência de orgasmo ou incapacidade para obtê-lo.
111 Alucinação: Perturbação mental que se caracteriza pelo aparecimento de sensações (visuais, auditivas, etc.) atribuídas a causas objetivas que, na realidade, inexistem; sensação sem objeto. Impressão ou noção falsa, sem fundamento na realidade; devaneio, delírio, engano, ilusão.
112 Sistema nervoso: O sistema nervoso é dividido em sistema nervoso central (SNC) e o sistema nervoso periférico (SNP). O SNC é formado pelo encéfalo e pela medula espinhal e a porção periférica está constituída pelos nervos cranianos e espinhais, pelos gânglios e pelas terminações nervosas.
113 Parestesia: Sensação cutânea subjetiva (ex.: frio, calor, formigamento, pressão, etc.) vivenciada espontaneamente na ausência de estimulação.
114 Disgeusia: Termo médico que designa alterações na percepção do paladar do paciente ou a sua diminuição.
115 Síncope: Perda breve e repentina da consciência, geralmente com rápida recuperação. Comum em pessoas idosas. Suas causas são múltiplas: doença cerebrovascular, convulsões, arritmias, doença cardíaca, embolia pulmonar, hipertensão pulmonar, hipoglicemia, intoxicações, hipotensão postural, síncope situacional ou vasopressora, infecções, causas psicogênicas e desconhecidas.
116 Visão: 1. Ato ou efeito de ver. 2. Percepção do mundo exterior pelos órgãos da vista; sentido da vista. 3. Algo visto, percebido. 4. Imagem ou representação que aparece aos olhos ou ao espírito, causada por delírio, ilusão, sonho; fantasma, visagem. 5. No sentido figurado, concepção ou representação, em espírito, de situações, questões etc.; interpretação, ponto de vista. 6. Percepção de fatos futuros ou distantes, como profecia ou advertência divina.
117 Labirinto: 1. Vasta construção de passagens ou corredores que se entrecruzam de tal maneira que é difícil encontrar um meio ou um caminho de saída. 2. Anatomia: conjunto de canais e cavidades entre o tímpano e o canal auditivo, essencial para manter o equilíbrio físico do corpo. 3. Sentido figurado: coisa complicada, confusa, de difícil solução. Emaranhado, imbróglio.
118 Vertigem: Alucinação de movimento. Pode ser devido à doença do sistema de equilíbrio, reação a drogas, etc.
119 Palpitação: Designa a sensação de consciência do batimento do coração, que habitualmente não se sente. As palpitações são detectadas usualmente após um exercício violento, em situações de tensão ou depois de um grande susto, quando o coração bate com mais força e/ou mais rapidez que o normal.
120 Hipotensão: Pressão sanguínea baixa ou queda repentina na pressão sanguínea. A hipotensão pode ocorrer quando uma pessoa muda rapidamente de uma posição sentada ou deitada para a posição de pé, causando vertigem ou desmaio.
121 Mediastino: Região anatômica do tórax onde se localizam diversas estruturas, dentre elas o coração.
122 Boca: Cavidade oral ovalada (localizada no ápice do trato digestivo) composta de duas partes
123 Constipação: Retardo ou dificuldade nas defecações, suficiente para causar desconforto significativo para a pessoa. Pode significar que as fezes são duras, difíceis de serem expelidas ou infreqüentes (evacuações inferiores a três vezes por semana), ou ainda a sensação de esvaziamento retal incompleto, após as defecações.
124 Pancreatite: Inflamação do pâncreas. A pancreatite aguda pode ser produzida por cálculos biliares, alcoolismo, drogas, etc. Pode ser uma doença grave e fatal. Os primeiros sintomas consistem em dor abdominal, vômitos e distensão abdominal.
125 Pele e Tecido Subcutâneo: Revestimento externo do corpo composto por PELE, seus acessórios (CABELO, UNHAS, GLÂNDULAS SEBÁCEAS e GLÂNDULAS SUDORÍPARAS) e seus ductos.
126 Rash: Coloração avermelhada da pele como conseqüência de uma reação alérgica ou infecção.
127 Alopécia: Redução parcial ou total de pêlos ou cabelos em uma determinada área de pele. Ela apresenta várias causas, podendo ter evolução progressiva, resolução espontânea ou ser controlada com tratamento médico. Quando afeta todos os pêlos do corpo, é chamada de alopécia universal.
128 Angioedema: Caracteriza-se por áreas circunscritas de edema indolor e não-pruriginoso decorrente de aumento da permeabilidade vascular. Os locais mais acometidos são a cabeça e o pescoço, incluindo os lábios, assoalho da boca, língua e laringe, mas o edema pode acometer qualquer parte do corpo. Nos casos mais avançados, o angioedema pode causar obstrução das vias aéreas. A complicação mais grave é o inchaço na garganta (edema de glote).
129 Tecido conjuntivo: Tecido que sustenta e conecta outros tecidos. Consiste de CÉLULAS DO TECIDO CONJUNTIVO inseridas em uma grande quantidade de MATRIZ EXTRACELULAR.
130 Retenção urinária: É um problema de esvaziamento da bexiga causado por diferentes condições. Normalmente, o ato miccional pode ser iniciado voluntariamente e a bexiga se esvazia por completo. Retenção urinária é a retenção anormal de urina na bexiga.
131 Mamas: Em humanos, uma das regiões pareadas na porção anterior do TÓRAX. As mamas consistem das GLÂNDULAS MAMÁRIAS, PELE, MÚSCULOS, TECIDO ADIPOSO e os TECIDOS CONJUNTIVOS.
132 Ejaculação: 1. Ato de ejacular. Expulsão vigorosa; forte derramamento (de líquido); jato. 2. Em fisiologia, emissão de esperma pela uretra no momento do orgasmo. 3. Por extensão de sentido, qualquer emissão. 4. No sentido figurado, fartura de palavras; arrazoado.
133 Fadiga: 1. Sensação de enfraquecimento resultante de esforço físico. 2. Trabalho cansativo. 3. Redução gradual da resistência de um material ou da sensibilidade de um equipamento devido ao uso continuado.
134 Astenia: Sensação de fraqueza, sem perda real da capacidade muscular.
135 Calafrios: 1. Conjunto de pequenas contrações da pele e dos músculos cutâneos ao longo do corpo, muitas vezes com tremores fortes e palidez, que acompanham uma sensação de frio provocada por baixa temperatura, má condição orgânica ou ainda por medo, horror, nojo, etc. 2. Sensação de frio e tremores fortes, às vezes com bater de dentes, que precedem ou acompanham acessos de febre.
136 Fígado: Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.
137 Prolactina: Hormônio secretado pela adeno-hipófise. Estimula a produção de leite pelas glândulas mamárias. O aumento de produção da prolactina provoca a hiperprolactinemia, podendo causar alteração menstrual e infertilidade nas mulheres. No homem, gera impotência sexual (por prejudicar a produção de testosterona) e ginecomastia (aumento das mamas).
138 Distonia: Contração muscular involuntária causando distúrbios funcionais, dolorosos e estéticos.
139 Polissonografia: Exame utilizado na avaliação de algumas das causas de insônia.
140 Latência: 1. Estado, caráter daquilo que se acha latente, oculto. 2. Por extensão de sentido, é o período durante o qual algo se elabora, antes de assumir existência efetiva. 3. Em medicina, é o intervalo entre o começo de um estímulo e o início de uma reação associada a este estímulo; tempo de reação. 4. Em psicanálise, é o período (dos quatro ou cinco anos até o início da adolescência) durante o qual o interesse sexual é sublimado; período de latência.
141 Isquemia: Insuficiência absoluta ou relativa de aporte sanguíneo a um ou vários tecidos. Suas manifestações dependem do tecido comprometido, sendo a mais frequente a isquemia cardíaca, capaz de produzir infartos, isquemia cerebral, produtora de acidentes vasculares cerebrais, etc.
142 Miocárdio: Tecido muscular do CORAÇÃO. Composto de células musculares estriadas e involuntárias (MIÓCITOS CARDÍACOS) conectadas, que formam a bomba contrátil geradora do fluxo sangüíneo. Sinônimos: Músculo Cardíaco; Músculo do Coração
143 Menopausa: Estado fisiológico caracterizado pela interrupção dos ciclos menstruais normais, acompanhada de alterações hormonais em mulheres após os 45 anos.
144 Cefaleia: Sinônimo de dor de cabeça. Este termo engloba todas as dores de cabeça existentes, ou seja, enxaqueca ou migrânea, cefaleia ou dor de cabeça tensional, cefaleia cervicogênica, cefaleia em pontada, cefaleia secundária a sinusite, etc... são tipos dentro do grupo das cefaleias ou dores de cabeça. A cefaleia tipo tensional é a mais comum (acomete 78% da população), seguida da enxaqueca ou migrânea (16% da população).
145 Colostomia: Procedimento cirúrgico que consiste em seccionar uma extremidade do intestino grosso e expô-lo através de uma abertura na parede abdominal anterior, pela qual será eliminado o material fecal. É utilizada em diferentes doenças que afetam o trânsito intestinal normal, podendo ser transitória (quando em uma segunda cirurgia o trânsito intestinal é restabelecido) ou definitiva.
146 Antídoto: Substância ou mistura que neutraliza os efeitos de um veneno. Esta ação pode reagir diretamente com o veneno ou amenizar/reverter a ação biológica causada por ele.
147 Diurese: Diurese é excreção de urina, fenômeno que se dá nos rins. É impróprio usar esse termo na acepção de urina, micção, freqüência miccional ou volume urinário. Um paciente com retenção urinária aguda pode, inicialmente, ter diurese normal.
148 Transfusão: Introdução na corrente sangüínea de sangue ou algum de seus componentes. Podem ser transfundidos separadamente glóbulos vermelhos, plaquetas, plasma, fatores de coagulação, etc.
149 Ventilação: 1. Ação ou efeito de ventilar, passagem contínua de ar fresco e renovado, num espaço ou recinto. 2. Agitação ou movimentação do ar, natural ou provocada para estabelecer sua circulação dentro de um ambiente. 3. Em fisiologia, é o movimento de ar nos pulmões. Perfusão Em medicina, é a introdução de substância líquida nos tecidos por meio de injeção em vasos sanguíneos.
150 Lavagem gástrica: É a introdução, através de sonda nasogástrica, de líquido na cavidade gástrica, seguida de sua remoção.

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