Seloken (Injetável) (Bula do profissional de saúde)
ASTRAZENECA DO BRASIL LTDA
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Seloken®
tartarato de metoprolol
Injetável 1 mg/mL
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Solução injetável
Embalagens com 5 ampolas contendo 5 mL cada
VIA INTRAVENOSA
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO:
Cada mL da ampola de Seloken injetável contém:
tartarato de metoprolol | 1 mg |
veículo q.s.p. | 1 mL |
Veículo: cloreto de sódio e água para injeção1.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE2
INDICAÇÕES
Seloken injetável está indicado para:
- Distúrbios do ritmo cardíaco, especialmente taquicardia3 supraventricular.
- Infarto do miocárdio4, confirmado ou suspeita.
RESULTADOS DE EFICÁCIA
Efeitos no ritmo cardíaco
Metoprolol demonstrou reduzir a frequência ventricular e extrassístoles ventriculares em casos de taquicardia3 supraventricular ou fibrilação atrial e na presença de extrassístoles ventriculares.
Efeitos no infarto do miocárdio4
Em pacientes com suspeita ou infarto do miocárdio4 confirmado, metoprolol reduziu a mortalidade5 principalmente devido à redução do risco de morte súbita. Presume-se que este efeito seja em parte devido à prevenção da fibrilação ventricular.
O efeito antifibrilatório pode ser devido a um mecanismo duplo: um efeito vagal na barreira hematoencefálica influenciando, de maneira benéfica, a estabilidade elétrica do coração6, e um efeito anti- isquêmico7 cardíaco simpático8 direto influenciando, de maneira benéfica, a contractilidade, a frequência cardíaca e a pressão arterial9. Tanto na intervenção precoce, como na intervenção tardia, a redução da mortalidade5 também foi observada em pacientes de alto risco com doença cardiovascular prévia e em pacientes com diabetes mellitus10.
O metoprolol demonstrou também reduzir o risco de reinfarto do miocárdio11 não-fatal.
Foi observada uma melhora na qualidade de vida após tratamento com metoprolol em pacientes após infarto do miocárdio4.
Em homens com hipertensão arterial12 leve a moderada, metoprolol tem demonstrado reduzir o risco de morte por doença cardiovascular, principalmente devido ao risco reduzido de morte cardiovascular súbita, reduzir o risco de infarto do miocárdio4 fatal e não-fatal e de acidente vascular cerebral13.
A qualidade de vida é mantida inalterada ou é melhorada durante o tratamento com metoprolol.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
PropriedadesFarmacodinâmicas
O metoprolol é um bloqueador beta-1 seletivo, isto é, bloqueia os receptores beta-1 em doses muito menores que as necessárias para bloquear os receptores beta-2.
O metoprolol possui um efeito estabilizador insignificante de membrana e não apresenta atividade agonista14 parcial.
Seloken injetável reduz ou inibe o efeito agonista14 das catecolaminas no coração6 (as quais são liberadas durante o estresse físico e mental). Isto significa que o aumento usual da frequência cardíaca, do débito cardíaco15, da contractilidade cardíaca e da pressão arterial9, produzido pelo aumento agudo16 das catecolaminas, é reduzido pelo metoprolol.
Durante o aumento dos níveis endógenos de adrenalina17, o metoprolol interfere muito menos no controle da pressão arterial9 do que os betabloqueadores não-seletivos.
Quando necessário, pode-se administrar metoprolol em associação com um agonista14 beta-2 em pacientes com sintomas18 de doença pulmonar obstrutiva. Quando administrado junto com um agonista14 beta-2, o metoprolol, nas doses terapêuticas, interfere menos do que os betabloqueadores não-seletivos na broncodilatação19 causada pelo agonista14 beta-2.
Seloken injetável interfere menos na liberação de insulina20 e no metabolismo21 dos carboidratos do que os betabloqueadores não-seletivos e, interfere muito menos, na resposta cardiovascular à hipoglicemia22 do que os betabloqueadores não-seletivos.
Estudos de curto prazo demonstraram que metoprolol pode causar um discreto aumento nos triglicérides23 e uma redução nos ácidos graxos livres no sangue24. Em alguns casos, foi observada uma pequena redução na fração de lipoproteínas de alta densidade (HDL25), embora em uma proporção menor do que a observada após a administração de betabloqueadores não-seletivos. Entretanto, foi demonstrada uma redução significativa nos níveis séricos totais de colesterol26 após tratamento com o metoprolol em um estudo realizado durante vários anos.
Propriedades Farmacocinéticas
Absorção e distribuição: Após injeção1 intravenosa, o metoprolol é rapidamente distribuído durante 5-10 minutos. Os níveis plasmáticos mostram uma relação linear com a dose administrada em doses de 5-20 mg.
A ligação do metoprolol às proteínas27 plasmáticas é baixa, aproximadamente 5–10%.
Metabolismo21 e eliminação: O metoprolol sofre metabolismo21 oxidativo primário no fígado28 pela isoenzima CYP2D6. Três principais metabólitos29 foram identificados, entretanto nenhum deles tem efeito betabloqueador de importância clínica.
Mais de 95% da dose oral pode ser recuperada na urina30. Aproximadamente 5% da dose administrada é excretada na urina30 como fármaco31 inalterado, podendo aumentar para até 30% em casos isolados. A meia- vida de eliminação do metoprolol no plasma32 é em média de 3,5 horas (valores extremos em: 1 e 9 horas). A velocidade de depuração total é de aproximadamente 1 L/min.
Os pacientes idosos não apresentam alterações significativas na farmacocinética do metoprolol em comparação com pessoas jovens. A biodisponibilidade sistêmica e eliminação do metoprolol não são alteradas em pacientes com função renal33 reduzida. Entretanto, a excreção dos metabólitos29 é reduzida. Foi observado um acúmulo significativo dos metabólitos29 em pacientes com uma taxa de filtração glomerular inferior a 5 mL/min. Esse acúmulo de metabólitos29, entretanto, não aumenta o efeito betabloqueador.
A farmacocinética do metoprolol é pouco afetada pela diminuição da função hepática34. Entretanto, em pacientes com cirrose35 hepática34 grave e derivação porto-cava, a biodisponibilidade do metoprolol pode
aumentar e a depuração total pode ser reduzida. Os pacientes com anastomose36 porto-cava apresentaram uma depuração total de aproximadamente 0,3 L/min e valores da área sob a curva de concentração plasmática versus tempo (AUC37) até 6 vezes maiores do que em indivíduos sadios.
Dados de segurança pré-clínica
Não há dados relevantes de segurança pré-clínica disponíveis.
CONTRAINDICAÇÕES
Seloken injetável é contraindicado em pacientes com hipersensibilidade ao metoprolol, aos demais componentes da fórmula ou a outros betabloqueadores.
Na presença das seguintes patologias deve ser evitada a administração do metoprolol: bloqueio atrioventricular de grau II ou de grau III; insuficiência cardíaca38 não compensada instável (edema pulmonar39, hipoperfusão ou hipotensão40) e pacientes com terapia inotrópica contínua ou intermitente41 agindo através de agonista14 do beta receptor; bradicardia42 sinusal clinicamente relevante; síndrome43 do nó sino-atrial (a menos que o paciente possua marcapasso44 ativo); choque45 cardiogênico, e arteriopatia periférica grave.
O metoprolol não deve ser administrado em pacientes com suspeita de infarto46 agudo16 do miocárdio11 enquanto a frequência cardíaca for < 45 batimentos/minuto, o intervalo PQ for > 0,24 segundos ou a pressão sistólica47 for < 100 mmHg.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
A administração intravenosa de antagonistas de cálcio do tipo verapamil não deve ser realizada em pacientes tratados com betabloqueadores. Pacientes com doenças broncoespásticas, em geral, não devem receber betabloqueadores. Porém, devido à sua relativa seletividade beta-1,Seloken injetável pode ser usado com cautela em pacientes com doença broncoespástica que não respondem, ou não toleraram tratamento com outros anti-hipertensivos. Deve-se administrar um fármaco31 agonista14 beta-2 e usar a menor dose possível de Seloken injetável.
Geralmente, quando estiver tratando pacientes com asma48, deve-se administrar terapia concomitante com agonista14 beta-2 (comprimidos e/ou aerossol). Pode haver necessidade de ajuste da dose do agonista14 beta- 2 (aumento) quando o tratamento com Seloken injetável é iniciado.
Seloken injetável deve ser usado com cautela em pacientes diabéticos. Há evidências de que o metoprolol pode diminuir a tolerância à glicose49 em pacientes diabéticos e, possivelmente, em indivíduos normais. Betabloqueadores podem mascarar alguns sintomas18 de hipoglicemia22 como a taquicardia3, embora outras manifestações como vertigem50 e sudorese51 podem não ser significativamente afetadas.
Durante o tratamento com metoprolol, há menor risco de interferência com o metabolismo21 de carboidratos ou de mascarar a hipoglicemia22 do que com betabloqueadores não-seletivos.
O bloqueio beta-adrenérgico52 pode mascarar certos sinais53 clínicos de hipertireoidismo54 (por exemplo: taquicardia3). Pacientes suspeitos de apresentarem tireotoxicoses devem ser controlados cuidadosamente para evitar interrupção abrupta do bloqueio beta, o que pode precipitar uma descompensação do quadro.
Em pacientes utilizando betabloqueadores, o choque anafilático55 manifesta-se com maior intensidade.
Pacientes com insuficiência cardíaca38 devem ter a descompensação tratada antes e durante o tratamento com Seloken injetável.
A estimulação simpática é um componente vital de suporte da função circulatória em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva56 e os betabloqueadores possuem o risco potencial de depressão da contractilidade do miocárdio11, podendo precipitar uma insuficiência cardíaca38 mais grave. Em pacientes hipertensos e com angina57 que têm insuficiência cardíaca congestiva56 controlada por digitálicos e diuréticos58, Seloken injetável deve ser administrado com cautela. Tanto digitálicos, quanto Seloken injetável diminuem a condução A-V.
Muito raramente, uma alteração pré-existente da condução A-V de grau moderado pode ser agravada (levando, possivelmente, ao bloqueio A-V).
Se os pacientes desenvolverem crescente bradicardia42, deve-se reduzir a dose de metoprolol ou suspender a medicação gradualmente.
Seloken injetável pode agravar os sintomas18 de arteriopatia periférica, devendo ser usado com cautela nestas condições.
Se utilizado em pacientes com feocromocitoma59, deve-se administrar concomitantemente um alfa-bloqueador.
A necessidade ou desejo de retirar a terapia betabloqueadora antes de cirurgias maiores é controversa. A habilidade prejudicada do coração6 para responder a estímulos adrenérgicos60 reflexos pode aumentar os riscos de anestesia61 geral e procedimentos cirúrgicos. Seloken injetável, como outros betabloqueadores, é um inibidor competitivo de agonistas de beta-receptores e seus efeitos podem ser revertidos pela administração destes agentes, por exemplo, dobutamina ou isoproterenol. Entretanto, estes pacientes podem estar sujeitos a hipotensão40 grave prolongada. Dificuldade em reiniciar e manter os batimentos cardíacos tem sido também relatada com betabloqueadores.
Não é recomendado interromper o tratamento com beta-bloqueador em pacientes que serão submetidos a cirurgia e o anestesista deve ser alertado que o paciente faz uso de metoprolol.
Iniciar uma alta dose aguda de metoprolol em pacientes que serão submetidos a cirurgia não-cardíaca deve ser evitada, pois ela tem sido associada com bradicardia42, hipotensão arterial62 e acidente vascular cerebral13, incluindo resultados fatais em pacientes com fatores de risco cardiovascular.
Durante tratamento por via oral, a suspensão abrupta da medicação deve ser evitada. Se for necessária a interrupção do tratamento, deverá ser realizada gradualmente, quando possível. Muitos pacientes podem interromper o tratamento ao longo de um período de 14 dias. Isto pode ser feito pela redução da dose diária em etapas sequenciais até uma dose final de 25 mg uma vez ao dia (metade de um comprimido de 50 mg). Durante este período, os pacientes devem ser mantidos sob vigilância, especialmente aqueles com doença cardíaca isquêmica conhecida. O risco de eventos coronarianos, como morte súbita, pode aumentar durante a interrupção do tratamento com bloqueador beta.
O bloqueio beta-adrenérgico52 pode mascarar certos sinais53 clínicos de hipertireoidismo54 (ex.: taquicardia3). Pacientes suspeitos de apresentarem tireotoxicoses devem ser controlados cuidadosamente para evitar interrupção abrupta do bloqueio beta, o que pode precipitar uma descompensação do quadro.
Em casos em que a pressão arterial sistólica63 for inferior a 100 mmHg, o metoprolol deve ser administrado por via intravenosa apenas se forem observadas precauções especiais, pois há o risco da administração por esta via causar maior queda na pressão arterial9 (por exemplo, em pacientes com arritmias64 cardíacas).
Durante o uso de Seloken injetável em pacientes com suspeita ou confirmação de infarto46, deve-se monitorizar cuidadosamente o estado hemodinâmico do paciente após cada uma das três doses intravenosas de 5 mg.
Não se deve administrar a segunda ou terceira dose se a frequência cardíaca for < 40 batimentos/minutos, a pressão sistólica47 for < 90 mmHg e o intervalo PQ for > 0,26 segundos, ou se existir qualquer acentuação da dispnéia65 ou da sudorese51 fria.
Os pacientes devem verificar sua reação ao Seloken injetável antes de operar máquinas ou dirigir veículos, porque, ocasionalmente, podem ocorrer vertigem50 ou fadiga66.
Este medicamento pode causar doping.
Gravidez67 e Lactação68
Categoria de risco na gravidez67: C – Não há estudos adequados em mulheres. Em experiências animais ocorreram alguns efeitos colaterais69 no feto70, mas o benefício do produto pode justificar o risco potencial durante a gravidez67.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião- dentista.
Seloken injetável não deve ser usado durante a gravidez67 ou lactação68 a menos que seu uso seja considerado essencial. Em geral, os betabloqueadores reduzem a perfusão placentária, o que tem sido associado com retardo de crescimento, morte intrauterina, aborto e parto prematuro. Sugere-se que acompanhamento materno-fetal apropriado seja realizado em mulheres grávidas tratadas com metoprolol. Os betabloqueadores podem causar efeitos adversos, por exemplo, bradicardia42 no feto70, recém-nascido e lactentes71.
Se a mãe lactante72 for tratada com metoprolol em doses dentro da faixa terapêutica73 normal, a quantidade de metoprolol ingerida através do leite materno, entretanto, parece ser insignificante com relação ao efeito betabloqueador no lactente74, no entanto, deve-se administrá-lo com cautela nesses casos, observando-se a possível apresentação de sinais53 de bloqueio do tipo beta pelo lactente74.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
O metoprolol é um substrato metabólico para o citocromo P450 isoenzima CYP2D6. Fármacos indutores ou inibidores enzimáticos podem exercer uma influência nos níveis plasmáticos do metoprolol. Os níveis plasmáticos do metoprolol podem ser aumentados pela coadministração de compostos metabolizados pela CYP2D6, ex.: antiarrítmicos, anti-histamínicos, antagonistas dos receptores de histamina75-2, antidepressivos, antipsicóticos e inibidores da COX-2. A concentração plasmática do metoprolol é diminuída pela rifampicina e pode ser aumentada pelo álcool e hidralazina.
Recomenda-se cuidado especial quando associar Seloken injetável a bloqueadores ganglionares simpáticos, inibidores da MAO76 (monoaminoxidase) ou outros betabloqueadores (por exemplo, colírio77).
Se o tratamento concomitante com clonidina for descontinuado, a medicação betabloqueadora deve ser retirada vários dias antes da clonidina.
Pode ocorrer aumento dos efeitos negativos sobre o inotropismo e cronotropismo quando metoprolol for administrado junto com antagonistas do cálcio pela via intravenosa (particularmente do tipo verapamil e diltiazem), sendo assim não devem ser administrados em conjunto.
Os betabloqueadores podem aumentar os efeitos negativos sobre o inotropismo e dromotropismo cardíacos de antiarrítmicos (do tipo da quinidina e amiodarona).
A associação de digitálicos glicosídeos e betabloqueadores pode aumentar o tempo de condução atrioventricular e pode induzir a bradicardia42.
Em pacientes recebendo terapia com betabloqueador, os anestésicos inalatórios aumentam o efeito cardiodepressor.
O tratamento concomitante com indometacina ou outros fármacos inibidores da prostaglandina78 sintetase pode diminuir o efeito anti-hipertensivo dos betabloqueadores.
Sob certas condições, quando a epinefrina é administrada em pacientes tratados com betabloqueadores, os betabloqueadores cardiosseletivos interferem em menor grau com o controle da pressão sanguínea que os não-seletivos.
Pode ser necessário um ajuste da dose de hipoglicemiantes orais79 em pacientes sob tratamento com betabloqueadores.
Interferências com exames laboratoriais
O uso de Seloken injetável pode apresentar níveis séricos elevados das transaminases, fosfatase alcalina80 e lactato81 desidrogenase (LDH).
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Cuidados de conservação
Seloken injetável deve ser conservado em temperatura ambiente (15–30°C).
Seloken injetável tem validade de 24 meses a partir da data de fabricação.
Caso seja feita diluição do Seloken injetável, após preparo, a solução diluída deve ser utilizada em até 12 horas.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas do produto
Seloken injetável é apresentado em ampolas contendo solução injetável incolor, clara, livre de partículas.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
POSOLOGIA E MODO DE USAR
Modo de usar
Seloken injetável destina-se para uso sem diluição. Entretanto, pode-se adicionar 40 mL da solução injetável (8 ampolas), equivalente a 40 mg de tartarato de metoprolol, à 1.000 mL das seguintes soluções para infusão: soro82 fisiológico83 0,9%, manitol 150 mg/mL, dextrose84 50 mg/mL ou 100 mg/mL, frutose85 200 mg/mL, açúcar86 invertido 100 mg/mL, Ringer, Ringer-dextrose84 e Ringer-acetato.
Posologia
Arritmias64 cardíacas: inicialmente até 5 mg injetado por via intravenosa à razão de 1–2 mg/min. A injeção1 pode ser repetida em intervalos de 5 minutos até que se obtenha uma resposta satisfatória. Geralmente, uma dose total de 10–15 mg é suficiente. São improváveis os benefícios da terapêutica73 com doses de 20 mg ou mais.
Infarto do miocárdio4: Seloken injetável deve ser administrado por via intravenosa o mais rápido possível após o início dos sintomas18 de infarto46 agudo16 do miocárdio11.
O tratamento deve ser iniciado em unidade coronariana ou similar, imediatamente após a estabilização hemodinâmica87 do paciente.
Deve-se administrar 3 injeções em bolus88 de 5 mg, em intervalos de 2 minutos, dependendo das condições hemodinâmicas do paciente.
Se o paciente tolerar a dose intravenosa total (15 mg), deve-se passar à dose de manutenção de 50 mg de tartarato de metoprolol por via oral, quatro vezes ao dia, iniciando-se 15 minutos após a última injeção1 intravenosa. Mantém-se este esquema geralmente por 48 horas.
A dose de manutenção é de 100 mg de tartarato de metoprolol (Seloken comprimidos), via oral, 2 vezes ao dia (pela manhã e à noite), ou 200 mg de succinato de metoprolol (SELOZOK comprimidos), uma vez ao dia.
Pacientes que não toleram a dose intravenosa total de Seloken injetável (15 mg) devem iniciar o tratamento oral com cuidado, utilizando-se uma dose menor.
Dosagens especiais
Insuficiência renal89: não é necessário ajuste de dose em pacientes com insuficiência renal89.
Insuficiência hepática90: normalmente, não é necessário ajuste de dose em pacientes com cirrose35 hepática34, porque o metoprolol tem uma baixa taxa de ligação proteica (5-10%). Quando há sinais53 de sério comprometimento da função hepática34 (por exemplo, pacientes submetidos a cirurgia de derivação) deve-se considerar uma redução da dose.
Idosos: não é necessário ajuste de dose.
Crianças: há experiência limitada do tratamento de crianças com Seloken injetável.
REAÇÕES ADVERSAS
O metoprolol é bem tolerado e as reações adversas têm sido, geralmente, leves e reversíveis. Os eventos a seguir têm sido relatados como eventos adversos em estudos clínicos ou em uso de rotina. Em muitos casos, não foi estabelecida uma relação com o tratamento com metoprolol.
As seguintes definições de frequência são usadas: muito comum (≥ 1/10), comum (≥ 1/100 e < 1/10), incomum (≥ 1/1.000 e < 1/100), rara (≥ 1/10.000 e < 1/1.000), muito rara (< 1/10.000).
Sistema Cardiovascular91
- Comum: bradicardia42, alterações posturais (muito raramente com síncope92), mãos93 e pés frios, fenômeno de Raynaud94 e palpitações95.
- Incomum: deterioração dos sintomas18 de insuficiência cardíaca38, choque45 cardiogênico em pacientes com infarto46 agudo16 do miocárdio11*, bloqueio cardíaco96 de primeiro grau, edema97 e dor precordial98.
- Rara: alterações na condução cardíaca e arritmias64 cardíacas.
- Muito rara: gangrena99 em pacientes com alterações circulatórias periféricas graves pre-existentes.
*Excesso de frequência de 0,4% comparado com placebo100 em um estudo com 46000 pacientes com infarto do miocárdio4 agudo16 quando a frequência de choque45 cardiogênico foi de 2,3% no grupo metoprolol e 1,9% no grupo placebo100 no subgrupo de pacientes com menor índice de risco de choque45. O índice de risco de choque45 foi baseado no risco absoluto em cada paciente individualmente derivado da idade, sexo, “time delay”, classe Killip, pressão sanguínea, frequência cardíaca, anormalidades no ECG e histórico de hipertensão101 prévia. O grupo de pacientes com menor índice de risco de choque45 corresponde aos pacientes nos quais metoprolol é recomendado para o uso em infarto do miocárdio4 agudo16.
Sistema Nervoso Central102
- Muito comum: fadiga66.
- Comum: vertigem50 e cefaléia103.
- Incomum: parestesia104 e cãibras musculares.
Sistema Gastrointestinal
- Comum: náusea105, dor abdominal, diarréia106 e constipação107.
- Incomum: vômitos108.
- Rara: boca109 seca.
Sistema Hematológico
- Muito rara: trombocitopenia110.
Sistema Hepático
- Rara: alterações de testes da função hepática34.
- Muito rara: hepatite111.
Metabolismo21
- Incomum: ganho de peso.
Músculo-esquelético
- Muito rara: artralgia112 e astenia113.
Efeitos Psiquiátricos
- Incomum: depressão, dificuldade de concentração, sonolência ou insônia e pesadelos.
- Rara: nervosismo, ansiedade e impotência114/disfunção sexual.
- Muito rara: amnésia115/comprometimento da memória, confusão e alucinações116.
Sistema Respiratório117
- Comum: dispnéia65 de esforço.
- Incomum: broncoespasmo118.
- Rara: rinite119.
Órgãos dos Sentidos
- Rara: distúrbios da visão120, irritação e/ou ressecamento dos olhos121 e conjuntivite122.
- Muito rara: zumbido e distúrbios do paladar123.
Pele124
- Incomum: exantema125 (na forma de urticária126 psoriasiforme e lesões127 cutâneas128 distróficas) e sudorese51 aumentada.
- Rara: perda de cabelo129.
- Muito rara: reações de fotossensibilidade e agravamento da psoríase130.
Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.
SUPERDOSE
Sintomas18
Dentre os sintomas18 da superdose podem ocorrer hipotensão40, insuficiência cardíaca38, bradicardia42 e bradiarritmias, distúrbios na condução elétrica cardíaca e broncoespasmo118.
Tratamento
O tratamento deve ser realizado em local com medidas adequadas de atendimento, monitoramento e supervisão.
Atropina, drogas estimulantes do sistema adrenérgico52 ou marcapasso44 podem ser utilizados no tratamento de bradicardia42 e desordens de condução cardíaca.
Hipotensão40, insuficiência cardíaca38 aguda e choque45 devem ser tratados com adequados expansores de volume, injeção1 de glucagon131 (se necessário, seguido de uma infusão intravenosa de glucagon131), administração intravenosa de medicamentos estimulantes do sistema adrenérgico52 como a dobutamina, combinada com medicamentos agonistas dos receptores alfa 1 quando houver vasodilatação. O uso intravenoso de Ca2+ também pode ser considerado.
Broncoespasmo118 geralmente pode ser revertido por broncodilatadores132.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
USO RESTRITO A HOSPITAIS
MS - 1.1618.0071
Farm. Resp.: Mauricio Rivas Marante - CRF-SP nº 28.847
Fabricado por:
Cenexi – Fontenary – Sous-Bois - França
Importado por:
AstraZeneca do Brasil Ltda.
Rod. Raposo Tavares, km 26,9 – Cotia – SP – CEP 06707-000
CNPJ 60.318.797/0001-00
SAC 0800 014 55 78