

Benicar Triplo (Bula do profissional de saúde)
DAIICHI SANKYO BRASIL FARMACÊUTICA LTDA
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Benicar Triplo®
olmesartana medoxomila + hidroclorotiazida + anlodipino
Comprimidos 20 mg + 12,5 mg + 5 mg; 40 mg + 12,5 mg + 5 mg; 40 mg + 25 mg + 10 mg
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Comprimido revestido
Embalagens com 7 e 30 comprimidos
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO:
Cada comprimido de Benicar Triplo 20 mg/12,5 mg/5 mg contém:
olmesartana medoxomila | 20 mg |
hidroclorotiazida | 12,5 mg |
anlodipino (corresponde a 6,944 de besilato de anlodipino) … | 5 mg |
excipiente q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: amido pré-gelatinizado, celulose microcristalina silicificada, croscarmelose sódica, estearato de magnésio, álcool polivinílico, macrogol, dióxido de titânio, talco, óxido férrico amarelo, óxido férrico preto e óxido férrico vermelho.
Cada comprimido de Benicar Triplo 40 mg/12,5 mg/5 mg contém:
olmesartana medoxomila | 40 mg |
hidroclorotiazida | 12,5 mg |
anlodipino (corresponde a 6,944 de besilato de anlodipino) … | 5 mg |
excipiente q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: amido pré-gelatinizado, celulose microcristalina, dióxido de sílicio, croscarmelose sódica, estearato de magnésio, álcool polivinílico, macrogol, dióxido de titânio, talco e óxido férrico amarelo.
Cada comprimido de Benicar Triplo 40 mg/25 mg/10 mg contém:
olmesartana medoxomila | 40 mg |
hidroclorotiazida | 25 mg |
anlodipino (corresponde a 13,888 de besilato de anlodipino) … | 10 mg |
excipiente q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: amido pré-gelatinizado, celulose microcristalina silicificada, croscarmelose sódica, estearato de magnésio, álcool polivinílico, macrogol, dióxido de titânio, talco, óxido férrico amarelo e óxido férrico vermelho.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE1
INDICAÇÕES
Benicar Triplo é indicado para o tratamento da hipertensão arterial2 em adultos. Benicar Triplo não é indicado para o tratamento inicial.
RESULTADOS DE EFICÁCIA
A eficácia anti-hipertensiva de Benicar Triplo foi estudada em um estudo duplo-cego3, randomizado4 e controlado por medicamento ativo em pacientes hipertensos. Um total de 2.492 pacientes com hipertensão arterial2 (pressão arterial5 basal média: 169/101 mmHg) receberam olmesartana medoxomila/hidroclorotiazida/anlodipino 40/25/10 mg (627 pacientes), olmesartana medoxomila/anlodipino 40/10 mg (628 pacientes), olmesartana medoxomila/hidroclorotiazida 40/25 mg (637 pacientes) ou hidroclorotiazida/anlodipino 25/10 mg (600 pacientes). Os pacientes randomizados receberam um dos tratamentos de combinação dupla durante duas a quatro semanas. Os pacientes foram então randomizados para continuar com a combinação dupla que estavam usando ou para receber a combinação tripla. Da população total de pacientes, aproximadamente 53% eram do sexo masculino, 19% eram idosos (≥ 65 anos), 67% eram brancos, 30% eram negros e 15% eram diabéticos. Após 8 semanas de tratamento, a combinação tripla produziu reduções maiores da pressão arterial sistólica6 e diastólica (p<0,0001) quando comparada com as três combinações duplas utilizadas.
As reduções na pressão arterial5 com o uso de Benicar Triplo 40 mg/25 mg/10 mg comparado com altas doses da combinação dupla estão demonstradas na tabela abaixo:
Dose inicial |
Adição do fármaco7 |
Redução da pressão arterial5* |
olmesartana medoxomila/anlodipino 40/10 mg |
Hidroclorotiazida 25 mg |
8,4/4,5 mmHg |
olmesartana medoxomila/hidroclorotiazida 40/25 mg |
Anlodipino 10 mg |
7,6/5,4 mmHg |
hidroclorotiazida/anlodipino 25/10 mg |
Olmesartana medoxomila 40 mg |
8,1/5,4 mmHg |
* todas com reduções estatisticamente significativas.
Não houve diferenças na redução da pressão arterial sistólica6 e diastólica em pacientes negros e/ou diabéticos. Uma proporção significativamente maior de pacientes em uso da tripla combinação atingiu meta de redução da pressão arterial5 quando comparado com a combinação dupla na semana 12 (p<0,001). A proporção de pacientes que atingiram pressão arterial5 <140/90 mmHg na semana 12 foi de 69,9% com a combinação tripla versus 52,9%, 53,4% e 41,1% nos pacientes em uso de olmesartana medoxomila/anlodipino 40/10 mg, olmesartana medoxomila/hidroclorotiazida 40/25 mg e anlodipino/hidroclorotiazida 10/25 mg respectivamente (p<0,001 versus todas as combinações duplas). (Oparil S et al. Triple therapy with olmesartan medoxomil, amlodipine besylate, and hydrochlorothiazide in adults patients with hypertension: The TRINITY multicenter, randomized, double-blind, 12-week, parallel-group study. Clin. Therap., 2010; 32(7):1-18; Kereiakes DJ et al. Long-term efficacy and safety of triple combination therapy with olmesartan medoxomil and amlodipine besylate and hydrochlorothiazide for hypertension. Clin. Hypertens. (Greenwich), 2012;14(3):149-5).
A eficácia da associação de olmesartana, hidroclorotiazida e anlodipino foi demonstrada em estudos clínicos Fase III; adicionalmente os resultados dos estudos de bioequivalência demonstraram que a associação em dose fixa Benicar Triplo é bioequivalente às doses correspondentes da associação entre olmesartana- hidroclorotiazida e anlodipino co-administrados como comprimidos separados.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Farmacodinâmica
Os ingredientes ativos do Benicar Triplo têm como alvo três mecanismos separados envolvidos na regulação da pressão sanguínea. Especificamente, o anlodipino bloqueia os efeitos contráteis do cálcio nas células8 cardíacas e do músculo liso vascular9; a olmesartana medoxomila bloqueia a vasoconstrição10 e os efeitos de retenção de sódio da angiotensina II nas células8 cardíacas, musculares lisas vasculares11, adrenais e renais; e a hidroclorotiazida promove diretamente a excreção do sódio e do cloreto no rim12, o que leva a reduções do volume intravascular13. Para uma descrição mais detalhada dos mecanismos de ação de cada componente isolado, vide a seguir.
Olmesartana medoxomila: é um pró-fármaco7 que, durante a absorção pelo trato gastrintestinal, é completamente convertido, por hidrólise, no composto biologicamente ativo, a olmesartana. A olmesartana é um bloqueador seletivo dos receptores AT1 de angiotensina II. A angiotensina II é formada a partir da angiotensina I em uma reação catalisada pela enzima14 conversora da angiotensina (ECA, cininase II). A angiotensina II é o principal agente pressórico do sistema renina-angiotensina-aldosterona, com efeitos que incluem vasoconstrição10, estimulação da síntese e liberação de aldosterona, estimulação cardíaca e reabsorção renal15 de sódio. A olmesartana liga-se de forma competitiva e seletiva ao receptor AT1 e impede os efeitos vasoconstritores da angiotensina II bloqueando seletivamente sua ligação ao receptor AT1 no músculo liso vascular9. A sua ação é independente da via de síntese da angiotensina II. O bloqueio do receptor AT1 de angiotensina II inibe o feedback negativo regulador sobre a secreção de renina; entretanto, o aumento resultante na atividade de renina plasmática e nos níveis de angiotensina II circulante não suprime o efeito da olmesartana sobre a pressão arterial5. Não é esperado o aparecimento de tosse devido à alteração da resposta à bradicinina16 pelo fato da olmesartana medoxomila não inibir a ECA. Receptores AT2 também são encontrados em outros tecidos, mas se desconhece a sua associação com a homeostasia17 cardiovascular. A olmesartana tem uma afinidade 12.500 vezes superior ao receptor AT1 comparada ao receptor AT2.
Doses de 2,5 a 40 mg de olmesartana medoxomila inibem o efeito pressórico da infusão de angiotensina I. A duração do efeito inibitório está relacionada com a dose. As concentrações plasmáticas de angiotensina I, angiotensina II e a atividade de renina plasmática aumentaram após a administração única e repetida de olmesartana medoxomila a indivíduos sadios e pacientes hipertensos. A administração repetida de até 80 mg de olmesartana medoxomila teve influência mínima sobre os níveis de aldosterona e nenhum efeito sobre o potássio sérico. Embora seja observada uma redução pressórica substancial depois de duas semanas de tratamento, a redução pressórica máxima é atingida após oito semanas do início da terapia. Com a administração crônica uma vez ao dia, o efeito anti-hipertensivo é mantido por pelo menos 24 horas. Uma mesma dose administrada uma ou duas vezes ao dia resultará em uma redução pressórica similar.
Não foi observada hipotensão18 após a primeira dose, taquifilaxia durante o tratamento prolongado e nem hipertensão19 rebote após a interrupção abrupta da terapia.
O efeito da olmesartana medoxomila na mortalidade20 e morbidade21 não é conhecido.
Hidroclorotiazida: é um diurético22 tiazídico, que atua nos mecanismos de reabsorção de eletrólitos23 nos túbulos renais, aumentando diretamente a excreção de sódio e cloreto em quantidades aproximadamente equivalentes. Indiretamente, a ação diurética da hidroclorotiazida reduz o volume do plasma24, com consequente aumento na atividade da renina plasmática, na secreção de aldosterona, na perda urinária de potássio e bicarbonato e redução do potássio sérico. A ativação do sistema renina-aldosterona é mediada pela angiotensina II e, portanto, a co- administração de um antagonista25 do receptor de angiotensina II tende a reverter a perda de potássio associada a estes diuréticos26. O mecanismo da ação anti-hipertensiva dos diuréticos26 tiazídicos não é totalmente conhecido.
Com a hidroclorotiazida, o início da diurese27 ocorre em cerca de 2 horas e o efeito máximo ocorre cerca de 4 horas após a dose, enquanto a ação persiste por aproximadamente 6 – 12 horas.
Anlodipino: é um bloqueador dos canais de cálcio que inibe o influxo transmembrana dos íons28 cálcio no músculo liso vascular9 e no músculo cardíaco29. Dados experimentais indicaram que o anlodipino liga-se aos sítios de ligação diidropiridina e não-diidropiridina com um efeito maior sobre as células8 de músculo liso vascular9 do que sobre as células8 de músculo cardíaco29.
O efeito anti-hipertensivo do anlodipino resulta do efeito relaxante direto sobre o músculo liso vascular9 que leva à diminuição da resistência periférica30 e, por conseguinte, da pressão sanguínea.
Em pacientes hipertensos o anlodipino promove redução prolongada e dose-dependente da pressão arterial5. Não foram observadas hipotensão18 após a primeira dose, taquifilaxia durante o tratamento prolongado e nem hipertensão19 rebote após a interrupção abrupta da terapia.
Após a administração de doses terapêuticas a pacientes com hipertensão19, o anlodipino promoveu redução da pressão arterial5 nas posições supina, sentada e em pé. As diminuições da pressão arterial5 não são acompanhadas por uma alteração significativa da frequência cardíaca ou dos níveis plasmáticos de catecolamina com a administração crônica. Em pacientes hipertensos com função renal15 normal, doses terapêuticas de anlodipino reduziram a resistência vascular31 renal15 e aumentaram a taxa de filtração glomerular e o fluxo plasmático efetivo, sem alterar a fração de filtração ou a proteinúria32.
Estudos epidemiológicos mostraram que o tratamento prolongado com o anlodipino em monoterapia reduz a mortalidade20 e morbidade21 cardiovascular.
A combinação de olmesartana medoxomila, anlodipino e hidroclorotiazida tem efeito aditivo na redução da pressão arterial5, maior que a obtida com a administração dos componentes isolados.
Farmacocinética
Em indivíduos saudáveis, a administração concomitante de olmesartana medoxomila, hidroclorotiazida e anlodipino não tem efeito clínico relevante na farmacocinética dos componentes isolados.
Após a administração oral do Benicar Triplo a adultos saudáveis normais, as concentrações plasmáticas máximas da olmesartana, da hidroclorotiazida e do anlodipino são atingidas em cerca de 1,5 a 3 horas, 1,5 a 2 horas e 6 a 8 horas, respectivamente. A velocidade e a extensão da absorção da olmesartana medoxomila, da hidroclorotiazida e do anlodipino do Benicar Triplo são as mesmas de quando os princípios ativos são administrados isoladamente. Os alimentos não afetam a biodisponibilidade do Benicar Triplo. Para uma descrição mais detalhada da farmacocinética de cada componente isolado, vide a seguir.
Olmesartana medoxomila: a olmesartana medoxomila é rápida e completamente bioativada por hidrólise do éster para olmesartana durante a absorção pelo trato gastrintestinal. A olmesartana parece ser eliminada de maneira bifásica, com uma meia-vida de eliminação de 6-15 horas. A farmacocinética da olmesartana é linear após doses orais únicas e doses orais múltiplas maiores que as doses terapêuticas. Os níveis no estado de equilíbrio são atingidos após as primeiras doses e não ocorre nenhum acúmulo no plasma24 com a administração única diária.
Após a administração, a biodisponibilidade absoluta é de aproximadamente 26%. A concentração plasmática máxima (Cmáx) após administração oral é atingida após aproximadamente 2 horas. Os alimentos não afetam a sua biodisponibilidade.
Após a rápida e completa conversão de olmesartana medoxomila para olmesartana durante a absorção não há aparentemente nenhum metabolismo33 adicional da olmesartana. O clearance plasmático total é de 1,3 L/h, com um clearance renal15 de 0,5-0,7 L/h. Aproximadamente 30% a 50% da dose absorvida é recuperada na urina34, enquanto o restante é eliminado nas fezes, por intermédio da bile35.
O volume de distribuição de olmesartana é de 16 a 29 litros. A olmesartana possui alta ligação a proteínas36 plasmáticas (99%), mas o potencial clínico de deslocamento de outros fármacos que se ligam fortemente às proteínas36 é baixo (confirmado pela interação não-clinicamente significante entre a olmesartana e a varfarina) e não penetra nas hemácias37. A ligação proteica é constante mesmo com concentrações plasmáticas de olmesartana muito acima da faixa atingida com as doses recomendadas. Estudos em ratos mostraram que a olmesartana atravessa em quantidades mínimas a barreira hematoencefálica e a barreira placentária, alcançando o feto38. É detectada no leite materno em níveis baixos.
Hidroclorotiazida: A concentração máxima de hidroclorotiazida é atingida após 1,5-2 horas de sua administração oral em associação à olmesartana medoxomila. A ligação de hidroclorotiazida às proteínas36 plasmáticas é de 68% e o seu volume aparente de distribuição é 0,83-1,14 L/kg. Quando os níveis plasmáticos de hidroclorotiazida foram acompanhados por, no mínimo, 24 horas, a meia-vida variou entre 5,6 e 14,8 horas. Não é metabolizada, mas é eliminada rapidamente pelo rim12. No mínimo, 60% da dose oral é eliminada inalterada dentro de 48 horas. O clearance renal15 está entre 250-300 mL/min e a meia-vida de eliminação é de 10-15 horas. Cruza a barreira placentária, mas não a barreira hematoencefálica e é excretada no leite materno.
Anlodipino: Após a administração oral de doses terapêuticas do anlodipino, a absorção resulta em concentrações plasmáticas máximas entre 6 e 12 horas. A biodisponibilidade absoluta foi estimada entre 64% e 80%. A biodisponibilidade do anlodipino não é alterada pela presença de alimentos. O volume de distribuição é de aproximadamente 20 L/Kg e o pKa do anlodipino é 8,6.
A eliminação plasmática é bifásica com meia-vida de eliminação de cerca de 35 a 50 horas. O anlodipino é extensivamente convertido a metabólitos39 inativos. Aproximadamente 60% da dose administrada é excretada na urina34, 10% na forma inalterada de anlodipino.
Estudos in vitro demonstraram que aproximadamente 98% do fármaco7 circulante se liga às proteínas36 plasmáticas. Os níveis plasmáticos de estado de equilíbrio do anlodipino são atingidos após 7 a 8 dias de administração diária consecutiva.
Populações especiais
Pacientes geriátricos: A farmacocinética de olmesartana foi estudada em idosos com idade ? 65 anos. Em geral, as concentrações plasmáticas máximas foram similares entre os adultos jovens e os idosos, sendo que nestes foi observado um pequeno acúmulo com a administração de doses repetidas (a ASC foi 33% maior em pacientes idosos, correspondendo a aproximadamente 30% de redução no clearance renal15). As alterações no clearance da olmesartana podem estar diretamente relacionados com a alteração do clearance da creatinina40, considerando que este está relacionado com a idade. Pacientes idosos apresentaram clearance diminuído do anlodipino com aumento resultante da ASC de aproximadamente 40% a 60%. Uma dose inicial menor pode ser necessária.
Pacientes pediátricos: não há dados disponíveis de farmacocinética de Benicar Triplo em pacientes pediátricos.
Sexo: a análise da farmacocinética populacional indicou que as mulheres apresentaram clearance da olmesartana aproximadamente 15% menor do que o observado em homens. Não houve diferença entre os sexos sobre o clearance do anlodipino.
Insuficiência renal41: em pacientes com insuficiência renal41, as concentrações séricas de olmesartana mostraram- se elevadas quando comparadas a indivíduos com função renal15 normal. Em pacientes com insuficiência renal41 grave (clearance de creatinina40 < 20 mL/min), a ASC foi aproximadamente triplicada após doses repetidas. A farmacocinética da olmesartana em pacientes sob hemodiálise42 ainda não foi estudada. A farmacocinética do anlodipino não é influenciada significativamente pela insuficiência renal41. Anlodipino não é dialisável.
Insuficiência hepática43: os diuréticos26 tiazídicos devem ser usados com cuidado em pacientes com função hepática44 prejudicada ou doença hepática44 progressiva, visto que pequenas alterações no equilíbrio hidroeletrolítico45 podem precipitar coma46 hepático. O anlodipino é amplamente metabolizado pelo fígado47. Deve- se ter cautela ao administrar Benicar Triplo a pacientes com insuficiência hepática43 leve a moderada. O uso em pacientes com insuficiência hepática43 grave não é recomendado.
Insuficiência cardíaca48: pacientes com insuficiência cardíaca48 apresentaram diminuição do clearance do anlodipino, com aumento da ASC de aproximadamente 40% a 60%.
Pacientes utilizando sequestradores de ácidos biliares: A administração concomitante de 40 mg de olmesartana medoxomila e 3750 mg de cloridrato de colesevelam em pacientes saudáveis resultou em 28% de redução do Cmax e 39% de redução da ASC da olmesartana. Efeitos mais brandos, 4% e 15% de redução em Cmax e ASC respetivamente, foram observados quando a olmesartana é administrada 4 horas antes do cloridrato de colesevelam.
CONTRAINDICAÇÕES
Benicar Triplo é contraindicado em pacientes com hipersensibilidade aos componentes da fórmula, derivados de diidropiridínicos ou qualquer outra substância derivada de sulfonamida (considerando que a hidroclorotiazida é um fármaco7 derivado da sulfonamida).
Devido ao componente hidroclorotiazida, o Benicar Triplo é contraindicado em pacientes com anúria49, insuficiência renal41 grave (clearance de creatinina40 menor que 30 mL/min).
A coadministração de Benicar Triplo e alisquireno é contraindicada em pacientes com diabetes50 (ver seção 6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS).
Benicar Triplo é contraindicado para mulheres grávidas. Quando a gravidez51 for detectada, Benicar Triplo deve ser descontinuado imediatamente (Ver seção 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).
Categoria de risco na gravidez51: C (Primeiro trimestre)
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião- dentista.
Categoria de risco na gravidez51: D (Segundo e terceiro trimestres)
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez51.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Gravidez51 e Lactação52
Quando a gravidez51 é detectada, Benicar Triplo deve ser descontinuado assim que possível. Não há experiência do uso de Benicar Triplo em mulheres grávidas.
Olmesartana medoxomila é contraindicada no segundo e terceiro semestre de gravidez51. Durante este período, substâncias que agem sobre o sistema renina angiotensina podem causar danos (hipotensão18, disfunção renal15, oligúria53 e/ou anúria49, oligodramnio, hipoplasia54 cranial, retardo no crescimento intrauterino) e morte fetal e neonatal. Casos de hipoplasia54 pulmonar, anomalias faciais, contração dos membros também foram relatados. Estudos experimentais em animais com a olmesartana demostraram que podem ocorrer danos renais na fase tardia do desenvolvimento fetal e neonatal.
Dados provenientes de um limitado número de grávidas não indicaram que o anlodipino ou outro antagonista25 dos canais de cálcio tiveram efeitos prejudiciais nos fetos. No entanto pode haver risco de parto prolongado. Não houve evidências de danos fetais em estudos em que a hidroclorotiazida foi administrada oralmente a camundongos fêmeas e ratas durante a organogênese em doses de até 3000 mg/kg e 1000 mg/kg respectivamente.
Compostos tiazídicos atravessam a barreira placentária e são detectados no cordão umbilical55 e podem causar distúrbios eletrolíticos; além disso podem ocorrer outras reações observadas em adultos.
Casos de trombocitopenia56 fetal ou neonatal e icterícia57 foram reportados em mães que utilizaram terapias com tiazídicos.
Não há estudos em que a dupla combinação de olmesartana medoxomila e hidroclorotiazida tenha sido administrada em mulheres grávidas. Estudos em camundongos fêmeas e ratas usando a dupla combinação não indicaram efeitos teratogênicos58, mas fetotoxicidade foi observada em ratas.
Se Benicar Triplo for utilizado durante a gravidez51 ou quando a gravidez51 é detectada durante seu uso, a paciente deve ser alertada dos potenciais danos ao feto38. Caso ocorra a exposição de Benicar Triplo a partir do segundo trimestre, recomenda-se a realização de ultrassom de função renal15 e do crânio59.
Neonatos60 que tenham sido expostos no útero61 a antagonistas da angiotensina II devem ser constantemente monitorados quanto da ocorrência de hipotensão18, oligúria53 e hipercalemia62.
Morbidade21 e mortalidade20 fetal/neonatal: Benicar Triplo pode causar dano fetal quando administrado em mulheres grávidas. Como precaução, Benicar Triplo não deve ser administrado durante o primeiro semestre de gravidez51. Antes de uma gravidez51 planejada o médico deve buscar uma alternativa terapêutica63 apropriada.
Categoria de risco na gravidez51: C (Primeiro trimestre)
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião- dentista.
Categoria de risco na gravidez51: D (Segundo e terceiro trimestres)
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez51.
Não se sabe se a olmesartana é excretada no leite humano, mas os compostos tiazídicos e o anlodipino são detectados no leite humano. A olmesartana é secretada em baixas concentrações no leite de ratas lactantes64. Os dados limitados disponíveis de um estudo clínico publicado de lactação52, relatam que o anlodipino está presente no leite humano em uma dose mediana relativa estimada em bebê de 4,2%. Não foram observados efeitos adversos do anlodipino em lactentes65. Não há informações disponíveis sobre os efeitos do anlodipino na produção de leite. Devido ao potencial risco de efeitos adversos em lactentes65, cabe ao médico a decisão de descontinuar a amamentação66 ou o medicamento, levando em conta a importância do medicamento para a mãe.
Hipotensão18 em pacientes com depleção67 de volume ou sal: hipotensão18 sintomática68 pode ocorrer em pacientes em que há depleção67 de volume e/ou sódio por meio de terapia com altas doses de diuréticos26, dieta com restrição de sal, diarreia69 ou vômito70, especialmente após receber a primeira dose de Benicar Triplo. Em pacientes nessa condição, a reversão do quadro deve ocorrer antes da administração de Benicar Triplo ou é recomendada intensa supervisão médica antes do início do tratamento.
Enteropatia semelhante à doença celíaca: foi reportada diarreia69 crônica severa em pacientes tomando olmesartana medoxomila meses ou anos após o início do tratamento. Biopsias71 intestinais de pacientes frequentemente revelaram atrofia72 das vilosidades. Se o paciente apresentar esses sintomas73 durante o tratamento com olmesartana medoxomila considere descontinuar o tratamento nos casos em que nenhuma outra etiologia74 seja identificada.
Vasodilatação: deve-se ter cautela, assim como com qualquer outro vasodilatador periférico, ao administrar o Benicar Triplo particularmente a pacientes com estenose75 aórtica grave.
Pacientes com doença arterial coronariana obstrutiva grave: raramente esses pacientes desenvolveram aumento de frequência, duração e/ou gravidade de angina76 ou infarto77 agudo78 do miocárdio79 no início da terapia com bloqueador do canal de cálcio ou quando a dose foi aumentada. O mecanismo desse efeito ainda não foi elucidado.
Pacientes portadores de estenose75 da válvula aórtica ou mitral e cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva: deve-se ter precaução no uso de Benicar Triplo.
Pacientes com insuficiência cardíaca congestiva80: em geral, os bloqueadores do canal de cálcio devem ser usados com cautela em pacientes com insuficiência cardíaca48.
Populações especiais
Pacientes com função renal15 comprometida: Benicar Triplo ainda não foi estudado em pacientes em estágio final de insuficiência renal41 (i.e. clearance de creatinina40 < 12 mL/min) ou em pacientes com transplante renal15 recente. Evitar o uso em pacientes com comprometimento renal15 grave. Em pacientes cuja função renal15 e o tônus vascular31 dependem predominantemente da atividade do sistema renina-angiotensina-aldosterona (p. ex., pacientes com insuficiência cardíaca congestiva80 grave), o tratamento com inibidores da ECA e antagonistas do receptor da angiotensina está associado com hipotensão18 aguda, oligúria53 ou azotemia progressiva e raramente com insuficiência renal41 aguda. Podem ocorrer efeitos semelhantes em pacientes tratados com o Benicar Triplo devido ao componente olmesartana medoxomila.
Há um aumento de risco quando pacientes com hipotensão18 grave e insuficiência renal41 com estenose75 arterial renal15 unilateral ou bilateral são tratados com medicamentos que afetam o sistema renina-angiotensina- aldosterona, como a olmesartana. Os tiazídicos podem antecipar o surgimento da azotemia em pacientes com doença renal15. Os diuréticos26 tiazídicos são contraindicados a pacientes com doença renal15 grave. Podem ocorrer efeitos cumulativos do medicamento em pacientes com função renal15 comprometida.
Pacientes com comprometimento hepático: os diuréticos26 tiazídicos devem ser usados com cautela em pacientes com função hepática44 comprometida ou doença hepática44 progressiva, uma vez que alterações menores do equilíbrio hídrico-eletrolítico podem precipitar o coma46 hepático.
Como o anlodipino é extensamente metabolizado pelo fígado47, deve-se ter cautela ao administrar Benicar Triplo a pacientes com comprometimento hepático leve a moderado, e não é recomendado em pacientes com insuficiência hepática43 grave.
Reação de hipersensibilidade: podem ocorrer reações de hipersensibilidade à hidroclorotiazida em pacientes com ou sem histórico de alergia81 ou asma82 brônquica, mas são mais prováveis naqueles pacientes que já apresentaram histórico.
Lúpus83 eritematoso84 sistêmico85: foi relatado que os diuréticos26 tiazídicos causam exacerbação ou ativação do lúpus83 eritematoso84 sistêmico85.
Efeitos metabólicos e endócrinos: pode ocorrer hiperglicemia86 com o uso de diuréticos26 tiazídicos. Em diabéticos, pode ser necessário um ajuste na dose de insulina87 ou dos hipoglicemiantes orais88. Diabetes Mellitus89 latente pode se manifestar durante a terapia com diuréticos26 tiazídicos.
Pode ocorrer também aumento nos níveis de colesterol90 e triglicérides91 com o tratamento com diuréticos26 tiazídicos. O tratamento com diuréticos26 tiazídicos pode precipitar a ocorrência de hiperuricemia ou crises de gota92 em alguns pacientes.
Desequilíbrios eletrolíticos e metabólicos: determinações periódicas dos eletrólitos23 séricos para detectar possível desequilíbrio eletrolítico devem ser feitas em intervalos apropriados. Todos os pacientes que recebem tiazídicos devem ser observados para sinais93 clínicos de desequilíbrio hídrico ou eletrolítico: hiponatremia94, alcalose95 hipocloremia e hipocalemia96. Os sinas ou sintomas73 de alerta de desequilíbrio hídrico-eletrolítico, independentemente da causa, incluem boca97 seca, sede, fraqueza, letargia98, sonolência, inquietação, confusão, dores ou câimbras99 musculares, fadiga100 muscular, hipotensão18, oligúria53, taquicardia101 e distúrbios gastrintestinais, como náusea102 e vômitos103. Diuréticos26 tiazídicos podem causar hipocalemia96, especialmente em pacientes com cirrose104 hepática44, em pacientes com diurese27 excessiva, que estejam recebendo reposição inadequada de eletrólitos23 e em pacientes que estejam em terapia concomitante com corticosteroides ou hormônio105 adreno corticotrófico (ACTH). A hipocloremia é geralmente leve, não sendo necessário nenhum tratamento de suporte. Demonstrou-se que os diuréticos26 tiazídicos aumentam a excreção urinária de magnésio, resultando em hipomagnesemia, e podem reduzir a excreção urinária de cálcio, além de provocar elevação discreta e inconstante do cálcio sérico, sem alteração prévia da calcemia. A hipercalcemia significativa pode ser evidência de hiperparatireoidismo. O uso de tiazídicos deve ser interrompido antes da dosagem dos hormônios paratireóides.
Benicar Triplo contém olmesartana, um composto inibidor do sistema renina-angiotensina (BRA) que pode causar hipercalemia62. Os níveis eletrolíticos séricos devem ser monitorados periodicamente.
Miopia106 aguda e glaucoma107 secundário de ângulo fechado: a hidroclorotiazida, uma sulfonamida, pode causar uma reação idiossincrática resultando em miopia106 aguda e glaucoma107 secundário de ângulo fechado. Os sintomas73 incluem início agudo78 de perda da acuidade visual108 ou dor ocular e tipicamente ocorre dentro de horas a semanas do início de uso do medicamento. A falta de tratamento do glaucoma107 agudo78 de ângulo fechado pode levar a uma perda permanente de visão109. O tratamento primário é descontinuar o uso da hidroclorotiazida o mais rápido possível. Intervenção médica ou cirúrgica pode ser necessária caso a pressão intraocular110 permaneça descontrolada. Os fatores de risco para o desenvolvimento do glaucoma107 incluem histórico de alergia81 a sulfonamida ou penicilina.
Estudos Clínicos: Dados de um estudo clínico controlado – ROADMAP (Randomised Olmesartan And Diabetes50 Microalbuminuria111 Prevention) - e de um estudo epidemiológico conduzido nos EUA sugeriram que altas doses de olmesartana podem aumentar o risco cardiovascular em pacientes diabéticos, mas os dados gerais não são conclusivos.
O estudo clínico ROADMAP incluiu 4.447 pacientes com diabetes tipo 2112, normoalbuminúricos e com pelo menos um risco cardiovascular adicional. Os pacientes foram randomizados com olmesartana 40 mg, uma vez ao dia, ou placebo113. O estudo alcançou seu desfecho primário, o aumento no tempo para o início de microalbuminúria111. Para os desfechos secundários, os quais o estudo não foi desenhado para avaliar formalmente, eventos cardiovasculares ocorreram em 96 pacientes (4,3%) com olmesartana e em 94 pacientes (4,2%) com placebo113. A incidência114 de mortalidade20 cardiovascular foi maior com olmesartana comparada com o tratamento utilizando placebo113 (15 pacientes [0,67%] vs. 3 pacientes [0,14%] [HR=4,94, IC 95% = 1,43-17,06]), mas o risco para infarto do miocárdio115 não fatal foi menor com olmesartana (HR 0,64, IC 95% =0,35, 1,18).
O estudo epidemiológico incluiu pacientes com 65 anos ou mais, com exposição geral de >300.000 pacientes por ano. No subgrupo de pacientes diabéticos recebendo altas doses de olmesartana (40 mg/dia) por 6 meses ou mais, houve um aumento no risco de morte (HR 2,0, IC 95% = 1,1, 3,8) em comparação aos pacientes que receberam outros bloqueadores do receptor de angiotensina. Por outro lado, o uso de altas doses de olmesartana em pacientes não diabéticos está associado a um menor risco de morte (HR 0,46, IC 95% = 0,24, 0,86) comparado a pacientes em condições semelhantes tomando outros bloqueadores do receptor de angiotensina. Não foi observada diferença entre os grupos que receberam doses inferiores de olmesartana em comparação com outros bloqueadores do receptor de angiotensina ou entre os grupos que receberam a terapia por menos de 6 meses.
Carcinogênese, mutagênese, comprometimento da fertilidade: não foram realizados estudos de carcinogênese, mutagênese e diminuição da fertilidade com a associação de olmesartana medoxomila, hidroclorotiazida e besilato de anlodipino, pois em estudos com as substâncias isoladas nenhum desses efeitos foi observado. Um estudo de toxicidade116 de dose repetida em ratos no período de 3 meses demonstrou que a administração da associação de olmesartana medoxomila, hidroclorotiazida e besilato de anlodipino não aumentou nenhuma das toxicidades previamente notificadas e existentes dos agentes individuais, nem induziu quaisquer novas toxicidades, e não foram observados efeitos toxicologicamente sinérgicos.
Efeitos na habilidade de dirigir e operar máquinas
Não foram realizados com Benicar Triplo estudos sobre os efeitos na habilidade de dirigir ou operar maquinas.
A eficácia deste medicamento depende da capacidade funcional do paciente. Este medicamento pode causar doping.
Lítio: não se recomenda o uso concomitante de lítio e diuréticos26 (ver seção 6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS).
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Pode haver uma maior redução da pressão arterial5 quando Benicar Triplo for administrado concomitantemente com outros fármacos anti-hipertensivos (por exemplo, alfabloqueadores, betabloqueadores).
Não foram conduzidos estudos de interação medicamentosa com Benicar Triplo e outros medicamentos. No entanto, os resultados de estudos de interações medicamentosas com as substâncias ativas isoladas são descritos abaixo.
olmesartana medoxomila
Não foram relatadas interações medicamentosas significativas em estudos nos quais a olmesartana medoxomila foi coadministrada com digoxina ou varfarina em voluntários saudáveis. A biodisponibilidade da olmesartana não foi significativamente alterada pela coadministração de antiácidos117 (hidróxido de alumínio e hidróxido de magnésio). A olmesartana medoxomila não é metabolizada pelo sistema do citocromo P450; portanto, não são esperadas interações com medicamentos que inibem, induzem ou são metabolizados por essas enzimas.
Lítio: foi relatado aumento nas concentrações de lítio sérico e toxicidade116 ocasionada por lítio durante o uso concomitante com bloqueadores dos receptores de angiotensina II, incluindo olmesartana. Aconselha-se o monitoramento do lítio sérico durante o uso concomitante (ver seção 5, ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).
Bloqueio duplo do sistema renina angiotensina (SRA): o bloqueio duplo do sistema renina angiotensina com o uso de bloqueadores dos receptores de angiotensina II, inibidores da ECA e alisquireno está associado a maior risco de hipotensão18, hipercalemia62 e alterações na função renal15 (incluindo insuficiência renal41 aguda) comparado à monoterapia. Aconselha-se o monitoramento da pressão arterial5, função renal15 e eletrólitos23 em pacientes sendo tratados com olmesartana ou outros medicamentos que afetam o sistema renina angiotensina.
Alisquireno: não coadministrar o alisquireno com olmesartana medoxomila em pacientes diabéticos. O uso concomitante foi associado a um aumento no risco de hipotensão18, hipercalemia62, e alterações na função renal15 (incluindo insuficiência renal41 aguda) (ver seção 4. CONTRAINDICAÇÕES).
Antiinflamatórios não esteroidais (AINEs): bloqueadores do receptor de angiotensina II (BRA) podem agir sinergicamente com AINEs e reduzir a filtração glomerular. O uso concomitante desses medicamentos pode levar a um maior risco de piora da função renal15. Adicionalmente, o efeito anti-hipertensivo dos BRAs, incluindo a olmesartana, pode ser atenuado pelos AINEs, inclusive inibidores seletivos da COX-2.
Colesevelam: uso concomitante com o sequestrador do ácidos biliares, colesevelam reduz a exposição sistêmica e concentração de pico plasmático da olmesartana.
A administração de olmesartana por no mínimo 4 horas antes do colesevelam reduz a interação medicamentosa.
hidroclorotiazida
Quando administrados simultaneamente, os fármacos abaixo podem interagir com os diuréticos26 tiazídicos:
Álcool, barbituratos ou narcóticos: pode ocorrer potencialização da hipotensão18 ortostática;
Medicamentos antidiabéticos (agentes orais e insulina87): pode ser necessário o ajuste de dose do medicamento antidiabético;
Resinas (colestiramina e colestipol): a absorção da hidroclorotiazida é prejudicada na presença de resinas de troca aniônica;
Corticosteroides, ACTH: aumento do risco de hipocalemia96;
Aminas vasopressoras (por exemplo, norepinefrina): possível resposta diminuída a aminas vasopressoras;
Relaxantes de musculatura esquelética, não despolarizantes (por exemplo, tubocurarina): possível resposta aumentada ao relaxante muscular;
Lítio: o clearance renal15 do lítio é reduzido por diuréticos26 tiazídicos e consequentemente o risco de toxicidade116 por lítio pode ser aumentado. Portanto, o uso de Benicar Triplo e lítio em combinação não é recomendado. Se o uso concomitante for necessário, é recomendado o monitoramento rigoroso dos níveis séricos de lítio (ver seção 5, ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).
Medicamentos anti-inflamatórios não esteroides: em alguns pacientes, a administração de um agente anti- inflamatório não esteroide pode reduzir os efeitos diuréticos26, natriuréticos e anti-hipertensivos dos diuréticos26 tiazídicos.
anlodipino
Deve-se ter precaução no uso concomitante com as seguintes substâncias:
Inibidores do CYP3A4 (cetoconazol, itraconazol, ritonavir e outros): em um estudo com pacientes idosos o diltiazem inibiu o metabolismo33 do anlodipino, provavelmente via CYP3A4, uma vez que as concentrações plasmáticas de anlodipino aumentaram aproximadamente 50% e o seu efeito foi aumentado. Assim, inibidores do CYP3A4 mais potentes como os descritos acima podem promover maior aumento da concentração plasmática de anlodipino.
Indutores do CYP3A4 (anticonvulsivantes como carbamazepina, fenobarbital, fenitoína, fosfenitoína e primidona, rifampicina, Hypericum perforatum): podem diminuir a concentração plasmática de anlodipino. Recomenda-se monitoramento clínico e possível ajuste da dose do anlodipino durante o tratamento com indutores do CYP3A4 e após o término do tratamento.
Sinvastatina: a coadministração de doses múltiplas de 10 mg de anlodipino com 80 mg de sinvastatina resultou em aumento de 77% na exposição à sinvastatina comparada com a sinvastatina isolada. Limitar a dose diária de sinvastatina a 20 mg em pacientes em uso de anlodipino.
Tacrolimo: a coadministração de anlodipino com tacrolimo pode aumentar a exposição de tacrolimo. Como Benicar Triplo contém anlodipino, o nível de tacrolimo no sangue118 deve ser monitorado durante o uso concomitante de anlodipino.
Ciclosporina: em um estudo prospectivo119 realizado em pacientes que passaram por transplantes renais, foi observado um aumento de 40% nos níveis de ciclosporina na presença de anlodipino. A coadministração de anlodipino com ciclosporina deve aumentar a exposição de ciclosporina. Como Benicar Triplo contém anlodipino, o nível de ciclosporina no sangue118 deve ser monitorado durante o uso concomitante.
Alteração de Exames Laboratoriais
Em análise pós-marketing ocorreram relatos de aumento da creatinina40 sérica e hipercalemia62 em pacientes em uso de olmesartana medoxomila; aumento das enzimas hepáticas120 com o uso de anlodipino e aumento de colesterol90 e triglicérides91 em pacientes em uso de hidroclorotiazida. Os diuréticos26 devem ser descontinuados antes da realização de testes da função paratireoideana.
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Cuidados de conservação
Benicar Triplo deve ser mantido, em temperatura ambiente (15–30°C). O prazo de validade é de 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas do produto
- Os comprimidos de Benicar Triplo 20 mg/12,5 mg/5 mg são revestidos branco alaranjados, redondos, com cerca de 8 mm de diâmetro, com a inscrição “C51” em baixo relevo, em uma das faces.
- Os comprimidos de Benicar Triplo 40 mg/12,5 mg/5 mg são revestidos amarelo claros, redondos, com cerca de 9,5 mm de diâmetro, com a inscrição “C53” em baixo relevo, em uma das faces.
- Os comprimidos de Benicar Triplo 40 mg/25 mg/10 mg são revestidos vermelho acinzentado, ovais, com cerca de 15x7 mm, com a inscrição “C57” em baixo relevo, em uma das faces.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
POSOLOGIA E MODO DE USAR
Posologia
A dose recomendada de Benicar Triplo 20 mg/12,5 mg/5 mg é de 1 comprimido ao dia.
A dose recomendada de Benicar Triplo 40 mg/12,5 mg/5 mg é de 1 comprimido ao dia.
A dose recomendada de Benicar Triplo 40 mg/25 mg/10 mg é de 1 comprimido ao dia.
O comprimido deve ser engolido inteiro, com água potável. Benicar Triplo pode ser tomado com ou sem alimentos.
A posologia pode ser aumentada após 2 semanas. A dose máxima recomendada do Benicar Triplo é de 40 mg/25 mg/10 mg.
Por conveniência, pacientes recebendo olmesartana medoxomila, anlodipino e hidroclorotiazida em comprimidos separados podem realizar a substituição para Benicar Triplo contendo as mesmas doses de seus componentes. Quando clinicamente apropriado pode-se considerar a troca da monoterapia para a combinação tripla fixa.
Em geral, Benicar Triplo pode ser usado para proporcionar redução adicional da pressão arterial5 nos pacientes não controlados adequadamente com quaisquer das classes de anti-hipertensivos a seguir: bloqueadores do receptor da angiotensina (BRA), bloqueadores do canal de cálcio (BCC) e diuréticos26.
Um paciente que apresenta reações adversas relacionadas à doses elevadas de um componente isolado, em qualquer combinação dupla, pode ser trocado para o Benicar Triplo contendo uma dose mais baixa desse componente para obter reduções da pressão arterial5 semelhantes.
Populações especiais
Pacientes idosos: geralmente, nenhum ajuste na dose recomendada é necessário.
Pacientes pediátricos: Benicar Triplo não é recomendado para uso em crianças e adolescentes com menos de 18 anos de idade pois não há no momento dados de segurança e eficácia conhecidos para esta população.
Pacientes com insuficiência renal41: nenhum ajuste na dose recomendada é necessário para pacientes121 com insuficiência renal41 leve a moderada. Em pacientes com insuficiência renal41 grave (clearance de creatinina40 < 30 mL/min) diuréticos26 de alça são preferíveis aos tiazídicos. Portanto o uso de Benicar Triplo não é recomendado (ver seção 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).
Pacientes com insuficiência hepática43: nenhum ajuste na dose recomendada é necessário para pacientes121 com insuficiência hepática43 de leve a moderada. Benicar Triplo não é recomendado em pacientes com insuficiência hepática43 grave (ver seção 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).
Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.
REAÇÕES ADVERSAS
Como os estudos clínicos são conduzidos em condições bastante variáveis, as taxas de reação adversa observadas nos estudos clínicos de um medicamento não podem ser comparadas diretamente com as observadas nos estudos clínicos de outro medicamento e podem não refletir as taxas observadas na prática.
A seguir são relatadas as reações observadas durante os estudos clínicos de Benicar Triplo:
Tabela 1. Reações comuns (>1/100 e < 1/10) observadas nos estudos clínicos do medicamento.
Distúrbios do sistema nervoso122 Tontura123 Dor de cabeça124 |
Distúrbios gerais e condições do local de administração Edema125 periférico Fadiga100 |
Infecções126 e infestações Nasofaringite Infecção127 do trato respiratório superior |
Distúrbios renais e urinários Infecção127 do trato urinário128 |
Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo129 Espasmos130 musculares Edema125 articular |
Distúrbios gastrointestinais Náusea102 Diarreia69 |
Foram relatadas as seguintes reações adversas para as substâncias ativas isoladas:
– Olmesartana medoxomila
Nos diversos estudos realizados o tratamento com olmesartana foi bem tolerado, com uma incidência114 de eventos adversos similar à do placebo113. Os eventos geralmente foram leves, transitórios e não tinham nenhuma relação com a dose de olmesartana medoxomila. A frequência geral de eventos adversos não teve nenhuma relação com a dose administrada. Não foi demonstrada diferença entre a olmesartana medoxomila e placebo113 em análises de subgrupos considerando sexo, idade e raça.
Seguem as reações adversas observadas nos estudos clínicos de acordo com a sua frequência: Reação comum (>1/100 e < 1/10): tontura123.
Após a comercialização da olmesartana medoxomila foram relatadas as seguintes reações adversas:
Reações muito raras (< 1/10000): dor abdominal, náuseas131, vômitos103, diarreia69, enteropatia semelhante à doença celíaca, tosse, insuficiência renal41 aguda, rash132 cutâneo133, prurido134, edema125 periférico, angiodema, cefaleia135, alterações em exames laboratoriais (aumento dos níveis sanguíneos de potássio, creatinina40 e enzimas do fígado47), mialgia136 e condições astênicas como astenia137, fadiga100, letargia98, indisposição e reação anafilática138.
Tabela 2. Frequência das reações a olmesartana medoxomila.
Distúrbios do sistema nervoso122 |
|
Comum Muito rara |
Tontura123 Cefaleia135, letargia98 |
Distúrbios gastrointestinais |
|
Muito rara |
Dor abdominal, náuseas131, vômitos103, diarreia69, enteropatia semelhante à doença celíaca |
Distúrbios respiratórios, torácicos e do mediastino139 |
|
Muito rara |
Tosse |
Distúrbios renais e urinários |
|
Muito rara |
Insuficiência renal41 aguda |
Distúrbios da pele140 e tecidos subcutâneos |
|
Muito rara |
Rash132 cutâneo133, prurido134, angioedema141 |
Distúrbios gerais e condições do local de administração |
|
Muito rara |
Edema125 periférico, astenia137, fadiga100, indisposição |
Investigações |
|
Muito rara |
Aumento dos níveis sanguíneos de potássio, creatinina40 e enzimas do fígado47 |
Distúrbios do sistema imunológico142 |
|
Muito rara |
Reação anafilática138 |
– Hidroclorotiazida
Abaixo estão outros eventos adversos relatados com a hidroclorotiazida por ordem de frequência:
Tabela 3. Frequência das reações a hidroclorotiazida.
Distúrbios do metabolismo33 e nutrição143 |
|
Comum |
Hiperglicemia86, hiperuricemia, desequilíbrio eletrolítico (incluindo hiponatremia94 e hipocalemia96), hipercolesterolemia144, hipertrigliceridemia |
Distúrbios gastrointestinais |
|
Comum Rara |
Gastrite145 Pancreatite146 |
Infecções126 e infestações |
|
Rara |
Sialoadenite |
Distúrbios renais e urinários |
|
Comum Rara |
Glicosúria147 Disfunção renal15, nefrite148 intersticial149 |
Distúrbios da pele140 e tecidos subcutâneos |
|
Incomum |
Fotosensibilidade, urticária150, vasculite151 cutânea152, necrólise epidérmica tóxica153 |
Distúrbios gerais e condições do local de administração |
|
Comum |
Fraqueza, febre154 |
Distúrbios do sistema sanguíneo e linfático155 |
|
Rara |
Leucopenia156, agranulocitose157, trombocitopenia56, anemia158 aplástica, anemia hemolítica159 |
Transtornos psiquiátricos |
|
Rara |
Inquietação |
Distúrbios oculares |
|
Rara |
Visão109 embaçada (transitória), xantopsia |
Distúrbios vasculares11 |
|
Rara |
Angeíte necrosante160, vasculite151 |
Distúrbios respiratórios, torácicos e do mediastino139 |
|
Rara |
Dificuldades respiratórias (incluindo pneumonite161 e edema pulmonar162) |
Distúrbios hepatobiliares163 |
|
Rara |
Icterícia57 (icterícia57 colestática intra-hepática44) |
Distúrbios do sistema imunológico142 |
|
Rara |
Reações anafiláticas164 |
Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo129 |
|
Rara |
Espasmos130 musculares |
Hidroclorotiazida está associado com risco aumentado de câncer165 de pele140 não-melanoma166, especialmente carcinoma167 de células8 escamosas em pacientes caucasianos com doses cumulativas crescentes.
– Anlodipino
Nos estudos clínicos com anlodipino os eventos adversos relatados (> 1/100 e < 1/10) foram tontura123, cefaleia135, edema125, palpitação168 e rubor facial.
Após a comercialização do anlodipino foram relatadas as seguintes reações adversas:
Reações incomuns (> 1/1000 e < 1/100): icterícia57, ginecomastia169 e aumento das enzimas hepáticas120.
Tabela 4. Frequência das reações a anlodipino.
Distúrbios do sistema nervoso122 |
|
Comum |
Tontura123, cefaleia135 |
Distúrbios cardíacos |
|
Comum |
Palpitação168 |
Distúrbios vasculares11 |
|
Comum |
Rubor facial |
Distúrbios hepatobiliares163 |
|
Incomum |
Icterícia57 |
Distúrbios gerais e condições do local de administração |
|
Comum |
Edema125 |
Investigações |
|
Incomum |
Aumento das enzimas hepáticas120 |
Distúrbios do sistema reprodutivo e das mamas170 |
|
Incomum |
Ginecomastia169 |
Atenção: este produto é um medicamento que possui nova associação de princípios ativos no país e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos adversos pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.
SUPERDOSE
Não são conhecidos os efeitos da superdosagem em humanos, sendo que a dose máxima recomendada de Benicar Triplo é de 40/25/10 mg uma vez ao dia. O uso de uma quantidade maior que a indicada poderá causar hipotensão18 provocando uma sensação de fraqueza e possivelmente tontura123 e escurecimento da visão109. Nesse caso, a pessoa deverá permanecer em repouso, sentada ou deitada, e procurar auxílio médico.
Com base nos dados de estudos em animais com o anlodipino, espera-se que a superdose cause vasodilatação periférica excessiva com hipotensão18 acentuada e possivelmente taquicardia101 reflexa. Foi relatada hipotensão18 sistêmica acentuada e potencialmente prolongada incluído desfecho de choque171 fatal.
Como o anlodipino é altamente ligado a proteínas36, a hemodiálise42 provavelmente não apresentará benefícios. O efeito da diálise172 sobre a olmesartana e a hidroclorotiazida não é conhecido.
A superdose com a hidroclorotiazida é associada com depleção67 eletrolítica (hipocalemia96 e hipocloremia) e desidratação173 resultante de diurese27 excessiva.
No caso de superdose com Benicar Triplo deve ser instituído tratamento de suporte.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
Reg. MS – 1.0454.0190
Farm. Resp.: Dr. Pedro de Freitas Fiorante - CRF-SP n° 76.376
Fabricado por:
Daiichi Sankyo Brasil Farmacêutica Ltda.
Alameda Xingu, 766 - Alphaville - Barueri – SP,
CNPJ nº 60.874.187/0001-84
Indústria Brasileira
SAC 08000-556596
