

Sulfato de Hidroxicloroquina (Comprimido 400 mg) (Bula do profissional de saúde)
EMS S/A
DENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
sulfato de hidroxicloroquina
Comprimidos 400 mg
Medicamento genérico Lei n° 9.787, de 1999
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Comprimido revestido
Embalagens com 10, 20, 30 e 60 comprimidos
Embalagem Fracionável com 100 comprimidos
Embalagem Hospitalar com 200 comprimidos
USO ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 6 ANOS
COMPOSIÇÃO:
Cada comprimido contém:
sulfato de hidroxicloroquina (equivalente a 309,6 mg de hidroxicloroquina base) | 400 mg |
excipiente q.s.p. | 1 comprimido |
Excipiente: amido pré-gelatinizado, fosfato de cálcio dibásico di-hidratado, estearato de magnésio, hipromelose + macrogol + dióxido de titânio.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE1
INDICAÇÕES
Sulfato de hidroxicloroquina é indicado para o tratamento de:
- afecções2 reumáticas e dermatológicas;
- artrite reumatoide3;
- artrite reumatoide3 juvenil;
- lúpus4 eritematoso5 sistêmico6;
- lúpus4 eritematoso5 discoide;
- condições dermatológicas provocadas ou agravadas pela luz solar.
Malária
Tratamento das crises agudas e tratamento supressivo de malária por Plasmodium vivax, P. ovale, P. malariae e cepas7 sensíveis de P. falciparum.
Tratamento radical da malária provocada por cepas7 sensíveis de P. falciparum.
A hidroxicloroquina não é eficaz contra cepas7 de Plasmodium falciparum resistentes à cloroquina, e também não é ativa contra as formas exo-eritrocíticas de P. vivax, P. ovale e P. malariae. Consequentemente, sulfato de hidroxicloroquina não previne a infecção8 por esses plasmódios, nem as recaídas da doença.
RESULTADOS DE EFICÁCIA
Lúpus4 Eritematoso5 Cutâneo9
Em uma revisão dos diversos tratamentos disponíveis, afirma-se que os antimaláricos10 foram benéficos quando os corticoides e protetores solares mostraram-se ineficazes e a doença cutânea11 continua ativa (Clark, 1986). Inicialmente tenta-se o tratamento com hidroxicloroquina na dose de 200 a 400 mg/dia com duração do tratamento durante 4 a 8 semanas. Se a hidroxicloroquina for descontinuada no lúpus4 eritomatoso, o risco de recaída aumenta em 2,5 vezes em relação aos pacientes que não descontinuaram a hidroxicloroquina (Anon, 1991).
Um regime composto por prednisona, hidroxicloroquina e acetonida de triancinolona é recomendado para tratar as lesões12 cutâneas13 discoides em pacientes com Lúpus4 Eritematoso5 Sistêmico6 (Werth & Franks, 1986). Se este tratamento falhar, sugere-se um regime com hidroxicloroquina 400 mg/dia e quinacrina 100 mg/dia.
Malária
A hidroxicloroquina está indicada na supressão e tratamento dos ataques agudos de malaria por cepas7 suscetíveis das formas eritrocitárias do P. vivax, P. malariae e P. falciparum. Não é eficaz para as cepas7 resistentes do P. falciparum. Erupção14 polimórfica leve
A hidroxicloroquina é usada como supressor15 da erupção14 polimórfica leve (Logan, 1980). Comparado ao placebo16, o fármaco17 apresentou efeito significativo na redução da erupção14 cutânea11. A hidroxicloroquina 400 mg/dia, por um mês, seguido por 200 mg/dia, associou-se a melhora clínica moderada em pacientes com erupção14 polimórfica leve em um pequeno estudo controlado (Murphy et al, 1987).
Artrite reumatoide3
a) Monoterapia
A hidroxicloroquina parece ser menos tóxica que os tratamentos ouro, d-penicilamina, sulfasalazina ou auranofina (Paulus, 1988). Um estudo de 24 semanas, randomizado18, duplo-cego, paralelo de 121 pacientes com artrite reumatoide3 observou que o fármaco17 era moderadamente eficaz comparado ao placebo16 quando a doença é tratada precocemente (Clark et al, 1993). A dose diária de hidroxicloroquina de 200 mg foi relatada como sendo tão eficaz quanto a dose de 400 mg, em um estudo controlado, duplo-cego, de longo prazo em 43 pacientes tratados para artrite reumatoide3 (Pavelka et al, 1989). Embora os dois grupos apresentassem redução significativa da atividade da doença, quando se comparou os efeitos colaterais19 na pele20, gastrointestinais, e oculares, aqueles que receberam 200 miligramas ao dia desenvolveram um-terço do número de efeitos colaterais19 comparado aos controles que receberam 400 mg ao dia.
Uma estratégia terapêutica21 (III) empregando medicamentos modificadores da artrite reumatoide3 (DMARD) de ação lenta (prolongada), com um tempo de “latência curto” (ou seja, metotrexato ou sulfasalazina) foi considerada aquela que proporcionou o maior risco-benefício quando comparado às estratégias que empregaram os DMARs "potentes" (II; aurotioglucose ou penicilamina) com tempo de latência22 mais longo, ou DMARDs “leves" (I; hidroxicloroquina ou auranofin) com tempos de latência22 longo. Um estudo de dois anos, com desenho aberto, de grupo paralelo incluiu aproximadamente 100 pacientes em cada grupo. Os pacientes tinham diagnóstico23 recente (dentro de 1 ano) e no basal apresentavam doença relativamente ativa, e eram virgens de tratamento com DMARDs, esteroides, agentes citotóxicos24 ou imunossupressores. Os regimes iniciais do protocolo foram os seguintes:
Estratégia |
DMARDs |
Dose |
I |
hidroxicloroquina ou |
400 mg VO diariamente |
auranofina |
6-9 mg VO diariamente |
|
II |
aurotioglucose ou |
50 mg IM semanalmente |
d-penicilamina |
500-750 mg VO diariamente |
|
III |
metotrexato ou |
7,5-15 mg VO semanalmente |
sulfasalazina |
2-3 gramas VO diariamente |
|
Mg = miligramas |
VO = via oral
IM - intramuscular
O primeiro DMARD foi continuado até a toxicidade25 (a qualquer momento) ou falta de eficácia (melhora inferior a 50% em 3 de 4 variáveis em um ano; dor, escore articular, rigidez matinal, VHS26); o segundo medicamento era então substituído. Outros analgésicos27 e AINEs eram permitidos; o uso de esteroides por via oral ou intra-articular era desencorajado. As doses de DMARD poderiam ser reduzidas para a metade nos pacientes que satisfizessem critérios para remissões. Os desfechos primários incluíram dor, incapacidade funcional, escores das articulações28, VHS26 e evidencia radiológica de lesão29 articular. Rigidez matinal, força para segurar, e bem-estar geral foram medidas secundárias do desfecho. A tabela a seguir reflete a porcentagem de pacientes com pelo menos 33% de melhora nos escores a partir do basal, depois de 1 e 2 anos; o percentual considerado como tendo uma resposta clínica (melhora maior que 20% em pelo menos 3 desfechos), e o percentual em remissão (rigidez matinal inferior a 15 minutos, VHS26 abaixo de 30, escore de dor inferior a 10, e escore da articulação30 menor que 1):
Estratégia |
||||||
|
I |
II |
II |
|||
Ano |
Ano |
Ano |
||||
1 |
2 |
1 |
2 |
1 |
2 |
|
Incapacidade |
39% |
41% |
52% |
47% |
53% |
47% |
Escore de dor |
67% |
64% |
64% |
73% |
72% |
63% |
Escore da articulação30 |
66% |
75% |
79% |
78% |
82% |
76% |
VHS26 |
56% |
64% |
63% |
67% |
68% |
66% |
Reposta Clínica |
56% |
61% |
64% |
71% |
71% |
63% |
Remissão |
16% |
19% |
31% |
29% |
24% |
25% |
Todos os efeitos colaterais19 |
(no) |
170 |
|
212 |
|
181 |
*significamente melhor com II e III versus I |
||||||
**significamente melhor com II vs I; não significante para III vs I ou II |
Apesar de nenhuma das estratégias ter se mostrado claramente superior em todas as medidas, foram observados escores de incapacidade melhores ao longo de 2 anos para II e III e taxas de remissão mais altas para II e III. A estratégia I foi caracterizada predominantemente por reações de toxicidade25 GI, anemia31, e erupção14 cutânea11; III compartilhou a toxicidade25 GI de I junto com elevação das enzimas hepáticas32, mas sem anemia31. As reações da estratégia II envolveram anemia31, leucopenia33, e trombocitopenia34, uma incidência35 3 vezes maior de erupção14 cutânea11 ou estomatite36, e disfunção renal37 (proteinúria38). A estratégia III foi, portanto, a que mostrou melhor classificação, embora a aplicação mais precoce da terapia com DMARD seja provavelmente mais importante que a escolha de um DMARD particular (van Jaarsveld et al, 2000).
A hidroxicloroquina substituiu com sucesso a ciclosporina (CSA), mantendo o benefício e revertendo os efeitos colaterais19 induzidos pela CSA em 12 de 15 pacientes até por 16 semanas. Inicialmente, 34 pacientes com artrite reumatoide3 que eram apenas parcialmente responsivos ao metotrexato e prednisona concordaram com a adição de CSA ao tratamento por 24 semanas, com continuidade sem interrupção de hidroxicloroquina 400 miligramas (mg) ao dia, durante 16 semanas. Quatro pacientes saíram durante o uso de CSA devido a efeitos colaterais19; 3 se recusaram a continuar o tratamento ininterrupto, resultando em 27 pacientes avaliáveis, sendo que 15 desses satisfizeram os critérios do Colégio Americano de Reumatologia para melhora de pelo menos 20% ao final da fase CSA. Três apresentaram recaída durante o uso de hidroxicloroquina, e dois novos respondedores à hidroxicloroquina foram identificados. Os parâmetros clínicos e hematológicos na população tenderam a aumentar a partir dos valores atingidos ao final do tratamento com CSA, mas não de maneira significante. Hipertricose39 e hipertensão40 que surgiram durante o uso de CSA se resolveram completamente. Este pequeno estudo piloto não tinha grupo controle. Dados confirmatórios adicionais são necessários (Kim et al, 2001).
b) Terapia combinada41
Combinações de doses baixas incluindo ciclofosfamida e hidroxicloroquina parecem ser muito eficazes, mas tóxicas. Tem-se relatado que a combinação de hidroxicloroquina, metotrexato e azatioprina é muito eficiente. A terapia combinada41 de aurotiomalato sódico e hidroxicloroquina mostrou benefício marginal em relação ao aurotiomalato sódico isoladamente. A maioria desses relatos fora de natureza preliminar ou envolveram números pequenos de pacientes (Scott et al, 1989; Paulus, 1988). A combinação de hidroxicloroquina, sulfasalazina, e metotrexato foi mais eficaz que metotrexato isoladamente ou hidroxicloroquina e sulfasalazina (O'Dell et al, 1996).
Metotrexato em combinação com sulfasalazina e hidroxicloroquina é mais eficaz que uma ou outra terapia isolada para o tratamento da artrite reumatoide3. Em um estudo de dois anos, os pacientes (n=102) foram randomizados para tratamento com metotrexato isoladamente (7,5 a 17,5 mg por semana), a combinação de sulfasalazina (500 mg duas vezes por dia) e hidroxicloroquina (200 mg duas vezes ao dia), ou todos os três fármacos. O benefício foi determinado em dois anos de tratamento no qual os sintomas42 da artrite43 melhoraram em 50% sem evidência de toxicidade25 da droga. Setenta e sete por cento dos pacientes tratados com a combinação dos três fármacos receberam benefício quando comparado a 33% dos pacientes tratados com metotrexato e 40% dos pacientes tratados com os dois fármacos, sulfasalazina e hidroxicloroquina. Apesar dos efeitos colaterais19 serem comuns, a toxicidade25 não foi maior com a combinação dos três fármacos que com metotrexato isoladamente (O'Dell et al, 1996).
A terapia combinada41 com aurotiomalato sódico (50 mg IM, por 20 semanas, seguido por 50 mg IM a cada 2 semanas) e hidroxicloroquina (200 mg, duas vezes ao dia, durante 6 meses, seguido por uma redução na dose para 200 mg uma vez ao dia, com base na reposta clínica) se mostrou superior ao aurotiomalato sódico isoladamente para o tratamento da artrite reumatoide3 durante um estudo randomizado44, de 1 ano, envolvendo 101 pacientes. No entanto, o benefício em favor da combinação atingiu significância apenas para a proteína C reativa. O índice geral de atividade da doença foi significativamente melhor com a combinação aos 2 e 12 meses. A toxicidade25 foi maior durante a terapia combinada41, resultando na saída do estudo de 18 pacientes quando comparado a 10 que receberam tratamento ouro isoladamente. Erupção14 cutânea11 foi responsável pela maioria dos abandonos no grupo da combinação (10 pacientes); no grupo aurotiomalato sódico, 4 pacientes saíram devido a erupções cutâneas13 (Scott et al, 1989).
A terapia combinada41 com ciclofosfamida (média, 30 mg ao dia), azatioprina (média, 74 mg ao dia), e sulfato de hidroxicloroquina (média, 210 mg/dia) foi relatada como eficaz na supressão da doença em 30 dos 31 pacientes com artrite reumatoide3 refratários45 à terapia convencional46. Foi observada supressão da doença entre 3 a 24 meses após o início da terapia. Após 43 meses de tratamento foi observada remissão complete em 16 pacientes, com supressão parcial ou quase supressão em 14; falta de resposta foi observada em 1 paciente. Houve ocorrência de malignidade em 4 pacientes durante a terapia combinada41, resultando em 3 óbitos; no entanto, não ficou claro se a combinação produziu esta complicação. A terapia combinada41 com esses agentes pode ser considerada para o tratamento da artrite reumatoide3 grave; porém, o lugar da terapia combinada41 com agentes de remissão permanece incerto na falta de estudos controlados. Os autores sugerem que a ciclofosfamida deve ser substituída por um agente não alquilante devido ao potencial de produzir câncer47 (Csuka et al, 1986). Em regime semelhante em 17 pacientes com artrite reumatoide3 intratável que consistiu de hidroxicloroquina diariamente na dose de 200 a 400 mg, ciclofosfamida 25 mg, e azatioprina 25 mg no qual o tratamento continuou por uma média de 27 meses, foi relatada remissão completa em 5 pacientes, atividade em uma única articulação30 em apenas 2, supressão parcial da doença em 7, e ausência de resposta em outros 3 (McCarty & Carrera, 1982).
A terapia agressiva com a terapia DMARD tripla por 3 anos em pacientes com diagnóstico23 recente impediu a destruição articular em 10 de 12 pacientes que completaram o estudo. O tratamento foi iniciado com hidroxicloroquina 400 mg/dia, aurotiomalato sódico 50 mg semanalmente e metotrexato 7,5 mg, por via oral, semanalmente. As doses orais foram reduzidas a metade no segundo e terceiro anos, enquanto a injeção48 de ouro foi prolongada para 4 semanas. A melhora clínica e hematológica foi observada a partir do terceiro mês, atingindo significância estatística ao final do primeiro ano para medida como VHS26, proteína C reativa e fator reumatoide; rigidez matinal, escores de sensibilidade ou inchaço49 articular, bem como redução das doses orais de prednisona. Todas as melhoras foram mantidas, com exceção do fator reumatide, que retornou aos valores basais. Oito pacientes permaneceram livres de alterações erosivas na articulação30 ao longo de todo o estudo; dois pacientes com uma ou duas alterações erosivas no basal não apresentaram progressão subsequente. Um paciente desenvolveu alterações iniciais durante o tratamento, e 1 paciente desenvolveu uma segunda lesão29 durante o tratamento. Sete pacientes saíram do estudo em decorrência de reações adversas características da injeção48 de ouro (disfunção renal37; erupção14 cutânea11; estomatite36) ou hidroxicloroquina (erupção14 cutânea11). Os efeitos adversos não foram considerados aditivos entre as três DMARDs (Biasi et al, 1997).
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
- Anon: The Canadian Hydroxychloroquine Study Group: a randomized study of the effect of withdrawing hydroxychloroquine sulfate in systemic lupus4 erythematosus. N Eng J Med 1991; 324:150-154.
- Biasi D, Caramaschi P, Carletto A, et al: Safety of combination therapy with hydroxychloroquine, gold sodium thiomalate and methotrexate in early rheumatoid arthritis. Rev Rhum 1997; 64:521-522.
- Clark P, Casas E, Tugwell P, et al: Hydroxychloroquine compared with placebo16 in rheumatoid arthritis. Ann Intern Med 1993; 119:1067-1071.
- Clark SK: Cutaneous lupus4 erythematosus. Postgrad Med 1986; 79:195-203.
- Csuka ME, Carrera GF, & McCarty DJ: Treatment of intractable rheumatoid arthritis with combined cyclophosphamide, azathioprine, and hydroxychloroquine: a follow-up study. JAMA 1986; 255:2315-2319.
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- Logan WS: Antimalarials.. Prog in Derm 1980; 14(1):1-6.
- McCarty DJ & Carrera GF: Intractable rheumatoid arthritis. JAMA 1982; 248:1718-1723
- Murphy GM, Hawk JLM, & Magnus IA: Hydroxychloroquine in polymorphic light eruption: a controlled trial with drug and visual sensitivity monitoring. Br J Dermatol 1987; 116:379-386.
- O'Dell JR, Haire CE, Erikson N, et al: Treatment of rheumatoid arthritis with methotrexate alone, sulfasalazine and hydroxychloroquine, or a combination of all three medications. N Engl J Med 1996; 334:1287-1291.
- Paulus HE: Antimalarial agents compared with or in combination with other disease-modifying antirheumatic drugs. Am J Med 1988; 85:45-52.
- Pavelka K Jr, Pavelak Sen K, Peliskova Z, et al: Hydroxychloroquine sulphate in the treatment of rheumatoid arthritis: a double blind comparison of two dose regimens. Ann Rheum Dis 1989; 48:542-546.
- Scott DL, Dawes PT, Tunn E, et al: Combination therapy with gold and hydroxychloroquine in rheumatoid arthritis: a prospective, randomized, placebo16- controlled study. Br J Rheumatol 1989; 28:128-133.
- van Jaarsveld CHM, Jacobs JWG, van der Veen MJ, et al: Aggressive treatment in early rheumatoid arthritis: a randomised controlled trial. Ann Rheum Dis 2000; 59:468-477.
- Werth V & Franks A Jr: Treatment of discoid skin lesions with azathioprine. Arch Dermatol 1986; 122:746-747.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades Farmacodinâmicas
Sulfato de hidroxicloroquina é o sulfato de hidroxicloroquina, um sal cristalino50 incolor, solúvel em água até um mínimo de 20%, conhecido quimicamente como 2-[4-[(7-cloro-4-quinoil)amino]pentil]etilamino]etanol sulfato (1:1). Sulfato de hidroxicloroquina é uma 4-aminoquinolina antimalárica com ação esquizonticida e algum efeito gametocida, sendo também considerado um antirreumático de ação lenta.
Sulfato de hidroxicloroquina possui diversas ações farmacológicas que podem estar envolvidas em seu efeito terapêutico, tais como interação com grupos sulfidrila, interferência com a atividade enzimática (incluindo fosfolipase, NADH-citocromo C redutase, colinesterase, proteases e hidrolases), ligação ao DNA, estabilização das membranas lisossômicas, inibição da formação de prostaglandinas51, quimiotaxia52 das células53 polimorfonucleares54 e fagocitose55, possível interferência com a produção de interleucina 1 dos monócitos56, e inibição da liberação de superoxidase dos neutrófilos57. Sua capacidade de concentração nas vesículas58 ácidas intracelulares e o consequente aumento do pH dessas vesículas58 poderiam explicar tanto o efeito antimalárico como a ação antirreumática.
Propriedades Farmacocinéticas
A hidroxicloroquina é rapidamente absorvida após administração oral, com uma biodisponibilidade média de 74%. Distribui-se amplamente pelo organismo, sendo acumulada nas hemácias59 e em alguns órgãos como os olhos60, rins61, fígado62 e pulmões63, onde pode se armazenar por tempo prolongado. A hidroxicloroquina é convertida parcialmente em metabólitos64 ativos no fígado62 e é eliminada, sobretudo, por via renal37, mas também na bile65. A excreção é lenta, sendo a meia-vida de eliminação terminal de aproximadamente 50 dias (sangue66 total) ou 32 dias (plasma67). A hidroxicloroquina atravessa a barreira placentária e possivelmente passa ao leite materno, como a cloroquina.
Dados de Segurança Pré-Clínicos
Apenas dados pré-clínicos limitados estão disponíveis para hidroxicloroquina, portanto, dados da cloroquina são considerados devido à semelhança da estrutura e propriedades farmacológicas entre os 2 produtos.
Genotoxicidade
Existem dados limitados sobre a genotoxicidade com hidroxicloroquina.
A cloroquina é descrita na literatura como um agente genotóxico fraco que pode provocar, tanto mutações genéticas e rupturas cromossomal/DNA. Os mecanismos podem envolver intercalação do DNA ou indução do estresse oxidativo. Publicações relataram tanto resultados positivos e negativos nos testes de mutação genética68 reversa in vitro, utilizando bactérias (teste de Ames) e nos estudos in vivo utilizando roedores (com troca de cromátides irmã de célula69 de medula óssea70 de camundongo, anormalidade cromossômica de células53 de medula óssea70 de camundongo e rupturas da fita de DNA em rato em múltiplos órgãos quando os animais receberam a administração por via intraperitoneal). Esses efeitos cromossômicos não foram observados quando a cloroquina foi administrada em animais por via oral (por exemplo, a via terapêutica21 de administração).
No total, esses dados celulares de roedores mostram evidências de potencial genotóxico, mas foram observadas discrepâncias entre os dados publicados.
Carcinogenicidade
Não existem dados sobre a carcinogenicidade com hidroxicloroquina.
Em um estudo de 2 anos realizado em ratos com cloroquina, não se observou aumento nas alterações neoplásicas71 ou proliferativas. Não houve estudo realizado em camundongos. Não houve mudanças proliferativas nos estudos de toxicidade25 subcrônica.
Toxicidade25 reprodutiva e de desenvolvimento
Existem dados limitados sobre a teratogenicidade com hidroxicloroquina.
Com base em relatórios da literatura de não boas práticas laboratoriais, a cloroquina é teratogênica72 em ratos após a administração de doses muito altas e supra terapêuticas, por exemplo, entre 250 e 1.500 mg/kg, apresentando uma taxa de mortalidade73 fetal de 25% e malformações74 oculares em 45% dos fetos no grupo de 1.000 mg/kg.
Estudos autorradiográficos demostraram que, quando administrados no início ou no fim da gestação, a cloroquina se acumula nos olhos60 e ouvidos. Não existem dados da ação da hidroxicloroquina sobre a fertilidade.
Um estudo, realizado em ratos machos após 30 dias de tratamento oral com 5 mg/dia de cloroquina, apresentou diminuição nos níveis de testosterona, peso dos testículos75, epidídimos, vesículas seminais76 e próstata77.
A taxa de fertilidade foi também reduzida em outro estudo com ratos após 14 dias de tratamento intraperitoneal a 10 mg/kg/dia.
CONTRAINDICAÇÕES
Sulfato de hidroxicloroquina é contraindicado em pacientes com maculopatias (retinopatias) pré-existentes e pacientes com hipersensibilidade conhecida aos derivados da 4-aminoquinolina.
Este medicamento é contraindicado para menores de 6 anos.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
ADVERTÊNCIAS
Retinopatia
Antes de iniciar o tratamento prolongado com sulfato de hidroxicloroquina, os pacientes devem realizar um exame oftalmológico cuidadoso nos dois olhos60 incluindo oftalmoscopia para o teste de acuidade visual78, verificação do campo visual79, visão80 para cores e fundoscopia. Então, o exame deve ser repetido ao menos
anualmente.
A toxicidade25 na retina81 é amplamente relacionada à dose. Assim, o risco de danos na retina81 é pequeno com a dose diária de até 6,5 mg/kg de peso. Exceder a dose diária recomendada aumenta acentuadamente o risco de ocorrência de toxicidade25 na retina81.
O exame oftalmológico deve ser mais frequente e adaptado a cada paciente, nas seguintes situações:
- dose diária superior ao ideal 6,5 mg/kg de peso (magro). O peso corporal absoluto tomado como parâmetro de dosagem, pode resultar em uma superdosagem no obeso.
- insuficiência renal82;
- dose cumulativa maior que 200 g;
- idosos;
- comprometimento da acuidade visual78.
Se ocorrer qualquer distúrbio visual (acuidade visual78, visão80 para cores), o medicamento deve ser imediatamente descontinuado e o paciente cuidadosamente observado quanto à possível progressão do distúrbio visual. Alterações retinianas (e distúrbios visuais) podem progredir mesmo após o término da terapia (vide “Reações adversas”).
O uso concomitante de hidroxicloroquina com medicamentos conhecidos por induzir toxicidade25 na retina81, como por exemplo, o tamoxifeno, não é recomendado.
Hipoglicemia83
Foi demonstrado que a hidroxicloroquina causa hipoglicemia83 severa incluindo perda de consciência que pode ser um risco para a vida em pacientes tratados com e sem medicação antidiabética (vide “Interações Medicamentosas” e “Reações adversas”). Pacientes tratados com hidroxicloroquina devem ser alertados sobre o risco de hipoglicemia83 e dos sinais84 e sintomas42 clínicos associados. Pacientes que apresentarem sintomas42 sugestivos de hipoglicemia83 durante o tratamento com hidroxicloroquina devem ter seus níveis de glicose85 no sangue66 avaliados e o tratamento revisado, se necessário.
Prolongamento do intervalo QT
A hidroxicloroquina tem potencial para prolongar o intervalo QTc em pacientes com fatores de risco específicos.
A hidroxicloroquina deve ser utilizada com precaução em pacientes com prolongamento QT congênito86 ou adquirido documentado e/ou fatores de risco conhecidos para prolongamento do intervalo QT, tais como:
- doença cardíaca, por exemplo, insuficiência cardíaca87, enfarte do miocárdio88;
- condições pró-arrítmicas, por exemplo, bradicardia89 (< 50 ppm);
- histórico de disritmias ventriculares;
- hipocalemia90 e/ou hipomagnesemia não corrigida;
- durante a administração concomitante com agentes que prolongam o intervalo QT (vide “Precauções), uma vez que isso pode levar a um risco aumentado de arritmias91 ventriculares.
A magnitude do prolongamento do QT pode aumentar com concentrações crescentes do fármaco17.
Por conseguinte, a dose recomendada não deve ser excedida (vide “Interações Medicamentosas” e “Reações adversas”).
Toxicidade25 cardíaca crônica
Casos de cardiomiopatia, resultando em insuficiência cardíaca87, em alguns casos com desfecho fatal, têm sido relatados em pacientes tratados com sulfato de hidroxicloroquina (vide “Reações adversas” e “Superdose”). O monitoramento clínico de sinais84 e sintomas42 de cardiomiopatia é aconselhado e sulfato de hidroxicloroquina deve ser descontinuado aos primeiros sinais84. Toxicidade25 crônica deve ser considerada quando distúrbios de condução (bloqueio de ramo/bloqueio átrio-ventricular) e/ou hipertrofia92 biventricular são diagnosticados (vide “Reações adversas”).
Outros monitoramentos em tratamentos em longo prazo
Pacientes em tratamento em longo prazo, devem realizar contagens periódicas de sangue66 completo, e caso desenvolvam anormalidades, a hidroxicloroquina deve ser descontinuada (vide “Reações adversas”).
Todos os pacientes submetidos à terapia em longo prazo com hidroxicloroquina devem realizar exame periódico da função dos músculos93 esqueléticos e reflexos tendinosos. Caso seja observada fraqueza, o medicamento deverá ser suspenso (vide “Reações adversas”).
Potencial risco carcinogênico
Dados experimentais apresentaram um potencial risco de indução à mutação genética68. Dados de carcinogenicidade em animais estão disponíveis somente para uma espécie com medicamentos semelhantes à cloroquina e, este estudo foi negativo (vide “Dados de Segurança Pré-Clínicos”). Em humanos, dados são insuficientes para descartar que hidroxicloroquina pode levar a um aumento do risco de câncer47 em pacientes submetidos ao tratamento em longo prazo.
Foram reportados casos raros de comportamento suicida em pacientes tratados com hidroxicloroquina. Podem ocorrer distúrbios extrapiramidais com sulfato de hidroxicloroquina (vide “Reações adversas”).
PRECAUÇÕES
Recomenda-se cautela a pacientes com problemas gastrintestinais, neurológicos ou hematológicos, e àqueles com hipersensibilidade à quinina, deficiência de glicose85-6-fosfato desidrogenase, porfiria94 ou psoríase95.
Embora o risco de depressão da medula óssea70 seja pequeno, aconselha-se hemograma periódico e suspensão do tratamento caso surjam alterações hematológicas. Crianças pequenas são particularmente sensíveis aos efeitos tóxicos das 4-aminoquinolinas e, portanto, os pacientes devem ser alertados para conservar sulfato de hidroxicloroquina fora do alcance das crianças.
A hidroxicloroquina não é eficaz contra cepas7 de Plasmodium falciparum resistentes à cloroquina, e também não é ativa contra as formas exo-eritrocíticas de P. vivax, P. ovale e P. malariae. Consequentemente, sulfato de hidroxicloroquina não previne a infecção8 por esses plasmódios, nem as recaídas da doença.
Malária: a hidroxicloroquina não é eficaz contra estirpes resistentes à cloroquina de P. falciparum, e não é ativa contra as formas exo-eritrocíticas de P. vivax, P. ovale e P.malariae e, portanto, não impedirá a infecção8 por esses organismos quando administrado profilaticamente, nem prevenir a recidiva96 da infecção8 devido a esses organismos.
Gravidez97 e lactação98
Gravidez97
Apenas dados pré-clínicos limitados estão disponíveis para hidroxicloroquina, portanto, dados da cloroquina são considerados devido à semelhança da estrutura e propriedades farmacológicas entre os 2 produtos.
Nos estudos em animais com cloroquina, foi demonstrada toxicidade25 no desenvolvimento embrio-fetal com doses supraterapêuticas muito altas (variando de 250 a 1.500 mg/kg de peso corpóreo). Dados pré-clínicos com cloroquina demostraram um risco potencial de genotoxicidade em alguns sistemas de teste (vide “Dados de Segurança Pré-Clínicos”).
Doses recomendadas para profilaxia e tratamento com cloroquina para malária em humanos: a cloroquina tem sido utilizada com segurança em mulheres grávidas. Estudos observacionais, bem como meta-análises, incluindo estudos prospectivos com exposição prolongada, não demostraram aumento do risco de más-formações congênitas99 ou desfechos negativos na gravidez97.
A hidroxicloroquina quando utilizada em terapia em longo prazo com altas doses para doenças autoimunes100: estudos observacionais, assim como meta- análises, incluindo estudos prospectivos em uso a longo prazo com exposição prolongada, não observou-se risco aumentado estatisticamente significativo de más- formações congênitas99 ou desfechos negativos gravidez97.
O uso da hidroxicloroquina é desaconselhado durante a gravidez97, exceto quando, na opinião do médico, os benefícios potenciais individuais superarem os riscos. Estudos em animais com cloroquina demostraram prejuízo na fertilidade em machos (vide “Dados de Segurança Pré-Clínicos”). Não há resultados em humanos.
Lactação98
A hidroxicloroquina é excretada no leite materno (menos de 2% da dose materna após correção do peso corporal).
Aplica-se apenas à indicação de malária
A amamentação101 é possível em caso de tratamento curativo da malária. Embora a hidroxicloroquina seja excretada no leite materno, a quantidade é insuficiente para conferir qualquer proteção contra a malária ao lactente102.
É necessária quimioprofilaxia separada para o lactente102.
Existem dados muito limitados sobre a segurança da criança amamentada durante o tratamento com hidroxicloroquina a longo prazo; o prescritor deve avaliar os potenciais riscos e benefícios do uso de hidroxicloroquinadurante a amamentação101, de acordo com a indicação e duração do tratamento.
Categoria de risco na gravidez97: D. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez97.
Populações especiais
Recomenda-se cautela em pacientes com disfunções hepáticas103 ou renais ou que estejam tomando medicamentos capazes de afetar esses órgãos: pode ser necessária redução da dose da hidroxicloroquina.
Pacientes idosos
Não há advertências e recomendações especiais sobre o uso adequado desse medicamento por pacientes idosos.
Alterações na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Os pacientes deverão ser alertados quanto a dirigir veículos e operar máquinas, pois a hidroxicloroquina pode alterar a acomodação visual e provocar visão80 turva. Caso essa condição não seja auto limitante, pode haver necessidade de reduzir a dose temporariamente.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
sulfato de hidroxicloroquina pode aumentar os níveis de digoxina no plasma67. Por isso, os níveis de digoxina sérica devem ser cuidadosamente monitorados em pacientes em uso concomitantes destas substâncias.
Como a hidroxicloroquina pode aumentar os efeitos do tratamento hipoglicêmico, pode ser necessária uma diminuição nas doses de insulina104 ou drogas antidiabéticas.
Medicamentos conhecidos por prolongar o intervalo QT/com potencial para induzir arritmia105 cardíaca
A hidroxicloroquina deve ser utilizada com precaução em pacientes que estejam recebendo medicamentos conhecidos por prolongar o intervalo QT, por exemplo, antiarrítmicos da classe IA e III, antidepressivos tricíclicos, antipsicóticos, alguns anti-infecciosos devido ao aumento do risco de arritmia105 ventricular (vide “Contraindicações” e “Superdose”). A halofantrina não deve ser administrada com hidroxicloroquina.
Um aumento dos níveis plasmáticos de ciclosporina foi reportado quando a ciclosporina e a hidroxicloroquina foram coadministradas.
A hidroxicloroquina pode diminuir o limiar convulsivo. A coadministração de hidroxicloroquina com outros antimaláricos10 conhecidos por baixarem o limiar convulsivo (por exemplo, mefloquina) pode aumentar o risco de convulsões.
Além disso, a atividade de drogas antiepilépticas pode ser prejudicada se coadministradas com hidroxicloroquina.
Em um estudo de interação de dose única, foi reportado que a cloroquina reduz a biodisponibilidade do praziquantel. É desconhecido se existe um efeito semelhante quando hidroxicloroquina e praziquantel são coadministrados. Por extrapolação, devido às semelhanças de estrutura e parâmetros farmacocinéticos entre hidroxicloroquina e cloroquina, um efeito similar pode ser esperado para hidroxicloroquina.
Existe o risco teórico de inibição da atividade intracelular da ?-galactosidase quando hidroxicloroquina é coadministrada com agalsidase.
Sulfato de hidroxicloroquina pode também estar sujeito a várias das interações descritas para a cloroquina, muito embora relatos específicos não tenham sido divulgados. Estão incluídos:
- potencialização da sua ação bloqueadora direta na junção neuromuscular106 pelos antibióticos aminoglicosídeos;
- inibição do seu metabolismo107 pela cimetidina, que pode aumentar a concentração plasmática da substância;
- antagonismo do efeito da neostigmina e piridostigmina;
- redução da resposta humoral108 (mediada por anticorpos109) à imunização110 primária com a vacina111 humana diploide112 antirrábica intradérmica;
- tal como para a cloroquina, os antiácidos113 podem reduzir a absorção do sulfato de hidroxicloroquina, sendo aconselhável observar um intervalo de 4 horas entre a administração do sulfato de hidroxicloroquinae de antiácidos113.
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Cuidados de conservação
Conservar temperatura ambiente (entre 15 e 30°C). Proteger da luz e umidade.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas do produto
Comprimido revestido na cor branca, oblongo, biconvexo e monossectado.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
POSOLOGIA E MODO DE USAR
Sulfato de hidroxicloroquina deve ser tomado durante uma refeição, ou com um copo de leite.
Doenças reumáticas
A ação do sulfato de hidroxicloroquina é cumulativa e exigirá várias semanas para exercer seus efeitos terapêuticos benéficos, enquanto que efeitos colaterais19 de baixa gravidade podem ocorrer relativamente cedo. Alguns meses de terapia podem ser necessários antes que os efeitos máximos possam ser obtidos. Caso uma melhora objetiva (redução do edema114 da articulação30, aumento da mobilidade) não ocorra em 6 meses, sulfato de hidroxicloroquina deverá ser descontinuado.
Lúpus4 eritematoso5 sistêmico6 e discoide
- Dose inicial para adultos: 400 a 800 mg diários.
- Dose de manutenção: 200 a 400 mg diários.
Artrite reumatoide3
- Dose inicial para adultos: 400 a 600 mg diários.
- Dose de manutenção: 200 a 400 mg diários.
Artrite43 crônica juvenil: A posologia não deve exceder 6,5 mg/kg de peso/dia, até uma dose máxima diária de 400 mg.
Doenças fotossensíveis
O tratamento com sulfato de hidroxicloroquina deve ser de 400 mg/dia no momento inicial e depois reduzido para 200 mg/dia. Se possível, o tratamento deve ser iniciado alguns dias antes à exposição solar.
Malária
Tratamento supressivo
- Uso adulto: 1 comprimido de 400 mg de sulfato de hidroxicloroquina em intervalos semanais.
- Uso em crianças: a dose supressiva é de 6,5 mg/kg de peso semanalmente. Não deverá ser ultrapassada a dose para adultos, a despeito do peso.
Caso as circunstâncias permitam, o tratamento supressivo deverá ser iniciado 2 semanas antes da exposição. Entretanto, se isso não for possível, uma dose dupla inicial de 800 mg para adultos ou de 12,9 mg/kg para crianças pode ser recomendada, dividida em duas tomadas com 6 horas de intervalo. A terapêutica21 supressiva deverá ser continuada por 8 semanas após deixar à área endêmica.
Tratamento da crise aguda
- Uso adulto: dose inicial de 800 mg seguida de 400 mg após 6 a 8 horas e 400 mg diários em 2 dias consecutivos (total de 2 g de sulfato de hidroxicloroquina). Um método alternativo, empregando uma única dose de 800 mg (620 mg base) provou ser também eficaz. A dose para adultos também pode ser calculada na base do peso corporal. Esse método é o preferível para uso em pediatria.
- Uso em crianças: administrar dose total de 32 mg/kg (não superior a 2 g) dividida em 3 dias, como se segue: primeira dose 12,9 mg/kg (não exceder 800 mg); segunda dose 6,5 mg/kg (não exceder 400 mg) seis horas após a primeira dose; terceira dose 6,5 mg/kg 18 horas após a segunda dose; quarta dose 6,5 mg/kg 24 horas após a terceira dose.
Não há estudos dos efeitos de sulfato de hidroxicloroquina administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral.
REAÇÕES ADVERSAS
As reações podem ser classificadas em:
Categoria | Frequência |
Muito comum | ≥ 10% |
Comum | ≥ 1% e < 10% |
Incomum | ≥ 0,1% e < 1% |
Raro | ≥ 0,01% e < 0,1% |
Muito raro | < 0,01% |
Desconhecida | Não pode ser estimada pelos dados disponíveis |
Distúrbios hematológicos e do sistema linfático115
- Desconhecida: depressão da medula óssea70, anemia31, anemia31 aplástica, agranulocitose116, leucopenia33, trombocitopenia34.
Distúrbios do sistema imune117
- Desconhecida: urticária118, angioedema119, broncoespasmo120.
Distúrbios de metabolismo107 e nutrição121
- Comum: anorexia122.
- Desconhecida: hipoglicemia83.
- A hidroxicloroquina pode exacerbar o quadro de porfiria94.
Distúrbios psiquiátricos
- Comum: labilidade emocional.
- Incomum: nervosismo.
- Desconhecida: psicose123, comportamento suicida.
Distúrbios do sistema nervoso124
- Comum: cefaleia125.
- Incomum: tontura126.
- Desconhecida: convulsões têm sido reportadas com esta classe de medicamentos.
- Distúrbios extrapiramidais, como distonia127, discinesia, tremor (vide “Advertências e Precauções”).
Distúrbios oculares
- Comum: visão80 borrada devido a distúrbios de acomodação que é dose dependente e reversível.
- Incomum: retinopatia, com alterações na pigmentação e do campo visual79. Na sua forma precoce, elas parecem ser reversíveis com a descontinuação da hidroxicloroquina. Caso o tratamento não seja suspenso a tempo existe risco de progressão da retinopatia, mesmo após a suspensão do mesmo. Pacientes com alterações retinianas podem ser inicialmente assintomáticos, ou podem apresentar escotomas128 visuais paracentral e pericentral do tipo anular, escotomas128 temporais e visão80 anormal das cores.
Foram relatadas alterações na córnea129 incluindo opacificação e edema114. Tais alterações podem ser assintomáticas, ou podem causar distúrbios tais como halos, visão80 borrada ou fotofobia130. Estes sintomas42 podem ser transitórios ou são reversíveis com a suspensão do tratamento. - Desconhecida: casos de maculopatia e degeneração macular131 foram reportados e podem ser irreversíveis.
Distúrbios de audição e labirinto132
- Incomum: vertigem133, zumbido.
- Desconhecida: perda de audição.
Distúrbios cardíacos
- Desconhecida: cardiomiopatia que pode resultar em insuficiência cardíaca87 e em alguns casos com desfecho fatal (vide “Advertências e Precauções” e “Superdose”). Toxicidade25 crônica deve ser considerada quando ocorrerem distúrbios de condução (bloqueio de ramo/bloqueio átrio-ventricular) bem como hipertrofia92 biventricular. A suspensão do tratamento leva à recuperação.
- Prolongamento do intervalo QT em pacientes com fatores de risco específicos, que podem causar arritmia105 (torsade de pointes, taquicardia134 ventricular) (vide “Contraindicações” e “Reações adversas”).
Distúrbios gastrintestinais
- Muito comum: dor abdominal, náusea135.
- Comum: diarreia136, vômito137.
Esses sintomas42 geralmente regridem imediatamente com redução da dose ou suspensão do tratamento.
Distúrbios hepatobiliares138
- Incomum: alterações dos testes de função hepática139.
- Desconhecida: insuficiência hepática140 fulminante.
Distúrbios de pele e tecido subcutâneo141
- Comum: erupção14 cutânea11, prurido142.
- Incomum: alterações pigmentares na pele20 e nas membranas mucosas143, descoloração do cabelo144, alopecia145. Estes sintomas42 geralmente regridem rapidamente com a suspensão do tratamento.
- Desconhecida: erupções bolhosas, incluindo eritema multiforme146, síndrome de Stevens-Johnson147 e necrólise epidérmica tóxica148, rash149 medicamentoso com eosinofilia150 e sintomas42 sistêmicos151 (Síndrome152 DRESS), fotossensibilidade, dermatite153 esfoliativa, pustulose exantemática generalizada aguda (PEGA).
PEGA deve ser diferenciada de psoríase95, embora a hidroxicloroquina possa precipitar crises de psoríase95. Pode estar associada com febre154 e hiperleucocitose. A evolução do quadro é geralmente favorável após a suspensão do tratamento.
Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo155
- Incomum: distúrbios motores sensoriais.
- Desconhecida: miopatia156 dos músculos93 esqueléticos ou neuromiopatia levando à fraqueza progressiva e atrofia157 do grupo de músculos93 proximais158. A miopatia156 pode ser reversível com a suspensão do tratamento, mas a recuperação pode durar alguns meses.
Estudos de diminuição dos reflexos tendinosos e anormalidade na condução nervosa.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA ou à Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
SUPERDOSE
Sinais84 e sintomas42
Uma superdose com as 4-aminoquinolinas é particularmente perigosa em crianças uma vez que 1 a 2 g provaram ser fatais.
Os sintomas42 de superdose podem incluir cefaleia125, distúrbios da visão80, choque159 cardiovascular, convulsões, hipocalemia90, alterações do ritmo e condução, incluindo prolongamento do intervalo QT, torsades de pointes, taquicardia134 ventricular e fibrilação ventricular, complexo QRS com largura aumentada, bradiarritmias, ritmo nodal, bloqueio atrioventricular, seguidas de súbita e potencialmente fatal parada cardíaca e respiratória. É necessária intervenção médica imediata uma vez que estes efeitos podem aparecer rapidamente após a ingestão da superdose.
Tratamento
O estômago160 deverá ser imediatamente esvaziado por vômito137 provocado ou por lavagem gástrica161. Carvão ativado numa dose de pelo menos 5 vezes a da superdose pode inibir uma posterior absorção, se introduzido no estômago160 por sonda após a lavagem gástrica161 e dentro de 30 minutos após a ingestão da superdose.
Alguns estudos referem efeito benéfico do diazepam parenteral em casos de superdose. O diazepam pode reverter a cardiotoxicidade da cloroquina. Se necessário, deverão ser instituídos suporte respiratório e medidas de tratamento do choque159.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
Registro M.S. nº. 1.0235.1269.
Farm. Resp. Dra. Telma Elaine Spina CRF - SP 22.234
EMS S/A
Rod. Jornalista Francisco Aguirre Proença, Km 08
Bairro Chácara Assay
Hortolândia – SP/ CEP 13186-901
57.507.378/0003-65
Indústria Brasileira
SAC 0800 191914
