Hidantal (Comprimido)
SANOFI-AVENTIS FARMACÊUTICA LTDA
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Hidantal®
fenitoína
Comprimido 100 mg
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Comprimido
Embalagem com 25 comprimidos
USO ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO:
Cada comprimido de Hidantal® contém:
fenitoína | 100 mg |
excipiente q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: amido de milho, estearato de magnésio, lactose1 monoidratada, talco e povidona K30.
INFORMAÇÕES AO PACIENTE
PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?
Hidantal é destinado ao tratamento de:
- crises convulsivas (contrações súbitas e sem controle dos músculos2 devido a alterações no cérebro3) durante ou após neurocirurgia.
- crises convulsivas, crises tônico-clônicas (convulsões motoras que podem se repetir) generalizadas e crise parcial complexa (estado parado seguido de movimentos mastigatórios e fora de controle) (lobo psicomotor4 e temporal).
- estado de mal epiléptico (ataques epilépticos prolongados e repetidos).
COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?
A fenitoína é um medicamento que pode ser utilizado no tratamento da epilepsia5 (transtorno caracterizado por episódios recorrentes de alteração na função do cérebro3 devido à súbita descarga dos neurônios6, excessiva e desordenada). O principal local de ação parece ser a região do cérebro3 que inibe a propagação das crises epilépticas.
Após o uso oral, a fenitoína atinge níveis terapêuticos em pelo menos 7 a 10 dias após o início do tratamento com doses recomendadas de 300 mg/dia.
QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Hidantal é contraindicado em pacientes que tenham apresentado reações intensas ao medicamento ou a outras hidantoínas.
O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Advertências e Precauções
Foi relatado que complicações hematopoiéticas, algumas delas fatais, estão associadas à administração de fenitoína. Estes incluíram trombocitopenia7, granuloma8 reversível da medula óssea9, leucopenia10, granulocitopenia, agranulocitose11 e pancitopenia12 com ou sem supressão da medula óssea9 (vide 9. Reações adversas).
Hidantal deve ser administrado com cautela em casos de discrasias sanguíneas.
Vários relatórios sugeriram uma relação entre a administração de fenitoína e o desenvolvimento de linfadenopatia (local ou generalizada), incluindo hiperplasia13 benigna dos linfonodos14, pseudo-linfoma15, linfoma15 e doença de Hodgkin16. Embora não tenha sido estabelecida uma relação de causa e efeito, a ocorrência de linfadenopatia indica a necessidade de diferenciar essa patologia17 de outros tipos de doença linfonodal.
O envolvimento linfonodal pode ocorrer com ou sem sinais18 e sintomas19 semelhantes à doença sérica, como febre20, erupção21 cutânea22 e insuficiência hepática23.
Em todos os casos de linfadenopatia, recomenda-se acompanhamento médico a longo prazo, e qualquer esforço deve ser feito para alcançar o controle das crises, usando drogas antiepilépticas alternativas.
O uso de Hidantal é estritamente contraindicado em pacientes com histórico anterior de hipersensibilidade às hidantoínas (vide 4. Contraindicações). Além disso, deve-se tomar cuidado e é necessário considerar uma alergia24 cruzada em potencial ao usar medicamentos com estruturas semelhantes (por exemplo, barbitúricos, succinimidas, oxazolidinediona e outros componentes relacionados) nesses mesmos pacientes.
Hidantal deve ser administrado com cautela em casos de função tireoidiana comprometida.
Hidantal deve ser administrado com cautela em casos de diabetes mellitus25.
Foi relatada hiperglicemia26 resultante do efeito inibitório da fenitoína na liberação de insulina27. A fenitoína também pode aumentar os níveis séricos de glicose28 em pacientes diabéticos.
Os medicamentos que tratam a epilepsia5 não devem ter seu uso interrompido abruptamente devido ao possível aumento na frequência de crises, incluindo status epilepticus (quadro onde o paciente passa a ter crises convulsivas constantes).
Quando, a critério médico, houver necessidade de redução da dose, descontinuação do tratamento ou substituição por uma terapia alternativa, esta deve ser feita gradualmente. Entretanto, no evento de reação alérgica29 ou reação de hipersensibilidade (alergia24 ou intolerância), uma rápida substituição para uma terapia alternativa pode ser necessária. Neste caso, a terapia alternativa deve ser um medicamento antiepiléptico (que trata a epilepsia5) não pertencente à classe das hidantoínas.
Converse com seu médico caso você tenha tido pressão baixa, insuficiência cardíaca30 (condição em que o coração31 é incapaz de bombear sangue32 suficiente para satisfazer as necessidades do corpo) ou infarto do miocárdio33 (lesão34 de parte do músculo cardíaco35 por falta de oxigênio).
Uma boa higiene dental deve ser enfatizada durante o tratamento com Hidantal, a fim de minimizar o desenvolvimento de hiperplasia13 gengival e suas complicações.
Reações adversas cutâneas36 graves (SCARs): Foram relatadas reações cutâneas36 graves, como síndrome de Stevens-Johnson37 (SJS) e necrólise epidérmica tóxica38 (NET) e reação medicamentosa com eosinofilia39 e sintomas19 sistêmicos40 (DRESS) em associação com o tratamento Hidantal. Os pacientes devem ser informados sobre os sinais18 e sintomas19 de manifestações cutâneas36 graves e monitorados de perto.
O tratamento deve ser descontinuado no primeiro aparecimento de erupção21 cutânea22, lesões41 nas mucosas42 ou qualquer outro sinal43 de hipersensibilidade
Reações na pele44 com risco para a vida (Síndrome de Stevens-Johnson37 e necrólise epidérmica tóxica38) têm sido reportadas com o uso do Hidantal. Se os sinais18 ou sintomas19 da Síndrome de Stevens-Johnson37 ou da necrólise epidérmica tóxica38 (como por exemplo: rash45 (lesões41 avermelhadas) ou lesões41 de pele44 na forma de bolhas e que também podem acometer a mucosa46 com evolução progressiva e que podem determinar um quadro muito grave ao paciente, ou se houver suspeita de lúpus47 eritematoso48) surgirem, o tratamento com Hidantal deve ser interrompido. Se o rash45 for do tipo moderado (semelhante ao sarampo49 ou escarlatiniforme), o tratamento pode ser retomado após regressão completa do rash45. Caso o rash45 reapareça ao reiniciar o tratamento, Hidantal ou outra fenitoína estão contraindicados.
Converse com seu médico caso você apresente efeitos tóxicos no fígado50 com o uso deste medicamento e insuficiência hepática23 aguda (diminuição súbita da função do fígado50). Estes incidentes51 foram associados com uma síndrome52 de hipersensibilidade caracterizada por febre20, erupções na pele44 e linfadenopatia (aparecimento de íngua), e normalmente ocorrem dentro dos 2 primeiros meses de tratamento. Outras manifestações comuns incluem icterícia53 (cor amarelada da pele44 e olhos54), hepatomegalia55 (aumento de volume do fígado50), níveis elevados de transaminase sérica (um marcador da função das células56 do fígado50), leucocitose57 (aumento transitório no número dos glóbulos brancos, que são as células56 de defesa do sangue32) e eosinofilia39 (aumento do número de eosinófilos58, células56 específicas dentro do grupo de células56 brancas presentes no sangue32). A evolução clínica de hepatotoxicidade59 aguda de fenitoína varia de recuperação imediata á óbito60 (morte). Nestes pacientes com hepatotoxicidade59 aguda, o tratamento com Hidantal deve ser imediatamente descontinuado e não deve ser administrado novamente. Complicações hematopoiéticas (alterações na quantidade e/ou qualidade das células56 do sangue32) algumas fatais, foram ocasionalmente relatadas como associadas à administração de fenitoína. Informe imediatamente seu médico se ocorrer trombocitopenia7 (diminuição no número de plaquetas61 sanguíneas), granuloma8 (lesão34 inflamatória) da medula óssea9 reversível, leucopenia10 (redução dos glóbulos brancos no sangue32), granulocitopenia (diminuição na contagem de granulócitos62 – células56 específicas dentro do grupo de células56 brancas (basófilos, eosinófilos58 e neutrófilos63), agranulocitose11 (ausência de granulócitos62) e pancitopenia12 (diminuição global das células56 do sangue32 (glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas61) com ou sem supressão da medula óssea9 (vide “8. Quais os males que este medicamento pode me causar?”).
A reação a medicamentos com Eosinofilia39 e Sintomas19 Sistêmicos40 (DRESS), também conhecida como Síndrome52 da Hipersensibilidade induzida por droga, foi relatada em pacientes que tomavam droga antiepilépticas, incluindo fenitoína. Alguns desses eventos foram fatais ou representaram grave ameaça à vida. A síndrome52 de DRESS geralmente apresenta febre20, erupção21 cutânea22, linfadenopatia e/ou inchaço64 facial em associação com envolvimento de outros órgãos, como hepatite65, nefrite66, anormalidades hematológicas, miocardite67 ou miosite, às vezes lembrando uma infecção68 viral aguda. A eosinofilia39 está frequentemente presente como esse distúrbio é variável em sua expressão outros sistemas de órgãos não mencionados aqui podem estar envolvidos. É importante destacar que manifestações precoces de hipersensibilidade, como febre20 ou linfadenopatia, podem estar presentes mesmo que a erupção21 cutânea22 não seja evidente. Se tais sinais18 ou sintomas19 estiverem presentes, o paciente deve ser avaliado imediatamente. A Fenitoína deve ser descontinuada se não for possível estabelecer uma etiologia69 alternativa para os sinais18 ou sintomas19 apresentados.
Um número de relatos sugeriu a existência de uma relação entre a administração de fenitoína e o desenvolvimento de linfadenopatia (local ou generalizada), incluindo hiperplasia13 (aumento na quantidade de células56 em um tecido70 ou órgão, sem formação de tumor71) de nódulo72 linfático73 benigno, pseudolinfoma (infiltração benigna das células56 linfóides), linfoma15 (doença neoplásica74 do tecido linfóide75) e doença de Hodgkin16 (doença maligna caracterizada por aumento progressivo de linfonodos14, baço76, e geralmente tecido linfóide75). Embora uma relação causa-efeito não tenha sido estabelecida, a ocorrência de linfadenopatia indica a necessidade em diferenciar esta doença de outros tipos de doença de nódulo72 linfático73. O comprometimento dos nódulos linfáticos pode ocorrer com ou sem sinais18 e sintomas19 semelhantes à doença do soro77 (reação alérgica29 que apresenta vários sintomas19), como por exemplo, febre20, rash45 (erupção21 cutânea22) e comprometimento hepático (do fígado50).
Em todos os casos de linfadenopatia recomenda-se acompanhamento médico por período prolongado e todo esforço deve ser empregado para se alcançar o controle das crises utilizando-se medicamentos antiepilépticos alternativos.
O fígado50 é o principal órgão de transformação da fenitoína; portanto converse com o seu médico caso você tenha insuficiência hepática23, seja idoso, ou esteja gravemente doente, pois poderá apresentar sinais18 precoces de toxicidade78.
Uma pequena porcentagem de pacientes tratados com fenitoína demonstrou ter metabolização lenta do medicamento. O lento metabolismo79 pode ser justificado pela disponibilidade enzimática limitada e falta de indução. Isto parece ser geneticamente determinado.
A fenitoína e outras hidantoínas são contraindicadas em pacientes que apresentaram hipersensibilidade à fenitoína (vide “3. Quando não devo usar este medicamento?”). Além disso, deve-se ter cautela ao utilizar medicamentos com estruturas similares (ex. barbitúricos, succinimidas, oxazolidinedionas e outros componentes relacionados) nestes mesmos pacientes.
Hidantal deve ser administrado com cautela em casos de discrasias sanguíneas (qualquer alteração envolvendo os elementos celulares do sangue32, glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas61), doença cardiovascular, diabetes mellitus25, funções hepáticas80, renal81 ou tireoideana prejudicadas.
Considerando os relatos isolados associando a fenitoína à exacerbação da porfiria82 (doença metabólica que se manifesta através de problemas na pele44 e/ou com complicações neurológicas), deve-se ter cautela quando Hidantal for utilizado em pacientes com esta doença.
Relatou-se hiperglicemia26 (aumento na taxa de açúcar83 no sangue32) resultante de efeito inibitório da fenitoína na liberação de insulina27. A fenitoína pode também aumentar as concentrações séricas de glicose28 em pacientes diabéticos.
A osteomalácia84 (amolecimento e enfraquecimento do osso) foi associada ao tratamento com fenitoína devido à interferência da fenitoína no metabolismo79 da Vitamina85 D.
A fenitoína não está indicada para crises devido à hipoglicemia86 (diminuição da taxa de açúcar83 no sangue32) ou a outras causas metabólicas. Procedimentos adequados de diagnóstico87 devem ser realizados nestes casos.
As concentrações plasmáticas de fenitoína acima do intervalo considerado ideal podem produzir estado de confusão mental como delírio88, psicose89 (alterações do comportamento) ou encefalopatia90 (comprometimento da função do cérebro3), ou raramente, disfunção cerebelar irreversível. Portanto, recomenda-se o monitoramento dos níveis plasmáticos aos primeiros sinais18 de toxicidade78 aguda. A redução da dose de Hidantal está indicada se a concentração de fenitoína for excessiva; caso os sintomas19 persistam, o tratamento com Hidantal deve ser descontinuado.
Foram relatados comportamentos ou intenções suicidas em pacientes tratados com medicamentos antiepilépticos em várias indicações. O mecanismo deste efeito não é conhecido e os dados disponíveis não excluem a possibilidade de um efeito aumentado para a fenitoína. Portanto, os pacientes devem ser monitorados quanto aos sinais18 de comportamento ou intenções suicidas e um tratamento adequado deve ser considerado. Informe ao médico caso surjam sinais18 de comportamento ou intenções suicidas.
Faça uma boa higiene dentária durante o tratamento com Hidantal, a fim de minimizar o desenvolvimento de hiperplasia13 gengival (aumento não inflamatório das gengivas produzido por fatores outros que a irritação local) e suas complicações.
Níveis plasmáticos de fenitoína acima da faixa considerada terapêutica91 podem produzir estados confusionais referidos como delirium92, psicose89 ou encefalopatia90 ou, raramente, disfunção cerebelar irreversível. Portanto, recomenda-se monitorar os níveis plasmáticos aos primeiros sinais18 de toxicidade78 aguda. A redução da dose Hidantal é indicada se as concentrações de fenitoína forem excessivas; se os sintomas19 persistirem, o tratamento com Hidantal deve ser descontinuado.
O fígado50 é o principal órgão de biotransformação da fenitoína; pacientes com insuficiência hepática23, idosos ou pessoas gravemente doentes podem demonstrar sinais18 precoces de toxicidade78.
Hidantal deve ser administrado com cautela em casos de insuficiência hepática23.
Os medicamentos antiepiléticos não devem ser interrompidos abruptamente devido a um possível aumento na frequência de crises, incluindo o status epiléptico. Quando, a critério do médico, houver necessidade de redução da dose, descontinuação do tratamento ou substituição por uma terapia alternativa, isso deve ser feito gradualmente. No entanto, no caso de uma reação alérgica29 ou reação de hipersensibilidade, pode ser necessária a substituição rápida por uma terapia alternativa. Nesse caso, a terapia alternativa deve ser um medicamento antiepilético que não pertença à classe da hidantoína.
A depuração da fenitoína tende a diminuir com o aumento da idade. Portanto, pacientes idosos podem precisar de doses mais baixas.
Gravidez93 e Lactação94
Diversos relatos sugerem que o uso de medicamentos antiepilépticos por mulheres epilépticas pode levar a efeitos teratogênicos95 (que causa malformação96 durante a gestação) em crianças nascidas destas mulheres. A maioria dos casos está relacionada à fenitoína e ao fenobarbital, que são os medicamentos para tratar a convulsão97 mais comumente indicados pelos médicos.
Relatos informais ou menos sistemáticos sugerem uma possível associação similar com o uso de todos os medicamentos anticonvulsivantes conhecidos. Uma relação causa-efeito definitiva não foi estabelecida uma vez que fatores genéticos ou a própria epilepsia5 podem ter papel importante na causa de anomalias (malformação96) congênitas98 (ao nascimento).
A grande maioria das gestantes epilépticas tratadas com medicamento antiepiléptico tem bebês99 normais. Deve-se estar atento ao fato de que o tratamento antiepiléptico não deve ser interrompido em pacientes nas quais o medicamento previne a ocorrência de crises epilépticas de grande mal (que acometem todo o corpo), devido à alta possibilidade de antecipação do estado de mal epiléptico acompanhado de hipóxia100 ( falta de oxigênio em um ou mais tecidos) e de risco de morte. Em casos particulares, nos quais a gravidade e frequência das crises são tais que a retirada do medicamento não representa ameaça séria ao paciente, deve-se considerar a interrupção do tratamento antes ou durante a gravidez93, embora não exista segurança que mesmo crises epilépticas menores não representem algum perigo ao desenvolvimento do feto101.
Riscos à gestante: durante a gravidez93 pode ocorrer um aumento na frequência das crises epilépticas em uma grandeproporção de pacientes, devido a alterações farmacocinéticas da fenitoína. Por isso, recomenda-se um monitoramento frequente dos níveis plasmáticos de fenitoína em mulheres grávidas como guia para um ajuste posológico adequado.
Contudo, após o parto, o paciente deverá verificar com seu médico a posologia a ser administrada.
Há um potencial risco de carcinogenicidade (câncer102) após a exposição in útero103 à fenitoína. Casos de neoplasia104 (câncer102) em crianças foram reportados na literatura.
Má-formação congênita105
Os dados disponíveis sugerem que a exposição no útero103 à fenitoína está associada a um aumento da prevalência106 de malformações107 congênitas98. Não foram confirmados padrões específicos de malformações107 congênitas98. Dados epidemiológicos, em particular uma metanálise Cochrane (Weston et al. 2016) e um estudo de coorte108 do registro EURAP (Tomson et al. 2018) mostram uma prevalência106 de grandes malformações107 congênitas98 estimadas entre 5,38% e 6,4% após a exposição pré-natal ao fenitoína. O risco é 2 a 3 vezes maior do que para a população em geral.
As mulheres com potencial para engravidar devem ser informadas dos riscos e benefícios do uso de fenitoína durante a gravidez93. Mulheres em idade fértil devem usar métodos contraceptivos eficazes, sem interrupção durante toda a duração do tratamento com Hidantal e por 14 dias após a interrupção do tratamento com Hidantal.
Se uma mulher planeja uma gravidez93, devem ser feitos todos os esforços para mudar para um tratamento alternativo apropriado antes da concepção109 e antes que a contracepção110 seja interrompida.
Se uma mulher engravidar, avalie cuidadosamente os riscos e benefícios do tratamento com Hidantal para a mulher e seu feto101, e se o tratamento com Hidantal pode ser continuado ou precisa ser mudado para um tratamento alternativo apropriado.
Durante a gravidez93, pode ocorrer um aumento na frequência de crises em uma grande proporção de pacientes devido a alterações na farmacocinética da fenitoína. Recomenda-se o monitoramento frequente dos níveis plasmáticos de fenitoína em mulheres grávidas como um guia para o ajuste posológico adequado. No entanto, após o parto, provavelmente será indicado retornar à dosagem original.
Pode haver um distúrbio hemorrágico111 grave (que envolve riscos com risco de vida) relacionado a níveis reduzidos de fatores de coagulação112 dependentes da vitamina85 K em recém-nascidos expostos à fenitoína no útero103. Esta condição induzida por drogas pode ser evitada pela administração de vitamina85 K à mãe antes do parto e ao recém-nascido após o parto.
Converse com seu médico, caso tenha epilepsia5 e tenha suspeita de gravidez93. O médico deverá aconselhar você durante a gravidez93 e avaliar a relação risco/benefício.
Pode ocorrer um distúrbio de sangramento grave (que implica em risco de morte) relacionado a níveis reduzidos de coagulação112 que dependem da vitamina85 K em recém-nascidos cujas mães usaram fenitoína durante a gravidez93. Esta condição pode ser prevenida através do uso de vitamina85 K pela mãe antes do parto, e pelo recém-nascido após o parto.
Embora a fenitoína seja excretada no leite materno, há baixo risco aos recém-nascidos, desde que os níveis de fenitoína na mãe sejam mantidos dentro da faixa terapêutica91 (dose indicada para o tratamento).
Informe o seu médico se você está amamentando.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez93.
A excreção de fenitoína no leite materno pode causar efeitos no lactente113.
Populações especiais
Pacientes idosos: Pacientes idosos podem requerer doses menores. Converse com o seu médico. A depuração da fenitoína tende a diminuir com o aumento da idade. Portanto, pacientes idosos podem exigir doses mais baixas.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
A fenitoína é extensivamente ligada às proteínas114 plasmáticas séricas e metabolizada pelas enzimas hepáticas115 CYP2C9 CYP2C19 do citocromo P450 e enzimas.
Inibição do metabolismo79 pode produzir significativo aumento nas concentrações circulantes de fenitoína e elevar o risco de toxicidade78 do fármaco116. A fenitoína é um potente indutor das enzimas hepáticas115 metabolizadoras de fármacos, incluindo CYP1A2, CYP2B6, CYP2C9, CYP3A e UGT1A1. É recomendado que a concentração plasmática de fenitoína seja monitorada quando utilizada com terapia combinada117 e a dose deve ser ajustada, quando apropriado.
A fenitoína pode levar à redução da exposição a contraceptivos, albendazol, mebemdazol, ivabradina, tiagabina, lamotrigina, eslicarbazepina, topiramato e ciclosporina.
A fenitoína pode levar a redução da exposição a drogas antineoplásicas que são metabolizadas via CYP3A, CYP2B6, CYP2C9, UGT1A1 e/ou UGT1A4.
Eslicarbazepina, topiramato, cimetidina, omeprazol, estiripentol e fluoxetina podem levar a uma exposição elevada de fenitoína.
Ácido valpróico: quando coadministrado com a fenitoína, o ácido valpróico reduz a concentração plasmática total de fenitoína. Além disso, o ácido valpróico aumenta a forma livre da fenitoína com possíveis sintomas19 de superdose (o ácido valpróico desloca a fenitoína de seus sítios de ligação às proteínas114 plasmáticas e reduz seu catabolismo118 hepático (do fígado50)). Os níveis de metabólitos119 do ácido valpróico podem ser aumentados no caso de uso concomitante com a fenitoína. Portanto, se você estiver sendo tratado com estes dois fármacos você deve ser cuidadosamente monitorado para sinais18 de
hiperamonemia (excesso de amônia no organismo).
Azapropazona: a azapropazona aumenta o risco de toxicidade78, uma vez que o uso concomitante aumenta a quantidade da fenitóina no sangue32. Informe ao seu médico, caso você também faça uso do medicamento azapropazona. O uso da azapropazona deve ser evitado nos pacientes que recebem tratamento com a fenitoína.
Barbituratos: informe ao seu médico, caso você faça uso de barbiturato, visto que os pacientes tratados com fenitoína e um barbiturato devem ser observados quanto aos sinais18 de intoxicação com fenitoína caso o barbiturato seja retirado. O fenobarbital pode reduzir a absorção oral da fenitoína.
Beclamida: casos individuais de leucopenia10 reversível foram associados com altas doses de beclamida (1,5 a 5 g por dia) usada junto com outros anticonvulsivantes (medicamentos que tratam a convulsão97) como barbitúricos e fenitoína. Informe ao seu médico se está fazendo uso de beclamida.
Ciprofloxacino: quando coadministrado com a fenitoína, pode levar a uma diminuição da concentração dos níveis de fenitoína no sangue32.
Cloranfenicol: informe ao seu médico, caso você faça uso do medicamento cloranfenicol. Os pacientes recebendo simultaneamente fenitoína e cloranfenicol devem ser rigorosamente observados quanto aos sinais18 de intoxicação com a fenitoína, uma vez que o cloranfenicol reduz o metabolismo79 da fenitoína. A dose de anticonvulsivante deve ser reduzida, se necessário. A possibilidade de se usar um antibiótico alternativo deve ser considerada.
Corticosteroides: a fenitoína aumenta o clearance (eliminação) do corticosteroide reduzindo sua eficácia. A eficácia terapêutica91 do agente corticosteroide deve ser monitorada; pode ser necessário um aumento na dose do corticosteroide da ordem de 2 vezes ou mais durante tratamento combinado com a fenitoína. Recomenda-se monitoramento periódico dos níveis de fenitoína uma vez que doses maiores de fenitoína também podem ser necessárias, considerando que o
corticosteroide pode aumentar ou reduzir os níveis de fenitoína.
Delavirdina: o uso em associação de delavirdina e fenitoína não é recomendado devido à redução da quantidade no sangue32 da delavirdina observados nesta situação, em decorrência da indução do metabolismo79 da delavirdina.
Diltiazem: quando coadministrado com a fenitoína este medicamento pode aumentar a concentração de fenitoína no sangue32. Recomenda-se que a concentração plasmática de fenitoína seja monitorada.
Dissulfiram: este fármaco116 inibe o metabolismo79 hepático (no fígado50) da fenitoína. Caso você faça uso de dissulfiram e
fenitoína, converse com seu médico, pois ele deverá monitorá-lo. A redução da dose de fenitoína pode ser necessária em
alguns pacientes.
Estatinas metabolizadas pelo CYP3A4, como em particular atorvastatina, sinvastatina, lovastatina, fluvastatina e cerivastatina: a fenitoína pode diminuir a eficácia destes medicamentos. Portanto, informe ao seu médico, caso você faça uso destes medicamentos.
Fenilbutazona: este fármaco116 aumenta o risco de toxicidade78 com a fenitoína, uma vez que reduz o metabolismo79 hepático da fenitoína e altera a fixação às proteínas114 plasmáticas.Converse com seu médico, caso você faça uso de fenilbutazona e fenitoína, o médico irá monitorá-lo quanto á sinais18 de intoxicação da fenitoína.
Fluconazol: a coadministração com fluconazol pode levar a uma maior exposição à fenitoína, o que pode levar a superdose do fármaco116.
Fluoracila e/ou prodrogas (como tegafur, gimeracila e oteracila): quando coadministrados com a fenitoína podem aumentar a concentração plasmática da fenitoína.
Folatos: os folatos reduzem a eficácia da fenitoína. O uso concomitante do ácido fólico com a fenitoína resultou num aumento da frequência de crises convulsivas e na redução dos níveis de fenitoína em alguns pacientes. A fenitoína tem potencial de diminuir os níveis plasmáticos de folato e, portanto, deve ser evitada durante a gravidez93.
Hidróxido de alumínio: a administração simultânea da fenitoína com hidróxido de alumínio pode acarretar na diminuição da concentração sérica (quantidade no sangue32) da fenitoína.
Imatinibe: o uso concomitante de imatinibe e fenitoína reduz as concentrações plasmáticas do imatinibe devido à indução do seu metabolismo79. Informe ao seu médico, caso você faça uso deste medicamento.
Irinotecano: o uso concomitante de irinotecano e fenitoína reduz a exposição ao irinotecano e ao seu metabólito120 ativo. Informe ao seu médico, caso você faça uso deste medicamento.
Isoniazida: informe ao seu médico, caso faça uso de isoniazida e fenitoína. Os pacientes recebendo ambos os fármacos devem ser rigorosamente observados quanto aos sinais18 de toxicidade78 da fenitoína.
Lidocaína: a lidocaína e a fenitoína pertencem à classe dos antiarrítmicos IB (medicamentos usados para arritmia121 - descompasso dos batimentos do coração31). O uso concomitante pode resultar em depressão cardíaca aditiva. Além disso, existem evidências de que a fenitoína possa estimular o metabolismo79 no fígado50 da lidocaína resultando em uma redução da concentração sérica da lidocaína. O uso combinado deve ser administrado com cautela. O status cardíaco do paciente deve ser monitorado. Se possível, o tratamento concomitante deve ser evitado em pacientes com doença cardíaca conhecida.
Lopinavir: o uso concomitante de fenitoína e lopinavir pode resultar numa redução da concentração plasmática do lopinavir e pode causar redução na concentração da fenitoína. Informe ao seu médico, caso você faça uso deste medicamento.
Metotrexato: a administração concomitante de metotrexato e fenitoína reduz a eficácia da fenitoína devido à redução da sua absorção gástrica (no estômago122). Além disso, há um aumento no risco de toxicidade78 do metotrexato. Informe ao seu médico, caso você faça uso deste medicamento.
Posaconazol: a coadministração com a fenitoína pode resultar na redução da concentração de posaconazol e no aumento da concentração de fenitoína. O uso concomitante de fenitoína e posaconazol deve ser evitado a menos que o potencial benefício justifique claramente o potencial risco. Informe ao seu médico, caso você faça uso deste medicamento.
Quetiapina: a coadministração de quetiapina e fenitoína reduz a eficácia da quetiapina. Pode ser necessário aumentar as doses de quetiapina para manter o controle dos sintomas19 psicóticos nos pacientes recebendo tratamento combinado. Informe ao seu médico, caso você faça uso deste medicamento.
Salicilatos: altas doses de salicilatos podem aumentar a concentração da fenitoína livre (ativa) no plasma123. Entretanto, em geral não há necessidade de alteração da dose da fenitoína na maioria dos pacientes. Altas doses de salicilatos devem ser administradas com cautela a pacientes em tratamento com fenitoína, especialmente se os pacientes parecem propensos à intoxicação. Informe ao seu médico, caso você faça uso deste medicamento.
Sulfonamidas: podem aumentar os riscos de toxicidade78 da fenitoína. Pode ser necessária uma redução na dose de fenitoína durante tratamento concomitante. Informe ao seu médico, caso você faça uso deste medicamento.
Tacrolimo: quando estes fármacos são utilizados concomitantemente, os pacientes devem ser monitorados quanto à redução das concentrações plasmáticas do tacrolimo e consequente redução de sua eficácia. Informe ao seu médico, caso você faça uso deste medicamento.
Tipranavir: recomenda-se cautela quando a fenitoína for prescrita a pacientes que estejam recebendo tipranavir. Informe ao seu médico, caso você faça uso deste medicamento.
Voriconazol: a fenitoína, quando administrada concomitantemente com o voriconazol, induz o metabolismo79 do voriconazol reduzindo o metabolismo79 da fenitoína. Recomenda-se um monitoramento frequente das concentrações de fenitoína e dos eventos adversos relacionados a fenitoína durante a coadministração. A fenitoína pode ser coadministrada com o voriconazol, se a dose de manutenção do voriconazol for aumentada de 4 mg/kg para 5 mg/kg por via intravenosa a cada 12 horas, ou de 200 mg para 400 mg por via oral a cada 12 horas (100 mg para 200 mg oral a cada 12 horas em pacientes com menos de 40 kg).
Informe ao seu médico, caso você faça uso deste medicamento.
Erva de São João: o uso em associação com a fenitoína reduz a eficácia da fenitoína. O uso concomitante deve ser evitado. Caso o paciente continue o tratamento com Erva de São João durante terapia com a fenitoína, ele deve tomá-la de uma fonte confiável que assegure uma quantidade estável de ingrediente ativo. Além disso, os níveis de fenitoína devem ser monitorados e estabilizados e os sintomas19 de ausência de eficácia (aumento de crises epilépticas) devem ser cuidadosamente monitorados. Informe ao seu médico, caso você faça uso deste medicamento.
Etanol: a ingestão aguda de álcool pode aumentar as concentrações plasmáticas de fenitoína, enquanto que seu uso crônico124 pode diminuí-las. Os pacientes epilépticos que fazem uso crônico124 do álcool devem ser rigorosamente observados quanto ao decréscimo dos efeitos anticonvulsivantes. É necessário um acompanhamento rotineiro da concentração plasmática da fenitoína.
Interações entre Preparações Nutricionais/Alimentação Enteral: relatos da literatura sugerem que pacientes que receberam preparações nutricionais enteral e/ou equivalentes de suplementos nutricionais têm níveis plasmáticos de fenitoína menores que os esperados. Portanto, sugere-se que Hidantal não seja administrado concomitantemente com preparação nutricional enteral. Nestes pacientes, pode ser necessária a monitoração mais frequente dos níveis séricos de fenitoína.
Interações com Testes Laboratoriais
A fenitoína pode causar diminuição dos níveis séricos de T4. Também pode produzir valores menores que os normais para teste de metirapona ou dexametasona. A fenitoína pode causar níveis séricos aumentados de glicose28, fosfatase alcalina125 e gama glutamil transpeptidase.
Deve-se ter cautela quando métodos imunoanalíticos forem utilizados para mensurar as concentrações plasmáticas de fenitoína.
A fenitoína pode causar uma diminuição dos níveis séricos de T4. Também pode produzir valores abaixo do normal para testes de metirrapona ou dexametasona. A fenitoína pode causar aumento dos níveis séricos de glicose28, fosfatase alcalina125 e gama glutamil transpeptidase.
Deve-se ter cautela quando métodos imuno-analíticos são usados para medir as concentrações plasmáticas de fenitoína.
Informe ao seu médico se você está fazendo uso de algum outro medicamento. Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde126.
ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
Cuidados de conservação
Hidantal comprimidos deve ser mantido em temperatura ambiente (15–30°C), proteger da luz e umidade.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas do produto
Comprimido branco, liso, de faces planas com bordas chanfradas.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Pacientes recebendo fenitoína devem ser alertados da importância de respeitarem estritamente o regime de dose prescrito e informarem aos seus médicos sobre qualquer condição clínica que o impossibilite de tomar o medicamento por via oral como prescrito (por ex. cirurgias).
Você deve tomar os comprimidos com líquido, por via oral.
POSOLOGIA
Com o esquema posológico, por via oral, os níveis de eficácia se estabelecem em média após uma semana. Quando for necessário efeito imediato, como nos controles de uma crise aguda e no estado de mal epiléptico, recomenda-se a forma injetável, preferencialmente pela via intravenosa. As doses orais devem ser tomadas preferencialmente durante ou após as refeições. A interrupção do tratamento deve ser feita de forma gradual. (vide “4. O que devo saber antes de usar este medicamento?”).
Uso adulto
- Crises convulsivas durante ou após neurocirurgia: tratamento e profilaxia: 100 mg três vezes ao dia. Dose usual de manutenção de 300 a 400 mg/dia (dose máxima de 600 mg/dia).
- Crises convulsivas, crises tônico-clônicas generalizadas e crise parcial complexa (lobo psicomotor4 e temporal): 100 mg três vezes ao dia, dose de manutenção usual de 300 – 400 mg/dia (dose máxima de 600 mg/dia).
- Estado de mal epiléptico: dose de ataque de 10 – 15 mg/kg IV (não exceder 50 mg/min), seguido por dose de manutenção de 100 mg por via oral ou intravenosa a cada 6 a 8 horas.
Uso em crianças
Crianças com mais de 6 anos e adolescentes podem necessitar da dose mínima de adulto (300 mg/dia).
- Crises convulsivas durante ou após neurocirurgia: tratamento e profilaxia: 5 mg/kg/dia divididos igualmente em duas ou três administrações, até um máximo de 300 mg/dia; a dose de manutenção usual é de 4 a 8 mg/kg/dia; Crianças com mais de 6 anos podem necessitar da dose mínima de adulto (300 mg/dia).
- Crises convulsivas, crises tônico-clônicas generalizadas e crise parcial complexa (lobo psicomotor4 e temporal): 5 mg/kg/dia divididos igualmente em duas ou três administrações, até um máximo de 300 mg/dia; a dose de manutenção usual é de 4 a 8 mg/kg/dia; Crianças com mais de 6 anos podem necessitar da dose mínima de adulto (300 mg/dia).
Populações especiais
Pacientes idosos: inicialmente 3 mg/kg/dia em doses divididas; a dose deve ser ajustada de acordo com as concentrações séricas de hidantoína e de acordo com a resposta do paciente.
A eliminação da fenitoína tende a diminuir com o aumento da idade. Portanto, pacientes idosos podem requerer doses menores.
Hipoalbuminemia127: pacientes hipoalbuminêmicos (estado, cujo nível de albumina128 sérica está abaixo do normal) concentração de fenitoína sérica normal em pacientes não hipoalbuminêmicos = concentração de fenitoína sérica observada em pacientes hipoalbuminêmicos, dividido por 0,25 vezes a concentração de albumina128 mais 0,1.
Pacientes com doença hepática129: pode haver um aumento da concentração de fenitoína livre em pacientes com insuficiência hepática23 (redução da função do fígado50); a análise das concentrações de fenitoína livre pode ser útil nestes pacientes.
Gravidez93: as necessidades de fenitoína são maiores durante a gravidez93, requerendo um aumento na dose em algumas pacientes. Após o parto, a dose deve ser reduzida para evitar toxicidade78.
Pacientes com insuficiência renal130 (redução da função dos rins131): pode haver um aumento da concentração de fenitoína livre em pacientes com doença renal81; a análise das concentrações de fenitoína livre pode ser útil nestes pacientes.
Não há estudos dos efeitos de Hidantal administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral, conforme recomendado pelo médico.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu médico.
O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Caso esqueça de administrar uma dose, administre-a assim que possível. No entanto, se estiver próximo do horário da dose seguinte, espere por este horário, respeitando sempre o intervalo determinado pela posologia. Nunca devem ser administradas duas doses ao mesmo tempo.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico.
QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?
As reações podem ser classificadas em:
Categoria |
Frequência |
Muito comum |
≥ 10% |
Comum |
≥ 1% e < 10% |
Incomum |
≥ 0,1% e < 1% |
Raro |
≥ 0,01% e < 0,1% |
Muito raro |
< 0,01% |
Desconhecida |
Não pode ser estimada pelos dados disponíveis |
Sistema hemopoiético (sangue32): complicações hemopoiéticas (das células56 do sangue32), algumas fatais, foram ocasionalmente relatadas em associação com o uso de fenitoína. Estas incluíram trombocitopenia7 (diminuição no número de plaquetas61 sanguíneas), leucopenia10 granulocitopenia, agranulocitose11 e pancitopenia12 com ou sem supressão da medula óssea9. Embora tenham ocorrido macrocitose (aumento na quantidade de macrócitos no sangue32) e anemia megaloblástica132 (com aumento na quantidade de megaloblastos), estas condições correspondem geralmente à terapia com ácido fólico.
Foram relatados casos de linfadenopatia incluindo hiperplasia13 de nódulo72 linfático73 benigno, pseudolinfoma, linfoma15 e doença de Hodgkin16.
Sistema Imunológico133: síndrome52 de hipersensibilidade (no qual se pode incluir, mas não se limitar aos sintomas19 tais como artralgia134 (dor nas articulações135), eosinofilia39, febre20, disfunção hepática129, linfadenopatia ou rash45), lúpus47 eritematoso48 sistêmico136 (doença multissistêmica auto-imune), anormalidades de imunoglobulinas137 (proteínas114 que atuam na proteção do organismo).
Distúrbios cognitivos138 tais como comprometimento da memória, amnésia139, distúrbios de atenção e afasia140 (perturbação da formulação e compreensão da linguagem).
Sistema Cardiovascular141: parada cardíaca e periarterite nodosa (inflamação142 que leva a morte celular e ocorre principalmente nas artérias143 onde podem ocorrer dilatação e rompimento das mesmas) foram relatados com o tratamento oral de fenitoína.
Sistema gastrintestinal: náusea144 (enjoo), vômitos145, constipação146 (prisão de ventre), hepatite65 tóxica (inflamação142 do fígado50) e dano hepático (do fígado50) e hiperplasia13 gengival (aumento do número de células56 da gengiva).
Distúrbios hepatobiliares147: hepatite65 tóxica e danos no fígado50.
Sistema tegumentar148 (pele e tecido subcutâneo149): manifestações dermatológicas algumas vezes acompanhadas de febre20 incluíram rash45 morbiliforme e escarlatiniforme. O rash45 morbiliforme (semelhante ao sarampo49) é o mais comum; outros tipos de dermatites são observados mais raramente. Outras formas mais graves que podem ser fatais incluíram dermatite150 bolhosa (manifestação com bolhas na pele44), esfoliativa (alteração da pele44 acompanhada de descamação151) ou purpúrica (extravasamento de sangue32 para fora dos capilares152 da pele44 ou mucosa46 formando manchas roxas), lúpus47 eritematoso48 (doença multissistêmica auto-imune), Síndrome52 de Stevens-Jonhson (forma grave de reação alérgica29 caracterizada por bolhas em mucosas42 e grandes áreas do corpo) e necrólise epidérmica tóxica38 (quadro grave com erupção21 generalizada na pele44, bolhas rasas extensas e áreas de necrose153) (vide “4. O que devo saber antes de usar este medicamento?”) e DRESS (Reação a drogas com eosinofilia39 e sintomas19 sistêmicos40, também conhecida como síndrome52 da hipersensibilidade induzida por droga). (vide “4. O que devo saber antes de usar este medicamento?”)
Sistema Nervoso Central154: as manifestações mais comuns observadas com o uso de fenitoína estão relacionadas a este sistema e são normalmente relacionadas à dose. Estas incluem nistagmo155 (movimento não controlado, rápido e repetitivo do globo ocular156), ataxia157 (falta de coordenação dos movimentos e equilíbrio), dificuldade na fala, redução na coordenação e confusão mental. Foram também observadas vertigem158 (tontura159), insônia (dificuldade para dormir), nervosismo transitório, contração da musculatura e cefaleia160 (dor de cabeça161). Foram também relatados raros casos de discinesia (movimentos sem controle e anormais do corpo) induzida por fenitoína, incluindo coreia (movimentos de convulsão97), distonia162 (contrações sem controle dos músculos2), tremor e asterixe (movimentos anormais que afetam principalmente as extremidades, tronco ou mandíbula163), similares aqueles induzidos pela fenotiazina e outros fármacos neurolépticos164.
Polineuropatia periférica (doença dos nervos periféricos múltiplos simultaneamente) predominantemente sensorial foi observada nos pacientes recebendo tratamento a longo prazo com a fenitoína.
Sistema do tecido conjuntivo165 e musculoesquelético: acentuação das características faciais, aumento dos lábios, hiperplasia13 gengival, hipertricose166 (crescimento excessivo de pelo em locais inadequados, como nas extremidades, cabeça161 e costas167) e doença de Peyronie (caracterizada por endurecimento do pênis168 que pode causar uma deformidade dolorosa).
Osteopenia (fraqueza dos ossos, mas não tão intensa quanto a osteoporose169) , osteoporose169 (doença caracterizada por fragilidade dos ossos), fraturas e diminuição da densidade mineral óssea, em pacientes em tratamento de longo prazo com Hidantal.
Os eventos adversos clínicos mais comumente observados com o uso de Hidantal em estudos clínicos foram: nistagmo155 (movimento involuntários dos olhos54), vertigem158 (tontura159), prurido170 (coceira), parestesia171 (sensações como ardor172, formigamento e coceira, percebidos na pele44), cefaleia160, sonolência e ataxia157 (falta de coordenação dos movimentos). Com duas exceções, estes eventos são comumente associados à administração intravenosa ou intramuscular da fenitoína.
Eventos adversos ou alterações clínicas laboratoriais concomitantes sugerindo processo alérgico não foram observados.
Informe ao seu médico ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também a empresa através do seu serviço de atendimento.
O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR QUE A INDICADA DESTE MEDICAMENTO?
Sinais18 e Sintomas19
A dose letal em pacientes pediátricos, ainda não é conhecida.
A dose letal em adultos é estimada em 2 a 5 g. Os sintomas19 iniciais são: nistagmo155, ataxia157 e disartria173 (dificuldade de articular as palavras). Outros sinais18 são: tremor, hiperreflexia174 (síndrome52 associada com danos à medula espinal175), letargia176 (estado geral de lentidão, desatenção ou desinteresse), fala arrastada, náuseas177, vômitos145. O paciente pode tornar-se comatoso (em estado de coma178) e hipotensivo (pressão baixa). A morte ocorre em decorrência da depressão respiratória e circulatória.
Existem variações acentuadas entre os indivíduos em relação aos níveis séricos de fenitoína em que pode ocorrer toxicidade78. Diversas manifestações clínicas podem acontecer dependendo das concentrações de fenitoína no sangue32. Entre elas temos o nistagmo155, a ataxia157 a disartria173 (dificuldade em falar) e letargia176 (lentidão). Caso qualquer manifestação dessas apareça, o médico deve ser comunicado.
Tratamento
O tratamento não é específico já que não existe um antídoto179 conhecido.
O funcionamento adequado dos sistemas respiratório e circulatório deve ser cuidadosamente monitorado e, se necessário, deverão ser instituídas medidas de suporte adequadas.
Se o reflexo de vômito180 estiver ausente, as vias aéreas devem ser mantidas desobstruídas. Pode ser necessário o uso de oxigênio, vasopressores e ventilação181 assistida para depressões do SNC182, respiratória e cardiovascular.
Finalmente, pode-se considerar o uso da hemodiálise183 uma vez que a fenitoína não é completamente ligada às proteínas114 plasmáticas (do sangue32).
Transfusões sanguíneas totais têm sido utilizadas no tratamento de intoxicações severas em pacientes pediátricos.
Na superdosagem aguda, deve-se considerar a possibilidade da presença de outros depressores do SNC182, incluindo o álcool.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA
MS 1.8326.0311
Farm. Resp.: Ricardo Jonsson CRF-SP nº 40.796
Sanofi Medley Farmacêutica Ltda.
Rua Conde Domingos Papaiz, 413- Suzano - SP
CNPJ 10.588.595/0010-92
Indústria Brasileira
SAC 0800 703 0014