PRAVACOL
B-MS
10 mg e 20 mg COMPRIMIDOS
PRAVACOL®
pravastatina
Apresentação de Pravacol
PRAVACOL® (pravastatina) 10 mg é apresentado em embalagem contendo 10 ou 30 comprimidos.PRAVACOL® (pravastatina) 20 mg é apresentado em embalagem contendo 30 comprimidos.
Composição de Pravacol
Cada comprimido de PRAVACOL® 10 mg e 20 mg contém 10 mg e 20 mg de pravastatina sódica, respectivamente.
Ingredientes inativos: lactose1, celulose microcristalina, povidona, croscarmelose sódica e estearato de magnésio.
USO PARA ADULTOS
Informações ao Paciente de Pravacol
Ação esperada do medicamento
: PRAVACOL® (pravastatina) tem sua ação na redução dos níveis de colesterol2 plasmático, redução da progressão da aterosclerose3 e eventos cardíacos.Cuidados de armazenamento: este medicamento deve ser protegido da umidade e da luz, em local com temperatura ambiente, de preferência entre 15° e 30°C.
Prazo de validade: vide cartucho. Este medicamento não deve ser utilizado se o seu prazo de validade estiver vencido.
Gravidez4 e lactação5: este produto não é indicado para mulheres grávidas. Informe a seu médico a ocorrência de gravidez4, na vigência do tratamento ou após o seu término. Informe a seu médico se está amamentando.
Cuidados de administração: a posologia de PRAVACOL® (pravastatina) deverá ser orientada pelo seu médico, assim como a dieta alimentar a ser seguida. Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Reações adversas: informe a seu médico o aparecimento de reações desagradáveis eventuais e de intensidade leve, como erupções cutâneas6, distúrbios gastrintestinais, dores-de-cabeça7 ou dores musculares.
Interrupção do tratamento: não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.Não há referência de reações devidas à interrupção repentina do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Ingestão concomitante com outras substâncias: a ingestão junto, ou não, às refeições não interfere na ação do medicamento. O produto não deve ser usado quando há ingestão de álcool em excesso.
Contra-indicações: o uso deste produto é contra-indicado em pessoas alérgicas a qualquer componente da formulação, em casos de doenças hepáticas8 ativas ou quando há aumento inexplicável dos testes de função hepática9.
Precauções: informe a seu médico sobre qualquer medicamento que esteja usando, antes do início ou durante o tratamento.
PRAVACOL® (pravastatina) não deve ser utilizado durante a gravidez4 e a lactação5.
Não tome remédio sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde10.
Informações Técnicas de Pravacol
Descrição de Pravacol
PRAVACOL® (pravastatina sódica) pertence à classe dos inibidores da HMG-CoA redutase, que reduzem a biossíntese do colesterol2. Esses agentes são inibidores competitivos da 3-hidróxi-3-metilglutaril-coenzima A (HMG-CoA) redutase, a enzima11 que catalisa a etapa inicial limitante da velocidade de biossíntese do colesterol2 (conversão da HMG-CoA em mevalonato).
Farmacologia12 Clínica de Pravacol
Mecanismo de Ação
PRAVACOL® induz à redução de lipídios de duas maneiras. Primeiro: como conseqüência da atividade inibitória reversível sobre a HMG-CoA redutase, a pravastatina produz reduções modestas nos reservatórios intracelulares de colesterol2. Isto resulta em aumento do número de receptores LDL13 na superfície das células14, em aumento do catabolismo15 mediado por receptores e do clearance do LDL13 circulante. Segundo: a pravastatina inibe a produção de LDL13 por inibição da síntese hepática9 de VLDL, precursor do LDL13.
Estudos in vitro e em animais mostraram que a pravastatina, inibidor hidrofílico da HMG-CoA redutase, é tecido16-seletiva de tal forma que a atividade inibitória é mais alta nos tecidos onde as taxas de síntese de colesterol2 são mais elevadas, como o fígado17 e o íleo18. Diferentemente de outros inibidores da HMG-CoA redutase, PRAVACOL® tem menor efeito sobre a síntese do colesterol2 em outros tecidos.
Em estudos com animais, a pravastatina não foi detectada no fluido cérebro19-espinhal.
Estudos clínicos e patológicos mostraram que níveis elevados de colesterol2 total (C-total), colesterol2 de lipoproteínas de baixa densidade (LDL13-C) e apolipoproteína B (complexo transportador de LDL13 através da membrana) favorecem o aparecimento de aterosclerose3. Da mesma forma, níveis diminuídos de colesterol2-HDL20 (HDL20-C) e seu complexo de transporte, a apolipoproteína A, estão associados com o desenvolvimento da aterosclerose3. Investigações epidemiológicas estabeleceram que a morbidade21 e a mortalidade22 cardiovascular variam diretamente com o nível do C-total e do LDL13-C, e inversamente com o nível de HDL20-C. Em estudos clínicos multicêntricos, estas interferências farmacológicas e/ou não-farmacológicas, que diminuíram o C-total e o LDL13-C e aumentaram o HDL20-C, reduziram a taxa de ocorrências cardiovasculares (infarto do miocárdio23 fatal e não-fatal) e aumentaram a chance de sobrevida24. Em voluntários normais e em pacientes com hipercolesterolemia25, o tratamento com PRAVACOL® reduziu os níveis de C-total e LDL13-C, de apolipoproteína B, VLDL-C e triglicérides26 (TG), enquanto aumentou as taxas de HDL20-C e de apolipoproteína A.
Em estudos controlados com pacientes portadores de hipercolesterolemia25 moderada, com ou sem doença cardiovascular aterosclerótica, a monoterapia com a pravastatina reduziu a progressão da aterosclerose3 e os eventos cardiovasculares (por exemplo: infarto do miocárdio23 fatal ou não fatal) ou morte.
Farmacocinética
PRAVACOL® (pravastatina) é administrado oralmente na forma ativa. É rapidamente absorvido, e os picos dos níveis plasmáticos são atingidos 1 a 1,5 hora após a ingestão. Os efeitos redutores do colesterol2 do fármaco27 não são afetados pela presença ou não de alimentos.
A pravastatina sofre extensa extração na primeira passagem pelo fígado17, que é o principal local de ação do fármaco27, de síntese de colesterol2 e do clearance do LDL13-C.
Estudos in vitro demonstraram que a pravastatina é transportada para dentro dos hepatócitos e sofre retenção substancialmente menor em outras células14. As concentrações plasmáticas de pravastatina são diretamente proporcionais à dose administrada. Aproximadamente 50% da droga circulante está ligada às proteínas28 plasmáticas.
A meia-vida de eliminação plasmática (T½) da pravastatina (por via oral) está entre 1,5 a 2 horas. Aproximadamente 20% da dose oral radiomarcada é excretada na urina29 e 70% nas fezes. Aproximadamente 47% do clearance corporal total dá-se por excreção renal30 e 53% por vias não-renais (i.e., excreção biliar e biotransformação).
Pode ocorrer acúmulo da droga e/ou de metabólitos31 em pacientes com insuficiência renal32 ou hepática9, embora exista o potencial para excreção compensatória pela via alternativa dada a duplicidade das vias de eliminação. O principal produto de degradação da pravastatina é o metabólito33 isomérico 3-alfa-hidróxi. Esse metabólito33 tem de um décimo a catorze avos da atividade inibitória sobre a HMG-CoA redutase, em relação ao composto de origem.
Estudos Clínicos
A pravastatina é altamente eficaz na redução do C-total, LDL13-C, TG em pacientes com formas de hipercolesterolemia25 heterozigótica familiar, combinada familiar e não-familiar (não-FH) e dislipidemia mista. A resposta terapêutica34 é evidenciada em uma semana e a resposta máxima normalmente é conseguida dentro de 4 semanas. O efeito é mantido durante períodos extensos de terapia.
Uma única dose diária administrada à noite é tão efetiva quanto a mesma dose total diária administrada duas vezes ao dia.
Em estudos multicêntricos, duplo-cegos, controlados por placebo35, de pacientes com hipercolesterolemia25 primária, o tratamento com a pravastatina diminuiu significativamente as proporções entre C-Total, LDL13-C e C-Total/HDL20-C e LDL13-C/HDL20-C, diminuiu o VLDL-C e os níveis de TG plasmáticos, e aumentou os de HDL20-C. Se administrada uma ou duas vezes por dia, uma clara relação dose-resposta (i. e., redutora de lipídios) aparece por volta de 1 a 2 semanas após o início do tratamento.
Dose-Resposta de PRAVACOL®*
Administração única ao dia ao deitar
Dose C-total LDL13-C HDL20-C TG
5 mg -14% -19% +5% -14%
10 mg -16% -22% +7% -15%
20 mg -24% -32% +2% -11%
40 mg -25% -34% +12% -24%
* Alteração percentual a partir da linha basal após 8 semanas
Progressão da doença aterosclerótica e eventos cardiovasculares
A monoterapia com a pravastatina foi eficaz na redução da progressão da aterosclerose3 e dos índices de eventos cardiovasculares em dois estudos controlados com pacientes apresentando hipercolesterolemia25 moderada e doença cardiovascular aterosclerótica.
O "ESTUDO DA LIMITAÇÃO DA ATEROSCLEROSE3 NAS ARTÉRIAS36 CARÓTIDAS37 PELA PRAVASTATINA" (PLAC I) teve duração de 3 anos e foi randomizado38, controlado por placebo35, multicêntrico, que incluiu 408 pacientes com hipercolesterolemia25 moderada (taxa basal média de LDL13-C = 163 mg/dl39, C-total = 231 mg/dl39) e doença da artéria40 coronária. A monoterapia com a pravastatina resultou em velocidade significativamente reduzida de estreitamento do lúmen41 da artéria40 coronária, como demonstrou a angiografia42 quantitativa.
Em análise prospectivamente planejada dos eventos clínicos 90 dias após o início da terapia para possibilitar o efeito redutor máximo de lipídios, o tratamento com a pravastatina resultou em redução de 74% do índice de infartos do miocárdio43 (fatais e não-fatais; p = 0,006) e de 62% do objetivo combinado de infarto do miocárdio23 não-fatal e mortes por todas as causas (p = 0,02). Considerando-se a duração total do estudo, o índice de infartos do miocárdio43 foi reduzido em 60% (p = 0,0498).
O "ESTUDO DA LIMITAÇÃO DA ATEROSCLEROSE3 NAS ARTÉRIAS36 CARÓTIDAS37 COM A PRAVASTATINA" (PLAC II) foi um estudo randomizado44, duplo-cego, controlado por placebo35, que incluiu 151 pacientes com hipercolesterolemia25 moderada (taxa basal média de LDL13-C = 164 mg/dl39, C-total = 234 mg/dl39) e com aterosclerose3 da coronária e carótida.
A pravastatina reduziu significativamente a velocidade de progressão da aterosclerose3 na artéria40 carótida comum, como demonstrado através de ultrasom Modo-B. Uma redução de 80% do índice de infartos do miocárdio43 (fatais e não-fatais; p = 0,018) e de 61% do objetivo combinado de infarto do miocárdio23 não-fatal e mortes por todas as causas (p = 0,049) também foram observadas entre os pacientes tratados com a pravastatina.
Na análise dos eventos clínicos cardiovasculares somados dos estudos PLAC I e II, o tratamento com a pravastatina foi associado com uma redução de 67% da taxa de infartos do miocárdio43 (fatais e não-fatais; p = 0,003) e de 55% do objetivo combinado de infarto do miocárdio23 não-fatal e mortes por todas as causas (p = 0,009).
Prevenção da doença arterial coronariana
PRAVACOL® (pravastatina) quando utilizado em pacientes hipercolesterolêmicos sem doença coronariana45 prévia é eficaz na redução dos riscos da doença arterial coronariana (DAC): infarto do miocárdio23 não-fatal e morte cardíaca de origem coronariana (infarto do miocárdio23 fatal e morte súbita).
O estudo realizado na região oeste da Escócia (WOS - West of Scotland Study) foi randomizado38, duplo-cego, controlado por placebo35, com 6.595 pacientes do sexo masculino (com 45 a 66 anos) apresentando hipercolesterolemia25 moderada a grave (LDL13-C= 156 - 254 mg/dl39[4 - 6,6 mmol/L46]), sem infarto do miocárdio23 prévio. Os pacientes foram tratados com os cuidados-padrão, incluindo recomendações sobre a dieta, e com a pravastatina (n= 3.302) ou placebo35 (n= 3.293) por um período médio de 4,8 anos. O estudo foi planejado para avaliar o efeito da pravastatina sobre a doença arterial coronariana (DAC) fatal ou não-fatal. A pravastatina reduziu de forma significativa o risco de morte por doença arterial coronariana e o infarto do miocárdio23 não-fatal em 31% (p= 0,0001). O efeito sobre estas taxas cumulativas de eventos cardiovasculares foi evidente desde o início, com 6 meses de tratamento. Esta redução foi similar e significativa em toda a faixa de níveis de colesterol2 LDL13 e para todos os grupos de idade estudados. Observou-se redução significativa de 32% (p= 0,03) no total de mortes cardiovasculares. Quando ajustado em relação aos fatores basais de risco, foi observado também redução de 24% (p= 0,039) da mortalidade22 global entre os pacientes tratados com a pravastatina. Não houve diferenças estatisticamente significativas entre os grupos de tratamento de mortalidade22 não-cardiovascular, incluindo morte por câncer47. A pravastatina também diminuiu o risco dos procedimentos de revascularização do miocárdio43 (cirurgia de implante48 coronariano ou angioplastia49 coronariana) em 37% (p= 0,009) e a necessidade de angiografia42 coronariana em 31% (p = 0,007).
Infarto do miocárdio23
PRAVACOL® (pravastatina) é eficaz na redução do risco de evento coronariano fatal mais infarto do miocárdio23 não-fatal e freqüência de acidente vascular cerebral50 em pacientes com infarto do miocárdio23 prévio e colesterol2 plasmático médio (normal).
No estudo Colesterol2 e Eventos Recorrentes (CARE - Cholesterol and Recurrent Events Study), os efeitos da pravastatina na doença arterial coronariana fatal e no infarto do miocárdio23 não-fatal foram avaliados em 4.159 homens e mulheres com níveis de colesterol2 plasmático médio (normal) (média basal C-Total=209 mg/dl39), e que tinham sofrido infarto do miocárdio23 nos 3-20 meses precedentes. Os pacientes neste estudo duplo-cego51, placebo35-controlado foram tratados durante uma média de 4,9 anos. O tratamento com a pravastatina reduziu significativamente o índice de evento coronário recorrente (doença arterial coronariana fatal ou infarto do miocárdio23 não-fatal) a 24% (p=0,003). A redução do risco para este objetivo combinado foi significativo tanto para, homens como para mulheres. O risco de ser submetido aos procedimentos de revascularização (cirurgia de revascularização ou angioplastia49 coronária percutânea transluminal) foi significativamente reduzido a 27% (p<0,001) nos pacientes tratados com a pravastatina. A pravastatina também reduziu significativamente o risco de acidente vascular cerebral50 a 32% (p=0,032) e acidente vascular cerebral50 ou ataque isquêmico52 transitório (TIA) combinado a 26% (p=0,025).
Indicações de Pravacol
A terapia com PRAVACOL® (pravastatina) deve ser considerada um dos componentes numa intervenção multifatorial nos indivíduos com risco aumentado de doença vascular53 aterosclerótica devido a hipercolesterolemia25. PRAVACOL® (pravastatina) deve ser usado associadamente a uma dieta restrita em gorduras saturadas54 e colesterol2 quando a resposta à dieta e outras medidas não-farmacológicas de forma isolada mostrarem-se inadequadas.
Prevenção da doença arterial coronarianaEm pacientes com hipercolesterolemia25 sem doença arterial coronariana clinicamente evidente, PRAVACOL® (pravastatina) é indicado como um adjunto à dieta para reduzir o risco de infarto do miocárdio23 fatal e não-fatal. Também é indicado como adjunto nos procedimentos de revascularização do miocárdio43, quando necessário, assim como na melhora da sobrevida24 destes pacientes através da redução das mortes cardiovasculares.
PRAVACOL® (pravastatina) é indicado para a redução dos níveis de colesterol2-LDL13, colesterol2 total e triglicérides26 que se encontram elevados em pacientes com hipercolesterolemia25 primária e dislipidemia mista (Fredrickson Tipo IIa e IIb). Antes de se iniciar a terapia com PRAVACOL® (pravastatina), causas secundárias de hipercolesterolemia25 (p. ex. : obesidade55, diabetes mellitus56 insuficientemente controlada, hipotireoidismo57, síndrome nefrótica58, desproteinemias, doença obstrutiva do fígado17, terapia com outros fármacos, alcoolismo) deverão ser excluídas, e deverá ser realizado um perfil lipídico59 para medir C-total, HDL20-C e TG.
Progressão da doença aterosclerótica e eventos clínicos cardiovasculares
Em pacientes hipercolesterolêmicos com doença aterosclerótica cardiovascular, PRAVACOL® (pravastatina) está indicado como adjunto à dieta para reduzir a velocidade de progressão da aterosclerose3 e para reduzir a incidência60 de eventos cardiovasculares clínicos. Em estudos clínicos controlados, PRAVACOL® (pravastatina) resultou em diminuição do objetivo combinado de infarto do miocárdio23 ou mortes por todas as causas.
Infarto do miocárdio23
Em pacientes com infarto do miocárdio23 prévio e nível plasmático de colesterol2 médio, PRAVACOL® (pravastatina) é indicado para reduzir o risco de infarto do miocárdio23 recorrente, necessidade de procedimentos de revascularização do miocárdio43 (cirurgia ou angioplastia49) e redução do risco de acidente vascular cerebral50 e ataques isquêmicos transitórios (TIAs).
Contra-Indicações de Pravacol
Hipersensibilidade a qualquer componente desta medicação;
Doença ativa do fígado17 ou elevações persistentes, não explicadas, nos testes de função hepática9;
Gravidez4 e Lactação5: a aterosclerose3 é um processo crônico61 e a descontinuação de drogas redutoras de lipídios durante a gravidez4 teria baixo impacto sobre o resultado da terapia a longo prazo da hipercolesterolemia25 primária. O colesterol2 e outros produtos da biossíntese do colesterol2 são componentes essenciais para o desenvolvimento do feto62 (incluindo a síntese de esteróides e membranas celulares). Sabendo-se que os inibidores da HMG-CoA redutase diminuem a síntese de colesterol2, e possivelmente de outras substâncias biologicamente ativas derivadas do colesterol2, estes podem causar dano ao feto62 quando administrados para mulheres grávidas. Assim, os inibidores da HMG-CoA redutase são contra-indicados durante a gravidez4 e a lactação5.
MULHERES COM CAPACIDADE DE ENGRAVIDAR: PRAVACOL® (pravastatina) deverá ser administrado para mulheres em idade de engravidar somente quando a probabilidade de concepção63 for quase nula, devendo as pacientes serem informadas sobre os riscos potenciais. Se a paciente engravidar enquanto estiver tomando este tipo de produto, a terapia deverá ser descontinuada e a paciente deverá ser novamente alertada quanto ao risco potencial para o feto62.
Precauções de Pravacol
Gerais
Os inibidores da HMG-CoA redutase foram associados com anormalidades bioquímicas da função hepática9. Como com outros agentes redutores de lipídios, incluindo as resinas seqüestrantes de sais biliares não-absorvíveis, ocorre aumento das enzimas hepáticas64 três vezes menor que o limite superior normal durante a terapia com a pravastatina. Na maioria dos pacientes tratados com a pravastatina nos estudos clínicos, esses valores aumentados voltam para os níveis de pré-tratamento, mesmo mantendo-se a terapia na mesma dose.Da mesma forma que com outros agentes redutores de lipídios, os testes de função hepática9 deverão ser realizados periodicamente.
Se os aumentos da alanina aminotransferase (ALT) e do aspartato aminotransferase (AST) igualarem-se ou excederem em três vezes o limite superior normal, e forem persistentes, a terapia deverá ser descontinuada.
Precaução maior deve ser tomada quando a pravastatina é administrada a pacientes com histórico de doença hepática9 ou de grande ingestão alcoólica.
Musculatura Esquelética
Mialgia65, miopatia66 e rabdomiólise67 foram relatados com o uso de inibidores da HMG-CoA redutase. Casos de mialgia65 não-complicada foram raramente relatados em pacientes tratados com a pravastatina, tendo uma incidência60 similar à do placebo35. Um total de 0,1% dos pacientes de estudos clínicos relataram miopatia66, definida como dor ou fraqueza musculares associadas com aumentos dos valores de creatinina68 fosfoquinase (CPK) acima de 10 vezes o limite superior normal, possivelmente relacionada ao uso da pravastatina.
Rabdomiólise67 com disfunção renal30 secundária à mioglobinúria também tem sido relatada devido à pravastatina, embora muito raramente. Contudo, a miopatia66 deverá ser considerada em quaisquer pacientes com mialgia65 difusa, amolecimento ou enfraquecimento musculares e/ou acentuada elevação da CPK. Pacientes deverão ser alertados para relatar imediatamente dor, amolecimento ou enfraquecimento musculares inexplicáveis.
A terapia com a pravastatina deverá ser descontinuada se ocorrerem aumentos acentuados dos níveis de CPK ou se houver suspeita ou diagnóstico69 de miopatia66.
O risco de miopatia66 durante o tratamento com outros inibidores da HMG-CoA redutase é maior com a terapia concomitante com fibratos, ciclosporina, eritromicina ou niacina. O uso isolado de fibratos é ocasionalmente associado com miopatia66. Em um ensaio clínico de tamanho limitado, com terapia combinada70 com a pravastatina (40 mg/dia) e o genfibrozil (1.200 mg/dia), não foi relatada miopatia66, embora tenha sido observada tendência para elevações de CPK e sintomas71 músculo-esqueléticos. Em geral, o uso combinado de pravastatina e fibratos deverá ser evitado.
A miopatia66 não foi observada nos estudos clínicos envolvendo um total de 100 pacientes pós-transplantados (24 renais e 76 cardíacos) tratados concomitantemente com pravastatina (10-40 mg) e ciclosporina por até 2 anos, sendo que alguns foram submetidos também à terapia com outros imunodepressores. Além disso, não houve relatos de miopatia66 nos estudos clínicos envolvendo pequeno número de pacientes tratados com a pravastatina juntamente com a niacina.
Hipercolesterolemia25 Homozigótica72 Familiar
A pravastatina não foi avaliada em pacientes com hipercolesterolemia25 homozigótica72 familiar, de incidência60 rara.
Gravidez4
Ver CONTRA-INDICAÇÕES.
Lactação5
Mães em tratamento com PRAVACOL® (pravastatina) não deverão amamentar.
Uso Pediátrico
Não foram estabelecidas ainda a segurança e a eficácia em pacientes com menos de 18 anos de idade. Por esta razão, o tratamento não é recomendado para esta faixa etária.
Interações Medicamentosas de Pravacol
Colestiramina/Colestipol:
Quando a pravastatina foi administrada uma hora antes ou quatro horas após a colestiramina ou uma hora antes do colestipol e uma refeição normal, não houve diminuição clinicamente significativa da biodisponibilidade ou do efeito terapêutico. A administração concomitante resultou em redução aproximada de 40% a 50% da AUC73 média da pravastatina.Ciclosporina: Alguns investigadores mediram os níveis plasmásticos da ciclosporina em pacientes sob tratamento com a pravastatina e, até o presente momento, estes resultados não indicam aumentos clinicamente significativos nestes valores. Em estudo de dose única, os níveis plasmáticos da pravastatina estavam aumentados em pacientes cardíacos transplantados recebendo ciclosporina.
Varfarina: a pravastatina não teve efeito clinicamente significativo sobre o tempo de protrombina74 quando administrada em um estudo de pacientes idosos normais que foram estabilizados com a varfarina.
Outras Drogas: ao contrário da maioria dos inibidores da HMG-CoA redutase, a pravastatina não é significativamente metabolizada pelo citocromo P450 3A4. Por essa razão, os níveis plasmáticos da pravastatina in vivo não são elevados quando o citocromo P450 3A4 é inibido por agentes como o itraconazol ou o diltiazem.
Nos estudos de interação com o ácido acetilsalicílico, antiácidos75 (uma hora antes de PRAVACOL®), cimetidina, genfibrozil, ácido nicotínico ou probucol não foram observadas diferenças estatisticamente significativas na biodisponibilidade com a administração de PRAVACOL®.
Durante o ensaio clínico, não foram relatadas interações medicamentosas perceptíveis quando PRAVACOL® foi administrado com diuréticos76, anti-hipertensivos, digitálicos, inibidores da enzima11 conversora, bloqueadores dos canais de cálcio, betabloqueadores ou nitroglicerina.
Reações Adversas de Pravacol
Reações Adversas Clínicas
EM DOIS GRANDES ESTUDOS PLACEBO35-CONTROLADOS (WEST OF SCOTLAND STUDY [WOS] E CHOLESTEROL AND RECURRENT EVENTS STUDY [CARE]) ENVOLVENDO UM TOTAL DE 10.754 PACIENTES TRATADOS COM PRAVASTATINA (N=5.383) OU PLACEBO35 (N=5.371), O PERFIL DE SEGURANÇA E TOLERABILIDADE NO GRUPO DA PRAVASTATINA FOI COMPARÁVEL AO DO GRUPO DO PLACEBO35 POR MAIS DE 4,8 4,9 (MÉDIA) ANOS DE ACOMPANHAMENTO.
NO QUADRO SEGUINTE, ESTÃO DISCRIMINADAS EXPERIÊNCIAS ADVERSAS RELATADAS POR MAIS DE 2% DOS PACIENTES DOS ESTUDOS CONTROLADOS COM PLACEBO35 DE ATÉ QUATRO MESES DE DURAÇÃO (TODOS OS CASOS ESTÃO INCLUÍDOS, INDEPENDENTEMENTE DE ETIOLOGIA77).
EVENTOS ADVERSOS CLÍNICOS RELATADOS POR PACIENTES TRATADOS COM A PRAVASTATINA PORCENTAGEM DA POPULAÇÃO TOTAL TRATADA
PRAVACOL® Placebo35
(N=900) (N=411)
% %
Gastrintestinais
Náuseas78/Vômitos79 7,3 7,1
Diarréia80 6,2 5,6
Constipação81 4,0 7,1
Dor Abdominal 5,4 6,9
Flatulência 3,3 3,6
Musculatura Esquelética
Dor Músculo-esquelética
(localizada) 10,0 9,0
Mialgia65 2,7 1,0
Respiratórias
Resfriado comum 7,0 6,3
Rinite82 4,0 4,1
Sistema Nervoso83
Dor de Cabeça7 6,2 3,9
Vertigem84 3,3 3,2
Gerais
Fadiga85 3,8 3,4
Dor no Peito86 (não-
cardíaca) 3,7 1,9
Dermatológicas
Erupções
Cutâneas6 4,0* 1,1
Cardiovasculares
Dor no Peito86 4,0 3,4
* Diferença estatisticamente significativa em relação ao placebo35.
Cristalino87
EM 820 PACIENTES TRATADOS POR PERÍODOS DE UM ANO OU MAIS, NÃO HOUVE EVIDÊNCIAS DE QUE A PRAVASTATINA ESTÁ ASSOCIADA À FORMAÇÃO DE CATARATA88.
Os seguintes efeitos secundários têm sido citados com esta classe de drogas inibidoras da HMG-CoA redutase :
Esquelético: MIOPATIA66, RABDOMIÓLISE67.
Neurológico: DISFUNÇÃO DE VÁRIOS NERVOS CRANIANOS (ALTERAÇÃO DO PALADAR89, PIORA DOS MOVIMENTOS EXTRA-OCULARES, PARALISIA90 FACIAL), TREMOR, VERTIGEM84, PERDA DE MEMÓRIA, PARESTESIA91, NEUROPATIA PERIFÉRICA92, PARALISIA90 NERVOPERIFÉRICA.
Reações de Hipersensibilidade: RARAMENTE TEM SIDO RELATADA SÍNDROME93 DE HIPERSENSIBILIDADE QUE INCLUA UM OU MAIS DAS SEGUINTES ALTERAÇÕES: ANAFILAXIA94, ANGIOEDEMA95, SÍNDROME93 SEMELHANTE AO LÚPUS96 ERITEMATOSO97, POLIMIALGIA REUMÁTICA, VASCULITE98, PÚRPURA99, TROMBOCITOPENIA100, LEUCOPENIA101, ANEMIA HEMOLÍTICA102, ANTICORPO103 ANTINÚCLEO POSITIVO E AUMENTO DA TAXA DE ERITROSSEDIMENTAÇÃO, ARTRITE104, ARTRALGIA105, URTICÁRIA106, ASTENIA107, FOTOSSENSIBILIDADE, FEBRE108, CALAFRIOS109, RUBOR, MAL-ESTAR, DISPNÉIA110, EPIDERMITE TÓXICA COM NECROSE111, ERITEMA MULTIFORME112, INCLUINDO SÍNDROME93 DE STEVE JOHNSON.
Gastrintestinal: ANOREXIA113, VÔMITOS79, PANCREATITE114, HEPATITE115, INCLUINDO HEPATITE115 CRÔNICA ATIVA, ICTERÍCIA116 COLESTÁTICA, ALTERAÇÃO GORDUROSA NO FÍGADO17 E, MUITO MAIS RARAMENTE, CIRROSE117, NECROSE111 HEPÁTICA9 FULMINANTE E HEPATOMA.
Geniturinário: GINECOMASTIA118, PERDA DA LIBIDO119 E DISFUNÇÃO NA EREÇÃO120.
Posologia e Administração de Pravacol
O paciente deverá ser submetido a uma dieta redutora de colesterol2 antes de iniciar o tratamento com PRAVACOL® (pravastatina), que deverá ser mantida durante o tratamento.
A dose recomendada é de 10 a 20 mg uma vez ao dia ao deitar. Se o colesterol2 sérico é acentuadamente elevado (ex.: C-Total maior que 300 mg/dl39), a dose pode ser iniciada com 40 mg por dia. PRAVACOL® pode ser tomado independentemente das refeições.
A dose recomendada varia de 10 a 40 mg, administrados uma vez ao dia ao deitar. PRAVACOL® pode ser administrado em doses divididas.
Em pacientes recebendo ciclosporina, com ou sem outras drogas imunossupressoras, concomitantemente com a pravastatina, a terapia deve ser iniciada com 10 mg/dia e a titulação para aumentos de dose deve ser realizada com cautela. A maioria dos pacientes tratados com esta combinação recebeu dose máxima de pravastatina correspondente a 20 mg/dia.
Terapia Concomitante
Os efeitos redutores de lipídios do PRAVACOL® (pravastatina) sobre o colesterol2 total e o colesterol2-LDL13 são intensificados quando combinados com uma resina seqüestrante de ácidos biliares. Quando se administra a resina (ex.: colestiramina, colestipol) em terapia combinada70 com a pravastatina, esta última deverá ser administrada uma hora antes ou mais ou pelo menos quatro horas após a resina.
Superdosagem de Pravacol
A experiência sobre superdose de pravastatina é limitada. Até o momento, há relato de dois casos, que foram assintomáticos e não-associados a anormalidades em testes clínicos laboratoriais.
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
PRAVACOL - Laboratório
B-MS
Rua Carlos Gomes, 924
São Paulo/SP
- CEP: 04743-002
Tel: 55 (011) 882-2000
Fax: 55 (011) 246-0151
Site: http://www.bristol.com.br/
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