

Puran T4
SANOFI-AVENTIS FARMACÊUTICA LTDA
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Puran T4®
levotiroxina1 sódica
Comprimidos 12,5 mcg, 25 mcg, 37,5 mcg, 50 mcg, 62,5 mcg, 75 mcg, 88 mcg, 100 mcg, 112 mcg, 125 mcg, 150 mcg, 175 mcg, 200 mcg, 300 mcg
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Comprimidos
Embalagens com 28 ou 30 comprimidos
USO ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO:
Cada comprimido de Puran T4 12,5 mcg contém:
levotiroxina1 sódica | 12,5 mcg |
excipiente q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: manitol, amido de milho, celulose microcristalina, butil-hidroxianisol e estearato de magnésio.
Cada comprimido de Puran T4 25 mcg contém:
levotiroxina1 sódica | 25 mcg |
excipiente q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: manitol, amido de milho, celulose microcristalina, estearato de magnésio.
Cada comprimido de Puran T4 37,5 mcg contém:
levotiroxina1 sódica | 37,5 mcg |
excipiente q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: manitol, amido de milho, celulose microcristalina, butil-hidroxianisol e estearato de magnésio.
Cada comprimido de Puran T4 50 mcg contém:
levotiroxina1 sódica | 50 mcg |
excipiente q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: manitol, amido de milho, celulose microcristalina, estearato de magnésio.
Cada comprimido de Puran T4 62,5 mcg contém:
levotiroxina1 sódica | 62,5 mcg |
excipiente q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: manitol, amido de milho, celulose microcristalina, butil-hidroxianisol e estearato de magnésio.
Cada comprimido de Puran T4 75 mcg contém:
levotiroxina1 sódica | 75 mcg |
excipiente q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: manitol, amido de milho, celulose microcristalina, estearato de magnésio.
Cada comprimido de Puran T4 88 mcg contém:
levotiroxina1 sódica | 88 mcg |
excipiente q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: amido de milho, amido de milho pré-gelatinizado, celulose microcristalina, carbonato de sódio, tiossulfato de sódio, dióxido de silício, óleo de rícino hidrogenado.
Cada comprimido de Puran T4 100 mcg contém:
levotiroxina1 sódica | 100 mcg |
excipiente q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: manitol, amido de milho, celulose microcristalina, estearato de magnésio.
Cada comprimido de Puran T4 112 mcg contém:
levotiroxina1 sódica | 112 mcg |
excipiente q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: amido de milho, amido de milho pré-gelatinizado, celulose microcristalina, carbonato de sódio, tiossulfato de sódio, dióxido de silício, óleo de rícino hidrogenado.
Cada comprimido de Puran T4 125 mcg contém:
levotiroxina1 sódica | 125 mcg |
excipiente q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: manitol, amido de milho, celulose microcristalina, estearato de magnésio.
Cada comprimido de Puran T4 150 mcg contém:
levotiroxina1 sódica | 150 mcg |
excipiente q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: manitol, amido de milho, celulose microcristalina, estearato de magnésio.
Cada comprimido de Puran T4 175 mcg contém:
levotiroxina1 sódica | 175 mcg |
excipiente q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: manitol, amido de milho, celulose microcristalina, estearato de magnésio.
Cada comprimido de Puran T4 200 mcg contém:
levotiroxina1 sódica | 200 mcg |
excipiente q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: amido de milho, amido de milho pré-gelatinizado, celulose microcristalina, carbonato de sódio, tiossulfato de sódio, dióxido de silício, óleo de rícino hidrogenado.
Cada comprimido de Puran T4 300 mcg contém:
levotiroxina1 sódica | 300 mcg |
excipiente q.s.p. | 1 comprimido |
Excipientes: manitol, amido de milho, celulose microcristalina, butil-hidroxianisol e estearato de magnésio.
INFORMAÇÕES AO PACIENTE
PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?
Este medicamento é destinado à:
- Terapia de reposição ou suplementação2 hormonal (de hormônio3) em pacientes com hipotireoidismo4 (produção insuficiente de hormônio3 pela glândula5 tireoide6) de qualquer causa (exceto no hipotireoidismo4 transitório, durante a fase de recuperação de tireoidite subaguda7-doença inflamatória da glândula5 tireoide6). Nesta categoria incluem-se: cretinismo (condição que ocorre na infância ou na fase de amamentação8 devido à deficiência de hormônios da tireoide6 na fase fetal), mixedema9 (associado ao hipotireoidismo4, é caracterizado pela pele10 seca e áspera, lábios inchados e nariz11 espessado) e hipotireoidismo4 comum em pacientes de qualquer idade (crianças, adultos e idosos) ou fase (por exemplo, gravidez12); hipotireoidismo4 primário resultante de redução da função da tireoide6; diminuição primária da tireoide6; remoção total ou parcial da glândula5 tireoide6, com ou sem bócio13 (aumento perceptível da tireoide6); hipotireoidismo4 secundário (da glândula5 hipófise14) ou terciário (do hipotálamo15, que é uma região do cérebro16 que controla o sistema endócrino17).
- Supressão do TSH hipofisário (hormônio3 estimulante da tireoide6 ou tireotropina) no tratamento ou prevenção dos vários tipos de bócios eutireoidianos (bócio13 decorrente do aumento de TSH), inclusive nódulos tireoidianos18, tireoidite linfocítica subaguda7 ou crônica (tireoidite de Hashimoto/tireoidite autoimune19) e carcinomas foliculares e papilares (tumores malignos) da tireoide6 dependentes de tireotropina.
- Ao diagnóstico20 nos testes de supressão, auxiliando no diagnóstico20 da suspeita de hipertireoidismo21 (produção excessiva de hormônio3 pela glândula5 tireoide6) leve ou de glândula5 tireoide6 autônoma.
COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?
Puran T4 é um medicamento que possui em sua fórmula uma substância chamada levotiroxina1. A levotiroxina1 é um hormônio3 normalmente fabricado pelo organismo pela glândula5 tireoide6. O Puran T4 é prescrito pelo médico para suprir a deficiência desse hormônio3 no organismo.
QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Puran T4 não deve ser utilizado em caso de: hipersensibilidade (alergia22) aos componentes da fórmula, infarto do miocárdio23 recente, tireotoxicose não tratada (síndrome24 clínica, não tratada, resultante de níveis elevados de hormônio3 da tireoide6), insuficiência25 suprarrenal (da glândula5 localizada sobre os rins26) descompensada e hipertireoidismo21 não tratado.
Não há contraindicação relativa a faixas etárias.
O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
ADVERTÊNCIAS
Informe seu médico caso seja portador de doença do coração27 (angina28, infarto29), pressão alta, insuficiência25 da glândula5 suprarrenal, falta de apetite, tuberculose30, asma31 ou diabetes32.
- A levotiroxina1 deve ser usada com extremo cuidado em pacientes com distúrbios cardiovasculares (relacionados ao coração27 e a circulação33), incluindo angina28 pectoris, insuficiência cardíaca34, infarto do miocárdio23 e pressão alta. Se necessário, devem ser utilizadas doses iniciais menores, aumentos pequenos de dose e intervalos maiores entre os aumentos de dose.
- Cuidados especiais devem ser tomados em pacientes idosos com bócio13 e função tireoidiana normal, que já sofreram infarto do miocárdio23 ou que apresentam angina28 pectoris, insuficiência cardíaca34 ou arritmia35 (descompasso dos batimentos do coração27) com taquicardia36 (aceleração do ritmo cardíaco).
- A terapia de reposição de hormônios da tireoide6 pode precipitar problemas das glândulas37 suprarrenais ou hipófise14 caso não seja feito adequado tratamento com corticosteroides.
- Em recém-nascidos prematuros com baixo peso, o início da terapia com levotiroxina1 deve ser realizado com extrema cautela pois pode ocorrer colapso38 circulatório (o coração27 e vasos não são capazes de irrigar todos os tecidos do corpo com oxigénio suficiente) devido a imaturidade da função suprarrenal (vide item “Quais os males que este medicamento pode me causar?”).
- Recomenda-se cautela quando a levotiroxina1 é administrada em pacientes com histórico conhecido de epilepsia39, pois nesses pacientes há um aumento do risco de convulsões (contrações súbitas e involuntárias dos músculos40 secundárias a descargas elétricas cerebrais).
Efeitos sobre a densidade mineral óssea: o uso de levotiroxina1 pode estar associado a risco de perda óssea, com consequente desenvolvimento de osteoporose41 (fraqueza nos ossos) e de fraturas. Este risco foi observado em alguns estudos em mulheres na pós menopausa42, usando doses supressivas de TSH após carcinoma43 diferenciado de tireoide6.
PRECAUÇÕES
A levotiroxina1 deve ser introduzida muito gradualmente em pacientes idosos e naqueles com hipotireoidismo4 de longa data a fim de evitar qualquer aumento repentino das necessidades metabólicas.
Hormônios da tireoide6 não devem ser usados para a redução de peso. Em pacientes eutireoidianos (com produção dos hormônios tireoidianos em níveis normais), as dosagens normais não são eficazes para a perda de peso; dosagens maiores podem produzir manifestações graves ou até mesmo que implicam em risco de vida, especialmente se administradas com outros cuidados específicos para redução de peso.
São necessários cuidados adicionais quando a levotiroxina1 é administrada a pacientes com diabetes mellitus44 ou com diabetes insipidus45.
A posologia deve ser adaptada de acordo com os testes da função tireoidiana (da tireoide6). A monitoração dos pacientes deve ser realizada de acordo com sintomas46 clínicos, assim como com os testes da função da tireoide6.
É necessário monitorar os pacientes recebendo administração concomitante de levotiroxina1 e medicamentos que podem afetar a função da tireoide6 (tais como amiodarona e inibidores da tirosina47 quinase, salicilatos e furosemida em altas doses) (vide item “O que devo saber antes de tomar este medicamento? – Interações Medicamentosas”).
Durante a terapia com levotiroxina1 em mulheres pós-menopáusicas com risco aumentado de osteoporose41 (fraqueza nos ossos), a dosagem de levotiroxina1 sódica deve ser ajustada para o nível eficaz mais baixo possível (vide item “Quais os males que este medicamento pode me causar?”).
Gravidez12 e amamentação8
O tratamento com a levotiroxina1 não precisa ser modificado durante a gravidez12. Entretanto, informe ao médico se houver suspeita de gravidez12, durante ou após o uso da medicação. Informe também ao médico caso esteja amamentando.
A levotiroxina1 atravessa a barreira placentária em quantidade limitada, mas seu uso na prática médica não mostrou efeitos adversos ao feto48. A manutenção dos níveis dos hormônios da tireoide6 dentro da faixa normal é vital para as mulheres grávidas assegurarem a sua saúde49 e do feto48. Assim, o tratamento com a levotiroxina1 não precisa ser modificado durante a gravidez12. Tanto os níveis de TSH (hormônio3 estimulante da tireoide6 ou tireotropina) quanto os dos hormônios tireoidianos devem ser monitorados periodicamente e, se necessário, o tratamento deve ser ajustado.
Durante a gravidez12, a levotiroxina1 sódica é contraindicada como tratamento auxiliar do hipertireoidismo21 tratado com medicamentos antitireoide. A ingestão adicional de levotiroxina1 pode aumentar as dosagens requeridas dos medicamentos antitireoide. drogas Os medicamentos antitireoide, diferentemente da levotiroxina1, atravessam a barreira placentária nas dosagens eficazes, o que pode resultar em hipotireoidismo4 no feto48. Assim, o hipertireoidismo21 durante a gravidez12 deve ser tratado com baixas dosagens de um único agente antitireoidiano.
Uma mínima quantidade de levotiroxina1 é excretada pelo leite materno e a lactação50 não necessita ser descontinuada durante o tratamento.
Este medicamento pode ser utilizado durante a gravidez12 desde que sob prescrição médica. Alterações na capacidade de dirigir veículos e/ou operar máquinas
Não há indicação de que a levotiroxina1 possa prejudicar a habilidade de dirigir ou conduzir máquinas.
Alterações na capacidade de dirigir veículos e/ou operar máquinas
Não há indicação de que a levotiroxina1 possa prejudicar a habilidade de dirigir ou conduzir máquinas.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Informe seu médico caso esteja utilizando outros medicamentos, especialmente anticoagulantes51, contraceptivos orais, colestiramina, aspirina, antidiabéticos ou antidepressivos.
Interação medicamento-medicamento
Efeitos de Puran T4 sobre outros medicamentos
Aplicável para todas as vias de administração:
- Anticoagulantes51 orais (medicamentos que previnem a formação de coágulos no sangue52, por exemplo, dicumarol e varfarina): os hormônios tireoidianos aumentam os efeitos dos anticoagulantes51 orais. Pacientes em terapia com anticoagulantes51 ainda requerem monitoração cuidadosa quando o tratamento com agentes tireoidianos inicia-se ou é alterado conforme a necessidade de ajuste da dosagem do anticoagulante53 oral (redução da dose).
- Antidiabéticos orais54 e insulina55: o uso de levotiroxina1 pode levar a um aumento da glicemia56, e em pacientes diabéticos, pode ser necessário ajuste de dose dos antidiabéticos orais54 ou da insulina55. Esse efeito ocorre porque os hormônios tireoideanos ajudam a regular a sensibilidade hepática57 à insulina55, que é importante para a inibição da gliconeogênese58 hepática57.
Efeitos de outros medicamentos sobre Puran T4: Aplicável ao uso concomitante de medicamentos para qualquer via de administração:
- Medicamentos indutores enzimáticos (aumentam a ação das enzimas e sua liberação) tais como rifampicina, carbamazepina ou fenitoína, barbitúricos aumentam o metabolismo59 tireoidiano resultando em redução das concentrações no sangue52 dos hormônios tireoidianos. Assim, os pacientes em terapia de reposição dos hormônios da tireoide6 devem necessitar de aumento nas dosagens se essas drogas forem administradas concomitantemente.
- A amiodarona inibe a conversão periférica da levotiroxina1 T4 para T3 resultando em redução da concentração sérica de T3 e aumento do nível de TSH sérico.
- Glicocorticoides, propiltiouracil e beta-simpatolíticos (especialmente propranolol) inibem a conversão periférica de levotiroxina1 (T4) para T3 e pode levar à redução da concentração sérica de T3.
- Inibidores da protease60 (classe de medicamentos que diminui a replicação viral): houve relatos de perda de efeito terapêutico do levotiroxina1 quando usado concomitantemente com lopinavir/ritonavir. Portanto, os sintomas46 clínicos, bem como testes de função da tireoide6 deverão ser cuidadosamente monitorados em pacientes em tratamento com levotiroxina1 e lopinavir/ritonavir concomitantemente.
- Inibidores da tirosina47 quinase tais como imatinibe, sunitinibe ou sorafenibe podem reduzir a eficácia da levotiroxina1. Portanto, os sintomas46 clínicos assim como a função da tireoide6 devem ser cuidadosamente monitorados em pacientes recebendo levotiroxina1 e inibidores da tirosina47 quinase concomitantemente. Pode ser necessário ajustar a dose da levotiroxina1.
- Estrógenos por exemplo anticoncepcionais orais aumentam a ligação da tiroxina, levando a erros de diagnósticos e tratamentos.
- Salicilatos: doses maiores que 2 g/dia podem aumentar transitoriamente os níveis dos hormônios tireoidianos, seguindo-se de uma redução dos níveis de T4 total e de T4 livre na ordem de 20 – 30%.
- Furosemida: dose alta de furosemida (> 80 mg), por via intravenosa, associada a alterações na função renal61 e da concentração sérica de albumina62 pode promover um aumento transitório de T4 livre e redução do T4 total. Esse efeito não é observado nas doses usuais utilizadas em pacientes hipertensos ou com insuficiência cardíaca34.
- Clofibrato: estudos em modelos animais sugerem que o clofibrato pode atuar como indutor enzimático microssomal e alterar o metabolismo59 dos hormônios tireóideos com consequente redução dos níveis de T4 e de T3 livre.
- Antidiabéticos: a levotiroxina1 pode reduzir o efeito hipoglicemico (diminuição da taxa de açúcar63 no sangue52) dos agentes antidiabéticos orais54, tais como metformina64, glimepirida65 e glibenclamida, bem como da insulina55. É recomendada a monitorização dos níveis de glicose66 no sangue52, especialmente quando a terapia hormonal da tireóide for iniciada ou interrompida, e se necessário, a dosagem do antidiabético deve ser ajustada.
- Meios de contraste iodados: alguns meios de contraste iodados (ácido iopanoico, ipodato de sódio e algumas preparações intravenosas contendo iodo) podem interferir temporariamente (aproximadamente durante 10 a 14 dias, tempo de excreção dos contrastes) na função tireoideana. Neste período pode haver liberação de iodo em quantidade (14 a 175 mg de iodeto) capaz de reduzir a secreção dos hormônios tireoideanos e causar hipotireoidismo4.
Medicamentos administrados por via oral que podem reduzir a absorção da levotiroxina1 (T4):
- Resinas de troca-iônica tais como colestiramina, sevelamer ou sulfato cálcico de poliestireno e sais de sódio: há redução da absorção da levotiroxina1 ingerida devido à ligação aos hormônios tireoidianos no trato gastrintestinal. Assim, deve-se separar a administração de resinas de troca iônica da administração da levotiroxina1 tanto quanto possível.
- Sequestrante de ácido biliar: colesevelam liga-se a levotiroxina1 e reduz a sua absorção no trato gastrointestinal. Não foi observada interação quando a levotiroxina1 foi administrada por pelo menos 4 horas antes de colesevelam. Desta forma, a levotiroxina1 deve ser administrada por no mínimo 4 horas antes de colesevelam.
- Medicamentos para o trato gastrintestinal (relativos ao aparelho digestivo67) tais como sucralfato, antiácidos68 e carbonato de cálcio: ocorre redução da absorção de levotiroxina1 no trato gastrintestinal. Assim, deve-se separar a administração de medicamentos para o trato gastrintestinal da administração da levotiroxina1 tanto quanto possível.
- Sais de ferro: o sulfato ferroso reduz a absorção da levotiroxina1 do trato gastrintestinal. Assim, deve-se separar a administração de sais de ferro da administração da levotiroxina1 tanto quanto possível.
Interação medicamento-alimento
Soja: em recém-nascidos sob dieta com soja e tratados com levotiroxina1 para hipotireoidismo4 congênito69, foi relatado um aumento no nível de TSH. Excepcionalmente doses excessivas de levotiroxina1 podem ser necessárias para atingir níveis séricos normais de T4 e TSH. Durante e após a dieta com soja, é necessário uma monitorização dos níveis de T4 e TSH no sangue52, com possível ajuste de dose.
ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
Cuidados de conservação
Puran T4 deve ser mantido em sua embalagem original, em temperatura ambiente (entre 15 e 30 °C), proteger da luz e da umidade.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas do produto
Comprimido redondo, branco, plano, biselado, com a concentração correspondente (12,5; 25; 37,5; 50; 62,5; 75; 88; 100; 112; 125; 150; 175; 200 ou 300) gravada nas duas faces.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
As doses administradas de Puran T4 variam de acordo com o grau de hipotireoidismo4, a idade do paciente e a tolerabilidade individual. A fim de se adaptar a posologia, é recomendável antes de iniciar o tratamento efetuar as dosagens do (T3), (T4) e do TSH.
Você deve tomar os comprimidos com líquido, por via oral.
Uso adulto
Hipotireoidismo4: Puran T4 deve ser administrado em doses baixas (50 mcg/dia) que serão aumentadas de acordo com as condições cardiovasculares do paciente.
- Dose inicial: 50 mcg/dia, aumentando-se 25 mcg a cada 2 ou 3 semanas até que o efeito desejado seja alcançado. Em pacientes com hipotireoidismo4 de longa data, particularmente com suspeita de alterações cardiovasculares, a dose inicial deverá ser ainda mais baixa (25 mcg/dia).
- Manutenção: recomenda-se 75 a 125 mcg diários sendo que alguns pacientes, com má absorção, podem necessitar de até 200 mcg/dia. A maioria dos pacientes não exige doses superiores a 150 mcg/dia. A falta de resposta às doses de 200 mcg/dia sugere má absorção, não obediência ao tratamento ou erro diagnóstico20.
Supressão do TSH (câncer70 de tireoide6) / nódulos / bócios eutireoidianos em adultos: dose supressiva média de levotiroxina1 (T4): 2,6 mcg/kg/dia, durante 7 a 10 dias. Essa dose geralmente é suficiente para obter normalização dos níveis de T3 e T4 no organismo e falta de resposta à ação do TSH. A levotiroxina1 sódica deve ser empregada com cautela em pacientes com suspeita de glândula5 tireoide6 independente, considerando que a ação dos hormônios exógenos (de origem externa ao organismo) pode somar-se aos hormônios de fonte endógena (originários do organismo).
Uso pediátrico
No recém-nascido, a posologia inicial deverá ser de 5 a 6 mcg/kg/dia em função da dosagem dos hormônios circulantes. Na criança a posologia deve ser estabelecida em função dos resultados das dosagens hormonais e em geral é de 3 mcg/kg/dia.
Os comprimidos de Puran T4 devem ser ingeridos com estômago71 vazio (1 hora antes ou 2 horas após o café da manhã ou ingestão de alimento), a fim de aumentar sua absorção.
Para as crianças com dificuldades de ingerir os comprimidos, estes devem ser triturados e dissolvidos em pequena quantidade de água. Esta suspensão pode ser administrada em colher ou conta-gotas. Os comprimidos triturados podem também ser administrados com pequenas quantidades de alimentos (cereais, sucos, etc.). Esta suspensão preparada não pode ser guardada para uso posterior.
Não há estudos dos efeitos de Puran T4 administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral, conforme recomendado pelo médico.
Pacientes idosos
No idoso, a integridade do sistema cardiovascular72 pode estar comprometida. Por isso, neste paciente a terapia com Puran T4 deve ser iniciada com doses baixas, como por exemplo: 25-50 mcg/dia.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu médico.
O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Caso esqueça-se de administrar uma dose, administre-a assim que possível. No entanto, se estiver próximo do horário da dose seguinte, espere por este horário, respeitando sempre o intervalo determinado pela posologia. Nunca devem ser administradas duas doses ao mesmo tempo.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico.
QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?
As reações podem ser classificadas em:
Categoria | Frequência |
Muito comum | ≥ 10% |
Comum | ≥ 1% e < 10% |
Incomum | ≥ 0,1% e < 1% |
Raro | ≥ 0,01% e < 0,1% |
Muito raro | < 0,01% |
Desconhecida | Não pode ser estimada pelos dados disponíveis |
Em geral, as reações adversas da levotiroxina1 estão associadas a uma dosagem excessiva e correspondem aos sintomas46 do hipertireoidismo21 (produção excessiva de hormônio3 pela glândula5 tireoide6).
Desordens cardíacas
- Muito comum: palpitações73 (percepção dos batimentos do coração27).
- Comum: taquicardia36 (aceleração do ritmo cardíaco).
- Desconhecidas: arritmias74 cardíacas (descompasso dos batimentos do coração27) e dor de angina28 (dor no peito75).
Desordens da pele10 e subcutânea76
- Desconhecidas: rash77 (erupções na pele10), urticária78 (erupção79 na pele10, geralmente de origem alérgica, que causa coceira), sudorese80 (suor excessivo).
Desordens psiquiátricas
- Muito comum: insônia (dificuldade para dormir).
- Comum: nervosismo.
- Desconhecida: excitabilidade (agitação).
Desordens musculo-esqueléticos e dos tecidos conjuntivos
- Desconhecidas: fraqueza muscular, cãibras e osteoporose41 (fraqueza nos ossos) em doses supressivas de levotiroxina1, especialmente em mulheres pós-menopausa42, principalmente quando tratado por um longo período.
Desordens vasculares81
- Desconhecidas: fogachos (súbita sensação temporária de calor), colapso38 circulatório (o coração27 e vasos não são capazes de irrigar todos os tecidos do corpo com oxigénio suficiente) em neonatos82 prematuros de baixo peso (vide item “4. O que devo saber antes de tomar este medicamento?”).
Desordens do sistema reprodutivo e da mama83
- Desconhecida: irregularidades menstruais.
Desordens gastrointestinais
- Desconhecidas: diarreia84 e vômito85.
Investigações
- Desconhecida: perda de peso.
Desordens do sistema nervoso86
- Muito comum: dor de cabeça87.
- Desconhecidas: tremores, hipertensão88 intracraniana (aumento da pressão dentro do crânio89 caracterizada por dor de cabeça87, nausea90, alterações visuais e zumbido) benigna particularmente em crianças.
Desordens gerais e alterações no local de administração
- Desconhecidas: intolerância ao calor e febre91.
Desordens endócrinas
- Comum: hipertireoidismo21.
Tais efeitos geralmente desaparecem com a redução da dosagem ou suspensão temporária do tratamento.
Atenção: este produto é um medicamento que possui nova concentração no país e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, informe seu médico.
O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA DESTE MEDICAMENTO?
Sinais92 e Sintomas46
Se alguém usar uma quantidade maior do que a indicada deste medicamento podem ocorrer:
Tempestade tireoidiana (crise tireoidiana causada pelo aumento da quantidade de hormônios da tireoide6 na corrente sanguínea) após a intoxicação massiva ou crônica, convulsões (contrações súbitas e involuntárias dos músculos40 secundárias a descargas elétricas cerebrais), arritmias74 cardíacas (descompasso dos batimentos do coração27), redução da função cardíaca (batimento mais fracos), coma93 e morte.
Conduta
Em superdoses agudas, a absorção gastrintestinal pode ser reduzida por carvão ativo.
O tratamento frequentemente é sintomático94 e suporte: beta-bloqueadores podem ser úteis no controle dos sintomas46 de hiperatividade simpatomimética. Em casos de superdosagem com altas quantidades, a filtração do plasma95 (procedimento através do qual o plasma95 é separado e extraído do sangue52 total não coagulado e as células96 vermelhas são retransferidas para o paciente) deve ser considerada.
A superdose com levotiroxina1 requer um acompanhamento por um período mais extenso, uma vez que os sintomas46 podem ser prorrogados por até 6 dias, devido a conversão periférica gradual da levotiroxina1 em tri-iodotironina.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
MS 1.1300.1023
Farm. Resp.: Silvia Regina Brollo CRF-SP n° 9.815
Registrado por:
Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda.
Av. Mj. Sylvio de M. Padilha, 5200 – São Paulo – SP
CNPJ 02.685.377/0001-57
Fabricado por:
Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda.
Rua Conde Domingos Papaiz, 413 – Suzano – SP
CNPJ 02.685.377/0008-23
Indústria Brasileira
Marca Registrada
SAC 0800 703 0014
