

Carboplatina (Injetável 10 mg/mL) (Bula do profissional de saúde)
ACCORD FARMACÊUTICA LTDA
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
carboplatina
Injetável 10 mg/mL
Medicamento Genérico – Lei nº. 9.787, de 1999.
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Solução injetável
Frasco ampola de vidro âmbar de 5 mL, 15 mL ou 45 mL de capacidade
USO INJETÁVEL, APENAS POR VIA INTRAVENOSA
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO:
Cada mL da solução injetável contém:
carboplatina | 10 mg |
veículo q.s.p. | 1 mL |
Excipientes: água para injetáveis.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE1
INDICAÇÕES
A carboplatina solução injetável faz parte da segunda geração de derivados da cisplatina que mostram atividade antineoplásica contra uma série de malignidades.
A carboplatina solução injetável está indicada no tratamento de estados avançados do carcinoma2 de ovário3 de origem epitelial (incluindo tratamentos de segunda linha e paliativo4 em pacientes que já tenham recebido medicamentos contendo cisplatina). Está também indicado no tratamento do carcinoma2 de pequenas células5 de pulmão6, nos carcinomas espinocelulares de cabeça7 e pescoço8 e nos carcinomas de cérvice uterina.
RESULTADOS DE EFICÁCIA
Oitenta e oito pacientes com câncer9 epitelial de ovário3 fase IIB -III foram randomizados para receber em primeira linha cisplatina como único agente (100 mg/m2) mensal ou carboplatina (400 mg/m2) mensal de até 5 ciclos. Crossover para o análogo inverso ocorreu com a progressão ou a falta de resposta. O número mediano de episódios de vômitos10 por ciclo com cisplatina foi 16 e com carboplatina 2 (p < 0,001). No braço cisplatina 27/40 (67,5 %) desenvolveram toxicidade11 renal12 leve, 9/ 40 (22,5%) neurotoxicidade OMS grau 1 e 18/ 40 (45%) evidência de ototoxicidade13 em audiometria14. No braço carboplatina
não foi observada neuro ou ototoxicidade13 e 1/40 (2,5%) desenvolveram toxicidade11 renal12 OMS grau 1. Mielossupressão e anemia15 foram mais comuns com carboplatina, mas apenas um episódio de trombocitopenia16 grau IV foi visto com a primeira linha de carboplatina. A taxa de resposta clínica (CR + PR) para a cisplatina foi de 19 /40 e para carboplatina 27/40. A sobrevida17 atuarial para o grupo cisplatina em 24 meses foi de 50% e para o grupo de carboplatina 58%, sem diferença significativa. Carboplatina parece ser menos tóxica do que a cisplatina, com taxas de sobrevida17 e resposta semelhantes1.
Um estudo de fase III (n=637) comparou a dose convencional de paclitaxel e carboplatina administrados a cada 3 semanas versus a administração dose-densa semanalmente de paclitaxel combinado com a administração de carboplatina (AUC18 = 6) a cada 3 semanas em pacientes com câncer9 epitelial avançado de ovário3, câncer9 de trompa de falópio ou câncer9 peritoneal primário. A mediana de Sobrevida17 Livre de Progressão (SLP), desfecho primário deste estudo, foi substancialmente melhorada no grupo de tratamento com dose-densa (28 vs 17,2 meses, Hazard Ratio (HR) 0.71, IC 95% 0.58–0.88, P = 0.0015). A Sobrevida17 Global (SG) aos 3 anos também foi maior no tratamento com dose-densa com paclitaxel (72,1%) do que no grupo de tratamento convencional (65.1%, HR 0.75, 0.57–0.98; P = 0.03). Os resultados a longo prazo em um período médio de 76,8 meses foram: A SLP mediana foi significativamente mais longa no grupo que recebeu paclitaxel dose-densa do que no regime convencional (28.2 vs 17.5 meses, Hazard Ratio (HR) 0.76; IC 95% 0.62–0.91; P = 0.0037), e a SG mediana foi de 100.5 meses no regime dose-densa versus 62.2 meses no regime convencional (HR 0.79, IC 95% 0.63–0.99, P = 0.039).
119 pacientes foram alocados para quatro ciclos de ciclofosfamida, doxorrubicina e vincristina (CAV) ou carboplatina como agente único. Os pacientes tiveram um escore de desempenho de Karnofsky < ou = 50 e/ou um escore prognóstico19 indicativo de uma taxa de sobrevivência20 de 1 ano < ou = 15%. A neutropenia21 de grau 3–4 e o uso de antibióticos intravenosos foram significativamente mais comuns com o regime CAV (P <0,005). Por outro lado, a trombocitopenia16 de grau 3–4 foi mais comum (P <0,0009) e a transfusão22 de plaquetas23 foi mais frequente (P <0,05) com a terapia com carboplatina. A toxicidade11 não hematológica foi semelhante nos dois braços de tratamento, com exceção da alopecia24 com o esquema CAV (P <0,0007). O alívio dos sintomas25 ocorreu em 48% e 41% dos pacientes nos grupos de tratamento CAV e carboplatina, respectivamente. A dispneia26 melhorou em 66% e 41% dos pacientes e a tosse em 21% e 7% dos pacientes nos grupos de tratamento com CAV e carboplatina, respectivamente. A terapia com CAV produziu uma taxa de resposta maior que a carboplatina (38% vs. 25%), mas esta não foi estatisticamente significativa (P = 0,15). A sobrevida17 global mediana para os pacientes nos braços de CAV e carboplatina foi de 17 semanas e 15.9 semanas, respectivamente, com taxas de sobrevivência20 de 1% a 12% e 6%.
Comparou-se a eficácia e a segurança de um regime de tratamento baseado em carboplatina em associação ao etoposídeo (CE) vs doses divididas de cisplatina em associação ao etoposídeo (SPE) em pacientes idosos ou nos casos com prognóstico19 pobre naqueles com câncer9 de pulmão6 de pequenas células5 e doença extensa (ED-SCLC). Os critérios de elegibilidade incluíram: ED-SCLC não tratada; idade acima ou igual a 70 anos e performance (SP) 0–2, ou idade menor que 70 e performance 3. O braço CE recebeu carboplatina IV (AUC18 = 5) no dia 1 e etoposídeo 80 mg/m2 IV nos dias 1–3. O braço SPE recebeu cisplatina 25 mg/m2 IV nos dias 1–3 e Etoposídeo 80 mg/m2 IV nos dias 1–3. Um total de 220 pacientes foram randomizados. A média de idade foi de 74 anos e 74% tinham SP de 0 ou 1. Eventos adversos graus 3–4 foram (%CE/%SPE): leucopenia27 54/51, neutropenia21 95/90, trombocitopenia16 56/16, infecção28 7/6. Não houve diferença significativa (CE/SPE) na taxa de resposta (73/73%) e na sobrevida17 global (mediana 10,6 / 9,9 mo; P = 0,54). Embora o regime de SPE ainda seja considerado como o tratamento padrão em idosos ou naqueles com prognóstico19 pobre com ED-SCLC, o regime CE pode ser uma alternativa para esta população considerando o risco-benefício.
Quarenta e um pacientes elegíveis com carcinoma2 metastático ou recorrente do colo uterino29 receberam 149 ciclos de carboplatina. O fármaco30 foi administrado numa dosagem inicial de 400 mg/m2 IV a cada 28 dias. No geral, a resposta foi de 15% (duas respostas completas, 9 respostas parciais; 95% IC de 6–29%) e as durações das respostas foram 2.0, 2.0, 2.5 + 2.5 +, 5.25 + e 6.75 meses. Os principais efeitos tóxicos incluíram náuseas31 e vômitos10 em 48% dos ciclos, anemia15 em 47%, leucopenia27 em 38% e trombocitopenia16 em 22%. A atividade da carboplatina contra o câncer9 de colo32 avançado é modesta e semelhante ao da cisplatina isoladamente, no entanto o perfil de toxicidade11 da carboplatina é substancialmente melhor do que o da cisplatina. O estudo randomizado33 JCOG0505 fase III avaliou os benefícios clínicos do esquema baseado em carboplatina. As doentes elegíveis (N=253) tinham câncer9 de colo do útero34 metastático ou recorrente e tinham ≤ um tratamento contendo platina e nenhum tratamento com taxano anteriormente. As doentes foram distribuídas aleatoriamente ao esquema paclitaxel + cisplatina (TP paclitaxel 135 mg/m2 durante 24 horas no dia 1 e cisplatina 50 mg/m2 no dia 2, repetidas a cada 3 semanas) ou paclitaxel + carboplatina (TC paclitaxel 175 mg/m2 durante 3 horas e carboplatina AUC18 = 5 no dia 1, repetida a cada 3 semanas). O end-point primário foi a sobrevida17 global (SG). HR da SG foi de 0,994 (IC 90%, 0.79 a 1.25; não-inferioridade P = 0,032 por regressão estratificada de Cox). A SG média foi de 18,3 meses com TP versus 17,5 meses com TC. Entre os doentes que não tinham recebido cisplatina prévia a SG foi menor com TC (13,0 v 23,2 meses, HR, 1.571; IC 95%, 1.06 a 2.32). A proporção de períodos de não-hospitalização foi significativamente maior com TC (P <0,001).
Quinze pacientes com carcinoma2 de cabeça7 e pescoço8 recorrente, previamente tratados com quimioterapia35 de indução (Cisplatina e 5-FU), seguido por quimio e radioterapia36 foram tratados com carboplatina AUC18 5 e paclitaxel 175 mg/m2 por via intravenosa a cada 3 semanas. Todos os pacientes foram avaliados quanto à resposta e toxicidade11. Após três ciclos de quimioterapia35, observou-se resposta completa (6,6%) e 7 respostas parciais (46,6%), com uma taxa de resposta geral de 53,2% (IC 95 % 26,6–78,7 %). Doença estável foi observada em 2 pacientes (13,3%) e doença progressiva foi observada em cinco pacientes (33,3 %). A toxicidade11 foi leve: foi registrado um caso de toxicidade11 grau 3 (neutropenia21) e nenhum efeito colateral37 grau 4. Os autores concluem que a combinação de carboplatina e paclitaxel foi bem tolerada e pode ser administrada com segurança a pacientes com carcinoma2 de cabeça7 e pescoço8 recorrente como tratamento de segunda linha.
Iganej et al realizou um estudo para determinar a eficácia da carboplatina tri-semanal como agente único em 120 pacientes recentemente diagnosticados com idade mediana de 58 anos em Estágio 3 (22%) ou 4A/B (78%) com carcinoma2 orofaríngeo38 tratado com quimiorradiação definitiva. Os pacientes foram tratados com carboplatina (AUC18 = 5) × 3 nos Dias 1, 22 e 43 juntamente com radioterapia36 convencional concomitante (n = 67) ou radioterapia36 de intensidade modulada (N = 53) a 70 Gy. O seguimento médio foi de 64 meses. Dos 120 pacientes, 15 (12,5%) tiveram recidiva39 loco-regional (LR), e um total de 9 pacientes (7,5%) recidivaram à distância. Durante ou após a quimioterapia35 (< 90%), apenas 26% dos pacientes necessitaram de sonda para alimentação. De 120 pacientes, 90% receberam 3 ciclos de carboplatina e 98% uma dose planejada de radioterapia36. Os três anos de controle loco-regional e a sobrevida17 global para todo o grupo foram 88% e 82%, respectivamente; Estas taxas para 92 pacientes elegíveis para RTOG 0129 (T2N2–3, T3–4 qualquer N) foram 86% e 77%. No último seguimento, apenas 3% estavam dependentes de sonda para alimentação. Os autores concluíram que este foi o primeiro relato de carboplatina tri-semanal com radioterapia36 para o carcinoma2 orofaríngeo38 localmente avançado, e este tratamento foi melhor tolerado e mais viável do que a cisplatina tri-semanal em altas doses, apresentando resultados similares/favoráveis de controle de doença e taxa de sobrevivência20.
Referências:
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- Katsumata N. Dose-dense approaches to ovarian cancer9 treatment. Curr Treat Options Oncol. 2015 May;16(5):21
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- Weiss, G R et al. A phase II trial of carboplatin for recurrent or metastatic squamous carcinoma2 of the uterine cervix: a Southwest Oncology Group study. Gynecologic Oncology 1990 39 (3) p.332–6
- Kitagawa R. et al. Paclitaxel Plus Carboplatin Versus Paclitaxel Plus Cisplatin in Metastatic or Recurrent Cervical Cancer9: The Open-Label Randomized Phase III Trial JCOG0505 J Clin Oncol. 2015 Jul 1–11;33(19):2129–35.
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- Iganej S, Buchschacher GL, Abdalla I, et al. Triweekly Carboplatin Alone as Concurrent Chemotherapy for Oropharyngeal Carcinoma2 Treated With Definitive Chemoradiation: Outcomes of 120 Unselected Patients and a Comparison to the RTOG 0129 Regimen Results. International Journal of Radiation Oncology Biology Physics 2013; 87(2, Suppl. S):S439.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades Farmacodinâmicas
Grupo farmacodinâmico: a carboplatina é um agente antineoplásico composto de platina.
Mecanismo de ação: a carboplatina se liga ao DNA através de ligações cruzadas nas duas cadeias, alterando a configuração da hélice e inibindo sua síntese. O efeito é provavelmente independente do ciclo.
Propriedades farmacodinâmicas: a carboplatina é um composto de platina, cis-diamina (1,1-ciclobutano-dicarboxil) platina, com efeito antineoplásico. As propriedades bioquímicas são similares às da cisplatina.
Propriedades Farmacocinéticas
Absorção: Após dose única por via intravenosa, sob infusão por 60 minutos, a concentração plasmática de platina total e platina livre (ultra filtrada) apresenta redução bifásica conforme cinética40 de primeira ordem. A meia-vida inicial da platina livre é da ordem de magnitude de 1 a 2 horas e a meia-vida final é de 3 a 6 horas. A platina total tem a mesma meia-vida inicial, enquanto que a meia-vida final é mais baixa (aproximadamente 24 horas). Uma relação aproximadamente linear entre a dose (na área de 300–500 mg/m2) e a AUC18 plasmática de platina total e livre é atingida. Repetidas doses de carboplatina durante 4 dias consecutivos não causam acúmulos de platina no plasma41. Após 24 horas da administração da dose, 85% da platina plasmática está ligada à proteínas42.
Distribuição: o volume de distribuição para carboplatina é de 16 litros.
Eliminação: a carboplatina é excretada principalmente através da urina43, na qual 30% da dose é secretada inalterada. Em pacientes com clearance de creatinina44 de 60 mL/min ou mais, 65% e 70% da dose é recuperada após 12 e 24 horas, respectivamente. O clearance total da carboplatina é de 4,4 litros/hora.
Dados de segurança pré-clínicos
A DL50 da carboplatina intravenosa é de 150 e 61 mg/kg para camundongos e ratos, respectivamente, e acima de 31,1 mg/kg para cães. Os principais órgãos atingidos após administração única foram sistema hematolinfopoiético, rins45 e trato gastrintestinal. Efeitos tóxicos após repetidas doses foram investigados em camundongos, ratos e cães. Os principais órgãos atingidos foram sistema hematolinfopoiético, trato gastrintestinal, rins45, fígado46 e órgãos reprodutivos de ambos machos e fêmeas.
O tratamento de ratos, machos e fêmeas, com carboplatina intravenosa antes do acasalamento e até a implantação, causou aumento da letalidade fetal e diminuição de fetos vivos. O tratamento de ratas grávidas com carboplatina intravenosa durante a organogênese (dias 7– 7) causou retardo no desenvolvimento e crescimento fetal e crescimento pós-natal lento. O tratamento sem interrupção de ratas a partir do 17º dia de gravidez47, passando pelo período de amamentação48, até o desmame, não causou qualquer efeito no nascimento, na viabilidade ou no desenvolvimento da prole.
A carboplatina apresentou-se genotóxica na maioria dos testes in vitro e in vivo que foram conduzidos. Estudos de toxicidade11 demonstraram que o extravasamento da injeção49 causa necrose50 tissular51.
CONTRAINDICAÇÕES
A administração de carboplatina está contraindicada a pacientes com insuficiência renal52 grave, mielodepressão grave e/ou na presença de sangramento volumoso. Está também contraindicada a pacientes com hipersensibilidade à carboplatina ou a outros compostos contendo platina (por exemplo, cisplatina).
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Gerais
A carboplatina deve apenas ser administrada sob constante supervisão de médicos experientes em terapia citotóxica. Monitoração cuidadosa da toxicidade11 é mandatória, particularmente no caso de administração de altas doses.
A carboplatina é um fármaco30 altamente tóxico, com estreito índice terapêutico e é improvável que ocorra efeito terapêutico sem alguma evidência de toxicidade11.
Função da Medula Óssea53
A supressão da medula óssea53 (leucopenia27, neutropenia21 e trombocitopenia16) é dose-dependente e é a toxicidade11 dose-limitante da carboplatina. Contagens de células sanguíneas54 periféricas devem ser realizadas em intervalos frequentes (por exemplo, semanalmente) em pacientes que estão recebendo carboplatina. Embora na dose recomendada a toxicidade11 hematológica da carboplatina seja moderada e reversível, mielossupressão grave (especialmente trombocitopenia16) pode ocorrer em pacientes com insuficiência renal52 e em pacientes que estejam concomitantemente recebendo ou que receberam medicamentos mielosupressores ou terapia radioativa. O critério de ajuste de dose para pacientes55 que apresentam mielosupressão após uma dose de carboplatina está descrito no item 8. Posologia e Modo de usar. Como alternativa para redução da dose, a administração da dose terapêutica56 total pode ser atrasada até a recuperação das contagens de neutrófilos57 e plaquetas23 (valores maiores ou iguais a 2.000/mm3 e 100.000/mm3, respectivamente). O tratamento da toxicidade11 hematológica grave pode requerer cuidados de suporte, agentes anti-infecciosos para infecções58 complicadas, transfusões de produtos sanguíneos, resgate com medula óssea53 autóloga, transplante de células-tronco59 periféricas e fatores estimulantes de colônia.
Anemia hemolítica60 com presença de anticorpos61 serológicos induzidos por fármacos foi relatada em pacientes tratados com carboplatina. Este evento pode ser fatal. Foram reportados casos de doença veno-oclusiva hepática62 (síndrome63 obstrutiva sinusoidal). Alguns deles foram fatais. A síndrome63 hemolítica-urêmica é um efeito colateral37 potencialmente fatal. A carboplatina deve ser descontinuada no primeiro sinal64 de qualquer evidência de anemia hemolítica60 microangiopática, tais como hemoglobina65 em rápida queda com trombocitopenia16 concomitante, elevação da bilirrubina66 sérica, creatinina44 sérica, nitrogênio uréico ou lactato67 desidrogenase (LDH) no sangue68. A falha renal12 pode não ser reversível com a interrupção da terapia e pode ser necessária diálise69. A leucemia70 promielocítica aguda (APL) e síndrome63 mielodisplásica (MDS) / leucemia70 mielóide aguda (AML) foram relatadas anos após a terapia com carboplatina e outros tratamentos antineoplásicos.
Função Renal12
A carboplatina é excretada principalmente na urina43 e a função renal12 deve ser monitorada em pacientes que estejam recebendo este medicamento. O clearance de creatinina44 parece ser a medida mais sensível para a função renal12 em pacientes que estão recebendo este medicamento. O critério de ajuste de dose para pacientes55 que apresentam função renal12 prejudicada está descrito no item “8. Posologia e Modo de Usar”. Diferentemente da cisplatina, a hidratação pré e pós-tratamento não são necessárias com a carboplatina, que é um fármaco30 que possui um potencial de nefrotoxicidade71 baixo, entretanto, a terapia prévia com cisplatina ou administração concomitante com outros fármacos nefrotóxicos (exemplo: antibióticos aminoglicosídeos) podem aumentar o risco de nefrotoxicidade71 (vide item 6. Interações Medicamentosas).
Sistema Nervoso Central72 (SNC73) / Funções Auditivas
Devem ser realizadas regularmente monitorações e avaliações neurológicas antes e após o tratamento, particularmente em pacientes previamente tratados com cisplatina e em pacientes com mais de 65 anos de idade.
A carboplatina pode causar ototoxicidade13 cumulativa. Audiogramas devem ser realizados antes do início da terapia e durante o tratamento ou quando houver sintomas25 auditivos. A deterioração clinicamente importante da função auditiva pode requerer modificações da dose ou descontinuação da terapia.
Efeitos gastrintestinais
A carboplatina pode induzir emese74. A incidência75 e gravidade da emese74 pode ser reduzida pelo pré-tratamento com antieméticos76 ou através da administração da carboplatina em infusão intravenosa por 24 horas, ou como administração intravenosa em doses fracionadas em 5 dias consecutivos ao invés de uma infusão única. Inibidores seletivos dos receptores serotonérgicos do tipo 3 (5HT3) (exemplo: ondansetron) ou benzamidas substituídas (exemplo: metoclopramida) podem ser particularmente efetivos, e a terapia combinada77 pode ser considerada para pacientes55 que apresentam efeitos emetogênicos graves ou persistentes.
Síndrome63 da Lise78 Tumoral (SLT)
Os pacientes com alto risco de SLT, tais como os como pacientes com alta taxa de proliferação, alta carga de tumor79 e alta sensibilidade a agentes citotóxicos80, devem ser monitorados de perto e tomadas as precauções apropriadas.
Reações de hipersensibilidade
Assim como com outros compostos contendo complexos de platina, reações alérgicas à carboplatina foram relatadas. Os pacientes devem ser monitorados quanto a possíveis reações alérgicas anafilactoides, e equipamento e medicações apropriados devem estar prontamente disponíveis para tratar tais reações (por exemplo, anti-histamínicos, corticosteroides, epinefrina, oxigênio) sempre que carboplatina for administrada.
Efeitos Imunossupressores / Aumento da suscetibilidade a infecções58
Administração de vacinas vivas ou vivas-atenuadas em pacientes imunocomprometidos por agentes quimioterápicos incluindo carboplatina pode resultar em infecções58 sérias ou fatais. Vacinação com vacinas atenuadas deve ser evitada em pacientes recebendo carboplatina. Vacinas mortas ou inativas podem ser administradas, entretanto, a resposta a estas vacinas pode ser diminuída.
Populações especiais
Uso em Crianças: Não foram estabelecidas a segurança e a eficácia em crianças.
Uso em Idosos: Dos 789 pacientes inicialmente tratados no estudo de terapia combinada77 (NCIC e SWOG), 395 pacientes foram tratados com carboplatina em combinação com a ciclofosfamida. Destes, 141 tinham mais que 65 anos de idade e 22 deles tinham 75 anos ou mais. Neste estudo a idade não foi um fator prognóstico19 de sobrevivência20. Em relação à segurança, pacientes idosos tratados com a carboplatina estavam mais propensos a desenvolver trombocitopenia16 grave quando comparados aos pacientes mais jovens. Em dados combinados de 1942 pacientes (414 com 65 anos ou mais) que receberam a carboplatina como agente único para diferentes tipos de tumores, uma incidência75 similar dos eventos adversos foi observada nos pacientes com 65 anos ou mais e em pacientes com idade inferior a 65 anos. Outras experiências de relatos clínicos não identificaram respostas diferentes entre os pacientes idosos e os mais jovens, mas a sensibilidade maior de alguns pacientes idosos não pode ser descartada. A função renal12 deve ser considerada na seleção da dose da carboplatina devido à função renal12 dos idosos muitas vezes estar diminuída (vide item 8. Posologia e Modo de usar).
Gravidez47 e Lactação81
A carboplatina pode causar danos ao feto82 quando administrado a mulheres grávidas. A carboplatina deve ser utilizada em mulheres grávidas apenas em situações de risco de morte ou diante da impossibilidade de uso de medicamentos seguros ou quando outros medicamentos são ineficazes.
Caso a carboplatina seja utilizada durante a gravidez47, ou se a paciente engravidar durante o tratamento, a paciente deverá ser alertada sobre os riscos potenciais para o feto82. As mulheres em idade fértil devem ser alertadas a evitar a gravidez47 durante o tratamento com carboplatina.
A carboplatina é um medicamento classificado na categoria D de risco de gravidez47. Portanto, este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. A paciente deve informar imediatamente em caso de suspeita de gravidez47.
Não está claramente estabelecido se a carboplatina ou seus metabólitos83 contendo platina são excretados no leite materno. No entanto, devido ao risco potencial de reações adversas sérias em lactentes84 caso o fármaco30 passe para o leite, a amamentação48 deve ser descontinuada durante a terapia.
Efeitos na habilidade de dirigir e operar máquinas
O efeito da carboplatina sobre a habilidade de dirigir ou operar máquinas não foi sistematicamente avaliado.
A tampa de borracha de fechamento do frasco contém látex natural.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
A carboplatina é, na maioria das vezes, utilizada em combinação com fármacos antineoplásicos que possuem efeitos citotóxicos80 similares. Nessas circunstâncias, é provável a ocorrência de toxicidade11 aditiva. O uso concomitante de carboplatina e outros agentes mielossupressores ou radioterapia36 pode potencializar a toxicidade11 hematológica.
Uma incidência75 aumentada de vômitos10 tem sido relatada quando a carboplatina e outros fármacos emetogênicos são administrados concomitantemente ou quando a carboplatina é administrada a pacientes recebendo terapia emetogênica prévia.
A administração concomitante de carboplatina e aminoglicosídeos resulta em risco aumentado de nefrotoxicidade71 e/ou ototoxicidade13, e os fármacos devem ser utilizados concomitantemente com cautela. O uso de outros fármacos nefrotóxicos resulta em potencialização dos efeitos renais pela carboplatina.
A carboplatina interage com o alumínio levando à formação de um precipitado preto de platina e perda da potência. Kits de infusão intravenosa, agulhas, cateteres e seringas contendo alumínio não devem ser utilizados para administração.
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Cuidados de conservação
A carboplatina deve ser conservada em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C), protegido da luz e da umidade e pode ser utilizada por 24 meses a partir da data de fabricação. Não congelar.
O medicamento é de uso único e qualquer solução não utilizada deve ser devidamente descartada.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem. Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas do produto
Carboplatina apresenta-se na forma de solução límpida, coloração incolor, livre de partículas visíveis.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
POSOLOGIA E MODO DE USAR
A carboplatina pode ser administrada tanto como agente único ou em combinação com outros medicamentos antineoplásicos. A carboplatina deve ser utilizada apenas por via intravenosa e deve ser administrado por infusão IV por um período de no mínimo 15 minutos.
A dose de carboplatina pode ser determinada através de: 1) Função Renal12 e 2) Área de superfície corporal.
Determinação de dose de carboplatina baseada na função renal12:
Atualmente, a maneira mais segura e aceitável de determinar a dose de carboplatina é através da função renal12 utilizando a taxa de filtração glomerular (TFG) do paciente e da fórmula de Calvert para obter a AUC18 (área sob a curva) recomendada, normalmente no intervalo de 4–8 mg/mL x min, dependendo do protocolo, status pré-tratamento, radioterapia36 concomitante ou comorbidades85 que possam afetar a função renal12 do paciente. Este método considera o impacto do tratamento prévio na função renal12, que pode requerer doses mais baixas para pacientes55 com função renal12 debilitada. A dosagem por este método é calculado em “mg” e não por mg/m2.
Fórmula de Calvert:
Dose total (mg) = (AUC18 estabelecida) x (TFG + 25).
Dose de carboplatina baseada na Área de Superfície Corporal:
Alternativamente, a dose pode ser baseada na área de superfície corporal do paciente (m2). Se o paciente for obeso ou tiver grave retenção de fluidos, o peso corporal ideal pode ser usado para estimar a dose.
Terapia como agente único: a dose única inicial recomendada é de 360 a 400 mg/m2.
Terapia combinada77: Em combinação com outros agentes citotóxicos80, a dose inicial de carboplatina recomendada é de 300 mg/m2. Como regra geral, a administração de carboplatina deve ser feita em intervalos cíclicos de 4 semanas. A dose terapêutica56 de carboplatina deve ser ajustada de acordo com a situação da medula óssea53 e função renal12, conforme descrito a seguir:
Medula óssea53: a determinação do nadir hematológico durante o tratamento com carboplatina é recomendada para ajuste de dose. Para pacientes55 que apresentem contagem de plaquetas23 e neutrófilos57 acima de 100.000 e 2.000/mm3, respectivamente, a dose de carboplatina pode ser aumentada 25%. Entretanto, doses maiores que 125% da dose inicial não são recomendadas. Para pacientes55 que apresentem contagem de plaquetas23 e neutrófilos57 nos intervalos de 100.000 a 50.000 e de 2.000 a 500/mm3, respectivamente, não é necessário ajuste de dose. Para pacientes55 que apresentem toxicidade11 hematológica moderada a grave (como, por exemplo, contagem de plaquetas23 e neutrófilos57 abaixo de 50.000 e 500/mm3 respectivamente), uma redução de dose de 25% deve ser considerada, tanto em terapia única como em terapia combinada77.
Na presença de fatores de risco tais como baixo Performance Status, terapias extensivas anteriores com mielossupressores e/ou idade superior a 65 anos, a redução da dose de 20–25% é aconselhável; cuidados também são necessários quando a carboplatina for administrado a pacientes que receberam previamente tratamento com fármacos nefrotóxicos, como a cisplatina.
A carboplatina interage com o alumínio levando à formação de um precipitado e perda da potência; portanto, não utilize materiais contendo partes de alumínio na preparação ou administração de carboplatina.
Antes da administração, inspecione visualmente se há material particulado ou descoloração na solução de carboplatina. Use a solução assim que possível após a preparação; a infusão deve ser finalizada dentro de 24 horas após a preparação e qualquer resíduo deve ser descartado (vide item 8. Posologia e Modo de usar - Cuidados de Administração).
CUIDADOS DE ADMINISTRAÇÃO
Precauções especiais de utilização e manipulação: Precauções usuais para manuseio e preparo de medicamentos citotóxicos80 devem ser realizados durante a reconstituição e administração de carboplatina.
Cuidados especiais para infusões IV prolongadas: a carboplatina diluída em solução de cloreto de sódio a 0,9% e armazenada a 25°C sofre degradação de, aproximadamente, 5% da concentração inicial em 24 horas. Além disso, as soluções de cloreto de sódio a 0,9% não são consideradas apropriadas para a infusão de carboplatina, não somente pelo risco de perda da droga ativa, mas pelo risco de conversão à cisplatina, com possibilidade de aumento da toxicidade11. Dessa forma, recomenda-se não diluir carboplatina em solução de cloreto de sódio a 0,9% quando se pretende realizar infusão IV prolongada.
A equipe deve ser treinada com boas técnicas para reconstituição e manuseio. Não é recomendável a manipulação de agentes citotóxicos80, como a carboplatina, por mulheres grávidas.
A preparação deve ser realizada numa área reservada em fluxo laminar vertical, com a bancada de trabalho coberta com material descartável constituído por papel absorvente de um lado e plástico de outro.
Deve-se tomar cuidado para evitar a inalação de partículas e a exposição da pele86 à carboplatina.
Roupas protetoras adequadas devem ser usadas, tais como, luvas de PVC, óculos de segurança, bata protetora e máscaras descartáveis.
Recomenda-se checar se os encaixes do conjunto de seringas estão firmes para evitar vazamentos.
Em caso de contato acidental com os olhos87, lavar com água ou solução salina. Se a pele86 entrar em contato com o medicamento, lavar com muita água e, nos dois casos, procurar auxílio médico. Procure imediatamente um médico caso carboplatina seja ingerido ou inalado.
Todos os materiais, agulhas, seringas, frascos e outros itens que tiveram contato com medicamentos citotóxicos80 devem ser incinerados. Excreções também devem ser tratadas da mesma forma. Superfícies contaminadas devem ser lavadas com grande quantidade de água.
REAÇÕES ADVERSAS
Muitos efeitos colaterais88 do tratamento com carboplatina são inevitáveis devido às suas ações farmacológicas. No entanto, os efeitos adversos são geralmente reversíveis se detectados precocemente.
As reações adversas como relatadas para os vários sistemas são as seguintes:
Tumores benignos, malignos e inespecíficos: raros casos de desenvolvimento de leucemias mieloides agudas e síndromes mielodisplásicas foram observados em pacientes que foram tratados com carboplatina, principalmente quando tratados em combinação com outros agentes potencialmente leucemogênicos.
Distúrbios do sangue68 e sistema linfático89: a principal toxicidade11 dose-limitante da carboplatina é a supressão da medula óssea53, que é manifestada pela trombocitopenia16, leucopenia27, neutropenia21 e/ou anemia15. A mielosupressão é relacionada à dose. O nadir de plaquetas23 e leucócitos90/granulócitos91 normalmente ocorre duas a três semanas após a administração do fármaco30. Recuperação é geralmente adequada a fim de permitir a administração subsequente de dose de carboplatina após 4 semanas da administração anterior. Anemia15 (hemoglobina65 abaixo de 11 g/dL), que pode ser sintomática92, ocorre em grande parte dos pacientes. Este efeito pode ser cumulativo e transfusões podem ser necessárias particularmente em pacientes sob terapia prolongada (exemplo: mais de 6 ciclos). Sequelas93 clínicas de medula óssea53/toxicidade11 hematológica tais como febre94, infecções58, sepse95/choque96 séptico e hemorragia97 podem ser observadas.
Distúrbios do metabolismo98 e nutrição99: podem ocorrer anormalidades dos eletrólitos100 (hipocalemia101, hipocalcemia102, hiponatremia103 e/ou hipomagnesia).
Distúrbios do sistema nervoso104: neuropatias periféricas podem ocorrer, principalmente na forma de parestesias105 e uma diminuição dos reflexos dos tendões106 profundos. O efeito mais comum em pacientes acima de 65 anos de idade parece ser cumulativo, ocorrendo principalmente em pacientes recebendo terapia prolongada e/ou naqueles que receberam terapia anterior com cisplatina. Os efeitos no sistema nervoso central72 também podem ocorrer. Em alguns casos a neurotoxicidade observada com a carboplatina pode ser um efeito retardado da terapia prévia com cisplatina.
Distúrbios dos olhos87: anormalidades visuais, com perda visual transitória (que pode ser completa para luz e cores) ou outros distúrbios podem ocorrer em pacientes tratados com carboplatina. Melhora e/ou recuperação total da visão107 geralmente ocorre dentro de semanas após a interrupção do fármaco30. Cegueira cortical foi relatada em pacientes com alteração de função renal12 recebendo altas doses de carboplatina.
Distúrbios do ouvido e labirinto108: tinido e perda auditiva foram relatados em pacientes recebendo carboplatina. O risco de ototoxicidade13 pode ser aumentado pela administração concomitante de outros fármacos ototóxicos (por exemplo, aminoglicosídeos).
Distúrbios cardíacos: insuficiência cardíaca congestiva109, doença arterial coronariana isquêmica (por exemplo: infarto do miocárdio110, parada cardíaca, angina111 e isquemia112 do miocárdio113).
Distúrbios vasculares114: eventos cerebrovasculares.
Distúrbios gastrintestinais: náuseas31 e/ou vômitos10, que são geralmente leves a moderados em relação à gravidade, podem ocorrer dentro de 6 a 12 horas após a administração de carboplatina, podendo persistir por até 24 horas ou mais. Outras reações gastrintestinais como mucosite115, diarreia116, constipação117 e dor abdominal também foram relatadas.
Distúrbios hepatobiliares118: podem ocorrer elevações leves e geralmente transitórias nas concentrações de fosfatase alcalina119 sérica, aspartato aminotransferase ou bilirrubina66. Anormalidades substanciais nos testes de funções hepáticas120 foram relatadas por pacientes tratados com carboplatina que receberam altas doses de carboplatina e transplante autólogo de medula óssea53.
Distúrbios do sistema imune121: reações alérgicas à carboplatina têm sido relatadas. E incluem: reações de anafilaxia122/anafilactoides, hipotensão123, broncoespasmos124 e pirexia125. Reações de hipersensibilidade podem ocorrer em poucos minutos após administração intravenosa da carboplatina.
Distúrbios da pele e tecido subcutâneo126: podem ocorrer raramente dermatites esfoliativas. Casos de rash127 eritematoso128, pruridos, urticária129 e alopecia24 relacionadas ao uso de carboplatina têm sido observados.
Distúrbios musculoesqueléticos e de tecido conectivo130: mialgia131 / artralgia132.
Elevações leves e transitórias de concentrações de creatinina44 sérica e de nitrogênio sanguíneo podem ocorrer. Risco de nefrotoxicidade71 induzida pela carboplatina (como, por exemplo, clearance de creatinina44 diminuído) é maior em altas doses ou em pacientes previamente tratados com cisplatina.
Distúrbios gerais e condição do local de administração: astenia133, sintomas25 semelhantes à gripe134 e reações no local da injeção49.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA ou à Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
SUPERDOSE
Não há antídoto135 conhecido para a superdose com carboplatina. Portanto, todas as medidas possíveis devem ser tomadas para se evitar a superdose, o que inclui estar ciente do perigo potencial de superdose, cálculo136 cuidadoso da dose a ser administrada e disponibilidade de recursos diagnósticos e terapêuticos adequados. Superdose aguda com carboplatina pode resultar em aumento dos seus efeitos tóxicos esperados (por exemplo, mielossupressão grave, vômitos10 e náuseas31 intratáveis, toxicidade11 neurosensorial grave, insuficiências renal12 e hepática62, etc.). Pode ocorrer óbito137. A hemodiálise138 só é efetiva e, mesmo assim, parcialmente, até 3 horas após a administração, uma vez que ocorre ligação rápida e extensiva da platina às proteínas42 plasmáticas. Sinais139 e sintomas25 de superdose devem ser tratados com medidas de suporte. O uso de carboplatina em doses acima das recomendadas tem sido relacionado com perda de visão107.
Em caso de intoxicação, ligue para 0800 722 6001 se você precisar de mais orientações.
DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
USO RESTRITO A HOSPITAIS
CUIDADO: AGENTE CITOTÓXICO140
MS - 1.5537.0003
Farm. Resp.: Dr. Ricardo Luiz Gonçalves Medina – CRF-SP nº 74.264
Fabricado por:
Intas Pharmaceuticals Ltd.
Plot no. 457, 458 - Matoda 382 210, Dist. Ahmedabad – Índia
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