Preço de Fauldvincri em Cambridge/SP: R$ 0,00

Bula do paciente Bula do profissional

Fauldvincri
(Bula do profissional de saúde)

LIBBS FARMACÊUTICA LTDA

Atualizado em 14/07/2022

IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

Fauldvincri®
sulfato de vincristina
Injetável 1 mg/mL

Medicamento similar equivalente ao medicamento de referência.

FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:

Solução injetável
Embalagem contendo 5 frascos-ampola com 1 mL cada

USO INTRAVENOSO
USO ADULTO E PEDIÁTRICO

COMPOSIÇÃO:

Cada mL de Fauldvincri® contém:

sulfato de vincristina (equivalente a aproximadamente 0,894 mg de vincristina base) 1 mg
veículo q.s.p. 1 mL

Veículos: manitol, ácido sulfúrico, hidróxido de sódio e água para injetáveis.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE1

INDICAÇÕES

Fauldvincri® pode ser utilizado como quimioterapia2 combinada na leucemia3 linfoide4 aguda, Doença de Hodgkin5, linfomas malignos não Hodgkin (tipos linfocíticos, de células6 mistas, histiocíticos, não diferenciados, nodulares e difusos), rabdomiossarcoma7, neuroblastoma, tumor8 de Wilms, sarcoma9 osteogênico, micose10 fungoide, sarcoma9 de Ewing, carcinoma11 de cervix uterino, câncer12 de mama13, melanoma14 maligno, carcinoma11 “oat cell” de pulmão15 e tumores ginecológicos de infância.

Pacientes com púrpura16 trombocitopênica idiopática17 verdadeira, resistentes ao tratamento convencional, podem ser beneficiados com o uso desse medicamento.

Fauldvincri®, também poderá ser utilizado em conjunto com outros medicamentos para o tratamento de algumas neoplasias18 pediátricas, tais como: neuroblastoma, sarcoma9 osteogênico, sarcoma9 de Ewing, rabdomiossarcoma7, tumor8 de Wilms, doença de Hodgkin5, linfoma19 não Hodgkin, carcinoma11 embrionário de ovário20 e rabdomiossarcoma7 de útero21.

RESULTADOS DE EFICÁCIA

Em estudo clínico publicado no JCO, a combinação de vincristina com prednisona foi superior à utilização isolada de melfalano, em termos de sobrevida22, no tratamento do mieloma23 múltiplo inicial.

A utilização de protocolos contendo carboplatina e vincristina é eficaz no tratamento de glioma de baixo grau progressivo recém-diagnosticado em crianças.

Carcinoma11 de Cervix Uterino

Um estudo clínico realizado em 295 pacientes com carcinoma11 uterino de células6 escamosas estágio IIB evidenciou alta taxa de sobrevida22 nos pacientes que receberam quimioterapia2 neoadjuvante (vincristina, bleomicina e cisplatina) seguida de cirurgia pós-radiação (65%) quando comparada a cirurgia e radiação (41%; p<0,001), radioterapia24 isoladamente (48%; p<0,005) ou quimioterapia2 neoadjuvante e radiação (54%). Os resultados foram obtidos após uma média das avaliações de seguimento durante 84 meses após o tratamento. Pacientes tratados com quimioterapia2 receberam três cursos rápidos da seguinte terapia VBP: vincristina (1 mg/m2) no dia 1, bleomicina (25 mg/m2) nos dias 1 a 3, e cisplatina (50 mg/m2) no dia 1. Esta terapia foi repetida com intervalos de 10 dias. Nos pacientes que participaram dos dois grupos cirúrgicos houve aumento da sobrevida22, associado com o pré-tratamento do tumor8 com volume menor que 5 centímetros. Apenas graus 1 e 2 de toxicidade25 (escala de toxicidade25 de Miller – Miller toxicity scale) foram verificados nos dois grupos que receberam quimioterapia2. A quimioterapia2 neoadjuvante em conjunto com cirurgia e radiação fornecem uma alternativa de tratamento para a radioterapia24 convencional, com um aumento da sobrevida22 global1.

Linfoma19 não-Hodgkin

Uma análise post-hoc retrospectiva de um estudo clínico randomizado26 com 459 pacientes com linfoma19 não-Hodgkin evidenciou uma maior taxa de sobrevida22 com o tratamento PACEBOM (prednisolona, doxorubicina, ciclofosfamida, etoposida, bleomicina, vincristina, metotrexato) sobre o tratamento CHOP (ciclofosfamida, doxorubicina, vincristina, prednisolona) para pacientes27 com a doença em estágio IV e para pacientes27 com menos de 50 anos de idade. As taxas de completa remissão (64% versus 57%), a sobrevida22 global de 8 anos (51% versus 41%) e a sobrevida22 com causa específica (59% versus 49%) foram estatisticamente equivalentes nos grupos PACEBOM e CHOP, respectivamente. Entre os pacientes abaixo de 50 anos de idade, a taxa de sobrevida22 causa-específica e a sobrevida22 global de 8 anos foram de 78% e 55% para os pacientes que receberam PACEBOM e CHOP, respectivamente (p=0,0036). Os números correspondentes para a doença em estágio IV foram 51% e 30%, respectivamente (p=0,02)2.

Carcinoma11 de pequenas células6 de pulmão15

Dois regimes de tratamento apresentaram resultados comparáveis em pacientes com extenso câncer12 de pulmão15 de pequenas células6: tratamento PE (cisplatina e etoposida) e CAV (ciclofosfamida, doxorrubicina e vincristina). Além disso, a alternância de tratamento com estes dois regimes não forneceu vantagens terapêuticas sobre o uso de cada um dos regimes isoladamente. Estas conclusões foram baseadas em um estudo randomizado28 envolvendo 437 pacientes sem tratamento anterior à quimioterapia2. A taxa de resposta total para PE, CAV e CAV/EP foi de, respectivamente, 61%, 51% e 59% e a taxa de resposta completa foi de 10%, 7% e 7%, respectivamente. A sobrevida22 média foi de 8,6; 8,3 e 8,1 meses, respectivamente3.

CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Fauldvincri® é um agente quimioterápico útil para o tratamento de neoplasias18 e pertence à classe dos produtos naturais, pois é um alcaloide29 obtido de uma planta florescente comum, a pervinca (Vinca rósea Líné). Conhecida originalmente como leucocristina, tem sido designada também como LCR e VCR. A relativa baixa toxicidade25 da vincristina para as células6 normais de medula óssea30 torna-a um fármaco31 extraordinário dentre os fármacos antineoplásicos, sendo frequentemente utilizada em associação quimioterápica com outros agentes mielossupressores.

Farmacodinâmica

Os alcaloides da vinca são substâncias que atuam especificamente sobre o ciclo celular, bloqueando a mitose com interrupção da metáfase. Esta ação biológica da vincristina pode ser explicada por sua habilidade em unir-se especificamente com a tubulina, que é um componente chave dos microtúbulos celulares que dão origem ao esqueleto32 celular. A união da vincristina com os túbulos é complexa e diferentes sítios moleculares estão envolvidos. O fato mais evidente é que a inibição da formação completa de tubulina acarreta uma dissolução dos microtúbulos, uma inibição da formação do fuso mitótico e interrupção da mitose na metáfase.

Além desta ação chave sobre a formação do fuso mitótico, há evidências de que a vincristina também tenha outras ações como: aumento da síntese do AMP cíclico, em ratos; modificação no transporte de cálcio calmodulina-dependente; redução da incorporação da uridina para a síntese do RNA transportador; bloqueio na incorporação de fosfolipídeos. Entretanto, ainda não existem relações muito claras entre estas ações e a sua aplicação na prática clínica.

Somente a inibição da formação da tubulina está relacionada com a atividade citotóxica da vincristina e é possível que certas atividades sobre o SNC33 ou transmissão neuromuscular, que envolvam a formação de microtúbulos, possam também ser afetadas por este derivado alcaloide29 da vinca. Apesar da similaridade estrutural entre os derivados da vinca, não se observou uma resistência cruzada entre eles.

Recentemente, entretanto, a atenção tem sido voltada para o fenômeno pleiotrópico da resistência aos fármacos, na qual as células6 tumorais apresentam resistências cruzadas com uma ampla gama de fármacos não similares. Assim, células6 de tumores animais e humanos que apresentam uma resistência cruzada aos alcaloides da vinca, às epipodofilotoxinas, às antraciclinas, dactinomicina e com a colchicina têm sido identificadas. Alterações cromossômicas que consistem em amplificação do gene têm sido observadas. Existem, todavia, relatórios de que bloqueadores dos canais de cálcio, como o verapamil, podem reverter a resistência para a vincristina e doxorrubicina.

A quimioterapia2 do câncer12 envolve o uso simultâneo de diversos fármacos. Já que estes fármacos possuem toxicidade25 e mecanismo de ação característicos, a associação deve ser feita de maneira que o aumento do efeito terapêutico ocorra sem adição de toxicidade25. Raramente encontram-se resultados igualmente satisfatórios no tratamento com apenas um medicamento. Assim, Fauldvincri® é escolhido frequentemente como parte de uma poliquimioterapia, pela ausência de supressão significante de medula óssea30 (em doses recomendadas) e pela sua toxicidade25 clínica característica.

Farmacocinética

Não há ainda dados conclusivos sobre a absorção oral da vincristina. Nas doses clínicas usuais, a concentração plasmática é de 0,4 M.

Após a administração intravenosa em animais, as concentrações tissulares são muito maiores do que as concentrações séricas. O fármaco31 é excretado principalmente pelo fígado34 e através da bile35. No rato, após a administração intraperitoneal da vincristina, observou-se um pico de concentração sérica após 3 horas de administração, com uma meia-vida plasmática de 15 a 75 minutos.

Após administração intravenosa em humanos, a curva de concentração plasmática é compatível com o modelo tricompartimental, apresentando meias-vidas inicial, intermediária e final de 5 minutos, 2 horas e 18 minutos e 85 horas, respectivamente.

Após 15 a 30 minutos da administração intravenosa, mais de 90% do fármaco31 já se encontra nos tecidos, onde permanece localizado, mas não irreversivelmente ligado. A vincristina liga-se às proteínas36 plasmáticas (75%) e concentra-se extensivamente nas plaquetas37 e, em menor quantidade, nos leucócitos38 e eritrócitos39. Seu volume de distribuição é alto e variável, cerca de 56 a 1165 L/m2 (media de 325 L/m2)4. A vincristina apresenta baixa penetração no fluido cérebro40-espinhal5. É extensamente biotransformada pelo fígado345,6 pelas isoenzimas hepáticas41 da família citocromo P450, na subfamília CYP 3A5.

Como ficou demonstrado em animais, o fígado34 é o maior órgão biotransformador (67%), cerca de 80% da dose administrada é eliminada nas fezes e o restante (10–20%) na urina42. A depuração corporal total da vincristina é de cerca de 34 a 830 mL/min/m2 (média de 357 mL/min/m2)4.

CONTRAINDICAÇÕES

Fauldvincri® é contraindicado em pacientes hipersensíveis a algum componente da fórmula e em pacientes que apresentam a forma desmielinizante43 da Síndrome44 de Charcot-Marie Tooth.

Não há contraindicação relativa a faixas etárias.

Categoria de risco na gravidez45: D – Há evidências de risco em fetos humanos. Só usar se o benefício justificar o risco potencial. Em situação de risco de vida ou em caso de doenças graves para as quais não se possa utilizar drogas mais seguras, ou se estas drogas não forem eficazes.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez45.

ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Fauldvincri® deve ser administrado exclusivamente por via intravenosa, não devendo ser administrado por via intramuscular, subcutânea46 ou intratecal. A administração intratecal de Fauldvincri® é fatal.

Fauldvincri® deve ser administrado por profissional experiente e é extremamente importante que a agulha ou catéter estejam corretamente inseridos na veia antes que qualquer quantidade de Fauldvincri® seja administrada.

No caso de administração intratecal acidental de Fauldvincri®, deve-se fazer intervenção neurocirúrgica imediata para prevenir paralisia47 ascendente que leve à morte. Em pequeno número de pacientes, a paralisia47 com risco de morte subsequente foi evitada, mas resultaram em sequelas48 neurológicas devastadoras, com recuperação limitada posteriormente. Em adultos, a paralisia47 progressiva foi estabilizada pelo seguinte tratamento, iniciado imediatamente após a injeção49 intratecal:

  • Remoção da quantidade máxima possível do líquido cefalorraquidiano50, retirado com segurança através da punção lombar.
  • Inserção de um catéter epidural51 no espaço subaracnoide, via espaço intervertebral acima da punção lombar e irrigação do líquido cefalorraquidiano50 com lactato52 de Ringer.
  • Assim que possível, infundir 25 mL de plasma fresco congelado53 a cada litro de solução de lactato52 de Ringer.
  • Inserção de um dreno intraventricular ou catéter por neurocirurgião e continuação da irrigação do líquido cefalorraquidiano50 com fluído removido da punção lombar, conectado a um sistema fechado de drenagem54. A solução de lactato52 de Ringer deve ser administrada através de infusão contínua a 150 mL/hora quando o plasma fresco congelado53 for adicionado.
  • A taxa de infusão deve ser ajustada para manter o nível de proteína no líquido cafalorraquidiano em 150 mg/dL55. Pode-se também utilizar as seguintes medidas, mas não são essenciais:
    • 10 mg de ácido glutâmico, via intravenosa, por 24 horas, seguidos por 500 mg três vezes ao dia, via oral, por um mês.
    • ácido folínico administrado por via intravenosa em forma de bolus56 de 25 mg a cada 6 horas por uma semana.
    • piridoxina (vitamina57 B12) tem sido utilizada na dose de 50 mg a cada 8 horas, por infusão intravenosa por 30 minutos. Essas ações na redução da neurotoxicidade ainda não são claras.

Como Fauldvincri® parece não atravessar a barreira hematoencefálica em concentrações adequadas, aconselha-se a utilização de medicamentos mais específicos no caso de leucemia3 do Sistema Nervoso Central58.

Em pacientes com distúrbios neurológicos concomitantes: deve-se dar atenção especial à posologia, objetivando minimizar possíveis reações adversas; o mesmo se aplica quando da utilização concomitante de medicamentos potencialmente neurotóxicos.

É necessário ajuste de dose em pacientes com insuficiência hepática59 e icterícia60 ou recebendo radiações no fígado34.

Em caso de contato acidental dos olhos61 com Fauldvincri®, pode ocorrer irritação grave e ulceração62 de córnea63, recomendando se, portanto, que o olho64 atingido seja lavado imediatamente e vigorosamente com água.

Testes laboratoriais: A toxicidade25 clínica é dose-dependente e manifesta-se através da neurotoxicidade. A evolução clínica (histórico, exame físico) é necessária para detectar a necessidade de alterações na dosagem. Após a administração de Fauldvincri® alguns pacientes podem apresentar queda na contagem de leucócitos38 ou plaquetas37, particularmente quando a terapia anterior ou a própria doença reduzirem a função da medula óssea30. Logo, um hemograma completo deve ser realizado antes da administração de cada dose. Também pode ocorrer elevação aguda do ácido úrico durante a indução de remissão na leucemia3 aguda, assim, tais níveis devem ser determinados frequentemente durante as primeiras três ou quatro semanas de tratamento, ou medidas apropriadas para prevenir a nefropatia65 úrica devem ser realizadas.

Deve-se ter cautela com pacientes que apresentem doença neuromuscular e disfunção pulmonar pré-existente7.

Deve-se monitorar a Transaminase Glutâmico Oxalacética (TGO), transaminase glutâmica pirúvica (TGP), bilirrubina66 e desidrogenase láctica67 (LDH) séricas para evitar hepatotoxicidade687.

Gravidez45 e Lactação69

Categoria de risco na gravidez45: D

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez45.

Fauldvincri® pode causar dano fetal quando administrado em pacientes grávidas. Após administração de vincristina, 23 a 85% dos fetos de camundongos e hamsters foram reabsorvidos, sendo produzida malformação70 fetal em todos os sobreviventes. Foram administradas a cinco macacas, dose única de vincristina entre os dias 27 e 34 de gravidez45. Três dos fetos foram normais e a termo e dois fetos viáveis e a termo apresentaram malformação70 evidente. Em diversas espécies animais, o Fauldvincri® pode induzir efeitos teratogênicos71, bem como embrioletalidade com doses não tóxicas ao animal grávido. Não há estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas. Se este medicamento for usado durante a gravidez45, ou se a paciente engravidar enquanto estiver recebendo o medicamento, ela deverá ser alertada do risco potencial ao feto72. Mulheres com capacidade reprodutiva devem ser aconselhadas a evitar a gravidez45.

Não há estudo que comprove que o Fauldvincri® seja excretado pelo leite, porém, pelo seu potencial em causar reações adversas graves em lactentes73, deve-se decidir entre descontinuar a amamentação74 ou o tratamento, levando-se em consideração a importância do tratamento para a mãe.

Populações especiais

Uso em idosos: O médico deve avaliar a necessidade do tratamento em idosos visto que esses pacientes são mais suscetíveis às reações adversas.

Carcinogênese, mutagênese e danos à fertilidade: Tem sido demonstrado que a vincristina é carcinogênico em animais e pode estar associada a um maior risco de desenvolvimento de carcinomas secundários em seres humanos. Tanto in vitro como in vivo, os testes de laboratório não demonstraram efeitos conclusivos quanto a sua mutagenicidade. Em pacientes submetidos à terapia antineoplásica, especialmente com medicamentos alquilantes, pode ocorrer uma supressão gonadal, levando a azoospermia75 ou amenorreia76, geralmente relacionadas com a dose e a duração da terapia, podendo ser irreversíveis em alguns casos. Devido ao fato deste efeito geralmente vir associado à utilização combinada de vários medicamentos antineoplásicos, torna-se muito difícil à valorização dos efeitos de cada fármaco31 individualmente. A recuperação ocorreu muitos meses após o término da quimioterapia2 em alguns pacientes, mas não na sua totalidade. Quando o mesmo tratamento é administrado em pacientes pré-púberes, a possibilidade de ocorrer azoospermia75 e amenorreia76 permanentes é remota.

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Deve-se ter cautela com pacientes que estejam utilizando medicamentos que inibam o metabolismo77 de isoenzimas hepáticas41 do citocromo P450, subfamília CYP3A, ou em pacientes com disfunção hepática78.

A administração concomitante de Fauldvincri® e itraconazol causou início prematuro e/ou aumento da gravidade dos efeitos adversos neuromusculares. Foi reportado o aumento da toxicidade25 em crianças que receberam itraconazol, juntamente com nifedipino ou não, durante tratamento envolvendo vincristina. O itraconazol parece potencializar a toxicidade25 de vincristina através da inibição das isoenzimas da família citocromo P450 através da redução da depuração da vincristina9,10,11,12 ou através da inibição da bomba de efluxo da glicoproteína P10,11, aumentando a concentração intracelular de vincristina. O nifedipino também diminui a depuração da vincristina por mecanismos semelhantes e pode, teoricamente, potencializar a toxicidade259,11,12.

O uso concomitante de Fauldvincri® com fenitoína pode causar redução dos níveis sanguíneos do anticonvulsionante e consequente aumento da convulsão79 e o ajuste de dose pode ser necessário baseado na monitoração do nível sanguíneo. A contribuição do Fauldvincri® para essa interação com fenitoína não é certa. Em estudo farmacocinético foi verificado que a depuração sistêmica de vincristina foi 63% maior quando utilizada concomitantemente com fenitoína ou carbamazepina (dois indutores da isoenzima CYP3A4). A significância clínica deste fato é desconhecida13.

O uso associado de mitomicina C com os alcaloides da vinca pode desencadear reações como broncoespasmo80 e dispneia81 aguda, que pode ocorrer dentro de minutos ou várias horas após a administração de Fauldvincri®. Pode ocorrer dispneia81 progressiva que necessite de terapia crônica e, neste caso, Fauldvincri® não deve ser readministrado.

Fauldvincri® pode interagir com os seguintes medicamentos:

  • Alopurinol, colchicina, probenecida e sulfimpirazona: Provoca um aumento da concentração sérica de ácido úrico. Torna-se necessário, portanto, um ajuste da dose dessas substâncias para se evitar uma possível nefropatia65.
  • Asparaginase: Pode acarretar neurotoxicidade. Aconselha-se que, quando da necessidade de associação com Fauldvincri®, a asparginase seja administrada após o Fauldvincri®.
  • Bleomicina: O uso de Fauldvincri® associado com a bleomicina facilita a ação da bleomicina, pois interrompe o ciclo celular na fase de mitose.
  • Medicamentos que produzem discrasia sanguínea, depressores da medula óssea30 e radioterapia24: O uso simultâneo com o Fauldvincri® pode potencializar a ação depressora sobre a medula óssea30.
  • Doxorrubicina: O uso com Fauldvincri® e prednisona acarreta maior depressão medular, não sendo aconselhável esta combinação.
  • Medicamentos neurotóxicos e irradiação da medula82: Pode levar a uma neurotoxicidade auditiva.
  • Isoniazida: Ocorrência de neurotoxicidade grave em uso concomitante com vincristina14.
  • Digoxina: Em uso concomitante os efeitos da digoxina podem ser diminuídos15.
  • Varfarina: Como é um anticoagulante83, aumenta os riscos de sangramento16,17,18,19,20,21,22.
  • Vacinas com vírus84 vivos: Como os mecanismos de defesa estão diminuídos, o uso simultâneo de vacinas com vírus84 vivos pode acarretar uma replicação desses vírus84, aumentar os eventos adversos da vacina85 e/ou diminuir a resposta humoral86 do paciente à vacina85. A imunização87 de pacientes em tratamento com Fauldvincri® só deverá ser realizada com a autorização do médico quimioterapeuta responsável e após uma avaliação do quadro hematológico do paciente.

O intervalo de tempo entre a interrupção dos medicamentos que produzem imunossupressão88 e a recuperação da capacidade de resposta à vacina85 depende do medicamento utilizado, de sua intensidade e da enfermidade subjacente, entre outros fatores e estima-se em aproximadamente três meses a 1 ano. Os pacientes com leucemia3 em fase de remissão não devem receber vacinas com vírus84 vivos até pelo menos três meses após a última quimioterapia2. Além disso, a imunização87 com vacinas orais de poliovírus devem ser adiadas naquelas pessoas em contato direto com o paciente, especialmente os membros da família.

Adjuvantes intravenosos incompatíveis:

  • Furosemida: Uso de furosemida 5 mg/0,5 mL com vincristina 0,5 mg/0,5 mL causa formação imediata de precipitado na adição direta em seringa8923.
  • Idarrubicina: Uso de idarrubicina 1 mg/mL em cloreto de sódio a 0,9% com vincristina 1 mg/mL não causa diluição. Imediatamente ocorre ligeira mudança na coloração, a qual persiste segundo avaliação por 24 horas em temperatura de 25°C em luz fluorescente24.

CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Cuidados de conservação

Fauldvincri® deve ser conservado sob refrigeração (2–8°C), protegido da luz.

O medicamento não contém qualquer agente conservante, por isso, para evitar a possibilidade de contaminação microbiana, deve-se iniciar a administração da infusão logo após a sua preparação. Todos os resíduos devem ser descartados.

Este medicamento possui prazo de validade de 24 meses a partir da sua data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas e organolépticas do produto

A solução injetável de Fauldvincri® apresenta-se como solução límpida, incolor a levemente amarelada, isenta de partículas visíveis.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.

POSOLOGIA E MODO DE USAR

Fauldvincri® deve ser aplicado exclusivamente por via intravenosa em intervalos semanais. A utilização da administração por via intratecal é fatal.

Fauldvincri® pode ser diluído em água destilada ou soro90 fisiológico91 em concentrações de 0,01 a 1 mg/mL. Fauldvincri® não deve ser misturado no mesmo recipiente com qualquer outra medicação antes ou durante sua aplicação. Não utilizar soluções que alterem o pH (3,5 a 5,5) para mais ou para menos.

A aplicação de Fauldvincri® deve ser realizada apenas por profissionais experientes no uso de medicamentos citostáticos92. Deve-se ter extrema cautela no cálculo93 e administração da dose de Fauldvincri®, pois a superdose geralmente acarreta reações adversas muito graves e até fatais. O cálculo93 da dose é feito de acordo com a doença e a necessidade de medicamentos associados. A neurotoxicidade parece estar relacionada com a dose.

É extremamente importante certificar-se de que a agulha ou catéter estejam corretamente inseridos na veia antes que qualquer quantidade de Fauldvincri® seja administrada. Caso ocorra extravasamento, pode ocorrer irritação considerável e a administração deve ser descontinuada imediatamente e qualquer porção restante da dose deve ser aplicada em outra veia. A injeção49 local de hialuronidase e a aplicação de calor local moderado na área do extravasamento ajudam a dispersar o medicamento, minimizando o desconforto e a possibilidade de celulite94.

A infusão venosa deve ser evitada sempre que possível. O Fauldvincri® deve ser administrado através de venólise ou cateter intacto tomando-se cuidado para que não haja furos ou vazamentos durante a administração. Não deve ser utilizado em pacientes que estejam recebendo radioterapia24 que inclui o fígado34.

A administração de Fauldvincri® deve ser finalizada dentro de aproximadamente 1 minuto. As práticas usuais de quimioterapia2 antineoplásica envolvem o uso simultâneo de vários medicamentos. Portanto, para obter-se o efeito terapêutico desejado sem aumentar os efeitos tóxicos, deve-se selecionar fármacos com diferentes mecanismos de ação e diferentes graus de toxicidade25 clínica.

POSOLOGIA

As doses usuais de Fauldvincri® são:

Adultos: Dose de 0,4 a 1,4 mg/m2/semana ou 0,01 a 0,03 mg por kg de peso como dose única a cada 7 dias. Para adultos com bilirrubina66 acima de 3 mg/mL as doses devem ser reduzidas em 50%. A dose máxima por dia de aplicação não deve exceder 2 mg.

Crianças: Dose de 1,5 a 2 mg/m2/semana. Para crianças com 10 kg ou menos a dose é de 0,05 mg/kg/semana. Para crianças com bilirrubina66 acima de 3 mg/mL as doses devem ser reduzidas em 50%.

Pacientes com insuficiência hepática59: A dose inicial deve ser de 0,05 a 1 mg/m2. As doses seguintes serão ajustadas de acordo com a tolerância do paciente.

Pacientes idosos são mais propensos aos efeitos neurotóxicos.

Quando associada à L-asparginase, a dose de Fauldvincri® deverá ser administrada entre 12 e 24 horas antes da enzima95, com o objetivo de evitar-se uma diminuição da excreção hepática78 da vincristina, com consequente aumento de sua toxicidade25.

Recomendações de práticas seguras e adequadas para perfuração do frasco-ampola:

  • Inserir a agulha de injeção49 de, no máximo, 1,20×40 mm de calibre;
  • Apoiar o frasco-ampola firmemente na posição vertical;
  • Perfurar a tampa de borracha de Fauldvincri® dentro do círculo central demarcado, inserindo assepticamente a agulha a 45º com bisel voltado para cima e, ao longo da perfuração, posicioná-la a 90º (figura abaixo);
  • Evitar que as novas perfurações sejam no mesmo local;
  • É recomendado não perfurar mais de 3 vezes a área demarcada (círculo central);

A cada 3 perfurações com uma mesma agulha, substituí-la por uma nova. Veja abaixo o procedimento:

O profissional da saúde1 deverá inspecionar cuidadosamente, antes de sua utilização, se a solução no interior do frasco-ampola está fluida, livre de fragmentos96 ou de alguma substância que possa comprometer a eficácia e a segurança do medicamento. Não é recomendado a utilização do produto ao verificar qualquer alteração que possa prejudicar a saúde1 do paciente.

REAÇÕES ADVERSAS

Antes da utilização de Fauldvincri®, pacientes e familiares devem ser alertados quanto à possibilidade de ocorrência de eventos adversos pelo uso do próprio medicamento e suas associações. Essas reações geralmente são reversíveis e dose-dependentes.

O evento adverso mais frequente é a alopecia97 e os mais desagradáveis são os distúrbios neuromusculares.

Quando são utilizadas doses únicas semanais, as reações adversas tipo leucopenia98, dor neurítica, obstipação99 e dificuldade para caminhar são geralmente de curta duração (duram menos do que sete dias). Quando a dose é reduzida, estas reações diminuem de intensidade ou desaparecem. Elas parecem aumentar quando todo o medicamento é administrado em doses fracionadas. Outras reações como perda de cabelo100, parestesia101, descoordenação motora, diminuição das sensações, diminuição dos reflexos tendinosos profundos e cansaço muscular podem persistir durante todo o período de tratamento. A disfunção generalizada sensorial e motora pode agravar-se progressivamente com a continuação do tratamento. Na maioria dos casos, as reações adversas desaparecem por volta da sexta semana após a suspensão do tratamento; porém em alguns pacientes, as dificuldades neuromusculares podem persistir por períodos mais prolongados. O cabelo100 pode voltar a crescer durante a terapia de manutenção.

Neurológicas: A neurotoxicidade é o efeito mais comum dose-limitante. Frequentemente há uma sequência no desenvolvimento das reações adversas neuromusculares. Inicialmente são observados apenas diminuição sensorial e parestesia101. Continuando-se o tratamento, pode aparecer dor neurítica e posteriormente motora. Não foi desenvolvido ainda algum medicamento que possa reverter às manifestações neuromusculares que acompanham a terapia com sulfato de vincristina. Perda de reflexos tendinosos profundos, queda do pé, ataxia102 e paralisia47 foram relatadas com a continuação do tratamento. Manifestações no nervo craniano, incluindo paralisia47 isolada e/ou paralisia47 dos músculos103 controlados pelos nervos cranianos motores podem ocorrer na ausência de insuficiência104 motora; os músculos103 extra-oculares e laríngeos são os mais comumente envolvidos. Há relatos de paralisia47 das cordas vocais105 (paralisia47 do nervo laríngeo) após tratamento com vincristina em crianças25,26,27. Toxicidade25 ocular, com diplopia106 e outros sintomas107 causados pela paralisia47 dos nervos cranianos também foram reportados em outros estudos28. Ptose108 e complicações da musculatura ocular também foram relatadas, com 1 caso de cegueira noturna29. Dor maxilar, na faringe109, nas glândulas parótidas110, nos ossos, nas costas111, nos membros inferiores e superiores e mialgias112 foram relatadas, podendo ser graves as dores dessas áreas. Foram relatadas convulsões, frequentemente com hipertensão113, em poucos pacientes que estejam recebendo sulfato de vincristina. Em crianças foram observadas convulsões, seguidas de coma114. Foram relatadas também cegueira cortical transitória e atrofia115 óptica com cegueira. Há relatos de perda auditiva em idosos30,31.

Hipersensibilidade: Casos raros de reações tipo alérgicas, como anafilaxia116, erupção117 e edema118 foram relacionadas a pacientes que receberam vincristina como parte da poliquimioterapia.

Gastrointestinais: Pode ocorrer obstipação99, cólicas119 abdominais, perda de peso, náuseas120, vômitos121, ulcerações122 orais, diarreia123, íleo paralítico124, necrose125 e/ou perfuração intestinal e anorexia126. A obstipação99 pode ocasionar bloqueio do colo ascendente127 e, no exame físico o reto128 pode encontrar-se vazio. A dor abdominal ou cólica, na presença de um reto128 vazio, pode confundir o médico. Uma simples radiografia do abdômen é útil para demonstrar essa condição. Todos os casos responderam ao tratamento com laxativos129 e enemas130. Recomenda-se um regime profilático rotineiro contra a constipação131 para todos os pacientes recebendo sulfato de vincristina. Pode ocorrer íleo paralítico124, mimetizando o “abdômen cirúrgico”, particularmente em crianças pequenas. Este quadro recupera-se com a interrupção temporária do medicamento e com tratamento sintomático132. Também há relatos da ocorrência de pancreatite133 aguda em uso concomitante da vincristina com ciclofosfamida, doxorrubicina e prednisona32.

Renais: Foram relatadas poliúria134, disúria135 e retenção urinária136 devido à atonia da bexiga137. Outros medicamentos conhecidos por causarem retenção urinária136 (particularmente em idosos) devem, se possível, ser temporariamente suspensas durante os primeiros dias após a administração de sulfato de vincristina.

Hepáticas41: O aparecimento de doença venoclusiva do fígado34 e hepatotoxicidade68 foram associados com o uso de vincristina7. Segundo estudo clínico com 821 pacientes, a incidência138 do aparecimento da hepatotoxicidade68 é de 1,2%33.

Hematológicas: O sulfato de vincristina parece não exercer qualquer efeito constante ou significativo sobre as plaquetas37 ou hemácias139. A depressão grave da medula óssea30 não é geralmente o maior fator dose-limitante. Contudo, foram relatadas anemia140, leucopenia98 e trombocitopenia141. A trombocitopenia141, se presente quando a terapia com sulfato de vincristina é iniciada, pode melhorar efetivamente antes do aparecimento da remissão da medula82.

Leucemia3: Foi realizado um estudo clínico pelo Grupo de Pediatria Oncológica (Pediatric Oncology Group) com 198 crianças menores de 3 anos de idade que apresentavam tumores cerebrais malignos e foram tratados com quimioterapia2 pós-operativa a longo prazo. Neste estudo observou-se a incidência138 de leucemia3 secundária (todas fatais) de 1,5%. Após a administração de ciclos de ciclofosfamida juntamente com vincristina, alternando com cisplatina e etoposídeo, durante um período de 2 anos, o primeiro diagnóstico142 em três crianças com idade inferior a 2 anos revelou o surgimento da síndrome44 mielodisplásica em 2 destes pacientes (com supressão do cromossomo143 7) e leucemia3 mieloide em 1 paciente. O período de latência144 entre o início da quimioterapia2 e a malignidade secundária variou de 2,8 a 7,7 anos. A dose de cisplatina foi de 4 mg/kg uma vez a cada 3 meses para uma dose cumulativa de aproximadamente 600 mg/m2, 36.

Cardiovasculares: Hipertensão113 e hipotensão145 foram relatadas. Quimioterapia2 que inclui o sulfato de vincristina quando administrada a pacientes previamente tratados com radioterapia24 do mediastino146 foi associada a doenças coronárias e infarto do miocárdio147. A causalidade não foi estabelecida. Em estudo clínico foi verificado o aparecimento de angina148 pectoris, provavelmente causada por vasoconstrição149 coronária34.

Endócrinas: Ocorrências raras de uma síndrome44 atribuída à secreção inadequada de hormônio150 antidiurético foi observado em pacientes tratados com sulfato de vincristina. Essa síndrome44 é caracterizada por uma alta excreção de sódio na urina42, na presença de hiponatremia151, e na ausência de: doença renal152 ou adrenal, hipotensão145, desidratação153, azotemia e edema118 clínico. Com a restrição hídrica, ocorre melhora na hiponatremia151 e na perda renal152 de sódio.

Pele154: Alopecia97 e erupções.

Respiratórias: Alcaloides da vinca estão associados com a síndrome44 do desconforto respiratório (falta de ar e broncoespasmo80). Ocasionalmente este efeito tóxico respiratório pode ser fatal7.

Sistema reprodutor masculino: A vincristina foi independentemente correlacionada com azoospermia75 em 51% de 55 pacientes adultos que sobreviveram de câncer12 na infância, que foram tratados com radioterapia24, cirurgia e medicamentos citotóxicos155. Seis dos sete pacientes que foram submetidos a irradiação testicular também receberam vincristina ou ciclofosfamida (ou ambos) e todos apresentaram azoospermia75. O paciente remanescente recebeu apenas a radiação e não apresentou a azoospermia75. Em análise multivariada, a dose de vincristina (mg/m2) foi determinada para apresentar uma relação inversa com a contagem de espermatozoides156 (p=0,002) e parece estar relacionada com a azoospermia75 5 vezes mais do que outros medicamentos (p=0,02)35.

Outras: Febre157 e dor de cabeça158.

Em casos de eventos adversos, notifique pelo Sistema VigiMed, disponível no Portal da Anvisa.

SUPERDOSE

A superdose de Fauldvincri® pode acarretar uma exacerbação, às vezes fatal, das reações mencionadas anteriormente, uma vez que estas reações tóxicas são dose-relacionadas. Os sintomas107 relacionados ao sistema nervoso central58 incluem delírio159 progressivo a inconsciência160, convulsões e morte. Dentro de 24 horas da superdose pode ocorrer náusea161, vômito162 e febre157. Outros efeitos incluem supressão grave da medula óssea30, hiponatremia151, hipocalemia163 e síndrome44 de secreção inadequada de hormônio150 antidiurético.

Neuropatias, perda profunda dos reflexos dos tendões164, delírios, alucinações165, coma114, convulsões e morte podem ocorrer durante a primeira semana posterior à intoxicação37.

Houve morte em crianças menores de 13 anos após receberem 10 vezes a dose recomendada de vincristina. Podem ocorrer sintomas107 graves nesse grupo de pacientes após doses de 3 a 4 mg/m2. Podem ocorrer sintomas107 graves em adultos após doses únicas de 3 mg/m2 ou mais.

Em caso de superdose, as seguintes medidas devem ser tomadas:

  • Prevenir a síndrome44 da secreção inapropriada do hormônio150 antidiurético, diminuindo a oferta de líquidos e, nos casos indicados, utilizar diuréticos166 que atuem sobre o túbulo distal167 ou alça de Henle168;
  • Prevenção da convulsão79 pela administração de fenobarbital em doses anticonvulsivantes;
  • Prevenção do íleo paralítico124 através de enemas130. Em alguns casos torna-se necessária a descompressão169 do trato gastrointestinal;
  • Controle cuidadoso do sistema cardiovascular170;
  • Realização de hemograma diário para controle e verificação da necessidade de transfusões;
  • Administração de ácido folínico de 50 a 100 mg por via endovenosa a cada 3 horas por um período de 48 horas, a seguir a cada 6 horas por mais um período mínimo de 48 horas. O uso do ácido folínico não dispensa as medidas de apoio mencionadas acima.

É previsto que os níveis teciduais teóricos de sulfato de vincristina permaneçam significativamente elevados por, no mínimo, 72 horas.

A maior parte de uma dose intravenosa de Fauldvincri® é excretada na bile35 após uma rápida ligação com os tecidos. A hemodiálise171 parece não auxiliar no tratamento da superdose já que uma quantidade muito pequena do fármaco31 aparece no líquido de diálise172. Pacientes com doença hepática78, que diminui a excreção biliar do medicamento, podem apresentar um aumento na gravidade das reações adversas. O aumento da excreção fecal de vincristina, administrada parenteralmente, foi demonstrado em cães pré-tratados com colestiramina. Não há dados clínicos publicados sobre o uso da colestiramina como um antídoto173 em humanos. Não há dados clínicos publicados sobre as consequências de ingestão oral de vincristina. Se ocorrer ingestão oral, o estômago174 deve ser esvaziado, seguido de administração oral de carvão ativado e catártico.

A administração intratecal causa paralisia47 ascendente, neurotoxicidade grave, coma114 e geralmente é fatal37.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

  1. Sardi JE, Giaroli A, Sananes C, et al: Long-term follow-up of the first randomized trial using neoadjuvant chemotherapy in stage Ib squamous carcinoma11 of the cervix: the final results. Gynecol Oncol. 1997 Oct;67(1):61–9.
  2. Linch DC, Smith P, Hancock BW, et al: A randomised british national lymphoma investigation trial of CHOP vs. a weekly multi-agent regimen (PACEBOM) in patients with histologically aggressive non-Hodgkin’s lymphoma. Ann Oncol 2000; 11(suppl 1):s87-s90.
  3. Roth BJ, Johnson DH, Einhorn LH, et al: Randomized study of cyclophosphamide, doxorubicin, and vincristine versus etoposide and cisplatin versus alternation of these two regimens in extensive small-cell lung cancer12: a phase III trial of the Southeastern Cancer12 Study Group. J Clin Oncol. 1992 Feb;10(2):282–91.
  4. Gidding CEM, Meeuwsen-de Boer GJ, Koopmans P, et al: Vincristine pharmacokinetics after repetitive dosing in children. Cancer12 Chemother Pharmacol 1999; 44:203–209.
  5. Product Information: Oncovin(R), vincristine sulfate. Eli Lilly and Company, Indianapolis, IN, 1999.
  6. Knoben JE & Anderson POKnoben JE & Anderson PO (Eds): Handbook of Clinical Drug Data, 6th. Drug Intelligence Publications, Inc, Hamilton, IL, 1988.
  7. Vincristine, Drugdex Evaluations – Micromedex, disponível em: http://www.thomsonhc.com/hcs/librarian/ND_T/HCS/ND_PR/Main/CS/4E76BC/DUPLICATIONSHIELDSYNC/0BCA BD/ND_PG/PRIH/ND_B/HCS/SBK/7/ND_P/Main/PFActionId/hcs.common.RetrieveDocumentCommon/DocId/1936/C ontentSetId/31/SearchTerm/ vincristin%20/SearchOption/BeginWith.
  8. Harris J, Dodds LJ. Handling waste from patients receiving cytotoxic drugs. Pharm J 1985; 235: 289–91.
  9. Murphy JA, et al. Vincristine toxicity in five children with acute lymphoblastic leukaemia. Lancet 1995; 346: 443. (PubMed id:7623589).
  10. Jeng MR, Feusner J. Itraconazole-enhanced vincristine neurotoxicity in a child with acute lymphoblastic leukemia. Pediatr Hematol Oncol 2001; 18: 137–42. (PubMed id:11255732).
  11. Sathiapalan RK, El-Solh H. Enhanced vincristine neurotoxicity from drug interactions: case report and review of literature. Pediatr Hematol Oncol 2001; 18: 543–6. (PubMed id:11764105).
  12. Kamaluddin M, et al. Potentiation of vincristine toxicity by itraconazole in children with lymphoid malignancies. Acta Paediatr 2001; 90: 1204–7. (PubMed id:11697438).
  13. Villikka K, et al. Cytochrome P450-inducing antiepileptics increase the clearance of vincristine in patients with brain tumours. Clin Pharmacol Ther 1999; 66: 589–93. (PubMed id:10613614).
  14. Carrión C, et al. Possible vincristine-isoniazid interaction. Ann Pharmacother 1995; 29: 201. (PubMed id:7756727).
  15. Kuhlmann J, Zilly W, & Wilke J: Effects of cytostatic drugs on plasma175 level and renal152 excretion of beta-acetyldigoxin. Clin Pharmacol Ther 1981; 30:518–527.
  16. Product Information: COUMADIN(R) oral tablets, IV injection, warfarin sodium oral tablets, IV injection. Bristol-Myers Squibb Company, Princeton, NJ, 2007.
  17. Product Information: CYTOXAN(R) injection, oral tablets, cyclophosphamide injection, oral tablets. Bristol-Myers Squibb Company, Princeton, NJ, 2005.
  18. Product Information: ETOPOPHOS(R) injection, etoposide phosphate. Bristol-Myers Squibb Company, Princeton, NJ, 2004.
  19. Product Information: MATULANE(R) capsules, procarbazine hydrochloride capsules. Sigma-Tau Pharmaceuticals Inc., Gaithersburg, MD, 2004.
  20. Product Information: Vincristine sulfate injection USP. Gensia Sicor Pharmaceuticals Inc, Irvine, CA (PI issued 07/1999) reviewed 04/2004, 07/1999.
  21. Product Information: MUSTARGEN(R) injection, mechlorethamine hcl injection. Merck & Co., Whitehouse Station, NJ, 2004.
  22. Product Information: RUBEX(R) injection, doxorubicin hydrochloride injection. Mead Johnson, Princeton, NJ, 2001.
  23. Cohen MH, Johnston-Early A, Hood MA, et al: Drug precipitation within IV tubing: a potential hazard of chemotherapy administration. Cancer12 Treat Rep 1985h; 69:1325–1326.
  24. Turowski RC & Durthaler JM: Visual compatibility of idarubicin hydrochloride with selected drugs during simulated Y-site injection. Am J Hosp Pharm 1991; 48:2181–2184.
  25. Product Information: Oncovin(R), vincristine sulfate. Eli Lilly and Company, Indianapolis, IN, 1999b.
  26. Annino DJ Jr, MacArthur CJ, & Friedman EM: Vincristine-induced recurrent laryngeal nerve paralysis. Laryngoscope 1992; 102:1260–1262.
  27. Tobias JD & Bozeman PM: Vincristine-induced recurrent laryngeal nerve paralysis in children. Intensive Care Med 1991; 17:304–305.
  28. Griffin JD & Garnick MB: Eye toxicity of cancer12 chemotherapy: a review of the literature. Cancer12 1981; 48:1539–1549.
  29. Sandler SG, Tobin W, & Henderson ES: Vincristine induced neuropathy: a clinical study of fifty leukemic patients. Neurology 1969; 19:367–374.
  30. Yousif H, Richardson SGN, & Saunders WA: Partially reversible nerve deafness due to vincristine (letter). Postgrad Med J 1990; 66:688–689.
  31. Mahajan SL, Ikeda Y, Myers TJ, et al: Acute acoustic nerve palsy associated with vincristine therapy. Cancer12 1981; 47:2404–2406.
  32. Puckett JB, Butler WM, & McFarland JA: Pancreatitis and cancer12 chemotherapy (letter). Ann Intern Med 1982; 97:453.
  33. Ortega JA, Donaldson SS, Ivy SP, et al: Venoocclusive disease of the liver after chemotherapy with vincristine, actinomycin D, and cyclophosphamide for the treatment of rhabdomyosarcoma: a report of the Intergroup Rhabdomyosarcoma Study Group. Cancer12 1997; 79:2435–2439.
  34. Dixon A, Nakamura JM, Oishi N,et al: Angina148 pectoris and therapy with cisplatin, vincristine, and bleomycin. Ann Intern Med. 1989 Aug 15;111(4):342–3.
  35. Rautonen J, Koskimies AI, & Siimes MA: Vincristine is associated with the risk of azoospermia75 in adult male survivors of childhood malignancies. Eur J Cancer12 1992; 28A:1837–1841.
  36. Duffner PK, Krischer JP, Horowitz ME, et al: Second malignancies in young children with primary brain tumors following treatment with prolonged postoperative chemotherapy and delayed irradiation: a pediatric oncology group study. Ann Neurol 1998; 44:313–316.
  37. Vincristine, Poisindex Summary – Micromedex, disponível em: http://www.thomsonhc.com/hcs/librarian/ND_T/HCS/ND_PR/Main/CS/4E76BC/DUPLICATIONSHIELDSYNC/0BCA BD/ND_PG/PRIH/ND_B/HCS/SBK/5/ND_P/Main/PFActionId/hcs.common.RetrieveDocumentCommon/DocId/610/Co ntentSetId/68/SearchTerm/vincristin/SearchOption/BeginWith.

DIZERES LEGAIS


VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
USO RESTRITO A HOSPITAIS
 

MS nº: 1.0033.0135
Farmacêutica Responsável: Cintia Delphino de Andrade – CRF-SP nº: 25.125

Registrado por:
Libbs Farmacêutica Ltda.
Rua Josef Kryss, 250 – São Paulo – SP
CNPJ: 61.230.314/0001–75

Fabricado por:
Libbs Farmacêutica Ltda.
Rua Alberto Correia Francfort, 88 – Embu das Artes – SP
Indústria Brasileira


SAC 0800 0135044

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Saúde: 1. Estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e o seu ambiente, o qual mantém as características estruturais e funcionais do organismo dentro dos limites normais para sua forma de vida e para a sua fase do ciclo vital. 2. Estado de boa disposição física e psíquica; bem-estar. 3. Brinde, saudação que se faz bebendo à saúde de alguém. 4. Força física; robustez, vigor, energia.
2 Quimioterapia: Método que utiliza compostos químicos, chamados quimioterápicos, no tratamento de doenças causadas por agentes biológicos. Quando aplicada ao câncer, a quimioterapia é chamada de quimioterapia antineoplásica ou quimioterapia antiblástica.
3 Leucemia: Doença maligna caracterizada pela proliferação anormal de elementos celulares que originam os glóbulos brancos (leucócitos). Como resultado, produz-se a substituição do tecido normal por células cancerosas, com conseqüente diminuição da capacidade imunológica, anemia, distúrbios da função plaquetária, etc.
4 Linfoide: 1. Relativo a ou que constitui o tecido característico dos nodos linfáticos. 2. Relativo ou semelhante à linfa.
5 Doença de Hodgkin: Doença neoplásica que afeta o tecido linfático, caracterizada por aumento doloroso dos gânglios linfáticos do pescoço, axilas, mediastino, etc., juntamente com astenia, prurido (coceira) e febre. Atualmente pode ter uma taxa de cura superior a 80%.
6 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
7 Rabdomiossarcoma: Rabdomiossarcoma é um câncer de origem embrionária que atinge as células que se tornam os músculos do corpo.
8 Tumor: Termo que literalmente significa massa ou formação de tecido. É utilizado em geral para referir-se a uma formação neoplásica.
9 Sarcoma: Neoplasia maligna originada de células do tecido conjuntivo. Podem aparecer no tecido adiposo (lipossarcoma), muscular (miossarcoma), ósseo (osteosarcoma), etc.
10 Micose: Infecção produzida por fungos. Pode ser superficial, quando afeta apenas pele, mucosas e seus anexos, ou profunda, quando acomete órgãos profundos como pulmões, intestinos, etc.
11 Carcinoma: Tumor maligno ou câncer, derivado do tecido epitelial.
12 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
13 Mama: Em humanos, uma das regiões pareadas na porção anterior do TÓRAX. As mamas consistem das GLÂNDULAS MAMÁRIAS, PELE, MÚSCULOS, TECIDO ADIPOSO e os TECIDOS CONJUNTIVOS.
14 Melanoma: Neoplasia maligna que deriva dos melanócitos (as células responsáveis pela produção do principal pigmento cutâneo). Mais freqüente em pessoas de pele clara e exposta ao sol.Podem derivar de manchas prévias que mudam de cor ou sangram por traumatismos mínimos, ou instalar-se em pele previamente sã.
15 Pulmão: Cada um dos órgãos pareados que ocupam a cavidade torácica que tem como função a oxigenação do sangue.
16 Púrpura: Lesão hemorrágica de cor vinhosa, que não desaparece à pressão, com diâmetro superior a um centímetro.
17 Idiopática: 1. Relativo a idiopatia; que se forma ou se manifesta espontaneamente ou a partir de causas obscuras ou desconhecidas; não associado a outra doença. 2. Peculiar a um indivíduo.
18 Neoplasias: Termo que denomina um conjunto de doenças caracterizadas pelo crescimento anormal e em certas situações pela invasão de órgãos à distância (metástases). As neoplasias mais frequentes são as de mama, cólon, pele e pulmões.
19 Linfoma: Doença maligna que se caracteriza pela proliferação descontrolada de linfócitos ou seus precursores. A pessoa com linfoma pode apresentar um aumento de tamanho dos gânglios linfáticos, do baço, do fígado e desenvolver febre, perda de peso e debilidade geral.
20 Ovário: Órgão reprodutor (GÔNADAS) feminino. Nos vertebrados, o ovário contém duas partes funcionais Sinônimos: Ovários
21 Útero: Orgão muscular oco (de paredes espessas), na pelve feminina. Constituído pelo fundo (corpo), local de IMPLANTAÇÃO DO EMBRIÃO e DESENVOLVIMENTO FETAL. Além do istmo (na extremidade perineal do fundo), encontra-se o COLO DO ÚTERO (pescoço), que se abre para a VAGINA. Além dos istmos (na extremidade abdominal superior do fundo), encontram-se as TUBAS UTERINAS.
22 Sobrevida: Prolongamento da vida além de certo limite; prolongamento da existência além da morte, vida futura.
23 Mieloma: Variedade de câncer que afeta os linfócitos tipo B, encarregados de produzir imunoglobulinas. Caracteriza-se pelo surgimento de dores ósseas, freqüentemente a nível vertebral, anemia, insuficiência renal e um estado de imunodeficiência crônica.
24 Radioterapia: Método que utiliza diversos tipos de radiação ionizante para tratamento de doenças oncológicas.
25 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
26 Randomizado: Ensaios clínicos comparativos randomizados são considerados o melhor delineamento experimental para avaliar questões relacionadas a tratamento e prevenção. Classicamente, são definidos como experimentos médicos projetados para determinar qual de duas ou mais intervenções é a mais eficaz mediante a alocação aleatória, isto é, randomizada, dos pacientes aos diferentes grupos de estudo. Em geral, um dos grupos é considerado controle – o que algumas vezes pode ser ausência de tratamento, placebo, ou mais frequentemente, um tratamento de eficácia reconhecida. Recursos estatísticos são disponíveis para validar conclusões e maximizar a chance de identificar o melhor tratamento. Esses modelos são chamados de estudos de superioridade, cujo objetivo é determinar se um tratamento em investigação é superior ao agente comparativo.
27 Para pacientes: Você pode utilizar este texto livremente com seus pacientes, inclusive alterando-o, de acordo com a sua prática e experiência. Conheça todos os materiais Para Pacientes disponíveis para auxiliar, educar e esclarecer seus pacientes, colaborando para a melhoria da relação médico-paciente, reunidos no canal Para Pacientes . As informações contidas neste texto são baseadas em uma compilação feita pela equipe médica da Centralx. Você deve checar e confirmar as informações e divulgá-las para seus pacientes de acordo com seus conhecimentos médicos.
28 Estudo randomizado: Ensaios clínicos comparativos randomizados são considerados o melhor delineamento experimental para avaliar questões relacionadas a tratamento e prevenção. Classicamente, são definidos como experimentos médicos projetados para determinar qual de duas ou mais intervenções é a mais eficaz mediante a alocação aleatória, isto é, randomizada, dos pacientes aos diferentes grupos de estudo. Em geral, um dos grupos é considerado controle - o que algumas vezes pode ser ausência de tratamento, placebo, ou mais frequentemente, um tratamento de eficácia reconhecida. Recursos estatísticos são disponíveis para validar conclusões e maximizar a chance de identificar o melhor tratamento. Esses modelos são chamados de estudos de superioridade, cujo objetivo é determinar se um tratamento em investigação é superior ao agente comparativo.
29 Alcaloide: Classe de substâncias orgânicas nitrogenadas com características básicas.
30 Medula Óssea: Tecido mole que preenche as cavidades dos ossos. A medula óssea apresenta-se de dois tipos, amarela e vermelha. A medula amarela é encontrada em cavidades grandes de ossos grandes e consiste em sua grande maioria de células adiposas e umas poucas células sangüíneas primitivas. A medula vermelha é um tecido hematopoiético e é o sítio de produção de eritrócitos e leucócitos granulares. A medula óssea é constituída de um rede, em forma de treliça, de tecido conjuntivo, contendo fibras ramificadas e preenchida por células medulares.
31 Fármaco: Qualquer produto ou preparado farmacêutico; medicamento.
32 Esqueleto:
33 SNC: Principais órgãos processadores de informação do sistema nervoso, compreendendo cérebro, medula espinhal e meninges.
34 Fígado: Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.
35 Bile: Agente emulsificador produzido no FÍGADO e secretado para dentro do DUODENO. Sua composição é formada por s ÁCIDOS E SAIS BILIARES, COLESTEROL e ELETRÓLITOS. A bile auxilia a DIGESTÃO das gorduras no duodeno.
36 Proteínas: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Alimentos que fornecem proteína incluem carne vermelha, frango, peixe, queijos, leite, derivados do leite, ovos.
37 Plaquetas: Elemento do sangue (não é uma célula porque não apresenta núcleo) produzido na medula óssea, cuja principal função é participar da coagulação do sangue através da formação de conglomerados que tamponam o escape do sangue por uma lesão em um vaso sangüíneo.
38 Leucócitos: Células sangüíneas brancas. Compreendem tanto os leucócitos granulócitos (BASÓFILOS, EOSINÓFILOS e NEUTRÓFILOS) como os não granulócitos (LINFÓCITOS e MONÓCITOS). Sinônimos: Células Brancas do Sangue; Corpúsculos Sanguíneos Brancos; Corpúsculos Brancos Sanguíneos; Corpúsculos Brancos do Sangue; Células Sanguíneas Brancas
39 Eritrócitos: Células vermelhas do sangue. Os eritrócitos maduros são anucleados, têm forma de disco bicôncavo e contêm HEMOGLOBINA, cuja função é transportar OXIGÊNIO. Sinônimos: Corpúsculos Sanguíneos Vermelhos; Corpúsculos Vermelhos Sanguíneos; Corpúsculos Vermelhos do Sangue; Glóbulos Vermelhos; Hemácias
40 Cérebro: Derivado do TELENCÉFALO, o cérebro é composto dos hemisférios direito e esquerdo. Cada hemisfério contém um córtex cerebral exterior e gânglios basais subcorticais. O cérebro inclui todas as partes dentro do crânio exceto MEDULA OBLONGA, PONTE e CEREBELO. As funções cerebrais incluem as atividades sensório-motora, emocional e intelectual.
41 Hepáticas: Relativas a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
42 Urina: Resíduo líquido produzido pela filtração renal no organismo, estocado na bexiga e expelido pelo ato de urinar.
43 Desmielinizante: Que remove ou destrói a bainha de mielina de nervo ou trato nervoso.
44 Síndrome: Conjunto de sinais e sintomas que se encontram associados a uma entidade conhecida ou não.
45 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
46 Subcutânea: Feita ou situada sob a pele; hipodérmica.
47 Paralisia: Perda total da força muscular que produz incapacidade para realizar movimentos nos setores afetados. Pode ser produzida por doença neurológica, muscular, tóxica, metabólica ou ser uma combinação das mesmas.
48 Sequelas: 1. Na medicina, é a anomalia consequente a uma moléstia, da qual deriva direta ou indiretamente. 2. Ato ou efeito de seguir. 3. Grupo de pessoas que seguem o interesse de alguém; bando. 4. Efeito de uma causa; consequência, resultado. 5. Ato ou efeito de dar seguimento a algo que foi iniciado; sequência, continuação. 6. Sequência ou cadeia de fatos, coisas, objetos; série, sucessão. 7. Possibilidade de acompanhar a coisa onerada nas mãos de qualquer detentor e exercer sobre ela as prerrogativas de seu direito.
49 Injeção: Infiltração de medicação ou nutrientes líquidos no corpo através de uma agulha e seringa.
50 Líquido cefalorraquidiano: Líquido cefalorraquidiano (LCR), também conhecido como líquor ou fluido cérebro espinhal, é definido como um fluido corporal estéril, incolor, encontrado no espaço subaracnoideo no cérebro e na medula espinhal (entre as meninges aracnoide e pia-máter). Caracteriza-se por ser uma solução salina pura, com baixo teor de proteínas e células, atuando como um amortecedor para o córtex cerebral e a medula espinhal. Possui também a função de fornecer nutrientes para o tecido nervoso e remover resíduos metabólicos do mesmo. É sintetizado pelos plexos coroidais, epitélio ventricular e espaço subaracnoideo em uma taxa de aproximadamente 20 mL/hora. Em recém-nascidos, este líquido é encontrado em um volume que varia entre 10 a 60 mL, enquanto que no adulto fica entre 100 a 150 mL.
51 Epidural: Mesmo que peridural. Localizado entre a dura-máter e a vértebra (diz-se do espaço do canal raquidiano). Na anatomia geral e na anestesiologia, é o que se localiza ou que se faz em torno da dura-máter.
52 Lactato: Sal ou éster do ácido láctico ou ânion dele derivado.
53 Plasma Fresco Congelado: Parte que resta do SANGUE, depois que as CÉLULAS SANGÜÍNEAS são removidas por CENTRIFUGAÇÃO (sem COAGULAÇÃO SANGÜÍNEA prévia).
54 Drenagem: Saída ou retirada de material líquido (sangue, pus, soro), de forma espontânea ou através de um tubo colocado no interior da cavidade afetada (dreno).
55 Mg/dL: Miligramas por decilitro, unidade de medida que mostra a concentração de uma substância em uma quantidade específica de fluido.
56 Bolus: Uma quantidade extra de insulina usada para reduzir um aumento inesperado da glicemia, freqüentemente relacionada a uma refeição rápida.
57 Vitamina: Compostos presentes em pequenas quantidades nos diversos alimentos e nutrientes e que são indispensáveis para o desenvolvimento dos processos biológicos normais.
58 Sistema Nervoso Central: Principais órgãos processadores de informação do sistema nervoso, compreendendo cérebro, medula espinhal e meninges.
59 Insuficiência hepática: Deterioração grave da função hepática. Pode ser decorrente de hepatite viral, cirrose e hepatopatia alcoólica (lesão hepática devido ao consumo de álcool) ou medicamentosa (causada por medicamentos como, por exemplo, o acetaminofeno). Para que uma insuficiência hepática ocorra, deve haver uma lesão de grande porção do fígado.
60 Icterícia: Coloração amarelada da pele e mucosas devido a uma acumulação de bilirrubina no organismo. Existem dois tipos de icterícia que têm etiologias e sintomas distintos: icterícia por acumulação de bilirrubina conjugada ou direta e icterícia por acumulação de bilirrubina não conjugada ou indireta.
61 Olhos:
62 Ulceração: 1. Processo patológico de formação de uma úlcera. 2. A úlcera ou um grupo de úlceras.
63 Córnea: Membrana fibrosa e transparente presa à esclera, constituindo a parte anterior do olho.
64 Olho: s. m. (fr. oeil; ing. eye). Órgão da visão, constituído pelo globo ocular (V. este termo) e pelos diversos meios que este encerra. Está situado na órbita e ligado ao cérebro pelo nervo óptico. V. ocular, oftalm-. Sinônimos: Olhos
65 Nefropatia: Lesão ou doença do rim.
66 Bilirrubina: Pigmento amarelo que é produto da degradação da hemoglobina. Quando aumenta no sangue, acima de seus valores normais, pode produzir uma coloração amarelada da pele e mucosas, denominada icterícia. Pode estar aumentado no sangue devido a aumento da produção do mesmo (excesso de degradação de hemoglobina) ou por dificuldade de escoamento normal (por exemplo, cálculos biliares, hepatite).
67 Láctica: Diz-se de ou ácido usado como acidulante e intermediário químico; lática.
68 Hepatotoxicidade: É um dano no fígado causado por substâncias químicas chamadas hepatotoxinas.
69 Lactação: Fenômeno fisiológico neuro-endócrino (hormonal) de produção de leite materno pela puérpera no pós-parto; independente dela estar ou não amamentando.Toda mulher após o parto tem produção de leite - lactação; mas, infelizmente nem todas amamentam.
70 Malformação: 1. Defeito na forma ou na formação; anomalia, aberração, deformação. 2. Em patologia, é vício de conformação de uma parte do corpo, de origem congênita ou hereditária, geralmente curável por cirurgia. Ela é diferente da deformação (que é adquirida) e da monstruosidade (que é incurável).
71 Teratogênicos: Agente teratogênico ou teratógeno é tudo aquilo capaz de produzir dano ao embrião ou feto durante a gravidez. Estes danos podem se refletir como perda da gestação, malformações ou alterações funcionais ou ainda distúrbios neurocomportamentais, como retardo mental.
72 Feto: Filhote por nascer de um mamífero vivíparo no período pós-embrionário, depois que as principais estruturas foram delineadas. Em humanos, do filhote por nascer vai do final da oitava semana após a CONCEPÇÃO até o NASCIMENTO, diferente do EMBRIÃO DE MAMÍFERO prematuro.
73 Lactentes: Que ou aqueles que mamam, bebês. Inclui o período neonatal e se estende até 1 ano de idade (12 meses).
74 Amamentação: Ato da nutriz dar o peito e o lactente mamá-lo diretamente. É um fenômeno psico-sócio-cultural. Dar de mamar a; criar ao peito; aleitar; lactar... A amamentação é uma forma de aleitamento, mas há outras formas.
75 Azoospermia: Ausência de espermatozódes no líquido seminal.
76 Amenorréia: É a ausência de menstruação pelo período equivalente a 3 ciclos menstruais ou 6 meses (o que ocorrer primeiro). Para períodos inferiores, utiliza-se o termo atraso menstrual.
77 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.
78 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
79 Convulsão: Episódio agudo caracterizado pela presença de contrações musculares espasmódicas permanentes e/ou repetitivas (tônicas, clônicas ou tônico-clônicas). Em geral está associada à perda de consciência e relaxamento dos esfíncteres. Pode ser devida a medicamentos ou doenças.
80 Broncoespasmo: Contração do músculo liso bronquial, capaz de produzir estreitamento das vias aéreas, manifestado por sibilos no tórax e falta de ar. É uma contração vista com freqüência na asma.
81 Dispnéia: Falta de ar ou dificuldade para respirar caracterizada por respiração rápida e curta, geralmente está associada a alguma doença cardíaca ou pulmonar.
82 Medula: Tecido mole que preenche as cavidades dos ossos. A medula óssea apresenta-se de dois tipos, amarela e vermelha. A medula amarela é encontrada em cavidades grandes de ossos grandes e consiste em sua grande maioria de células adiposas e umas poucas células sangüíneas primitivas. A medula vermelha é um tecido hematopoiético e é o sítio de produção de eritrócitos e leucócitos granulares. A medula óssea é constituída de um rede, em forma de treliça, de tecido conjuntivo, contendo fibras ramificadas e preenchida por células medulares.
83 Anticoagulante: Substância ou medicamento que evita a coagulação, especialmente do sangue.
84 Vírus: Pequeno microorganismo capaz de infectar uma célula de um organismo superior e replicar-se utilizando os elementos celulares do hospedeiro. São capazes de causar múltiplas doenças, desde um resfriado comum até a AIDS.
85 Vacina: Tratamento à base de bactérias, vírus vivos atenuados ou seus produtos celulares, que têm o objetivo de produzir uma imunização ativa no organismo para uma determinada infecção.
86 Humoral: 1. Relativo a humor. 2. Em fisiologia, relativo a ou próprio do conjunto de líquidos do organismo (sangue, linfa, líquido cefalorraquidiano).
87 Imunização: Processo mediante o qual se adquire, de forma natural ou artificial, a capacidade de defender-se perante uma determinada agressão bacteriana, viral ou parasitária. O exemplo mais comum de imunização é a vacinação contra diversas doenças (sarampo, coqueluche, gripe, etc.).
88 Imunossupressão: Supressão das reações imunitárias do organismo, induzida por medicamentos (corticosteroides, ciclosporina A, etc.) ou agentes imunoterápicos (anticorpos monoclonais, por exemplo); que é utilizada em alergias, doenças autoimunes, etc. A imunossupressão é impropriamente tomada por alguns como sinônimo de imunodepressão.
89 Seringa: Dispositivo usado para injetar medicações ou outros líquidos nos tecidos do corpo. A seringa de insulina é formada por um tubo plástico com um êmbolo e uma agulha pequena na ponta.
90 Soro: Chama-se assim qualquer líquido de características cristalinas e incolor.
91 Fisiológico: Relativo à fisiologia. A fisiologia é estudo das funções e do funcionamento normal dos seres vivos, especialmente dos processos físico-químicos que ocorrem nas células, tecidos, órgãos e sistemas dos seres vivos sadios.
92 Citostáticos: Diz-se de substâncias que inibem o crescimento ou a reprodução das células.
93 Cálculo: Formação sólida, produto da precipitação de diferentes substâncias dissolvidas nos líquidos corporais, podendo variar em sua composição segundo diferentes condições biológicas. Podem ser produzidos no sistema biliar (cálculos biliares) e nos rins (cálculos renais) e serem formados de colesterol, ácido úrico, oxalato de cálcio, pigmentos biliares, etc.
94 Celulite: Inflamação aguda das estruturas cutâneas, incluindo o tecido adiposo subjacente, geralmente produzida por um agente infeccioso e manifestada por dor, rubor, aumento da temperatura local, febre e mal estar geral.
95 Enzima: Proteína produzida pelo organismo que gera uma reação química. Por exemplo, as enzimas produzidas pelo intestino que ajudam no processo digestivo.
96 Fragmentos: 1. Pedaço de coisa que se quebrou, cortou, rasgou etc. É parte de um todo; fração. 2. No sentido figurado, é o resto de uma obra literária ou artística cuja maior parte se perdeu ou foi destruída. Ou um trecho extraído de uma obra.
97 Alopécia: Redução parcial ou total de pêlos ou cabelos em uma determinada área de pele. Ela apresenta várias causas, podendo ter evolução progressiva, resolução espontânea ou ser controlada com tratamento médico. Quando afeta todos os pêlos do corpo, é chamada de alopécia universal.
98 Leucopenia: Redução no número de leucócitos no sangue. Os leucócitos são responsáveis pelas defesas do organismo, são os glóbulos brancos. Quando a quantidade de leucócitos no sangue é inferior a 6000 leucócitos por milímetro cúbico, diz-se que o indivíduo apresenta leucopenia.
99 Obstipação: Prisão de ventre ou constipação rebelde.
100 Cabelo: Estrutura filamentosa formada por uma haste que se projeta para a superfície da PELE a partir de uma raiz (mais macia que a haste) e se aloja na cavidade de um FOLÍCULO PILOSO. É encontrado em muitas áreas do corpo.
101 Parestesia: Sensação cutânea subjetiva (ex.: frio, calor, formigamento, pressão, etc.) vivenciada espontaneamente na ausência de estimulação.
102 Ataxia: Reflete uma condição de falta de coordenação dos movimentos musculares voluntários podendo afetar a força muscular e o equilíbrio de uma pessoa. É normalmente associada a uma degeneração ou bloqueio de áreas específicas do cérebro e cerebelo. É um sintoma, não uma doença específica ou um diagnóstico.
103 Músculos: Tecidos contráteis que produzem movimentos nos animais.
104 Insuficiência: Incapacidade de um órgão ou sistema para realizar adequadamente suas funções.Manifesta-se de diferentes formas segundo o órgão comprometido. Exemplos: insuficiência renal, hepática, cardíaca, respiratória.
105 Cordas Vocais: Pregas da membrana mucosa localizadas ao longo de cada parede da laringe extendendo-se desde o ângulo entre as lâminas da cartilagem tireóide até o processo vocal cartilagem aritenóide.
106 Diplopia: Visão dupla.
107 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
108 Ptose: Literalmente significa “queda” e aplica-se em distintas situações para significar uma localização inferior de um órgão ou parte dele (ptose renal, ptose palpebral, etc.).
109 Faringe: Canal músculo-membranoso comum aos sistemas digestivo e respiratório. Comunica-se com a boca e com as fossas nasais. É dividida em três partes: faringe superior (nasofaringe ou rinofaringe), faringe bucal (orofaringe) e faringe inferior (hipofaringe, laringofaringe ou faringe esofagiana), sendo um órgão indispensável para a circulação do ar e dos alimentos.
110 Glândulas parótidas: A maior das três glândulas salivares pares, situada atrás do arco ascendente do maxilar inferior, sob a orelha.
111 Costas:
112 Mialgias: Dor que se origina nos músculos. Pode acompanhar outros sintomas como queda no estado geral, febre e dor de cabeça nas doenças infecciosas. Também pode estar associada a diferentes doenças imunológicas.
113 Hipertensão: Condição presente quando o sangue flui através dos vasos com força maior que a normal. Também chamada de pressão alta. Hipertensão pode causar esforço cardíaco, dano aos vasos sangüíneos e aumento do risco de um ataque cardíaco, derrame ou acidente vascular cerebral, além de problemas renais e morte.
114 Coma: 1. Alteração do estado normal de consciência caracterizado pela falta de abertura ocular e diminuição ou ausência de resposta a estímulos externos. Pode ser reversível ou evoluir para a morte. 2. Presente do subjuntivo ou imperativo do verbo “comer.“
115 Atrofia: 1. Em biologia, é a falta de desenvolvimento de corpo, órgão, tecido ou membro. 2. Em patologia, é a diminuição de peso e volume de órgão, tecido ou membro por nutrição insuficiente das células ou imobilização. 3. No sentido figurado, é uma debilitação ou perda de alguma faculdade mental ou de um dos sentidos, por exemplo, da memória em idosos.
116 Anafilaxia: É um tipo de reação alérgica sistêmica aguda. Esta reação ocorre quando a pessoa foi sensibilizada (ou seja, quando o sistema imune foi condicionado a reconhecer uma substância como uma ameaça ao organismo). Na segunda exposição ou nas exposições subseqüentes, ocorre uma reação alérgica. Essa reação é repentina, grave e abrange o corpo todo. O sistema imune libera anticorpos. Os tecidos liberam histamina e outras substâncias. Esse mecanismo causa contrações musculares, constrição das vias respiratórias, dificuldade respiratória, dor abdominal, cãimbras, vômitos e diarréia. A histamina leva à dilatação dos vasos sangüíneos (que abaixa a pressão sangüínea) e o vazamento de líquidos da corrente sangüínea para os tecidos (que reduzem o volume de sangue) o que provoca o choque. Ocorrem com freqüência a urticária e o angioedema - este angioedema pode resultar na obstrução das vias respiratórias. Uma anafilaxia prolongada pode causar arritmia cardíaca.
117 Erupção: 1. Ato, processo ou efeito de irromper. 2. Aumento rápido do brilho de uma estrela ou de pequena região da atmosfera solar. 3. Aparecimento de lesões de natureza inflamatória ou infecciosa, geralmente múltiplas, na pele e mucosas, provocadas por vírus, bactérias, intoxicações, etc. 4. Emissão de materiais magmáticos por um vulcão (lava, cinzas etc.).
118 Edema: 1. Inchaço causado pelo excesso de fluidos no organismo. 2. Acúmulo anormal de líquido nos tecidos do organismo, especialmente no tecido conjuntivo.
119 Cólicas: Dor aguda, produzida pela dilatação ou contração de uma víscera oca (intestino, vesícula biliar, ureter, etc.). Pode ser de início súbito, com exacerbações e períodos de melhora parcial ou total, nos quais o paciente pode estar sentindo-se bem ou apresentar dor leve.
120 Náuseas: Vontade de vomitar. Forma parte do mecanismo complexo do vômito e pode ser acompanhada de sudorese, sialorréia (salivação excessiva), vertigem, etc .
121 Vômitos: São a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Podem ser classificados em: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
122 Ulcerações: 1. Processo patológico de formação de uma úlcera. 2. A úlcera ou um grupo de úlceras.
123 Diarréia: Aumento do volume, freqüência ou quantidade de líquido nas evacuações.Deve ser a manifestação mais freqüente de alteração da absorção ou transporte intestinal de substâncias, alterações estas que em geral são devidas a uma infecção bacteriana ou viral, a toxinas alimentares, etc.
124 Íleo paralítico: O íleo adinâmico, também denominado íleo paralítico, reflexo, por inibição ou pós-operatório, é definido como uma atonia reflexa gastrintestinal, onde o conteúdo não é propelido através do lúmen, devido à parada da atividade peristáltica, sem uma causa mecânica. É distúrbio comum do pós-operatório podendo-se afirmar que ocorre após toda cirurgia abdominal, como resposta “fisiológica“ à intervenção, variando somente sua intensidade, afetando todo o aparelho digestivo ou parte dele.
125 Necrose: Conjunto de processos irreversíveis através dos quais se produz a degeneração celular seguida de morte da célula.
126 Anorexia: Perda do apetite ou do desejo de ingerir alimentos.
127 Colo Ascendente: O segmento do INTESTINO GROSSO entre o CECO e o COLO TRANSVERSO. Possui trajeto ascendente desde o ceco à superfície caudal do lóbulo direito do FÍGADO onde se dobra pronunciadamente à esquerda, formando a flexura cólica direita
128 Reto: Segmento distal do INTESTINO GROSSO, entre o COLO SIGMÓIDE e o CANAL ANAL.
129 Laxativos: Mesmo que laxantes. Que laxa, afrouxa, dilata. Medicamentos que tratam da constipação intestinal; purgantes, purgativos, solutivos.
130 Enemas: Introdução de substâncias líquidas ou semilíquidas através do esfíncter anal, com o objetivo de induzir a defecação ou administrar medicamentos.
131 Constipação: Retardo ou dificuldade nas defecações, suficiente para causar desconforto significativo para a pessoa. Pode significar que as fezes são duras, difíceis de serem expelidas ou infreqüentes (evacuações inferiores a três vezes por semana), ou ainda a sensação de esvaziamento retal incompleto, após as defecações.
132 Sintomático: 1. Relativo a ou que constitui sintoma. 2. Que é efeito de alguma doença. 3. Por extensão de sentido, é o que indica um particular estado de coisas, de espírito; revelador, significativo.
133 Pancreatite: Inflamação do pâncreas. A pancreatite aguda pode ser produzida por cálculos biliares, alcoolismo, drogas, etc. Pode ser uma doença grave e fatal. Os primeiros sintomas consistem em dor abdominal, vômitos e distensão abdominal.
134 Poliúria: Diurese excessiva, pode ser um sinal de diabetes.
135 Disúria: Dificuldade para urinar. Pode produzir ardor, dor, micção intermitente, etc. Em geral corresponde a uma infecção urinária.
136 Retenção urinária: É um problema de esvaziamento da bexiga causado por diferentes condições. Normalmente, o ato miccional pode ser iniciado voluntariamente e a bexiga se esvazia por completo. Retenção urinária é a retenção anormal de urina na bexiga.
137 Bexiga: Órgão cavitário, situado na cavidade pélvica, no qual é armazenada a urina, que é produzida pelos rins. É uma víscera oca caracterizada por sua distensibilidade. Tem a forma de pêra quando está vazia e a forma de bola quando está cheia.
138 Incidência: Medida da freqüência em que uma doença ocorre. Número de casos novos de uma doença em um certo grupo de pessoas por um certo período de tempo.
139 Hemácias: Também chamadas de glóbulos vermelhos, eritrócitos ou células vermelhas. São produzidas no interior dos ossos a partir de células da medula óssea vermelha e estão presentes no sangue em número de cerca de 4,5 a 6,5 milhões por milímetro cúbico, em condições normais.
140 Anemia: Condição na qual o número de células vermelhas do sangue está abaixo do considerado normal para a idade, resultando em menor oxigenação para as células do organismo.
141 Trombocitopenia: É a redução do número de plaquetas no sangue. Contrário de trombocitose. Quando a quantidade de plaquetas no sangue é inferior a 150.000/mm³, diz-se que o indivíduo apresenta trombocitopenia (ou plaquetopenia). As pessoas com trombocitopenia apresentam tendência de sofrer hemorragias.
142 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
143 Cromossomo: Cromossomos (Kroma=cor, soma=corpo) são filamentos espiralados de cromatina, existente no suco nuclear de todas as células, composto por DNA e proteínas, sendo observável à microscopia de luz durante a divisão celular.
144 Latência: 1. Estado, caráter daquilo que se acha latente, oculto. 2. Por extensão de sentido, é o período durante o qual algo se elabora, antes de assumir existência efetiva. 3. Em medicina, é o intervalo entre o começo de um estímulo e o início de uma reação associada a este estímulo; tempo de reação. 4. Em psicanálise, é o período (dos quatro ou cinco anos até o início da adolescência) durante o qual o interesse sexual é sublimado; período de latência.
145 Hipotensão: Pressão sanguínea baixa ou queda repentina na pressão sanguínea. A hipotensão pode ocorrer quando uma pessoa muda rapidamente de uma posição sentada ou deitada para a posição de pé, causando vertigem ou desmaio.
146 Mediastino: Região anatômica do tórax onde se localizam diversas estruturas, dentre elas o coração.
147 Infarto do miocárdio: Interrupção do suprimento sangüíneo para o coração por estreitamento dos vasos ou bloqueio do fluxo. Também conhecido por ataque cardíaco.
148 Angina: Inflamação dos elementos linfáticos da garganta (amígdalas, úvula). Também é um termo utilizado para se referir à sensação opressiva que decorre da isquemia (falta de oxigênio) do músculo cardíaco (angina do peito).
149 Vasoconstrição: Diminuição do diâmetro dos vasos sanguíneos.
150 Hormônio: Substância química produzida por uma parte do corpo e liberada no sangue para desencadear ou regular funções particulares do organismo. Por exemplo, a insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas que diz a outras células quando usar a glicose para energia. Hormônios sintéticos, usados como medicamentos, podem ser semelhantes ou diferentes daqueles produzidos pelo organismo.
151 Hiponatremia: Concentração de sódio sérico abaixo do limite inferior da normalidade; na maioria dos laboratórios, isto significa [Na+] < 135 meq/L, mas o ponto de corte [Na+] < 136 meq/L também é muito utilizado.
152 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
153 Desidratação: Perda de líquidos do organismo pelo aumento importante da freqüência urinária, sudorese excessiva, diarréia ou vômito.
154 Pele: Camada externa do corpo, que o protege do meio ambiente. Composta por DERME e EPIDERME.
155 Citotóxicos: Diz-se das substâncias que são tóxicas às células ou que impedem o crescimento de um tecido celular.
156 Espermatozóides: Células reprodutivas masculinas.
157 Febre: É a elevação da temperatura do corpo acima dos valores normais para o indivíduo. São aceitos como valores de referência indicativos de febre: temperatura axilar ou oral acima de 37,5°C e temperatura retal acima de 38°C. A febre é uma reação do corpo contra patógenos.
158 Cabeça:
159 Delírio: Delirio é uma crença sem evidência, acompanhada de uma excepcional convicção irrefutável pelo argumento lógico. Ele se dá com plena lucidez de consciência e não há fatores orgânicos.
160 Inconsciência: Distúrbio no estado de alerta, no qual existe uma incapacidade de reconhecer e reagir perante estímulos externos. Pode apresentar-se em tumores, infecções e infartos do sistema nervoso central, assim como também em intoxicações por substâncias endógenas ou exógenas.
161 Náusea: Vontade de vomitar. Forma parte do mecanismo complexo do vômito e pode ser acompanhada de sudorese, sialorréia (salivação excessiva), vertigem, etc.
162 Vômito: É a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Pode ser classificado como: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
163 Hipocalemia: Concentração sérica de potássio inferior a 3,5 mEq/l. Pode ocorrer por alterações na distribuição de potássio (desvio do compartimento extracelular para intracelular) ou de reduções efetivas no conteúdo corporal de potássio por uma menor ingesta ou por perda aumentada. Fraqueza muscular e arritimias cardíacas são os sinais e sintomas mais comuns, podendo haver também poliúria, polidipsia e constipação. Pode ainda ser assintomática.
164 Tendões: Tecidos fibrosos pelos quais um músculo se prende a um osso.
165 Alucinações: Perturbações mentais que se caracterizam pelo aparecimento de sensações (visuais, auditivas, etc.) atribuídas a causas objetivas que, na realidade, inexistem; sensações sem objeto. Impressões ou noções falsas, sem fundamento na realidade; devaneios, delírios, enganos, ilusões.
166 Diuréticos: Grupo de fármacos que atuam no rim, aumentando o volume e o grau de diluição da urina. Eles depletam os níveis de água e cloreto de sódio sangüíneos. São usados no tratamento da hipertensão arterial, insuficiência renal, insuficiência cardiaca ou cirrose do fígado. Há dois tipos de diuréticos, os que atuam diretamente nos túbulos renais, modificando a sua atividade secretora e absorvente; e aqueles que modificam o conteúdo do filtrado glomerular, dificultando indiretamente a reabsorção da água e sal.
167 Distal: 1. Que se localiza longe do centro, do ponto de origem ou do ponto de união. 2. Espacialmente distante; remoto. 3. Em anatomia geral, é o mais afastado do tronco (diz-se de membro) ou do ponto de origem (diz-se de vasos ou nervos). Ou também o que é voltado para a direção oposta à cabeça. 4. Em odontologia, é o mais distante do ponto médio do arco dental.
168 Alça de Henle: Porção do tubo renal (em forma de U), na MEDULA RENAL, constituída por uma alça descendente e uma ascendente. Situada entre o TÚBULO RENAL PROXIMAL e o TÚBULOS RENAL DISTAL.
169 Descompressão: Ato ou efeito de descomprimir, de aliviar o que está sob efeito de pressão ou de compressão.
170 Sistema cardiovascular: O sistema cardiovascular ou sistema circulatório sanguíneo é formado por um circuito fechado de tubos (artérias, veias e capilares) dentro dos quais circula o sangue e por um órgão central, o coração, que atua como bomba. Ele move o sangue através dos vasos sanguíneos e distribui substâncias por todo o organismo.
171 Hemodiálise: Tipo de diálise que vai promover a retirada das substâncias tóxicas, água e sais minerais do organismo através da passagem do sangue por um filtro. A hemodiálise, em geral, é realizada 3 vezes por semana, em sessões com duração média de 3 a 4 horas, com o auxílio de uma máquina, dentro de clínicas especializadas neste tratamento. Para que o sangue passe pela máquina, é necessária a colocação de um catéter ou a confecção de uma fístula, que é um procedimento realizado mais comumente nas veias do braço, para permitir que estas fiquem mais calibrosas e, desta forma, forneçam o fluxo de sangue adequado para ser filtrado.
172 Diálise: Quando os rins estão muito doentes, eles deixam de realizar suas funções, o que pode levar a risco de vida. Nesta situação, é preciso substituir as funções dos rins de alguma maneira, o que pode ser feito realizando-se um transplante renal, ou através da diálise. A diálise é um tipo de tratamento que visa repor as funções dos rins, retirando as substâncias tóxicas e o excesso de água e sais minerais do organismo, estabelecendo assim uma nova situação de equilíbrio. Existem dois tipos de diálise: a hemodiálise e a diálise peritoneal.
173 Antídoto: Substância ou mistura que neutraliza os efeitos de um veneno. Esta ação pode reagir diretamente com o veneno ou amenizar/reverter a ação biológica causada por ele.
174 Estômago: Órgão da digestão, localizado no quadrante superior esquerdo do abdome, entre o final do ESÔFAGO e o início do DUODENO.
175 Plasma: Parte que resta do SANGUE, depois que as CÉLULAS SANGÜÍNEAS são removidas por CENTRIFUGAÇÃO (sem COAGULAÇÃO SANGÜÍNEA prévia).

Pergunte diretamente a um especialista

Sua pergunta será enviada aos especialistas do CatalogoMed, veja as dúvidas já respondidas.