

Belara Comprimidos
JANSSEN- CILAG FARMACÊUTICA LTDA.
Belara® Comprimidos
Informações ao Paciente
acetato de clormadinona e etinilestradiol
Formas Farmacêuticas e apresentações
Comprimidos revestidos em embalagem com 1 ou 3 cartelas com 21 comprimidos.
Uso adulto
Informações Gerais
Marca Comercial: Belara®
Princípio Ativo: clormadinona, etinilestradiol
Classe Terapêutica1: Contraceptivos
Composição
Cada comprimido revestido contém 2 mg de acetato de clormadinona e 0,03 mg de etinilestradiol.
Excipientes: amido, dióxido de titânio, estearato de magnésio, hipromelose, lactose2 monoidratada, macrogol 6000, óxido de ferro vermelho, povidona, propilenoglicol, talco.
Ação do medicamento
Belara® é um anticoncepcional de uso oral que, ao ser tomado da forma indicada nesta bula, inibe a ovulação3 e previne a gravidez4. Ocorre, também, modificação do muco cervical, com consequente redução da migração e alteração da motilidade dos espermatozóides5.
Quando Belara® é utilizado corretamente como contraceptivo, a chance de você engravidar é de 0,04% a cada ano de uso. A possibilidade de engravidar aumenta com o uso incorreto.
Indicações do medicamento
Belara® é indicado como anticoncepcional.
Riscos do medicamento
Contra-indicações
Algumas mulheres não devem usar Belara® . Por exemplo, você não deve usar Belara® se estiver grávida ou achar que está grávida ou se apresentar uma ou mais das seguintes condições:
Doenças do fígado6
- Doenças hepáticas7 progressivas agudas e crônicas, transtornos da secreção biliar de bilirrubina8 (síndromes de Dubin-Johnson e de Rotor), transtornos da secreção biliar, do fluxo biliar (colestase9, mesmo tendo ocorrido no passado, se associada à gestação ou uso de esteróides sexuais; isto inclui icterícia10 idiopática11 ou prurido12 durante gestação anterior ou tratamento com estrogenio-progestogênio);
- Após a resolução de hepatite13 viral (testes de função hepática14 normais), um período de 6 meses deve ser observado antes de iniciar o uso de Belara® ;
- Neoplasias15 hepáticas7 passadas ou atuais.
Doenças vasculares16 e metabólicas
- Tabagismo;
- História passada ou presente de transtornos tromboembólicos (especialmente acidente vascular cerebral17, infarto do miocárdio18, trombose19 de veia profunda, embolia20 pulmonar), bem como estados que aumentam a susceptibilidade21 a estas condições (p.ex., transtornos da coagulação22 com tendência para formação de trombos23, antitrombina III (AT III) congênita24, deficiências de proteína C e proteína S, algumas doenças cardíacas);
- Hipertensão arterial25 exigindo tratamento;
- Diabetes mellitus26 grave com alterações vasculares16 associadas (microangiopatia);
- Anemia falciforme27;
- Transtornos graves do metabolismo28 lipídico, especialmente quando acompanhado de outros fatores de risco para doenças cardiovasculares29.
Doenças malignas
- Certos tumores malignos (p.ex., de mamas30, cérvice uterina ou mucosa31 uterina) mesmo após seu tratamento ou em casos suspeitos.
Hiperplasia endometrial32
Outras doenças
- História de herpes gestacional;
- Otoesclerose com deterioração durante gestações anteriores;
- Obesidade33 grave;
- Enxaqueca34 associada a transtornos sensoriais, da percepção e/ou motores;
- Sangramento genital anormal não diagnosticado;
- Hipersensibilidade a algum dos componentes da fórmula de BELARA® .
Advertências
Pacientes com diabetes35 clinicamente evidente ou com predisposição para esta condição devem ser monitoradas para possíveis alterações no metabolismo28 de carboidratos antes e durante o tratamento.
A influência do tratamento hormonal sobre os parâmetros monitorados deve sempre ser considerada ao interpretar os resultados dos testes de função hepática14 e endócrinos. Em geral, resultados sem viés não são obtidos até 2 a 4 meses após o final do tratamento.
O uso de Belara® deve ser interrompido imediatamente nas seguintes situações:
- Gravidez4;
- Sinais36 iniciais de tromboflebite37 ou tromboembolismo38 (p.ex., dor ou inchaço39 incomum das pernas, dor aguda de origem desconhecida à respiração ou tosse, dor e sensação de aperto torácico);
- Cirurgia programada (6 semanas de antecedência) e durante imobilização, p.ex., após acidentes;
- Primeiro episódio de cefaléia40 do tipo enxaqueca34 ou aumento da frequência de cefaléias41 graves incomuns;
- Deficiência sensorial aguda (visual, auditiva, etc.);
- Transtornos motores (especialmente paralisia42);
- Queixas abdominais altas (na região do estômago43) graves. Hepatomegalia44 (aumento do fígado6) ou sinais36 de sangramento intra-abdominal (veja “Reações Adversas”);
- Elevação da pressão arterial45 a níveis constantemente acima de 140/90 mmHg;
- Icterícia10 (pele46 amarelada), hepatite13, prurido12 (coceira) generalizado, colestase9 e testes de função hepática14 anormais;
- Aumento de crises epilépticas;
- Primeiro episódio ou recorrência47 de porfiria48 (todas as três formas, especialmente porfiria48 adquirida);
- Descompensação aguda de diabetes mellitus26.
As pacientes devem ser monitoradas nas seguintes situações:
- Doenças cardíacas e renais, enxaqueca34, epilepsia49, asma50 (também a ocorrida no passado), uma vez que estas condições podem ser afetadas por um possível acúmulo de líquidos;
- História de flebite51;
- Tendência acentuada para varizes52;
- Esclerose múltipla53;
- Coréia de Sydenham54;
- Tetania55;
- Diabetes mellitus26 e tendência para este transtorno;
- História pregressa de doenças hepáticas7;
- Transtornos do metabolismo28 lipídico;
- Sobrepeso56 considerável;
- Aumento da pressão arterial45;
- Endometriose57;
- Mastopatia;
- Otosclerose58;
- Mioma uterino.
Frente à possibilidade de prejuízo grave à saúde59 devido a eventos tromboembólicos (veja “Reações Adversas”), você deve ser cuidadosamente avaliada por seu médico quanto à presença de fatores predisponentes (p.ex., veias60 varicosas, história de flebite51 e trombose19, bem como doenças cardíacas, sobrepeso56 considerável, transtornos da coagulação22 sanguínea) e quanto à ocorrência de eventos tromboembólicos venosos entre familiares jovens, e quaisquer destes fatores devem ser considerados ao se decidir sobre a prescrição deste contraceptivo.
Pacientes fumantes em uso de contraceptivos hormonais têm um risco adicional aumentado de desenvolver, algumas vezes, sequelas61 graves de alterações vasculares16 (p.ex., infarto do miocárdio18, acidente vascular cerebral17 [derrame62]). O risco aumenta com a idade e o aumento do consumo de cigarros.
Especialmente mulheres acima dos 30 anos de idade devem evitar fumar se pretendem tomar contraceptivos hormonais para evitar a gravidez4. Se forem incapazes de parar de fumar devem optar por outras formas de contracepção63.
Estudos pós-comercialização mostraram que a incidência64 de doenças tromboembólicas pode diminuir durante o uso de contraceptivos de baixa dose de estrogênio (0,05 mg ou menos), o que levou ao desenvolvimento de contraceptivos hormonais de baixa dosagem. Se a expectativa que mulheres em uso de tais formulações de baixa dose têm realmente incidência64 menor de oclusões vasculares16 trombóticas65 ou tromboembólicas é justificada, ainda não foi conclusivamente estabelecido.
Portanto, mesmo em uso de contraceptivos hormonais de baixa dose, você deve ser cuidadosamente avaliada quanto à presença de fatores que promovem processos tromboembólicos (veja acima), e o risco deve ser avaliado contra os potenciais benefícios deste método de contracepção63.
A ocorrência de doenças tromboembólicas em familiares em idade jovem pode indicar a presença de transtornos do sistema de coagulação22. Doenças deste tipo incluem trombose venosa profunda66, embolia20 pulmonar, acidente vascular cerebral17, transtornos súbitos dos sentidos ou da percepção (visual, auditiva), distúrbios da fala e do movimento, especialmente paralisia42, infarto do miocárdio18 e angina67 pectoris. Se houver história familiar de tais doenças, seu estado de coagulação22 deve ser cuidadosamente determinado antes de receber a prescrição de Belara® (isto inclui, p.ex., determinação de AT III, proteína C e proteína S).
Mulheres acima dos 40 anos de idade exigem monitoramento especial, uma vez que a tendência para trombose19 aumenta com a idade.
O uso de qualquer contraceptivo oral combinado pode implicar em risco aumentado de tromboembolismo38 venoso em comparação com a não utilização deste tipo de contraceptivo. O excesso de risco de tromboembolismo38 venoso é maior durante o primeiro ano de uso do contraceptivo oral. Este risco aumentado é menor que o risco de tromboembolismo38 venoso associado à gestação, o qual é estimado em 60 casos por 100.000 gravidezes. O tromboembolismo38 venoso é fatal em 1-2% dos casos. A influência de Belara® no risco de tromboembolismo38 venoso é desconhecida em comparação a outros contraceptivos orais combinados. Procure auxílio médico, assim que possível, se perceber possíveis sintomas68 de trombose19 ou embolia20 pulmonar, como dor e inchaço39 nos braços e/ou pernas, encurtamento da respiração e dor aguda no peito69.
Condições patológicas que podem piorar durante o uso de Belara®
Certas doenças podem ser afetadas de forma adversa tanto pela gravidez4 quanto pelo uso de estrogênios ou combinações de estrogenio-progestogênio. Estas condições incluem epilepsia49, esclerose múltipla53, otosclerose58, herpes gestacional, porfiria48, tétano70, candidíase71 e trichomoníase.
Pacientes com asma50, enxaqueca34 e disfunção cardíaca ou renal72 grave, exigem acompanhamento médico cuidadoso devido à possibilidade de retenção de líquidos durante o uso de combinações de estrogenio-progestogênio.
Efeito sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas
Belara® não interfere com a capacidade de dirigir e operar máquinas.
Gravidez4 e amamentação73
A presença de gravidez4 deve ser excluída antes de se iniciar o uso de Belara® . Se ocorrer gravidez4 durante o tratamento, o uso de Belara® deve ser interrompido imediatamente. No entanto, o uso anterior de Belara® não justifica a interrupção da gravidez4.
Se Belara® for tomado durante a amamentação73 é importante lembrar que pode haver diminuição da produção de leite. Quantidades muito pequenas dos ingredientes ativos de Belara® são excretadas no leite.
No entanto, em geral, a contracepção63 só é indicada durante períodos prolongados de amamentação73 uma vez que, habitualmente não ocorre ovulação3 durante períodos curtos de amamentação73.
Se possível, métodos contraceptivos não hormonais devem ser usados até a interrupção da amamentação73.
Este medicamento causa malformação74 ao bebê durante a gravidez4.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.
Precauções
Como para todos os inibidores da ovulação3, erros de tomada e de método podem ocorrer e, portanto, não se pode esperar 100% de eficácia do método.
Antes de iniciar o uso de contraceptivos hormonais, o médico deverá realizar um exame físico geral (incluindo medida da pressão arterial45, peso corporal, teste de glicose75 urinária e, se necessário, testes diagnósticos hepáticos específicos) e ginecológico (incluindo as mamas30 e o papanicolaou) completos, com ênfase especial na exclusão de gravidez4 e na detecção de condições de risco e de doenças que necessitem tratamento.
Se ocorrer gravidez4 durante o uso de Belara® , a medicação deve ser interrompida. No entanto, se você engravidar enquanto estiver tomando Belara® , não é necessário interromper a gravidez4.
Check-ups médicos devem ser realizados com intervalos de 6 meses durante o tratamento.
Interações medicamentosas
A eficácia contraceptiva de Belara® pode ser prejudicada pela administração concomitante de medicamentos que aumentam a biodegradação de hormônios esteróides (p.ex., barbitúricos, rifampicina, griseofulvina, fenilbutazona e antiepilépticos, como barbexaclona, carbamazepina, fenitoína, primidona) e preparações contendo Erva de São João. A ocorrência de pequenos sangramentos vaginais (spotting) foi relatada em mulheres em uso de preparações contendo Erva de São João e contraceptivos orais concomitantemente. Níveis sanguíneos reduzidos do contraceptivo também foram medidos devido a alterações na flora intestinal associadas ao uso concomitante de antibióticos como ampicilina ou tetraciclinas e, também, após a ingestão de carvão ativado. Foram registradas taxas aumentadas de sangramento intermenstrual e, em casos isolados, de gravidez4.
A necessidade de insulina76 ou outros hipoglicemiantes77 pode ser alterada devido à influência na tolerância à glicose75.
A excreção de teofilina ou cafeína é diminuída durante o uso de contraceptivos orais, levando ao aumento ou prolongamento do efeito destes dois fármacos.
Interação com exames laboratoriais
Valores normais de laboratório podem ser afetados pelos contraceptivos hormonais. A velocidade de hemosedimentação, p.ex., pode aumentar na ausência de patologia78. Níveis aumentados de cobre e ferro séricos, assim como de fosfatase alcalina79 leucocitária, p.ex., foram descritos, além de alterações em outros parâmetros laboratoriais.
Atenção: Este medicamento contém Açúcar80, portanto, deve ser usado com cautela em portadores de Diabetes35.
Não há contra-indicação relativa a faixas etárias.
Informe ao médico o aparecimento de reações indesejáveis.
Informe ao médico se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde59.
Modo de uso
Os comprimidos de Belara® são redondos, biconvexos, de cor rosa-pálido.
Se você estiver iniciando o uso de Belara® ou mudando de outro anticoncepcional para Belara® , a tomada regular tem início com o primeiro comprimido, no primeiro dia do ciclo, que deve corresponder ao primeiro dia da menstruação81, mesmo quando você já vinha usando outro contraceptivo hormonal oral.
Se Belara® for tomado no primeiro dia de sangramento após o parto ou aborto, a proteção contraceptiva não será confiável durante as duas primeiras semanas, pois pode não ser mais possível suprimir esta primeira ovulação3.
O primeiro comprimido deve ser retirado da cartela na posição correspondente ao dia da semana (p.ex., “Dom” para domingo) e deglutido inteiro. A seguir, um comprimido deve ser tomado diariamente seguindo a orientação das setas, se possível sempre na mesma hora do dia – de preferência à noite - pois a regularidade da tomada é essencial para garantir a confiabilidade contraceptiva de Belara® . O intervalo entre as tomadas deve ser regular, de 24 horas, sempre que possível. Os dias da semana impressos na cartela permitem a você verificar todo dia se o comprimido do dia em questão já foi tomado.
A tomada do último comprimido da cartela é seguida por intervalo de 7 dias sem medicação, durante o qual ocorre o sangramento, dentro de 2 a 4 dias após o último comprimido.
Após o intervalo de 7 dias sem medicação, uma nova cartela de Belara® deve ser iniciada, quer você continue apresentando sangramento ou não.
Importante (confiabilidade contraceptiva)
A proteção contraceptiva tem início no primeiro dia de tomada e continua durante os intervalos de 7 dias livres de medicação (exceções: após o parto e aborto).
Erros de tomada, vômitos82 ou doenças intestinais associadas a diarréia83, administração concomitante prolongada de certos medicamentos (veja Interações com outros fármacos) e, muito raramente, doenças metabólicas individuais, podem prejudicar a eficácia contraceptiva. Laxantes84 leves não afetam a confiabilidade contraceptiva.
Se você esquecer de tomar o comprimido na hora usual, ele deve ser tomado dentro das próximas 12 horas, no máximo. Se o intervalo normal entre as tomadas for excedido em mais de 12 horas, não há mais garantia de contracepção63 durante este ciclo. Em tais casos, você deve continuar a tomar o comprimido da cartela atual conforme programado, mas deixando de lado o comprimido que foi esquecido, a fim de evitar que ocorra sangramento prematuro, além de usar um contraceptivo de barreira adicional (p.ex., preservativo, diafragma85, etc.).
Os hormônios contidos em Belara® são habitualmente rapidamente absorvidos pelo organismo. Apenas nos casos em que a diarréia83 ou vômitos82 ocorram logo após a tomada de Belara® (até 4 horas após a tomada) você deve imediatamente tomar o próximo comprimido, de maneira a assegurar a proteção contraceptiva. Seu ciclo, então, será diminuído em 1 dia.
Se você vomitar várias vezes ou as queixas persistirem por mais de 12 horas, continue tomando os comprimidos conforme planejado até o final da cartela, porém utilize um método adicional de barreira, como p.ex., o preservativo.
Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Não use o medicamento com o prazo de validade vencido. Antes de usar observe o aspecto do medicamento.
Este medicamento não pode ser partido ou mastigado.
Posologia
Você deve tomar um comprimido de Belara® todos os dias, durante 21 dias, no mesmo horário, de preferência logo antes do horário de dormir. Os comprimidos devem ser ingeridos inteiros. Após este período, uma pausa de 7 dias deve ser respeitada, reiniciando-se uma nova cartela no 8o dia.
Reações Adversas
As reações adversas que podem ser observadas com o uso de Belara® são ordenadas quanto ao seu tipo e aparecimento, sendo que a seguinte classificação é adotada:
Muito comuns: ocorrem em 1 de cada 10 mulheres usuárias;
Comuns: ocorrem em menos de 1 em cada 10, mas mais de 1 em cada 100 mulheres usuárias;
Incomuns: ocorrem em menos de 1 em cada 100, mas mais de 1 em cada 1.000 mulheres usuárias;
Raras: ocorrem em menos de 1 em cada 1.000, mas mais de 1 em cada 10.000 mulheres usuárias;
Muito raras: ocorrem em menos de 1 em cada 10.000, incluindo casos isolados.
Reações Adversas Gerais
Sistema gastrointestinal
Comuns: náusea86. Incomuns: vômitos82. Raras: dor de estômago43, problemas gástricos e intestinais.
Órgãos genitais e mamas30
Comuns: tensão mamária, corrimento, menstruação81 dolorosa. Raras: dor no abdomen inferior, descarga de leite nas mamas30, miomas uterinos, inflamação87 da vagina88, cistos de ovário89, infecções90 por fungos dos órgãos genitais. Muito raras: aumento das mamas30, do sangramento genital, das queixas pré-menstruais.
Sistema nervoso91
Comuns: dor de cabeça92. Incomuns: tontura93, primeiro episódio de enxaqueca34 ou piora de enxaqueca34 já existente.
Doenças psicológicas
Comuns: depressão, irritabilidade. Incomuns: nervosismo.
Órgãos sensoriais
Incomuns: distúrbios visuais. Raras: conjuntivite94 (p.ex., com o uso de lentes de contato), desconforto ao uso de lentes de contato, zumbido.
Pele46 e apêndices
Raras: distúrbios de pigmentação, cloasma95 (que piora em longos períodos de exposição ao sol), ressecamento da pele46, reações alérgicas de pele46, coceira, acne96 transitória, perda de cabelo97. Muito raras: dermatite98, eritema nodoso99, piora da psoríase100.
Distúrbios dos vasos
Raras: colapso101 cardiovascular. Muito rara: aumento da pressão sanguínea.
Músculos102, ossos e tecido conectivo103
Raras: dor lombar, alterações musculares.
Outros
Comuns: cansaço. Incomuns: sensação de peso nas pernas, retenção hídrica nos tecidos. Raras: mudanças no peso ou apetite, alterações na libido104, tendência à sudorese105.
Reações Adversas Específicas do Ciclo Menstrual
- Sangramento intracíclico: spotting e sangramento de escape (com intensidade menstrual) podem ocorrer durante o uso de Belara® . Estes tipos de sangramento são raros e ocorrem, em geral, apenas durante os primeiros ciclos de uso. Você deve continuar a tomar Belara® e, se o sangramento não desaparecer espontaneamente dentro de alguns dias, recomenda-se que o médico seja consultado para excluir qualquer patologia78 orgânica;
- Ausência de sangramento de privação: em casos muito raros, se não ocorre sangramento de privação durante os dias livres de medicação, você pode continuar a tomar Belara® se a presença de gravidez4 for excluída dentro dos primeiros 10 dias do novo ciclo de tratamento;
Nota: na maioria dos casos, após a interrupção do uso de Belara® , as glândulas106 reprodutoras rapidamente assumem seu funcionamento pleno e a capacidade de conceber é restaurada. Em geral, o primeiro ciclo é prolongado em cerca de 1 semana. Entretanto, se um ciclo normal não reaparecer em 2 a 3 meses, consulte seu médico.
- Existe um discreto aumento na incidência64 de doenças das vias biliares107 durante o uso prolongado de contraceptivos hormonais. Há uma divisão de opiniões em relação à possibilidade de formação de cálculos biliares durante o uso de contraceptivos contendo estrogênio. Em casos raros, tumores hepáticos benignos e, mais raramente ainda, malignos foram observados após o uso de agentes hormonais do tipo contido em Belara® e em alguns casos resultaram em sangramento intra-abdominal potencialmente fatal.
Se ocorrem queixas abdominais altas incomuns, que não se resolvem espontaneamente e rapidamente, pode ser necessário interromper o uso de Belara® .
Em casos muito raros, os sintomas68 descritos também podem ocorrer associados a trombose19 de veia hepática14 ou veia mesentérica108.
Efeito sobre o tecido109 mamário
O câncer110 de mama111 é uma das neoplasias15 dependentes de hormônios. Fatores de risco para câncer110 de mama111 tais como menarca112 precoce, menopausa113 tardia (após 52 anos de idade), nuliparidade, ciclos anovulatórios, etc., são bem conhecidos e sugerem a possibilidade de envolvimento hormonal no desenvolvimento do mesmo. Os receptores hormonais114 são de importância vital na biologia do tumor115 do câncer110 de mama111. Os estrogênios, especialmente, induzem uma multiplicidade de fatores de crescimento tais como fator de transformação de crescimento alfa (TGF-alfa). Os estrogênios e os progestogênios influenciam o crescimento de células116 de câncer110 de mama111. Estas relações biológico tumorais, entre outras, formam a base teórica para o tratamento farmacológico do câncer110 de mama111 pós-menopáusico receptor-positivo. A análise de estudos epidemiológicos que indicam uma possível relação entre o uso de contraceptivos orais e o câncer110 de mama111 também sugere que a ocorrência desta neoplasia117 em mulheres até a meia idade é frequentemente associada ao uso de contraceptivos orais iniciados precocemente e utilizados a longo prazo. Por outro lado, esse é apenas um dos vários possíveis fatores de risco envolvidos.
Secreção mamária e aumento do tamanho das mamas30 têm sido observados em casos individuais.
Cistos ovarianos
Cistos ovarianos funcionais foram encontrados em mulheres em uso de contraceptivos orais.
Risco tromboembólico
O uso de contraceptivos hormonais está associado ao risco aumentado de doenças tromboembólicas venosas e arteriais (p.ex., trombose19 venosa, embolia20 pulmonar, acidente vascular cerebral17, infarto do miocárdio18). Este risco pode ser aumentado por fatores adicionais (tabagismo, hipertensão118, transtornos da coagulação22 sanguínea ou metabolismo28 lipídico, sobrepeso56 considerável, veias60 varicosas, história de flebite51 e trombose19) (veja “Advertências”).
Atenção: este é um medicamento novo e, embora pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis para comercialização, efeitos indesejáveis e não conhecidos podem ocorrer. Neste caso, informe seu médico.
Conduta em caso de superdose
Sintomas68
A intoxicação aguda resultante da tomada simultânea de um grande número de comprimidos só é esperada em casos extremos e não resulta habitualmente em condições com risco de vida, mas principalmente em sintomas68 gastrintestinais, disfunção hepática14, do equilíbrio hídrico e do metabolismo28 eletrolítico, bem como sangramento de privação em mulheres. Meninas na pré-puberdade podem apresentar discreto sangramento vaginal.
Tratamento
O monitoramento preventivo119 do metabolismo28 eletrolítico, equilíbrio hídrico e função hepática14, bem como medidas sintomáticas são necessários apenas em casos raros.
Cuidados de conservação e uso
Os comprimidos de Belara® devem ser conservados em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C).
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
Informações Técnicas aos Profissionais de Saúde59
acetato de clormadinona e etinilestradiol
Formas Farmacêuticas e apresentações
Comprimidos revestidos em embalagem com 1 ou 3 cartelas com 21 comprimidos.
Uso adulto
Informações Gerais
Marca Comercial: Belara®
Princípio Ativo: clormadinona, etinilestradiol
Classe Terapêutica1: Contraceptivos
Composição
Cada comprimido revestido contém 2 mg de acetato de clormadinona e 0,03 mg de etinilestradiol.
Excipientes: amido, dióxido de titânio, estearato de magnésio, hipromelose, lactose2 monoidratada, macrogol 6000, óxido de ferro vermelho, povidona, propilenoglicol, talco.
Caracterêsticas Farmacolígicas
Propriedades farmacodinâmicas
Belara® é um contraceptivo oral combinado contendo um estrogênio, etinilestradiol, e um progestogênio, acetato de clormadinona. A tomada contínua de Belara® durante 21 dias resulta na inibição da secreção de FSH e LH pela hipófise120, com supressão da ovulação3. A consistência do muco cervical é modificada, reduzindo a migração dos espermatozóides5 para o canal cervical e alterando a motilidade dos espermatozóides5.
Durante os estudos de tolerabilidade e eficácia, o efeito positivo conhecido do acetato de clormadinona sobre as alterações cutâneas121 androgênicas como acne96 e seborréia122 foi observado.
Propriedades farmacocinéticas
O acetato de clormadinona e o etinilestradiol são absorvidos rapidamente e quase completamente após a ingestão dos comprimidos de Belara® . A disponibilidade sistêmica do acetato de clormadinona é alta em comparação a do etinilestradiol, uma vez que ele não é submetido ao metabolismo28 de primeira passagem hepática14. As concentrações de pico plasmático são alcançadas em 1 a 2 horas após a administração oral. No plasma123, as substâncias ativas ligam-se principalmente às proteínas124. Ambas são rapidamente distribuídas aos tecidos. O acetato de clormadinona é armazenado principalmente no tecido gorduroso125, do qual é liberado de forma equilibrada para a circulação126. O estado de equilíbrio é atingido após 3 a 4 dias para o etinilestradiol e após 8 dias para o acetato de clormadinona. A meia-vida de eliminação média do acetato de clormadinona é 34 horas e do etinilestradiol é de 13 a 27 horas. A maior parte do acetato de clormadinona é excretada sob a forma de metabólitos127 altamente polarizados e conjugados na urina128 e fezes na proporção 40:60. O etinilestradiol também é eliminado na urina128 e fezes (40:60) com meia-vida renal72 média de 25 horas. Os produtos de biodegradação na urina128 são predominantemente sulfatos glicuronídeo, sendo 20% do composto base recuperado nas fezes.
Resultados de Eficácia
Em um estudo multicêntrico, aberto, foram incluídas 2.620 mulheres, que receberam Belara® durante 12 ciclos menstruais, representando um total de 29.262 ciclos. Durante o período de observação 10 casos de gravidez4 foram relatados. Portanto, o Índice de Pearl129 não ajustado foi 0,4 [95% IC (0,2 - 0,8)]. Entretanto, 90% dos casos de gravidez4 ocorreram por erros de tomada do medicamento, com pelo menos 8 de 9 pacientes esquecendo de tomar os comprimidos de Belara® várias vezes. Após uma revisão, apenas 1 caso de gravidez4 foi considerado como falha do método contraceptivo, resultando em um Índice de Pearl129 ajustado de 0,04 [95% IC (0,002 - 0,2)].1
Em outro estudo multicêntrico, aberto, fase III, foram avaliadas 1.655 mulheres, tratadas com Belara® durante um período ≤ 24 ciclos. De um total de 22.337 ciclos observados, 12 casos de gravidez4 foram relatados. Em 7 dos 12 casos relatados, a gravidez4 ocorreu por erros de tomada, administração concomitante de antibióticos, diarréia83 ou vômitos82. O Índice de Pearl129 teórico, neste estudo, foi de 0,269 [95% IC (0,109 - 0,600)]. 2
Adicionalmente, uma publicação de um estudo fase III, multicêntrico, aberto, simples-cego, randomizado130, controlado e paralelo, investigou a eficácia da administração de contraceptivos orais combinados de baixa dosagem sobre a acne96 pápulo-pustulosa da face131, colo132 e dorso133. Foram incluídas 199 pacientes distribuídas em dois grupos: 101 receberam etinilestradiol associado ao acetato de clormadinona e 98 receberam um comparador contendo etinilestradiol associado a outro progestogênio.
Após 12 ciclos de tratamento, foram observadas taxas de resposta significativamente melhores, de 59,4%, com a combinação etinilestradiol + acetato de clormadinona e de 45,9% com o comparador (p=0,02). Esta diferença entre as duas formulações foi ainda mais pronunciada para a acne96 da região do colo132 e do dorso133 costas134. Em ambas as localizações, observou-se maior taxa de cura ao final do tratamento e menor número de exacerbações com a combinação de etinilestradiol + acetato de clormadinona.3
Bibliografia
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2. Zahradnik, HP et al. Efficacy and Safety of the New Antiandrogenic Oral Contraceptive Belara® ® . Contraception 1998; 57: 103-109.
3. Worret, I et al. Acne96 resolution Rates: Results of a Single-Blind, Randomizaed, Controlled, Parallel Phase III Trial with EE/CMA (Belara® ® ) and EE/LNG (Microgynon® ). Dermatology 2001; 203: 38-44.
Indicações
Belara® é indicado como contraceptivo (anticoncepcional hormonal oral).
Contra Indicações
O uso de Belara® é contra-indicado nos seguintes casos:
Gravidez4
Doenças hepáticas7
- Doenças hepáticas7 progressivas agudas e crônicas, transtornos da secreção biliar de bilirrubina8 (síndromes de Dubin-Johnson e de Rotor), transtornos da secreção biliar, do fluxo biliar (colestase9, mesmo tendo ocorrido no passado, se associada à gestação ou uso de esteróides sexuais; isto inclui icterícia10 idiopática11 ou prurido12 durante gestação anterior ou tratamento com estrogenio-progestogênio).
- Após a resolução de hepatite13 viral (testes de função hepática14 normais), um período de 6 meses deve ser observado antes de iniciar o uso de Belara® .
- Neoplasias15 hepáticas7 passadas ou atuais.
Doenças vasculares16 e metabólicas
- Tabagismo
- História passada ou presente de transtornos tromboembólicos (especialmente acidente vascular cerebral17, infarto do miocárdio18, trombose19 de veia profunda, embolia20 pulmonar), bem como estados que aumentam a susceptibilidade21 a estas condições (p.ex., transtornos da coagulação22 com tendência para formação de trombos23, antitrombina III (AT III) congênita24, deficiência de proteína C e proteína S, algumas doenças cardíacas).
- Hipertensão arterial25 exigindo tratamento
- Diabetes mellitus26 grave com alterações vasculares16 associadas (microangiopatia)
- Anemia falciforme27
- Transtornos graves do metabolismo28 lipídico, especialmente quando acompanhado de outros fatores de risco para doenças cardiovasculares29.
Doenças malignas
- Certos tumores malignos (p.ex., de mamas30, cervix uterina135 ou mucosa31 uterina) mesmo após seu tratamento ou em casos suspeitos.
Hiperplasia endometrial32
Outras doenças
- História de herpes gestacional
- Otoesclerose com deterioração durante gestações anteriores
- Obesidade33 grave
- Enxaqueca34 associada a transtornos sensoriais, da percepção e/ou motores
- Sangramento genital anormal não diagnosticado
- Hipersensibilidade aos componentes da fórmula de BELARA®
Modo de usar e cuidados de conservação depois de aberto
Os comprimidos devem ser ingeridos inteiros.
Um comprimido deve ser tomado todos os dias, no mesmo horário, de preferência logo antes de dormir. Antes de iniciar o uso de contraceptivos hormonais, deve ser realizado um exame geral e ginecológico completo, com ênfase especial na exclusão de gravidez4. Se ocorrer gravidez4 durante o uso de Belara® , a medicação deve ser interrompida. No entanto, o uso prévio de Belara® não justifica a interrupção da gravidez4.
Check-ups médicos devem ser realizados com intervalos de 6 meses durante o tratamento.
O primeiro comprimido deve ser retirado da cartela na posição correspondente ao dia da semana (p.ex., “Dom” para domingo) e deglutido inteiro. A seguir, um comprimido deve ser tomado diariamente seguindo a orientação das setas, se possível sempre na mesma hora do dia – de preferência à noite - pois a regularidade da tomada é essencial para garantir a confiabilidade contraceptiva de Belara® . O intervalo entre as tomadas deve ser regular, de 24 horas, sempre que possível. Os dias da semana impressos na cartela permitem à usuária verificar todo dia se o comprimido do dia em questão já foi tomado.
Posologia
Como para todos os inibidores da ovulação3, erros de tomada e de método podem ocorrer e, portanto, não pode se esperar 100% de eficácia do método.
Um comprimido deve ser tomado todos os dias, no mesmo horário, de preferência logo antes de dormir. O intervalo entre as tomadas deve ser regular, de 24 horas, sempre que possível.
Para usuárias iniciando o uso ou mudando de outro anticoncepcional para Belara® , a tomada regular tem início com o primeiro comprimido no primeiro dia do ciclo, que corresponde ao primeiro dia da menstruação81.
Se Belara® for tomado no primeiro dia de sangramento após o parto ou aborto, a proteção contraceptiva não será confiável durante as duas primeiras semanas, pois pode não ser mais possível suprimir esta primeira ovulação3.
A tomada do último comprimido da cartela é seguida por intervalo de 7 dias sem medicação, durante o qual ocorre o sangramento, dentro de 2 a 4 dias após o último comprimido.
Após o intervalo de 7 dias sem medicação uma nova cartela de Belara® deve ser iniciada, quer o sangramento tenha terminado ou ainda persista.
Importante (confiabilidade contraceptiva)
A proteção contraceptiva tem início no primeiro dia de tomada e continua durante os intervalos de 7 dias livres de medicação (exceções: após o parto e aborto).
Erros de tomada, vômito136 ou doenças intestinais associadas à diarréia83, administração concomitante prolongada de certos medicamentos (veja Interações com outros fármacos) e, muito raramente, doenças metabólicas individuais, podem prejudicar a eficácia contraceptiva. Laxantes84 leves não afetam a confiabilidade contraceptiva.
Se a usuária esquecer de tomar o comprimido na hora usual, ele deve ser tomado dentro das próximas 12 horas no máximo. Se o intervalo normal entre a tomada for excedido em mais de 12 horas, não há mais garantia de contracepção63 durante este ciclo. Em tais casos, as usuárias devem continuar a tomar o comprimido da cartela atual conforme programado, mas deixando de lado o comprimido que foi esquecido a fim de evitar que ocorra sangramento prematuro. Um contraceptivo de barreira adicional deve ser usado.
Na presença de vômitos82 ou distúrbio intestinal, a medicação não deve ser interrompida. Um contraceptivo de barreira adicional deve ser usado durante este ciclo.
Advertências
Antes de iniciar o uso de contraceptivos hormonais, deve ser realizado um exame geral (incluindo medida da pressão arterial45, do peso, glicosúria137 e, se necessário, testes hepáticos específicos) e ginecológico completos (incluindo exame de mamas30 e colpocitológico) a fim de detectar doenças que exigem tratamento e fatores de risco e, acima de tudo, excluir a presença de gravidez4. Estes check-ups devem ser repetidos a cada 6 meses durante o uso de Belara® .
Pacientes com diabetes35 clinicamente evidente ou com predisposição para esta condição devem ser monitoradas para possíveis alterações no metabolismo28 de carboidratos antes e durante o tratamento.
A influência do tratamento hormonal sobre os parâmetros monitorados deve sempre ser considerada ao interpretar os resultados dos testes de função hepática14 e endócrinos. Em geral, resultados sem viés não são obtidos até 2 a 4 meses após o final do tratamento.
O uso de Belara® deve ser interrompido imediatamente nas seguintes situações:
- Gravidez4
- Sinais36 iniciais de tromboflebite37 ou tromboembolismo38.
- Cirurgia programada (6 semanas de antecedência) e durante imobilização, p.ex., após acidentes.
- Primeiro episódio de cefaléia40 do tipo enxaqueca34 ou aumento da frequência de cefaléias41 graves incomuns.
- Deficiência sensorial aguda (visual, auditiva, etc.).
- Transtornos motores (especialmente paralisia42).
- Queixas abdominais altas graves. Hepatomegalia44 ou sinais36 de sangramento intrabdominal (veja “Reações Adversas”).
- Elevação da pressão arterial45 a níveis constantemente acima de 140/90 mmHg.
- Icterícia10, hepatite13, prurido12 generalizado, colestase9 e testes de função hepática14 anormais.
- Aumento de crises epilépticas.
- Primeiro episódio ou recorrência47 de porfiria48 (todas as três formas, especialmente porfiria48 adquirida).
- Descompensação aguda de diabetes mellitus26.
As pacientes devem ser monitoradas nas seguintes situações:
- Doença cardíaca e renal72, enxaqueca34, epilepsia49, asma50 (também no passado), uma vez que estas condições podem ser afetadas pelo possível acúmulo de líquidos.
- História de flebite51
- Tendência acentuada para varizes52
- Esclerose múltipla53
- Coréia de Sydenham54
- Tetania55
- Diabetes mellitus26 e tendência para este transtorno
- História pregressa de doenças hepáticas7
- Transtornos do metabolismo28 lipídico
- Sobrepeso56 considerável
- Aumento da pressão arterial45
- Endometriose57
- Mastopatia
- Otosclerose58
- Mioma uterino
Frente à possibilidade de prejuízo grave à saúde59 devido a eventos tromboembólicos (veja “Reações Adversas”), as usuárias devem ser cuidadosamente avaliadas quanto à presença de fatores predisponentes (p.ex., veias60 varicosas, história de flebite51 e trombose19, bem como doenças cardíacas, sobrepeso56 considerável, transtornos da coagulação22 sanguínea) e quanto à ocorrência de eventos tromboembólicos venosos entre familiares jovens, e quaisquer destes fatores devem ser considerados ao se decidir sobre a prescrição deste contraceptivo.
Pacientes fumantes em uso de contraceptivos hormonais têm um risco adicional aumentado de desenvolver, algumas vezes, sequelas61 graves de alterações vasculares16 (p.ex., infarto do miocárdio18, acidente vascular cerebral17). O risco aumenta com a idade e o aumento do consumo de cigarros.
Especialmente mulheres acima dos 30 anos de idade devem evitar fumar se pretendem tomar contraceptivos hormonais para evitar a gravidez4. Se forem incapazes de parar de fumar devem optar por outras formas de contracepção63.
Estudos pós-comercialização mostraram que a incidência64 de doenças tromboembólicas pode diminuir durante o uso de contraceptivos de baixa dose de estrogênio (0,05 mg ou menos), o que levou ao desenvolvimento de contraceptivos hormonais de baixa dosagem. Se a expectativa que mulheres em uso de tais formulações de baixa dose têm realmente incidência64 menor de oclusões vasculares16 trombóticas65 ou tromboembólicas é justificada, ainda não foi conclusivamente estabelecido.
Portanto, mesmo em uso de contraceptivos hormonais de baixa dose, as pacientes devem ser cuidadosamente avaliadas quanto à presença de fatores que promovem processos tromboembólicos (veja acima) e o risco deve ser avaliado contra os potenciais benefícios deste método de contracepção63.
A ocorrência de doenças tromboembólicas em familiares em idade jovem pode indicar a presença de transtornos do sistema de coagulação22. Doenças deste tipo incluem trombose venosa profunda66, embolia20 pulmonar, acidente vascular cerebral17, transtornos súbitos dos sentidos ou da percepção (visual, auditiva), distúrbios da fala e do movimento, especialmente paralisia42, infarto do miocárdio18 e angina67 pectoris. Se houver história familiar de tais doenças, o estado de coagulação22 da paciente deve ser cuidadosamente determinado antes de se prescrever Belara® (isto inclui, p.ex., determinação de AT III, proteína C e proteína S).
Mulheres acima dos 40 anos de idade exigem monitoramento especial uma vez que a tendência para trombose19 aumenta com a idade.
O uso de qualquer contraceptivo oral combinado pode implicar em risco aumentado de tromboembolismo38 venoso em comparação com a não utilização deste tipo de contraceptivo. O excesso de risco de tromboembolismo38 venoso é maior durante o primeiro ano de uso do contraceptivo oral. Este risco aumentado é menor que o risco de tromboembolismo38 venoso associado à gestação, o qual é estimado em 60 casos por 100.000 gravidezes. O tromboembolismo38 venoso é fatal em 1-2% dos casos. A influência de Belara® no risco de tromboembolismo38 venoso é desconhecida em comparação a outros contraceptivos orais combinados.
Condições patológicas que podem deteriorar durante o uso de Belara®
Certas doenças podem ser afetadas de forma adversa tanto pela gravidez4 quanto pelo uso de estrogênios ou combinações de estrogenio-progestogênio. Estas condições incluem epilepsia49, esclerose múltipla53, otosclerose58, herpes gestacional, porfiria48, tétano70, candidíase71 e trichomoníase.
Pacientes com asma50, enxaqueca34 e disfunção cardíaca ou renal72 grave, exigem acompanhamento médico cuidadoso devido à possibilidade de retenção de líquidos durante o uso de combinações de estrogenio-progestogênio.
Gravidez4 e amamentação73
A presença de gravidez4 deve ser excluída antes de se iniciar o uso de Belara® . Se ocorrer gravidez4 durante o tratamento, o uso de Belara® deve ser interrompido imediatamente. No entanto, o uso anterior de Belara® não justifica a interrupção da gravidez4.
Se Belara® for tomado durante a amamentação73 é importante lembrar que pode haver diminuição da produção de leite. Quantidades muito pequenas dos ingredientes ativos de Belara® são excretadas no leite.
No entanto, em geral, a contracepção63 só é indicada durante períodos prolongados de amamentação73 uma vez que, habitualmente não ocorre ovulação3 durante períodos curtos de amamentação73.
Se possível, métodos contraceptivos não hormonais devem ser usados até a interrupção da amamentação73.
Este medicamento causa malformação74 ao bebê durante a gravidez4.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.
Uso em idosos, crianças e outros grupos de pessoas
Não existem estudos até o momento que avaliem o uso de Belara® em idosos e crianças. Os cuidados relativos ao uso de Belara® em outros grupos de risco estão descritos no item “Advertências”.
Interações Medicamentosas
A eficácia contraceptiva de Belara® pode ser prejudicada pela administração concomitante de fármacos que aumentam a biodegradação de hormônios esteróides (p.ex., barbitúricos, rifampicina, griseofulvina, fenilbutazona e antiepilépticos, como barbexaclona, carbamazepina, fenitoína, primidona) e preparações contendo Erva de São João. A ocorrência de spotting foi relatada em mulheres em uso de preparações contendo Erva de São João e contraceptivos orais concomitantemente. Níveis sanguíneos reduzidos do contraceptivo também foram medidos devido a alterações na flora intestinal associadas ao uso concomitante de antibióticos como ampicilina ou tetraciclinas e, também, após a ingestão de carvão ativado. Foram registradas taxas aumentadas de sangramento intermenstrual e, em casos isolados, de gravidez4.
A necessidade de insulina76 ou outros hipoglicemiantes77 pode ser alterada devido à influência na tolerância à glicose75.
A excreção de teofilina ou cafeína é diminuída durante o uso de contraceptivos orais, levando ao aumento ou prolongamento do efeito destes dois fármacos.
Superdose
Sintomas68
A intoxicação aguda resultante da tomada simultânea de um grande número de comprimidos só é esperada em casos extremos e não resulta habitualmente em condições com risco de vida, mas principalmente em sintomas68 gastrintestinais, disfunção hepática14, do equilíbrio hídrico e do metabolismo28 eletrolítico, bem como sangramento de privação em mulheres. Meninas na pré-puberdade podem apresentar discreto sangramento vaginal.
Tratamento
O monitoramento preventivo119 do metabolismo28 eletrolítico, equilíbrio hídrico e função hepática14, bem como medidas sintomáticas são necessários apenas em casos raros.
Armazenagem
A embalagem de Belara® deve ser conservada em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C).
Especêficos do ciclo menstrual
- Sangramento intracíclico: spotting e sangramento de escape (com intensidade menstrual) podem ocorrer durante o uso de Belara® . Estes tipos de sangramento são raros e ocorrem, em geral, apenas durante os primeiros ciclos de uso. As pacientes devem continuar a tomar Belara® e, se o sangramento não desaparecer espontaneamente dentro de alguns dias, recomenda-se administrar 20 a 40 mcg de etinilestradiol durante 4 a 5 dias (porém não além do último comprimido da cartela em uso). Se o sangramento ainda persistir ou se repetir durante vários ciclos, recomenda-se um exame completo para excluir qualquer patologia78 orgânica.
- Ausência de sangramento de privação: em casos muito raros, se não ocorre sangramento de privação durante os dias livres de medicação, as pacientes podem continuar a tomar Belara® se a presença de gravidez4 for excluída dentro dos primeiros 10 dias do novo ciclo de tratamento.
Nota: na maioria dos casos, após a interrupção do uso de Belara® , as glândulas106 reprodutoras rapidamente assumem seu funcionamento pleno e a capacidade de conceber é restaurada. Em geral, o primeiro ciclo é prolongado em cerca de 1 semana.
- Existe um discreto aumento na incidência64 de doenças das vias biliares107 durante o uso prolongado de contraceptivos hormonais. Há uma divisão de opiniões em relação à possibilidade de formação de cálculos biliares durante o uso de contraceptivos contendo estrogênio. Em casos raros, tumores hepáticos benignos e, mais raramente ainda, malignos foram observados após o uso de agentes hormonais do tipo contido em Belara® e em alguns casos resultaram em sangramento intraabdominal potencialmente fatal.
Se ocorrem queixas abdominais altas incomuns, que não se resolvem espontaneamente e rapidamente, pode ser necessário interromper o uso de Belara® .
Em casos muito raros, os sintomas68 descritos também podem ocorrer associados a trombose19 de veia hepática14 ou veia mesentérica108.
Efeito sobre o tecido109 mamário
O câncer110 de mama111 é uma das neoplasias15 dependentes de hormônios. Fatores de risco para câncer110 de mama111 tais como menarca112 precoce, menopausa113 tardia (após 52 anos de idade), nuliparidade, ciclos anovulatórios, etc., são bem conhecidos e sugerem a possibilidade de envolvimento hormonal no desenvolvimento do mesmo. Os receptores hormonais114 são de importância vital na biologia do tumor115 do câncer110 de mama111. Os estrogênios, especialmente, induzem uma multiplicidade de fatores de crescimento tais como fator de transformação de crescimento alfa (TGF-alfa). Os estrogênios e os progestogênios influenciam o crescimento de células116 do câncer110 de mama111. Estas relações biológico tumorais, entre outras, formam a base teórica para o tratamento farmacológico do câncer110 de mama111 pós-menopáusico receptor-positivo. A análise de estudos epidemiológicos que indicam uma possível relação entre o uso de contraceptivos orais e o câncer110 de mama111 também sugere que a ocorrência desta neoplasia117 em mulheres até a meia idade é frequentemente associada ao uso de contraceptivos orais iniciados precocemente e utilizados a longo prazo. Por outro lado, esse é apenas um dos vários possíveis fatores de risco envolvidos.
A secreção mamária e o aumento do tamanho das mamas30 têm sido observados em casos individuais.
Cistos ovarianos
Cistos ovarianos funcionais têm sido encontrados em mulheres em uso de contraceptivos orais.
Risco tromboembólico
O uso de contraceptivos hormonais está associado ao risco aumentado de doenças tromboembólicas venosas e arteriais (p.ex., trombose19 venosa, embolia20 pulmonar, acidente vascular cerebral17, infarto do miocárdio18). Este risco pode ser aumentado por fatores adicionais (tabagismo, hipertensão118, transtornos da coagulação22 sanguínea ou metabolismo28 lipídico, sobrepeso56 considerável, veias60 varicosas, história de flebite51 e trombose19) (veja “Advertências”).
Atenção: este é um medicamento novo e, embora pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis para comercialização, efeitos indesejáveis e não conhecidos podem ocorrer.
Belara Comprimidos - Laboratório
JANSSEN- CILAG FARMACÊUTICA LTDA.
Rod. Presidente Dutra, km 154
São José dos Campos/SP
Tel: 08007011851
Ver outros medicamentos do laboratório "JANSSEN- CILAG FARMACÊUTICA LTDA."
