Miocor

UCI FARMA

Atualizado em 09/12/2014

Miocor

Cloridrato de amiodarona

Apresentações de Miocor

Caixa contendo 20 comprimidos. Comprimido - Uso oral
USO ADULTO

Composição de Miocor

Cloridrato de amiodarona .................... 200 mg
Excipiente* q.s.p. .................... 1 comprimido
*(amido de milho, estearato de magnésio, lactose1, celulose microcristalina, dióxido de silício coloidal, fosfato dicálcio, talco, metilmetacrilato)

Informações ao Paciente de Miocor

· MIOCOR® é um medicamento utilizado para o tratamento de problemas cardíacos.· MIOCOR® deve ser conservado em lugar seco, fresco (entre 15 a 30o C) e protegido da luz, na sua embalagem original até o término de seu uso.
· O número do lote, as datas de fabricação e validade estão carimbados no cartucho do produto.
· Não utilize o medicamento com prazo de validade vencido.
· Para a administração correta de MIOCOR®, leia atentamente o item Instruções de Uso, contido na parte final desta bula.
· MIOCOR® não deve ser utilizado por pacientes alérgicos ao cloridrato de amiodarona.
· Durante o tratamento com MIOCOR®, deve-se evitar a ingestão de bebidas alcoólicas.
· Informe ao médico a ocorrência de gravidez2 durante o tratamento ou após o seu término.
· Informe ao médico se estiver amamentando.
· Informe ao médico sobre os medicamentos que está utilizando.
· Obedeça a posologia indicada pelo médico e não interrompa o tratamento sem o seu conhecimento.
· Informe imediatamente ao médico se ocorrerem reações indesejáveis.
NÃO TOME MEDICAMENTO SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO. PODE SER PERIGOSO PARA A SUA SAÚDE3. TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.

Informações Técnicas de Miocor

Efeitos eletrofisiológicos: o mecanismo iônico principal, pelo qual a amiodarona exerce seu efeito antiarrítmico4, é uma diminuição da conduntância para o potássio, que provoca uma prolongação da duração do potencial de ação e o período refratário de todo o tecido5 cardíaco (incluindo o nó sinusal6, o átrio, o no átrio ventricular (AV), o sistema His-Purkinje e o ventrículo), sem afetar significativamente o potencial transmembrana diastólico. Afeta em menor grau a condutância para a entrada de sódio e cálcio, com escasso efeito sobre a amplitude do potencial de ação e a velocidade de despolarização. Diminui o automatismo do nó sinusal6 e o automatismo do nó AV7, prolonga a condução AV e diminui o automatismo das fibras de condução espontânea do sistema de Purkinje. A ação sobre a condução intra-atrial (PA) e intraventricular (HV) é variável. A diminuição da condução nodal expressa-se pelo aumento do intervalo AH e rebaixamento do ponto de Wenkebach AV com a estimulação atrial programada. O período refratário do sistema His-Purkinje se prolonga sem afetar o tempo de condução. O intervalo HV não se modifica. Prolonga o estado refratário e diminui a condução das vias teciduiais acessórias em pacientes com síndrome8 de Wolf-Parkison-White (WPW). Também produz antagonismo não-competitivo dos receptores alfa e beta-adrenérgicos9. O cloridrato de amiodarona é considerado fundamentalmente um antiarrítmico4 da classe III, com algumas propriedades da classe I (amiodarona também bloqueia com afinidade seletiva os canais inativados de sódio). Esses efeitos eletrofisiológicos podem se refletir na diminuição da frequência sinusal, prolongamento do intervalo PR, QTc, QRs ligeiramente alargado, diminuição da amplitude da onda T com alargamento e bifurcação da mesma e aparecimento da onda U.
Efeitos hemodinâmicos: função ventricular normal: o cloridrato de amiodarona administrado por via oral em pacientes com boa função ventricular não provoca alterações no débito cardíaco10.
Disfunção ventricular: o cloridrato de amiodarona administrado por via oral, mesmo em pacientes com má função ventricular, com ou sem insuficiência cardíaca11 estabelecida, não provoca alterações significativas na fração de ejeção do ventrículo esquerdo, inclusive em pacientes com frações de ejeção entre 15 e 20%; entretanto, a administração de doses orais muito altas raramente pode provocar hipotensão12.
Circulação13 coronariana: o cloridrato de amiodarona produz vasodilatação coronariana que, em parte, é responsável pela ação antianginosa que consiste em redução de longa duração da freqüência cardíaca; diminuição moderada e transitória da pressão arterial14; redução do consumo miocárdico de oxigênio; aumento marcado do fluxo sangüíneo miocárdico; inibição parcial dos efeitos das catecolaminas.
Farmacocinética: o cloridrato de amiodarona é absorvido de forma variável e lenta no trato gastrintestinal.
A biodisponibilidade oral do cloridrato de amiodarona é de 50%. Apresenta um volume de distribuição amplo e variável como conseqüência de um grande acúmulo no tecido adiposo15 e em órgãos altamente perfundidos (fígado16, pulmão17, baço18), o que faz com que o estado de equilíbrio e as concentrações terapêuticas plasmáticas sejam atingidos gradualmente e a eliminação seja prolongada. A ligação às proteínas19 é muito alta, 96%. O metabolismo20 é, em sua maior parte, hepático, formando o metabólito21 ativo a desetilamiodarona. Apresenta eliminação bifásica e meia-vida inicial de eliminação após a interrupção do tratamento por via oral é entre 2,5 e 10 dias, seguida da fase terminal que varia entre 8 e 107 dias. A meia-vida terminal de eliminação para a desetilamiodarona é, em média, de 61 dias.
Ao iniciar o tratamento por via oral com doses de ataques altas, o efeito pode aparecer após poucas horas. Durante o tratamento prolongado por via oral o efeito aparece entre 2 e 21 dias. Em pacientes pediátricos foi observado início mais rápido de ação (4 dias em média). A duração da ação após a interrupção do tratamento por via oral é variável (semanas a meses). O tempo transcorrido até atingir a concentração máxima é de 3 a 7 horas após a dose oral única. Pode-se medir concentrações plasmáticas de amiodarona até 6 meses após a suspensão do tratamento. Em crianças foram observadas recaídas mais imediatas à retirada do tratamento, sugerindo que ocorre uma eliminação mais rápida e menor amplitude de acúmulo em tecido5. A concentração teapêutica plasmática é de 1 a 2,5 µg (de 0,001 a 0,0025 mg) por mililitro em estado de equilíbrio. A excreção é biliar. Aproximadamente 25% da dose materna é excreta no leite materno. Não é eliminado por hemodiálise22. A cinética23 de distribuição e eliminação não se modifica em pacientes que requerem diálise24 crônica.

Indicações de Miocor

MIOCOR® é indicado para a prevenção e tratamento arritmias25 ventriculares, taquicardia26 ventricular ou fibrilação ventricular hemodicamente instáveis. Na maioria dos pacientes produz uma eliminação completa da atividade ectópica27 ventricular. É eficaz nas arritmias25 ventriculares em pacientes com coronariopatia que já apresentaram taquicardia26 ventricular e fibrilação ventricular, na taquicardia26 ventricular idiopática28 recorrente e nas arritmias25 ventriculares presentes na cardiopatia chagásica. Nos pacientes com miocardiopatia29 dilatada, amiodarona diminui a incidência30 de taquicardia26 ventricular. No tratamento anti-arrítmico profilático dos pacientes com arritmias25 ventriculares complexas persistentes e assintomáticas após infarto do miocárdio31, reduzindo a mortalidade32 e os eventos arrítmicos. Nos pacientes portadores de arritmia33 ventricular maligna (com exceção do subgrupo de pacientes com antecedente de fibrilação ventricular e fração de ejeção menor do que 30%), evitando a morte súbita cardíaca. Nos pacientes com miocardiopatia29 hipertrófica concomitante a arritmia33 ventricular maligna, melhorando a sobrevida34. Na angina35 associada às arritmias25 e à insuficiência cardíaca11 não-controlada, em casos de contra-indicações ou de ineficácia de outros tratamentos. Nas arritmias25 supraventriculares refratárias36 ao tratamento convencional, especialmente quando se associam a síndrome8 de WPW, incluindo a fibrilação atrial paroxística, o flutter atrial, a taquicardia26 atrial ectópica27 e a taquicardia26 supra-ventricular paroxística tanto das reentradas do nó AV7 como da taquicardia26 reentrante AV.

Contra-Indicações de Miocor

Em casos de hipersensibilidade ao cloridrato de amiodarona ou a qualquer componente da fórmula.A utilização do cloridrato de amiodarona não é indicado quando existirem as seguintes entidades clínicas: bloqueio AV preexistente de segundo ou terceiro grau sem marcapasso37, por haver risco de bloqueio cardíaco38 completo; episódios de bradicardia39 que dêem lugar a síncope40, a menos que estejam controlados por um marcapasso37; disfunção severa do nó sinusal6, que produza bradicardia39 sinusal marcante, a menos que esteja controlado por um marcapasso37 (a amiodarona diminui o automatismo do nó sinusal6, podendo produzir bradicardia39 sinusal resistente à atropina); pacientes que apresentam síncope40 e bloqueio de ramo com estudo eletrofisiológico do feixe de His41 mostrando um intervalo HV superior a 65 m/seg, a menos que seja implantado marcapasso37.

Precauções de Miocor

Gravidez2: o cloridrato de amiodarona atravessa a placenta; as concentrações plasmáticas de amiodarona e desetilamiodarona no neonato42 são 10 e 25% das concentrações plasmáticas maternas, respectivamente. Foi descrita ausência de efeitos adversos quando a amiodarona foi administrada na fase final da gravidez2; porém, existem dados acerca de seus potenciais efeitos adversos no neonato42, incluindo bradicardia39 e efeitos no estado tireóideo (sabe-se que o iodo produz bócio43 fetal, hipotiroidismo e retardo mental). O risco será maior ao administrar a amiodarona no início da gravidez2, por incrementar o tempo de exposição. A bradicardia39 leve e o prolongamento do intervalo QT foram observados de forma inconstante e transitória durante o nascimento. O acompanhamento de alguns destes recém-nascidos até o primeiro ano de vida parece não ter mostrado repercussões. Devido a experiência clínica limitada, deve-se levar em conta a relação risco/benefício (dados seus potenciais efeitos adversos no neonato42) nas pacientes que durante a gravidez2 apresentaram taquiarritmias44 que ameaçam a vida e que foram refratárias36 a outros agentes antiarrítmicos.
Lactação45: não foram descritos problemas em humanos; porém, deve-se levar em conta a relação risco/benefício, dado que a amiodarona é excretada no leite materno. A criança recebe aproximadamente 25% da dose materna; logo, não é recomendável o uso da amiodarona em mulheres que estejam amamentando.
Pediatria: quando se utiliza amiodarona simultâneamente com digoxina, pode existir uma interação maior em crianças do que em adultos. Nas crianças a presença de efeitos colaterais46 é baixa e o crescimento parece não ser afetado, apesar da existência de alterações na função tireoideana. O início e a duração da ação da amiodarona poderão ser mais curtos. Contudo, a amiodarona é altamente efetiva para o tratamento das arritmias25 pediátricas, inclusive nos casos críticos resistentes a outros antiarrítmicos.
Idosos: ainda que não se tenham realizados estudos adequados e bem controlados na população geriátrica, os idosos podem experimentar um aumento na incidência30 de efeitos neurotóxicos e disfunção hepática47 (os pacientes com disfunção hepática47 podem requerer doses menores de amiodarona).
Hipopotassemia48: a amiodarona pode ser ineficaz ou arritmogênica. Nestes casos deve-se corrigir os níveis de potássio antes de iniciar o tratamento.
Disfunção tireoideana, incluindo bócio43 ou nódulos. Existe maior risco de hipotireoidismo49 ou hipertireoidismo50.
Também recomenda-se considerar que durante a cirurgia cardíaca "em céu aberto" em pacientes que recebem amiodarona, existe o risco de hipotensão12 após a eliminação da circulação13 extracorpórea.

Reações Adversas de Miocor

A incidência30 de reações adversas está geralmente relacionada à dose e à duração do tratamento. Geralmente são reversíveis após a suspensão da terapia, freqüentemente não obrigam a suspender o tratamento e diminuem com a redução da dose.A bradicardia39 sinusal assintomática é comum, porém, bradicardia39 sintomática51 apresenta-se somente entre 2 e 4% dos pacientes que tomam amiodarona. Raramente se produz bloqueio cardíaco38 e parada sinusal. O bloqueio AV é pouco freqüente. Numa proporção de 2 a 5% dos pacientes aparecem arritmias25 ou se exacerbam e podem incluir taquicardia26 ventricular paroxística, fibrilação ventricular, aumento da resistência a cardioversão e torsades de pointes que podem estar associadas a um marcante prolongamento do intervalo QT.
Requerem consulta médica:
Fibrose52 pulmonar, pneumonite53 ou alveolite intersticial54: os sintomas55 mais freqüentes são: tosse, febricula, dor toráxica e dispnéia56 (a realização da ausculta57 toráxica a intervalos periódicos revela a presença de estertores), diminuição do murmúrio vesicular58 ou átrio pleural. Estas manifestações são clinicamente significativas numa proporção de 1 a 10% dos pacientes, porém a capacidade de difusão anormal se produz numa porcentagem mais alta. A comparação da radiografia de tórax59 realizada antes do início do tratamento e a intervalos de 3 a 6 meses durante o mesmo, pode detectar alterações intersticiais difusas ou infiltrações alveolares. As determinações da função pulmonar (capacidade de difusão e capacidade pulmonar total60), o rastreio com gálio radioativo61 e a broncoscopia62 com biópsia63 pulmonar podem ser úteis quando se apresentam manifestações de toxicidade64 pulmonar que não podem ser diagnosticadas mediante uma radiografia de tórax59.
Uma proporção igual ou menor que 10% dos pacientes com toxicidade64 pulmonar por amiodarona pode evoluir para exitus letalis, especialmente quando não diagnosticada imediatamente. Foi relata ocorrência após vários meses de suspensão do tratamento com esteróide. O quadro clínico as vezes se confunde com insuficiência cardíaca congestiva65 ou pneumonia66, porém raramente estão relacionadas. Existem distintas opiniões quanto a utilidade do tratamento da toxicidade64 pulmonar por amiodarona com esteróides; entretanto, este tratamento tem maior utilidade na toxicidade64 grave.
Neurotoxicidade: os sintomas55 mais freqüentes são: dificuldade de andar, adormecimento ou formigamento nos dedos das mãos67 e dos pés, tremor ou agitação das mãos67, movimentos não habituais ou incontrolados do corpo, debilidade nos braços e nas pernas. A ataxia68 é o sintoma69 mais comum, se apresenta numa proporção de 20 a 40% dos pacientes, especialmente durante a administração da dose de ataque: produzir-se entre a primeira semana ou vários meses após iniciar o tratamento e pode persistir durante um ano ou mais, mesmo após a suspensão da terapia.
Fotossensibilidade: o sintoma69 mais freqüente é a sensibilidade da pele70 a luz solar: pode produzir-se inclusive através dos vidros das janelas e da roupa fina de algodão; não está relacionado com a dose. Recomenda-se a utilização de uma barreira de proteção solar como o óxido de zinco ou de titânio e roupa pesada. Incidências menos freqüentes: pigmentação azul-acinzentada. Aparece nas áreas expostas à luz solar (rosto, pescoço71 e braços). Produz-se com o uso prolongado, geralmente superior a um ano, especialmente nos pacientes com pele70 clara ou que se expõem excessivamente ao sol; desaparece lentamente e as vezes de forma incompleta depois da suspensão do tratamento.
Toxicidade64 ocular: os sintomas55 mais freqüentes são: visão72 turva ou de halos azuis-esverdeados ao redor dos objetos, secura ocular e fotofobia73. Os depósitos corneanos assintomáticos bilaterais e simétricos, que aparecem no exame com lâmpada de fenda com uma pigmentação pardo-amarelada, produzem-se em todos os pacientes após seis meses de tratamento, porém podem aparecer antes; em até 10% dos pacientes produzem-se depósitos corneanos sintomáticos; é rara a degeneração macular74 e a diminuição da acuidade visual75; os depósitos corneanos desaparecem após a suspensão do tratamento com amiodarona, ainda que isto possa requerer até sete meses. Recomenda-se a realização de exame com lâmpada de fenda se aparecerem sintomas55 de toxicidade64 ocular.
Hipotiroidismo: os sintomas55 mais freqüentes são: frio, pele70 seca e edemaciada76, cansaço e ganho de peso. Aparece em menos de 10% dos pacientes, embora seja normal que se produzam variações na concentração do hormônio77 tireóideo que possam persistir durante vários meses após a suspensão do tratamento com amiodarona. Recomenda-se a realização de determinações da função tireoidiana antes do início e a intervalos periódicos durante o tratamento com amiodarona. Quando se produz hipotiroidismo recomenda-se também a administração de um suplemento de hormônio77 tireóideo.
Hipertiroidismo: os sintomas55 freqüentes são: nervosismo, sensibilidade ao calor, insônia, sudorese78 e perda de peso. Produz-se hipertiroidismo numa proporção de 1 a 3% dos pacientes, embora seja normal que se produzam variações na concentração do hormônio77 tireóideo que possam persistir durante vários meses após a suspensão do tratamento com amiodarona.
Bradicardia39 sinusal sintomática51: os sintomas55 são: palpitações79 bradicárdica e/ou batimentos cardíacos irregulares. Geralmente responde a diminuição da dosagem, porém pode requerer um marcapasso37; pode ser resistente à atropina.
Arritmias25: os sintomas55 mais freqüentes são: palpitações79 taquicardíacas e/ou batimentos cardíacos irregulares.
Insuficiência cardíaca congestiva65: o sintoma69 mais freqüente é edema80 nos membros inferiores. Incidência30 rara: reação alérgica81, com erupção82 cultânea. Geralmente produz-se durante as duas primeiras semanas de tratamento.
Hepatites83: apresenta-se com coloração amarelada dos olhos84 e pele70. Comumente as enzimas hepáticas85 elevam-se várias vezes durante os dois primeiros meses de tratamento; em raras ocasiões o paciente evoluiu para o exitus letalis como resultado de insuficiência hepática86 semelhante à cirrose87 alcoólica. Recomenda-se a realização, em intervalos regulares, de determinações de alanina-aminotranferase sérica (ALT [SGTP]), fosfatase alcalina88 sérica e aspartato, aminotransferase sérica (AST [SGOT]), especialmente em pacientes que recebem doses de manutenção elevadas.
Recomenda-se redução da dosagem da amiodarona quando as concentrações aumentam até três vezes com relação ao seu valor normal, quando aumentam o dobro em pacientes com concentrações basais elevadas ou quando aparece hepatomegalia89. Epididimite não infecciosa: manifesta-se com dor escrotal unilateral ou bilateral e edema80.
Efeitos diversos: incidências mais freqüentes: constipação90, cefaléia91, perda de apetite, náusea92 e vômito93, especialmente durante a administração de altas doses, assim como durante a dose de ataque. As náuseas94 e os vômitos95 podem aliviar se a amiodarona for administrada em doses mais baixas ou fracionadas. Incidências menos freqüentes: sabor amargo ou metálico, tonturas96, efeito sobre o sistema nervoso central97, hipotensão12, rubor facial.

Interações Medicamentosas de Miocor

Atropina: a amiodarona pode potenciar a bradicardia39 e a hipotensão12 resistentes a atropina.
Antiarrítmicos: com outros antiarrítmicos, a amiodarona pode produzir efeitos cardíacos aditivos e aumentar o risco de taquiarritmias44.
A amiodarona aumenta as concentrações plasmáticas de quinidina, procainamida, flecainida e fenitoína; tem sido descrito que o uso simultâneo de amiodarona com quinidina, disopiramida, procainamida ou mexiletina pode provovar prolongamento do intervalto QT e raramente a torsades de pointes. Portanto, o uso simultâneo com todos os antiarrítmicos da classe I requer uma maior precaução; vários dias após o início do tratamento com amiodarona a dose dos antiarrítmicos anteriores devem ser reduzidos entre 30 e 50% e suspendê-los gradualmente; quando necessário o tratamento antiarrítmico4 associado a amiodarona, este deve iniciar com a metade da dose recomendada.
Anticoagulantes98 cumarínicos: a amiodarona inibe o metabolismo20 e potencializa o efeito anticoagulante99, que não começa até 4 a 6 dias após iniciado o tratamento com amiodarona e persiste durante semanas ou meses depois de sua suspensão; o tempo de protrombina100 pode se duplicar, porém, este efeito é muito irregular; recomenda-se reduzir a dose do anticoagulante99 entre um terço e a metade e controlar estritamente o tempo de protrombina100.
Bloqueadores beta-adrenérgicos9 ou bloqueadores dos canais de cálcio: a amiodarona pode produzir uma potencialização da bradicardia39, parada sinusal bloqueio AV, especialmente nos pacientes com disfunção sinusal subjacente. Se isto ocorrer, recomenda-se a redução da dose de amiodarona, do beta-bloqueador ou do bloqueador do canal de cálcio; em alguns casos o tratamento com amiodarona pode ser continuado depois da inserção de um marcapasso37.
Digitálicos: a amiodarona aumenta as concentrações séricas de digoxina e provavelmente de outros glicosídeos cardiotônicos, possivelmente até níveis tóxicos. No início do tratamento com amiodarona, deve-se suspender o tratamento com digitálicos ou reduzir a dose a metada. Se necessária a associação da amiodarona com glicosídeos cardiotônicos, deve-se controlar cuidadosamente as concentrações séricas dos fármacos. A amiodarona e os digitálicos podem produzir efeitos aditivos a nível do nó sinoatrial101 e AV.
Diuréticos102 de alça ou diuréticos102 tiazídicos ou indapamida: o uso simultâneo de amiodarona com diuréticos102 espoliadores de potássio pode produzir um aumento no risco de arritmias25 associadas a hipopotassemia48.
Fenitoína: a amiodarona pode aumentar as concentrações plasmáticas de fenitoína, dando lugar a um aumento dos efeitos e/ou da toxicidade64.
Iodeto sódico I123 ou iodeto sódico I131 ou pertecnetato sódico Tc99m: a amiodarona pode inibir a captação da tireóide.

Posologia e Administração de Miocor

O tratamento com MIOCOR® deve ser realizado em duas fases, sendo a primeira de ataque e a segunda de manutenção. Recomenda-se realizar a terapia de manutenção de forma intermitente103; administrando-se o medicamento durante 5 dias consecutivos (segundas às sextas-feiras), com 2 dias (sábados e domingos) sem tratamento. Devido a amiodarona apresentar meia-vida e duração de ação longa, a eventual falha na administração por alguns dias não irá alterar significativamente seu perfil farmacodinâmico.Não é necessário reduzir a dose diária de MIOCOR® em pacientes com insuficiência renal104. Neste grupo recomenda-se monitorizar a função tireoideana.
Em pacientes com insuficiência hepática86, aconselha-se diminuir a dose diária de MIOCOR®.
Arritmias25 ventriculares Dose de ataque: de 4 a 6 comprimidos de MIOCOR® ao dia (800 a 1200 mg, em média 1000 mg ao dia), durante uma a duas semanas, ou mais se necessário (em média durante dez dias), até que se inicie resposta terapêutica105 e/ou impregnação eletrocardiográfica ou ocorram reações adversas.
Quando se conseguir um controle adequado ou ocorrerem efeitos adversos, a dose deve ser reduzida para 3 ou 4 comprimidos ao dia (600 ou 800 mg), durante um mês, reduzindo-se, posteriormente, até obtenção da mínima dose de manutenção eficaz.
Nos pacientes com arritmias25 ventriculares complexas persistentes e assintomáticas após infarto do miocárdio31, deve-se administrar 5 comprimidos ao dia (1000 mg), durante cinco dias, ou mais se necessário. Quando se conseguir um controle adequado ou ocorrerem efeitos adversos, a dose deve ser reduzida para 1 comprimido ao dia (200 mg) como dose de manutenção.
Dose de manutenção: 2 comprimidos de MIOCOR® ao dia (400 mg), a dose poderá ser aumentada ou diminuída de acordo com a resposta do paciente.
Quando se conseguir um controle adequado ou ocorrerem efeitos adversos, a dose deve ser reduzida para 1 comprimido ao dia (200 mg).
Nos casos de angina35 do peito106 concomitantes à arritmia33, recomenda-se o uso da dose preconizada107 segundo o tipo de arritmia33. Nos pacientes com angina35 do peito106 recomenda-se administração de 3 comprimidos ao dia (600 mg), durante duas semanas, reduzindo-se, posteriormente, para 2 comprimidos ao dia (400 mg), durante mais duas semanas.
A dose mínima de manutenção eficaz deve ser determinada através do resultado terapêutico e/ou da impregnação eletrocardiográfica, a qual pode variar de 1 a 2 comprimidos ao dia (200 a 400 mg), de acordo com a resposta do paciente.
Taquicardia26 supraventricular
Dose de ataque: de 3 a 4 comprimidos ao dia (600 a 800 mg), durante uma semana, ou mais se necessário, até que se inicie resposta terapêutica105 e/ou impregnação eletrocardiográfica ou ocorram reações adversas.
Quando se conseguir um controle adequado ou ocorrerem efeitos adversos, a dose deve ser reduzida para 2 comprimidos ao dia (400 mg), durante três semanas.
Dose de manutenção: de 1 a 2 comprimidos ao dia (200 a 400 mg).

Instruções de Uso de Miocor

MIOCOR® deve ser ingerido durante as refeições, se necessário, com o auxílio de água, leite, suco de frutas ou refrigerante.
Os comprimidos de MIOCOR® devem ser administrados em doses diárias divididas, em uma, duas ou três tomadas ao dia, conforme a quantidade de comprimidos indicada.
Os comprimidos de MIOCOR® podem ser triturados ou mastigados antes da ingestão.
Se houver esquecimento da administração de um ou mais comprimidos de MIOCOR®, não é necessário tomá-los quando se lembrar. Siga normalmente o tratamento sem a administração dos comprimidos esquecidos.

Superdosagem de Miocor

Os principais sintomas55 de intoxicação são náusea92, vômito93, cefaléia91, rubor facial, bradcardia, hipotensão12, tontura108, agitação.
O tratamento consiste na realização de medidas usuais de esvaziamento gástrico, como indução a emese109 e lavagem gástrica110, controle dos sintomas55 e monitorização do sistema cardiovascular111 e respiratório. Para a bradicardia39 pode ser utilizado um agonista112 beta-adrenérgico113 ou um marcapasso37. A hipotensão12 pode responder a intrópicos positivos e/ou vasopressores.
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
Farmacêutica Responsável: Dra. Dirce de Paula Zanetti.
CRF-SP nº 7758
Registro MS nº 1.0550.0066

Miocor - Laboratório

UCI FARMA
Rua do Cruzeiro, 374
São Bernardo do Campo/SP - CEP: 09725-310
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Fax: (011)448-5253

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Complementos

1 Lactose: Tipo de glicídio que possui ligação glicosídica. É o açúcar encontrado no leite e seus derivados. A lactose é formada por dois carboidratos menores, chamados monossacarídeos, a glicose e a galactose, sendo, portanto, um dissacarídeo.
2 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
3 Saúde: 1. Estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e o seu ambiente, o qual mantém as características estruturais e funcionais do organismo dentro dos limites normais para sua forma de vida e para a sua fase do ciclo vital. 2. Estado de boa disposição física e psíquica; bem-estar. 3. Brinde, saudação que se faz bebendo à saúde de alguém. 4. Força física; robustez, vigor, energia.
4 Antiarrítmico: Medicamento usado para tratar altrações do ritmo cardíaco
5 Tecido: Conjunto de células de características semelhantes, organizadas em estruturas complexas para cumprir uma determinada função. Exemplo de tecido: o tecido ósseo encontra-se formado por osteócitos dispostos em uma matriz mineral para cumprir funções de sustentação.
6 Nó sinusal: Pequena massa de fibras musculares cardíacas modificadas, localizada na junção da VEIA CAVA SUPERIOR com o átrio direito. Os impulsos da contração provavelmente começam neste nó, propagam-se pelo átrio (ÁTRIO CARDÍACO) sendo então transmitidos pelo feixe de His (FEIXE ATRIOVENTRICULAR) para o ventrículo (VENTRÍCULO CARDÍACO).
7 Nó AV: Pequena massa nodular formada por fibras musculares especializadas que estão localizadas no septo interatrial próximo ao óstio do seio coronário. Dá origem ao feixe atriventricular do sistema de condução do coração.
8 Síndrome: Conjunto de sinais e sintomas que se encontram associados a uma entidade conhecida ou não.
9 Adrenérgicos: Que agem sobre certos receptores específicos do sistema simpático, como o faz a adrenalina.
10 Débito cardíaco: Quantidade de sangue bombeada pelo coração para a aorta a cada minuto.
11 Insuficiência Cardíaca: É uma condição na qual a quantidade de sangue bombeada pelo coração a cada minuto (débito cardíaco) é insuficiente para suprir as demandas normais de oxigênio e de nutrientes do organismo. Refere-se à diminuição da capacidade do coração suportar a carga de trabalho.
12 Hipotensão: Pressão sanguínea baixa ou queda repentina na pressão sanguínea. A hipotensão pode ocorrer quando uma pessoa muda rapidamente de uma posição sentada ou deitada para a posição de pé, causando vertigem ou desmaio.
13 Circulação: 1. Ato ou efeito de circular. 2. Facilidade de se mover usando as vias de comunicação; giro, curso, trânsito. 3. Movimento do sangue, fluxo de sangue através dos vasos sanguíneos do corpo e do coração.
14 Pressão arterial: A relação que define a pressão arterial é o produto do fluxo sanguíneo pela resistência. Considerando-se a circulação como um todo, o fluxo total é denominado débito cardíaco, enquanto a resistência é denominada de resistência vascular periférica total.
15 Tecido Adiposo: Tecido conjuntivo especializado composto por células gordurosas (ADIPÓCITOS). É o local de armazenamento de GORDURAS, geralmente na forma de TRIGLICERÍDEOS. Em mamíferos, existem dois tipos de tecido adiposo, a GORDURA BRANCA e a GORDURA MARROM. Suas distribuições relativas variam em diferentes espécies sendo que a maioria do tecido adiposo compreende o do tipo branco.
16 Fígado: Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.
17 Pulmão: Cada um dos órgãos pareados que ocupam a cavidade torácica que tem como função a oxigenação do sangue.
18 Baço:
19 Proteínas: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Alimentos que fornecem proteína incluem carne vermelha, frango, peixe, queijos, leite, derivados do leite, ovos.
20 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.
21 Metabólito: Qualquer composto intermediário das reações enzimáticas do metabolismo.
22 Hemodiálise: Tipo de diálise que vai promover a retirada das substâncias tóxicas, água e sais minerais do organismo através da passagem do sangue por um filtro. A hemodiálise, em geral, é realizada 3 vezes por semana, em sessões com duração média de 3 a 4 horas, com o auxílio de uma máquina, dentro de clínicas especializadas neste tratamento. Para que o sangue passe pela máquina, é necessária a colocação de um catéter ou a confecção de uma fístula, que é um procedimento realizado mais comumente nas veias do braço, para permitir que estas fiquem mais calibrosas e, desta forma, forneçam o fluxo de sangue adequado para ser filtrado.
23 Cinética: Ramo da física que trata da ação das forças nas mudanças de movimento dos corpos.
24 Diálise: Quando os rins estão muito doentes, eles deixam de realizar suas funções, o que pode levar a risco de vida. Nesta situação, é preciso substituir as funções dos rins de alguma maneira, o que pode ser feito realizando-se um transplante renal, ou através da diálise. A diálise é um tipo de tratamento que visa repor as funções dos rins, retirando as substâncias tóxicas e o excesso de água e sais minerais do organismo, estabelecendo assim uma nova situação de equilíbrio. Existem dois tipos de diálise: a hemodiálise e a diálise peritoneal.
25 Arritmias: Arritmia cardíaca é o nome dado a diversas perturbações que alteram a frequência ou o ritmo dos batimentos cardíacos.
26 Taquicardia: Aumento da frequência cardíaca. Pode ser devido a causas fisiológicas (durante o exercício físico ou gravidez) ou por diversas doenças como sepse, hipertireoidismo e anemia. Pode ser assintomática ou provocar palpitações.
27 Ectópica: Relativo à ectopia, ou seja, à posição anômala de um órgão.
28 Idiopática: 1. Relativo a idiopatia; que se forma ou se manifesta espontaneamente ou a partir de causas obscuras ou desconhecidas; não associado a outra doença. 2. Peculiar a um indivíduo.
29 Miocardiopatia: Termo utilizado para se referir a doenças que afetam o músculo cardíaco.Suas causas são variadas sendo as mais freqüentes a isquemia e a hipertensão. Na América do Sul é importante a infecção pelo Tripanosoma Cruzi, causa da miocardiopatia chagásica. Quando não se encontra uma causa para a doença, ela é chamada miocardiopatia idiopática.
30 Incidência: Medida da freqüência em que uma doença ocorre. Número de casos novos de uma doença em um certo grupo de pessoas por um certo período de tempo.
31 Infarto do miocárdio: Interrupção do suprimento sangüíneo para o coração por estreitamento dos vasos ou bloqueio do fluxo. Também conhecido por ataque cardíaco.
32 Mortalidade: A taxa de mortalidade ou coeficiente de mortalidade é um dado demográfico do número de óbitos, geralmente para cada mil habitantes em uma dada região, em um determinado período de tempo.
33 Arritmia: Arritmia cardíaca é o nome dado a diversas perturbações que alteram a frequência ou o ritmo dos batimentos cardíacos.
34 Sobrevida: Prolongamento da vida além de certo limite; prolongamento da existência além da morte, vida futura.
35 Angina: Inflamação dos elementos linfáticos da garganta (amígdalas, úvula). Também é um termo utilizado para se referir à sensação opressiva que decorre da isquemia (falta de oxigênio) do músculo cardíaco (angina do peito).
36 Refratárias: 1. Que resiste à ação física ou química. 2. Que resiste às leis ou a princípios de autoridade. 3. No sentido figurado, que não se ressente de ataques ou ações exteriores; insensível, indiferente, resistente. 4. Imune a certas doenças.
37 Marcapasso: Dispositivo eletrônico utilizado para proporcionar um estímulo elétrico periódico para excitar o músculo cardíaco em algumas arritmias do coração. Em geral são implantados sob a pele do tórax.
38 Bloqueio cardíaco: Transtorno da condução do impulso elétrico no tecido cardíaco especializado, manifestado por uma diminuição variável da freqüência dos batimentos cardíacos.
39 Bradicardia: Diminuição da freqüência cardíaca a menos de 60 batimentos por minuto. Pode estar associada a distúrbios da condução cardíaca, ao efeito de alguns medicamentos ou a causas fisiológicas (bradicardia do desportista).
40 Síncope: Perda breve e repentina da consciência, geralmente com rápida recuperação. Comum em pessoas idosas. Suas causas são múltiplas: doença cerebrovascular, convulsões, arritmias, doença cardíaca, embolia pulmonar, hipertensão pulmonar, hipoglicemia, intoxicações, hipotensão postural, síncope situacional ou vasopressora, infecções, causas psicogênicas e desconhecidas.
41 Feixe de His: Pequeno feixe de fibras especializadas do MÚSCULO CARDÍACO que se origina no NÓ ATRIOVENTRICULAR e penetra na parte membranosa do septo interventricular. O fascículo atrioventricular consiste nos ramos dos feixes esquerdo e direito e transmite os impulsos elétricos aos VENTRÍCULOS gerando a CONTRAÇÃO MIOCÁRDICA. Bloqueio de Ramo;
42 Neonato: Refere-se a bebês nos seus primeiros 28 dias (mês) de vida. O termo “recentemente-nascido“ refere-se especificamente aos primeiros minutos ou horas que se seguem ao nascimento. Esse termo é utilizado para enfocar os conhecimentos e treinamento da ressuscitação imediatamente após o nascimento e durante as primeiras horas de vida.
43 Bócio: Aumento do tamanho da glândula tireóide, que produz um abaulamento na região anterior do pescoço. Em geral está associado ao hipotireoidismo. Quando a causa desta doença é a deficiência de ingestão de iodo, é denominado Bócio Regional Endêmico. Também pode estar associado a outras doenças glandulares como tumores, infecções ou inflamações.
44 Taquiarritmias: Cadência rápida do ritmo do coração, arritmias rápidas.
45 Lactação: Fenômeno fisiológico neuro-endócrino (hormonal) de produção de leite materno pela puérpera no pós-parto; independente dela estar ou não amamentando.Toda mulher após o parto tem produção de leite - lactação; mas, infelizmente nem todas amamentam.
46 Efeitos colaterais: 1. Ação não esperada de um medicamento. Ou seja, significa a ação sobre alguma parte do organismo diferente daquela que precisa ser tratada pelo medicamento. 2. Possível reação que pode ocorrer durante o uso do medicamento, podendo ser benéfica ou maléfica.
47 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
48 Hipopotassemia: Concentração sérica de potássio inferior a 3,5 mEq/l. Pode ocorrer por alterações na distribuição de potássio (desvio do compartimento extracelular para intracelular) ou de reduções efetivas no conteúdo corporal de potássio por uma menor ingesta ou por perda aumentada. Fraqueza muscular e arritimias cardíacas são os sinais e sintomas mais comuns, podendo haver também poliúria, polidipsia e constipação. Pode ainda ser assintomática.
49 Hipotireoidismo: Distúrbio caracterizado por uma diminuição da atividade ou concentração dos hormônios tireoidianos. Manifesta-se por engrossamento da voz, aumento de peso, diminuição da atividade, depressão.
50 Hipertireoidismo: Doença caracterizada por um aumento anormal da atividade dos hormônios tireoidianos. Pode ser produzido pela administração externa de hormônios tireoidianos (hipertireoidismo iatrogênico) ou pelo aumento de uma produção destes nas glândulas tireóideas. Seus sintomas, entre outros, são taquicardia, tremores finos, perda de peso, hiperatividade, exoftalmia.
51 Sintomática: 1. Relativo a ou que constitui sintoma. 2. Que é efeito de alguma doença. 3. Por extensão de sentido, é o que indica um particular estado de coisas, de espírito; revelador, significativo.
52 Fibrose: 1. Aumento das fibras de um tecido. 2. Formação ou desenvolvimento de tecido conjuntivo em determinado órgão ou tecido como parte de um processo de cicatrização ou de degenerescência fibroide.
53 Pneumonite: Inflamação dos pulmões que compromete principalmente o espaço que separa um alvéolo de outro (interstício pulmonar). Pode ser produzida por uma infecção viral ou lesão causada por radiação ou exposição a diferentes agentes químicos.
54 Intersticial: Relativo a ou situado em interstícios, que são pequenos espaços entre as partes de um todo ou entre duas coisas contíguas (por exemplo, entre moléculas, células, etc.). Na anatomia geral, diz-se de tecido de sustentação localizado nos interstícios de um órgão, especialmente de vasos sanguíneos e tecido conjuntivo.
55 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
56 Dispnéia: Falta de ar ou dificuldade para respirar caracterizada por respiração rápida e curta, geralmente está associada a alguma doença cardíaca ou pulmonar.
57 Ausculta: Ato de escutar os ruídos internos do organismo, para controlar o funcionamento de um órgão ou perceber uma anomalia; auscultação.
58 Murmúrio vesicular: É o som vesicular formado pela passagem do ar pelo parênquima pulmonar. É caracterizado por uma inspiração de intensidade de duração maior, bem audível, suave, seguida por uma expiração curta e pouco audível. É audível normalmente na maior parte do tórax.
59 Tórax: Parte superior do tronco entre o PESCOÇO e o ABDOME; contém os principais órgãos dos sistemas circulatório e respiratório. (Tradução livre do original Sinônimos: Peito; Caixa Torácica
60 Capacidade pulmonar total: Volume de gás nos pulmões após a inspiração máxima.
61 Radioativo: Que irradia ou emite radiação, que contém radioatividade.
62 Broncoscopia: Método de diagnóstico que permite observar através dos brônquios utilizando um dispositivo óptico (fibroendoscópio), obter biópsias e realizar culturas de secreções.
63 Biópsia: 1. Retirada de material celular ou de um fragmento de tecido de um ser vivo para determinação de um diagnóstico. 2. Exame histológico e histoquímico. 3. Por metonímia, é o próprio material retirado para exame.
64 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
65 Insuficiência Cardíaca Congestiva: É uma incapacidade do coração para efetuar as suas funções de forma adequada como conseqüência de enfermidades do próprio coração ou de outros órgãos. O músculo cardíaco vai diminuindo sua força para bombear o sangue para todo o organismo.
66 Pneumonia: Inflamação do parênquima pulmonar. Sua causa mais freqüente é a infecção bacteriana, apesar de que pode ser produzida por outros microorganismos. Manifesta-se por febre, tosse, expectoração e dor torácica. Em pacientes idosos ou imunodeprimidos pode ser uma doença fatal.
67 Mãos: Articulação entre os ossos do metacarpo e as falanges.
68 Ataxia: Reflete uma condição de falta de coordenação dos movimentos musculares voluntários podendo afetar a força muscular e o equilíbrio de uma pessoa. É normalmente associada a uma degeneração ou bloqueio de áreas específicas do cérebro e cerebelo. É um sintoma, não uma doença específica ou um diagnóstico.
69 Sintoma: Qualquer alteração da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. O sintoma é a queixa relatada pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
70 Pele: Camada externa do corpo, que o protege do meio ambiente. Composta por DERME e EPIDERME.
71 Pescoço:
72 Visão: 1. Ato ou efeito de ver. 2. Percepção do mundo exterior pelos órgãos da vista; sentido da vista. 3. Algo visto, percebido. 4. Imagem ou representação que aparece aos olhos ou ao espírito, causada por delírio, ilusão, sonho; fantasma, visagem. 5. No sentido figurado, concepção ou representação, em espírito, de situações, questões etc.; interpretação, ponto de vista. 6. Percepção de fatos futuros ou distantes, como profecia ou advertência divina.
73 Fotofobia: Dor ocular ou cefaléia produzida perante estímulos visuais. É um sintoma freqüente na meningite, hemorragia subaracnóidea, enxaqueca, etc.
74 Degeneração macular: A degeneração macular destrói gradualmente a visão central, afetando a mácula, parte do olho que permite enxergar detalhes finos necessários para realizar tarefas diárias tais como ler e dirigir. Existem duas formas - úmida e seca. Na forma úmida, há crescimento anormal de vasos sanguíneos no fundo do olho, podendo extravasar fluidos que prejudicam a visão central. Na forma seca, que é a mais comum e menos grave, há acúmulo de resíduos do metabolismo celular da retina, aliado a graus variáveis de atrofia do tecido retiniano, causando uma perda visual central, de progressão lenta, podendo dificultar a realização de algumas atividades como ler e escrever ou a identificação de traços de fisionomia.
75 Acuidade visual: Grau de aptidão do olho para discriminar os detalhes espaciais, ou seja, a capacidade de perceber a forma e o contorno dos objetos.
76 Edemaciada: Em que se formou edema ou inchaço.
77 Hormônio: Substância química produzida por uma parte do corpo e liberada no sangue para desencadear ou regular funções particulares do organismo. Por exemplo, a insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas que diz a outras células quando usar a glicose para energia. Hormônios sintéticos, usados como medicamentos, podem ser semelhantes ou diferentes daqueles produzidos pelo organismo.
78 Sudorese: Suor excessivo
79 Palpitações: Designa a sensação de consciência do batimento do coração, que habitualmente não se sente. As palpitações são detectadas usualmente após um exercício violento, em situações de tensão ou depois de um grande susto, quando o coração bate com mais força e/ou mais rapidez que o normal.
80 Edema: 1. Inchaço causado pelo excesso de fluidos no organismo. 2. Acúmulo anormal de líquido nos tecidos do organismo, especialmente no tecido conjuntivo.
81 Reação alérgica: Sensibilidade a uma substância específica, chamada de alérgeno, com a qual se entra em contato por meio da pele, pulmões, deglutição ou injeções.
82 Erupção: 1. Ato, processo ou efeito de irromper. 2. Aumento rápido do brilho de uma estrela ou de pequena região da atmosfera solar. 3. Aparecimento de lesões de natureza inflamatória ou infecciosa, geralmente múltiplas, na pele e mucosas, provocadas por vírus, bactérias, intoxicações, etc. 4. Emissão de materiais magmáticos por um vulcão (lava, cinzas etc.).
83 Hepatites: Inflamação do fígado, caracterizada por coloração amarela da pele e mucosas (icterícia), dor na região superior direita do abdome, cansaço generalizado, aumento do tamanho do fígado, etc. Pode ser produzida por múltiplas causas como infecções virais, toxicidade por drogas, doenças imunológicas, etc.
84 Olhos:
85 Enzimas hepáticas: São duas categorias principais de enzimas hepáticas. A primeira inclui as enzimas transaminasas alaninoaminotransferase (ALT ou TGP) e a aspartato aminotransferase (AST ou TOG). Estas são enzimas indicadoras do dano às células hepáticas. A segunda categoria inclui certas enzimas hepáticas como a fosfatase alcalina (FA) e a gamaglutamiltranspeptidase (GGT) as quais indicam obstrução do sistema biliar, quer seja no fígado ou nos canais maiores da bile que se encontram fora deste órgão.
86 Insuficiência hepática: Deterioração grave da função hepática. Pode ser decorrente de hepatite viral, cirrose e hepatopatia alcoólica (lesão hepática devido ao consumo de álcool) ou medicamentosa (causada por medicamentos como, por exemplo, o acetaminofeno). Para que uma insuficiência hepática ocorra, deve haver uma lesão de grande porção do fígado.
87 Cirrose: Substituição do tecido normal de um órgão (freqüentemente do fígado) por um tecido cicatricial fibroso. Deve-se a uma agressão persistente, infecciosa, tóxica ou metabólica, que produz perda progressiva das células funcionalmente ativas. Leva progressivamente à perda funcional do órgão.
88 Fosfatase alcalina: É uma hidrolase, ou seja, uma enzima que possui capacidade de retirar grupos de fosfato de uma distinta gama de moléculas, tais como nucleotídeos, proteínas e alcaloides. Ela é sintetizada por diferentes órgãos e tecidos, como, por exemplo, os ossos, fígado e placenta.
89 Hepatomegalia: Aumento anormal do tamanho do fígado.
90 Constipação: Retardo ou dificuldade nas defecações, suficiente para causar desconforto significativo para a pessoa. Pode significar que as fezes são duras, difíceis de serem expelidas ou infreqüentes (evacuações inferiores a três vezes por semana), ou ainda a sensação de esvaziamento retal incompleto, após as defecações.
91 Cefaleia: Sinônimo de dor de cabeça. Este termo engloba todas as dores de cabeça existentes, ou seja, enxaqueca ou migrânea, cefaleia ou dor de cabeça tensional, cefaleia cervicogênica, cefaleia em pontada, cefaleia secundária a sinusite, etc... são tipos dentro do grupo das cefaleias ou dores de cabeça. A cefaleia tipo tensional é a mais comum (acomete 78% da população), seguida da enxaqueca ou migrânea (16% da população).
92 Náusea: Vontade de vomitar. Forma parte do mecanismo complexo do vômito e pode ser acompanhada de sudorese, sialorréia (salivação excessiva), vertigem, etc.
93 Vômito: É a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Pode ser classificado como: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
94 Náuseas: Vontade de vomitar. Forma parte do mecanismo complexo do vômito e pode ser acompanhada de sudorese, sialorréia (salivação excessiva), vertigem, etc .
95 Vômitos: São a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Podem ser classificados em: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
96 Tonturas: O indivíduo tem a sensação de desequilíbrio, de instabilidade, de pisar no vazio, de que vai cair.
97 Sistema Nervoso Central: Principais órgãos processadores de informação do sistema nervoso, compreendendo cérebro, medula espinhal e meninges.
98 Anticoagulantes: Substâncias ou medicamentos que evitam a coagulação, especialmente do sangue.
99 Anticoagulante: Substância ou medicamento que evita a coagulação, especialmente do sangue.
100 Protrombina: Proteína plasmática inativa, é a precursora da trombina e essencial para a coagulação sanguínea.
101 Nó Sinoatrial: Pequena massa de fibras musculares cardíacas modificadas, localizada na junção da VEIA CAVA SUPERIOR com o átrio direito. Os impulsos da contração provavelmente começam neste nó, propagam-se pelo átrio (ÁTRIO CARDÍACO) sendo então transmitidos pelo feixe de His (FEIXE ATRIOVENTRICULAR) para o ventrículo (VENTRÍCULO CARDÍACO).
102 Diuréticos: Grupo de fármacos que atuam no rim, aumentando o volume e o grau de diluição da urina. Eles depletam os níveis de água e cloreto de sódio sangüíneos. São usados no tratamento da hipertensão arterial, insuficiência renal, insuficiência cardiaca ou cirrose do fígado. Há dois tipos de diuréticos, os que atuam diretamente nos túbulos renais, modificando a sua atividade secretora e absorvente; e aqueles que modificam o conteúdo do filtrado glomerular, dificultando indiretamente a reabsorção da água e sal.
103 Intermitente: Nos quais ou em que ocorrem interrupções; que cessa e recomeça por intervalos; intervalado, descontínuo. Em medicina, diz-se de episódios de febre alta que se alternam com intervalos de temperatura normal ou cujas pulsações têm intervalos desiguais entre si.
104 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
105 Terapêutica: Terapia, tratamento de doentes.
106 Peito: Parte superior do tronco entre o PESCOÇO e o ABDOME; contém os principais órgãos dos sistemas circulatório e respiratório. (Tradução livre do original
107 Preconizada: Recomendada, aconselhada, pregada.
108 Tontura: O indivíduo tem a sensação de desequilíbrio, de instabilidade, de pisar no vazio, de que vai cair.
109 Êmese: É a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Sinônimo de vômito. Pode ser classificada como: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
110 Lavagem gástrica: É a introdução, através de sonda nasogástrica, de líquido na cavidade gástrica, seguida de sua remoção.
111 Sistema cardiovascular: O sistema cardiovascular ou sistema circulatório sanguíneo é formado por um circuito fechado de tubos (artérias, veias e capilares) dentro dos quais circula o sangue e por um órgão central, o coração, que atua como bomba. Ele move o sangue através dos vasos sanguíneos e distribui substâncias por todo o organismo.
112 Agonista: 1. Em farmacologia, agonista refere-se às ações ou aos estímulos provocados por uma resposta, referente ao aumento (ativação) ou diminuição (inibição) da atividade celular. Sendo uma droga receptiva. 2. Lutador. Na Grécia antiga, pessoa que se dedicava à ginástica para fortalecer o físico ou como preparação para o serviço militar.
113 Adrenérgico: Que age sobre certos receptores específicos do sistema simpático, como o faz a adrenalina.

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