

KETEK
Sanofi Aventis Farmacêutica Ltda
KETEK
TELITROMICINA
Forma Farmacêutica e Apresentação de Ketek
Comprimidos revestidos.Caixas com 10 e 14 comprimidos.
Composição de Ketek
Cada comprimido revestido contém:
Telitromicina....................400 mg
Excipientes q.s.p....................1 comprimido
(amido de milho, celulose microcristalina, polividona K25, croscarmelose sódica, estearato de magnésio, lactose1 monohidratada, macrogol 8000, hipromelose, talco, dióxido de titânio, óxido de ferro amarelo, óxido de ferro vermelho).
USO ADULTO (ACIMA DE 13 ANOS DE IDADE)
Informações ao Paciente de Ketek
Ação esperada do medicamento: KETEKR (Telitromicina) é um novo agente antibacteriano pertencente aos quetolídeos, indicado para o tratamento da pneumonia2 adquirida na comunidade, exacerbação aguda da bronquite crônica3 e sinusite4 aguda em pacientes com 18 anos de idade ou mais. KETEKR (Telitromicina) também está indicado para o tratamento de amigdalite/faringite5 em pacientes com 13 anos de idade ou mais.
Cuidados de armazenamento: KETEKR (Telitromicina) deve ser armazenado dentro da embalagem original em temperatura ambiente (15-30ºC).
Prazo de validade: vide cartucho. Verifique sempre o prazo de validade do medicamento antes de usá-lo. Nunca use medicamentos com o prazo de validade vencido, pois pode ser prejudicial à sua saúde6. Antes de utilizar o medicamento confira o nome na embalagem para não haver enganos. Não utilize KETEKR (Telitromicina) caso haja sinais7 de violação e/ ou dano da embalagem.
Gravidez8 e Lactação9: informe seu médico a ocorrência de gravidez8 na vigência do tratamento ou após o seu término. Informar ao médico se estiver amamentando. Dados clínicos muito limitados não permitem que qualquer conclusão sobre o uso do produto durante a gravidez8 seja estabelecida. Desta forma, a telitromicina não deve ser utilizada durante a gravidez8, a não ser que os benefícios esperados à paciente superem os possíveis riscos fetais. A telitromicina não deve ser administrada durante a lactação9.
Cuidados de administração: Siga corretamente as instruções do seu médico respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Interrupção do tratamento: não interromper o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Reações adversas: as reações adversas relatadas basearam-se nos dados dos estudos clínicos de fase III, sendo que as mais comuns foram: diarréia10, náusea11, vômito12, dor gastrintestinal, flatulência, aumento das enzimas hepáticas13, vertigem14, dor de cabeça15, alterações do paladar16 e candidíase17 vaginal. Também foram relatadas outras reações adversas, porém com menor freqüência. Informe seu médico o aparecimento de reações desagradáveis, bem como quaisquer outros sinais7 ou sintomas18. Para maiores informações consulte o item Informações Técnicas - Reações Adversas.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
Ingestão concomitante com outras substâncias: o médico deve ser informado sobre outros medicamentos que o paciente estiver tomando. Para maiores informações, consulte o item das Informações Técnicas - Interações Medicamentosas.
Contra-indicações e precauções: KETEKR (Telitromicina) é contra-indicado para pacientes19 que apresentam hipersensibilidade à telitromicina ou qualquer dos agentes antibacterianos macrolídeos ou à qualquer componente da fórmula.O uso concomitante da telitromicina está contra-indicado com as seguintes substâncias: cisaprida, pimozida, astemizol e terfenadina.
Informe seu médico sobre qualquer medicamento que esteja usando, antes do início, ou durante o tratamento. Para maiores informações, consulte os itens das Informações Técnicas: Contra-indicações e Precauções.
Efeitos sobre a habilidade para dirigir veículos ou operar máquinas: a telitromicina pode causar efeitos indesejáveis que podem reduzir a capacidade para a conclusão de determinadas atividades. Os pacientes devem ser informados sobre o potencial para estes efeitos indesejáveis e devem ser advertidos para avaliarem como reagem ao uso deste medicamento antes de dirigirem ou operarem máquinas.
NÃO TOME REMÉDIO SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO. PODE SER PERIGOSO PARA SUA SAÚDE6.
Informações Técnicas de Ketek
Propriedades Farmacodinâmicas
A telitromicina é um derivado semi-sintético da eritromicina A que pertence aos quetolídeos, uma nova classe de agentes antibacterianos.
Modo de ação:
A telitromicina inibe a síntese protéica bacteriana bloqueando a tradução ribossômica no nível 23S do RNA ribossômico da subunidade 50 S, inibindo a fixação das subunidades ribossômicas.
A telitromicina bloqueia a síntese protéica ligando-se em 2 posições na subunidade ribossômica 50 S: domínios II e V no nível 23S do RNA ribossômico (a afinidade da telitromicina no nível 23S do RNA ribossômico demonstrou ser 10 vezes maior do que a da eritromicina A em cepas20 suscetíveis à eritromicina e 20 vezes maior em cepas20 resistentes à eritromicina).
A diferença da força de ligação pode estar atribuída a cadeia seqüencial de carbonos C11-12. Esta diferença permite que a telitromicina mantenha a ligação ao domínio II, mesmo na presença da resistência que altera a posição da ligação com o domínio V. Mantendo a ligação com o domínio II, a telitromicina retém a atividade contra a maioria dos cocos Gram-positivos (ex.: S. pneumoniae) manifestando o gene metilase (erm).
Espectro antibacteriano:
A telitromicina apresenta potente atividade contra cocos Gram-positivos, tais como: Streptococcus pneumoniae, Streptococcus pyogenes e Staphylococcus aureus; cocos Gram-negativos, tais como: Moraxella catarrhalis e alguns bacilos Gram-negativos como: Haemophilus influenzae e Bordetella pertussis. Ela é altamente concentrada nos fagócitos21 e apresenta boa atividade antibacteriana contra patógenos respiratórios atípicos e intracelulares, tais como: Chlamydophila (Chlamydia) pneumoniae, Legionella pneumophila e microrganismos atípicos, tais como: Mycoplasma pneumoniae. In vitro, a telitromicina demonstra atividade bactericida contra S.pneumoniae (incluindo cepas20 resistentes à penicilina G e à eritromicina A), Chlamydophila (Chlamydia) pneumoniae, Streptococcus pyogenes, Haemophilus influenzae e Legionella pneumophila.
A atividade da telitromicina contra S. pneumoniae independe da suscetibilidade dos isolados a outras classes antibacterianas, como por exemplo: penicilinas, cefalosporinas, macrolídeos, cotrimoxazol, tetraciclinas e fluoroquinolonas. A telitromicina também mantém boa atividade contra S. pneumoniae com um mecanismo fundamental de resistência à eritromicina A.
Pontos de Referência:
A prevalência22 da resistência pode variar geograficamente e com o tempo para as espécies selecionadas, sendo desejável o conhecimento do perfil de resistência local, particularmente no tratamento de infecções23 graves. Essa informação fornece apenas uma avaliação aproximada das probabilidades dos microrganismos serem suscetíveis à telitromicina.
Os pontos de referência de concentração inibitória mínima (CIM) recomendados para a telitromicina, separando os organismos suscetíveis de organismos intermediariamente suscetíveis e organismos intermediariamente suscetíveis de organismos resistentes, são:
S.pneumoniae e outros: suscetíveis £ 1 mg/L; resistentes ³ 4mg/L
H. influenzae: suscetíveis £ 2 mg/L; resistentes ³ 8 mg/L
Microrganismos suscetíveis:
Bactérias aeróbias Gram-positivas:
Corynebacterium diphtheriae
Enterococcus faecalis
Enterococcus faecium
Listeria monocytogenes
Staphylococcus aureus suscetível* ou resistente à meticilina e à eritromicina A pelo mecanismo de indução MLSB
Streptococcus pneumoniae suscetível ou resistente à penicilina G e suscetível ou resistente* à eritromicina A
Streptococcus pyogenes*
Streptococcus agalactiae
Streptococci grupo Viridans
Streptococci dos grupos C, G* de Lancefield
Streptococci coagulase negativa (incluindo cepas20 suscetíveis à meticilina e à eritromicina A)
Bactérias aeróbias Gram-negativas:
Haemophilus influenzae*
Moraxella catarrhalis*
Bordetella pertussis
Neisseria meningitidis
Bactérias anaeróbias:
Porphyromonas spp.
Prevotella spp.
Peptostreptococcus spp.
Outras:
Legionella pneumophila*
Chlamydia pneumoniae*
Chlamydia psittaci
Mycoplasma pneumoniae*
Coxiella burnetti
Borrelia spp.
Rickettsia spp.
Microrganismos resistentes:
Staphylococcus aureus resistente à eritromicina A pelo mecanismo constitutivo
Enterobacteriaceae
Acinetobacter spp.
Pseudomonas aeruginosa
Bacteroides fragilis
* A eficácia clínica foi demonstrada para isolados suscetíveis nas indicações clínicas aprovadas.
Resistência:
A telitromicina não induz resistência MLSB "in vitro" em S. aureus, S. pneumoniae e S. pyogenes, uma característica relacionada à sua função 3-ceto. O desenvolvimento da resistência "in vitro" à telitromicina devido à mutação24 espontânea é uma ocorrência rara.
Efeito na flora oral e fecal:
Num estudo em voluntários humanos sadios comparando a administração de 800 mg/dia de telitromicina e 500 mg de claritromicina duas vezes/dia durante 10 dias demonstrou-se uma redução semelhante e reversível da flora oral e fecal. Entretanto, em contraste com a claritromicina, nenhuma cepa25 resistente de streptococci do grupo viridans desenvolveu-se na saliva dos pacientes durante o tratamento com telitromicina.
Propriedades Farmacocinéticas
Absorção:
Após administração oral, a telitromicina é rapidamente absorvida. A biodisponibilidade absoluta é de aproximadamente 57% tanto em voluntários jovens quanto em idosos após administração de dose única de 800 mg. A velocidade e a extensão da absorção não são afetadas pela ingestão de alimentos; portanto, KETEKR (Telitromicina) comprimidos pode ser administrado independentemente da alimentação. Em voluntários sadios, a concentração plasmática máxima alcançada é de aproximadamente 2 mg/L, dentro de uma média de 1 hora após a administração oral de 800 mg de telitromicina.
No estado de equilíbrio, as concentrações plasmáticas são alcançadas dentro de 2 a 3 dias, com a administração de uma dose diária única de 800 mg de telitromicina. A AUC26 no estado de equilíbrio é aproximadamente 1,5 vezes superior quando comparada à dose única. A média da meia-vida de eliminação terminal aparente é de 10 horas.
Os parâmetros farmacocinéticos da telitromicina após a administração de doses únicas e múltiplas (7 dias) de 800 mg, uma vez ao dia, em voluntários adultos sadios estão demonstrados na tabela abaixo:
Média (desvio padrão)
Parâmetro Dose única (n=18) Dose múltipla (n=18)
Cmáx (mg/ mL) 1,9 (0,8) 2,27 (0,71)
Tmáx (horas)* 1,0 (0,5-4,0) 1,0 (0,5-3,0)
AUC26 (0-24) (mg.h/mL) 8,25 (2,6) 12,5 (5,4)
t1/2 Terminal (horas) 7,16 (1,3) 9,81 (1,9)
C24 h (mg / mL) 0,03 (0,013) 0,07 (0,051)
* valores medianos Cmáx: concentração plasmática máxima Tmáx: tempo para Cmáx AUC26: área sob a curva de concentração x tempo T1/2: meia-vida plasmática terminal C24h: concentração plasmática 24 horas após a dose
O pico médio e as concentrações plasmáticas no estado de equilíbrio foram 2,9 (+ 1,55) e 0,2 mg/mL (+ 0,22) após 3 a 5 dias de administração de dose única diária de 800 mg de KETEKR (Telitromicina) numa população de 219 pacientes.
Distribuição:
A ligação total à proteína "in vitro" é de aproximadamente 60% a 70% e é primariamente relacionada à albumina27 sérica humana. A ligação protéica não é modificada em voluntários idosos e em pacientes com insuficiência hepática28.
O volume de distribuição é de 2,9 L/Kg após infusão intravenosa de telitromicina.
As concentrações de telitromicina observadas nos tecidos respiratórios, nos leucócitos29 e nos macrófagos alveolares30 são maiores do que a concentração inibitória mínima (CIM) para a telitromicina contra os patógenos respiratórios indicados. O fármaco31 permaneceu 48 horas após a dose no líquido epitelial de revestimento e nos macrófagos alveolares30.
As concentrações de telitromicina na mucosa32 brônquica, no líquido epitelial de revestimento e nas amígdalas33 após dose única diária de 800 mg de telitromicina durante 5 dias, estão demonstradas na tabela abaixo:
Concentração Média da Telitromicina
Horas pós-dose Tecido34 e fluido Plasma35 Variação
Mucosa32 bronquial 2 12 24 3,88* 1,41* 0,78* 1,86 0,23 0,08 2,11 6,33 12,11
Líquido epitelial de revestimento 2 12 24 14,89 3,27 0,84 1,86 0,23 0,08 8,57 13,8 14,41
Macrófagos alveolares30 2 8 24 65 100 41 1,07 0,605 0,073 55 180 536
Amígdala36 3 12 24 3,95* 0,88* 0,72* 1,22 0,23 0,058 3,38 7,1 13,1
* unidade em mg/Kg
A telitromicina atinge rapidamente concentrações elevadas nos leucócitos29, dos quais é eliminada mais lentamente do que no plasma35. A média da concentração máxima leucocitária da telitromicina foi de 72,1 mg/mL e manteve-se em 14,1 mg/mL 24 horas após 5 dias de administrações repetidas de 600 mg, uma vez ao dia. Após 10 dias de administrações repetidas de 600 mg, uma vez ao dia, a concentração leucocitária foi de 8,9 mg/mL 48 horas após a administração da última dose.
Concentrações elevadas foram obtidas nos leucócitos29 e macrófagos alveolares30, o que pode contribuir para a distribuição do fármaco31 aos tecidos inflamados.
Tipo de Célula37 Horas pós-dose Dose (mg) n Concentração mg/mL
Intracelular Plasma35 Variação
Leucócitos29 2 6 12 24 600 600 600 600 5 5 5 55 64,6 72,1 39,4 14,1 0,775 0,201 0,049 0,014 87 380 1046 1085
Macrófagos alveolares30 2 8 24 800 800 800 5 6 6 65 100 41 1,07 0,605 0,073 55 180 536
Metabolismo38:
A telitromicina é metabolizada principalmente pelo fígado39. O principal componente circulante no plasma35 após a administração de uma dose de 800 mg radiomarcada foi o composto principal, representando 56,7% da AUC26 total de telitromicina. O principal metabólito40 representa aproximadamente 12,6% da AUC26 de telitromicina. Outros três metabólitos41 foram detectados no plasma35, representando 3% ou menos da AUC26 de telitromicina.
A telitromicina é metabolizada principalmente pelas isoenzimas CYP450 e por vias não dependentes de CYP450.
Eliminação:
Após a administração oral de telitromicina radiomarcada, 76% da radioatividade foi recuperada nas fezes e 17% na urina42. Aproximadamente 1/3 da telitromicina foi eliminada na forma inalterada; 20% nas fezes e 12% na urina42. O "clearance" total é de aproximadamente 70 L/h, sendo o "clearance" renal43 responsável por 17%.
Populações Especiais:
A farmacocinética da telitromicina é semelhante em homens e mulheres.
Farmacocinética na insuficiência hepática28
Em um estudo de dose única com 12 pacientes com insuficiência hepática28 leve a severa, as concentrações plasmáticas máximas e a AUC26 da telitromicina não foram afetadas quando comparadas aos voluntários sadios.
Um aumento compensatório na eliminação renal43 foi demonstrado nestes pacientes, quando comparado a grupos equivalentes em idade e sexo de voluntários sadios.
Farmacocinética na insuficiência renal44
Em um estudo de dose única com 20 pacientes com insuficiência renal44 leve a severa, os valores da Cmáx e AUC26 aumentaram em uma média de 37-38% e 41-52%, respectivamente, quando comparados aos voluntários sadios.
Em pacientes com insuficiência renal44 no estágio terminal em hemodiálise45 (n=10), os valores médios da Cmáx e AUC26 foram semelhantes quando comparados aos voluntários sadios.
Pacientes idosos
Em indivíduos com idade acima de 65 anos de idade (n=20), a concentração plasmática máxima e a AUC26 da telitromicina aumentaram 30% e 40%, respectivamente, em comparação aos indivíduos com menos de 65 anos de idade (n=142).
Em indivíduos com idade entre 65 e 92 anos (n=14), a concentração plasmática máxima e a AUC26 da telitromicina aumentaram 100% em comparação aos indivíduos adultos sadios com idade entre 19 e 29 anos (n=12) após dose única diária de 800 mg durante 10 dias.
Durante os estudos fase III, os voluntários idosos receberam a mesma dose de telitromicina (800 mg) em comparação aos voluntários mais jovens, sendo que nenhuma diferença na segurança e eficácia foi observada entre os grupos.
Pacientes pediátricos
A farmacocinética da telitromicina em pacientes com 13 a 17 anos de idade (n=18), demonstrou ser semelhante àquela observada nos voluntários adultos sadios.
A farmacocinética da telitromicina em pacientes pediátricos menores de 12 anos de idade ainda não foi estudada.
Dados de Segurança Pré-Clínica
· Carcinogenicidade
Não foram realizados estudos a longo prazo em animais para determinar o potencial carcinogênico.
Toxicidade46 reprodutiva
A telitromicina não foi teratogênica47 em ratos e coelhos. Em doses maiores do que 150 mg/Kg e 20 mg/Kg em ratos e coelhos, respectivamente, a toxicidade46 materna resultou em um retardo na maturação fetal.
Pequenas reduções no índice de fertilidade foram observadas em ratos após administração parenteral de doses maiores do que 150 mg/Kg.
· Genotoxicidade
A telitromicina não demonstrou evidência de genotoxicidade em quatro testes: mutação genética48 em células49 bacterianas, mutação genética48 em células49 de mamíferos, aberração cromossômica em linfócitos humanos e testes de micronúcleos em camundongos.
· Outras toxicidades
A telitromicina foi avaliada em estudos de toxicidade46 de doses repetidas em ratos, cães e macacos, em um período de 1, 3 e 6 meses de duração e foi demonstrado que o fígado39 foi o alvo principal para a toxicidade46 com elevações das enzimas hepáticas13, fosfolipidose e evidência histológica50 de dano. Estes efeitos tenderam a reversibilidade após a interrupção do tratamento com a telitromicina.
Estas doses correspondem às exposições plasmáticas que, com base na fração livre do fármaco31 os níveis de nenhum efeito adverso observado (NOEL) variaram entre 1,6 a 13 vezes à exposição clínica esperada.
Estudos farmacológicos demonstraram efeito no prolongamento tanto do intervalo QTc de cães quanto na duração do potencial de ação das fibras Purkinje de coelhos "in vitro". Estes efeitos foram observados em concentrações de fármaco31 livre equivalentes a 8-13 vezes àquelas circulantes no uso clínico.
Dados de Eficácia Clínica
A eficácia e segurança de KETEKR (Telitromicina) após a administração de dose única diária de 800 mg foram estudadas em 2383 pacientes no estudo clínico fase III para 4 indicações: pneumonia2 adquirida na comunidade, exarcebação bacteriana aguda da bronquite crônica3, sinusite4 aguda e amigdalite/faringite5.
KETEKR (Telitromicina) demonstrou ser eficaz utilizando-se parâmetros de cura clínica e erradicação bacteriana contra os seguintes patógenos: S.pneumoniae, incluindo cepas20 resistentes à penicilina G e à eritromicina A, H.influenzae, M.catarrhalis, S.aureus, S.pyogenes, C.pneumoniae, L.pneumophila e/ou M.pneumoniae.
Indicações de Ketek
KETEKR (Telitromicina) é indicado para o tratamento de infecções23 causadas por cepas20 suscetíveis dos seguintes patógenos comuns, incluindo as cepas20 resistentes de S. pneumoniae e os patógenos atípicos nas condições específicas listadas abaixo, em pacientes com 18 anos de idade ou mais, exceto em amigdalite/ faringite5, nas quais KETEKR (Telitromicina) é indicado para pacientes19 com 13 anos de idade ou mais.
Pneumonia2 adquirida na comunidade causada por S. pneumoniae, incluindo as cepas20 resistentes à penicilina e eritromicina, H. influenzae, H. parainfluenzae, M. catarrhalis, C. pneumoniae, L. pneumophila e/ou M. pneumoniae.Exacerbação bacteriana aguda da bronquite crônica3 causada por S. pneumoniae, H. influenzae, H. parainfluenzae, M. catarrhalis, S. aureus, C. pneumoniae, e/ou M. pneumoniae.
Sinusite4 aguda causada por S. pneumoniae, incluindo cepas20 resistentes à penicilina e eritromicina, H. influenzae, H. parainfluenzae, M. catarrhalis e/ou S. aureus.
Amigdalite/ Faringite5 causada por S. pyogenes em pacientes com 13 anos de idade ou mais.
Contra-Indicações de Ketek
KETEKR (Telitromicina) está contra-indicado a pacientes com hipersensibilidade à telitromicina ou qualquer dos agentes antibacterianos macrolídeos ou à qualquer componente da fórmula.
A administração concomitante de telitromicina com as seguintes substâncias está contra-indicada: cisaprida, pimozida, astemizol e terfenadina (ver item Interações Medicamentosas).
Precauções e Advertências de Ketek
Assim como ocorre com praticamente todos os agentes antibacterianos, a diarréia10, particularmente se for grave, persistente e/ ou com sangue51, durante ou após o tratamento com a telitromicina, pode ser provocada por colite52 pseudomembranosa. Em caso de suspeita de colite52 pseudomembranosa, deve-se interromper imediatamente o tratamento com KETEKR (Telitromicina) e deve-se instituir medidas de suporte e/ ou tratamento específico nestes pacientes.
A telitromicina pode ter o potencial de prolongar o intervalo QTc no eletrocardiograma53 em alguns pacientes. O prolongamento do intervalo QTc pode resultar em risco aumentado para arritmias54 ventriculares, incluindo "torsades de pointes". Portanto, a administração de telitromicina deve ser evitada em pacientes com prolongamento congênito55 do intervalo QTc, com hipopotassemia56 não corrigida (£ 3 mmol/L57 (mEq/L)), hipomagnesemia, bradicardia58 (< 50 bpm) e/ou em pacientes recebendo agentes antiarrítmicos classe IA (ex. quinidina e procainamida) ou classe III (ex.dofetilida).
Nos estudos clínicos, o efeito no intervalo QTc foi pequeno (média de aproximadamente 1 mseg). Nos estudos clínicos de comparação, os efeitos foram semelhantes àqueles observados com a claritromicina com uma variação do intervalo QTc > 30 mseg em 7,6% e 7,0% dos casos, respectivamente. Nenhum dos pacientes em qualquer grupo desenvolveu variação do intervalo QTc > 60 mseg. Não houve nenhum relato de "torsades de pointes" ou de outras arritmias54 ventriculares sérias ou de síncope59 relacionada ao programa clínico e nenhum risco foi identificado nos sub-grupos de pacientes.
Gravidez8: a telitromicina não foi teratogênica47 em ratos ou em coelhos. Em doses maiores do que 150 mg/Kg e 20 mg/Kg em ratos e coelhos, respectivamente, a toxicidade46 materna resultou em maturação fetal retardada.Não existem dados disponíveis em humanos. Entretanto, a telitromicina não deve ser utilizada durante a gravidez8, a não ser que os benefícios esperados à paciente superem os possíveis riscos fetais.
Lactação9:
A telitromicina é excretada no leite materno em animais. Não existem dados correspondentes disponíveis em humanos. A telitromicina não deve ser utilizada durante a lactação9, a não ser que os benefícios esperados à paciente superem os possíveis riscos fetais.
Efeitos sobre a habilidade para dirigir veículos ou operar máquinas: a telitromicina pode causar efeitos indesejáveis que podem reduzir a capacidade para a conclusão de determinadas atividades. Os pacientes devem ser informados sobre o potencial para estes efeitos indesejáveis e devem ser advertidos para avaliarem como reagem ao uso deste medicamento antes de dirigirem ou operarem máquinas.
A segurança e eficácia da telitromicina em crianças menores de 12 anos de idade ainda não foram estabelecidas.
Interações Medicamentosas de Ketek
Alimentos: não existe nenhuma interação com alimentos. KETEKR (Telitromicina) pode ser administrado com ou sem alimentos.
Efeito de outros medicamentos sobre a telitromicina: "in vitro", a telitromicina é uma inibidora da CYP2D6 e CYP3A4. A administração concomitante de medicamentos metabolizados principalmente por essas enzimas pode causar aumento das concentrações plasmáticas, possivelmente resultando em aumento de eventos adversos. Deve-se ter cautela durante a administração concomitante de outros medicamentos que sejam substratos para a CYP3A4 ou CYP2D6.
A telitromicina é metabolizada principalmente pelo citocromo P450 3A4 (CYP3A4) e em menor extensão pelo citrocromo P450 1A (CYP1A).
O efeito da telitromicina sobre os medicamentos a seguir foram testados nos estudos de farmacologia60 clínica:
Cisaprida: as concentrações plasmáticas máximas da cisaprida (um agente com potencial para aumentar o intervalo QT) no estado de equilíbrio foram aumentadas em 2 vezes quando administrada concomitantemente com doses repetidas de telitromicina, resultando em um aumento significativo do QTc. Portanto, a administração concomitante de telitromicina e cisaprida é contra-indicada.
Digoxina: demonstrou-se que a telitromicina aumenta as concentrações plasmáticas da digoxina. Os níveis plasmáticos foram aumentados 21% em voluntários sadios. Não houve nenhuma alteração significativa nos parâmetros do ECG e nenhum sinal61 de toxicidade46 por digoxina foi observado. Contudo, a monitorização do nível de digoxina sérica deve ser considerada durante a administração concomitante de digoxina e telitromicina.
Estatinas: quando a sinvastatina foi administrada concomitantemente ao KETEKR (Telitromicina), houve um aumento de 5,3 vezes na Cmáx da sinvastatina e de 8,9 vezes na AUC26 da sinvastatina, um aumento de 15 vezes na Cmáx da sinvastatina ácida e de 12 vezes na AUC26 da sinvastatina ácida. A interação observada é em média da mesma ordem de magnitude daquela observada com a eritromicina. Deve-se ter cautela quando da administração concomitante de KETEKR (Telitromicina) em pacientes tratados com sinvastatina. Em particular, os pacientes devem ser cuidadosamente monitorizados para se detectar qualquer sinal61 ou sintoma62 de miopatia63, visto que o risco de miopatia63 pode ser aumentado com níveis elevados de sinvastatina. Com base nos resultados destes estudos, nas propriedades farmacocinéticas de outras estatinas e nas interações relatadas para outras estatinas devido à inibição do CYP3A4, KETEKR (Telitromicina) pode produzir uma interação semelhante com lovastatina, uma menor interação com a atorvastatina, portanto, deve-se empregar precauções semelhantes. Não se sabe se a pravastatina e a fluvastatina são metabolizadas pela CYP3A4, portanto, não é esperada nenhuma interação.
Teofilina: não há nenhuma interação farmacocinética clinicamente relevante entre telitromicina e teofilina (administrada como formulação de liberação prolongada). Entretanto, a administração de ambos os fármacos deve ser separada por um intervalo de uma hora, para diminuir os efeitos gastrintestinais semelhantes.
Itraconazol e cetoconazol: estudos de interação com doses múltiplas de itraconazol e cetoconazol em voluntários jovens, dois inibidores da CYP3A4, mostraram que a concentração plasmática máxima de telitromicina aumentou respectivamente 1,22 e 1,51 vezes e a AUC26 respectivamente 1,54 e 2,0 vezes. A meia-vida terminal da telitromicina permaneceu inalterada tanto na presença do itraconazol quanto do cetoconazol. Estas alterações farmacocinéticas da telitromicina não necessitam de ajuste posológico, já que a exposição à telitromicina se mantém dentro de um intervalo bem tolerado.
Varfarina: não existe evidência de interação farmacodinâmica ou farmacocinética da telitromicina com a varfarina em voluntários sadios.
Contraceptivos orais: não existe interação farmacodinâmica ou interação farmacocinética com contraceptivos orais trifásicos de baixa dose.
Ranitidina, antiácidos64: não existe interação clinicamente relevante da telitromicina com a ranitidina e antiácidos64 contendo hidróxido de alumínio e magnésio.
Paroxetina: não existe interação farmacocinética da telitromicina com a paroxetina, um substrato da CYP2D6.
Benzodiazepínicos: a administração concomitante da telitromicina com o midazolam intravenoso ou oral resultou em um aumento de 2 e 6 vezes, respectivamente, na AUC26 do midazolam devido a inibição do metabolismo38 do midazolam dependente da CYP3A4. Os pacientes devem ser monitorizados com a administração concomitante do midazolam e o ajuste posológico de midazolam deve ser considerado, se necessário. Deve-se ter precaução no uso de outros benzodiazepínicos, que sejam metabolizados pela CYP3A4 (ex. triazolam e em menor extensão, alprazolam).
É improvável a interação com a telitromicina para aqueles benzodiazepínicos não metabolizados pela CYP3A4 (temazepam, nitrazepam, lorazepam).
Sotalol: KETEKR (Telitromicina) tem demonstrado diminuir a Cmáx em 34% e a AUC26 do sotalol em 20%, devido a diminuição da absorção.
O efeito da telitromicina sobre os medicamentos a seguir não foi estudado, porém, tem-se relatado com os macrolídeos:
Derivados alcalóides do ergot (tais como ergotamina e diidroergotamina): relatou-se vasoconstrição65 grave ("ergotismo") com possível necrose66 das extremidades quando da associação de antibióticos macrolídeos e alcalóides do ergot vasoconstritores. Até que dados adicionais sejam obtidos com relação a interação desta classe medicamentosa quando KETEKR (Telitromicina) for concomitantemente administrado, deve-se proceder cuidadosa monitorização para os sinais7 de vasospasmo periférico, sendo recomendado disestesia67 nestes pacientes.
Pimozida, astemizol, terfenadina: relatou-se que os macrolídeos alteram o metabolismo38 destes farmácos e aumentam seus níveis séricos, podendo resultar em prolongamento do intervalo QT e arritmias54 cardíacas, incluindo taquicardia68 ventricular, fibrilação ventricular e "torsades de pointes".
Por analogia, a administração concomitante da telitromicina e qualquer um destes fármacos é contra-indicada.
Outras Interações de Ketek
Fármacos metabolizados pelo citocromo P450, tais como: quinidina, carbamazepina, ciclosporina, hexobarbital, disopiramida e fenitoína; Elevação dos níveis séricos destes fármacos podem ser observados quando concomitantemente administrados com a telitromicina.
O tratamento com KETEKR (Telitromicina) deve ser evitado durante e 2 semanas após o tratamento com indutores da CYP3A4 (tais como: rifampicina, fenitoína, carbamazepina e infusão de St John).
Reações Adversas de Ketek
Sistema Gastrintestinal:
Muito comum (³ 10% dos pacientes): diarréia10
Comum (1 a 10% dos pacientes): náusea11, vômito12, dor gastrintestinal, flatulência
Incomum (0,1 a 1% dos pacientes): constipação69, anorexia70, monilíase oral, estomatite71
Reações Alérgicas:
Incomum (0,1 a 1% dos pacientes): erupção72 cutânea73, urticária74, prurido75
Sistemas Hepático e Biliar:
Comum (1 a 10% dos pacientes): aumento das enzimas hepáticas13 (TGP, TGO e fosfatase alcalina76)
Raro (0,01 a 0,1% dos pacientes): icterícia77 colestática
Sistema Nervoso78:
Comum (1 a 10% dos pacientes): vertigem14, cefaléia79
Incomum (0,1 a 1% dos pacientes): sonolência, insônia, nervosismo
Raro (0,01 a 0,1% dos pacientes): parestesia80
Sistemas Hematológico e Linfático81:
Incomum (0,1 a 1% dos pacientes): eosinofilia82
Órgãos Sensoriais:
Comum (1 a 10% dos pacientes): alterações do paladar16
Incomum (0,1 a 1% dos pacientes): visão83 embaçada
Sistema Urogenital84:
Comum (1 a 10% dos pacientes): monilíase vaginal
Pele85:
Raro (0,01 a 0,1% dos pacientes): eczema86
Sistema músculo-esquelético:
Raro (0,01 a 0,1% dos pacientes): cãibras musculares
Alterações Cardiovasculares:
Incomum (0,1 a 1% dos pacientes): rubor
Raro (0,01 a 0,1% dos pacientes): arritmia87 atrial, hipotensão88, bradicardia58.
Adicionalmente, as seguintes reações adversas foram relatadas em casos isolados: hepatite89, eritema multiforme90 e edema91 facial.
Posologia de Ketek
KETEKR (Telitromicina) comprimidos pode ser administrado com ou sem alimentos. Os comprimidos de KETEKR (Telitromicina) devem ser ingeridos inteiros com quantidade suficiente de água.A tabela a seguir traz orientações sobre a dose, via de administração, freqüência de administração e duração do tratamento, segundo a indicação:
Infecção92 Dose diária e via de administração Freqüência de Administração Duração do Tratamento
Exacerbação bacteriana aguda da bronquite crônica3 800 mg via oral (2 comprimidos) Uma vez ao dia 5 dias
Sinusite4 aguda 800 mg via oral (2 comprimidos) Uma vez ao dia 5 dias
Amigdalite/ Faringite5 800 mg via oral (2 comprimidos) Uma vez ao dia 5 dias
Pneumonia2 adquirida na comunidade 800 mg via oral (2 comprimidos) Uma vez ao dia 7-10 dias
A segurança e eficácia da telitromicina em crianças menores de 13 anos de idade ainda não foram estabelecidas.
Não é necessário ajuste posológico em pacientes idosos, quando baseado na idade isoladamente.
Não é necessário ajuste posológico em pacientes com insuficiência renal44 leve ou moderada. No caso de insuficiência renal44 severa (clearance de creatinina93 < 30 mL/ min) com ou sem insuficiência hepática28 co-existente, a dose deve ser reduzida à metade. Para pacientes19 sob hemodiálise45, nos dias de diálise94, KETEKR (Telitromicina) deve ser administrado após a sessão de diálise94.
Não é necessário ajuste posológico em pacientes com insuficiência hepática28 leve, moderada ou severa, a menos que a função renal43 esteja gravemente prejudicada.
Superdosagem de Ketek
Em caso de superdosagem aguda, deve-se providenciar o esvaziamento gástrico, pela indução de vômito12 ou lavagem gástrica95. Os pacientes devem ser cuidadosamente observados (ex.: ECG, eletrólitos96), devendo-se empregar tratamento sintomático97 e de suporte.
Deve-se manter hidratação adequada.
Pacientes Idosos de Ketek
Não é necessário ajuste posológico em pacientes idosos, quando baseado na idade isoladamente.
ATENÇÃO: Este é um novo medicamento e embora as pesquisas realizadas tenham indicado eficácia e segurança quando corretamente indicado, podem ocorrer reações adversas imprevisíveis ainda não descritas ou conhecidas. Em caso de suspeita de reação adversa, o médico responsável deve ser notificado.
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
KETEK - Laboratório
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