
CONTRA-INDICAÇÕES VASLIP
Nos casos de hipersensibilidade aos componentes da fórmula. Em doença hepática1 ativa ou elevações persistentes e inexplicadas das transaminases séricas. Durante a gravidez2 e amamentação3 e para aquelas com possibilidade de engravidar.
- Precauções e Advertências: Efeitos hepáticos: em poucos pacientes que receberam a sinvastatina, ocorreram aumentos persistentes e importantes (acima de três vezes o limite superior da normalidade) das transaminases séricas. Quando a droga foi suspensa, os níveis de transaminases caíram lentamente para valores do pré-tratamento.
Estes aumentos não foram associados à icterícia4 ou outros sintomas5 clínicos. Tampouco houve evidência de hipersensibilidade. Alguns desses pacientes apresentavam testes de função hepática1 anormais antes da terapia com sinvastatina e/ou consumiam consideráveis quantidades de álcool.
Recomenda-se a realização de testes de função hepática1 antes de iniciar a terapia e periodicamente após isso, em todos os pacientes. Nos pacientes que desenvolverem níveis elevados de transaminases séricas os testes devem ser imediatamente repetidos e realizados com maior freqüência. Se os níveis de transaminases evidenciarem progressão (se eles estiverem três vezes mais elevados que o limite superior da normalidade e de forma persistente), a sinvastatina deve ser descontinuada.
A sinvastatina deve ser utilizada com cautela em pacientes que habitualmente consomem consideráveis quantidades de álcool e/ou tenham história de doença hepática1.
Assim como outros hipolipemiantes, elevações moderadas (menores que três vezes o limite superior da normalidade) das transaminases foram relatadas durante a terapia com sinvastatina. Essas alterações que apareceram logo após o início da terapia, foram geralmente transitórias sem virem acompanhadas de quaisquer sintomas5. Nestes casos a interrupção do tratamento não foi necessária.
Efeitos musculares: foram observados níveis de creatinina6-fosfoquinase (CPK) do músculo esquelético7 discretamente elevados e transitórios em pacientes que receberam sinvastatina, mas quase sempre sem significado clínico.
Raramente (menos de 0,1% dos casos) a terapia com inibidores de HMG-CoA redutase tem sido associada à miopatia8. No entanto, este diagnóstico9 deve ser considerado em todo paciente com mialgias10 difusas, hipersensibilidade muscular e/ou elevações importantes nos níveis de CPK (mais de 10 vezes o limite superior da normalidade). Deve-se alertar os pacientes para que relatem imediatamente ao médico sinais11 de dores, hipersensibilidade ou fraqueza muscular.
A terapia com VASLIP® deve ser prontamente interrompida caso ocorram níveis elevados de CPK ou haja suspeita ou diagnóstico9 de miopatia8.
Já é do conhecimento médico que o risco de miopatia8 com inibidores da HMG-CoA redutase aumenta consideravelmente quando se administra terapia imunossupressora concomitante (incluindo ciclosporinas), ou com o uso conjunto de um fibrato ou de doses hipolipemiantes de ácido nicotínico ou seus derivados. Raros foram os relatos de rabdomiólise12 grave com insuficiência renal13 aguda secundária. Nestes casos, a relação risco/benefício deve ser cuidadosamente avaliada pelo médico.
Em pacientes submetidos a transplante renal14, recebendo ciclosporina e sinvastatina em seguida ao início do tratamento com itraconazol sistêmico15, foi observada fraqueza muscular acompanhada de elevação significativa da creatinina6-fosfoquinase. Paciente submetido a transplante renal14, recebendo ciclosporina e outro inibidor da HMG-CoA redutase juntamente com itraconazol, apresentou rabdomiólise12 e insuficiência renal13. Os inibidores da HMG-CoA redutase e os agentes antifúngicos azólicos inibem a síntese do colesterol16 em diferentes lugares. Em pacientes recebendo ciclosporina, deve-se descontinuar temporariamente a sinvastatina se for necessária terapia antifúngica com derivados azólicos; pacientes que não estão recebendo ciclosporina devem ser cuidadosamente monitorizados se for necessária terapia antifúngica com derivados azólicos.
A terapia com um inibidor da HMG-CoA redutase deve ser temporariamente suspensa ou descontinuada em qualquer paciente com condição aguda, grave sugestiva de miopatia8, ou com fator de risco17 que predisponha a insuficiência renal13 secundária a rabdomiólise12.
Gravidez2: a sinvastatina só deve ser utilizada por mulheres em idade fértil quando estas pacientes tiverem pouca possibilidade de engravidar. No caso da paciente engravidar, a sinvastatina deve ser imediatamente interrompida e a paciente avisada dos possíveis riscos para o feto18.
Aleitamento: ainda não se conhece se a sinvastatina é excretada no leite materno. Entretanto devido ao potencial risco de adversidade para os lactentes19 não se recomenda o uso de sinvastatina por mulheres que estão amamentando.
Pediatria: como ainda não foram comprovadas a segurança e a eficácia em crianças, a sinvastatina não é recomendada para uso pediátrico.
Idosos: em pacientes com mais de 65 anos, a eficácia da sinvastatina avaliada através da redução dos níveis de colesterol16 total e LDL20-colesterol16, demonstrou ser semelhante à observada na população em geral, não havendo aumento na freqüência dos achados adversos clínicos ou laboratoriais.
Hipercolesterolemia21 familiar homozigótica22: em pacientes com a forma homozigótica22 de hipercolesterolemia21 familiar, nos quais há ausência completa de receptores para LDL20, é improvável que a terapia com VASLIP® resulte em benefício clínico.
Hipertrigliceridemia: a sinvastatina possui moderado efeito redutor dos triglicérides23, não sendo, portanto, indicada quando a hipertrigliceridemia (hiperlipidemia24 tipos I, IV e V) for a alteração mais importante.
- Interações medicamentosas:
. Warfarina e derivados: voluntários normais mantidos em estado de anticoagulação terapêutica25 leve e que receberam sinvastatina, apresentaram ligeiro aumento no efeito anticoagulante26. Não se conhece o efeito da sinvastatina em pacientes sob anticoagulação completa.
Pacientes sob medicação anticoagulante26, devem ter o tempo de protrombina27 determinado antes do início da sinvastatina e após, nos intervalos usualmente recomendados para pacientes28 sob terapia cumarínica.
. Terapia imunossupressora, itraconazol, fibratos e ácido nicotínico: o uso concomitante com sinvastatina aumenta o risco de miopatia8, rabdomiólise12 grave com insuficiência renal13 aguda secundária. Assim, a relação benefício/risco deve ser cuidadosamente avaliada (veja Precauções - Efeitos musculares).
- Interferência em exames laboratoriais:
Podem ocorrer, ocasionalmente, elevações nos níveis de transaminases séricas, fosfatase alcalina29, gama-glutamil transpeptidase e creatinina6 fosfoquinase sérica (CPK).