CONTRA-INDICAÇÕES VASLIP

Atualizado em 18/05/2016

Nos casos de hipersensibilidade aos componentes da fórmula. Em doença hepática1 ativa ou elevações persistentes e inexplicadas das transaminases séricas. Durante a gravidez2 e amamentação3 e para aquelas com possibilidade de engravidar.

- Precauções e Advertências: Efeitos hepáticos: em poucos pacientes que receberam a sinvastatina, ocorreram aumentos persistentes e importantes (acima de três vezes o limite superior da normalidade) das transaminases séricas. Quando a droga foi suspensa, os níveis de transaminases caíram lentamente para valores do pré-tratamento.
Estes aumentos não foram associados à icterícia4 ou outros sintomas5 clínicos. Tampouco houve evidência de hipersensibilidade. Alguns desses pacientes apresentavam testes de função hepática1 anormais antes da terapia com sinvastatina e/ou consumiam consideráveis quantidades de álcool.
Recomenda-se a realização de testes de função hepática1 antes de iniciar a terapia e periodicamente após isso, em todos os pacientes. Nos pacientes que desenvolverem níveis elevados de transaminases séricas os testes devem ser imediatamente repetidos e realizados com maior freqüência. Se os níveis de transaminases evidenciarem progressão (se eles estiverem três vezes mais elevados que o limite superior da normalidade e de forma persistente), a sinvastatina deve ser descontinuada.
A sinvastatina deve ser utilizada com cautela em pacientes que habitualmente consomem consideráveis quantidades de álcool e/ou tenham história de doença hepática1.
Assim como outros hipolipemiantes, elevações moderadas (menores que três vezes  o limite superior da normalidade) das transaminases foram relatadas durante a terapia com sinvastatina. Essas alterações que apareceram logo após o início da terapia, foram geralmente transitórias sem virem acompanhadas de quaisquer sintomas5. Nestes casos a interrupção do tratamento não foi necessária.
Efeitos musculares: foram observados níveis de creatinina6-fosfoquinase (CPK) do músculo esquelético7 discretamente elevados e transitórios em pacientes que receberam sinvastatina, mas quase sempre sem significado clínico.
Raramente (menos de 0,1% dos casos) a terapia com inibidores de HMG-CoA redutase tem sido associada à miopatia8. No entanto, este diagnóstico9 deve ser considerado em todo paciente com mialgias10 difusas, hipersensibilidade muscular e/ou elevações importantes nos níveis de CPK (mais de 10 vezes o limite superior da normalidade). Deve-se alertar os pacientes para que relatem imediatamente ao médico sinais11 de dores, hipersensibilidade ou fraqueza muscular.
A terapia com VASLIP® deve ser prontamente interrompida caso ocorram níveis elevados de CPK ou haja suspeita ou diagnóstico9 de miopatia8.
Já é do conhecimento médico que o risco de miopatia8 com inibidores da HMG-CoA redutase aumenta consideravelmente quando se administra terapia imunossupressora concomitante (incluindo ciclosporinas), ou com o uso conjunto de um fibrato ou de doses hipolipemiantes de ácido nicotínico ou seus derivados. Raros foram os relatos de rabdomiólise12 grave com insuficiência renal13 aguda secundária. Nestes casos, a relação risco/benefício deve ser cuidadosamente avaliada pelo médico.
Em pacientes submetidos a transplante renal14, recebendo ciclosporina e sinvastatina em seguida ao início do tratamento com itraconazol sistêmico15, foi observada fraqueza muscular acompanhada de elevação significativa da creatinina6-fosfoquinase. Paciente submetido a transplante renal14, recebendo ciclosporina e outro inibidor da HMG-CoA redutase juntamente com itraconazol, apresentou rabdomiólise12 e insuficiência renal13. Os inibidores da HMG-CoA redutase e os agentes antifúngicos azólicos inibem a síntese do colesterol16 em diferentes lugares. Em pacientes recebendo ciclosporina, deve-se descontinuar temporariamente a sinvastatina se for necessária terapia antifúngica com derivados azólicos; pacientes que não estão recebendo ciclosporina devem ser cuidadosamente monitorizados se for necessária terapia antifúngica com derivados azólicos.
A terapia com um inibidor da HMG-CoA redutase deve ser temporariamente suspensa ou descontinuada em qualquer paciente com condição aguda, grave sugestiva de miopatia8, ou com fator de risco17 que predisponha a insuficiência renal13 secundária a rabdomiólise12.
Gravidez2: a sinvastatina só deve ser utilizada por mulheres em idade fértil quando estas pacientes tiverem pouca possibilidade de engravidar. No caso da paciente engravidar, a sinvastatina deve ser imediatamente interrompida e a paciente avisada dos possíveis riscos para o feto18.
Aleitamento: ainda não se conhece se a sinvastatina é excretada no leite materno. Entretanto devido ao potencial risco de adversidade para os lactentes19 não se recomenda o uso de sinvastatina por mulheres que estão amamentando.
Pediatria: como ainda não foram comprovadas a segurança e a eficácia em crianças, a sinvastatina não é recomendada para uso pediátrico.
Idosos: em pacientes com mais de 65 anos, a eficácia da sinvastatina avaliada através da redução dos níveis de colesterol16 total e LDL20-colesterol16, demonstrou ser semelhante à observada na população em geral, não havendo aumento na freqüência dos achados adversos clínicos ou laboratoriais.
Hipercolesterolemia21 familiar homozigótica22: em pacientes com a forma homozigótica22 de hipercolesterolemia21 familiar, nos quais há ausência completa de receptores para LDL20, é improvável que a terapia com VASLIP® resulte em benefício clínico.
Hipertrigliceridemia: a sinvastatina possui moderado efeito redutor dos triglicérides23, não sendo, portanto, indicada quando a hipertrigliceridemia (hiperlipidemia24 tipos I, IV e V) for a alteração mais importante.

- Interações medicamentosas:
. Warfarina e derivados: voluntários normais mantidos em estado de anticoagulação terapêutica25 leve e que receberam sinvastatina, apresentaram ligeiro aumento no efeito anticoagulante26. Não se conhece o efeito da sinvastatina em pacientes sob anticoagulação completa.
Pacientes sob medicação anticoagulante26, devem ter o tempo de protrombina27 determinado antes do início da sinvastatina e após, nos intervalos usualmente recomendados para pacientes28 sob terapia cumarínica.
. Terapia imunossupressora, itraconazol, fibratos e ácido nicotínico: o uso concomitante com sinvastatina aumenta o risco de miopatia8, rabdomiólise12 grave com insuficiência renal13 aguda secundária. Assim, a relação benefício/risco deve ser cuidadosamente avaliada (veja Precauções - Efeitos musculares).
- Interferência em exames laboratoriais:
Podem ocorrer, ocasionalmente, elevações nos níveis de transaminases séricas, fosfatase alcalina29, gama-glutamil transpeptidase e creatinina6 fosfoquinase sérica (CPK).
    

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Hepática: Relativa a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
2 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
3 Amamentação: Ato da nutriz dar o peito e o lactente mamá-lo diretamente. É um fenômeno psico-sócio-cultural. Dar de mamar a; criar ao peito; aleitar; lactar... A amamentação é uma forma de aleitamento, mas há outras formas.
4 Icterícia: Coloração amarelada da pele e mucosas devido a uma acumulação de bilirrubina no organismo. Existem dois tipos de icterícia que têm etiologias e sintomas distintos: icterícia por acumulação de bilirrubina conjugada ou direta e icterícia por acumulação de bilirrubina não conjugada ou indireta.
5 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
6 Creatinina: Produto residual das proteínas da dieta e dos músculos do corpo. É excretada do organismo pelos rins. Uma vez que as doenças renais progridem, o nível de creatinina aumenta no sangue.
7 Músculo Esquelético: Subtipo de músculo estriado fixado por TENDÕES ao ESQUELETO. Os músculos esqueléticos são inervados e seu movimento pode ser conscientemente controlado. Também são chamados de músculos voluntários.
8 Miopatia: Qualquer afecção das fibras musculares, especialmente dos músculos esqueléticos.
9 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
10 Mialgias: Dor que se origina nos músculos. Pode acompanhar outros sintomas como queda no estado geral, febre e dor de cabeça nas doenças infecciosas. Também pode estar associada a diferentes doenças imunológicas.
11 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
12 Rabdomiólise: Síndrome caracterizada por destruição muscular, com liberação de conteúdo intracelular na circulação sanguínea. Atualmente, a rabdomiólise é considerada quando há dano secundário em algum órgão associado ao aumento das enzimas musculares. A gravidade da doença é variável, indo de casos de elevações assintomáticas de enzimas musculares até situações ameaçadoras à vida, com insuficiência renal aguda ou distúrbios hidroeletrolíticos. As causas da rabdomiólise podem ser classificadas em quatro grandes grupos: trauma ou lesão muscular direta, excesso de atividade muscular, defeitos enzimáticos hereditários ou outras condições clínicas.
13 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
14 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
15 Sistêmico: 1. Relativo a sistema ou a sistemática. 2. Relativo à visão conspectiva, estrutural de um sistema; que se refere ou segue um sistema em seu conjunto. 3. Disposto de modo ordenado, metódico, coerente. 4. Em medicina, é o que envolve o organismo como um todo ou em grande parte.
16 Colesterol: Tipo de gordura produzida pelo fígado e encontrada no sangue, músculos, fígado e outros tecidos. O colesterol é usado pelo corpo para a produção de hormônios esteróides (testosterona, estrógeno, cortisol e progesterona). O excesso de colesterol pode causar depósito de gordura nos vasos sangüíneos. Seus componentes são: HDL-Colesterol: tem efeito protetor para as artérias, é considerado o bom colesterol. LDL-Colesterol: relacionado às doenças cardiovasculares, é o mau colesterol. VLDL-Colesterol: representa os triglicérides (um quinto destes).
17 Fator de risco: Qualquer coisa que aumente a chance de uma pessoa desenvolver uma doença.
18 Feto: Filhote por nascer de um mamífero vivíparo no período pós-embrionário, depois que as principais estruturas foram delineadas. Em humanos, do filhote por nascer vai do final da oitava semana após a CONCEPÇÃO até o NASCIMENTO, diferente do EMBRIÃO DE MAMÍFERO prematuro.
19 Lactentes: Que ou aqueles que mamam, bebês. Inclui o período neonatal e se estende até 1 ano de idade (12 meses).
20 LDL: Lipoproteína de baixa densidade, encarregada de transportar colesterol através do sangue. Devido à sua tendência em depositar o colesterol nas paredes arteriais e a produzir aterosclerose, tem sido denominada “mau colesterol“.
21 Hipercolesterolemia: Aumento dos níveis de colesterol do sangue. Está associada a uma maior predisposição ao desenvolvimento de aterosclerose.
22 Homozigótica: Referente a homozigoto. Homozigoto é quando os alelos de um ou mais genes são idênticos. Alelos são genes que ocupam os mesmos loci (locais) nos cromossomos.
23 Triglicérides: A principal maneira de armazenar os lipídeos no tecido adiposo é sob a forma de triglicérides. São também os tipos de lipídeos mais abundantes na alimentação. Podem ser definidos como compostos formados pela união de três ácidos graxos com glicerol. Os triglicérides sólidos em temperatura ambiente são conhecidos como gorduras, enquanto os líquidos são os óleos. As gorduras geralmente possuem uma alta proporção de ácidos graxos saturados de cadeia longa, já os óleos normalmente contêm mais ácidos graxos insaturados de cadeia curta.
24 Hiperlipidemia: Condição em que os níveis de gorduras e colesterol estão mais altos que o normal.
25 Terapêutica: Terapia, tratamento de doentes.
26 Anticoagulante: Substância ou medicamento que evita a coagulação, especialmente do sangue.
27 Protrombina: Proteína plasmática inativa, é a precursora da trombina e essencial para a coagulação sanguínea.
28 Para pacientes: Você pode utilizar este texto livremente com seus pacientes, inclusive alterando-o, de acordo com a sua prática e experiência. Conheça todos os materiais Para Pacientes disponíveis para auxiliar, educar e esclarecer seus pacientes, colaborando para a melhoria da relação médico-paciente, reunidos no canal Para Pacientes . As informações contidas neste texto são baseadas em uma compilação feita pela equipe médica da Centralx. Você deve checar e confirmar as informações e divulgá-las para seus pacientes de acordo com seus conhecimentos médicos.
29 Fosfatase alcalina: É uma hidrolase, ou seja, uma enzima que possui capacidade de retirar grupos de fosfato de uma distinta gama de moléculas, tais como nucleotídeos, proteínas e alcaloides. Ela é sintetizada por diferentes órgãos e tecidos, como, por exemplo, os ossos, fígado e placenta.

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