POSOLOGIA E ADMINISTRAÇÃO GLUCAGON

Atualizado em 24/05/2016
para o tratamento da hipoglicemia1: o diluente é fornecido para ser usado unicamente na preparação de Glucagon2 para injeção3 intermitente4 por via parentérica e para nenhum outro uso. Para administração de Glucagon2 em doses superiores a 2 mg (2 unidades), reconstituir com Água Esterilizada Farm. Bras., ao invés do diluente fornecido, e usar imediatamente. Instruções para o uso de Glucagon2: 1) Dissolver o Glucagon2 liofilizado5 com o diluente que acompanha o produto. 2) Glucagon2 não deve ser usado em concentração maior que 1 mg/ml (1 unidade/ml). 3)As soluções de Glucagon2 só devem ser usadas quando estiverem claras e transparentes e de consistência como a água. 4) Para adultos e crianças pesando mais que 20 kg, administrar 1 mg (1 unidade) por via subcutânea6, intramuscular ou intravenosa. 5) Para crianças pesando menos que 20 kg, administrar 0,5 mg (0,5 unidade) ou uma dose equivalente a 20 a 30 mcg/kg. 6) O paciente geralmente despertará dentro de 15 minutos. Se a resposta tardar, não há contra-indicação à administração de 1 ou 2 doses adicionais de Glucagon2; no entanto, em vista dos efeitos deletérios da hipoglicemia1 sobre o cérebro7 e, dependendo da duração e profundidade do coma8, a administração de glicose9 intravenosa deverá ser considerada pelo médico. 7) A administração de glicose9 por via intravenosa deverá ser feita se o paciente não responder ao Glucagon2. 8) Quando o paciente responder ao Glucagon2, administrar quantidades suplementares de carboidratos (açúcar10) para restaurar o glicogênio11 hepático e prevenir uma segunda hipoglicemia1. Para uso como Agente Diagnóstico12: dissolver o Glucagon2 liofilização13 com o diluente que acompanha o produto. Glucagon2 não deve ser usado em concentrações maiores que 1 mg/ml (1 unidade/ml). As seguintes doses podem ser administradas para relaxamento do estômago14, duodeno15 e intestino delgado16, dependendo do tempo de início de ação e da duração de efeito necessário para o exame. Desde que o estômago14 é menos sensível ao efeito do Glucagon2, recomenda-se 0,5 mg IV (0,5 unidade) ou 2 mg IM (2 unidades). Dose: 0,25-0,5 mg* via IV, a ação inicia-se em 1 minuto e o efeito dura aproximadamente 9-17 minutos; dose: 1 mg* via IM, a ação inicia-se em 8-10 minutos e dura aproximadamente 12-27 minutos; dose: 2 mg** via IV, a ação inicia-se em 1 minuto e dura aproximadamente 22-25 minutos; 2 mg** via IM, a ação inicia-se em 4-7 minutos e dura aproximadamente 21-32 minutos. * 1 mg = 1 unidade; ** A administração de doses de 2 mg produz uma incidência17 maior de náusea18 e vômito19 do que doses menores. Para exame do cólon20 recomenda-se uma dose de 2 mg (2 unidades) administrada por via intramuscular aproximadamente 10 minutos antes do início do exame. O relaxamento do cólon20 e a redução do desconforto ao paciente irão permitir ao radiologista a realização de um exame mais satisfatório. - Superdosagem: sinais21 e sintomas22: não houve relatos de superdosagem de Glucagon2 em humanos. O Glucagon2 é geralmente bem tolerado. Se ocorrer superdosagem, não se deve esperar toxicidade23, mas pode-se esperar os sintomas22 de náusea18, vômito19, hipotonicidade gástrica e diarréia24. A administração do Glucagon2 intravenoso demonstrou ter efeito inotrópico e cronotrópico positivo. Um aumento transitório tanto na pressão arterial25 quanto na freqüência cardíaca pode ocorrer após a administração de Glucagon2. Naqueles pacientes que estejam recebendo betabloqueadores pode ser esperado um aumento tanto na freqüência cardíaca quanto na pressão arterial25. Este aumento será transitório devido à meia-vida curta do Glucagon2. O aumento na pressão arterial25 e na freqüência cardíaca pode requerer tratamento em pacientes com feocromocitoma26 ou doença arterial coronariana. Quando o Glucagon2 foi administrado em grandes doses a pacientes cardíacos, os investigadores relataram um efeito inotrópico positivo. As reações adversas incluíram náusea18, vômito19 e diminuição de potássio sérico. O potássio sérico pode ser mantido em limites normais administrando-se potássio suplementar. Devido o Glucagon2 ser um polipeptídeo, será rapidamente destruído no trato gastrintestinal se for ingerido acidentalmente. Tratamento: para tratar a superdosagem, considerar a possibilidade de superdoses de múltiplas drogas, interação entre drogas e de cinéticas27 pouco comuns de drogas no paciente. Devido à meia-vida muito curta do Glucagon2 e sua rápida destruição e excreção, o tratamento da superdosagem é sintomático28, primeiramente para náusea18, vômito19 e possível hipopotassemia29. Se o paciente desenvolver um aumento dramático na pressão arterial25, 5 a 10 mg de fentolamina mostrou ser eficaz no abaixamento da pressão arterial25 durante o curto período que necessita ser controlado. Diurese30 forçada, diálise peritoneal31, hemodiálise32 ou hemoperfusão com carvão ativado não foram estabelecidos como métodos benéficos nos casos de superdosagem com Glucagon2; contudo, seria extremamente improvável que um desses métodos fosse indicado.
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Complementos

1 Hipoglicemia: Condição que ocorre quando há uma queda excessiva nos níveis de glicose, freqüentemente abaixo de 70 mg/dL, com aparecimento rápido de sintomas. Os sinais de hipoglicemia são: fome, fadiga, tremores, tontura, taquicardia, sudorese, palidez, pele fria e úmida, visão turva e confusão mental. Se não for tratada, pode levar ao coma. É tratada com o consumo de alimentos ricos em carboidratos como pastilhas ou sucos com glicose. Pode também ser tratada com uma injeção de glucagon caso a pessoa esteja inconsciente ou incapaz de engolir. Também chamada de reação à insulina.
2 Glucagon: Hormônio produzido pelas células-alfa do pâncreas. Ele aumenta a glicose sangüínea. Uma forma injetável de glucagon, disponível por prescrição médica, pode ser usada no tratamento da hipoglicemia severa.
3 Injeção: Infiltração de medicação ou nutrientes líquidos no corpo através de uma agulha e seringa.
4 Intermitente: Nos quais ou em que ocorrem interrupções; que cessa e recomeça por intervalos; intervalado, descontínuo. Em medicina, diz-se de episódios de febre alta que se alternam com intervalos de temperatura normal ou cujas pulsações têm intervalos desiguais entre si.
5 Liofilizado: Submetido à liofilização, que é a desidratação de substâncias realizada em baixas temperaturas, usada especialmente na conservação de alimentos, em medicamentos, etc.
6 Subcutânea: Feita ou situada sob a pele; hipodérmica.
7 Cérebro: Derivado do TELENCÉFALO, o cérebro é composto dos hemisférios direito e esquerdo. Cada hemisfério contém um córtex cerebral exterior e gânglios basais subcorticais. O cérebro inclui todas as partes dentro do crânio exceto MEDULA OBLONGA, PONTE e CEREBELO. As funções cerebrais incluem as atividades sensório-motora, emocional e intelectual.
8 Coma: 1. Alteração do estado normal de consciência caracterizado pela falta de abertura ocular e diminuição ou ausência de resposta a estímulos externos. Pode ser reversível ou evoluir para a morte. 2. Presente do subjuntivo ou imperativo do verbo “comer.“
9 Glicose: Uma das formas mais simples de açúcar.
10 Açúcar: 1. Classe de carboidratos com sabor adocicado, incluindo glicose, frutose e sacarose. 2. Termo usado para se referir à glicemia sangüínea.
11 Glicogênio: Polissacarídeo formado a partir de moléculas de glicose, utilizado como reserva energética e abundante nas células hepáticas e musculares.
12 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
13 Liofilização: Desidratação de substâncias realizada em baixas temperaturas, muito usada na conservação de alimentos, fármacos, vacinas, etc.
14 Estômago: Órgão da digestão, localizado no quadrante superior esquerdo do abdome, entre o final do ESÔFAGO e o início do DUODENO.
15 Duodeno: Parte inicial do intestino delgado que se estende do piloro até o jejuno.
16 Intestino delgado: O intestino delgado é constituído por três partes: duodeno, jejuno e íleo. A partir do intestino delgado, o bolo alimentar é transformado em um líquido pastoso chamado quimo. Com os movimentos desta porção do intestino e com a ação dos sucos pancreático e intestinal, o quimo é transformado em quilo, que é o produto final da digestão. Depois do alimento estar transformado em quilo, os produtos úteis para o nosso organismo são absorvidos pelas vilosidades intestinais, passando para os vasos sanguíneos.
17 Incidência: Medida da freqüência em que uma doença ocorre. Número de casos novos de uma doença em um certo grupo de pessoas por um certo período de tempo.
18 Náusea: Vontade de vomitar. Forma parte do mecanismo complexo do vômito e pode ser acompanhada de sudorese, sialorréia (salivação excessiva), vertigem, etc.
19 Vômito: É a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Pode ser classificado como: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
20 Cólon:
21 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
22 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
23 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
24 Diarréia: Aumento do volume, freqüência ou quantidade de líquido nas evacuações.Deve ser a manifestação mais freqüente de alteração da absorção ou transporte intestinal de substâncias, alterações estas que em geral são devidas a uma infecção bacteriana ou viral, a toxinas alimentares, etc.
25 Pressão arterial: A relação que define a pressão arterial é o produto do fluxo sanguíneo pela resistência. Considerando-se a circulação como um todo, o fluxo total é denominado débito cardíaco, enquanto a resistência é denominada de resistência vascular periférica total.
26 Feocromocitoma: São tumores originários das células cromafins do eixo simpático-adrenomedular, caracterizados pela autonomia na produção de catecolaminas, mais freqüentemente adrenalina e/ou noradrenalina. A hipertensão arterial é a manifestação clínica mais comum, acometendo mais de 90% dos pacientes, geralmente resistente ao tratamento anti-hipertensivo convencional, mas podendo responder a bloqueadores alfa-adrenérgicos, bloqueadores dos canais de cálcio e nitroprussiato de sódio. A tríade clássica do feocromocitoma, associado à hipertensão arterial, é composta por cefaléia, sudorese intensa e palpitações.
27 Cinéticas: Ramo da física que trata da ação das forças nas mudanças de movimento dos corpos.
28 Sintomático: 1. Relativo a ou que constitui sintoma. 2. Que é efeito de alguma doença. 3. Por extensão de sentido, é o que indica um particular estado de coisas, de espírito; revelador, significativo.
29 Hipopotassemia: Concentração sérica de potássio inferior a 3,5 mEq/l. Pode ocorrer por alterações na distribuição de potássio (desvio do compartimento extracelular para intracelular) ou de reduções efetivas no conteúdo corporal de potássio por uma menor ingesta ou por perda aumentada. Fraqueza muscular e arritimias cardíacas são os sinais e sintomas mais comuns, podendo haver também poliúria, polidipsia e constipação. Pode ainda ser assintomática.
30 Diurese: Diurese é excreção de urina, fenômeno que se dá nos rins. É impróprio usar esse termo na acepção de urina, micção, freqüência miccional ou volume urinário. Um paciente com retenção urinária aguda pode, inicialmente, ter diurese normal.
31 Diálise peritoneal: Ao invés de utilizar um filtro artificial para “limpar“ o sangue, é utilizado o peritônio, que é uma membrana localizada dentro do abdômen e que reveste os órgãos internos. Através da colocação de um catéter flexível no abdômen, é feita a infusão de um líquido semelhante a um soro na cavidade abdominal. Este líquido, que chamamos de banho de diálise, vai entrar em contato com o peritônio, e por ele será feita a retirada das substâncias tóxicas do sangue. Após um período de permanência do banho de diálise na cavidade abdominal, este fica saturado de substâncias tóxicas e é então retirado, sendo feita em seguida a infusão de novo banho de diálise. Esse processo é realizado de uma forma contínua e é conhecido por CAPD, sigla em inglês que significa diálise peritoneal ambulatorial contínua. A diálise peritoneal é uma forma segura de tratamento realizada atualmente por mais de 100.000 pacientes no mundo todo.
32 Hemodiálise: Tipo de diálise que vai promover a retirada das substâncias tóxicas, água e sais minerais do organismo através da passagem do sangue por um filtro. A hemodiálise, em geral, é realizada 3 vezes por semana, em sessões com duração média de 3 a 4 horas, com o auxílio de uma máquina, dentro de clínicas especializadas neste tratamento. Para que o sangue passe pela máquina, é necessária a colocação de um catéter ou a confecção de uma fístula, que é um procedimento realizado mais comumente nas veias do braço, para permitir que estas fiquem mais calibrosas e, desta forma, forneçam o fluxo de sangue adequado para ser filtrado.

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