REAÇÕES ADVERSAS HALOTANO

Atualizado em 24/05/2016

Coração1 e circulação2: HALOTANO HOECHST tem uma ação dilatadora sobre os vasos sanguíneos3, mais evidente na pele4 pela presença das veias5 superficiais. A pressão sanguínea pode cair durante indução ou manutenção da anestesia6 com HALOTANO HOECHST. Contanto que a reação hipotensiva não seja devida a uma perda do volume sanguíneo circulante (por exemplo hemorragia7, desidratação8), a mesma será diretamente proporcional à concentração de HALOTANO HOECHST e será associada com bradicardia9 e finalmente com inotropismo negativo. Neste caso é necessário diminuir a concentração de HALOTANO HOECHST ou interrompê-lo completamente e corrigir a hipovolemia10 (por transfusão11 de sangue12 ou infusão de substitutos do plasma13 ou outras soluções). Podem ocorrer arritmias14 principalmente se simpatomiméticos forem usados concomitantemente (ver também Interações medicamentosas).

Respiração: Como outros anestésicos de inalação, HALOTANO HOECHST em altas concentrações pode deprimir a respiração; neste caso, é necessária ventilação15 assistida ou controlada.

Sistema Nervoso Central16: Um aumento na pressão do líquor17 pode ocorrer. Por essa razão, uma elevação pré-existente da pressão intracraniana deve ser corrigida antes de HALOTANO HOECHST ser empregado (tratamento medicamentoso para eliminação do edema18 cerebral).

Útero19: Na prática obstétrica deve ser considerado que HALOTANO HOECHST pode causar relaxamento do útero19, especialmente em anestesia6 profunda. Entretanto, nos Estágios 1-2 da escala de Guedel este efeito pode ser revertido por agentes uterotônicos tais como Ocitocina20. O relaxamento uterino não persiste após HALOTANO HOECHST ser eliminado do organismo e por isso, não há perigo de subseqüente hemorragia7 atônica. Durante curetagem21 uterina, a ação vasodilatadora de HALOTANO HOECHST pode causar aumento do sangramento.

Fígado22: O efeito de HALOTANO HOECHST no fígado22 foi completamente estudado em experimentos animais. Não houve nenhuma evidência de efeitos hepatotóxicos diretos.

A experiência clínica indica que reações hepáticas23 devem ser esperadas em uma certa proporção de pacientes anestesiados com HALOTANO HOECHST, entre 1 em 9000 e 1 em 30000 aproximadamente. Eles geralmente começam dentro de 10 a 14 dias e são assinalados por um súbito e inexplicado aumento de temperatura, o qual pode ser seguido por icterícia24 transitória ou necrose25 hepatocelular. Após anestesia6 repetida com HALOTANO HOECHST, especialmente se o intervalo for somente de poucas semanas, a probabilidade da "hepatite26 do Halotano" é maior que após uma única administração. Mulheres, especialmente obesas, parecem ser mais freqüentemente afetadas que homens. Não há relação entre a dose ou concentração de HALOTANO HOECHST e esta forma de dano hepatocelular.

Trato gastrintestinal: Náusea27 e vômito28 ocorrem em cerca de 5 % dos pacientes anestesiados com HALOTANO HOECHST.

Hipertermia maligna pode ser acionada por HALOTANO HOECHST, assim como por outros anestésicos, mesmo locais.
Além das medidas convencionais de emergência29 o uso de Dantroleno sódico por via intravenosa é recomendado.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Coração: Órgão muscular, oco, que mantém a circulação sangüínea.
2 Circulação: 1. Ato ou efeito de circular. 2. Facilidade de se mover usando as vias de comunicação; giro, curso, trânsito. 3. Movimento do sangue, fluxo de sangue através dos vasos sanguíneos do corpo e do coração.
3 Vasos Sanguíneos: Qualquer vaso tubular que transporta o sangue (artérias, arteríolas, capilares, vênulas e veias).
4 Pele: Camada externa do corpo, que o protege do meio ambiente. Composta por DERME e EPIDERME.
5 Veias: Vasos sangüíneos que levam o sangue ao coração.
6 Anestesia: Diminuição parcial ou total da sensibilidade dolorosa. Pode ser induzida por diferentes medicamentos ou ser parte de uma doença neurológica.
7 Hemorragia: Saída de sangue dos vasos sanguíneos ou do coração para o exterior, para o interstício ou para cavidades pré-formadas do organismo.
8 Desidratação: Perda de líquidos do organismo pelo aumento importante da freqüência urinária, sudorese excessiva, diarréia ou vômito.
9 Bradicardia: Diminuição da freqüência cardíaca a menos de 60 batimentos por minuto. Pode estar associada a distúrbios da condução cardíaca, ao efeito de alguns medicamentos ou a causas fisiológicas (bradicardia do desportista).
10 Hipovolemia: Diminuição do volume de sangue secundário a hemorragias, desidratação ou seqüestro de sangue para um terceiro espaço (p. ex. peritônio).
11 Transfusão: Introdução na corrente sangüínea de sangue ou algum de seus componentes. Podem ser transfundidos separadamente glóbulos vermelhos, plaquetas, plasma, fatores de coagulação, etc.
12 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
13 Plasma: Parte que resta do SANGUE, depois que as CÉLULAS SANGÜÍNEAS são removidas por CENTRIFUGAÇÃO (sem COAGULAÇÃO SANGÜÍNEA prévia).
14 Arritmias: Arritmia cardíaca é o nome dado a diversas perturbações que alteram a frequência ou o ritmo dos batimentos cardíacos.
15 Ventilação: 1. Ação ou efeito de ventilar, passagem contínua de ar fresco e renovado, num espaço ou recinto. 2. Agitação ou movimentação do ar, natural ou provocada para estabelecer sua circulação dentro de um ambiente. 3. Em fisiologia, é o movimento de ar nos pulmões. Perfusão Em medicina, é a introdução de substância líquida nos tecidos por meio de injeção em vasos sanguíneos.
16 Sistema Nervoso Central: Principais órgãos processadores de informação do sistema nervoso, compreendendo cérebro, medula espinhal e meninges.
17 Líquor: Líquido cefalorraquidiano (LCR), também conhecido como líquor ou fluido cérebro espinhal, é definido como um fluido corporal estéril, incolor, encontrado no espaço subaracnoideo no cérebro e na medula espinhal (entre as meninges aracnoide e pia-máter). Caracteriza-se por ser uma solução salina pura, com baixo teor de proteínas e células, atuando como um amortecedor para o córtex cerebral e a medula espinhal. Possui também a função de fornecer nutrientes para o tecido nervoso e remover resíduos metabólicos do mesmo. É sintetizado pelos plexos coroidais, epitélio ventricular e espaço subaracnoideo em uma taxa de aproximadamente 20 mL/hora. Em recém-nascidos, este líquido é encontrado em um volume que varia entre 10 a 60 mL, enquanto que no adulto fica entre 100 a 150 mL.
18 Edema: 1. Inchaço causado pelo excesso de fluidos no organismo. 2. Acúmulo anormal de líquido nos tecidos do organismo, especialmente no tecido conjuntivo.
19 Útero: Orgão muscular oco (de paredes espessas), na pelve feminina. Constituído pelo fundo (corpo), local de IMPLANTAÇÃO DO EMBRIÃO e DESENVOLVIMENTO FETAL. Além do istmo (na extremidade perineal do fundo), encontra-se o COLO DO ÚTERO (pescoço), que se abre para a VAGINA. Além dos istmos (na extremidade abdominal superior do fundo), encontram-se as TUBAS UTERINAS.
20 Ocitocina: Hormônio produzido pelo hipotálamo e armazenado na hipófise posterior (neuro-hipófise). Tem a função de promover as contrações uterinas durante o parto e a ejeção do leite durante a amamentação.
21 Curetagem: Operação ou cirurgia que consiste em esvaziar o interior de uma cavidade natural ou patológica com o auxílio de uma cureta; raspagem.
22 Fígado: Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.
23 Hepáticas: Relativas a ou que forma, constitui ou faz parte do fígado.
24 Icterícia: Coloração amarelada da pele e mucosas devido a uma acumulação de bilirrubina no organismo. Existem dois tipos de icterícia que têm etiologias e sintomas distintos: icterícia por acumulação de bilirrubina conjugada ou direta e icterícia por acumulação de bilirrubina não conjugada ou indireta.
25 Necrose: Conjunto de processos irreversíveis através dos quais se produz a degeneração celular seguida de morte da célula.
26 Hepatite: Inflamação do fígado, caracterizada por coloração amarela da pele e mucosas (icterícia), dor na região superior direita do abdome, cansaço generalizado, aumento do tamanho do fígado, etc. Pode ser produzida por múltiplas causas como infecções virais, toxicidade por drogas, doenças imunológicas, etc.
27 Náusea: Vontade de vomitar. Forma parte do mecanismo complexo do vômito e pode ser acompanhada de sudorese, sialorréia (salivação excessiva), vertigem, etc.
28 Vômito: É a expulsão ativa do conteúdo gástrico pela boca. Pode ser classificado como: alimentar, fecalóide, biliar, em jato, pós-prandial. Sinônimo de êmese. Os medicamentos que agem neste sintoma são chamados de antieméticos.
29 Emergência: 1. Ato ou efeito de emergir. 2. Situação grave, perigosa, momento crítico ou fortuito. 3. Setor de uma instituição hospitalar onde são atendidos pacientes que requerem tratamento imediato; pronto-socorro. 4. Eclosão. 5. Qualquer excrescência especializada ou parcial em um ramo ou outro órgão, formada por tecido epidérmico (ou da camada cortical) e um ou mais estratos de tecido subepidérmico, e que pode originar nectários, acúleos, etc. ou não se desenvolver em um órgão definido.

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