
POSOLOGIA E MODO DE USAR SEPTOPAL
Condição básica para a eficácia da antibioticoterapia em infecções1 abscedantes de ossos e partes moles, é a cuidadosa limpeza cirúrgica do foco infeccioso.
Antes do implante2 da cadeia de SEPTOPAL®, todos os tecidos desvitalizados, como seqüestros ósseos e partes moles necrosadas, bem como qualquer implante2 aloplástico (material de osteossíntese e endopróteses), devem ser totalmente removidos no ato cirúrgico. Se os seqüestros ósseos não forem totalmente eliminados durante a cirurgia ou forem deixadas partes de osteossínteses, as bactérias presentes nos tecidos necrosados e nos espaços existentes entre a prótese3 e o osso não seriam atingidas, em sua totalidade, pelo antibiótico liberado no local.
Após revisão cirúrgica com cuidadosa remoção das partes desvitalizadas, preenche-se a cavidade infeccionada, dos ossos ou partes moles, com cadeias de SEPTOPAL®. A quantidade de cadeias depende do tamanho da cavidade a ser preenchida.
No emprego de uma ou mais cadeias de SEPTOPAL® deve-se considerar a direção em que são colocadas, para facilitar sua futura remoção. Nas cavidades arredondadas os melhores resultados foram obtidos com sua colocação em forma de meandros, enquanto que nas cavidades cilíndricas devem permanecer esticadas.
A cadeia de SEPTOPAL® não pode ser dobrada, a fim de evitar o rompimento do fio durante sua retirada.
As cadeias de SEPTOPAL® podem ser empregadas a curto e a longo prazo, da seguinte maneira:
1. A aplicação em infecções1 ósseas a curto prazo
Após retirada total de seqüestros ósseos e cuidadosa limpeza cirúrgica, deve-se preencher completamente a cavidade resultante com uma ou mais cadeias de SEPTOPAL®, levando-se em conta a direção para facilitar sua posterior extração. Colocada a cadeia, deixa-se a última pérola sobressair ao nível da pele4.
O tempo suficiente para que SEPTOPAL® atue no processo infeccioso é de 10 a 14 dias. Após esse período realiza-se sua retirada pela pérola exteriorizada, através
da tração manual simples, lentamente e com força constante, não havendo necessidade de anestesia5.
Para a retirada de SEPTOPAL®, não se deve deixar ultrapassar duas semanas após a cirurgia, pois quanto menos tempo as pérolas se fixarem no tecido conjuntivo6 pós-operatório, mais fácil será sua extração.
Quando estiver prevista a permanência da cadeia por um período de tempo mais prolongado, pode-se fazer a retirada aos poucos, exteriorizando-se gradualmente mais uma ou algumas pérolas a partir do 10º dia do pós-operatório.
2. Aplicação em infecções1 ósseas a longo prazo
Em casos especiais a cadeia pode ser introduzida completamente e extraída depois de alguns meses, por intermédio de nova intervenção cirúrgica.
Nesses casos a cadeia de SEPTOPAL® serve, adicionalmente, para guardar o lugar para a esponjosa ou outro implante2 na mesma cavidade, agora livre de infecção7.
3. Aplicação em infecções1 de partes moles
Após minuciosa limpeza cirúrgica, a alicação de SEPTOPAL® ocorre conforme está indicado no ítem 1. A extração de cadeia poderá realizar-se a partir do 7º dia de pós-operatório.
Observações
Em todos os casos a ferida operatória deve ser suturada e, quando houver perda de substância, aconselha-se cobrir com enxerto8 ou material sintético.
Está contra-indicado, em todos os casos, o dreno de lavado e sucção. Deve-se utilizar, sempre que necessário, um dreno simples (dreno de Redon), para evitar o rápido escoamento do hematoma9 pós-operatório que se formará (no qual a gentamicina liberada se encontra em altas concentrações), o que acarretaria a queda da ação antibacteriana da gentamicina.
Atenção
A bolsa de papel aluminizado (não-estéril), a bolsa interior separável (não-estéril) e a bolsa plástica interna (estéril) que contêm o produto só devem ser abertas no momento da cirurgia, em ambiente asséptico.
Os segmentos de cadeias de SEPTOPAL®, remanescentes de uma cirurgia, não podem ser esterilizados, devendo ser destruídos.
Conduta na superdosagem e nas reações adversas
Não são de se esperar problemas decorrentes de superdosagem. Como não existe antídoto10 específico, o tratamento de eventuais reações adversas decorrentes da gentamicina deverá ser sintomático11 e de apoio, com possível retirada antecipada da cadeia e hemodiálise12 ou diálise peritoneal13 para eliminação do antibiótico.
Venda sob prescrição médica.