POSOLOGIA TAGAMET COMPRIMIDOS

Atualizado em 24/05/2016

. Adultos   via oral:

. Úlcera duodenal1:
A dose recomendada no tratamento da úlcera duodenal1 ativa é de 800mg por dia, a ser administrada em dose única de 800mg à noite, ao deitar, ou em duas tomadas de 400mg, pela manhã e à noite, ao deitar. Em alguns casos, pode ser necessária uma dose diária de até 1.600mg, tomada em doses divididas. Completa cicatrização ocorre, na maioria dos casos, em quatro semanas, enquanto que o alívio sintomático2 surge comumente dentro de poucos dias. Em reduzido número de pacientes, cujas úlceras3 não tenham cicatrizado em quatro semanas, isto geralmente é obtido quando o tratamento é mantido por mais duas ou quatro semanas. Após a remissão da úlcera4, em pacientes com história de recorrência5, recomenda-se a manutenção do tratamento com dose menor para impedir a recidiva6.

Dose de manutenção de 400mg à noite, ao deitar, tem-se revelado eficaz na prevenção da úlcera duodenal1 recidivante7. A manutenção do tratamento depende de critério médico. TAGAMET tem sido usado com segurança nestes pacientes, por períodos de até 5 anos.

. Úlcera gástrica8 benigna:
A posologia usual de TAGAMET para esta condição é de 400mg pela manhã e de 400mg à noite, ao deitar (800mg/dia) ou, então, 200mg três vezes ao dia, às refeições, e mais 400mg à noite, ao deitar (1g/dia).

Alguns pacientes podem necessitar até 1.600mg/dia em doses divididas.

Na maioria dos pacientes, a cicatrização completa ocorre em quatro semanas; no entanto, o alívio da sintomatologia dolorosa ocorre mais rapidamente. Após a remissão do quadro ulceroso, o tratamento de manutenção com dose menor (400mg à noite, ao deitar) demonstrou reduzir significativamente as recidivas9. Tais pacientes devem ser reavaliados em intervalos regulares.

. Esofagite10 péptica:
O tratamento depende da gravidade do distúrbio. Nos casos leves e moderados, a dose é de 400mg, duas vezes ao dia. A dose usual varia de 800 a 1.600mg/dia, divididos em duas ou quatro tomadas, às refeições e à noite, ao deitar, geralmente por períodos de até 12 semanas.

. Distúrbios patológicos de hipersecreção:
O tratamento deve ser ajustado às necessidades individuais, porém, a posologia inicial é geralmente de 200mg três vezes ao dia, às refeições, e 400mg à noite, ao deitar (1.000mg/dia). Alguns pacientes podem precisar de doses maiores ou de tomadas mais freqüentes. Tratamento bem-sucedido com dose de 2,4g/dia foi observado em alguns pacientes. Devido à cronicidade destas condições, o tratamento deve ser mantido enquanto houver indicação clínica.

Pelo menos um paciente com Zollinger-Ellison foi seguramente tratado com TAGAMET, por aproximadamente seis anos.

. Condições não-ulcerosas relacionadas com acidez gástrica11:
A posologia recomendada é de 200mg, quatro vezes ao dia (às refeições e à noite, ao deitar). O alívio da sintomatologia dispéptica surge geralmente dentro de um período de tratamento de uma a quatro semanas.
. Dose total diária:
 
Não deve exceder, normalmente, a 2.400mg.

. Pacientes com insuficiência renal12:

Como qualquer outro fármaco13 de eliminação predominantemente renal14 e à semelhança dos demais antagonistas H2, a dose de TAGAMET deve ser diminuída em pacientes com insuficiência renal12. As doses recomendadas estão correlacionadas ao clearance ou à depuração plasmática da creatinina15.

Clearance de creatinina15 (ml/min)    Posologia    
0 a 15    200mg, 2 vezes ao dia    
15 a 30    200mg, 3 vezes ao dia    
30 a 50    200mg, 4 vezes ao dia    
> 50    posologia normal    

. Pacientes submetidos à diálise16:

Como ocorre com muitas outras drogas, os níveis sangüíneos de TAGAMET ficam diminuídos com a hemodiálise17. Portanto, em tais casos, TAGAMET deve ser administrado assim que termine a hemodiálise17. Os níveis não são alterados por diálise peritoneal18.

. Crianças:

Nos estudos clínicos, TAGAMET foi bem tolerado pelas crianças.  Recomenda-se o seguinte esquema posológico:

. Recém-nascidos: 10 a 15mg/kg/dia, subdivididos em tomadas a cada 4 ou 6 horas.
. Menores de 1 ano: 20mg/kg/dia, igualmente divididos em tomadas a cada 4 ou 6 horas.
. Entre 1 a 12 anos: 20 a 25mg/kg/dia, também divididos em tomadas a cada 4 ou 6 horas.

TAGAMET pode ser administrado em crianças, por via oral ou parenteral, de acordo com o critério acima.

Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Úlcera duodenal: Lesão na mucosa do duodeno – parte inicial do intestino delgado.
2 Sintomático: 1. Relativo a ou que constitui sintoma. 2. Que é efeito de alguma doença. 3. Por extensão de sentido, é o que indica um particular estado de coisas, de espírito; revelador, significativo.
3 Úlceras: Feridas superficiais em tecido cutâneo ou mucoso que podem ocorrer em diversas partes do organismo. Uma afta é, por exemplo, uma úlcera na boca. A úlcera péptica ocorre no estômago ou no duodeno (mais freqüente). Pessoas que sofrem de estresse são mais susceptíveis a úlcera.
4 Úlcera: Ferida superficial em tecido cutâneo ou mucoso que pode ocorrer em diversas partes do organismo. Uma afta é, por exemplo, uma úlcera na boca. A úlcera péptica ocorre no estômago ou no duodeno (mais freqüente). Pessoas que sofrem de estresse são mais susceptíveis a úlcera.
5 Recorrência: 1. Retorno, repetição. 2. Em medicina, é o reaparecimento dos sintomas característicos de uma doença, após a sua completa remissão. 3. Em informática, é a repetição continuada da mesma operação ou grupo de operações. 4. Em psicologia, é a volta à memória.
6 Recidiva: 1. Em medicina, é o reaparecimento de uma doença ou de um sintoma, após período de cura mais ou menos longo; recorrência. 2. Em direito penal, significa recaída na mesma falta, no mesmo crime; reincidência.
7 Recidivante: Característica da doença que recidiva, que acontece de forma recorrente ou repetitiva.
8 Úlcera gástrica: Lesão na mucosa do estômago. Pode ser provocada por excesso de ácido clorídrico produzido pelo próprio estômago ou por medicamentos como antiinflamatórios ou aspirina. É uma doença infecciosa, causada pela bactéria Helicobacter pylori em quase 100 % dos casos.
9 Recidivas: 1. Em medicina, é o reaparecimento de uma doença ou de um sintoma, após período de cura mais ou menos longo; recorrência. 2. Em direito penal, significa recaída na mesma falta, no mesmo crime; reincidência.
10 Esofagite: Inflamação da mucosa esofágica. Pode ser produzida pelo refluxo do conteúdo ácido estomacal (esofagite de refluxo), por ingestão acidental ou intencional de uma substância tóxica (esofagite cáustica), etc.
11 Acidez gástrica: Estado normal do conteúdo do estômago caracterizado por uma elevada quantidade de íons hidrogênio, quantidade esta que pode ser medida através de uma escala logarítmica denominada pH.
12 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
13 Fármaco: Qualquer produto ou preparado farmacêutico; medicamento.
14 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
15 Creatinina: Produto residual das proteínas da dieta e dos músculos do corpo. É excretada do organismo pelos rins. Uma vez que as doenças renais progridem, o nível de creatinina aumenta no sangue.
16 Diálise: Quando os rins estão muito doentes, eles deixam de realizar suas funções, o que pode levar a risco de vida. Nesta situação, é preciso substituir as funções dos rins de alguma maneira, o que pode ser feito realizando-se um transplante renal, ou através da diálise. A diálise é um tipo de tratamento que visa repor as funções dos rins, retirando as substâncias tóxicas e o excesso de água e sais minerais do organismo, estabelecendo assim uma nova situação de equilíbrio. Existem dois tipos de diálise: a hemodiálise e a diálise peritoneal.
17 Hemodiálise: Tipo de diálise que vai promover a retirada das substâncias tóxicas, água e sais minerais do organismo através da passagem do sangue por um filtro. A hemodiálise, em geral, é realizada 3 vezes por semana, em sessões com duração média de 3 a 4 horas, com o auxílio de uma máquina, dentro de clínicas especializadas neste tratamento. Para que o sangue passe pela máquina, é necessária a colocação de um catéter ou a confecção de uma fístula, que é um procedimento realizado mais comumente nas veias do braço, para permitir que estas fiquem mais calibrosas e, desta forma, forneçam o fluxo de sangue adequado para ser filtrado.
18 Diálise peritoneal: Ao invés de utilizar um filtro artificial para “limpar“ o sangue, é utilizado o peritônio, que é uma membrana localizada dentro do abdômen e que reveste os órgãos internos. Através da colocação de um catéter flexível no abdômen, é feita a infusão de um líquido semelhante a um soro na cavidade abdominal. Este líquido, que chamamos de banho de diálise, vai entrar em contato com o peritônio, e por ele será feita a retirada das substâncias tóxicas do sangue. Após um período de permanência do banho de diálise na cavidade abdominal, este fica saturado de substâncias tóxicas e é então retirado, sendo feita em seguida a infusão de novo banho de diálise. Esse processo é realizado de uma forma contínua e é conhecido por CAPD, sigla em inglês que significa diálise peritoneal ambulatorial contínua. A diálise peritoneal é uma forma segura de tratamento realizada atualmente por mais de 100.000 pacientes no mundo todo.

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