PRECAUÇÕES TOBRAMINA

Atualizado em 24/05/2016
amostras de soro1 e urina2 para exame de laboratório devem ser coletadas durante o tratamento. Devem ser monitorados os níveis de cálcio, magnésio e sódio no soro1. É particularmente importante monitorar o pico e os níveis séricos em pacientes com conhecida insuficiência renal3. Uma orientação útil seria a de determinar os níveis séricos após 2 ou 3 doses, de maneira que, se necessário, as doses possam ser ajustadas, e também em intervalos de 3 ou 4 dias durante o tratamento. No caso de alteração da função renal4, os níveis séricos devem ser determinados mais freqüentemente e as doses ou intervalos de doses ajustados. Para medir os níveis máximos, uma amostra de soro1 deve ser retirada cerca de 30 minutos após uma infusão intravenosa ou uma hora após uma injeção intramuscular5. Os níveis mínimos são medidos em amostra de soro1 retirada após oito horas ou no exato momento antes da próxima dose. Essas determinações de níveis séricos podem ser especialmente úteis para monitorar o tratamento de pacientes gravemente enfermos, com alteração da função renal4 ou aqueles infectados com microorganismos pouco sensíveis ou que estejam recebendo doses máximas. Sabe-se que tem havido ocorrência de alergenicidade cruzada entre os aminoglicosídeos. A farmacocinética dos aminoglicosídeos pode ser alterada em pacientes com queimadura extensa, resultando na redução da concentração sérica. Em tais pacientes, tratados com sulfato de tobramicina, a medida da concentração sérica é especialmente recomendada como base para determinação da dose apropriada. Pacientes idosos podem apresentar diminuição da função renal4 que pode não ser evidente nos resultados dos testes de rotina, tais como, uréia6 ou creatinina7 sérica. A determinação do clearance de creatinina7 pode ser mais útil. A monitoração da função renal4, durante o tratamento com aminoglicosídeo, é particularmente importante em tais pacientes. Um aumento na incidência8 de nefrotoxicidade9 foi relatado após administração concomitante de antibióticos aminoglicosídeos e cefalosporínicos. Os aminoglicosídeos devem ser usados com cuidado em pacientes com distúrbios musculares, tais como, miastenia10 grave ou parkinsonismo, uma vez que essas drogas podem agravar a fraqueza muscular, devido ao seu potencial efeito curarizante sobre a função muscular. Os aminoglicosídeos podem ser absorvidos em quantidades significantes na superfície do corpo, por irrigação ou aplicação local e podem causar neurotoxicidade e nefrotoxicidade9. Apesar dos aminoglicosídeos, incluindo a tobramicina, não serem indicados para o uso intra-ocular e/ou subconjuntival, há relatos de necrose11 macular após este tipo de injeção12. A terapia com tobramicina pode resultar na proliferação de microorganismos não sensíveis. Se ocorrer essa proliferação, deve ser iniciada terapia apropriada. Uso na gravidez13: os aminoglicosídeos podem causar dano fetal quando administrados a mulheres grávidas. Os antibióticos aminoglicosídeos atravessam a placenta, havendo diversos relatórios de surdez congênita14 bilateral, total e irreversível em crianças cujas mães receberam estreptomicina durante a gravidez13. Reações adversas graves para mãe, feto15 ou recém-nascido não foram relatadas com outros aminoglicosídeos. Se a tobramicina for usada durante a gravidez13 ou se a paciente engravidar durante o tratamento, deverá ser avisada do risco potencial para o feto15. Lactantes16: não são conhecidos dados referentes ao uso da droga durante o período de amamentação17. - Interações medicamentosas: deve ser evitada a administração simultânea e seqüencial de outros aminoglicosídeos neurotóxicos e/ou nefrotóxicos, particularmente outros aminoglicosídeos (por ex.: amicacina, estreptomicina, neomicina, kanamicina, gentamicina e paromomicina), cefaloridina, viomicina, polimixina-B, colistina, cisplatina e vancomicina. Outros fatores que podem aumentar o risco do paciente são idade avançada e desidratação18. Os aminoglicosídeos não devem ser usados simultaneamente com diuréticos19 potentes, tais como, ácido etacrínico e furosemida. Alguns diuréticos19, por si só, causam ototoxicidade20, e os que são administrados por via intravenosa intensificam a toxicidade21 dos aminoglicosídeos, alterando as concentrações do antibiótico no soro1 e nos tecidos. Deverá ser considerada a possibilidade de ocorrerem casos de apnéia22 prolongada ou secundária se a tobramicina for administrada a pacientes anestesiados que estejam também recebendo agentes bloqueadores neuromusculares, tais como, succinilcolina, tubocurarina ou decametônio ou a pacientes recebendo transfusões maciças de sangue23 citratado. Se ocorrer bloqueio neuromuscular, poderá ser revertido pela administração de sais de cálcio. A inativação da tobramicina e de outros aminoglicosídeos por antibióticos betalactâmicos (penicilinas ou cefalosporinas) foi demonstrada in vitro e em pacientes com insuficiência renal3 grave. Tal inativação não foi verificada em pacientes com função renal4 normal, aos quais foram administradas drogas por diferentes vias de administração.
Antes de consumir qualquer medicamento, consulte seu médico (http://www.catalogo.med.br).

Complementos

1 Soro: Chama-se assim qualquer líquido de características cristalinas e incolor.
2 Urina: Resíduo líquido produzido pela filtração renal no organismo, estocado na bexiga e expelido pelo ato de urinar.
3 Insuficiência renal: Condição crônica na qual o corpo retém líquido e excretas pois os rins não são mais capazes de trabalhar apropriadamente. Uma pessoa com insuficiência renal necessita de diálise ou transplante renal.
4 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
5 Injeção intramuscular: Injetar medicamento em forma líquida no músculo através do uso de uma agulha e seringa.
6 Ureia: 1. Resíduo tóxico produzido pelo organismo, resulta da quebra de proteínas pelo fígado. É normalmente removida do organismo pelos rins e excretada na urina. 2. Substância azotada. Composto orgânico cristalino, incolor, de fórmula CO(NH2)2 (ou CH4N2O), com um ponto de fusão de 132,7 °C.
7 Creatinina: Produto residual das proteínas da dieta e dos músculos do corpo. É excretada do organismo pelos rins. Uma vez que as doenças renais progridem, o nível de creatinina aumenta no sangue.
8 Incidência: Medida da freqüência em que uma doença ocorre. Número de casos novos de uma doença em um certo grupo de pessoas por um certo período de tempo.
9 Nefrotoxicidade: É um dano nos rins causado por substâncias químicas chamadas nefrotoxinas.
10 Miastenia: Perda das forças musculares ocasionada por doenças musculares inflamatórias. Por ex. Miastenia Gravis. A debilidade pode predominar em diferentes grupos musculares segundo o tipo de afecção (debilidade nos músculos extrínsecos do olho, da pelve, ou dos ombros, etc.).
11 Necrose: Conjunto de processos irreversíveis através dos quais se produz a degeneração celular seguida de morte da célula.
12 Injeção: Infiltração de medicação ou nutrientes líquidos no corpo através de uma agulha e seringa.
13 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
14 Congênita: 1. Em biologia, o que é característico do indivíduo desde o nascimento ou antes do nascimento; conato. 2. Que se manifesta espontaneamente; inato, natural, infuso. 3. Que combina bem com; apropriado, adequado. 4. Em termos jurídicos, é o que foi adquirido durante a vida fetal ou embrionária; nascido com o indivíduo. Por exemplo, um defeito congênito.
15 Feto: Filhote por nascer de um mamífero vivíparo no período pós-embrionário, depois que as principais estruturas foram delineadas. Em humanos, do filhote por nascer vai do final da oitava semana após a CONCEPÇÃO até o NASCIMENTO, diferente do EMBRIÃO DE MAMÍFERO prematuro.
16 Lactantes: Que produzem leite; que aleitam.
17 Amamentação: Ato da nutriz dar o peito e o lactente mamá-lo diretamente. É um fenômeno psico-sócio-cultural. Dar de mamar a; criar ao peito; aleitar; lactar... A amamentação é uma forma de aleitamento, mas há outras formas.
18 Desidratação: Perda de líquidos do organismo pelo aumento importante da freqüência urinária, sudorese excessiva, diarréia ou vômito.
19 Diuréticos: Grupo de fármacos que atuam no rim, aumentando o volume e o grau de diluição da urina. Eles depletam os níveis de água e cloreto de sódio sangüíneos. São usados no tratamento da hipertensão arterial, insuficiência renal, insuficiência cardiaca ou cirrose do fígado. Há dois tipos de diuréticos, os que atuam diretamente nos túbulos renais, modificando a sua atividade secretora e absorvente; e aqueles que modificam o conteúdo do filtrado glomerular, dificultando indiretamente a reabsorção da água e sal.
20 Ototoxicidade: Dano causado aos sistemas coclear e/ou vestibular resultante de exposição a substâncias químicas.
21 Toxicidade: Capacidade de uma substância produzir efeitos prejudiciais ao organismo vivo.
22 Apnéia: É uma parada respiratória provocada pelo colabamento total das paredes da faringe que ocorre principalmente enquanto a pessoa está dormindo e roncando. No adulto, considera-se apnéia após 10 segundos de parada respiratória. Como a criança tem uma reserva menor, às vezes, depois de dois ou três segundos, o sangue já se empobrece de oxigênio.
23 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.

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