
CONTRA-INDICAÇÕES VISKALDIX
Devidas ao pindolol
Asma1 brônquica, insuficiência cardíaca2 refratária a digitálicos, cor pulmonale, bradicardia3 acentuada, bloqueio átrio-ventricular do segundo e terceiro graus.
Devidas à clopamida
Glomerulonefrite4 aguda, insuficiência renal5 ou hepática6 graves, hipopotassemia7 severa ou resistente à terapia, hipersensibilidade às sulfonamidas ou a seus derivados (a clopamida é um derivado da sulfonamida), hipercalcemia, moléstia de Addison, gravidez8 (a administração de diuréticos9 do tipo tiazida deve ser evitada durante a gestação).
- Precauções:
Pacientes com insuficiência cardíaca2 incipiente ou manifesta devem ser digitalizados convenientemente antes do tratamento com VISKALDIX.
Devido a sua atividade simpatomimética intrínseca normalmente o pindolol não ocasiona alterações significativas na função pulmonar em pacientes com tendência a broncoespasmo10 devido a doença pulmonar
obstrutiva crônica não asmática. No entanto como com qualquer beta-bloqueador, um efeito broncoconstritor não pode ser totalmente excluído e beta-bloqueadores não devem ser administrados a pacientes com história de asma1 brônquica. No entanto, se ocorrer broncoespasmo10, devem ser tomadas medidas terapêuticas adequadas (ex.: beta-2 estimulantes, derivados da teofilina).
É necessário monitorizar cuidadosamente a função cardiovascular durante a anestesia11 geral em pacientes tratados com beta-bloqueadores. Quando for necessário a interrupção do beta-bloqueio antes de uma anestesia11 geral, a dose de VISKALDIX deve ser reduzida progressivamente.
É menos provável que o pindolol produza hiperexcitabilidade de rebote dos beta-receptores, após cessação abrupta do tratamento crônico12, do que beta-bloqueadores sem ASI. Todavia, se for considerada necessária a interrupção do tratamento, é aconselhável a redução progressiva da dose de VISKALDIX.
Se pacientes com feocromocitoma13 forem tratados com um beta-bloqueador (pindolol), este deve ser sempre administrado com um alfa-bloqueador.
O tratamento com beta-bloqueadores freqüentemente está associado com um agravamento dos sintomas14 pré-existentes de doença vascular periférica15. Todavia, devido aos efeitos simpatomiméticos do pindolol mediados a nível de receptores vasculares16 beta-2-(vasodilatação) os efeitos colaterais17 vasculares16 periféricos (extremidades frias) são raramente encontradas no tratamento com VISKALDIX.
Os níveis de potássio devem ser monitorizados em pacientes com insuficiência renal5 ou hepática6, bem como os níveis de ácido úrico em pacientes portadores de gota18.
Deve-se ter cuidado quando beta-bloqueadores são administrados a pacientes recebendo tratamento antidiabético, uma vez que a hipoglicemia19 durante jejum prolongado pode ocorrer e alguns dos seus sintomas14 (taquicardia20, tremor) mascarados. No entanto, os pacientes podem ser treinados em reconhecer a sudorese21 como principal sintoma22 da hipoglicemia19 durante tratamento com beta-bloqueadores.
Hiponatremia23 dilucional pode ocorrer no calor em pacientes edematosos tratados com VISKALDIX. O tratamento mais adequado é restrição de ingestão de água e não a administração de sal, exceto em casos raros quando a hiponatremia23 representa risco de vida ao paciente. Em casos de verdadeira depleção24 de sal, o tratamento de escolha é a reposição pelo íon25 adequado.
VISKALDIX não deve ser administrado a mulheres durante a lactação26 em vista da possibilidade de hipersensibilidade a sulfonamidas (devido a clopamida) na criança.
Uma vez que tontura27 ou fadiga28 podem ocorrer durante o início do tratamento com medicamentos anti-hipertensivos os pacientes devem ter cuidado na condução de veículos ou operação de máquinas, até ter sido determinada sua reação individual ao tratamento.
Como todos os medicamentos, VISKALDIX deve ser mantido fora do alcance de crianças.
- Interações:
Tem sido demonstrado que o uso concomitante de beta-bloqueadores por via oral e antagonistas de cálcio podem ser úteis no tratamento de hipertensão29, no entanto, deve-se evitar a injeção30 intravenosa de bloqueadores de cálcio. O tratamento oral simultâneo com bloqueadores de cálcio requer uma monitorização cuidadosa, especialmente quando o beta-bloqueador (pindolol no VISKALDIX) for combinado com um antagonista31 de cálcio do tipo verapamil.
Como os diuréticos9 do tipo tiazida diminuem o clearance renal32 do lítio a dosagem do lítio deve ser reduzida e os níveis plasmáticos do mesmo devem ser monitorizados durante o tratamento simultâneo com VISKALDIX e preparações do lítio.
Os corticosteróides e medicamentos antiinflamatórios não esteróides podem diminuir a excreção de sódio e água de modo que sua co-administração com VISKALDIX pode requerer uma dose adicional de um diurético33. O efeito de anticoagulantes34 por via oral pode ser reduzido pelos diuréticos9 tiazídicos.
- Efeitos colaterais17:
VISKALDIX é de um modo geral bem tolerado, ocasionalmente são observados: tontura27, fadiga28, distúrbios gastrintestinais, distúrbios do sono (similares aos observados com outros beta-bloqueadores e suas associações). Estes efeitos colaterais17 são na maioria dos casos leves e transitórios.
Reações cutâneas35 e sintomas14 psíquicos (depressão, alucinações36), necessitando a interrupção do tratamento são raramente observados.
Foram observados em casos isolados trombocitopenia37 e leucopenia38 durante o tratamento com diuréticos9 tiazídicos.
- Conduta em casos de dosagem excessiva:
Sintomas14:
bradicardia3, náusea39, vômitos40, distúrbios ortostáticos, síncope41, hipopotassemia7 e os distúrbios que a acompanham.
Tratamento:
no caso de dosagem excessiva ou hipersensibilidade a beta-bloqueadores (muito raro), 0,5 - 1,0 mg (ou mais) de sulfato de atropina deve ser administrado por via intravenosa. Se necessário com a finalidade de estimular os receptores beta-adrenérgicos42, poderá ser administrado cloridrato de isoprenalina por injeção30 endovenosa lenta, iniciando-se com aproximadamente 5 µg/min, até ser obtido o efeito desejado. Em casos refratários43 poderá ser considerada a administração intravenosa de 8 - 10 mg de glucagon44, a injeção30 poderá ser repetida em 1 hora, e se necessário, seguida por uma infusão endovenosa de 1 - 3 mg/hora. O paciente deverá estar sob monitorização contínua durante qualquer um dos procedimentos acima descritos. Se indicado o balanço eletrolítico deverá ser restabelecido.
Venda sob prescrição médica